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BRS Rubissol
BRS Rubissol: Suas raízes possuem película externa roxa, polpa branca (Figura 8), com formato longo e cheio. No planalto central do Brasil, sua produtividade normal é de 25 t/ha de raízes comerciais em uma densidade de plantio de 33.000 plantas por hectare. Seu ciclo médio é de 150 dias.
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Encontrado na página: Produção
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Plantio
PlantioMarcha de absorção de nutrientes
A absorção de nutrientes em hortaliças segue um padrão de crescimento ou acúmulo de matéria seca, apresentando geralmente, três fases distintas: na primeira fase a absorção é lenta, seguida de intensa absorção até atingir o ponto máximo, a partir do qual ocorre um pequeno declínio. Em batata-doce, o acúmulo de massa de matéria seca é similar entre folhas, ramas e as raízes tuberosas até os 55 dias do transplantio (DAT), porém a partir dos 85 DAT as raízes tuberosas apresentam-se como o dreno mais forte da planta (Figura 1).
Figura 1. Distribuição da massa de matéria seca entre órgãos de batata-doce.
Fonte: Adaptado de Echer et. al. (2009).A absorção de nutrientes acompanha o acúmulo de massa de matéria seca e nos casos dos macronutrientes, o N, o K e o Ca são os absorvidos em maior quantidade. Já o Mn, o B e o Zn são os micronutrientes mais extraídos pela planta (Figura 2).
Figura 2. Marcha de absorção de macro e micronutrientes pela planta de batata-doce do clone Canandense.
Fonte: Adaptado de Echer et al. (2009).A quantidade de nutrientes absorvida pela batata-doce relatada na literatura apresenta grande diversidade de valores (Tabela 1) e isso é explicado em parte pelo diferente potencial produtivo dos ambientes de produção do local do estudo; cultivares; fertilidade e tipo de solo, entre outros. A Tabela 2 apresenta a quantidade de nutriente absorvida e exportada pela batata-doce cultivada em solos arenosos de baixa fertilidade, porém com investimento em fertilidade do solo.
Extração de nutrientes (kg/ha)
Fonte
Produtividade
(t ha-1)N
P
K
Ca
MG
Silva et al., (2002)
13 a 15
60 a 113
20 a 47
100 a 236
31 a 35
11 a 13
Miranda et al., (1987)
30
129
50
257
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Malavolta (1981)
16,5
45
7
58
6
3
O´Sullivan et al. (1997)
20
87
8 a 40
100
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Lorenzi et al. (1997)
20
60
6
60
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Tabela 1. Quantidade de macronutrientes extraída pela colheita das raízes tuberosas de batata-doce do clone Canadense.
Órgão
t ha-1
N (kg/ha)
P
(kg/ha)
K
(kg/ha)
Ca
(kg/ha)
Mg
(kg/ha)
S
(kg/ha)
B
(g/ha)
Cu
(g/ha)
Fe
(g/ha)
Mn
(g/ha)
Zn
(g/ha)
Folhas
3,52
124
11
83
52
17
15
162
41
48
380
87
Ramas
4,87
85
12
56
75
16
13
114
41
65
162
57
Raíz
0,74
12
1,5
6
24
1,5
1,2
18
9
10
35
11
Raíz tuberosa**
6,29
129
16
81
23
7,5
9,8
84
52
61
136
82
Total
15,42
350
40,5
226
174
42
39
378
143
184
713
237
** Exportado pela colheita (corresponde 24 t/ha de raízes tuberosas)
Tabela 2. Marcha de absorção de nutrientes e produção de massa de matéria seca em batata-doce, da cultivar Canadense, por ocasião da colheita.
Fonte: Echer et al. (2009a).
A Tabela 3 apresenta a quantidade de cada macro e micronutriente exportada pela colheita das raízes tuberosas tanto para a finalidade de mesa quanto para a produção de etanol a partir de batata-doce. Nota-se que os valores são muito próximos e a diferença existente é atribuída à produtividade. Portanto, se a finalidade da produção for mesa ou produção de etanol, o fator a ser considerado é a expectativa de produtividade. Isso não significa que para obter 30 t/ha de raízes tuberosas o produtor deva adubar a área com 130 kg/ha de N. Há de se considerar o potencial de resposta a adubação com cada nutriente (ex. cultura anterior; fertilidade do solo; disponibilidade hídrica etc.).
Fonte
Finalidade da produção
Produti-
dade
t/ha
N
(kg t-1)
P
(kg t-1)
K
(kg t-1)
Ca
(kg t-1)
Mg
(kg t-1)
S
(kg t-1)
B
(g
t-1)
Cu
(g t-1)
Fe
(g
t-1)
Mn
(g
t-1)
Zn
(g
t-1)
Echer et al. (2015)
Etanol
21
4,38
0,6
4,12
0,51
0,29
0,17
2,2
5,9
17,4
3,9
3,3
Echer et al. (2009a)
Mesa
24
3,38
0,67
3,38
0,96
0,31
0,40
3,5
2,1
2,54
5,67
3,42
Tabela 3. Quantidade de nutrientes exportada pela colheita de uma tonelada de raízes tuberosas de
batata-doce da cultivar Canadense para produção de etanol ou de mesa.
