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Substituição de copa em cajueiro
Substituição de copa em cajueiroA substituição de copa é uma técnica utilizada para renovar e recuperar pomares improdutivos. O procedimento consiste na remoção da parte aérea da planta, preservando as suas raízes e parte do tronco, e substituição por plantas de alta produção, por meio de enxertia nas brotações que emergem após o corte.
Na cajucultura, a técnica é recomendada para substituir a copa de plantas de cajueiro comum ou anão, formadas a partir de sementes ou mudas de pé franco (cajueiro-comum), e a copa de clones ultrapassados ou indesejados, por clones mais produtivos, resistentes a pragas e doenças e adaptados às condições ambientais das áreas de cultivo.
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Decapitação das plantas
Decapitação das plantasDecapitação das plantas
A época para decapitação (corte) das plantas deve ser planejada, para coincidir com a floração do cajueiro, uma vez que a enxertia das brotações dos troncos está condicionada à oferta de propágulos (ramos florados). Como na região Nordeste o cajueiro floresce em diferentes épocas, o produtor deve estar atento ao período de floração dos jardins clonais do seu estado, para garantir a disponibilidade de propágulos quando as brotações estiverem áptas para a enxertia.Para assegurar a coincidência da existência de propágulos no momento adequado para realização da enxertia, recomenda-se começar o corte das plantas cerca de três meses antes do início da floração e encerrar o procedimento três meses antes do final desse período. No Ceará, como geralmente a floração inicia em julho e se prolonga até novembro, as plantas devem ser decapitadas entre os meses de abril e agosto. No Piauí e em outros estados produtores onde a floração ocorre mais cedo, o corte das plantas deve ser antecipado.
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Defensivos agrícolas
Defensivos agrícolas[294] Dos produtos registrados paro uso em cajueiro, apenas o enxofre é totalmente inócuo às abelhas.
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Monitoramento das pragas
Monitoramento das pragas[295] O monitoramento das pragas do cajueiro deve ser baseado em um sistema de amostragem e frequência de observações específicas para cada praga. Para algumas, o nível de controle ou ação é baseado num sistema de amostragem que preconiza o uso de uma escala de notas que variam em função da quantidade de insetos, sintomas ou injúrias. Para outras, o nível de ação é estabelecido em função da desfolha ou de simples porcentagem de plantas ou órgãos atacados. A amostragem deve ser realizada com o operador deslocando-se em zigue-zague, de modo que a área possa ser percorrida em toda a sua extensão. A entrada do operador na parcela deve ser efetuada em pontos distintos para cada avaliação semanal. Em áreas de 1 ha a 5 ha, deve-se amostrar 10 plantas; áreas de 6 ha a 10 ha, 15 plantas, e áreas de 11 ha a 15 ha, 20 plantas. Para plantios com áreas superiores a 15 ha, recomenda-se dividi-los em talhões menores para proceder a avaliação.
[297] O número ou a frequência da amostragem depende da biologia das pragas. As que têm ciclo biológico muito curto exigem amostragens mais frequentes, como, por exemplo, duas vezes por semana. Normalmente, no cajueiro, a amostragem é efetuada a cada 14 dias, quando nada for encontrado na amostragem anterior, e a cada 7 dias, quando houve presença da praga na amostragem anterior. A própria densidade da praga pode mudar a frequência de amostragem. Tem-se como norma, quando uma praga está próxima de seu nível de controle, avaliá-la mais frequentemente. O mesmo critério deve ser usado nos períodos de infestação crítica das pragas. A frequência também pode ser alterada quando se faz pulverização com defensivo. Para verificar sua eficiência e efeito residual, são feitas amostragens normalmente aos 3, 7, 10 e 14 dias após a pulverização.[298] Existem fórmulas matemáticas para se determinar o melhor número de amostras. Na prática, porém, isso é prefixado em 50 ou 100, em se tratando de unidades como plantas, frutos, folhas, etc. No caso da praga estar ocorrendo em focos, ou extremamente esparsa, pode-se aumentar ou diminuir a área a ser amostrada, para melhor avaliação.
[299] Para melhor acompanhar os eventos fenológicos e prever a ocorrência de pragas ligadas à fenologia da planta, bem como a época de produção, alguns aspectos fenológicos podem ser avaliados pelo sistema de notas, como, por exemplo, a ocorrência de brotação nova (BN), de panícula sem flor (PSF) e de panícula com flor (PCF):
0 = sem ocorrência do estádio desejado (BN, PSF, ou PCF).
1 = 1% a 20% do estádio desejado.
2 = 21% a 40% do estádio desejado.
3 = 41% a 60% do estádio desejado.
4 = 61% a 80% do estádio desejado.
5 = 81% a 100% do estádio desejado.
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Amêndoa de castanha-de-caju
Amêndoa de castanha-de-caju[382] A castanha, o verdadeiro fruto do cajueiro, é constituída basicamente de duas partes: a casca e a semente, que é a parte comestível. A casca é formada pelo conjunto epicarpo, mesocarpo esponjoso e endocarpo, enquanto a semente é uma amêndoa revestida por um tegumento – a película. A proporção entre os componentes da castanha é, em média, 67,5% de casca, 2,5% de película e 30% de amêndoa.
