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Pragas

O controle de pragas na batata-doce deve envolver uma combinação de práticas de manejo integrado, incluindo o uso de variedades resistentes, rotação de culturas, monitoramento regular das populações de pragas, controle biológico, controle químico seletivo e medidas culturais, como remoção de plantas afetadas e manejo adequado do solo. 

Artrópodes-Praga


No mundo existem registros de 287 espécies de artrópodes associados à cultura de batata-doce, sendo 270 pertencentes à classe dos insetos e 17 à subclasse dos ácaros. A maior parte se alimenta da parte aérea da planta, consumindo o tecido vegetal da folha ou sugando a seiva elaborada. Os danos causados são considerados secundários e, raramente, precisam de medidas de controle, devido à rusticidade e capacidade de regeneração da planta.
Por outro lado, a broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus Fairmaire), as espécies de broca-das-ramas do gênero Megastes, as lagartas de Polygrammodes elevata (Fabricius, 1794) e o complexo de besouros crisomelídeos e elaterídeos são capazes de causar danos significativos nas ramas e raízes tuberosas de batata-doce, com reflexos na produção e na qualidade das raízes.
As pragas são agrupadas de acordo com sua importância econômica para a cultura em: pragas-chave, pragas secundárias e pragas de importância quarentenária.

Artrópodes-praga

No mundo existem registros de 287 espécies de artrópodes associados à cultura de batata-doce, sendo 270 pertencentes à classe dos insetos e 17 à subclasse dos ácaros. A maior parte se alimenta da parte aérea da planta , consumindo o tecido vegetal da folha ou sugando a seiva elaborada. Os danos causados são considerados secundários e, raramente, precisam de medidas de controle, devido à rusticidade e capacidade de regeneração da planta.

Por outro lado, a broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus Fairmaire), as espécies de broca-das-ramas do gênero Megastes e o complexo de besouros crisomelídeos e elaterídeos são capazes de causar danos significativos nas ramas e raízes tuberosas de batata-doce, com reflexos na produção e na qualidade das raízes. 

As pragas são agrupadas de acordo com sua importância econômica para a cultura em: pragas-chave, pragas secundárias e pragas de importância quarentenária. 

Pragas-Chave


Broca-da-Raiz (Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae):


É considerada a principal praga da cultura com capacidade de causar perdas de mais de 60% da produção, caso não seja manejada.

Distribuição: Ilhas do sul do Pacífico, Japão, Taiwan, Estados Unidos, Caribe, América Central e do Sul, incluindo o Brasil.

Ciclo de vida: O inseto em questão é um besouro com 3 a 5 mm de comprimento e 1,6 mm de largura, apresentando coloração castanho claro a marrom escuro. Os adultos possuem asas soldadas, impossibilitando o voo e tornando sua dispersão mais lenta no campo. As fêmeas depositam ovos branco-leitosos nas raízes superficiais da batata-doce e nas ramas. As larvas, de formato cilíndrico e coloração branco-leitosa, passam por cinco trocas de pele em um período de aproximadamente 21 dias, alcançando cerca de 5 mm. Após essa fase, a larva entra na pré-pupa, construindo uma câmara em uma extremidade da galeria, transformando-se em pupa do tipo exarada, com apêndices livres. As pupas dão origem a novos adultos, completando o ciclo de vida. O ciclo total, desde o ovo até o adulto, dura de 20 a 30 dias, enquanto a longevidade dos adultos pode variar de 30 a 288 dias no campo.
 
Danos: Os danos causados pela praga resultam principalmente do processo alimentar de adultos e larvas nas ramas e raízes tuberosas da batata-doce. As raízes atacadas exibem escoriações superficiais e perfurações que formam galerias, capazes de penetrar profundamente nos tecidos da raiz. Essas galerias são preenchidas com fezes e resíduos fibrosos à medida que as larvas se alimentam e se desenvolvem. Este ambiente é favorável ao crescimento de fungos que causam decomposição e liberam odores desagradáveis, tornando o produto inadequado para consumo humano e animal.

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Broca-da-Raiz 

Broca-da-Raiz 

A broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae) é considerada a principal praga da cultura com capacidade de causar perdas de mais de 60% da produção, caso não seja manejada.

