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  • Tratos culturais - 2

    Tratos culturais - 2

    Estas cultivares se diferenciam pela produtividade potencial, ciclo, exigências edafoclimáticas, porte e arquitetura da planta, formato e coloração das raízes, resistência a pragas e doenças, exigência nutricional e em tratos culturais. Há variabilidade também na coloração da polpa (branca, creme, amarela, laranja e roxa); na coloração da película externa (branca, creme, amarela, laranja, rosa, vermelha e roxa); formato da raiz (oblonga, obovada, ovada, longa irregular, longa elíptica, longa oblonga, redonda, redonda elíptica e elíptica); formato e cor das folhas dentre outras características (Figura 1).

     

    Figura 1. Raízes de cultivares com colorações e formatos diversos. 
    Foto: Geovani Bernardo Amaro.

     


    Entretanto, algumas delas estão obsoletas e não satisfazem as necessidades atuais e futuras da cultura na plenitude, pela necessidade de mecanização crescente, maior exigência quanto à padronização e qualidade das raízes, maior produtividade, maior resistência a pragas e doenças, arquitetura de planta e desempenho agronômicos superiores, e melhor qualidade de polpa para consumo in natura e processamento. A proposta de um programa de melhoramento a nível nacional com a ação em rede entre a Embrapa, institutos de pesquisa, universidades e empresas privadas é essencial para que sejam alcançados resultados para desafios nacionais, com foco nas demandas da cadeia de valor de batata-doce.

    Para a instalação de uma lavoura comercial, a escolha da cultivar deve ser feita de maneira criteriosa, levando em consideração as características edafoclimáticas da região e as informações sobre as demandas do mercado em que o produto será comercializado. Assim, os principais aspectos a serem considerados ao se escolher uma cultivar são:

    • Exigências do mercado: deve-se conhecer a preferência do mercado para o qual irá comercializar as raízes e atender ao máximo com a sua produção. É importante ter informações sobre a qualidade exigida, a quantidade demandada e as variações de preço, além de estar atento aos sinais de mudança na abertura de novos mercados.
    • Adaptação ao local e época de plantio: a batata-doce é uma espécie bem adaptada ao clima tropical e o desenvolvimento das plantas é limitado nos períodos com baixas temperaturas. Algumas cultivares se desenvolvem bem em temperaturas amenas, porém não suportam geadas. É importante que o produtor conheça bem as variações climáticas das regiões que se pretende plantar para escolher as melhores épocas e quais as cultivares que podem ser utilizadas.
    • Tolerância a pragas e doenças: a utilização de cultivares que apresentam tolerância às principais pragas e doenças é a maneira mais racional de manejo, pois a muda já leva a “tecnologia” para o campo. O uso de cultivares resistentes garante estabilidade de produção, ajuda reduzir o custo final do produto devido ao menor número de aplicações de produtos fitossanitários, gerando ganhos para o agricultor, para o consumidor e para o meio ambiente. Quando possível, o agricultor deve dar preferência para cultivares tolerantes e resistentes ao maior número de pragas e doenças possível, especialmente as de difícil controle e que causam maiores perdas.
    • Ciclo: embora o ciclo de uma planta seja dependente das condições climáticas, da nutrição e do ataque de pragas e doenças, podem existir diferenças importantes entre as cultivares disponíveis no mercado. O agricultor deve considerar o ciclo da cultivar no planejamento de plantio de modo a oferecer produtos nos momentos mais interessantes.
    • Potencial produtivo: é o aspecto que chama a atenção dos produtores e que normalmente determina a escolha de uma cultivar. Entretanto, cultivares com maior potencial produtivo podem ser também mais exigentes em tecnologia de produção e expressam esse potencial somente se as condições adequadas de manejo cultural forem aplicadas.
    • Comprimento das ramas: as ramas longas se entrelaçam rapidamente, promovendo uma maior competição entre plantas e dificultando os trabalhos de capina e de renovação das leiras. Utilizando-se cultivares de ramas longas, a última operação com trabalho nas entrelinhas tem que ser realizada mais cedo, para que não ocorra danos nas ramas entrelaçadas.
    • Formação das raízes: existem cultivares que formam aglomerados de raízes bem próximas à planta, facilitando a operação da colheita, tanto mecanizada quanto manual. Mas, há também aquelas cultivares que formam raízes dispersas com relação à planta, o que aumenta a chance de serem cortadas ou danificadas por ocasião da colheita, sobretudo na colheita mecanizada.
    • Colheita mecanizada: cultivares precoces, com ramas curtas, porte ereto e com raízes aglomeradas são opções interessantes quando existe a possibilidade de realizar a colheita mecanizada.
    • Novas cultivares podem ser agronomicamente superiores, porém a melhor cultivar não é necessariamente aquela lançada recentemente, altamente produtiva e cultivada com sucesso pelo vizinho, mas, aquela que se adapta melhor ao seu sistema de produção, expressando ao máximo o seu potencial e que atenda ao seu nicho de mercado específico. O agricultor deve ser um experimentador capaz de observar as peculiaridades da sua área e a interação dessas com as diferentes cultivares disponíveis no mercado.