[383] A amêndoa da castanha-de-caju possui alto valor nutritivo e apresenta grande variação em sua composição química (Tabela 1). Dados de nove genótipos produzidos pela Embrapa apontam valores médios de 23% para proteínas e de 45% para lipídeos.
Tabela 1. Composição de amêndoas de castanha-de-caju (100 g). Composição Valor Umidade e matéria volátil (g) 2,1 a 8,4 Cinzas (g) 2,7 a 4,2 Lipídeos totais (g) 39,9 a 47,9 Proteínas – %N x 6,25 (g) 17,5 a 33,8 Carboidratos totais (g) 16,0 a 35,4 Fibra alimentar(1) (g) 3,7 Cálcio(1) (mg) 33 Energia(1) (Kcal) 570 -
Pragas e Doenças20/12/2021 Fonte: Embrapa
Sistema de Produção
"Veja mais detalhes sobre todas as pragas e doenças do caju na Árvore do Conhecimento do Caju. A Árvore do Conhecimento do Caju oferece informações sobre a produção de caju, abrangendo as fases de pré-produção, produção e pós-produção, além do acesso a recursos de informação na íntegra.
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Cozimento
Cozimento[398] O cozimento da castanha-de-caju tem as seguintes finalidades:
- O endurecimento da casca, tomando-a friável, para permitir sua abertura por impacto, no processo mecanizado.
- A expansão da casca da castanha, criando uma folga entre a casca e a amêndoa, deixando-a solta para que, no ato do corte/quebra, ela não fique presa na casca e saia inteira.
- A colagem dos cotilédones entre si, assegurando maior percentual de amêndoas inteiras.
- A colagem da película sobre a superfície da amêndoa, o que lhe servirá de proteção contra a contaminação com LCC, o qual pode manchar a amêndoa.
- O sistema de corte semimecanizado permite que a abertura ocorra por meio de um corte reto e liso, sem rasgar ou dilacerar a casca, evitando assim que o LCC, que é corrosivo, espirre sobre o cortador.
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Autoclave e Corte
Autoclave e CorteCorte mecanizado
[396] O corte mecanizado, utilizado nas grandes fábricas brasileiras, foi adaptado do processo Sturtevant, de origem inglesa. As castanhas previamente limpas e selecionadas são submetidas à umidificação por imersão em água em grandes silos, por 5 minutos. Em seguida, são drenadas e ficam em repouso por até 72 horas, quando devem estar com 11% de umidade. Logo após, são levadas para fritura em banho de líquido da casca da castanha (LCC) quente, em temperatura de 200 °C a 220 °C, para tornar a casca mais friável (quebradiça). Nesse banho quente, é extraído cerca de 40% do LCC das castanhas. Para abrir as castanhas (decorticação), elas são arremessadas por pratos giratórios em alta rotação contra chapas montadas na face vertical da máquina, sofrendo um impacto que quebra a casca e libera a amêndoa. As amêndoas com película são levadas para a estufa para posterior despeliculagem, seleção, classificação e embalagem.
[401] Uma dupla de cortadores bem treinados, em oito horas de trabalho, corta entre 140 kg e 160 kg de castanha das classes média ou grande. Entretanto, a produção da mesma dupla cai para menos de 60 kg no caso de castanhas pequenas e miúdas. Portanto, o rendimento depende do tamanho e da qualidade da castanha.
Corte mecanizado
[400] No sistema semimecanizado, os operários trabalham em duplas, um de cada lado da máquina. O cortador opera a máquina mediante movimento simultâneo num pedal e numa alavanca, prendendo a castanha e acionando as lâminas que cortam e separam as duas metades da casca. Colocado à sua frente, o outro operário (tirador) separa a amêndoa da casca, com o uso de faca ou canivete com ponta.
[402] A Embrapa desenvolveu uma máquina pneumática decorticadora de castanha-de-caju (PI 0604152-3A de 19/6/2008), que tem por objetivo a obtenção de amêndoas por meio de impacto pneumático e corte direcionado entre duas lâminas, uma superior e outra inferior, com conformação adequada. O equipamento construído em material metálico (alumínio ou aço) é composto de cilindro, suporte para fixar a alavanca com o garfo do cilindro e bucha do eixo de proteção. A função pneumática é responsável pelo movimento da faca superior para impacto e corte da castanha- de-caju.
[397] As castanhas previamente limpas e selecionadas são submetidas a uma autoclavagem com vapor úmido saturado, utilizando-se pressão a 10 psi (pound square inch) por 15 a 20 minutos. Após o resfriamento, o corte de cada castanha é feito em máquinas de operação manual, providas de navalhas ajustáveis, separando a amêndoa da casca. As amêndoas com película são levadas para a estufa, para posterior despeliculagem, seleção, classificação e embalagem.
Secagem ao Sol
[399] A necessidade de secagem ao sol das castanhas autoclavadas depende do processo de autoclavagem empregado. Naqueles em que as castanhas não aumentam de peso, ou seja, não absorvem água durante o cozimento, basta esperar a castanha esfriar o suficiente para permitir sua manipulação. Por sua vez, naqueles em que a castanha absorve umidade, recomenda-se que elas sejam levadas ao sol para facilitar a operação de decorticação.