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Manejo da agrobiodiversidade

A domesticação de espécies

A domesticação de plantas e animais pelo ser humano, por meio de seleção artificial, o levou a adaptar, perpetuar e difundir diferentes espécies, transformando-as em variedades úteis à sua sobrevivência e aos aspectos ligados a sua cultura (alimentação, artesanato, medicinal, rituais).

Nesse contexto, o trabalho junto a povos tradicionais contribui para o esforço do entendimento da história de transformação e da domesticação dessas espécies, uma vez que muitas dessas populações ainda mantêm tradições, rituais, formas de manejo e uso de plantas e animais que remontam aos de seus antepassados.

O manejo da agrobiodiversidade nos sistemas agrícolas tradicionais (SATs) é uma forma de proteger o conhecimento cultural associado a essas práticas, que é passado de geração em geração e é essencial para a autonomia alimentar das comunidades. Por isso, os SATs desempenham um papel crucial na conservação da agrobiodiversidade, garantindo tanto a sustentabilidade ambiental quanto a manutenção de práticas agrícolas que valorizam a diversidade e a resiliência.

Exemplos de formas de manejo tradicional da agrobiodiversidade:

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Curiosidades

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As populações tradicionais possuem muitas particularidades e tradições, gerando um grande e rico universo cultural. Confira alguns exemplos dessa riqueza cultural:

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Como o extensionista pode trabalhar melhor com a agrobiodiversidade? 

O extensionista rural pode

O extensionista rural pode desempenhar um papel fundamental no apoio e no fortalecimento da agrobiodiversidade em sistemas agrícolas tradicionais ao trabalhar de forma colaborativa com as comunidades, valorizando seus conhecimentos locais e promovendo práticas sustentáveis que respeitem a diversidade agrícola. Para melhorar seu trabalho com a agrobiodiversidade nesses sistemas, algumas abordagens incluem:

*Obs: clique nas caixinhas abaixo para ler as respectivas descrições.

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O extensionista deve reconhecer e respeitar o saber ancestral dos agricultores tradicionais, que possuem um entendimento profundo sobre suas práticas agrícolas e o manejo da biodiversidade. Isso significa atuar como um facilitador do diálogo entre o conhecimento científico e os saberes locais, promovendo um intercâmbio de experiências que valorize ambas as perspectivas.

A agroecologia é uma abordagem que valoriza a diversidade de espécies e as interações ecológicas nos sistemas agrícolas. O extensionista pode incentivar práticas agroecológicas, como o policultivo, a rotação de culturas e o uso de adubos orgânicos, que são compatíveis com a preservação da agrobiodiversidade e com a melhoria da saúde do solo e dos ecossistemas locais.

As sementes crioulas, que são adaptadas às condições locais e preservadas pelas comunidades, são essenciais para manter a diversidade genética. O extensionista pode incentivar a troca de sementes entre agricultores e a criação de bancos comunitários de sementes, protegendo-as contra a contaminação por transgênicos e a dependência de sementes comerciais.

Promover a diversificação das culturas é uma estratégia para aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas frente a pragas, doenças e mudanças climáticas. O extensionista pode orientar os agricultores sobre como integrar diferentes espécies e variedades em suas práticas agrícolas, preservando a agrobiodiversidade e reduzindo a dependência de monoculturas.

Oferecer capacitação técnica e educação continuada sobre manejo sustentável da agrobiodiversidade é uma função importante do extensionista. Isso pode incluir treinamentos sobre o uso de técnicas de conservação do solo, o controle biológico de pragas e o fortalecimento da saúde dos ecossistemas agrícolas.

O extensionista pode ajudar as comunidades a fortalecer suas cadeias de comercialização, promovendo feiras de produtos agroecológicos e formas de comércio justo que valorizem a diversidade agrícola e os alimentos tradicionais. Isso contribui para a sustentabilidade econômica das comunidades, ao mesmo tempo em que preserva a agrobiodiversidade.

Um extensionista eficiente atua também como ponte entre as comunidades e as políticas públicas que podem apoiar a preservação da agrobiodiversidade. Ele pode orientar os agricultores sobre programas de apoio governamental, como os voltados para a agricultura familiar, agroecologia e conservação de sementes crioulas.

Ao adotar essas abordagens

Ao adotar essas abordagens, o extensionista colabora de forma ativa para fortalecer os sistemas agrícolas tradicionais, promovendo a agrobiodiversidade e a sustentabilidade, enquanto respeita e valoriza o conhecimento e as práticas locais das comunidades rurais.

Vídeos

Casa do Kukurro: plantio da mandioca da etnia Wauja

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Documentário Quilombo Kalunga

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Habitantes antigos da Chapada dos Veadeiros e região, o povo Kalunga tem amplo conhecimento no manejo da terra, uso e preservação da biodiversidade. O documentário é um pequeno apanhado da história do Quilombo Kalunga, de parte de sua cultura, saberes, tradições e Sistemas Agrícolas Tradicionais.

Caiçaras: um povo que vive da pesca artesanal e da roça

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Conheça o documentário "Caiçara - às margens do Brasil", de Guilherme Rodrigues, que revela a vida de um povo que vive da pesca artesanal e da roça em uma faixa do litoral brasileiro.

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Publicações

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capa - publicação - Revista do Museu USP

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Confira tradição cultural com forte impacto na diversidade alimentar manejada por indígenas do Xingu: a “casa do Kukurro” e as variedades de mandioca (Manihot esculenta Crantz). Preservar a diversidade cultural de populações tradicionais é importante, dentre outras razões, por guardarem formas de manejo singulares e desconhecidas em temas amplamente estudados.

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Publicado: 18/02/2025