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Informações resumidas
Veja maisProdutor(a) e Técnico(a) de Extensão Rural, confira aqui as informações mais relevantes sobre o cultivo da Batata-Doce
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Inicio
Bem vindo(a) ao Hubtech da batata-doce. Aqui apresentaremos a raiz e suas principais características, pensando na melhoria do sistema produtivo fornecendo informações para o público em geral, especialmente para quem tira seu sustento dessa cultura.
A cultura é uma das mais importantes no cenário global da agricultura. Sendo cultivada em mais de 100 países, é uma fonte crucial de alimento, ração animal e matérias-primas para diversas indústrias
A produção de batata-doce no Brasil tem aumentado ao longo dos anos devido à demanda crescente do mercado consumidor, dado seu potencial de reunir diferentes compostos necessários para a alimentação humana.
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Material de propagação
Material de propagaçãoAs principais regiões produtoras de batata-doce no Brasil são Nordeste (317,3 mil toneladas), Sul (252,9 mil toneladas), e Sudeste (214,0 mil toneladas). O estado que apresenta a maior produção nacional é o Rio Grande do Sul, com 175,0 mil toneladas, seguido pelo estado de São Paulo, com 140,7 mil toneladas (Tabela 1). Dentre os dez maiores estados produtores, Sergipe, Rio Grande no Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas apresentam produtividades inferiores à média nacional, de 14,1 t/ha (Tabela 1). Diante dessa informação é importante ressaltar a importância da
assistência técnica e da extensão rural para a adoção de tecnologias de produção que melhorem o sistema de cultivo e a necessidade de desenvolver projetos de pesquisa direcionados para essas regiões.
Estado
Produção (toneladas)
Produtividade (t/ha)
Rio Grande do Sul
175.041
14,6
São Paulo
140.727
16,3
Ceará
90.990
18,9
Paraná
60.184
23,3
Sergipe
51.551
13,6
Rio Grande do Norte
49.591
10,2
Pernambuco
40.499
11,1
Paraíba
38.782
7,6
Alagoas
38.013
8,8
Tabela 1. Produção total e produtividade de batata-doce dos dez estados maiores produtores do Brasil (2017).
O município de São Benedito,CE, se destacou como maior produtor nacional em 2019, com 39,3 mil toneladas, o que representa 43% da produção do Estado. Os municípios produtores da Serra da Ibiapaba, CE, isto é, São Benedito, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Ipu, Ubajara e Croatá, apresentam uma produção total de 74,6 mil toneladas.
Dentre os maiores produtores, os municípios de Itabaiana, SE e Moita Bonita, SE, segundo e terceiro colocados, produzem juntos 43,0 mil toneladas de batata-doce, fazendo do Agreste do Sergipe uma importante região de produção. O município de Mariana Pimentel, RS, com 18,8 mil toneladas, localiza-se na região próxima à grande Porto Alegre, RS, onde estão localizados uma série de municípios com tradição na produção dessa hortaliça no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional. O município de Braúna, SP (16,2 mil toneladas) bem como Presidente Bernardes, SP, localizados no Oeste Paulista, são de uma importante região de produção de batata-doce no estado de São Paulo, que teve incrementos substanciais na quantidade produzida ao longo dos últimos cinco anos (Tabela 2).
Município
Produção (toneladas)
São Benedito (CE)
39.300
Itabaiana (SE)
23.750
Moita Bonita (SE)
19.200
Mariana Pimentel (RS)
18.750
Braúna (SP)
16.200
Touros (RN)
15.200
Correntes (PE)
15.000
Guaraciaba do Norte (CE)
13.475
São José dos Pinhais (PR)
12.700
Presidente Bernardes (SP)
10.562
Tabela 2.
Segundo o último levantamento de pesquisa do orçamento familiar (POF) realizado pelo IBGE, a aquisição anual per capita de batata-doce no Brasil, em 2008, foi de 0,639 kg. Os maiores consumidores foram Paraíba, com 2,142 kg per capita; Pernambuco, com 1,473 kg per capita; Santa Catarina, com 1,264 kg per capita; e o Rio Grande do Sul, com 1,189 kg per capita (Figura 4). É possível observar pelo mapa abaixo que as regiões Sul e Nordeste, que constituíam os maiores consumidores, estão atualmente entre os maiores produtores.
Com relação à comercialização, por se tratar do segundo maior estado produtor nacional (SP) e pela importância das Centrais de Abastecimento de São Paulo (Ceagesp), que abriga na cidade de São Paulo o Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP), maior da América Latina nessa atividade, a quantidade e o valor da produção nesse local são demonstrativos da constância e crescimento da batata-doce ao longo dos anos, respectivamente, desses indicadores (Tabelas 3 e 4).
Central de abastecimento 2016 2017 2018 2019 Quantidade, kg Quantidade, kg Quantidade, kg Quantidade, kg Ceagesp - São Paulo 3.198.640.966 3.301.036.588 3.062.812.273 3.211.867.352 Ceasa/AC - Rio Branco 14.802.957 9.084.073 8.719.064 753.818 Ceasa/AL - Maceió 110.500.667 Ceasa/CE - Fortaleza 498.987.001 468.200.184 459.571.779 454.351.646 Ceasa/DF - Brasília 264.266.573 290.049.875 291.546.652 309.751.196 Ceasa/ES - Cachoeira de Itapemirim 20.356.035 3.539.063 Ceasa/ES - Colatina 17.536.047 19.385.031 10.079.563 9.771.862 Ceasa/ES - São Mateus 2.996.496 Ceasa/ES - Vitória 392.192.451 488.278.810 464.500.482 446.635.036 Ceasa/GO - Goiânia 899.353.984 916.538.982 945.877.698 894.672.088 Ceasa/MG - Itajuba 258.830 Ceasa/MG - Juiz de Fora 50.358.192 5.325.267 90.272.941 92.588.254 Ceasa/MG - Patos de Minas 10.639.993 11.648 22.548.785 28.116.707 Ceasa/MG - Poços de Caldas 32.110.353 28.024.550 32.706.402 27.684.489 Ceasa/PE - Recife 835.373.767 881.266.943 885.137.805 858.822.614 Ceasa/PR - Cascavel 54.597.852 47.090.454 42.458.024 38.117.136 Ceasa/PR - Curitiba 681.677.930 725.385.513 739.002.767 810.367.814 Ceasa/PR - Foz do Iguaçú 73.223.404 83.806.317 82.378.283 67.332.918 Ceasa/PR - Londrina 81.745.730 163.391.564 196.034.281 Ceasa/PR - Maringá 125.539.393 126.816.165 119.516.076 88.374.648 Ceasa/RJ - Nova Friburgo 27.239.660 35.131.527 33.380.463 33.734.044 Ceasa/RJ - Paty do Alferes 7.618.567 4.734.686 3.152.003 2.113.576 Ceasa/RJ - Ponto de Pergunta 20.894.456 30.126.214 28.808.556 2.664.945 Ceasa/RJ - Rio de Janeiro 1.534.626.987 1.863.138.911 2.115.912.920 2.031.917.756 Ceasa/RJ - São Gonçalo 244.349.194 248.103.856 239.799.187 211.023.976 Ceasa/RJ - São José de Ubá 2.232.156 8.779.031 8.000.282 Ceasa/RS - Porto Alegre 584.857.572 625.500.392 398.797.693 604.785.116 Ceasa/SP - Campinas 613.082.839 633.722.239 605.332.733 561.137.155 Ceasaminas- Barbacena 13.625.199 9.588.152 11.850.378 12.914.429 Ceasaminas- Belo Horizonte 2.061.992.306 2.068.001.061 1.962.347.735 1.949.275.032 Ceasaminas- Caratinga 53.961.075 49.831.919 58.772.684 64.118.043 Ceasaminas- Governador Valadares 35.654.466 37.695.847 36.426.892 37.049.315 Ceasaminas- Uberaba 103.977.623 67.279.080 140.519.708 136.519.753 Ceasaminas- Uberlândia 236.467.130 256.297.984 254.923.134 235.167.831 Tabela 3. Quantidade comercializada, em quilogramas, de batata-doce nas principais centrais de abastecimento (Ceasas) do Brasil.
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
20,27
23,78
28,13
28,67
42,49
69,79
89,34
132,54
107,76
96,29
Tabela 4. Valor da produção, em milhões de reais (R$), de batata-doce ETSP-Ceagesp.
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Clima e solo
Clima e soloA batata-doce é uma dicotiledônea herbácea cultivada em regiões tropicais e temperadas quentes do mundo. É uma planta perene, cultivada como anual, e dependendo das condições ambientais e das cultivares, o ciclo pode variar de 12 a 35 semanas, sendo que a maioria das cultivares atinge a produtividade máxima em 12 a 22 semanas após o plantio (Huett, 1976), dependendo do fotoperíodo, pois para obtenção de altas produtividades em locais mais próximos da linha do equador o ciclo será mais longo.
O sistema radicular da batata-doce consiste de raízes fibrosas - aquelas que absorvem nutrientes e água e fixam a planta ao solo – e de raízes tuberosas - que são raízes laterais que armazenam produtos da fotossíntese. O início da formação das raízes de armazenamento é induzido por dias curtos, alta intensidade luminosa, altos níveis de sacarose e inibido por altos teores de nitrogênio, altas temperaturas e pelo ácido giberélico (Jackson, 1999). O período de crescimento mais crítico compreende as quatro primeiras semanas após o plantio, pois o estágio de desenvolvimento nessa fase determina o crescimento posterior e a produtividade de raízes tuberosas. Nessa fase é ideal que se tenha umidade suficiente no solo. Thompson et al. (1992) mostraram que a produtividade comercial aumentou com a irrigação até 76% da evaporação medida em tanque Classe A.
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Fases de desenvolvimento
Fases de desenvolvimentoO ciclo de desenvolvimento da batata-doce do plantio até a colheita das raízes tuberosas compreende três fases num período que varia de 90 a 150 dias. A duração do ciclo depende da cultivar e das condições ambientais. As três fases de uma cultivar, com maturação em quatro meses, em condições tropicais são apresentadas na Tabela 1.
A formação da raiz tuberosa pode começar quatro semanas após o plantio, embora o mais comum seja entre 4 a 6 semanas, dependendo da cultivar e das condições ambientais. A presença de condições ambientais favoráveis durante o primeiro mês após o plantio é de vital importância para o início da formação das raízes tuberosas. Sete semanas após o plantio, 80% das raízes tuberosas estarão formadas e entre 8 a 2 semanas após o plantio a planta deixará de formar novas raízes tuberosas. Depois disso, toda a energia é direcionada para o engrossamento das raízes tuberosas. Quando são formadas muitas raízes tuberosas por planta, normalmente o peso da raiz é baixo, enquanto poucas raízes por planta normalmente resultam em raízes maiores.
O crescimento da planta regularmente alcança o máximo da metade para a fase final do ciclo. Nessa fase, a parte aérea é bastante vistosa. Depois disso, a densidade foliar diminui, porque a planta transloca os fotoassimilados para as raízes tuberosas, em detrimento da formação e manutenção das folhas. Além disso, as os carboidratos produzidos nas folhas são transportados para as raízes tuberosas.
Semana
Estádio de desenvolvimento
Características
1
I - Estádio de estabelecimento
Plantio
2
I - Estádio de estabelecimento
Rápido crescimento das raízes
3
I - Estádio de estabelecimento
Crescimento lento das ramas
4
I - Estádio de estabelecimento
Crescimento lento das ramas
5
II - Estádio intermediário (formação de raízes tuberosas)
Início do desenvolvimento das raízes tuberosas
6
II - Estádio intermediário (formação de raízes tuberosas)
Intenso crescimento das ramas
7
II - Estádio intermediário (formação de raízes tuberosas)
Aumento expressivo da área foliar
8
II - Estádio intermediário (formação de raízes tuberosas)
Aumento expressivo da área foliar
9
III - Estádio final (Aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Redução contínua da taxa de crescimento das ramas
10
III - Estádio final (aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Redução contínua da taxa de crescimento das ramas
11
III - Estádio final (aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Rápido aumento das raízes tuberosas
12
III - Estádio final (aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Rápido aumento das raízes tuberosas
13
III - Estádio final (aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Translocação de fotoassimilados das folhas para as raízes tuberosas
14
III - Estádio final (aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Translocação de fotoassimiliados das folhas para as raízes tuberosas
15
III - Estádio final (aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Redução da área foliar / amarelecimento e queda de folhas verdes
16
III - Estádio final (aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Redução da área foliar / amarelecimento e queda de folhas verdes
17
III - Estádio final (aumento do tamanho das raízes tuberosas)
Colheita
Tabela 1. Fases de desenvolvimento da batata-doce
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Estresses abioticos
Estresses abioticosApesar da batata-doce ser uma planta de origem tropical e se adaptar bem a diversos ambientes, a produtividade pode ser reduzida por diversos fatores abióticos, especialmente se eles ocorrerem do início da formação das raízes tuberosas até seu crescimento (enchimento) total. Assim, a temperatura, a disponibilidade hídrica e luminosa são os fatores que mais interferem na produtividade e na qualidade da batata-doce.
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Agua
Agua1. Seca
A exigência hídrica da batata-doce é de cerca de 500 mm para um ciclo de 110 a 140 dias (Chukwu, 1995), porém a produtividade de raízes tuberosas é afetada pela quantidade, época e distribuição da água. Para colheitas satisfatórias a demanda semanal por água na fase inicial (até aproximadamente 30 dias após o plantio) e final (de 90 a 120 dias após o plantio) é de 20 mm. Por outro lado, do período que vai dos 30 aos 90 dias a demanda de água é de 40 mm por semana, sendo o período crítico dos 40 aos 55 dias após o transplantio. Quando a disponibilidade de água no solo for inferior a 20% há declínio na produtividade (Nair et al. 1996). Além disso, irrigações inferiores a 50% da taxa de evaporação cumulativa do tanque Classe A tendem a reduzir a produtividade (Chowdhury, 1996).
A fase de início da formação das raízes tuberosas é o período mais sensível ao déficit hídrico, devido ao efeito causado no número de raízes tuberosas, que é reduzido quando a umidade do solo é inferior a 21% (80% da capacidade de campo). A redução da produtividade também está relacionada com as mudanças fisiológicas e bioquímicas nas folhas, uma vez que sob déficit hídrico há redução do potencial hídrico foliar (Gajanayake;Reddy, 2016), o que reduz a condutância estomática, a interceptação da radiação, a fixação de CO2, a produção e a redistribuição de carboidratos, interferindo no número e no peso das raízes tuberosas. Além disso, o estresse hídrico pode aumentar o tempo necessário para a formação de 50% das raízes tuberosas.
2. Alagamento
O encharcamento do solo ocorre em lavouras implantadas em solos com pouca drenagem (siltosos ou argilosos), compactados, ou em locais com chuvas pesadas e causa a redução da disponibilidade de oxigênio na região da rizosfera, o que reduz a formação das raízes tuberosas, afetando o número, o tamanho e o diâmetro além de estimular excessivamente o crescimento vegetativo em função da diminuição do dreno principal. As consequências do encharcamento na produtividade são piores quando ele ocorre na fase final de desenvolvimento e a capacidade das cultivares em tolerar esse estresse está relacionada com a quantidade de raízes tuberosas.
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Radiação
RadiaçãoLavouras de alta produtividade de batata-doce necessitam de altos níveis de radiação para suportar o crescimento e a formação das raízes tuberosas. Em sistemas de cultivo não irrigado, instalados no período chuvoso, a disponibilidade de radiação pode ser influenciada por períodos nublados ou de chuva. Quando o plantio é feito em associação com culturas mais altas em sistemas consorciados, como o caso do milho, ocorre o sombreamento e, consequentemente, a redução da radiação. Nessas situações há redução na produção total de matéria seca produzida, principalmente das raízes tuberosas. A planta pode suportar sombreamento médio de 25% sem grandes prejuízos na produtividade, mas em sombreamento acima de 40% há redução na produção total e na biomassa de raízes tuberosas, além de atrasar o início da formação das raízes de armazenamento. O efeito da sombra é menor sobre o crescimento da parte aérea em comparação com as raízes tuberosas.
Assim, nessas condições, as cultivares que produzem maior quantidade de raízes tuberosas (drenos) e menor crescimento da parte aérea apresentam menor redução da produtividade de raízes tuberosas. Sob sombreamento há redução do número de cloroplastos por unidade de área foliar, o que limitará a produção de matéria seca pelo menor potencial fotossintético. Além disso, a sombra reduz a atividade do câmbio e restringe o desenvolvimento do parênquima e a capacidade de dreno, que por sua vez reduzirá o potencial fotossintético e a produtividade. Assim, a sombra pode interferir tanto na fase inicial (menor número de raízes de armazenamento), quanto na fase final da cultura (redução do tamanho e do peso das raízes de armazenamento).
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Tratos culturais - 2
Tratos culturais - 2Estas cultivares se diferenciam pela produtividade potencial, ciclo, exigências edafoclimáticas, porte e arquitetura da planta, formato e coloração das raízes, resistência a pragas e doenças, exigência nutricional e em tratos culturais. Há variabilidade também na coloração da polpa (branca, creme, amarela, laranja e roxa); na coloração da película externa (branca, creme, amarela, laranja, rosa, vermelha e roxa); formato da raiz (oblonga, obovada, ovada, longa irregular, longa elíptica, longa oblonga, redonda, redonda elíptica e elíptica); formato e cor das folhas dentre outras características (Figura 1).
Figura 1. Raízes de cultivares com colorações e formatos diversos.
Foto: Geovani Bernardo Amaro.
Entretanto, algumas delas estão obsoletas e não satisfazem as necessidades atuais e futuras da cultura na plenitude, pela necessidade de mecanização crescente, maior exigência quanto à padronização e qualidade das raízes, maior produtividade, maior resistência a pragas e doenças, arquitetura de planta e desempenho agronômicos superiores, e melhor qualidade de polpa para consumo in natura e processamento. A proposta de um programa de melhoramento a nível nacional com a ação em rede entre a Embrapa, institutos de pesquisa, universidades e empresas privadas é essencial para que sejam alcançados resultados para desafios nacionais, com foco nas demandas da cadeia de valor de batata-doce.Para a instalação de uma lavoura comercial, a escolha da cultivar deve ser feita de maneira criteriosa, levando em consideração as características edafoclimáticas da região e as informações sobre as demandas do mercado em que o produto será comercializado. Assim, os principais aspectos a serem considerados ao se escolher uma cultivar são:
- Exigências do mercado: deve-se conhecer a preferência do mercado para o qual irá comercializar as raízes e atender ao máximo com a sua produção. É importante ter informações sobre a qualidade exigida, a quantidade demandada e as variações de preço, além de estar atento aos sinais de mudança na abertura de novos mercados.
- Adaptação ao local e época de plantio: a batata-doce é uma espécie bem adaptada ao clima tropical e o desenvolvimento das plantas é limitado nos períodos com baixas temperaturas. Algumas cultivares se desenvolvem bem em temperaturas amenas, porém não suportam geadas. É importante que o produtor conheça bem as variações climáticas das regiões que se pretende plantar para escolher as melhores épocas e quais as cultivares que podem ser utilizadas.
- Tolerância a pragas e doenças: a utilização de cultivares que apresentam tolerância às principais pragas e doenças é a maneira mais racional de manejo, pois a muda já leva a “tecnologia” para o campo. O uso de cultivares resistentes garante estabilidade de produção, ajuda reduzir o custo final do produto devido ao menor número de aplicações de produtos fitossanitários, gerando ganhos para o agricultor, para o consumidor e para o meio ambiente. Quando possível, o agricultor deve dar preferência para cultivares tolerantes e resistentes ao maior número de pragas e doenças possível, especialmente as de difícil controle e que causam maiores perdas.
- Ciclo: embora o ciclo de uma planta seja dependente das condições climáticas, da nutrição e do ataque de pragas e doenças, podem existir diferenças importantes entre as cultivares disponíveis no mercado. O agricultor deve considerar o ciclo da cultivar no planejamento de plantio de modo a oferecer produtos nos momentos mais interessantes.
- Potencial produtivo: é o aspecto que chama a atenção dos produtores e que normalmente determina a escolha de uma cultivar. Entretanto, cultivares com maior potencial produtivo podem ser também mais exigentes em tecnologia de produção e expressam esse potencial somente se as condições adequadas de manejo cultural forem aplicadas.