    Portanto, dada a sua importância e complexidade, o produtor deve munir-se de informações para a escolha da cultivar. Deve-se sempre procurar auxílio de outros agricultores da região, técnicos especializados dos órgãos de assistência técnica e de pesquisa. Assim, para auxiliar nesta escolha apresentamos abaixo algumas características das cultivares de batata-doce disponibilizadas no mercado brasileiro pela Embrapa.

  • BRS Cuia

    BRS Cuia

    BRS Cuia: Suas raízes possuem película externa lisa e branca, polpa branca (Figura 7), com formato longo e cheio. No planalto central do Brasil, sua produtividade normal é de 25 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. O seu ciclo médio é de 150 dias.

    Foto: Paulo Lanzetta.

  • Coquinho

    Coquinho

    Essa cultivar possui raízes tuberosas com película externa branca e polpa branca (Figura 9). É originária da Paraíba, tendo sido introduzida no Distrito Federal em 1972 e mantida no quintal da casa de um operário na Fazenda Tamanduá, hoje sede da Embrapa Hortaliças. Foi registrada como cultivar pela Embrapa em 2000. Suas raízes são delicadas, polpa saborosa e doce, bem seca, possui baixo teor de fibras e torna-se de cor branco-acinzentada após o cozimento. As raízes possuem formato arredondado, desuniforme, variando de acordo com o tipo de solo. As plantas possuem hábito de crescimento rasteiro. Suas ramas apresentam crescimento rápido na primavera/verão e lento no outono, nas condições do Distrito Federal. As suas folhas são de tamanho médio a grande (de 12 cm a 16 cm de comprimento e de 9 cm a 13 cm de largura na base) nos plantios de primavera/verão, e pequeno nos plantios de outono. As suas folhas são verde-claras quando novas e verde a verde-claras quando maduras. Suas plantas florescem bastante durante quase o ano todo nas condições do Distrito Federal. A sua produtividade normal é de 22 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. Possui ciclo médio de 150 dias. É recomendada para o planalto central do Brasil.

    Foto: Terezinha Gislene Rodrigues Alencar.

  • Princesa

    Princesa

    Essa cultivar possui raízes tuberosas com película externa variando de branca a creme, córtex (camada mais externa da polpa) creme-claro e polpa creme, com formato alongado e uniforme (Figura 10). Apresenta boa percentagem de raízes com bom padrão comercial e polpa seca. A planta é do tipo dispersa (rasteira com ramas longas), com ramas de espessura mediana (6 mm a 8 mm de diâmetro), de cor verde-arroxeada e sem pubescência. Suas folhas são de tamanho médio e de cor verde-escura. O limbo foliar é recortado, com cinco lóbulos bem característicos e com maior dimensão sempre superior a 14 cm. As boas características das raízes tuberosas permitem que o seu uso seja predominantemente para mesa, com elevada percentagem de raízes com padrão comercial. O grande vigor vegetativo da planta possibilita que a parte aérea seja utilizada para alimentação animal, juntamente com as batatas-refugo. A sua produtividade normal é de 27 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. Possui ciclo médio de 150 dias. É recomendada para o planalto central do Brasil.

    Foto: Paula Fernandes Rodrigues.

