Várias comunidades têm se organizado em associações ou cooperativas para viabilizar projetos de produção, extrativismo sustentável, escoamento e comercialização, buscando integrar o uso e a conservação da biodiversidade com atividades de geração de renda.
Cadeias produtivas
As cadeias produtivas da sociobiodiversidade são sistemas integrados e constituídos por atores interdependentes. Envolvem processos de educação, pesquisa, manejo, produção, beneficiamento, distribuição, comercialização e consumo de produtos e serviços. Nos sistemas agrícolas tradicionais (SATs), essas cadeias produtivas fortalecem a identidade cultural, a incorporação de valores e os saberes locais, trazendo benefícios para todos os envolvidos e ao próprio meio ambiente.
A organização social das comunidades e dos produtores apresenta desafios para viabilizar oportunidades dentro do cenário da bioeconomia atual. As principais demandas são:
- capacitação técnica;
- acesso ao crédito;
- assistência técnica qualificada;
- investimento em infraestrutura e tecnologias (sociais, digitais, biotecnológicas, máquinas e implementos agrícolas);
- agregação de valor às cadeias produtivas.
Atividades coletivas
Uma das características mais relevantes das comunidades tradicionais é a mobilização coletiva conhecida por “mutirão”, para executar, ao longo de um ou mais dias, uma determinada tarefa a fim de beneficiar uma família específica ou a própria comunidade. A palavra "mutirão" origina-se do termo tupi moty'rõ, que significa "trabalho em comum". Estas mobilizações se baseiam na ajuda mútua prestada gratuitamente, em que todos colaboram, num sistema de rodízio sem hierarquia. Em outras palavras, é uma ajuda mútua entre as famílias para a realização de atividades que demandam mão-de-obra superior à capacidade familiar.
Uma população tradicional conhecida por seus mutirões são os caiçaras. A manutenção da prática dos mutirões é fundamental pois traz embutidos os conceitos de cooperação, convivência e desenvolvimento coletivo. Por outro lado, favorece a preservação e manutenção de tradições culturais e folclóricas com vários benefícios para estas comunidades, pois asseguram a autodeterminação e a identidade cultural, além de promover a inclusão social e o fortalecimento da comunidade.
Dentre as atividades dos caiçaras que requerem trabalho em grupo para garantir o número de pessoas para empreitadas que empregam grande força de trabalho, podemos mencionar algumas:



Curiosidade: Fandango
Os mutirões realizados pelos caiçaras ainda mantêm as características tradicionais de o beneficiado pelo mutirão fornecer o alimento, como um almoço ou jantar, e, após a realização do trabalho, propiciar momentos de confraternização com a organização de um baile de Fandango.
Vídeos
Fandango caiçara
O vídeo fala de um tipo de bem que não pode ser tocado nem mensurado: o Patrimônio Cultural Intangível. E apresenta o Fandango Caiçara, reconhecido pelo IPHAN em 2012 como patrimônio cultural brasileiro.
A história da pesca caiçara
A cultura caiçara se desenvolveu no litoral do Estado de São Paulo desde o século XVI. Herdando a técnica das populações indígenas, os caiçaras pescaram por séculos utilizando a pesca de cerco ou cercado, uma grande armadilha feita de taquara, onde o peixe entrava e não conseguia mais sair.
Pesca da tainha
Documentário sobre a pesca da tainha: dia a dia dos pescadores nas mais diversas modalidades de pesca da tainha.
Você sabe o que é a "pesca de cerco"?
A pesca artesanal é fundamental para a segurança e soberania alimentar, economia local e geração de renda para muitas famílias caiçaras, quilombolas e indígenas da região da Bocaina. O cerco fixo flutuante é uma das principais técnicas pesqueiras utilizada na região.
As canoas e a resistência da comunidade caiçara
Este vídeo mostra como a canoa é um símbolo de identidade e resistência para comunidades caiçaras no litoral Sudeste do Brasil.
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Documentário sobre a pesca da tainha: dia a dia dos pescadores nas mais diversas modalidades de pesca da tainha.
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A cultura caiçara se desenvolveu no litoral do Estado de São Paulo desde o século XVI. Herdando a técnica das populações indígenas, os caiçaras pescaram por séculos utilizando a pesca de cerco ou cercado, uma grande armadilha feita de taquara, onde o peixe entrava e não conseguia mais sair.
Fandango caiçara
O vídeo fala de um tipo de bem que não pode ser tocado nem mensurado: o Patrimônio Cultural Intangível. E apresenta o Fandango Caiçara, reconhecido pelo IPHAN em 2012 como patrimônio cultural brasileiro.