O quilombo Kalunga é o maior quilombo da atualidade. Ele tem sua origem no século XVII na região de Cavalcante, no estado de Goiás, na região central do Brasil. |


O nome "Kalunga" deriva de uma palavra do idioma banto, que significa "pessoa livre" ou "santuário".

As comunidades Kalunga estão situadas nas serras, em uma região de difícil acesso, com vales e matas densas. Essa localização foi estratégica para a proteção contra possíveis invasões, mas gerou a necessidade de se adaptarem à região e ao ambiente para serem autossuficientes.

O único item que era totalmente dependente de obtenção externa era o sal. Para isso tinham que fazer expedições arriscadas para conseguir trocar os bens que eles produziam, como tecidos, rapadura, farinha, entre outros, por sal.

Os Kalungas preservam suas tradições culturais, expressas por meio de música, dança, culinária, práticas religiosas e uma linguagem com mistura de um dialeto característico.

Os Kalunga desenvolveram formas de subsistência baseadas na agricultura, criação de gado e práticas extrativistas. A comunidade valoriza a sustentabilidade e a preservação ambiental em suas atividades econômicas.

Nas últimas duas décadas tem crescido muito o turismo (tanto o turismo de paisagem, como o cultural), sendo hoje uma grande fonte de renda para a região, permitindo inclusive uma maior fixação dos jovens em seu território.

O reconhecimento dos quilombos Kalunga foi oficializado pelo governo brasileiro, garantindo direitos específicos, como a posse de terras. Mas, parte do seu território ainda não está homologado.

Assim como outras comunidades quilombolas, os Kalunga desempenham um papel significativo na preservação da história e cultura afro-brasileira, contribuindo para a diversidade e riqueza do patrimônio cultural brasileiro. |

Imagens:
Fábio de Oliveira Freitas
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