Foto: Douglas Levi da Silva Gomes

Manejo de doenças

Manejo de doenças

O cajueiro (comum e anão) pode ser infectado por diversas doenças, causadas por fungos e bactérias, que se manifestam nas diferentes partes da planta. As principais doenças do cajueiro são: oídio, antracnose, mofo-preto, septoriose, bacteriose e resinose.

O uso de clones resistentes e a adoção de métodos de controle químico com produtos registrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e recomendados para essas doenças reduzem os danos à produção do pomar. O controle químico de doenças do cajueiro deve ser feito com orientação de profissional técnico.

Oídio

Oídio

Causado pelo fungo Erysiphe quercicola (sin= Pseudoidium anacardii), o oídio é a doença mais importante da cajucultura no Brasil, ataca diferentes partes do cajueiro e está presente na maioria as regiões produtoras. Os danos causados à produção de castanha e qualidade do pedúnculo são inestimáveis quando a infecção inicia nas flores do cajueiro.

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Sintoma nas folhas e inflorescências

Sintoma nas folhas e inflorescências

Presença de um revestimento semelhante a um pó branco acinzentado (estruturas reprodutivas do fungo) sobre os órgãos atacados.

Sintoma na castanha e pedúnculo

Sintoma na castanha e pedúnculo

Presença de rachaduras de coloração parda nos pedúnculos e coloração em tom de ferrugem na superfície das castanhas.

Sintoma em maturi

Sintoma em maturi

Nos maturis (frutos pequenos) o oídio também se manifesta pela formação de um “pó” branco-acinzentado na superfície dos frutos.

Controle do oídio

Controle do oídio

Recomenda-se o controle químico com aplicação principalmente de produtos comerciais à base de enxofre (elementar ou formulado) ou fungicidas sistêmicos, conforme recomendações do Sistema Agrofit e orientações de engenheiro agrônomo. As pulverizações devem começar no início da floração do cajueiro e ser realizadas com enxofre (três aplicações com intervalo semanal) ou com fungicidas sistêmicos (duas aplicações com intervalo quinzenal). Os clones comerciais de cajueiro-anão apresentam graus diferenciados de tolerância ao oídio, entretanto, o clone BRS 226 tem se mostrado o mais resistente à doença em campo.

Antracnose

Antracnose

Causada por um conjunto de espécies de fungos do gênero Colletotrichum, a antracnose está presente em diversas regiões de cultivo e ataca diferentes partes do cajueiro (folhas, ramos, pedúnculos, maturis e castanhas). Já foi a doença de maior importância econômica para a cajucultura no Brasil, mas a chegada ao mercado de clones de cajueiro-anão resistentes ou tolerantes à antracnose, contribuiu para reduzir os riscos de danos à produção.

Sintomas nas castanhas e pedúnculos (antracnose)

  • Sintomas nas castanhas e pedúnculos
    A antracnose causa manchas escuras e deprimidas (afundamento da superfície) nas castanhas. Já os pedúnculos apresentam lesões escuras seguidas de rachaduras.

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Sintoma nas folhas

Sintoma nas folhas

Presença de manchas de coloração marrom avermelhadas em folhas jovens, que se tornam negras (necrosadas) à medida que estes órgãos atingem a maturidade. Sintomas severos podem causar queda acentuada das folhas.

Sintoma na castanha

Sintoma na castanha

Presença de manchas escuras e deprimidas (afundamento da superfície), que prejudicam a qualidade das castanhas e reduzem o valor comercial do produto.

Sintoma em pedúnculo

Sintoma em pedúnculo

Presença de lesões escuras, seguidas de rachaduras, que prejudicam a qualidade dos pedúnculos e tornam o produto inviável para o mercado consumidor.

Controle da antracnose

Controle da antracnose

Como método de controle cultural recomenda-se a realização de podas para eliminar ramos doentes. O controle químico deve ser feito com aplicação de diferentes tipos de fungicidas disponíveis no mercado, conforme recomendações do Sistema Agrofit e orientações de um engenheiro agrônomo. Além disso, o cultivo de clones de cajueiro-anão com resistência à antracnose, a exemplo do 'CCP 76', pode contribuir com o manejo integrado da doença.

Resinose

Resinose

Causada por diferentes espécies de fungos da família Botryosphaeriaceae, essa doença apresenta uma fase de dormência na planta infectada (sem sintoma). Quando o cajueiro sofre algum tipo de estresse a resinose se manifesta como um cancro no tronco ou em ramos lenhosos e destrói tecidos da planta. A doença é de difícil controle por ser percebida somente quando os sintomas já estão avançados. 

Sintomas: presença de rachaduras nos ramos e caule e acúmulo de resina (goma) no local das lesões. 

Controle: recomenda-se o plantio dos clones resistentes ‘BRS 226’ e ‘Embrapa 51’, em áreas propícias à ocorrência da doença.

(INCLUIR LEGENDA) Foto: Marlon Vagner Valentim Martins.
Foto: Marlon Vagner Valentim Martins

Resinose

Resinose

Causada por diferentes espécies de fungos da família Botryosphaeriaceae, essa doença apresenta uma fase de dormência na planta infectada (sem sintoma). Quando o cajueiro sofre algum tipo de estresse a resinose se manifesta como um cancro no tronco ou em ramos lenhosos e destrói tecidos da planta. A doença é de difícil controle por ser percebida somente quando os sintomas já estão avançados. 