- Comprimento das ramas: as ramas longas se entrelaçam rapidamente, promovendo uma maior competição entre plantas e dificultando os trabalhos de capina e de renovação das leiras. Utilizando-se cultivares de ramas longas, a última operação com trabalho nas entrelinhas tem que ser realizada mais cedo, para que não ocorra danos nas ramas entrelaçadas.
- Formação das raízes: existem cultivares que formam aglomerados de raízes bem próximas à planta, facilitando a operação da colheita, tanto mecanizada quanto manual. Mas, há também aquelas cultivares que formam raízes dispersas com relação à planta, o que aumenta a chance de serem cortadas ou danificadas por ocasião da colheita, sobretudo na colheita mecanizada.
- Colheita mecanizada: cultivares precoces, com ramas curtas, porte ereto e com raízes aglomeradas são opções interessantes quando existe a possibilidade de realizar a colheita mecanizada.
- Novas cultivares podem ser agronomicamente superiores, porém a melhor cultivar não é necessariamente aquela lançada recentemente, altamente produtiva e cultivada com sucesso pelo vizinho, mas, aquela que se adapta melhor ao seu sistema de produção, expressando ao máximo o seu potencial e que atenda ao seu nicho de mercado específico. O agricultor deve ser um experimentador capaz de observar as peculiaridades da sua área e a interação dessas com as diferentes cultivares disponíveis no mercado.
Portanto, dada a sua importância e complexidade, o produtor deve munir-se de informações para a escolha da cultivar. Deve-se sempre procurar auxílio de outros agricultores da região, técnicos especializados dos órgãos de assistência técnica e de pesquisa. Assim, para auxiliar nesta escolha apresentamos abaixo algumas características das cultivares de batata-doce disponibilizadas no mercado brasileiro pela Embrapa.
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BRS Cuia
BRS Cuia: Suas raízes possuem película externa lisa e branca, polpa branca (Figura 7), com formato longo e cheio. No planalto central do Brasil, sua produtividade normal é de 25 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. O seu ciclo médio é de 150 dias.
Foto: Paulo Lanzetta.
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Coquinho
Essa cultivar possui raízes tuberosas com película externa branca e polpa branca (Figura 9). É originária da Paraíba, tendo sido introduzida no Distrito Federal em 1972 e mantida no quintal da casa de um operário na Fazenda Tamanduá, hoje sede da Embrapa Hortaliças. Foi registrada como cultivar pela Embrapa em 2000. Suas raízes são delicadas, polpa saborosa e doce, bem seca, possui baixo teor de fibras e torna-se de cor branco-acinzentada após o cozimento. As raízes possuem formato arredondado, desuniforme, variando de acordo com o tipo de solo. As plantas possuem hábito de crescimento rasteiro. Suas ramas apresentam crescimento rápido na primavera/verão e lento no outono, nas condições do Distrito Federal. As suas folhas são de tamanho médio a grande (de 12 cm a 16 cm de comprimento e de 9 cm a 13 cm de largura na base) nos plantios de primavera/verão, e pequeno nos plantios de outono. As suas folhas são verde-claras quando novas e verde a verde-claras quando maduras. Suas plantas florescem bastante durante quase o ano todo nas condições do Distrito Federal. A sua produtividade normal é de 22 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. Possui ciclo médio de 150 dias. É recomendada para o planalto central do Brasil.
Foto: Terezinha Gislene Rodrigues Alencar.
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Princesa
Essa cultivar possui raízes tuberosas com película externa variando de branca a creme, córtex (camada mais externa da polpa) creme-claro e polpa creme, com formato alongado e uniforme (Figura 10). Apresenta boa percentagem de raízes com bom padrão comercial e polpa seca. A planta é do tipo dispersa (rasteira com ramas longas), com ramas de espessura mediana (6 mm a 8 mm de diâmetro), de cor verde-arroxeada e sem pubescência. Suas folhas são de tamanho médio e de cor verde-escura. O limbo foliar é recortado, com cinco lóbulos bem característicos e com maior dimensão sempre superior a 14 cm. As boas características das raízes tuberosas permitem que o seu uso seja predominantemente para mesa, com elevada percentagem de raízes com padrão comercial. O grande vigor vegetativo da planta possibilita que a parte aérea seja utilizada para alimentação animal, juntamente com as batatas-refugo. A sua produtividade normal é de 27 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. Possui ciclo médio de 150 dias. É recomendada para o planalto central do Brasil.
Foto: Paula Fernandes Rodrigues.
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Tabela
TabelaCultivar
Mantenedor
Nº de registro
Amanda
UFT
22593
Ana Clara
UFT
22594
Bárbara
UFT
22595
Beatriz
UFT
22596
Beauregard
Embrapa
26934
Brazlândia Branca
Embrapa
07840
Brazlândia Rosada
Embrapa
07841
Brazlândia Roxa
Embrapa
07852
BRS Amélia
Embrapa
27313
BRS Anembé
Embrapa
44047
BRS Cotinga
Embrapa
44053
BRS Cuia
Embrapa
27315
BRS Fepagro Viola
Embrapa/DDPA
33889
BRS Gaita
Embrapa
33890
BRS Rubissol
Embrapa
27314
Carolina Vitoria
UFT
22597
Coquinho
Embrapa
07849
Duda
UFT
22598
Iapar 69
Iapar
02322
Iapar 70
Iapar
02323
Izabela
UFT
22600
Julia
UFT
22599
Livia
UFT
22591
Marcela
UFT
22592
Princesa
Embrapa
06495
SCS 367 Favorita
Epagri
27465
SCS 368 Ituporanga
Epagri
27464
SCS 369 Águas Negras
Epagri
32952
SCS 370 luiza
Epagri
32952
SCS 371 Katiy
Epagri
32953
SCS 372 Marina
Epagri
32954
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Adubação mineral
Adubação mineralA cultura da batata-doce tem a capacidade de crescer e produzir relativamente bem em condições que outras culturas teriam crescimento e produtividade limitados. Os maiores aumentos de produtividade da batata-doce em resposta à adubação mineral estão associados a solos de fertilidade extremamente baixa. Quando a batata-doce é cultivada em rotação com outras culturas que receberam adubação mineral ou em solos mais férteis, a aplicação de fertilizantes minerais não resulta em aumentos expressivos de produtividade. Porém, quando os níveis de fertilidade do solo são baixos, normalmente a batata-doce responde melhor à adubação potássica do que à adubação com nitrogênio (N) e fósforo (P) (Oliveira et al., 2005; Oliveira et al., 2006; Brito et al., 2006).
O N é um nutriente fundamental para o desenvolvimento da batata-doce. A aplicação de doses elevadas desse nutriente promove o crescimento excessivo das ramas e diminui a produtividade de raízes tuberosas, podendo até aumentar a produção de raízes que não atendem aos padrões comerciais (Oliveira et al., 2006). No entanto, as respostas a adubação nitrogenada dependem muito do teor de matéria orgânica do solo, das características do solo e do histórico da área. Em solos arenosos e em cultivos após leguminosas a resposta da batata-doce à aplicação de N mineral ocorre até doses próximas de 50 kg/ha, mas em cultivos após gramíneas a resposta pode ocorrer até a dose de 80 kg/ha de N (Fernandes et al., 2018). Em condição de solo arenoso e de baixa fertilidade pode haver resposta da batata-doce até a dose de 110 kg/ha de N, se o N for fornecido de forma combinada com doses equilibradas de K (Foloni et al., 2013).
É importante que o N seja aplicado de forma parcelada, com metade das doses no plantio e metade em cobertura por volta dos 45 dias após o plantio (DAP), especialmente em solos arenosos. Porém, é preciso acompanhar o crescimento da cultura, pois se a cultura estiver com um bom desenvolvimento vegetativo pode-se dispensar a adubação nitrogenada de cobertura. Atualmente as recomendações de adubação nitrogenada para a cultura da batata-doce têm indicado doses entre 50 e 60 kg/ha de N (Tabelas 4 e 5 ).
N no
plantio
N em
cobertura(1)
Presina
(mg/dm3)
K+ trocável
(mmolc /dm3)
0-6
7-15
>15
0-0,7
0,8-1,5
>1,5
__________ kg/ha__________
______ P2O5 (kg/ha) _____
_________K2O (kg/ha) __________
20
30
100
80
60
120(2)
90(2)
60
(1)A adubação de cobertura deve ser feita aos 45 dias após o plantio.
(2)Deve-se parcelar a adubação potássica nas doses superiores a 60 kg/ ha-1 de K2O.Tabela 4. Interpretação dos resultados de análise de solo para P e K e recomendação de adubação mineral para batata-doce nas condições do estado de São Paulo (Lorenzi et al., 1997).
Teor de argila
Disponibilidade de P ou K no solo
Muito baixa
Baixa
Média
Boa
Muito Boa
(%)
Teor de P Mehlich-1 no solo (mg/dm3)
60-100
≤ 2,7
2,8-5,4
5,5-8,0
8,1-12,0
> 12,0
35-60
≤ 4,0
4,1-8,0
8,1-12,0
12,1-18,0
> 18,0
15-35
≤ 6,6
6,7-12,0
12,1-20,0
20,1-30,0
> 30,0
0-15
≤ 10,0
10,1-20,0
20,1-30,0
30,1-45,0
> 45,0
__________________________Dose total de P2O5 (kg/ha) __________________________
180
180
120
60
0
Teor de K Mehlich-1 no solo (mg/dm3)
≤ 15
16-40
41-70
71-120
> 120
__________________________ Dose total de K2O (kg/ha) __________________________
90(2)
90(2)
60
30
0
__________________________ Dose total de N (kg/ha) __________________________
60(1)
60
60
60
60
(1)A adubação nitrogenada deve ser parcelada com metade da dose no plantio e metade em cobertura aos 45 dias após o plantio.
(2)Deve-se parcelar a adubação potássica nas doses superiores a 60 kg/ha de K2O, especialmente em solos arenosos.
Fonte: Alvarez et al. (1999) e Casali, (1999).Tabela 5. Interpretação dos resultados de análise de solo para P e K e recomendação de adubação mineral para batata-doce nas condições do estado de Minas Gerais.
As respostas ao P normalmente são menores que as observadas para o K. Isso ocorre porque as raízes absorventes da batata-doce têm a capacidade de se associar com fungos micorrízicos do solo, o que aumenta a capacidade da planta absorver P em solos de baixa fertilidade. Contudo, essa vantagem da cultura é perdida quando são aplicadas altas doses de fertilizantes fosfatados. As recomendações de adubação fosfatada para a cultura da batata-doce devem ser baseadas na análise de solo e nas tabelas de interpretação e recomendação elaboradas pela pesquisa (Tabelas 4 e 5). No caso do P toda a dose recomendada deve ser aplicada no momento do plantio.
O K é o nutriente que promove os maiores aumentos na produtividade da cultura, especialmente em solos deficientes no nutriente. Além disso, esse nutriente tem influência decisiva na formação e no sabor das raízes tuberosas. A dose de K a ser aplicada deve ser estipulada com base na análise de solo e nas tabelas de recomendação oficiais (Tabelas 4 e 5). É importante destacar que em solos arenosos deve-se parcelar a adubação potássica quando as doses forem superiores a 60 kg/ha de K2O, aplicando-se metade da dose no plantio e metade em cobertura por volta dos 45 DAP, junto com o N. Em solos com alta disponibilidade de K (K(resina) ³ 3,0 mmolc/ dm3) a adubação potássica pode ser dispensada, pois não há resposta a aplicação do nutriente.
A resposta da batata-doce à adubação sulfatada (S) praticamente não tem sido estudada nas condições brasileiras. Uma das formas de fornecimento de S para a cultura da batata-doce é através da gessagem e da utilização de fontes NPK que contenham S. Em solos com baixos teores de S e de matéria orgânica e que não receberam aplicação de fertilizante contendo S em sua formulação, recomenda-se aplicar 10 kg/ha de S (Echer, 2015).
O fornecimento adequado de micronutrientes para a batata-doce é de fundamental importância. Nas condições brasileiras, estudos com adubação de micronutrientes na cultura da batata-doce são raros. Em solos de baixa fertilidade, pesquisas indicam que o fornecimento de boro (B) (Echer; Creste, 2011) e zinco (Zn) (Abd EL-Baky et al., 2010) pode aumentar a produtividade de raízes de reserva, sendo que o fornecimento de B, tanto via solo como via foliar, promovem resultados similares (Echer; Creste, 2011). Estudo feito em solo arenoso e com baixo teor de B mostrou que o fornecimento de 2 kg/ha de B teve reflexo positivo sobre a produtividade de raízes tuberosas. Contudo, é preciso salientar que a resposta a aplicação de B depende do seu teor no solo, sendo que em solos com baixos e médios teores de B e com baixo teor de matéria orgânica a resposta da batata-doce a aplicação de B é maior. Assim, em solos com baixos teores de B recomenda-se aplicar até 2,0 kg/ha de B e em solos deficientes em Zn pode-se aplicar entre 5 kg/ha e 10 kg/ha de sulfato de Zn.
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Doenças causadas por fungos
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Albugo (ipomoeae-panduratea)
Também conhecido como ferrugem branca. Forma lesões pulverulentas no limbo foliar se transformando em pústulas salientes de cor leitosa, reduzindo a área fotossintética. A alta umidade relativa do ar favorece o desenvolvimento da doença.
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Alternaria spp
Ataca o limbo foliar das folhas mais velhas, formando lesões necróticas circulares ou irregulares, de cor marrom e halos amarelados. No pecíolo, forma lesões escuras e alongadas. Esta doença só tem importância quando cultivares suscetíveis são plantadas sob alta temperatura e umidade. Mesmo assim, a cultura quando bem conduzida, produz excesso de folhagem que normalmente compensa a queda e o amarelecimento de parte das folhas.
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Ceratocystis fimbriata
Causa, na raiz tuberosa, necroses secas de cor cinza ou preta e dá um sabor amargo muito forte e característico. Associado ao ataque por brocas, o fungo pode atingir camadas mais profundas das raízes, causando inutilização do produto, sendo rejeitado até por animais.
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Fusarium spp.
Causa manchas e podridões nas raízes e na base das brotações, principalmente quando se realiza a produção de mudas em canteiros. Em pós-colheita, causa frequentemente manchas e podridões. F. oxysporum f. sp. batatas pode causar infecção vascular, independentemente da contaminação das batatas-semente, causando amarelecimento das folhas e murcha. Os vasos lenhosos se tornam escurecidos.
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Doenças fúngicas
Doenças fúngicasO mal do pé ou podridão do pé é a doença que mais afeta batata-doce. As plantas severamente atacadas inicialmente apresentam amarelamento das folhas inferiores, com a progressão da doença a planta murcha e morre.
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Accesse sistema de produção
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Seleção de material reprodutivo
A escolha e disponibilidade de variedades de batata-doce mais precoces, com bom desempenho agronômico e adaptadas a diversas regiões, podem aumentar a produção e qualidade das raízes. Isso reduziria a sazonalidade e impactaria nos preços de mercado, tornando a batata-doce mais acessível para a população de baixa renda. O Registro Nacional de Cultivares, inclui lançamentos resultantes de iniciativas regionais e, na maioria das vezes, originados de seleções a partir de bancos de germoplasma ou genótipos de produtores.
Estas cultivares se diferenciam pela produtividade potencial, ciclo, exigências edafoclimáticas, porte e arquitetura da planta, formato e coloração das raízes, resistência a pragas e doenças, exigência nutricional e em tratos culturais. Há variabilidade também na coloração da polpa (branca, creme, amarela, laranja e roxa); na coloração da película externa (branca, creme, amarela, laranja, rosa, vermelha e roxa); formato da raiz (oblonga, obovada, ovada, longa irregular, longa elíptica, longa oblonga, redonda, redonda elíptica e elíptica); formato e cor das folhas dentre outras características
Algumas dessas variedades tornaram-se obsoletas e não atendem completamente às atuais e futuras necessidades da cultura. Devido à crescente demanda por mecanização, maior padronização e qualidade das raízes, produtividade elevada, resistência a pragas e doenças, desempenho agronômico aprimorado e qualidade superior da polpa para consumo in natura e processamento. Portanto, o produtor deve possuir informações suficientes para escolher a cultivar que melhor se adapta à sua região, contando com o auxílio de agricultores locais, técnicos de órgãos de assistência técnica e de pesquisa. Para tanto apresentamos aqui as cultivares disponibilizadas pela Embrapa e suas características.
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Seleção de Cultivares
A escolha e disponibilidade de variedades de batata-doce mais precoces, com bom desempenho agronômico e adaptadas a diversas regiões, podem aumentar a produção e qualidade das raízes. Isso reduziria a sazonalidade e impactaria nos preços de mercado, tornando a batata-doce mais acessível para a população de baixa renda. O Registro Nacional de Cultivares, inclui lançamentos resultantes de iniciativas regionais e, na maioria das vezes, originados de seleções a partir de bancos de germoplasma ou genótipos de produtores.
Estas cultivares se diferenciam pela produtividade potencial, ciclo, exigências edafoclimáticas, porte e arquitetura da planta, formato e coloração das raízes, resistência a pragas e doenças, exigência nutricional e em tratos culturais. Há variabilidade também na coloração da polpa (branca, creme, amarela, laranja e roxa); na coloração da película externa (branca, creme, amarela, laranja, rosa, vermelha e roxa); formato da raiz (oblonga, obovada, ovada, longa irregular, longa elíptica, longa oblonga, redonda, redonda elíptica e elíptica); formato e cor das folhas dentre outras características
Algumas dessas variedades tornaram-se obsoletas e não atendem completamente às atuais e futuras necessidades da cultura. Devido à crescente demanda por mecanização, maior padronização e qualidade das raízes, produtividade elevada, resistência a pragas e doenças, desempenho agronômico aprimorado e qualidade superior da polpa para consumo in natura e processamento. Portanto, o produtor deve possuir informações suficientes para escolher a cultivar que melhor se adapta à sua região, contando com o auxílio de agricultores locais, técnicos de órgãos de assistência técnica e de pesquisa. Para tanto apresentamos aqui as cultivares disponibilizadas pela Embrapa e suas características.
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29/01/2024 Fonte:
Seleção de Cultivares
A escolha e disponibilidade de variedades de batata-doce mais precoces, com bom desempenho agronômico e adaptadas a diversas regiões, podem aumentar a produção e qualidade das raízes. Isso reduziria a sazonalidade e impactaria nos preços de mercado, tornando a batata-doce mais acessível para a população de baixa renda. O Registro Nacional de Cultivares, inclui lançamentos resultantes de iniciativas regionais e, na maioria das vezes, originados de seleções a partir de bancos de germoplasma ou genótipos de produtores.
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BRS Cotinga
BRS Cotinga
A BRS Cotinga chama a atenção pela intensa cor arroxeada de sua polpa. A variedade foi desenvolvida com o objetivo de oferecer ao mercado um produto diferenciado para o processamento industrial na forma de chips, farinhas, tapioca, dentre outros.
Publicado: 29/01/2024
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Regiões Produtoras
Atualmente, os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraíba e Ceará são responsáveis por 70% da comercialização de batata-doce no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE de 2022
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CIP BRS Nuti
Com casca rosada e polpa alaranjada a variedade possui alta estabilidade de produção. Ela foi desenvolvida para industrialização em forma de chips, farinhas e corantes. Rica em betacaroteno, antioxidante que atua na regeneração e renovação celular, combate a radicais livres e aumento da imunidade.
A variedade tem alta adaptabilidade em diferentes regiões do Brasil, com hábito de crescimento semi-ereto que facilita seu manejo. Sua produtividade média é de 40,5 t/ha, com ciclo de produção que varia de 150 a 180 dias, durante todo o ano, com exceção do inverno da região Sul.
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BRS Anembé
Esta variedade tem raízes com formatos ovais, pele de cor vermelha e polpa de coloração roxa. Ela apresenta qualidades relevantes para comercialização e consumo in natura, destinada à mesa em forma de purês, doces caseiros e pães, mas também pode ser industrializada em forma de chips, farinhas e corantes.
A BRS Anembé produz em média 42,8 t/ha, com alta adaptação climática, seu ciclo de plantio varia de 130 a 140 dias.
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BRS Gaita
Esta cultivar possui dupla finalidade, pode ser usada na alimentação humana e animal, bem como na produção de biocombustíveis e álcool medicinal. Muito produtiva, chegou a alcançar 75 t/ha em alguns ensaios, o que supera muito a produção nacional e do estado mais produtor, o Rio Grande do Sul.