Distribuição: Ilhas do sul do Pacífico, Japão, Taiwan, Estados Unidos, Caribe, América Central e do Sul, incluindo o Brasil.

Ciclo de vida: O inseto em questão é um besouro com 3 a 5 mm de comprimento e 1,6 mm de largura, apresentando coloração castanho claro a marrom escuro. Os adultos possuem asas soldadas, impossibilitando o voo e tornando sua dispersão mais lenta no campo. As fêmeas depositam ovos branco-leitosos nas raízes superficiais da batata-doce e nas ramas. As larvas, de formato cilíndrico e coloração branco-leitosa, passam por cinco trocas de pele em um período de aproximadamente 21 dias, alcançando cerca de 5 mm. Após essa fase, a larva entra na pré-pupa, construindo uma câmara em uma extremidade da galeria, transformando-se em pupa do tipo exarada, com apêndices livres. As pupas dão origem a novos adultos, completando o ciclo de vida. O ciclo total, desde o ovo até o adulto, dura de 20 a 30 dias, enquanto a longevidade dos adultos pode variar de 30 a 288 dias no campo.

Danos: Os danos causados pela praga resultam principalmente do processo alimentar de adultos e larvas nas ramas e raízes tuberosas da batata-doce. As raízes atacadas exibem escoriações superficiais e perfurações que formam galerias, capazes de penetrar profundamente nos tecidos da raiz. Essas galerias são preenchidas com fezes e resíduos fibrosos à medida que as larvas se alimentam e se desenvolvem. Este ambiente é favorável ao crescimento de fungos que causam decomposição e liberam odores desagradáveis, tornando o produto inadequado para consumo humano e animal.

Broca-das-Ramas

Broca-das-Ramas

A Broca-das-ramas ou Broca-do-colo (Megastes pusialis e Megastes grandalis Lepidoptera, Crambidae): Duas espécies de brocas-das-ramas, Megastes pusialis Snellen e M. grandalis Guenee, estão associadas à batata-doce. Estas mariposas têm estruturas parecidas, causam os mesmos tipos de danos e ocorrem praticamente nas mesmas regiões, dificultando o estabelecimento preciso do impacto individual de cada espécie para a cultura. Estas brocas podem causar uma perda estimada de 30% a 50% na produção.

Distribuição: M. pusialis: Guiana, Trinidad & Tobago e Brasil. M. grandalis: Costa Rica, Panamá, Trinidad & Tobago, Venezuela, Guiana, Suriname, Peru, Paraguai, Argentina e Brasil. 

Ciclo de vida: Os adultos desta praga são mariposas com uma envergadura de 40 a 45 mm, apresentando uma coloração pardo-escura, com margens mais escuras na asa anterior e três linhas sinuosas transversais. Conhecidas como "broca-do-coleto", as fêmeas depositam ovos, individualmente ou em fileiras, no caule e nas hastes da planta, especialmente próxima à base. As lagartas têm cabeça distinta do corpo, três pares de pernas torácicas e cinco pares de falsas pernas abdominais. Elas são rosadas, com pontuações escuras ao longo do corpo. A fase de pupa ocorre dentro das hastes ou nas proximidades do orifício de saída. O ciclo, desde o ovo até o adulto, tem uma duração média de 57 dias.

Danos: As lagartas recém-eclodidas penetram nos tecidos vegetais do caule, geralmente na região do coleto e das hastes, causando danos nos vasos condutores da planta, que levam ao retardo do crescimento, queda das folhas e redução da produção. A região atacada fica intumescida, com rachaduras e um orifício de saída, contendo excrementos de cor amarelada. As ramas atacadas podem murchar completamente e secar, soltando-se facilmente da planta. Eventualmente, atacam ainda as raízes tuberosas da batata-doce, abrindo galerias à medida que se alimentam 

Complexo de Besouros Crisomelídeos

Complexo de Besouros Crisomelídeos

Os besouros da família Chrysomelidae se alimentam essencialmente de material vegetal, como folhagens, tanto adultos como também em fase de larva, causando grande impacto econômico e ecológico. Os crisomelídeos estão agrupados em 12 subfamílias, das quais três, Cassidinae, Eumolpinae, Galerucinae possuem espécies associadas à batata-doce. Estes besouros apresentam ciclo de vida e comportamento similares e causam os mesmos tipos de danos à cultura, o que dificulta a identificação do impacto isolado de cada uma das espécies.

