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  1. Diferentes preparos de mandioca e impacto nas variedades
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Formas distintas de preparo de mandioca entre os indígenas Yawalapiti e Kayabí e o impacto na seleção de variedades 

A ação humana impacta processos evolutivos e isso pode ser observado através das diferenças no preparo da mandioca para consumo, após sua colheita.

No Território Indígena do Xingu, as mandiocas plantadas são do tipo brava, com alto teor de ácido cianídrico (HCN), tóxico e mortal se consumido sem a adequada preparação. Ao longo do tempo, os indígenas desenvolveram estratégias de manejo distintas para eliminar este veneno.

Os Yawalapiti (tronco linguístico Aruaque) pegam a raiz da mandioca, ralam, lavam e passam num tipo de peneira, produzindo um caldo, que pode ser usado para a produção de uma bebida/mingau.

O caldo é cozido por horas, evaporando assim o veneno. Também produzem polvilho para fazer um tipo de pão, chamado biju.

Já os Kayabi (tronco linguístico Tupi) usam outro método: colhem a mandioca, transportam as raízes da roça até a beira do rio e as deixam imersas na água por dois a três dias. 

Ao retirá-las, as raízes estão praticamente desmanchando, muito moles. Eles pegam aquela massa e prensam no chamado tipiti para escorrer o líquido. Essa massa é então assada, produzindo, por exemplo, farinha.

Ao longo do processo de coevolução agricultor–mandioca, os Yawalapiti selecionaram variedades consideradas macias, pela facilidade de se ralar.

 

Já para os Kayabí, a variação na maciez não tem influência, já que no seu processo de preparo da raiz ela é deixada dentro d'água, fazendo com que a mandioca se desmanche.

Ou seja, enquanto para uma comunidade a característica “maciez” é um fator de seleção, para a outra esta não interfere diretamente. 

Esse é um exemplo de seleção cultural, ou seja, variedades diferentes evoluindo de forma distinta em uma mesma região.

Por isso, ao introduzir alguma espécie, variedade ou processo em uma comunidade tradicional, é importante perceber se não irá interferir ou se sobrepor à cultura local e costumes tradicionais daquele povo.

Imagens:

Fábio de Oliveira Freitas

 

 

 

 

 

 

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