É sua alta concentração de amido (27g) que garante a produção de combustível pelo desempenho como fonte de energia. A raiz pode alcançar 1,5 kg a depender do período do cultivo, por essa razão é de ampla utilização para ração animal. Já no uso doméstico, o ideal é que se antecipe a colheita buscando atender os padrões de consumo.
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Beauregard
Esta espécie possui 10 vezes mais betacarotenos do que as cultivares mais plantadas no Brasil, o teor pode chegar a 115 mg/kg de raíz, enquanto em variedades de polpa branca a concentração é inferior a 10 mg/kg. Estima-se que o consumo de 25 a 50 gramas por dia da batata-doce Beauregard supre as necessidades diárias de provitamina A, que dá origem à Vitamina A, que previne problemas de visão, doenças da pele, auxilia no crescimento, no desenvolvimento e fortalece o sistema imunológico.
A Beauregard tem origem na América do Norte e chegou ao Brasil através do programa Biofortificação no Brasil - Desenvolvendo Produtos Agrícolas mais Nutritivos (BioFORT), tendo sido registrada pela Embrapa em 2010.
Esta cultivar pode ser uma boa oportunidade de mercado para o produtor brasileiro, para o consumo interno e exportação. A raiz é alongada e uniforme, com casca vermelho-arroxeada e superfície lisa. O plantio pode ser realizado em qualquer época do ano, em todo o território nacional, menos em locais onde a temperatura mínima for inferior a 15 graus. Sua produtividade média varia entre 23 e 29 t/ha, com ciclo de produção de 120 a 150 dias.
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Brazlândia Branca
Essa cultivar foi obtida na região de Brazlândia, no Distrito Federal, em 1980. A raiz tuberosa possui película branca e polpa creme de textura macia e seca, que após o cozimento assume um tom amarelo-claro. As raízes possuem um formato alongado e uniforme, uma excelente característica para a comercialização. A planta é do tipo rasteira e suas ramas que se desenvolvem rapidamente, com um comprimento de médio a longo, grossas e de cor verde. As folhas são grandes, podendo chegar a 15 centímetros de comprimento e 17 centímetros de largura. Sua produtividade normal é de 27 t/ha em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. O ciclo médio de produção é de 150 dias, sendo recomendado para plantio no planalto central brasileiro.
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Plantio
No Brasil a batata-doce é cultivada em diferentes sistemas de plantio, em leiras/camalhões, canteiros ou montículos. A partir da seleção ou aquisição de ramas de qualidade, de preferência as que passaram pela cultura de tecidos e limpeza viral. Estas ramas devem ser retiradas um tempo antes do plantio, para que murche e assim não se quebrem ao serem transplantadas. Para o plantio em território nacional prevalece o cultivo em leira de forma manual. Com o auxílio de uma haste de madeira, conhecida como bengala, é feito um orifício onde é depositada a base da rama, enterrando até dois terços do seu comprimento.
Resultados de pesquisa apontam que o plantio horizontal da rama produz melhores raízes, com menos impacto no formato e na colheita das batatas do que o plantio vertical. Porém, se não forem observados fatores como adubação, quantidade de nós por rama e condições de plantio, a forma de inserção terá pouca influência.**
Espaçamento:
O espaçamento de plantio para batata-doce varia de 80 cm a 130 cm entre leiras, com ramas espaçadas de 15 cm a 60 cm. Esse espaçamento está relacionado ao diâmetro das ramas, distância entre os nós e ao hábito de crescimento da cultivar. Em solos equilibrados e períodos chuvosos, um plantio mais denso pode ser recomendado para obter maior produtividade, mas é necessário ajustar para evitar o crescimento excessivo das ramas em detrimento das raízes de armazenamento. Por outro lado, espaçamentos mais amplos reduzem a competição por espaço, resultando em raízes grandes, chamadas de "cocão" ou "batatão", adequadas para processamento ou uso em cozinhas industriais. Em plantios de sequeiro com cultivares de crescimento moderado, espaçamentos maiores garantem o estabelecimento adequado das plantas e boas produtividades devido à menor competição.**
Encontrado na página: Cultivares
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Brazlândia Rosada
Encontrada no Distrito Federal, em 1980, a cultivar possui película externa de cor rosa e polpa de cor creme que se torna amarelada após cozimento. A raiz apresenta mais de 30% de matéria seca, sendo a maior parte composta por amido e açúcar, o que a torna indicada como matéria-prima para a produção de álcool. Seu formato é alongado, cheio e muito uniforme. As ramas se desenvolvem rapidamente, longas e relativamente grossas, de cor verde. As folhas são grandes, podendo chegar a 16 centímetros de comprimento e 18 centímetros de largura, de aparência levemente recortada. Se a colheita for tardia ou se o plantio for feito com espaçamento maior, pode-se obter batatas mais graúdas. O recomendado é que a colheita seja feita quando a raiz atinge o tamanho ideal para o comércio (200 a 500 gramas). Sua produtividade normal é de 33 t/ha e ciclo médio de até 150 dias.
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Irrigação
A maioria dos produtores de batata-doce no Brasil utiliza sistemas de irrigação por aspersão, sendo o sistema por pivô-central também adotado com sucesso, especialmente na região do Cerrado, resultando em elevada qualidade e produtividade, frequentemente superior a 50 t/ha.
A batata-doce não tolera solos encharcados, especialmente durante a formação das raízes e colheita. Recomenda-se irrigar repondo até 70% da capacidade de retenção de água no solo e suspender a irrigação alguns dias antes da colheita para evitar problemas como o apodrecimento das raízes devido a doenças do solo, especialmente as bacterianas.
Manejo de Irrigação:Período Crítico e Início do Plantio:
Nas primeiras semanas após o plantio, especialmente para áreas com ramas, é crucial manter o solo úmido, realizando irrigações leves e frequentes para evitar a desidratação até a formação das raízes. Tensões de água no solo próximas à capacidade de campo durante esse período.Estabelecimento das Ramas:
Após o pleno estabelecimento das ramas (10 a 20 dias após o plantio), as irrigações devem ocorrer quando a tensão de água no solo estiver entre 15 kPa e 25 kPa.
A frequência de irrigações pode ser reduzida após o início das brotações, continuando pelo menos até os 40 dias após o plantio para promover o desenvolvimento vegetativo.Frequência de Irrigação:
O sistema radicular da batata-doce varia de 75 cm a 90 cm, permitindo aplicações de água com menor frequência.
Recomenda-se irrigar duas vezes por semana até os 20 dias, uma vez por semana dos 20 aos 40 dias, e a cada duas semanas após os 40 dias até a colheita, considerando uma profundidade efetiva radicular de aproximadamente 30 cm.Manejo Baseado em Coeficientes de Cultura (Kc):
A depender da localidade e da época de plantio a mesma cultivar poderá demandar mais ou menos água durante o ciclo de produção. Para a estimativa da lâmina de água a ser aplicada pode-se usar dados agroclimáticos para estimativa da evapotranspiração da cultura (ETc) baseado em valores de coeficientes de cultura (Kc). Para a batata-doce pode-se utilizar para o estádio inicial o Kc de 0,50, nos estádios vegetativo e de floração Kc de 1,05 e na maturação/produção Kc de 0,65.**
Encontrado na página: Cultivares
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Colheita
Métodos de Colheita:
A colheita pode ser realizada manualmente, de forma semi-mecânica ou mecanizada. É muito importante ter cuidado neste processo para evitar danos mecânicos às raízes.
Cuidados na Colheita:
Danos Mecânicos:
Deve-se colher de maneira cuidadosa para evitar danos mecânicos às raízes. O acondicionamento em caixas não deve ser excessivo ou áspero.Proteção das Raízes Pós-Colheita:
A pele fina das raízes torna-as suscetíveis a abrasões e lesões que afetam a qualidade pós-colheita. Após a colheita, as raízes devem ser protegidas do sol para evitar escaldaduras (queima pelo sol).Exposição ao Sol:
Expor as raízes à luz solar pode aumentar a temperatura em 4 ºC a 6 ºC em relação à temperatura do ar, reduzindo a durabilidade. Caixas devem ser colocadas rapidamente à sombra para evitar danos.Manuseio e Transporte:
Minimizar o manuseio e reduzir as lesões é essencial. Os recipientes utilizados na colheita podem ser os mesmos para a cura e o armazenamento.Lavagem e Transporte:
O transporte das raízes para o lavador deve ser feito no fim do dia ou no início da manhã, evitando a exposição ao sol.Estratégias para Minimizar Danos:
Recipientes Adequados:
Caixas plásticas são preferíveis, causam menos danos e são de fácil limpeza e sanitização.Unidade Móvel de Sombreamento:
Construção de uma Unidade Móvel de Sombreamento, estrutura metálica coberta por lona plástica, para proteger as raízes expostas ao sol.Horários Estratégicos:
Colher no fim do dia ou no início da manhã, quando não há exposição solar intensa.Encontrado na página: Cultivares
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Superbrotamento ou Vassoura de Bruxa
A doença em questão é causada por um fitoplasma, um grupo de bactérias sem parede celular, conhecido como Candidatus Phytoplasma aurantifolia. Esses fitoplasmas colonizam o tecido vivo das plantas e são transmitidos por algumas espécies de cigarrinhas. O sintoma característico é o superbrotamento, resultando na proliferação de brotações com entrenós curtos, folhas pequenas e eretas. Quando plantas afetadas produzem, apresentam raízes pequenas e deformadas.
O controle envolve evitar o uso de ramas-sementes doentes, eliminar plantas com sintomas e controlar a população de cigarrinhas, especialmente em lavouras que fornecem mudas. O diagnóstico preciso pode ser confirmado por testes moleculares.
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Murcha Bacteriana e Sarna Comum
Embora não estejam presentes no Brasil, constituem ameaças significativas devido às condições climáticas favoráveis para os gêneros de bactérias habitantes de solo que as causam. A murcha bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum na China, possui uma variante (raça 1, biovar 4, filotipo I) ainda não identificada em solo brasileiro. Da mesma forma, a sarna comum, causada por Streptomyces ipomoea e associada à batata-doce no Japão e nos EUA, ainda não foi registrada no país.
Controle: É fundamentalmente preventivo, considerando-se que são espécies quarentenárias ausentes no território brasileiro. É crucial manter medidas legislativas rigorosas para evitar a introdução dessas enfermidades por meio de material propagativo. Em caso de suspeita da presença dessas doenças em campos brasileiros, é essencial comunicar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a implementação de medidas que visem à eliminação de plantas e tecidos doentes, visando a prevenção de sua disseminação no país -
Encontrado na página: Pós-produção
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Beneficiamento e Classificação
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ainda não estabeleceu normas de classificação e rotulagem para a batata-doce. Na ausência da instrução, o Centro de Qualidade Hortigranjeiro da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) criou, em 2014, um programa de adesão voluntária, buscando a adoção de normas de classificação e padrões de qualidade para a raiz. Este modelo sugere a utilização de um rótulo que permite a rastreabilidade, com informações sobre a variedade ou cultivar, dados do produtor, como nome, endereço, CNPJ e número de inscrição, coordenadas geográficas da propriedade, identificação da cores da casca e da polpa da raiz, peso médio, quantidade e peso líquido contidos na embalagem.
Classe:
Definida pelo peso médio das unidades, diferença entre a maior e a menor raiz, este valor não pode ultrapassar 25%. Se uma caixa com peso líquido de 20 quilos, contém 50 unidades e o peso médio de 400 gramas por unidade, a menor deve ter no mínimo 300 gramas e a maior 500 gramas.Categoria:
Extra: Deve apresentar a coloração intensa característica da cultivar, danos e injúrias abaixo de 10% da superfície da raiz. Acima desse valor já é considerado leve.
Defeitos leves: dano leve por praga, dano mecânico leve, defeito leve de formação, defeito leve de preparação e injúria leve
Defeitos graves: podridão, dano grave por praga, dano mecânico grave, defeito grave de formação, injúria grave e passadoEncontrado na página: Beneficiamento e classificação
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Transporte
O transporte predominante para a batata-doce é o rodoviário, utilizando diversos tipos de veículos. Certificados de vistoria são necessários para veículos que transportam alimentos, conforme a legislação sanitária federal ou estadual. A integridade e qualidade do produto devem ser garantidas durante o transporte para evitar contaminação e deterioração.
Independentemente do modo de transporte, é importante ter cuidado com a preservação das batatas-doces, pois sua película delicada pode sofrer danos, impactando a qualidade do produto. Muitos produtores utilizam caixas plásticas empilháveis durante a colheita, evitando sobrecarga para garantir um empilhamento adequado no transporte. O excesso de carga pode prejudicar não apenas as raízes no topo, mas todo o conteúdo empilhado, causando instabilidade.
O transporte em estradas irregulares ou instalações de armazenamento com excesso de movimento pode resultar em danos adicionais. Após a colheita, as raízes devem ser movidas rapidamente para o beneficiamento para evitar ferimentos e escaldaduras, especialmente em regiões quentes e luminosas. Alguns produtores preferem embalagens em sacos plásticos, principalmente para remessas de longa distância, destacando a cor roxa como estratégia de marketing.
Encontrado na página: Transporte
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Mercado e Comercialização
O cultivo da batata-doce ocorre durante todo o ano no Brasil, exceto no período de inverno na região Sul, desta forma o produto pode ser encontrado ao longo ao ano no mercado, com poucas oscilações no preço. De forma geral, no período de verão e outono pode haver mais disponibilidade do produto in natura no mercado, o que pode pressionar os preços para baixo, porém esta variação é menos do que de outras espécies perecíveis.
A cadeia da batata-doce pode ser representada pelos segmentos que a compõem: indústria de insumos agrícolas; produção; beneficiamento, classificação e embalagem; indústria de processamento; distribuição e comercialização; e consumidores.
Os produtores dessa hortaliça transacionam anteriormente à produção com a indústria de insumos e posteriormente à produção com agentes de comercialização, associações, atacadistas locais, mercado varejista e indústria de processamento.
Encontrado na página: Mercado e comercialização
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Logos
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Tecnologia 23/11
Embrapa e AEB firmam parceria para projeto de base na Lua
A presidente Silvia Massruhá, da Embrapa, e o presidente Marco Antônio Chamon, da Agência Espacial Brasileira (AEB), assinaram, terça-feira, 21 de novembro, protocolo de intenções entre as duas instituições em prol da participação do País no Programa Artemis, da Nasa, agência espacial norte-americana, que reúne ...
Encontrado na página: Notícia
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Métodos e Cuidados na Colheita:
A colheita pode ser realizada manualmente, de forma semi-mecânica ou mecanizada. É muito importante ter cuidado neste processo para evitar danos às raízes.
Danos Mecânicos:
Deve-se colher de maneira cuidadosa para evitar danos mecânicos às raízes. O acondicionamento em caixas não deve ser excessivo ou áspero.
Proteção das Raízes Pós-Colheita:
A pele fina das raízes torna-as suscetíveis a abrasões e lesões que afetam a qualidade pós-colheita. Após a colheita, as raízes devem ser protegidas do sol para evitar escaldaduras (queima pelo sol).
Exposição ao Sol:
Expor as raízes à luz solar pode aumentar a temperatura em 4 ºC a 6 ºC em relação à temperatura do ar, reduzindo a durabilidade. Caixas devem ser colocadas rapidamente à sombra para evitar danos.
Manuseio e Transporte:
Minimizar o manuseio e reduzir as lesões é essencial. Os recipientes utilizados na colheita podem ser os mesmos para a cura e o armazenamento.
Lavagem e Transporte:
O transporte das raízes para o lavador deve ser feito no fim do dia ou no início da manhã, evitando a exposição ao sol.
Recipientes Adequados:
Caixas plásticas são preferíveis, causam menos danos e são de fácil limpeza e sanitização.
Unidade Móvel de Sombreamento:
Construção de uma Unidade Móvel de Sombreamento, estrutura metálica coberta por lona plástica, para proteger as raízes expostas ao sol.
Horários Estratégicos:
Colher no fim do dia ou no início da manhã, quando não há exposição solar intensa. -
História da Batata-Doce: Uma Viagem Através dos Séculos
A batata-doce, (Ipomoea batatas (L.) Lam.), é uma raiz comestível que tem uma história rica e diversificada que remonta a milhares de anos. Originária da América Central e do Sul, a batata-doce era um alimento fundamental para as civilizações pré-colombianas, incluindo os Incas e Maias. As evidências arqueológicas sugerem que ela foi domesticada no Peru por volta de 8000 a.C. e gradualmente se espalhou por outras partes do continente.
Durante a era das grandes explorações, a batata-doce viajou pelo mundo com os colonizadores europeus. Os espanhóis foram os primeiros a introduzi-la na Europa no final do século XV, e rapidamente se tornou um alimento popular em várias partes do continente. No século XVI, os exploradores portugueses trouxeram a batata-doce para a Ásia, África e outras regiões tropicais, onde se adaptou bem ao clima e ao solo.
No século XVIII, a batata-doce encontrou seu caminho para a América do Norte, onde se tornou uma cultura agrícola importante. Sua versatilidade na culinária e seu valor nutricional fizeram com que ganhasse popularidade em todo o mundo. Hoje, a batata-doce é cultivada em uma variedade de climas e continua a ser uma parte essencial das dietas em muitas culturas, oferecendo não apenas sabor, mas também uma rica herança histórica que atravessa fronteiras e épocas.Encontrado na página: Conceitos gerais
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- Calorias: 115 kcal
- Carboidratos: 24 g
- Fibras: 3 g
- Proteínas: 2 g
- Gorduras: menos de 1 g
- Vitaminas: A, C, B6 e outras do complexo B
- Minerais: Potássio, Manganês e Cobre
- Antioxidantes: Betacaroteno
- Água: Alto teor
- Índice Glicêmico: Baixo
Encontrado na página: Informações resumidas
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Varia de acordo com a região
- Nordeste e Norte: Todo o ano
- Sudeste e Centro-Oeste: setembro a novembro
- Sul: setembro a novembro
Encontrado na página: Informações resumidas
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Do plantio até a colheita
de 90 a 150 dias
Encontrado na página: Informações resumidas
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Encontrado na página: Mais conteúdos
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Produção Integrada de Folhosas, Inflorescências e Condimentares
Esta capacitação tem como objetivo capacitar e certificar responsáveis técnicos e auditores em Produção Integrada de Folhosas, Inflorescências e Condimentares (PIFIC), assim como disseminar informações e técnicas sobre a PIFIC para todos os membros da cadeia produtiva.
Organizadora: Embrapa Hortaliças
Duração:
Carga horária: 40 horas
Encontrado na página: Cursos
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Encontrado na página: Web Stories
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Calagem
A maioria dos solos brasileiros é ácida, devido à carência de nutrientes ou à prática agrícola que utiliza fertilizantes acidificantes. A avaliação da acidez baseia-se no pH do solo, sendo o ideal entre 5,5 e 6,5. A correção é feita com calcário, fonte econômica de cálcio (Ca²+) e magnésio (Mg²+).
A necessidade de calagem é estimada por métodos que consideram a neutralização de alumínio ou a saturação por bases. A eficácia depende da época, tipo e forma de incorporação do calcário. Para a batata-doce, que demanda magnésio, recomenda-se calcário dolomítico, rico nesse nutriente e benéfico para interação com fosfatos, reduzindo a absorção de fósforo pelo solo.
Atenção: A calagem deve ser planejada e executada em área total com bastante antecedência, o ideal é no mínimo 60 dias antes do plantio.
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Produção Mundial
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a produção mundial de batata-doce em 2019 atingiu aproximadamente 92 milhões de toneladas. Esse número expressivo ilustra a sua importância como um alimento básico em muitas partes do mundo.
Encontrado na página: Conceitos gerais
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Diversidade Alimentar
A batata-doce é versátil e pode ser usada de várias maneiras na culinária, desde pratos salgados até sobremesas. Essa versatilidade a torna um componente importante da dieta de muitas culturas, contribuindo para a diversidade alimentar.
Encontrado na página: Conceitos gerais
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Solo
Para obter o melhor desenvolvimento da batata-doce o manejo do solo deve abranger práticas simples e fundamentais para a cultura, integrando diferentes técnicas e estratégias para atingir o máximo potencial produtivo da cultura, sem comprometer a qualidade química, física e biológica do solo.
A escolha da técnica adequada depende de fatores como:- Textura do solo
- Grau de infestação de invasores
- Resíduos vegetais remanescentes na superfície
- Umidade
- Existência de camadas compactadas
- Pedregosidade
- Riscos de erosão
Encontrado na página: Solo
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Viagem através dos séculos
Estima-se que a batata-doce seja cultivada há milhares de anos, encontrada inicialmente no México e no Peru. Ao longo do tempo atravessou oceanos, chegando a todos os continentes.