  • Tabela

    Tabela

    Cultivar

    Mantenedor

    Nº de registro

    Amanda

    UFT

    22593

    Ana Clara

    UFT

    22594

    Bárbara

    UFT

    22595

    Beatriz

    UFT

    22596

    Beauregard

    Embrapa

    26934

    Brazlândia Branca

    Embrapa

    07840

    Brazlândia Rosada

    Embrapa

    07841

    Brazlândia Roxa

    Embrapa

    07852

    BRS Amélia

    Embrapa

    27313

    BRS Anembé

    Embrapa

    44047

    BRS Cotinga

    Embrapa

    44053

    BRS Cuia

    Embrapa

    27315

    BRS Fepagro Viola

    Embrapa/DDPA

    33889

    BRS Gaita

    Embrapa

    33890

    BRS Rubissol

    Embrapa

    27314

    Carolina Vitoria

    UFT

    22597

    Coquinho

    Embrapa

    07849

    Duda

    UFT

    22598

    Iapar 69

    Iapar

    02322

    Iapar 70

    Iapar

    02323

    Izabela

    UFT

    22600

    Julia

    UFT

    22599

    Livia

    UFT

    22591

    Marcela

    UFT

    22592

    Princesa

    Embrapa

    06495

    SCS 367 Favorita

    Epagri

    27465

    SCS 368 Ituporanga

    Epagri

    27464

    SCS 369 Águas Negras

    Epagri

    32952

    SCS 370 luiza

    Epagri

    32952

    SCS 371 Katiy

    Epagri

    32953

    SCS 372 Marina

    Epagri

    32954

  • Adubação mineral

    Adubação mineral

    A cultura da batata-doce tem a capacidade de crescer e produzir relativamente bem em condições que outras culturas teriam crescimento e produtividade limitados. Os maiores aumentos de produtividade da batata-doce em resposta à adubação mineral estão associados a solos de fertilidade extremamente baixa. Quando a batata-doce é cultivada em rotação com outras culturas que receberam adubação mineral ou em solos mais férteis, a aplicação de fertilizantes minerais não resulta em aumentos expressivos de produtividade. Porém, quando os níveis de fertilidade do solo são baixos, normalmente a batata-doce responde melhor à adubação potássica do que à adubação com nitrogênio (N) e fósforo (P) (Oliveira et al., 2005; Oliveira et al., 2006; Brito et al., 2006).

    O N é um nutriente fundamental para o desenvolvimento da batata-doce. A aplicação de doses elevadas desse nutriente promove o crescimento excessivo das ramas e diminui a produtividade de raízes tuberosas, podendo até aumentar a produção de raízes que não atendem aos padrões comerciais (Oliveira et al., 2006). No entanto, as respostas a adubação nitrogenada dependem muito do teor de matéria orgânica do solo, das características do solo e do histórico da área. Em solos arenosos e em cultivos após leguminosas a resposta da batata-doce à aplicação de N mineral ocorre até doses próximas de 50 kg/ha, mas em cultivos após gramíneas a resposta pode ocorrer até a dose de 80 kg/ha de N (Fernandes et al., 2018). Em condição de solo arenoso e de baixa fertilidade pode haver resposta da batata-doce até a dose de 110 kg/ha de N, se o N for fornecido de forma combinada com doses equilibradas de K (Foloni et al., 2013).

    É importante que o N seja aplicado de forma parcelada, com metade das doses no plantio e metade em cobertura por volta dos 45 dias após o plantio (DAP), especialmente em solos arenosos. Porém, é preciso acompanhar o crescimento da cultura, pois se a cultura estiver com um bom desenvolvimento vegetativo pode-se dispensar a adubação nitrogenada de cobertura. Atualmente as recomendações de adubação nitrogenada para a cultura da batata-doce têm indicado doses entre 50 e 60 kg/ha de N (Tabelas 4 e 5 ).

     

    N no

    plantio

    N em

    cobertura(1)

    Presina

    (mg/dm3)

     

    K+ trocável

    (mmolc /dm3)

     

     

    0-6

    7-15

    >15

    0-0,7

    0,8-1,5

    >1,5

    __________ kg/ha__________

    ______ P2O5 (kg/ha) _____

    _________K2O (kg/ha) __________

    20

    30

    100

    80

    60

    120(2)

    90(2)

    60

    (1)A adubação de cobertura deve ser feita aos 45 dias após o plantio.
    (2)Deve-se parcelar a adubação potássica nas doses superiores a 60 kg/ ha-1 de K2O.

    Tabela 4. Interpretação dos resultados de análise de solo para P e K e recomendação de adubação mineral para batata-doce nas condições do estado de São Paulo (Lorenzi et al., 1997).