Sintomas: presença de rachaduras nos ramos e caule e acúmulo de resina (goma) no local das lesões. 

Controle: recomenda-se o plantio dos clones resistentes ‘BRS 226’ e ‘Embrapa 51’, em áreas propícias à ocorrência da doença.

Mofo-preto

Mofo-preto

Causado pelo fungo Pilgeriella anacardii, que tem como único hospedeiro o cajueiro, o mofo-preto tem grande importância econômica para a cajucultura, especialmente em áreas do litoral nordestino com cultivo do cajueiro-anão em expansão. Esse tipo de cajueiro é mais susceptível à doença do que o cajueiro-comum.

Sintomas: presença de manchas pretas na superfície inferior das folhas.

Controle: apesar de não existirem fungicidas registrados para controle dessa doença, os fungicidas utilizados no manejo e controle da antracnose também têm efeito sobre o mofo-preto. Alguns clones são moderamente resistentes ao mofo-preto, como o 'BRS 226'.

Sintomas do mofo-preto

Sintomas: O mofo-preto ataca as folhas do cajueiro, causando manchas pardas e pretas, centralizadas na superfície inferior do limbo foliar (onde se distribuem as nervuras).

Foto: Marlon Vagner Valentim Martins

Controle do mofo-preto

Controle: Não existem fungicidas registrados para o controle dessa doença, mas, resultados de pesquisas comprovam que os mesmos produtos recomendados para o controle químico e manejo da antracnose têm efeito sobre o mofo-preto. O produtor deve buscar orientação com profissional
técnico sobre o produto e dosagens mais adequadas para o pomar. Outra recomendação para reduzir riscos de incidência da doença, é o plantio de clones resistentes, como o BRS 226.

Septoriose

Septoriose

A mancha-de-septoria ou septoriose é considerada uma doença secundária para o cajueiro-anão, entretanto, nos últimos anos, a ocorrência tem aumentado em regiões do Nordeste que cultivam os clones 'BRS 189' e 'CCP 76'. 

Sintomas: iniciam com pequenas lesões (1 a 2 mm) nas folhas, que aumentam de tamanho e ganham coloração variando do marrom-escuro ao cinza, no centro. Com a evolução da doença, ocorre o amarelecimento total e queda das folhas.

Controle: não existem fungicidas registrados para o controle da septoriose, mas os fungicidas utilizados no controle da antracnose também têm efeito sobre a doença.

Sintomas da septoriose

Sintomas: Inicialmente surgem pequenas lesões (1 mm a 2 mm de comprimento) nas folhas, algumas com coloração acinzentada no centro. Com a evolução da doença, as folhas tornam-se amarelas e caem.

(INCLUIR LEGENDA) Foto: Marlon Vagner Valentim Martins.
Foto: Marlon Vagner Valentim Martins

Septoriose

Septoriose

A mancha-de-septoria ou septoriose é considerada uma doença secundária para o cajueiro-anão, entretanto, nos últimos anos, a ocorrência tem aumentado em regiões do Nordeste que cultivam os clones 'BRS 189' e 'CCP 76'. 

Sintomas: iniciam com pequenas lesões (1 a 2 mm) nas folhas, que aumentam de tamanho e ganham coloração variando do marrom-escuro ao cinza, no centro. Com a evolução da doença, ocorre o amarelecimento total e queda das folhas.

Controle: não existem fungicidas registrados para o controle da septoriose, mas os fungicidas utilizados no controle da antracnose também têm efeito sobre a doença.

Sintomas da septoriose

Sintomas: Inicialmente surgem pequenas lesões (1 mm a 2 mm de comprimento) nas folhas, algumas com coloração acinzentada no centro. Com a evolução da doença, as folhas tornam-se amarelas e caem.

Controle da septoriose

Controle: embora não existam fungicidas registrados para o controle dessa doença, o mesmo manejo com fungicidas utilizadosno para a antracnose tem efeito na septoriose.

Bacteriose

Bacteriose

A bacteriose ou mancha-de-xanthomonas é causada pela bactéria Xanthomonas citri pv. anacardii e tem se destacado em algumas regiões produtoras no Nordeste brasileiro, que cultivam o cajueiro-anão. A doença ataca diferentes órgãos da planta, incluindo a castanha, compromentendo a produção.

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Sintoma nas folhas e inflorescências

Sintoma nas folhas e inflorescências

Escurecimento de tecidos e encharcamento (aspecto oleoso) em folhas e inflorescências.

Sintoma na castanha e pedúnculo

Sintoma na castanha e pedúnculo

Tanto as castanhas quanto os pedúnculos apresentam tecidos escurecidos e encharcados (aspecto oleoso), podendo também ocorrer rachaduras em pedúnculos.

Sintoma em ramos e caule

Sintoma em ramos e caule

Escurecimento dos tecidos de ramos e caule e acúmulo de resina em ramos e troncos

Controle da bacteriose

Controle da bacteriose

Apesar de não existirem produtos registrados para o controle dessa doença, o manejo utilizado para a antracnose com fungicidas à base de cobre tem efeito sobre a bacteriose. Podas de limpeza para eliminação de ramos doentes também podem ser utilizadas no manejo dessa doença.

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