Encontrado na página: Início
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O superalimento
A batata-doce é uma excelente fonte de nutrientes essenciais, incluindo carboidratos complexos, fibras, vitaminas (como vitamina A, vitamina C, vitamina B6) e minerais (como potássio, manganês e cobre). Essa riqueza nutricional faz da batata-doce um alimento altamente nutritivo e benéfico para a saúde.
Encontrado na página: Início
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Desenvolvimento
A batata-doce é cultivada em diferentes locais com condições climáticas bem distintas, como a Cordilheira dos Andes, do clima tropical da Amazônia ao temperado do Rio Grande do Sul, chegando até aos desertos da costa do Pacífico. Embora seja uma planta perene, é cultivada anualmente, e seu ciclo varia de 12 a 35 semanas, dependendo das condições do solo, do ambiente e das cultivares esolhidas. A maioria das variedades atinge a produtividade máxima entre 12 e 22 semanas após o plantio, influenciada pelo fotoperíodo (luminosidade da terra). O sistema radicular inclui raízes fibrosas, responsáveis pela absorção de nutrientes e água, e raízes tuberosas, que armazenam produtos da fotossíntese.
A formação das raízes de armazenamento é influenciada por fatores como dias curtos, alta luminosidade e níveis elevados de sacarose, enquanto é inibida por altos teores de nitrogênio, altas temperaturas e ácido giberélico. As quatro primeiras semanas após o plantio são críticas para o crescimento e a produtividade das raízes tuberosas, sendo ideal manter umidade suficiente no solo durante esse período.Encontrado na página: Ecofisiologia e exigências climáticas
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Temperatura
Para o melhor crescimento e desenvolvimento da batata-doce a temperatura ideal é de 30° (diurno) e 20° (noturno).
Encontrado na página: Ecofisiologia e exigências climáticas
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Produção de Mudas
Para a obtenção de mudas sadias existe uma proposta de um programa de melhoramento com foco nas demandas da cadeia de valor da batata-doce, que é essencial para que sejam alcançados resultados que superem os desafios da produção nacional, com ação em rede entre Embrapa, institutos de pesquisa, universidades e empresas privadas.
A Embrapa desenvolve diversas pesquisas relacionadas à qualidade de mudas de batata-doce e possui também uma série de cultivares registradas no Registro Nacional de Cultivares (RNC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Nesse sentido, a empresa mantém e disponibiliza material básico de elevada sanidade destas cultivares para produtores na forma de pessoa física ou jurídica, interessados em produzir e comercializar mudas saudáveis, conhecidos como licenciados.Encontrado na página: Produção e obtenção de mudas
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Correção
Por ser uma cultura rústica, é importante evitar a super-adubação, pois não traz benefícios, apenas aumentando o custo de produção. Para o melhor manejo da fertilidade do solo é necessária a correta avaliação química, realizada com uma amostragem do solo que melhor represente a fertilidade média da área de plantio.
A amostra deve ser uniforme quanto a vegetação, topografia e histórico de uso. A análise é feita por laboratórios que possuem selo de certificação, e com base nos resultados gerados são calculadas as quantidades de calcário e fertilizante.Encontrado na página: Correção e adubação
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Calagem
A maioria dos solos brasileiros é ácida, devido à carência de nutrientes ou à prática agrícola que utiliza fertilizantes acidificantes. A avaliação da acidez baseia-se no pH do solo, sendo o ideal entre 5,5 e 6,5. A correção é feita com calcário, fonte econômica de cálcio (Ca²+) e magnésio (Mg²+).
A necessidade de calagem é estimada por métodos que consideram a neutralização de alumínio ou a saturação por bases. A eficácia depende da época, tipo e forma de incorporação do calcário. Para a batata-doce, que demanda magnésio, recomenda-se calcário dolomítico, rico nesse nutriente e benéfico para interação com fosfatos, reduzindo a absorção de fósforo pelo solo.
Atenção: A calagem deve ser planejada e executada em área total com bastante antecedência, o ideal é no mínimo 60 dias antes do plantio.Encontrado na página: Correção e adubação
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Adubação
O processo de adubação permite construir ou repor a fertilidade do solo, com o objetivo de garantir os nutrientes necessários para o desenvolvimento sadio da cultura. Para que o procedimento seja eficaz, é necessário estimar a quantidade de nutrientes a serem adicionados ao solo, de forma que atenda a real necessidade da produção. A estimativa é feita com base em resultados de análises químicas, textura do solo e potencial de produção. Além disso deve-se considerar o histórico da área, pois adubações anteriores podem atingir níveis tóxicos, em especial os micronutrientes.
Encontrado na página: Correção e adubação
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Adubação Orgânica
A adubação orgânica é fundamental no cultivo da batata-doce, pois fornece nutrientes, melhorando a qualidade do solo. Resíduos orgânicos como esterco bovino, de aves e torta de mamona são comuns. É recomendada a compostagem desses resíduos para evitar problemas com plantas daninhas e agentes causadores de doenças.
A compostagem envolve a formação de pilhas, que devem ser mantidas úmidas e misturadas a cada dois ou três dias, após cerca de 30 dias será obtido esterco curtido. Em solos arenosos, que possuem baixa matéria orgânica, doses de 10 a 30 t/ha de esterco bovino curtido são mais adequadas. Para esterco de aves, a dose recomendada é de 2,5 t/ha.Encontrado na página: Correção e adubação
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Matéria Orgânica do Solo
A Matéria Orgânica do Solo (MOS) é a fração orgânica resultante de resíduos vegetais, animais e microorganismos no solo. Os solos brasileiros são naturalmente pobres em MOS, sendo crucial adicioná-la para melhorar as condições do solo. A MOS é fundamental devido ao seu impacto na capacidade de retenção e liberação de nutrientes pelo solo, complexação de poluentes, retenção de umidade, estruturação do solo e suporte à biodiversidade.
A adição de MOS, proveniente de fontes como esterco animal ou compostos orgânicos, contribui para o controle de pragas e doenças, melhorando as condições de cultivo e nutrição. Recomenda-se aplicar 3 t/ha de cama de frango, 5 t/ha de composto orgânico ou 20 t/ha de esterco bovino.Encontrado na página: Correção e adubação
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Texto
No Brasil, a batata-doce é cultivada em diferentes sistemas de plantio, em leiras/camalhões, canteiros ou montículos. A partir da seleção ou aquisição de ramas de qualidade, de preferência as que passaram pela cultura de tecidos e limpeza viral. Estas ramas devem ser retiradas um tempo antes do plantio, para que murche e assim não se quebrem ao serem transplantadas.
Para o plantio em território nacional prevalece o cultivo em leira de forma manual. Com o auxílio de uma haste de madeira, conhecida como bengala, é feito um orifício onde é depositada a base da rama, enterrando até dois terços do seu comprimento.
Resultados de pesquisa apontam que o plantio horizontal da rama produz melhores raízes, com menos impacto no formato e na colheita das batatas do que o plantio vertical. Porém, se não forem observados fatores como adubação, quantidade de nós por rama e condições de plantio, a forma de inserção terá pouca influência.Encontrado na página: Plantio
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Texto
Os tratos culturais na produção de batata-doce visam melhorar as condições de crescimento e desenvolvimento das plantas, buscando ganhos em produtividade e qualidade das raízes. Embora a batata-doce seja pouco exigente em tratos culturais, o controle de plantas daninhas e a mobilização do solo são práticas essenciais.
A eliminação manual ou mecânica de plantas daninhas, realizada com cuidado para não danificar as plantas e raízes, é crucial para reduzir a competição por água, nutrientes, luz e espaço. O período crítico de competição geralmente vai de 15 a 45 dias após o plantio, podendo se estender até 60 dias.
Após esse intervalo, a cobertura da batata-doce supera as plantas daninhas. Em condições de temperatura elevada, a batata-doce cresce rapidamente, cobrindo o solo. Em temperaturas amenas ou baixas, o controle de plantas daninhas pode ser necessário em duas etapas.
Encontrado na página: Tratos culturais
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Texto 2
A capina manual com enxada preserva as leiras, sendo recomendada a reforma quando necessário. A última capina ocorre quando as extremidades das ramas mais longas alcançam a base das leiras vizinhas. Essa operação é cuidadosa, podendo ser realizada manualmente ou mecanicamente com um sulcador acoplado ao trator, antes do entrelaçamento das ramas entre as linhas.
Em locais com alta densidade de plantas daninhas, o preparo do solo pode ser feito algumas semanas antes do plantio. A rotação de culturas com espécies supressoras é crucial para o manejo do banco de sementes de plantas daninhas. Entre os preparos mecânicos, a irrigação pode estimular a emergência de gramíneas, controladas com herbicidas específicos.
Encontrado na página: Tratos culturais
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Texto 3
A reforma das leiras, conhecida como amontoa, consiste em mobilizar o solo para vedar rachaduras. Essa prática impede a postura de insetos-praga diretamente nas raízes. Um intervalo entre a primeira capina e a reforma das leiras é necessário para a desidratação e morte das plantas daninhas. O não cumprimento dessa prática pode expor as raízes à ação direta dos raios solares, afetando a qualidade e coloração das raízes.
Encontrado na página: Tratos culturais
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Atmosfera de Armazenamento
Em condições adequadas de armazenamento a batata-doce produz pouco etileno, hormônio vegetal que regula o processo de crescimento, desenvolvimento e resposta a estresses causados por organismos vivos ou não-vivos do ambiente. O etileno é conhecido por seu efeito no amadurecimento de frutos, porém, fatores como danos mecânicos, ferimentos, frio e deterioração podem aumentar a produção do hormônio, o que pode afetar negativamente a cor e o sabor das raízes. Portanto, o recomendado é que as batatas-doces não sejam armazenadas e transportadas com frutas e hortaliças que produzem muito etileno.
Encontrado na página: Armazenamento
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Doenças de Armazenamento
Destacam-se as seguintes doenças nas raízes de batatas-doces que podem ocorrer durante o armazenamento:
1) Podridão mole, causada por Rhizopus stolonifer,
2) Sarna (Monilochaetes infuscans),
3) Podridão de fusarium (Fusarium spp.),
4) Podridão negra (Ceratocystis fimbriata),
5) Podridão mole bacteriana, causada por Dickeya didantii (Pectobacterium (Erwinia) chrysanthemi),
6) Sarna comum (Streptomyces ipomoeae).Encontrado na página: Armazenamento
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Formas de Comercialização
A batata-doce é mais comercializada em sua forma in natura, porém a raiz pode ser encontrada em outras formas como, minimamente processada, chips ou palha, farinha e, recentemente, como fécula e goma para tapioca. O processamento agrega valor ao produtor e à indústria, pois o consumidor está cada vez mais atento ao mercado e o que ele pode oferecer.
A publicação Brazil Food Trends 2020, aponta que o consumidor brasileiro está em busca de praticidade, saúde e conveniência. O consumo de alimentos fora de casa aumentou a demanda por pequenas porções que podem ser consumidas durante os deslocamentos diários. Dada a qualidade nutricional de batata-doce, há espaço para que o mercado brasileiro amplie sua oferta insustrial da raiz.
No mercado nacional existem pelo menos quatro indústrias de médio e grande porte processando batata-doce em forma de chips. Em 2018, o faturamento individual de uma delas foi de R$ 30 milhões. Da mesma forma, indústrias de suplementos alimantares e medicamentos passaram a incluir em seu portfólio produtos como batata-doce em pó e shakes.Encontrado na página: Mercado e comercialização
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Vitaminas e Minerais
Vitamina A - manutenção da visão, sistema imunológico, saúde das mucosas que atuam como barreiras de proteção contra infecções
Vitamina B - ajuda a produzir energia e na manutenção da saúde do sistema nervoso, pele, cabelos e intestino.
Vitamina C - fortalecimento do sistema imunológico, também colabora na absorção de ferro e formação de tecidos, como ossos, músculos, vasos sanguíneos e outros.
Vitamina E - antioxidante, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, melhora a pele e fortalece o sistema imunológico
Minerais - ajudam a garantir o equilíbrio metabólico, são essenciais para se viver muito e com saúde
Encontrado na página: Conceitos gerais
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Irrigação
Período Crítico e Início do Plantio:
Nas primeiras semanas após o plantio, especialmente para áreas com ramas, é crucial manter o solo úmido, realizando irrigações leves e frequentes para evitar a desidratação até a formação das raízes. Tensões de água no solo próximas à capacidade de campo durante esse período.Estabelecimento das Ramas:
Após o pleno estabelecimento das ramas (10 a 20 dias após o plantio), as irrigações devem ocorrer quando a tensão de água no solo estiver entre 15 kPa e 25 kPa.A frequência de irrigações pode ser reduzida após o início das brotações, continuando pelo menos até os 40 dias após o plantio para promover o desenvolvimento vegetativo.
Frequência de Irrigação:
O sistema radicular da batata-doce varia de 75 cm a 90 cm, permitindo aplicações de água com menor frequência. Recomenda-se irrigar duas vezes por semana até os 20 dias, uma vez por semana dos 20 aos 40 dias, e a cada duas semanas após os 40 dias até a colheita, considerando uma profundidade efetiva radicular de aproximadamente 30 cm.Manejo baseado na Evapotranspiração da Cultura (ETc)
A depender da localidade e da época de plantio a mesma cultivar poderá demandar mais ou menos água durante o ciclo de produção. Para a estimativa da lâmina de água a ser aplicada por irrigação, pode-se usar dados agroclimáticos para estimativa da evapotranspiração da cultura (ETc), com a definição da evapotranspiração de referência (ETo) e utilizar coeficientes de cultura (Kc) de 0,5 para estádio inicial; 1,05 para os estágios vegetativo e de floração e 0,65 nos estádios de maturação/produção da cultura.Encontrado na página: Irrigação
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Colheita
A colheita pode ser realizada manualmente, de forma semi-mecânica ou mecanizada. É muito importante ter cuidado neste processo para evitar danos às raízes.
Danos Mecânicos:
Deve-se colher de maneira cuidadosa para evitar danos mecânicos às raízes. O acondicionamento em caixas não deve ser excessivo ou áspero.
Proteção das Raízes Pós-Colheita:
A pele fina das raízes torna-as suscetíveis a abrasões e lesões que afetam a qualidade pós-colheita. Após a colheita, as raízes devem ser protegidas do sol para evitar escaldaduras (queima pelo sol).
Exposição ao Sol:
Expor as raízes à luz solar pode aumentar a temperatura em 4 ºC a 6 ºC em relação à temperatura do ar, reduzindo a durabilidade. Caixas devem ser colocadas rapidamente à sombra para evitar danos.
Manuseio e Transporte:
Minimizar o manuseio e reduzir as lesões é essencial. Os recipientes utilizados na colheita podem ser os mesmos para a cura e o armazenamento.
Lavagem e Transporte:
O transporte das raízes para o lavador deve ser feito no fim do dia ou no início da manhã, evitando a exposição ao sol.
Recipientes Adequados:
Caixas plásticas são preferíveis, causam menos danos e são de fácil limpeza e sanitização.
Unidade Móvel de Sombreamento:
Construção de uma Unidade Móvel de Sombreamento, estrutura metálica coberta por lona plástica, para proteger as raízes expostas ao sol.
Horários Estratégicos:
Colher no fim do dia ou no início da manhã, quando não há exposição solar intensa.Encontrado na página: Colheita
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Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças (7ª edição)
Capacitar estudantes, pesquisadores, técnicos, extensionistas, empresários, entre outros públicos de interesse nas tecnologias das cadeias produtivas de frutas e hortaliças.
Organizadora: Embrapa Instrumentação
Duração:
Carga horária: 68 horas
Encontrado na página: Cursos
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Hortaliça como comprar, conservar e consumir: batata-doce
Hortaliça como comprar, conservar e consumir: batata-doce
Como comprar, conservar e consumir a hortaliça. E mais, dicas e receitas de: croquete de batata-doce e batata-doce glaçada. Publicado: 31/10/2024
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BRS GAITA: Cultivar de Batata-Doce
BRS GAITA: Cultivar de Batata-Doce
A batata-doce denominada comercialmente BRS Gaita foi selecionada como cultivar de dupla finalidade, direcionada para a produção de etanol e alimentação.
Publicado: 26/02/2024
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Produção de mudas de batata-doce
Pesquisador da Embrapa, Antônio Bortoleto, ensina como produzir mudas de batata-doce a partir de ramas de boa qualidade.
Encontrado na página: Vídeos
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Coeficientes Técnicos
Os valores encontrados servem como referência para os produtores, não devendo ser considerada como fonte exclusiva de informação, apenas como base para elaboração de orçamentos. É importante lembrar que cada unidade produtiva tem suas características próprias, nas condições de clima e solo e na adoção de tecnologias. A tabela abaixo representa os custos de uma unidade produtora do Distrito Federal, no ano de 2021.
Já o custo de produção da batata-doce orgânica chega quase ao triplo do valor da tradicional.
Encontrado na página: Coeficientes técnicos
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15.178 toneladas por hectare (2023)
Encontrado na página: Informações resumidas
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925.618 mil toneladas (2023)
Encontrado na página: Informações resumidas
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61.205 hectares (2023)
Encontrado na página: Informações resumidas
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Apresentação de duas cultivares de batata-doce de polpa roxa
Apresentação das cultivares BRS Cotinga e BRS Anembé.
Encontrado na página: Vídeos
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III Simpósio Brasileiro de Batata-doce - Sistemas de produção
Encontrado na página: Vídeos
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Regiões
A Região Nordeste é a maior produtora de batata-doce do Brasil, segundo dados da Pesquisa Agropecuária Municipal (PAM-IBGE) de 2022, foram produzidas mais de 430 mil toneladas, com um valor de R$ 826.237,00. A segunda maior produtora é a Região Sul, seguida de Sudeste, Norte e Centro-Oeste. Em nível estadual os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Ceará e Sergipe juntos são responsáveis por aproximadamente 56% da produção nacional.
Encontrado na página: Principais regiões produtoras
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Complexo de Besouros Crisomelídeos
Os besouros da família Chrysomelidae se alimentam essencialmente de material vegetal, como folhagens, tanto adultos como também em fase de larva, causando grande impacto econômico e ecológico. Os crisomelídeos estão agrupados em 12 subfamílias, das quais três, Cassidinae, Eumolpinae, Galerucinae possuem espécies associadas à batata-doce. Estes besouros apresentam ciclo de vida e comportamento similares e causam os mesmos tipos de danos à cultura, o que dificulta a identificação do impacto isolado de cada uma das espécies.
Danos: Os adultos se alimentam das folhas, deixando-as perfuradas, algumas vezes com aspecto rendilhado, porém, sem afetar a produção da cultura. A importância econômica deste grupo se deve à fase imatura, cujas larvas fazem pequenos furos na pele da raiz para se alimentarem dos tecidos, cavando galerias que se irradiam por toda a superfície do órgão, reduzindo seu valor comercial. Porém, vale destacar que, ao contrário de E. postfasciatus, os danos dos crisomelídeos tendem a ser mais superficiais e muitas vezes, não inviabilizam o consumo da raiz, bastando para isso, retirar a parte atacada.
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Murcha Bacteriana e Sarna Comum
Embora não estejam presentes no Brasil, constituem ameaças significativas devido às condições climáticas favoráveis para os gêneros de bactérias habitantes de solo que poderiam encontrar em solo nacional. A murcha bacteriana, causada por Ralstonia solanacearum na China, possui uma variante (raça 1, biovar 4, filotipo I) ainda não identificada em solo brasileiro. Da mesma forma, a sarna comum, causada por Streptomyces ipomoea e associada à batata-doce no Japão e nos EUA, ainda não foi registrada no país.
Controle: Preventivo, considerando-se que são espécies quarentenárias ausentes no território brasileiro. É crucial manter medidas legislativas rigorosas para evitar a introdução dessas enfermidades por meio de material propagativo. Em caso de suspeita da presença dessas doenças em campos brasileiros, é essencial comunicar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a implementação de medidas que visem à eliminação de plantas e tecidos doentes, visando a prevenção de sua disseminação no país -
Doença do Mal-do-Pé
Doença do Mal-do-Pé
A doença do mal-do-pé, ou podridão do pé, é a doença que mais afeta a cultura. Causada pelo fungo de solo Plenodomus destruens, este patógeno afeta plantas da família da batata-doce (Convolvulaceae), tanto no campo quanto durante o armazenamento pós-colheita. Os sintomas mais severos incluem amarelamento das folhas, murcha e eventual morte da planta.