Danos: Os adultos se alimentam das folhas, deixando-as perfuradas, algumas vezes com aspecto rendilhado, porém, sem afetar a produção da cultura. A importância econômica deste grupo se deve à fase imatura, cujas larvas fazem pequenos furos na pele da raiz para se alimentarem dos tecidos, cavando galerias que se irradiam por toda a superfície do órgão, reduzindo seu valor comercial. Porém, vale destacar que, ao contrário de E. postfasciatus, os danos dos crisomelídeos tendem a ser mais superficiais e muitas vezes, não inviabilizam o consumo da raiz, bastando para isso, retirar a parte atacada.

Lagartas

Lagartas

O adulto das Lagartas de Polygrammodes elevata é uma mariposa de cor amarelada com pequenas manchas avermelhadas, envergadura de asas (17-27 mm). Pertence à família Crambidae e está associada às plantas do gênero Ipomoea, com registro de ocorrência mais frequente em I. batatas (batata-doce).

Distribuição: Estados Unidos (região Sul), Antilhas, Caribe e América do Sul, incluindo o Brasil. 

Ciclo de vida: A fêmea oviposita cerca de 190 ovos durante a sua vida, os quais são depositados nas hastes da planta, próximas ao solo. A longevidade média dos adultos é cerca de 4 dias. A duração da fase larval varia de 5 a 10 semanas, dependendo das condições nutricionais da planta hospedeira. A lagarta passa por 4 ínstares, com a fase de pupa no solo, a qual dura de 10-15 dias, com posterior emergência dos adultos.

Danos: As lagartas recém-eclodidas penetram nos tecidos vegetais e começam a se alimentar, fazendo galerias internas (túneis) nas hastes, podendo migrar das hastes para as raízes. 

Pragas Secundárias


Pragas Secundárias

São aquelas que ocorrem esporadicamente na cultura ou, estão sempre presentes, mas suas populações permanecem em baixo nível populacional, sem causarem impacto na produção. Geralmente são mantidas em nível de equilíbrio pela ação dos inimigos naturais. Com base nos registros da literatura existem, pelo menos, 20 espécies de artrópodes associadas à batata-doce. No entanto, alguns destes relatos são procedentes de levantamentos feitos com uso de armadilhas, o que dificulta o estabelecimento preciso da associação da praga ao hospedeiro. Já outras espécies, e.g., Astylus variegatus (Germ.), foram obtidas em números muito reduzidos na cultura, sendo consideradas pragas acidentais para batata-doce. Assim, somente com a continuidade dos estudos é que será possível definir o verdadeiro status de vários destes artrópodes para a cultura.
 

Pragas Quarentenárias


Pragas Quarentenárias

É todo organismo de natureza animal e/ou vegetal presente em outros países ou regiões e que constitui ameaça à economia agrícola do país importador. Podem ser agrupadas em duas categorias: (A1) pragas exóticas não presentes no país e (A2), já introduzidas no país, porém com distribuição restrita a uma localidade ou região e mantida sob controle rigoroso, por meio de barreiras e programas oficiais de contenção.

 

Gorgulho da Batata-Doce

gorgulho da batata-doce

Gorgulho da Batata-Doce

Gorgulho da Batata-Doce

O gorgulho da batata-doce Cylas formicarius elegantulus (Summers) é considerada a praga mais importante da batata-doce em nível mundial. É cosmopolita, com presença em quase todos os países da Ásia, Oceania, África, região sul da América do Norte, América Central e Caribe. A Europa é tida como área livre da praga, assim como os países do Oriente Médio. Na América do Sul, existem registros de sua ocorrência apenas na Guiana e Venezuela. No Brasil, até o momento, esta espécie ainda não foi registrada e dessa forma, é considerada como praga quarentenária A1.

Danos: Ataca todas as partes da planta no campo e também na fase de armazenamento. Nas raízes, as larvas penetram na epiderme e escavam os tecidos ao longo de toda a extensão da raiz, tornando-a imprestável para a comercialização.

Publicado: 16/04/2024