     

    Teor de argila

    Disponibilidade de P ou K no solo

    Muito baixa

    Baixa

    Média

    Boa

    Muito Boa

    (%)

    Teor de P Mehlich-1 no solo (mg/dm3)

    60-100

    ≤ 2,7

    2,8-5,4

    5,5-8,0

    8,1-12,0

    > 12,0

    35-60

    ≤ 4,0

    4,1-8,0

    8,1-12,0

    12,1-18,0

    > 18,0

    15-35

    ≤ 6,6

    6,7-12,0

    12,1-20,0

    20,1-30,0

    > 30,0

    0-15

    ≤ 10,0

    10,1-20,0

    20,1-30,0

    30,1-45,0

    > 45,0

     

    __________________________Dose total de P2O5 (kg/ha) __________________________

     

    180

    180

    120

    60

    0

     

    Teor de K Mehlich-1 no solo (mg/dm3)

     

    ≤ 15

    16-40

    41-70

    71-120

    > 120

     

    __________________________ Dose total de K2O (kg/ha) __________________________

     

    90(2)

    90(2)

    60

    30

    0

     

    __________________________ Dose total de N (kg/ha__________________________

     

    60(1)

    60

    60

    60

    60

    (1)A adubação nitrogenada deve ser parcelada com metade da dose no plantio e metade em cobertura aos 45 dias após o plantio.
    (2)Deve-se parcelar a adubação potássica nas doses superiores a 60 kg/ha de K2O, especialmente em solos arenosos.
    Fonte: Alvarez et al. (1999) e  Casali, (1999).

    Tabela 5. Interpretação dos resultados de análise de solo para P e K e recomendação de adubação mineral para batata-doce nas condições do estado de Minas Gerais.

     

    As respostas ao P normalmente são menores que as observadas para o K. Isso ocorre porque as raízes absorventes da batata-doce têm a capacidade de se associar com fungos micorrízicos do solo, o que aumenta a capacidade da planta absorver P em solos de baixa fertilidade. Contudo, essa vantagem da cultura é perdida quando são aplicadas altas doses de fertilizantes fosfatados. As recomendações de adubação fosfatada para a cultura da batata-doce devem ser baseadas na análise de solo e nas tabelas de interpretação e recomendação elaboradas pela pesquisa (Tabelas 4 e 5). No caso do P toda a dose recomendada deve ser aplicada no momento do plantio.

    O K é o nutriente que promove os maiores aumentos na produtividade da cultura, especialmente em solos deficientes no nutriente. Além disso, esse nutriente tem influência decisiva na formação e no sabor das raízes tuberosas. A dose de K a ser aplicada deve ser estipulada com base na análise de solo e nas tabelas de recomendação oficiais (Tabelas 4 e 5). É importante destacar que em solos arenosos deve-se parcelar a adubação potássica quando as doses forem superiores a 60 kg/ha de K2O, aplicando-se metade da dose no plantio e metade em cobertura por volta dos 45 DAP, junto com o N. Em solos com alta disponibilidade de K (K(resina) ³ 3,0 mmolc/ dm3) a adubação potássica pode ser dispensada, pois não há resposta a aplicação do nutriente.

    A resposta da batata-doce à adubação sulfatada (S) praticamente não tem sido estudada nas condições brasileiras. Uma das formas de fornecimento de S para a cultura da batata-doce é através da gessagem e da utilização de fontes NPK que contenham S. Em solos com baixos teores de S e de matéria orgânica e que não receberam aplicação de fertilizante contendo S em sua formulação, recomenda-se aplicar 10 kg/ha de S (Echer, 2015).

    O fornecimento adequado de micronutrientes para a batata-doce é de fundamental importância. Nas condições brasileiras, estudos com adubação de micronutrientes na cultura da batata-doce são raros. Em solos de baixa fertilidade, pesquisas indicam que o fornecimento de boro (B) (Echer; Creste, 2011) e zinco (Zn) (Abd EL-Baky et al., 2010) pode aumentar a produtividade de raízes de reserva, sendo que o fornecimento de B, tanto via solo como via foliar, promovem resultados similares (Echer; Creste, 2011). Estudo feito em solo arenoso e com baixo teor de B mostrou que o fornecimento de 2 kg/ha de B teve reflexo positivo sobre a produtividade de raízes tuberosas. Contudo, é preciso salientar que a resposta a aplicação de B depende do seu teor no solo, sendo que em solos com baixos e médios teores de B e com baixo teor de matéria orgânica a resposta da batata-doce a aplicação de B é maior. Assim, em solos com baixos teores de B recomenda-se aplicar até 2,0 kg/ha de B e em solos deficientes em Zn pode-se aplicar entre 5  kg/ha e 10 kg/ha de sulfato de Zn.

  • Doenças causadas por fungos

  • Albugo (ipomoeae-panduratea)

    Albugo (ipomoeae-panduratea)

    Também conhecido como ferrugem branca. Forma lesões pulverulentas no limbo foliar se transformando em pústulas salientes de cor leitosa, reduzindo a área fotossintética. A alta umidade relativa do ar favorece o desenvolvimento da doença.