Lesões necróticas podem surgir na base do caule, estendendo-se para as raízes. O fungo forma uma lesão de cor marrom-escuro no colo da planta, resultando em anelamento da haste e interrupção da absorção de água e nutrientes.A disseminação ocorre através de mudas contaminadas, vento, chuva, insetos e ferramentas. Adubação orgânica, especialmente com esterco de gado e cama de frango, pode agravar a doença. Controle eficaz envolve práticas preventivas, como seleção cuidadosa do local de plantio, queima de plantas doentes, rotação de culturas e uso de variedades resistentes.
O plantio de ramas das partes mais novas das plantas e a escolha de adubos com baixo teor de nitrogênio são recomendados. A resistência genética também desempenha um papel crucial no controle, embora não haja fungicidas registrados para o combate à doença.Publicado: 15/04/2024
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Superbrotamento ou Vassoura de Bruxa
A doença em questão é causada por um fitoplasma, um grupo de bactérias sem parede celular, conhecido como Candidatus Phytoplasma aurantifolia. Esses fitoplasmas colonizam o tecido vivo das plantas e são transmitidos por algumas espécies de cigarrinhas. O sintoma característico é o superbrotamento, resultando na proliferação de brotações com entrenós curtos, folhas pequenas e eretas. Quando plantas afetadas produzem, apresentam raízes pequenas e deformadas.
Controle: Envolve evitar o uso de ramas-sementes doentes, eliminar plantas com sintomas e controlar a população de cigarrinhas, especialmente em lavouras que fornecem mudas. O diagnóstico preciso pode ser confirmado por testes moleculares. -
Infecção Viral
Infecção Viral
A maioria destes vírus não causa sintomas no hospedeiro, algo que dificulta a identificação de algumas viroses.A transmissão ocorre principalmente por moscas brancas e pulgões. A planta é frequentemente infectada por vírus diferentes e as interações entre eles influenciam os sintomas e a perda de produção.
O controle do vírus de forma química ainda não é possível, portanto a forma mais efetiva para diminuir o impacto das doenças virais na lavoura é a utilizazação de material de propagação sadio. O material pode ser obtido por meio de produtores comerciais certificados de mudas e ramas livres de vírus.A maioria dos vírus não causam sintomas em seu hospedeiro, para que a detecção seja possível é necessário fazer uma enxertia, ou seja, unir os tecidos com uma planta do mesmo gênero chamada Ipomoea setosa. Geralmente os sintomas são mosaico, clorose e, em casos mais severos, encarquilhamento e necrose.
Os vírus em batata-doce são transmitidos, principalmente, por moscas brancas e pulgões. A planta normalmente é infectada por complexos virais (infecções mistas) e a interação entre esses patógenos influenciam os sintomas e as perdas de produção.Publicado: 15/04/2024
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Manejo Integrado de Pragas
1. Material de Propagação de Qualidade: Utilizar mudas de viveiros credenciados, cultivados em ambientes protegidos, livre de pragas, vírus e demais patógenos.
2. Escolha da Área: Plantar de preferência em solos arenosos, corrigidos e com bom nível de fertilidade. Dar preferência para áreas que não tenham sido cultivadas com batata-doce nos dois anos anteriores e sem histórico de ocorrência de pragas e doenças.
3. Isolamento da Cultura: Buscar áreas mais afastadas de locais de cultivo de batata-doce ou usar barreiras vivas, por meio de plantas que evitem o trânsito de pragas entre as lavouras.
4. Preparo do Solo: Revolver o solo para promover a exposição de insetos presentes na área ao sol e à ação de predadores, como pássaros.
5. Adubação: Adubar, com base na análise do solo e nas exigências da planta, evitando a carência e o excesso de nutrientes.
6. Correção da acidez: Realizar a calagem do solo, para corrigir o pH e auxiliar na neutralização do alumínio tóxico, prática necessária ao bom desenvolvimento das raízes das plantas e aproveitamento de nutrientes, como nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre, entre outros.
7. Irrigação: Irrigar com base em sensores de umidade do solo (Ex: Irrigas®) e nas necessidades da planta, a fim de permitir o crescimento vegetativo adequado.
8. Capinas: Manter a área livre de plantas daninhas, para evitar competição por nutrientes e eliminar focos de viroses e outras pragas para a cultura.
9. Restabelecimento das Leiras: Reformar as leiras para evitar as rachaduras do solo, que se formam em função do crescimento lateral das raízes tuberosas e com isso, evitar o acesso das pragas de solo às raízes.
10. Cultivares Precoces ou Antecipação da Colheita: Utilizar cultivares precoces ou antecipar a colheita quando possível, a fim de quebrar o ciclo das pragas, por meio da retirada do alimento e também para evitar o possível agravamento dos danos nas raízes no campo.
11. Destruição de Soqueira: Destruir os restos de caules e pedaços de raiz para evitar o aparecimento de plantas voluntárias que se constituem como fontes de inóculos e de manutenção da população de pragas.
12. Rotação de Culturas: Fazer a rotação de culturas, de preferência com aquelas que não possuam pragas e doenças em comum (ex. milho, sorgo), a fim de quebrar o ciclo das pragas.
13. Utilização de Agrotóxicos: Não é recomendado usar produtos químicos para controlar pragas-chave da cultura, como a broca-da-raiz e as larvas dos crisomelídeos, devido aos seus hábitos subterrâneos. Além disso, insetos que se desenvolvem dentro das estruturas vegetativas das plantas, como as lagartas da broca-das-ramas, não têm contato direto com os produtos químicos, tornando as aplicações ineficazes e antieconômicas, especialmente para insetos que vivem no solo. Estratégias alternativas e preventivas são mais apropriadas para lidar com essas pragas.
14. Métodos Biológicos: Incentivar o controle biológico natural na produção de batata-doce é crucial. Dada a limitação do controle químico, promover inimigos naturais nativos através de vegetação rica em flores e fungos entomopatogênicos, como Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, ajuda a equilibrar as populações de pragas de forma mais sustentável.
15. Resistência da Planta: A resistência de plantas a artrópodes é crucial para um programa eficiente de Manejo Integrado de Pragas (MIP) na batata-doce. A seleção de genótipos com propriedades de antixenose, antibiose e/ou tolerância atua sinergicamente com outros métodos de controle, otimizando o manejo. A resistência ocorre principalmente por meio da produção de substâncias como fitoalexinas, látex e terpenóides, afetando a biologia das pragas. A tolerância é observada pela capacidade de compensação e regeneração da batata-doce, incluindo a cicatrização de feridas e rápida reposição de áreas atacadas. Nas últimas décadas, diversos estudos foram realizados sobre a resistência da batata-doce a pragas.
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Broca-das-Ramas
A Broca-das-ramas ou Broca-do-colo (Megastes pusialis e Megastes grandalis Lepidoptera, Crambidae): Duas espécies de brocas-das-ramas, Megastes pusialis Snellen e M. grandalis Guenee, estão associadas à batata-doce. Estas mariposas têm estruturas parecidas, causam os mesmos tipos de danos e ocorrem praticamente nas mesmas regiões, dificultando o estabelecimento preciso do impacto individual de cada espécie para a cultura. Estas brocas podem causar uma perda estimada de 30% a 50% na produção.
Distribuição: M. pusialis: Guiana, Trinidad & Tobago e Brasil. M. grandalis: Costa Rica, Panamá, Trinidad & Tobago, Venezuela, Guiana, Suriname, Peru, Paraguai, Argentina e Brasil.
Ciclo de vida: Os adultos desta praga são mariposas com uma envergadura de 40 a 45 mm, apresentando uma coloração pardo-escura, com margens mais escuras na asa anterior e três linhas sinuosas transversais. Conhecidas como "broca-do-coleto", as fêmeas depositam ovos, individualmente ou em fileiras, no caule e nas hastes da planta, especialmente próxima à base. As lagartas têm cabeça distinta do corpo, três pares de pernas torácicas e cinco pares de falsas pernas abdominais. Elas são rosadas, com pontuações escuras ao longo do corpo. A fase de pupa ocorre dentro das hastes ou nas proximidades do orifício de saída. O ciclo, desde o ovo até o adulto, tem uma duração média de 57 dias.
Danos: As lagartas recém-eclodidas penetram nos tecidos vegetais do caule, geralmente na região do coleto e das hastes, causando danos nos vasos condutores da planta, que levam ao retardo do crescimento, queda das folhas e redução da produção. A região atacada fica intumescida, com rachaduras e um orifício de saída, contendo excrementos de cor amarelada. As ramas atacadas podem murchar completamente e secar, soltando-se facilmente da planta. Eventualmente, atacam ainda as raízes tuberosas da batata-doce, abrindo galerias à medida que se alimentam -
Manejo Integrado de Pragas
1. Material de Propagação de Qualidade: Utilizar mudas de viveiros credenciados, cultivados em ambientes protegidos, livre de pragas, vírus e demais patógenos.
2. Escolha da Área: Plantar de preferência em solos arenosos, corrigidos e com bom nível de fertilidade. Dar preferência para áreas que não tenham sido cultivadas com batata-doce nos dois anos anteriores e sem histórico de ocorrência de pragas e doenças.
3. Isolamento da Cultura: Buscar áreas mais afastadas de locais de cultivo de batata-doce ou usar barreiras vivas, por meio de plantas que evitem o trânsito de pragas entre as lavouras.
4. Preparo do Solo: Revolver o solo para promover a exposição de insetos presentes na área ao sol e à ação de predadores, como pássaros.
5. Adubação: Adubar, com base na análise do solo e nas exigências da planta, evitando a carência e o excesso de nutrientes.
6. Correção da acidez: Realizar a calagem do solo, para corrigir o pH e auxiliar na neutralização do alumínio tóxico, prática necessária ao bom desenvolvimento das raízes das plantas e aproveitamento de nutrientes, como nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre, entre outros.
7. Irrigação: Irrigar com base em sensores de umidade do solo (Ex: Irrigas®) e nas necessidades da planta, a fim de permitir o crescimento vegetativo adequado.
8. Capinas: Manter a área livre de plantas daninhas, para evitar competição por nutrientes e eliminar focos de viroses e outras pragas para a cultura.
9. Restabelecimento das Leiras: Reformar as leiras para evitar as rachaduras do solo, que se formam em função do crescimento lateral das raízes tuberosas e com isso, evitar o acesso das pragas de solo às raízes.
10. Cultivares Precoces ou Antecipação da Colheita: Utilizar cultivares precoces ou antecipar a colheita quando possível, a fim de quebrar o ciclo das pragas, por meio da retirada do alimento e também para evitar o possível agravamento dos danos nas raízes no campo.
11. Destruição de Soqueira: Destruir os restos de caules e pedaços de raiz para evitar o aparecimento de plantas voluntárias que se constituem como fontes de inóculos e de manutenção da população de pragas.
12. Rotação de Culturas: Fazer a rotação de culturas, de preferência com aquelas que não possuam pragas e doenças em comum (ex. milho, sorgo), a fim de quebrar o ciclo das pragas.
13. Utilização de Agrotóxicos: Não é recomendado usar produtos químicos para controlar pragas-chave da cultura, como a broca-da-raiz e as larvas dos crisomelídeos, devido aos seus hábitos subterrâneos. Além disso, insetos que se desenvolvem dentro das estruturas vegetativas das plantas, como as lagartas da broca-das-ramas, não têm contato direto com os produtos químicos, tornando as aplicações ineficazes e antieconômicas, especialmente para insetos que vivem no solo. Estratégias alternativas e preventivas são mais apropriadas para lidar com essas pragas.
14. Métodos Biológicos: Incentivar o controle biológico natural na produção de batata-doce é crucial. Dada a limitação do controle químico, promover inimigos naturais nativos através de vegetação rica em flores e fungos entomopatogênicos, como Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, ajuda a equilibrar as populações de pragas de forma mais sustentável.
15. Resistência da Planta: A resistência de plantas a artrópodes é crucial para um programa eficiente de Manejo Integrado de Pragas (MIP) na batata-doce. A seleção de genótipos com propriedades de antixenose, antibiose e/ou tolerância atua sinergicamente com outros métodos de controle, otimizando o manejo. A resistência ocorre principalmente por meio da produção de substâncias como fitoalexinas, látex e terpenóides, afetando a biologia das pragas. A tolerância é observada pela capacidade de compensação e regeneração da batata-doce, incluindo a cicatrização de feridas e rápida reposição de áreas atacadas. Nas últimas décadas, diversos estudos foram realizados sobre a resistência da batata-doce a pragas.
Encontrado na página: Manejo integrado de pragas
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Cultivares Resistentes
Cultivares Resistentes
No Brasil, algumas instituições de pesquisa têm buscado fontes de resistência ao nematoide-das-galhas (Meloidogyne spp.) em seus bancos de germoplasma. No entanto, é importante salientar que cultivares resistentes devem ser consideradas como componentes de um programa de controle integrado e não como medida isolada. Conheças as cultivares Embrapa clicando no botão abaixo.
Publicado: 17/04/2024
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Nematoides 2
A amostragem de solo e raízes infectadas é essencial para se estabelecer medidas de manejo necessárias e aplicáveis durante o cultivo da batata-doce. Essas medidas são planejadas visando reduzir a população inicial dos nematóides ou evitar que novas áreas sejam contaminadas. As práticas de manejo de maior sucesso para a produção de batata-doce em campos infestados incluem a combinação dos seguintes métodos:
Atenção: Nenhuma medida de manejo para o controle de nematóides utilizada de forma isolada traz resultados satisfatórios, o recomendado é que seja feita uma integração entre todas elas.
Encontrado na página: Doenças causadas por nematoides
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Nematoides
Muitos gêneros de nematoides são associados ao cultivo da batata-doce, porém o nematoide-das-galhas (Meloidogyne spp.) e o nematoide-reniforme (Rotylenchulus reniformis), são os mais importantes em termos de perda de produção. Outros dois gêneros, Pratylenchus (nematoide-das-lesões-radiculares) e Ditylenchus (nematoide-do-amarelão-do-alho), são encontrados em algumas ocasiões e podem reduzir a qualidade ou produção das plantas.
Encontrado na página: Doenças causadas por nematoides
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Encontrado na página: Pré-produção
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Pesquisa 08/11
Embrapa inicia pesquisa inédita no Brasil sobre cura da batata-doce
A Embrapa Hortaliças (Brasília/DF) iniciou em outubro as pesquisas para adequar os processos de cura da batata-doce em condições tropicais, tanto em sistemas de cultivo convencional como orgânico. A cura é um processamento pós-colheita que faz a cicatrização das lesões das raízes, o que contribui para o ...
Encontrado na página: Notícia
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- Broca-das-raízes (Conoderus sp.)
- Lagarta-da-batata-doce (Bonagota cranaodes)
- Mosca-branca (Bemisia tabaci)
- Vaquinha (Diabrotica speciosa)
- Percevejos
- Nematoides (Meloidogyne spp.)
- Broca-do-caule (Euzophera osseatella)
- Besouro-da-batata-doce (Cylas formicarius)
- Cigarrinhas (Empoasca sp.)
Encontrado na página: Informações resumidas
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- Murcha-de-fusarium (Fusarium wilt)
- Podridão-negra (Black Rot)
- Podridão-de-armazenamento (Storage Rot)
- Mofo-branco (White Mold)
- Murcha-de-esclerócio (Southern Blight)
- Vírus da batata-doce (Sweet Potato Virus)
- Nematoides
- Podridão-de-raiz (Root Rot)
Encontrado na página: Informações resumidas
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Prosa Rural - Potencial dos Insumos Biológicos para uma Agricultura Mais Sustentável
Os bioinsumos são produzidos a partir de microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais e são utilizados nos sistemas de cultivo agrícola e tem a função de ajudar a controlar pragas e doenças e aumentar a disponibilidade de nutrientes para as plantas. Você vai conhecer também o BioFabLab, laboratório construído na sede da Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás. O BioFabLab pretende aumentar a velocidade da chegada de novos insumos biológicos até o agricultor, promovendo uma agricultura mais sustentável. Participam do programa a pesquisadora Marta Cristina de Fillipi e o analista Marcio Vinicius Cortes.
Encontrado na página: Áudios
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Cuidados na Colheita
A colheita pode ser realizada manualmente, de forma semi-mecânica ou mecanizada. É muito importante ter cuidado neste processo para evitar danos às raízes.
Danos Mecânicos:
Deve-se colher de maneira cuidadosa para evitar danos mecânicos às raízes. O acondicionamento em caixas não deve ser excessivo ou áspero.
Proteção das Raízes Pós-Colheita:
A pele fina das raízes torna-as suscetíveis a abrasões e lesões que afetam a qualidade pós-colheita. Após a colheita, as raízes devem ser protegidas do sol para evitar escaldaduras (queima pelo sol).
Exposição ao Sol:
Expor as raízes à luz solar pode aumentar a temperatura em 4 ºC a 6 ºC em relação à temperatura do ar, reduzindo a durabilidade. Caixas devem ser colocadas rapidamente à sombra para evitar danos.
Manuseio e Transporte:
Minimizar o manuseio e reduzir as lesões é essencial. Os recipientes utilizados na colheita podem ser os mesmos para a cura e o armazenamento.
Lavagem e Transporte:
O transporte das raízes para o lavador deve ser feito no fim do dia ou no início da manhã, evitando a exposição ao sol.
Recipientes Adequados:
Caixas plásticas são preferíveis, causam menos danos e são de fácil limpeza e sanitização.
Unidade Móvel de Sombreamento:
Construção de uma Unidade Móvel de Sombreamento, estrutura metálica coberta por lona plástica, para proteger as raízes expostas ao sol.
Horários Estratégicos:
Colher no fim do dia ou no início da manhã, quando não há exposição solar intensa. -
Aproveitamento de Resíduos no Preparo de Bioinsumos
Este curso tem como objetivo promover a capacitação dos participantes nos métodos e técnicas de aproveitamento de resíduos sólidos, oriundos da atividade agropecuária, para o preparo de bioinsumos.
Organizadora: Embrapa Semiárido
Duração:
Carga horária: 24 horas
Encontrado na página: Cursos
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Sistema de Produção da Batata-Doce
Sistema de Produção da Batata-Doce
A batata-doce é uma hortaliça cultivada em todo o território brasileiro e vem apresentando um crescimento contínuo de produção e área plantada. Essa demanda crescente por essa hortaliça no mercado nacional e internacional é motivada pelas suas propriedades nutricionais e nutracêuticas promotoras da saúde.
Publicado: 28/03/2024
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Adubação
O processo de adubação permite construir ou repor a fertilidade do solo, com o objetivo de garantir os nutrientes necessários para o desenvolvimento sadio da cultura. Para que o procedimento seja eficaz, é necessário estimar a quantidade de nutrientes a serem adicionados ao solo, de forma que atenda a real necessidade da produção. A estimativa é feita com base em resultados de análises químicas, textura do solo e potencial de produção. Além disso deve-se considerar o histórico da área, pois adubações anteriores podem atingir níveis tóxicos, em especial os micronutrientes.
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Adubação Mineral
A batata-doce é forte para suportar condições desafiadoras e responde bem à adubação mineral em solos com baixa fertilidade. Em solos férteis, a aplicação de fertilizantes não resulta em aumentos significativos de produtividade. O nitrogênio é crucial, mas doses elevadas podem reduzir a produção de raízes.
A resposta varia com a matéria orgânica do solo e em solos arenosos, ocorre até 50-80 kg/ha após leguminosas ou gramíneas. Recomenda-se dividir a aplicação do nitrogênio, metade na semeadura e metade após 45 dias. Monitorar o desenvolvimento da cultura é essencial, e as doses sugeridas de N são entre 50 e 60 kg/ha para a batata-doce.
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Adubação Orgânica
A adubação orgânica é fundamental no cultivo da batata-doce, pois fornece nutrientes, melhorando a qualidade do solo. Resíduos orgânicos como esterco bovino, de aves e torta de mamona são comuns. É recomendada a compostagem desses resíduos para evitar problemas com plantas daninhas e agentes causadores de doenças.
A compostagem envolve a formação de pilhas, que devem ser mantidas úmidas e misturadas a cada dois ou três dias, após cerca de 30 dias será obtido esterco curtido. Em solos arenosos, que possuem baixa matéria orgânica, doses de 10 a 30 t/ha de esterco bovino curtido são mais adequadas. Para esterco de aves, a dose recomendada é de 2,5 t/ha.