O acúmulo diário de N em plantas de batata-doce é de menos de 1,0 kg/ha aos 50 dias após o transplantio (DAT) com crescimento exponencial até o momento da colheita, cujo acúmulo diário é de cerca de 3,5 kg/ha de N aos 145 DAT (Figura 3). A curva de acúmulo de K é semelhante ao N, porém em quantidade inferior, cerca de 2,6 kg/ha ao dia de K. Quanto ao P, o acúmulo máximo atingido foi de 0,5 kg/ha ao dia. Por ser habitualmente uma planta de ciclo perene, a batata-doce continua vegetando e absorvendo nutrientes do solo, e isso explica as curvas obtidas na Figura 3.
Figura 3. Acúmulo diário de nutrientes na planta de batata-doce (parte aérea + raiz tuberosa). Uma prática de manejo importante a ser considerada, observando-se a Figura 3 é o momento da colheita, pois se o produtor mantiver a cultura no campo após o momento ideal de colheita, haverá acúmulo e exportação desnecessários, principalmente de N e K, e em solos pobres, onde geralmente é cultivada a batata-doce, isso pode contribuir para a redução da fertilidade do solo, o que acarretará na elevação dos custos de produção na próxima safra.
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Adubação orgânica
Adubação orgânicaA adubação orgânica fornece nutrientes para a batata-doce e aumenta a aeração do solo, facilitando o crescimento lateral das raízes tuberosas e diminuindo a formação de raízes tortuosas. Além disso, a adubação orgânica libera os nutrientes no solo de forma gradual a medida que o composto orgânico vai sendo degradado no solo.
Diversos resíduos orgânicos podem ser utilizados como adubo orgânico, tais como esterco bovino, esterco de aves, esterco de porco, torta de mamona, entre outros. Esses resíduos podem ser aplicados diretamente na área a ser cultivada com batata-doce antes do preparo do solo e serem incorporados logo em seguida com as operações de aração e gradagem. Entretanto, para que os resíduos orgânicos sejam utilizados de forma mais eficiente no cultivo da batata-doce o ideal é que eles tenham sido “curtidos” ou compostados, pois assim, eliminam-se problemas com a germinação de sementes de plantas daninhas e a presença de alguns patógenos. Para compostar o material orgânico deve-se formar pilhas com ele no chão, manter essas pilhas de resíduos úmidas, fazer o revolvimento delas a cada dois ou três dias, sendo que ao final de aproximadamente 30 dias será obtido o composto orgânico (esterco curtido) pronto para uso. Esse composto pode ser misturado ao solo das leiras durante a sua confecção ou ser aplicado em filete contínuo sob as leiras com equipamento tratorizado que realiza as operações de aplicação do composto e levantamento da leira simultâneamente. Em solos arenosos e pobres em matéria orgânica pode-se utilizar entre 10 t/ha e 30 t/ha de esterco bovino curtido (Casali, 1999; Silva et al., 2002; Oliveira et al., 2005). No caso do esterco de aves curtido pode-se utilizar a dose de 2,5 t/ha. Quando se utilizada essas doses de esterco, a dose de N mineral deve ser reduzida pela metade, ou mesmo não ser incluída na adubação da cultura, principalmente em solos com teores mais elevados de matéria orgânica.
A adubação orgânica utilizando adubos verdes também é uma opção interessante. A adubação verde com mucuna-preta (Mucuna aterrima), crotalária (Crotalaria juncea), feijão de porco (Canavalia ensiformis) e guandu (Cajanus cajan) têm proporcionado resultados satisfatórios para a batata-doce cultivada em sucessão. Nesse sistema, os adubos verdes podem ser semeados no início da estação chuvosa e quando atingirem a fase de florescimento devem ser incorporados ao solo para que a batata-doce possa ser plantada logo em seguida. A incorporação dos adubos verdes pode ser realizada de diversas formas a depender a disponibilidade de equipamentos que o agricultor tem em sua propriedade. Como exemplo, pode-se fazer a roçagem da biomassa vegetal, seguida da incorporação com grade e posterior levantamento das leiras para o plantio da batata-doce. Em solo arenoso do estado de São Paulo o cultivo de batata-doce em sucessão ao cultivo de mucuna-preta e crotalária (Crotalaria spectabilis), entre os meses de setembro e dezembro, reduziu em 37,5% a necessidade de aplicação de N mineral na batata-doce (Fernandes et al., 2018), demonstrando que além dos benefícios para o solo, a adubação verde é uma opção interessante para economizar fertilizantes minerais.
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