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Matéria Orgânica do Solo
A Matéria Orgânica do Solo (MOS) é a fração orgânica resultante de resíduos vegetais, animais e microorganismos no solo. Os solos brasileiros são naturalmente pobres em MOS, sendo crucial adicioná-la para melhorar as condições do solo. A MOS é fundamental devido ao seu impacto na capacidade de retenção e liberação de nutrientes pelo solo, complexação de poluentes, retenção de umidade, estruturação do solo e suporte à biodiversidade.
A adição de MOS, proveniente de fontes como esterco animal ou compostos orgânicos, contribui para o controle de pragas e doenças, melhorando as condições de cultivo e nutrição. Recomenda-se aplicar 3 t/ha de cama de frango, 5 t/ha de composto orgânico ou 20 t/ha de esterco bovino. -
Segurança Alimentar
A batata-doce é uma fonte vital de nutrição, rica em vitaminas, minerais e fibras. Ela desempenha um papel fundamental na segurança alimentar de regiões onde as condições de cultivo são favoráveis, sendo uma opção importante para dietas equilibradas.
Encontrado na página: Conceitos gerais
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Geração de Renda
A produção de batata-doce é uma fonte de subsistência para muitos agricultores em todo o mundo, fornecendo uma fonte de renda estável para as famílias rurais. O comércio e a venda de produtos relacionados à batata-doce, como batata-doce processada, também representam uma parte significativa da economia em muitas regiões.
Encontrado na página: Conceitos gerais
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Solo 2
Os solos arenosos são os mais indicados para o plantio da batata-doce, este tipo de solo permite uma drenagem mais eficiente, apresenta melhores respostas à adubação, facilita o desenvolvimento lateral das raízes, a produção mais uniforme e, principalmente, permite a colheita com menor índice de danos.
Em áreas de solos mais argilosos, algo comum para as diferentes regiões brasileiras submetidas a cultivos intensivos e uso de maquinários, é importante realizar a avaliação de presença de camadas compactadas, utilizando medidores de resistência à penetração ou abrindo uma trincheira para avaliação do perfil do solo.
Confirmada a compactação, esta camada deve ser quebrada para devolver ao solo sua capacidade de drenagem. É recomendado o plantio em áreas mais planas, pois facilita as operações mecanizadas, em especial a colheita. Em relevo mais acidentado, o cultivo deve ser feito em nível para evitar a erosão.Encontrado na página: Solo
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Estresses Abióticos
A batata-doce, apesar de ser uma raiz de origem tropical com alta capacidade de adaptação, pode ter sua produtividade reduzida por elementos não vivos do ambiente, especialmente se ocorrem no início da formação das raízes tuberosas até seu crescimento total. Temperatura, disponibilidade de água e luminosidade são os fatores que mais interferem na produtividade e qualidade da raíz.
Encontrado na página: Ecofisiologia e exigências climáticas
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Água
A demanda hídrica da batata- doce é 500 mm para um ciclo de 110 a 140 dias. Para colheitas satisfatórias a demanda semanal por água na fase inicial (até aproximadamente 30 dias após o plantio) e final (de 90 a 120 dias após o plantio) é de 20 mm. Por outro lado, do período que vai dos 30 aos 90 dias a demanda de água é de 40 mm por semana, sendo o período crítico dos 40 aos 55 dias após o transplantio.
Alagamento: É muito importante evitar o excesso de água e possível encharcamento do solo. A quantidade excessiva de água reduz a formação das raízes tuberosas, afetando a quantidade, tamanho e diâmetro do produto, bem como sua capacidade de tolerar estresse.Encontrado na página: Ecofisiologia e exigências climáticas
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Radiação
Lavouras de batata-doce com alta produtividade demandam níveis elevados de radiação solar para favorecer o crescimento e a formação das raízes tuberosas. Em sistemas de cultivo sem irrigação durante o período chuvoso, a disponibilidade de radiação pode ser afetada por períodos nublados ou chuvosos. Quando a batata-doce é cultivada em associação com culturas mais altas, como o milho, o sombreamento resultante pode levar à redução na radiação. Nesses casos, há uma diminuição na produção total de matéria seca, especialmente das raízes tuberosas.
A planta pode tolerar um sombreamento moderado de até 25% sem grandes impactos na produtividade, mas sombreamentos superiores a 40% resultam em redução da produção total e da biomassa das raízes tuberosas, além de atrasar o início da formação dessas raízes.Encontrado na página: Ecofisiologia e exigências climáticas
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Benefícios
Benefícios de adquirir mudas de cultivares registradas:
- Variedades mais precoces e adaptadas podem aumentar a produção e qualidade das raízes.
- Redução da sazonalidade e impacto nos preços de mercado.
- Acessibilidade da batata-doce para a população de baixa renda.
- Lançamentos no Registro Nacional de Cultivares, resultantes de iniciativas regionais e seleções.
Encontrado na página: Produção e obtenção de mudas
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Diferenciação
Diferenciação entre Cultivares:
- Produtividade potencial.
- Ciclo de crescimento.
- Exigências edafoclimáticas.
- Porte e arquitetura da planta.
- Formato e coloração das raízes.
- Resistência a pragas e doenças.
- Exigência nutricional e em tratos culturais.
- Variabilidade na coloração da polpa, película externa, formato da raiz, formato e cor das folhas, entre outras características.
Encontrado na página: Produção e obtenção de mudas
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Adubação Mineral
A batata-doce é forte para suportar condições desafiadoras e responde bem à adubação mineral em solos com baixa fertilidade. Em solos férteis, a aplicação de fertilizantes não resulta em aumentos significativos de produtividade. O nitrogênio é crucial, mas doses elevadas podem reduzir a produção de raízes. A resposta varia com a matéria orgânica do solo e em solos arenosos, ocorre até 50-80 kg/ha após leguminosas ou gramíneas. Recomenda-se dividir a aplicação do nitrogênio, metade na semeadura e metade após 45 dias. Monitorar o desenvolvimento da cultura é essencial, e as doses sugeridas de N são entre 50 e 60 kg/ha para a batata-doce.
Encontrado na página: Correção e adubação
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Texto
Os nutrientes podem ser divididos em macronutrientes e micronutrientes. A divisão é de acordo com a concentração necessária de cada para a boa manutenção do solo. Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) precisam de maior concentração e são considerados macronutrientes primários.
Encontrado na página: Nutrição
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Texto 2
A absorção de nutrientes em hortaliças segue um padrão de crescimento ou acúmulo de matéria seca (raiz fibrosa, raiz tuberosa, ramas e folhas) em três fases: inicialmente, a absorção é lenta, seguida por uma fase intensa até atingir o pico, seguida por um pequeno declínio. Na batata-doce, as raízes tuberosas se tornam o principal dreno da planta após os 85 dias do transplantio.
Os nutrientes, especialmente Nitrogênio, Potássio e Cálcio, acompanham o acúmulo de matéria seca. Micronutrientes como Magnésio, Boro e Zinco também são absorvidos em quantidades significativas. A literatura relata variações na quantidade de nutrientes absorvidos pela batata-doce devido a fatores como ambiente de produção, cultivares e tipo de solo.Encontrado na página: Nutrição
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Espaçamento
O espaçamento de plantio para batata-doce varia de 80 cm a 130 cm entre leiras, com ramas espaçadas de 15 cm a 60 cm (ou 3 plantas por metro conforme imagem). Esse espaçamento está relacionado ao diâmetro das ramas, distância entre os nós e ao hábito de crescimento da cultivar. Em solos equilibrados e períodos chuvosos, um plantio mais denso pode ser recomendado para obter maior produtividade, mas é necessário ajustar para evitar o crescimento excessivo das ramas em detrimento das raízes de armazenamento.
Por outro lado, espaçamentos mais amplos reduzem a competição por espaço, resultando em raízes grandes, chamadas de "cocão" ou "batatão", adequadas para processamento ou uso em cozinhas industriais. Em plantios de sequeiro com cultivares de crescimento moderado, espaçamentos maiores garantem o estabelecimento adequado das plantas e boas produtividades devido à menor competição.
Encontrado na página: Plantio
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Lavagem
No Brasil, as batatas-doces são lavadas após a colheita, tanto para o mercado interno quanto para exportação. Porém, o procedimento apresenta desafios associados a danos mecânicos e redução da capacidade de conservação das raízes. As etapas da lavagem são:
1 - Esteira de Lavagem e Classificação:
A linha de lavagem e classificação é acionada com velocidade regulável, dependendo da quantidade de raízes no tanque.
As raízes são transportadas por uma esteira de borracha, onde são pré-lavadas, e depois direcionadas para uma esteira de escovas através de uma esteira de transporte (canos de PVC).
2 - Minimização de Danos Mecânicos:
O número de escovas é mantido o mais reduzido possível para diminuir abrasões e quebras das raízes. A rotação das escovas é ajustada para minimizar os danos mecânicos, que podem prejudicar a aparência e tornar as raízes mais suscetíveis a doenças.
3 - Classificação das Raízes:
Após a lavagem ao longo da esteira de escovas, as raízes são classificadas. Raízes pequenas são descartadas para alimentação animal, enquanto raízes grandes e deformadas são destinadas ao uso industrial.
4 - Embalar e Transportar:
As raízes que atendem aos padrões para o mercado nacional e internacional são embaladas e transportadas para comercialização.Encontrado na página: Pós-colheita
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Beneficiamento e Classificação 2
Pela padronização sugerida pela Ceagesp ser de adesão voluntária, cada região utiliza padrões de classificação diferentes. De modo geral, a batata-doce tem sido classificada no mercado in natura em três categorias, utilizando o tamanho e peso como critério:
Peso e tamanho – padrão maior (popularmente denominadas em diferentes regiões como “cocão” ou “batatão”).
Peso e tamanho – padrão médio, que é de melhor padrão comercial.
Peso e tamanho – padrão pequeno.As raízes da classificação 1 e 3 costumam ter preços inferiores às do padrão médio, mas comumente são destinadas a outras finalidades como processamento em cozinhas industriais, fábricas de doces/geleias no tipo 1, ou são embaladas em conjunto em bandejas comercialização em feiras e outros mercados.
Encontrado na página: Beneficiamento e classificação
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Irrigação
Período Crítico e Início do Plantio:
Nas primeiras semanas após o plantio, especialmente para áreas com ramas, é crucial manter o solo úmido, realizando irrigações leves e frequentes para evitar a desidratação até a formação das raízes. Tensões de água no solo próximas à capacidade de campo durante esse período.Estabelecimento das Ramas:
Após o pleno estabelecimento das ramas (10 a 20 dias após o plantio), as irrigações devem ocorrer quando a tensão de água no solo estiver entre 15 kPa e 25 kPa.A frequência de irrigações pode ser reduzida após o início das brotações, continuando pelo menos até os 40 dias após o plantio para promover o desenvolvimento vegetativo.
Frequência de Irrigação:
O sistema radicular da batata-doce varia de 75 cm a 90 cm, permitindo aplicações de água com menor frequência. Recomenda-se irrigar duas vezes por semana até os 20 dias, uma vez por semana dos 20 aos 40 dias, e a cada duas semanas após os 40 dias até a colheita, considerando uma profundidade efetiva radicular de aproximadamente 30 cm.Manejo baseado na Evapotranspiração da Cultura (ETc)
A depender da localidade e da época de plantio a mesma cultivar poderá demandar mais ou menos água durante o ciclo de produção. Para a estimativa da lâmina de água a ser aplicada por irrigação, pode-se usar dados agroclimáticos para estimativa da evapotranspiração da cultura (ETc), com a definição da evapotranspiração de referência (ETo) e utilizar coeficientes de cultura (Kc) de 0,5 para estádio inicial; 1,05 para os estádios vegetativo e de floração e 0,65 nos estádios de maturação/produção da cultura. -
Texto cultivares
A proposta de um programa de melhoramento com foco nas demandas da cadeia de valor da batata-doce é essencial para que sejam alcançados resultados que superem os desafios da produção nacional, com ação em rede entre Embrapa, institutos de pesquisa, universidades e empresas privadas. Para a instalação de uma lavoura comercial e obter sucesso no cultivo de batata-doce, é fundamental entender as preferências do mercado, a adaptação da cultivar ao clima local e época de plantio, escolher variedades resistentes a pragas e doenças, considerar o ciclo de crescimento, avaliar o potencial de produção e a forma das raízes, além de pensar na viabilidade da colheita mecânica. A seleção cuidadosa de variedades é fundamental, levando em conta as características específicas da região e do sistema de produção do agricultor.
Encontrado na página: Cultivares
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Introdução à Biofortificação
Capacitar produtores, extensionistas, professores, pesquisadores, estudantes, dirigentes e técnicos de agroindústrias; representantes de órgãos de fomento e formuladores de políticas públicas, acerca dos conceitos de alimentos biofortificados, combate à fome, vantagens, dentre outros temas.
Organizadora: Embrapa
Duração:
Carga horária: 20 horas
Encontrado na página: Cursos
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18/06
Embrapa na Hortitec
Em nosso estande, você conhecerá tecnologias disponíveis para o mercado e oportunidades de parcerias. Fique por dentro de como a conexão entre ciência e setor produtivo é fundamental para levar soluções que estimulam a inovação do campo à mesa.
Conheça e acompanhe!
Encontrado na página: Notícia
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Encontrado na página: Cursos
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Como plantar batata-doce
Como plantar batata-doceEm função da amplitude de ambientes em que pode ser plantada, a batata-doce está presente de norte a sul do Brasil e seu cultivo é viável ao longo de todo o ano na maior parte do país. Os últimos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE indicam que, em 2017, foram colhidos 53,5 mil hectares de batata-doce no Brasil. A área colhida, que vinha caindo nas últimas três décadas, voltou a crescer em 2012, quando a curva apresentou uma inversão e tem se mantido ascendente (Figura 1).
Figura 1 – Área colhida de batata-doce no Brasil, em hectares.
Fonte: Produção Agrícola Municipal (PAM), IBGE (2018).
A produção total, que oscilou muito no mesmo período, mas sempre com tendência de queda, também apresentou aumento a partir do ano de 2012, atingindo em 2017 um valor de 776,3 mil toneladas (Figura 2). O aumento da área colhida e da produção total reflete a demanda por raízes de batata-doce no mercado nacional.
Figura 2 – Produção total de batata-doce no Brasil, em toneladas.
Fonte: PAM, IBGE (2018).
A produtividade média nacional da batata-doce tem apresentado uma curva ascendente ao longo dos anos, com um valor de 14,5 t ha-1 em 2017 (Figura 3). Apesar da tendência crescente, o Brasil ainda ocupa a 34a posição nesse quesito, com produtividade bem inferior à dos principais países produtores como, por exemplo, Senegal, com produtividade de 35,4 t ha-1 (FAOSTAT, 2018). No Brasil, o aumento da produtividade da cultura é um reflexo da adoção de tecnologias de produção recomendadas para cultura, além do uso de cultivares com maior potencial produtivo e utilização de mudas sadias para implantação da lavoura, que é responsiva ao uso de práticas de produção adequadas.
Figura 3 – Produtividade média de batata-doce no Brasil, em kg/ha.
Fonte: PAM, IBGE (2018).
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Tecnologias Embrapa
Tecnologias Embrapa
Conheça as cultivares de batata desenvolvidas pela Embrapa
Publicado: 21/12/2023
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Temperatura
TemperaturaA temperatura é um dos fatores que mais afetam o crescimento e o desenvolvimento da planta e tanto as altas temperaturas quanto as baixas causam danos irreversíveis à produtividade e qualidade das raízes tuberosas, comprometendo a rentabilidade do agricultor. Isso ocorre devido às mudanças fisiológicas como na síntese hormonal (Ravi; Indira, 1999) e na fotossíntese.
A temperatura ideal para o crescimento e desenvolvimento da batata-doce é de 30 ºC / 20 ºC (diurna/noturna). O aumento da temperatura favorece o crescimento das ramas e aumenta o número de nós nas ramas, enquanto que a temperatura média ótima para o desenvolvimento da área foliar, da biomassa total e da raiz tuberosa é de 25,5 ºC (Gajanayake et al., 2015), e temperaturas superiores a essa reduzem a biomassa da raiz tuberosa (Figura 1), em detrimento de folhas e caule (Tabela 2). Echer et al. (2009) observaram que sob temperatura média de 26,2 ºC durante o ciclo de cultivo (máxima média de 31,9 ºC e mínima média de 20,6 ºC) houve um acúmulo total de 15,4 t/ha de matéria seca, sendo 40,7% alocada nas raízes tuberosas (6,29 t/ha), 31,5% nas ramas (4,87 t/ha), 22,8% nas folhas (3,52 t/ha) e 5% na raiz fibrosas (0,8 t/ha).
Figura 1. Desenvolvimento das raízes tuberosas de batata-doce sob diferentes regimes de temperatura (diurna/noturna). Partição de biomassa (%)
Temperatura media (Cº)
Raíz tuberosa
Folha
Caule
21,2
39
25
36
25,5
41
24
35
30,1
31
28
41
35,1
10
30
60
Tabela 2. Partição de biomassa entre órgãos de batata-doce em razão da temperatura.
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Nutrição e adubação
Nutrição e adubaçãoO manejo ideal do solo deve abranger práticas simples e fundamentais ao bom desenvolvimento da batata-doce, integrando diferentes estratégias ou técnicas para se atingir máximo potencial produtivo da cultura sem, no entanto, comprometer a qualidade química, física e biológica do solo.
A escolha da técnica de manejo adequada depende de alguns fatores como a textura do solo, o grau de infestação de invasoras, os resíduos vegetais remanescentes na superfície, a umidade do solo, a existência de camadas compactadas, pedregosidade e riscos de erosão.
O solo para uso agrícola apresenta três fases distintas – sólida, líquida e gasosa –, que juntas atuam como reserva, dreno e fonte de nutrientes para as plantas. O preparo continuado do solo, sem a adoção de práticas mais sustentáveis de manejo, altera as proporções dessas fases, afetando sensivelmente, ao longo do tempo, sua capacidade produtiva. A diminuição da porosidade causada pela compactação, a redução na capacidade de troca catiônica (CTC) devido à redução nos teores de matéria orgânica e a redução na mobilidade de nutrientes acarretada pela alteração do fluxo difusivo, são exemplos notórios da perda de qualidade do solo.
Por vários anos a batata-doce era posicionada como cultura secundária e utilizada para aproveitar a adubação residual da cultura anterior. Porém, repostas positivas à adubação têm sido observadas, principalmente naqueles cultivos em que se utilizam a análise química do solo e a demanda da cultura como ferramenta de tomada de decisão nos programas de manejo da adubação. Adicionar fertilizantes ao solo sem considerar a sua análise química é mera adivinhação e, muito provavelmente, resultará em desperdício de recurso financeiro.
Os solos brasileiros, se bem manejados, não apresentam limitação física para plantio da batata-doce. Porém, a capacidade de drenagem do solo é uma característica que deve ser observada com frequência principalmente nas regiões de solos com maior teor de argila ou aqueles onde o lençol freático é pouco profundo. O excesso de umidade pode induzir o alongamento das raízes, processo denominado de “chicote” (Figura 1).
Foto: João Bosco Carvalho da Silva
Figura 1. Raízes longas ("chicote") ocasionadas por plantio em solos rasos ou encharcados. Os solos arenosos são os mais indicados para plantio da batata-doce. Estes solos permitem uma drenagem mais eficiente, apresentam melhores respostas à adubação, facilita o desenvolvimento lateral das raízes, a produção de batatas mais uniformes e, principalmente, permite a colheita com menor índice de danos.
Em áreas onde o solo é mais argiloso, situação mais comum para as diferentes regiões brasileiras, e submetidas a cultivos intensivos com uso de maquinários, é importante realizar a avaliação da presença de camadas compactadas, utilizando para isso medidores de resistência à penetração (penetrômetros) ou abrindo uma trincheira para avaliação do perfil do solo. Confirmada a presença de camada compactada, deve ser realizada a subsolagem profunda para devolver ao solo a sua capacidade de drenagem.
Para um desenvolvimento uniforme das raízes é importante a elevação do solo a partir da formação de leiras (camalhões) ou canteiros, em especial nas áreas localizadas em cotas mais baixas da propriedade, sujeitas a encharcamento, e em solos mais pesados, como os argilosos. O plantio em leiras é o mais comum e na construção delas deve-se elevar o solo a no mínimo 30 cm de altura, mantendo-se a distância entre leiras de 80 cm (Figura 2). O plantio também pode ser realizado em canteiros (Figura 3).
Figura 2. Construção de leiras (camalhões) para o plantio.
Fotos: Geovani Bernardo Amaro
Figura 3. Preparo de canteiros para plantio de batata-doce.
Fotos: Geovani Bernardo Amaro
Em solos arenosos, quando possível, deve-se evitar a aração e a elevação do solo, uma vez que esses são mais propensos à erosão (Figura 4), expondo as raízes. Já em solos argilosos, antes da confecção do canteiro, pode ser necessária uma aração para descompactar o solo e, em seguida, uma gradagem.
Figura 4. Erosão das leiras construídas em solos arenosos.
Fotos: Geovani Bernardo Amaro
O plantio em áreas mais planas é recomendado, pois facilita as operações mecanizadas, em especial a colheita. Nas áreas de relevo mais acidentado (maior declividade) o cultivo deve ser feito em nível para evitar a erosão do solo (Figura 5).
Figura 5. Leiras construídas em nível.
Foto: João Eustáquio Cabral de Miranda
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Tratos culturais
Tratos culturaisA seleção e a disponibilização de cultivares de batata-doce mais precoces, com melhor desempenho agronômico e com adaptação às diferentes regiões geográficas de produção podem aumentar o potencial produtivo e a qualidade das raízes, reduzir a sazonalidade e, consequentemente, impactar no preço de mercado, tornando-a mais acessível à população de baixa renda. A lista de cultivares de batata-doce do Registro Nacional de Cultivares (Tabela 1) apresenta uma série de lançamentos a partir de iniciativas isoladas, de caráter regional e, em sua maioria, provenientes de seleções a partir de bancos de germoplasma ou de genótipos de produtores.
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Beauregard
A batata-doce Beauregard é uma cultivar de origem americana desenvolvida e lançada pela Louisiana State University (LSU), em 1981. Foi introduzida no Brasil pelo Centro Internacional de la Papa (CIP) e selecionada no âmbito do programa Biofortificação no Brasil (BioFort). A Beauregard foi recomendada como cultivar pela Embrapa Hortaliças para cultivo no país no ano de 2010. Essa cultivar (Figura 2) apresenta geralmente 10 vezes mais carotenoides (pró-vitamina A) do que as de polpa mais clara. A coloração alaranjada da batata Beauregard se deve ao seu alto teor de betacaroteno. A sua produtividade normal por hectare é 30 toneladas de raízes comerciais em uma densidade de 33.000 plantas. Possui ciclo de 120 a 150 dias. É recomendada para o plantio nas principais regiões produtoras de batata-doce no Brasil ao longo do ano todo, exceto em locais e períodos em que a temperatura mínima for inferior a 15 ºC.
Foto: Paula Fernandes Rodrigues.
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Brazlândia Branca
Essa cultivar (Figura 3) foi obtida a partir de uma coleta realizada na região de Brazlândia, DF, em abril de 1980. Suas raízes tuberosas possuem película externa branca, polpa creme-clara que, após o cozimento, torna-se amarela-clara. A polpa é macia e seca, porém menos que a `Coquinho` e a `Brazlândia Roxa`. O formato das raízes é alongado, uniforme, com ótimo aspecto comercial. A planta é do tipo esparsa (rasteira). Suas ramas desenvolvem-se rapidamente, são de comprimento médio a longo, grossas (diâmetro de 8 mm a 9 mm), de cor verde. As folhas são grandes, medindo de 12 cm a 15 cm de comprimento e de 13 cm a 17 cm de largura. Os brotos são verdes. A sua produtividade normal é de 25 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. O seu ciclo médio é de 150 dias. É recomendada para plantio no planalto central do Brasil.
Foto: Paula Fernandes Rodrigues.
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Brazlândia Rosada
Essa cultivar (Figura 4) foi obtida a partir de uma coleta realizada na região de Brazlândia, DF, em abril de 1980. Tem película externa rosa e a polpa de cor creme que, após o cozimento, torna-se amarelada. O formato é alongado, cheio, muito uniforme, com bom aspecto comercial. A sua polpa é “seca”, porém menos que a de `Coquinho` e `Brazlândia Roxa`. A planta é do tipo esparsa a muito esparsa (rasteira). As ramas desenvolvem-se com rapidez, são longas e medianamente grossas (diâmetro de 6 mm a 7 mm), de cor verde. Suas folhas são grandes, medindo de 12 cm a 16 cm de comprimento e de 13 cm a 18 cm de largura na base, e levemente recortadas. Se colhida tardia ou plantada em espaçamento mais largo, produz batatas graúdas, de elevado peso médio. Recomenda-se fazer a colheita quando as batatas atingirem o tamanho ideal para o comércio (200 g a 500 g). Esta cultivar apresenta aproximadamente 39,7% de matéria seca, sendo que 81,8% deste total representam amido mais açúcar, o que a torna também indicada como matéria-prima para produção de álcool. Sua produtividade normal é de 33 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. O seu ciclo médio é de 150 dias. É recomendada para o planalto central do Brasil.
Foto: Paula Fernandes Rodrigues.
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Brazlândia Roxa
Brazlândia Roxa: Essa cultivar (Figura 5), a exemplo das duas anteriores, foi obtida a partir de uma coleta realizada na região de Brazlândia, DF, em abril de 1980. Suas batatas têm película externa roxa, polpa creme, sabor doce e baixo teor de fibras. Após o cozimento, a polpa torna-se creme-amarelada. O formato é alongado, muito uniforme e com ótimo aspecto comercial. A sua polpa é bem seca. A planta é do tipo esparsa (rasteira). As ramas desenvolvem-se lentamente, são de comprimento médio, com diâmetro médio aproximado de 6 mm, de cor verde. As folhas, tanto as velhas como as novas, são de cor verde, medindo de 11 cm a 15 cm de comprimento por 10 cm a 15 cm de largura na base. Raramente produz batatas graúdas. A sua produtividade normal é de 25 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. O seu ciclo médio é de 150 dias. É também recomendada para o planalto central do Brasil.
Foto: Paula Fernandes Rodrigues.
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BRS Amélia
BRS Amélia: Suas raízes possuem película externa rosa e polpa amarela (Figura 6), com formato fusiforme. No planalto central do País a sua produtividade normal é de 20 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. Seu ciclo médio é de 150 dias.
Foto: Paulo Lanzetta.
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BRS Rubissol
BRS Rubissol: Suas raízes possuem película externa roxa, polpa branca (Figura 8), com formato longo e cheio. No planalto central do Brasil, sua produtividade normal é de 25 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. Seu ciclo médio é de 150 dias.
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Plantio
PlantioMarcha de absorção de nutrientes
A absorção de nutrientes em hortaliças segue um padrão de crescimento ou acúmulo de matéria seca, apresentando geralmente, três fases distintas: na primeira fase a absorção é lenta, seguida de intensa absorção até atingir o ponto máximo, a partir do qual ocorre um pequeno declínio. Em batata-doce, o acúmulo de massa de matéria seca é similar entre folhas, ramas e as raízes tuberosas até os 55 dias do transplantio (DAT), porém a partir dos 85 DAT as raízes tuberosas apresentam-se como o dreno mais forte da planta (Figura 1).
Figura 1. Distribuição da massa de matéria seca entre órgãos de batata-doce.
Fonte: Adaptado de Echer et. al. (2009).A absorção de nutrientes acompanha o acúmulo de massa de matéria seca e nos casos dos macronutrientes, o N, o K e o Ca são os absorvidos em maior quantidade. Já o Mn, o B e o Zn são os micronutrientes mais extraídos pela planta (Figura 2).
Figura 2. Marcha de absorção de macro e micronutrientes pela planta de batata-doce do clone Canandense.
Fonte: Adaptado de Echer et al. (2009).A quantidade de nutrientes absorvida pela batata-doce relatada na literatura apresenta grande diversidade de valores (Tabela 1) e isso é explicado em parte pelo diferente potencial produtivo dos ambientes de produção do local do estudo; cultivares; fertilidade e tipo de solo, entre outros. A Tabela 2 apresenta a quantidade de nutriente absorvida e exportada pela batata-doce cultivada em solos arenosos de baixa fertilidade, porém com investimento em fertilidade do solo.
Extração de nutrientes (kg/ha)
Fonte
Produtividade
(t ha-1)N
P
K
Ca
MG
Silva et al., (2002)
13 a 15
60 a 113
20 a 47
100 a 236
31 a 35
11 a 13
Miranda et al., (1987)
30
129
50
257
-
-
Malavolta (1981)
16,5
45
7
58
6
3
O´Sullivan et al. (1997)
20
87
8 a 40
100
-
-
Lorenzi et al. (1997)
20
60
6
60
-
-
Tabela 1. Quantidade de macronutrientes extraída pela colheita das raízes tuberosas de batata-doce do clone Canadense.
Órgão
t ha-1
N (kg/ha)
P
(kg/ha)
K
(kg/ha)
Ca
(kg/ha)
Mg
(kg/ha)
S
(kg/ha)
B
(g/ha)
Cu
(g/ha)
Fe
(g/ha)
Mn
(g/ha)
Zn
(g/ha)
Folhas
3,52
124
11
83
52
17
15
162
41
48
380
87
Ramas
4,87
85
12
56
75
16
13
114
41
65
162
57
Raíz
0,74
12
1,5
6
24
1,5
1,2
18
9
10
35
11
Raíz tuberosa**
6,29
129
16
81
23
7,5
9,8
84
52
61
136
82
Total
15,42
350
40,5
226
174
42
39
378
143
184
713
237
** Exportado pela colheita (corresponde 24 t/ha de raízes tuberosas)
Tabela 2. Marcha de absorção de nutrientes e produção de massa de matéria seca em batata-doce, da cultivar Canadense, por ocasião da colheita.
Fonte: Echer et al. (2009a).
A Tabela 3 apresenta a quantidade de cada macro e micronutriente exportada pela colheita das raízes tuberosas tanto para a finalidade de mesa quanto para a produção de etanol a partir de batata-doce. Nota-se que os valores são muito próximos e a diferença existente é atribuída à produtividade. Portanto, se a finalidade da produção for mesa ou produção de etanol, o fator a ser considerado é a expectativa de produtividade. Isso não significa que para obter 30 t/ha de raízes tuberosas o produtor deva adubar a área com 130 kg/ha de N. Há de se considerar o potencial de resposta a adubação com cada nutriente (ex. cultura anterior; fertilidade do solo; disponibilidade hídrica etc.).
Fonte
Finalidade da produção
Produti-
dade
t/ha
N
(kg t-1)
P
(kg t-1)
K
(kg t-1)
Ca
(kg t-1)
Mg
(kg t-1)
S
(kg t-1)
B
(g
t-1)
Cu
(g t-1)
Fe
(g
t-1)
Mn
(g
t-1)
Zn
(g
t-1)
Echer et al. (2015)
Etanol
21
4,38
0,6
4,12
0,51
0,29
0,17
2,2
5,9
17,4
3,9
3,3
Echer et al. (2009a)
Mesa
24
3,38
0,67
3,38
0,96
0,31
0,40
3,5
2,1
2,54
5,67
3,42
Tabela 3. Quantidade de nutrientes exportada pela colheita de uma tonelada de raízes tuberosas de
batata-doce da cultivar Canadense para produção de etanol ou de mesa.
O acúmulo diário de N em plantas de batata-doce é de menos de 1,0 kg/ha aos 50 dias após o transplantio (DAT) com crescimento exponencial até o momento da colheita, cujo acúmulo diário é de cerca de 3,5 kg/ha de N aos 145 DAT (Figura 3). A curva de acúmulo de K é semelhante ao N, porém em quantidade inferior, cerca de 2,6 kg/ha ao dia de K. Quanto ao P, o acúmulo máximo atingido foi de 0,5 kg/ha ao dia. Por ser habitualmente uma planta de ciclo perene, a batata-doce continua vegetando e absorvendo nutrientes do solo, e isso explica as curvas obtidas na Figura 3.
Figura 3. Acúmulo diário de nutrientes na planta de batata-doce (parte aérea + raiz tuberosa). Uma prática de manejo importante a ser considerada, observando-se a Figura 3 é o momento da colheita, pois se o produtor mantiver a cultura no campo após o momento ideal de colheita, haverá acúmulo e exportação desnecessários, principalmente de N e K, e em solos pobres, onde geralmente é cultivada a batata-doce, isso pode contribuir para a redução da fertilidade do solo, o que acarretará na elevação dos custos de produção na próxima safra.
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Adubação orgânica
Adubação orgânicaA adubação orgânica fornece nutrientes para a batata-doce e aumenta a aeração do solo, facilitando o crescimento lateral das raízes tuberosas e diminuindo a formação de raízes tortuosas. Além disso, a adubação orgânica libera os nutrientes no solo de forma gradual a medida que o composto orgânico vai sendo degradado no solo.
Diversos resíduos orgânicos podem ser utilizados como adubo orgânico, tais como esterco bovino, esterco de aves, esterco de porco, torta de mamona, entre outros. Esses resíduos podem ser aplicados diretamente na área a ser cultivada com batata-doce antes do preparo do solo e serem incorporados logo em seguida com as operações de aração e gradagem. Entretanto, para que os resíduos orgânicos sejam utilizados de forma mais eficiente no cultivo da batata-doce o ideal é que eles tenham sido “curtidos” ou compostados, pois assim, eliminam-se problemas com a germinação de sementes de plantas daninhas e a presença de alguns patógenos. Para compostar o material orgânico deve-se formar pilhas com ele no chão, manter essas pilhas de resíduos úmidas, fazer o revolvimento delas a cada dois ou três dias, sendo que ao final de aproximadamente 30 dias será obtido o composto orgânico (esterco curtido) pronto para uso. Esse composto pode ser misturado ao solo das leiras durante a sua confecção ou ser aplicado em filete contínuo sob as leiras com equipamento tratorizado que realiza as operações de aplicação do composto e levantamento da leira simultâneamente. Em solos arenosos e pobres em matéria orgânica pode-se utilizar entre 10 t/ha e 30 t/ha de esterco bovino curtido (Casali, 1999; Silva et al., 2002; Oliveira et al., 2005). No caso do esterco de aves curtido pode-se utilizar a dose de 2,5 t/ha. Quando se utilizada essas doses de esterco, a dose de N mineral deve ser reduzida pela metade, ou mesmo não ser incluída na adubação da cultura, principalmente em solos com teores mais elevados de matéria orgânica.
A adubação orgânica utilizando adubos verdes também é uma opção interessante. A adubação verde com mucuna-preta (Mucuna aterrima), crotalária (Crotalaria juncea), feijão de porco (Canavalia ensiformis) e guandu (Cajanus cajan) têm proporcionado resultados satisfatórios para a batata-doce cultivada em sucessão. Nesse sistema, os adubos verdes podem ser semeados no início da estação chuvosa e quando atingirem a fase de florescimento devem ser incorporados ao solo para que a batata-doce possa ser plantada logo em seguida. A incorporação dos adubos verdes pode ser realizada de diversas formas a depender a disponibilidade de equipamentos que o agricultor tem em sua propriedade. Como exemplo, pode-se fazer a roçagem da biomassa vegetal, seguida da incorporação com grade e posterior levantamento das leiras para o plantio da batata-doce. Em solo arenoso do estado de São Paulo o cultivo de batata-doce em sucessão ao cultivo de mucuna-preta e crotalária (Crotalaria spectabilis), entre os meses de setembro e dezembro, reduziu em 37,5% a necessidade de aplicação de N mineral na batata-doce (Fernandes et al., 2018), demonstrando que além dos benefícios para o solo, a adubação verde é uma opção interessante para economizar fertilizantes minerais.
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Sistema de produção de batata-doce
Sistema de produção de batata-doce
Embrapa Hortaliças
Sistema de Produção, 9
ISSN 1678-880X
Fev/2021Conheça os Autores
Publicado: 22/12/2023
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Irrigação
IrrigaçãoSistemas de irrigação
No Brasil, a maioria dos produtores de batata-doce adota sistemas de irrigação por aspersão. Na região do Cerrado já há produtores utilizando o sistema por pivô-central com bastante sucesso tanto em qualidade como em produtividade de raízes, que normalmente supera 50 t/ha (Figuras 1 e 2).Manejo de irrigação
O período crítico para áreas implantadas por meio de ramas ocorre na primeira semana após o plantio, quando o solo deve ser mantido úmido, realizando-se irrigações leves e frequentes, para evitar a desidratação do material vegetal até que se formem as raízes. Nesse período deve-se trabalhar com tensões de água no solo próximas à capacidade de campo. Após o pleno estabelecimento das ramas, cerca de 10 a 20 dias após o plantio, recomenda-se efetuar as irrigações quando a tensão de água no solo estiver entre 15 kPa e 25 kPa. Após o início das brotações, as irrigações podem ser mais espaçadas e devem prosseguir pelo menos até os 40 dias após o plantio (DAP), para promover um bom desenvolvimento vegetativo, com tensões de água entre 25 kPa e 40 kPa em solos de textura mediana e profundos.A batata-doce possui um sistema radicular que varia de 75 cm a 90 cm, além de ser ramificado, o que lhe possibilita explorar maior volume de solo e absorver água em camadas mais profundas Assim aplicações de água podem ser realizadas com menor frequência, ou seja, maior turno de rega. Porém, para efeito de manejo de irrigação considera-se a profundidade efetiva radicular em torno de 30 cm de profundidade. Recomenda-se como método prártico irrigar duas vezes por semana, até os 20 dias; uma vez por semana, dos 20 aos 40 dias; e a cada duas semanas, após os 40 dias até a colheita.
A depender da localidade e da época de plantio a mesma cultivar poderá demandar mais ou menos água durante o ciclo de produção. Para a estimativa da lâmina de água a ser aplicada pode-se usar dados agroclimáticos para estimativa da evapotranspiração da cultura (ETc) baseado em valores de coeficientes de cultura (Kc). Para a batata-doce pode-se utilizar para o estádio inicial o Kc de 0,50, nos estádios vegetativo e de floração Kc de 1,05 e na maturação/produção Kc de 0,65.
Em Viçosa, MG, foram utilizados valores de Kcs de 0,55 - 0,70; 1,1-1,2 e 0,8 para as fases de estabelecimento, intermediária e final de ciclo, com a obtenção de boas produtividades das cultivares ‘Amanda’ e ‘Duda’. As maiores produtividades foram obtidas quando se aplicou de 95% a 100% da ETc. Para essa região foram recomendadas lâminas de irrigação de 301,8 mm e 332,4 mm, por ciclo de produção, para as respectivas cultivares.
Um fator importante no manejo de irrigação da batata-doce é a não tolerância da cultura a solos encharcados, principalmente, quando da fase de formação das raízes e colheita. Pode ocorrer apodrecimento das raízes por doenças de solo, especialmente as bacterianas. Assim, nessas fases recomenda-se irrigar repondo até 70% da capacidade de retenção de água no solo e suspender a irrigação alguns dias antes da colheita das raízes.
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Elsinoë batatas (Sphaceloma batatas)
A sarna é uma das doenças mais destrutivas da batata-doce nas regiões subtropicais e tropicais do mundo. O patógeno causa pequenas lesões circulares a elípticas ou alongadas de cor marrom no caule. Em condições climáticas favoráveis, os sintomas podem chegar a folhas superiores, e causar o retorcimento dos brotos.
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Reação aos genótipos de batata-doce ao mal-do-pe
O objetivo deste trabalho foi avaliar a reação de cultivares de batata-doce lançadas pela Embrapa ao mal-do-pé
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Seleção de material reprodutivo27/01/2024 Fonte:
Seleção de material reprodutivo
A escolha e disponibilidade de variedades de batata-doce mais precoces, com bom desempenho agronômico e adaptadas a diversas regiões, podem aumentar a produção e qualidade das raízes. Isso reduziria a sazonalidade e impactaria nos preços de mercado, tornando a batata-doce mais acessível para a população de baixa renda.
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BRS Cotinga29/01/2024 Fonte:
BRS Cotinga
A BRS Cotinga chama a atenção pela intensa cor arroxeada de sua polpa. A variedade foi desenvolvida com o objetivo de oferecer ao mercado um produto diferenciado para o processamento industrial na forma de chips, farinhas, tapioca, dentre outros.
Encontrado na página: Fique Ligado
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Seleção de Cultivares
Seleção de Cultivares
A escolha e disponibilidade de variedades de batata-doce mais precoces, com bom desempenho agronômico e adaptadas a diversas regiões, podem aumentar a produção e qualidade das raízes. Isso reduziria a sazonalidade e impactaria nos preços de mercado, tornando a batata-doce mais acessível para a população de baixa renda. O Registro Nacional de Cultivares, inclui lançamentos resultantes de iniciativas regionais e, na maioria das vezes, originados de seleções a partir de bancos de germoplasma ou genótipos de produtores.
Publicado: 29/01/2024
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O Superalimento
A Batata-doce possui baixo índice glicêmico e é rica em carboidratos considerados complexos, ou seja, contém mais fibras que são mais difíceis para o corpo digerir, prolongando a sensação de saciedade. Estes carboidratos ajudam a reduzir o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além disso, a hortaliça é uma importante fonte de energia contendo também vitaminas importantes para o organismo humano, como o Betacaroteno (Vitamina A), vitamina C e as do complexo B e E, além de minerais como potássio, cálcio e ferro.
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BRS Cotinga: Conheça a batata-doce de polpa roxa
A BRS Cotinga chama a atenção pela intensa cor arroxeada de sua polpa. A variedade foi desenvolvida com o objetivo de oferecer ao mercado um produto diferenciado para o processamento industrial na forma de chips, farinhas, tapioca, dentre outros.
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Seleção de material reprodutivo
A proposta de um programa de melhoramento com foco nas demandas da cadeia de valor da batata-doce é essencial para que sejam alcançados resultados que superem os desafios da produção nacional, com ação em rede entre Embrapa, institutos de pesquisa, universidades e empresas privadas. Para a instalação de uma lavoura comercial e obter sucesso no cultivo de batata-doce, é fundamental entender as preferências do mercado, a adaptação da cultivar ao clima local e época de plantio, escolher variedades resistentes a pragas e doenças, considerar o ciclo de crescimento, avaliar o potencial de produção e a forma das raízes, além de pensar na viabilidade da colheita mecânica. A seleção cuidadosa de variedades é fundamental, levando em conta as características específicas da região e do sistema de produção do agricultor.
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Solo (off)
Os solos arenosos são os mais indicados para o plantio da batata-doce, este solo permite uma drenagem mais eficiente, apresenta melhores respostas à adubação, facilita o desenvolvimento lateral das raízes, a produção mais uniforme e principalmente, permite a colheita com menor índice de danos.
Procedimento de descompactação de solo
Para o desenvolvimento uniforme das raízes é importante a elevação do solo, a partir da formação de leiras ou canteiros, em especial em áreas com risco de encharcamento e solos argilosos, que são mais pesados. A elevação deve ocorrer a no mínimo 30 centímetros de altura, com uma distância de 80 centímetros entre cada canteiro.
Canteiros para plantio de Batata-Doce Leiras ou camalhões
Em solos arenosos, deve-se evitar a elevação e aração por ser um solo mais propenso à erosão, expondo as raízes. É recomendado o plantio em áreas mais planas, pois facilita as operações mecanizadas, em especial a colheita. Em relevo mais acidentado, o cultivo deve ser feito em nível para evitar a erosão.
Encontrado na página: Inicio off
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Ecofisiologia
A batata-doce é cultivada em diferentes locais com condições climáticas bem distintas, como na Cordilheira dos Andes, do clima tropical da Amazônia ao temperado do Rio Grande do Sul, chegando até aos desertos da costa do Pacífico. Embora seja uma planta perene, é cultivada anualmente, e seu ciclo varia de 12 a 35 semanas, dependendo das condições ambientais e das cultivares. A maioria das variedades atinge a produtividade máxima entre 12 e 22 semanas após o plantio, influenciada pelo fotoperíodo (luminosidade da terra). O sistema radicular inclui raízes fibrosas, responsáveis pela absorção de nutrientes e água, e raízes tuberosas, que armazenam produtos da fotossíntese.
A formação das raízes de armazenamento é influenciada por fatores como dias curtos, alta luminosidade e níveis elevados de sacarose, enquanto é inibida por altos teores de nitrogênio, altas temperaturas e ácido giberélico. As quatro primeiras semanas após o plantio são críticas para o crescimento e a produtividade das raízes tuberosas, sendo ideal manter umidade suficiente no solo durante esse período.Encontrado na página: Inicio off
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BRS Cotinga
Esta variedade tem como principal característica sua cor arroxeada intensa e foi desenvolvida com a finalidade de oferecer ao mercado um produto específico para produção em forma de chips, mas pode ser processada como farinha, fécula, tapioca, xarope de amido e outros produtos.
A BRS Cotinga é rica em antocianina, corante natural responsável pelos tons azul roxo e vermelho em frutas, raízes e folhas. Esta substância também é um poderoso antioxidante para o corpo humano.A produtividade média desta cultivar, em diferentes ambientes, pode atingir 45t/ha, mais que o triplo da média nacional de 14,5 t/ha. O ciclo varia de 130 a 140 dias, e o plantio pode ser realizado durante todo o ano em regiões recomendadas, com exceção do inverno na região sul.
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BRS Amélia
A BRS Amélia é uma variedade de aproveitamento integral, além da raíz, sua parte aérea (estrutura que fica acima do solo) também pode ser usada na alimentação humana e animal. A cultivar é rica em provitamina A e devido aos altos teores de amido e glicose, são fonte de proteínas, antocianinas e energia.
Esta batata-doce possui uma casca de coloração rosa claro e polpa alaranjada em um formato elíptico (oval) longo. É de fácil cultivo, exige pouca mão de obra e se adapta bem a diferentes tipos de clima e solo. Sua produtividade média é de 32 t/ha, quatro vezes maior do que a média nacional.
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BRS Rubissol
Esta variedade possui plantas vigorosas, casca de cor avermelhada e polpa de cor creme. Geralmente apresentam boa uniformidade, com dimensões entre 10 e 18 cm, em um formato redondo-elíptico. Sua produtividade média é de 40 t/ha, com um período de cultivo de 120 a 140 dias.
Na alimentação é uma boa fonte de energia, proteínas e antocianinas, com excelentes características para o consumo caseiro e processamento industrial. É bastante doce, com textura farinhenta após cozida ou assada. Na alimentação funcional, pode ser processada como farinha e utilizada na dieta de atletas e pessoas com problemas de ingestão de alimentos ricos em açúcares.
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BRS Cuia
A cultivar é excelente para o consumo humano, devido aos altos teores de amido e glicose, ou seja, é uma valiosa fonte de energia, proteínas e antocianinas. Esta variedade possui um tamanho grande, o que faz com que seja bem adequada a processos industriais, podendo ser utilizada na produção de etanol e álcool medicinal.
As batatas apresentam boa uniformidade, de formato arredondado com tamanho que varia de 15 a 20 centímetros. Sua produtividade média é de 40t/ha, com período de cultivo de 120 a 140 dias.
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Brazlândia Roxa
Obtida em Brazlândia, Distrito Federal, a cultivar possui película externa roxa e polpa creme que é bem seca, com um sabor adocicado e baixo teor de fibras. A raiz é de formato alongado, bastante uniforme, com boa aparência para a comercialização. As ramas são de desenvolvimento lento, de comprimento médio e diâmetro médio de 6 milímetros, de cor verde. As folhas são verdes, tanto as velhas quanto as novas e podem medir até 15 centímetros de comprimento e largura na base. Geralmente não produz batatas graúdas e sua produtividade normal é 25 t/ha, com ciclo médio de até 150 dias.
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Tratos Culturais
Os tratos culturais na produção de batata-doce visam melhorar as condições de crescimento e desenvolvimento das plantas, buscando ganhos em produtividade e qualidade das raízes. Embora a batata-doce seja pouco exigente em tratos culturais, o controle de plantas daninhas e a mobilização do solo são práticas essenciais.
A eliminação manual ou mecânica de plantas daninhas, realizada com cuidado para não danificar as plantas e raízes, é crucial para reduzir a competição por água, nutrientes, luz e espaço. O período crítico de competição geralmente vai de 15 a 45 dias após o plantio, podendo se estender até 60 dias. Após esse intervalo, a cobertura da batata-doce supera as plantas daninhas. Em condições de temperatura elevada, a batata-doce cresce rapidamente, cobrindo o solo. Em temperaturas amenas ou baixas, o controle de plantas daninhas pode ser necessário em duas etapas.
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A capina manual com enxada preserva as leiras, sendo recomendada a reforma quando necessário. A última capina ocorre quando as extremidades das ramas mais longas alcançam a base das leiras vizinhas. Essa operação é cuidadosa, podendo ser realizada manualmente ou mecanicamente com um sulcador acoplado ao trator, antes do entrelaçamento das ramas entre as linhas.
Em locais com alta densidade de plantas daninhas, o preparo do solo pode ser feito algumas semanas antes do plantio. A rotação de culturas com espécies supressoras é crucial para o manejo do banco de sementes de plantas daninhas. Entre os preparos mecânicos, a irrigação pode estimular a emergência de gramíneas, controladas com herbicidas específicos.
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A reforma das leiras, conhecida como amontoa, consiste em mobilizar o solo para vedar rachaduras. Essa prática impede a postura de insetos-praga diretamente nas raízes. Um intervalo entre a primeira capina e a reforma das leiras é necessário para a desidratação e morte das plantas daninhas. O não cumprimento dessa prática pode expor as raízes à ação direta dos raios solares, afetando a qualidade e coloração das raízes.
Encontrado na página: Cultivares
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Coquinho
Originária da Paraíba, a cultivar foi introduzida no Distrito Federal em 1972 e mantida no quintal da casa de um operário da Fazenda Tamanduá, hoje sede da Embrapa Hortaliças. Foi registrada pela Embrapa no ano 2000. A raiz é delicada, de película externa e polpa brancas, saborosa e doce, com baixo teor em fibras. Seu formato é arredondado e não uniforme, variando de acordo com o tipo de solo. As plantas são rasteiras e as ramas apresentam crescimento rápido na primavera/verão e lento no outono, nas condições climáticas do DF. As folhas são de cor verde a verde-clara, de tamanho de médio a grande, podendo chegar a 16 centímetros de comprimento e 13 centímetros de largura. A produtividade média é de 22 t/ha, com ciclo médio de 150 dias.
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Princesa
Esta cultivar possui película externa que varia de branca a creme, com polpa creme, formato alongado e uniforme. Com boa porcentagem de raízes com bom padrão comercial, destinando-se predominantemente ao consumo doméstico. A planta é do tipo dispersa (rasteira com ramas longas). As ramas são de espessura mediana e cor verde-arroxeada. Suas folhas possuem tamanho médio e cor verde-escura. O vigor vegetativo possibilita que a parte aérea seja utilizada para alimentação animal, juntamente com suas batatas-refugo. A produtividade média da cultivar é de 27 t/ha, com ciclo médio de 150 dias.
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Podridão do Pé
A doença do pé, ou podridão do pé, é a doença que mais afeta a cultura. Causada pelo fungo de solo Plenodomus destruens, este patógeno afeta plantas da família da batata-doce (Convolvulaceae), tanto no campo quanto durante o armazenamento pós-colheita. Os sintomas mais severos incluem amarelamento das folhas, murcha e eventual morte da planta. Lesões necróticas podem surgir na base do caule, estendendo-se para as raízes. O fungo forma uma lesão de cor marrom-escuro no colo da planta, resultando em anelamento da haste e interrupção da absorção de água e nutrientes.
A disseminação ocorre através de mudas contaminadas, vento, chuva, insetos e ferramentas. Adubação orgânica, especialmente com esterco de gado e cama de frango, pode agravar a doença. Controle eficaz envolve práticas preventivas, como seleção cuidadosa do local de plantio, queima de plantas doentes, rotação de culturas e uso de variedades resistentes. O plantio de ramas das partes mais novas das plantas e a escolha de adubos com baixo teor de nitrogênio são recomendados. A resistência genética também desempenha um papel crucial no controle, embora não haja fungicidas registrados para o combate à doença. -
Podridão Mole ou Podridão Bacteriana
A Podridão Mole em plantas carnosas, como batata-doce, cenoura, cebola e mandioquinha salsa, é causada por bactérias pectolíticas dos gêneros Pectobacterium e Dickeya, notáveis por produzirem danos significativos. Na batata-doce, a doença é considerada secundária e esporádica no Brasil, principalmente associada à espécie Dickeya dadantii, anteriormente conhecida como Erwinia chrysanthemi. Os sintomas incluem lesões encharcadas na rama próxima ao solo e podridão mole marrom, resultante de ferimentos na raiz durante o cultivo e a colheita.
O controle é predominantemente preventivo, envolvendo a prevenção de ferimentos nas ramas e raízes, o cultivo em solos bem drenados, a moderação na irrigação, o uso de ramas de plantas saudáveis, a gestão equilibrada de nitrogênio e o armazenamento das raízes em ambientes ventilados. -
Cura
A cura pós-colheita é uma prática essencial na agricultura para garantir a qualidade e a longevidade dos produtos, além de preservar suas propriedades orgânicas. As raízes depois de colhidas podem ter seu período de armazenamento, transporte e vida de prateleira, aumentados, se corretamente acondicionadas para passar pelo processo de cura. Este processo permite que a película externa desidrate-se, que os ferimentos da casca cicatrizem, e parte do amido possa ser transformado em açúcares, melhorando o sabor. O controle adequado de temperatura, umidade, ventilação e prevenção de condensação são fatores críticos para o sucesso desse processo.
No cenário atual do mercado, a cura não tem sido amplamente adotada. Em parte pela falta de incentivos financeiros para a instalação das estruturas específicas para essa finalidade, legislação adequada e remuneração diferenciada para o produtor adotante da prática. Outro aspecto relacionado à cura é a não diferenciação de cultivares no país, as raízes são diferenciadas no varejo apenas pela coloração de sua película e polpa, sem passarem por classificação quanto à qualidade, aptidão de uso e processo de cura.
1 - Temperatura e Umidade na Cura:
A cura inicia imediatamente após a colheita, preferencialmente a uma temperatura de 29 ± 1 ºC e umidade relativa de 90%. Essas condições são ideais para promover a cicatrização adequada das lesões nas raízes.2 - Ajuste Gradual da Temperatura:
É crucial realizar ajustes graduais na temperatura do galpão de cura. Mudanças abruptas podem causar danos fisiológicos às raízes.3 - Ventilação Durante a Cura:
Durante o processo de cura, é necessário fornecer ventilação no galpão. A remoção do dióxido de carbono (CO2) e a reposição de oxigênio (O2) são fundamentais para garantir um ambiente adequado.4 - Prevenção da Condensação:
Se houver excesso de condensação, deve-se tomar medidas para removê-la. O acúmulo excessivo de água pode ser prejudicial durante o processo de cura.5 - Cicatrização e Suberização:
A cura das raízes envolve a cicatrização de lesões, com a formação de uma camada de suberina. A suberina, um polímero lipídico-fenólico, é depositada em camadas celulares abaixo da superfície da lesão. Esse processo é eficiente na redução da perda de umidade e na proteção contra doenças durante o armazenamento.6 - Benefícios Adicionais da Cura:
Além da preservação da qualidade, a cura facilita a síntese de enzimas que influenciam o desenvolvimento do aroma e sabor durante o cozimento.Encontrado na página: Pós-colheita
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Temperatura e Umidade Relativa
Após a cura, as batatas-doces devem ser armazenadas a 14 ºC ± 1 ºC e 90% de umidade para evitar perda excessiva de umidade. Se não houver câmara fria, use galpões ventilados, caixas com passagem de ar entre as raízes e recipientes com água para manter a umidade e prevenir ressecamento. Evite temperaturas abaixo de 12 ºC, pois podem causar danos como depressões na superfície, escurecimento interno, formação anormal da periderme, deterioração por fungos, colapso da polpa (coração duro) e aumento da respiração. Injúrias dependem da intensidade e duração do frio. Resfriamento intenso pode levar à decomposição. A presença de látex indica uma raiz saudável. Armazenar acima da faixa ideal favorece brotamento e perda de massa. Injúrias por congelamento ocorrem abaixo de -1,9 ºC.
Encontrado na página: Pós-colheita
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Consumo
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE no biênio 2017-2018, teve por objetivo mensurar as estruturas de consumo, dos gastos e dos rendimentos das famílias e possibilita traçar um perfil das condições de vida da população brasileira a partir da análise de seus orçamentos domésticos. Trata-se de uma condição que sofreu mudanças significativas nos últimos anos, porém se trata de informações oficiais que permitem conhecer os diferentes perfis dos consumidores de batata-doce.
A pesquisa mostra que em comparação aos dados do biênio 2007-2008, o consumo de batata-doce aumentou nos 10 anos de intervalo. Por exemplo a região Norte, que no estudo anterio apontou zero no consumo, agora mostra 1%. O consumo médio por pessoa tambem apresentou um bom salto em domicílios urbanos e rurais, com relação a gênero (homem e mulher) e faixa etária, principalmente entre adolescentes.
Encontrado na página: Consumo
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Encontrado na página: Doenças e pragas
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Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita
Capacitar produtores rurais, profissionais da área, estudantes e demais interessados para identificar os principais aspectos da cadeia produtiva e o seu atual cenário da produção.
Organizadora: Embrapa Hortaliças
Duração:
Carga horária: 16 horas
Encontrado na página: Cursos
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Estudo Prospectivo sobre Produção de Batata-Doce no Brasil, Desafios e Demandas.
Estudo Prospectivo sobre Produção de Batata-Doce no Brasil, Desafios e Demandas.
O presente estudo faz parte das atividades deste projeto de pesquisa, visando compreender melhor os perfis dos produtores e das formas de produzir batata-doce em regiões tradicionalmente produtoras e também em outras regiões com produção da raiz. Além disso, ele também se propõe a elucidar melhor os fatores que podem influenciar as diferenças de produtividades entre as regiões, bem como a baixa produtividade média brasileira, de forma que auxilie a identificar dificuldades, oportunidades e demandas que podem direcionar o programa de melhoramento genético, pesquisas futuras ou ações de assistência técnica nas diferentes regiões brasileiras para melhorar esse índice.
Publicado: 26/02/2024
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Ocorrência e danos do negrito da batata-doce Typophorus nigritus no Distrito Federal
Ocorrência e danos do negrito da batata-doce Typophorus nigritus no Distrito Federal
Além de informar a ocorrência de T. nigritus no Distrito Federal, este comunicado visa, também, fornecer subsídios para ajudar o produtor a identificar corretamente o inseto, com base na descrição das características morfológicas e de seus danos na planta. Além disso, são fornecidas informações básicas para o manejo correto de T. nigritus na cultura da batata-doce.
Publicado: 13/05/2024
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Viroses da batata-doce no Brasil: importância e principais medidas de controle
Viroses da batata-doce no Brasil: importância e principais medidas de controle
A batata-doce é cultivada, geralmente, com pequeno emprego de insumos e consegue atingir elevados rendimentos sob condições marginais. Apresenta diversidade genética capaz de atender à demanda para alimentação humana e animal e matéria-prima para a indústria. É dotada de grande rusticidade, desenvolvendo-se bem em diferentes condições de clima e solo.
Publicado: 13/05/2024
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Nematoides na cultura da batata-doce.
Nematoides na cultura da batata-doce.
A batata-doce é uma hortaliça muito importante e popular, cujo plantio se expandiu por várias regiões do Brasil. Seu cultivo intensivo resultou em graves problemas fitossanitários, principalmente no que se refere às doenças associadas a patógenos de solo, como os nematoides.
Publicado: 13/05/2024
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Batata-doce: escolha sua cor
Batata-doce: escolha sua cor
Conheça a diversidade de cores da batata-doce e saiba que essas cores vêm da natureza. Batata-doce: o que não falta é diversidade. De onde vem essa cor? Que gosto tem? Qual cor é mais nutritiva e mais saudavel? Qual cor é indicada para qual prato? Como escolher no mercado?
Publicado: 31/10/2024
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Caracterização dos Polos de Produção e de Produtores de Batata-Doce no Brasil
Caracterização dos Polos de Produção e de Produtores de Batata-Doce no Brasil
O presente trabalho estuda a caracterização dos das principais regiões polos de produção e de produtores de batata-doce do Brasil e tem por objetivo subsidiar o planejamento de projetos de pesquisas agronômicas e elaboração de políticas públicas para o setor de hortaliças.
Publicado: 26/02/2024
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BRS Cotinga
Batata-doce de polpa roxa BRS Cotinga. Lançamento da cultivar pela Embrapa Hortaliças - 2021
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III Simpósio Brasileiro de Batata-doce - mudas oficialmente certificadas
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III Simpósio Brasileiro de Batata-doce - Manejo para altas produtividades
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