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No cajueiro, o enxerto é o garfo ou a borbulha retirada da planta matriz. Os enxertos são superpostos na fenda ou janela aberta na base do caule (6 cm a 8 cm do colo) do porta-enxerto que, após a regeneração dos tecidos (pegamento), forma uma única planta. O enxerto forma a copa da nova planta.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 189
Ano: 2015
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Com exceção da estaquia, que ainda não está bem estudada, e dos métodos de encostia, mergulhia e alporquia, que não são economicamente viáveis, o cajueiro se propaga bem por todos os demais processos vegetativos (assexuais). A opção pela enxertia lateral deve-se à maior disponibilidade dos ramos ponteiros terminais e à precocidade com que se pode realizar a enxertia. As opções de propagação por borbulhia (as gemas são retiradas dos ramos florais) e enxertia de topo (necessita de porta-enxertos mais velhos) são viáveis, porém demandam mais habilidade do enxertador e mais tempo de preparo da muda, respectivamente.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 192
Ano: 2015
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Recomenda-se que os garfos sejam oriundos de ramos da periferia da planta que apresentam a brotação das gemas bem no início. Entretanto, os ramos florais também se prestam para esse tipo de enxertia, bastando desbastar o excesso de ramificações que possam ser emitidas para que a muda cresça com haste única.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 195
Ano: 2015
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A partir dos 5 anos de idade, com apenas uma retirada mensal para não estressar a planta, um cajueiro-anão-precoce pode produzir, em média, 200 garfos ou 1.400 borbulhas por ano.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 196
Ano: 2015
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Sim. No sistema de produção de mudas de várias espécies brasileiras, a utilização do solo no substrato vem sendo proibida, em razão de questões ambientais (degradação do ambiente) e fitossanitárias (disseminação de pragas e doenças). Desse modo, muitos viveiros utilizam substratos comerciais, que, na maioria das vezes, são compostos por ingredientes orgânicos. Caso o produtor queira formular seu próprio substrato, ele deverá ter especial atenção na escolha do produto a utilizar. Por exemplo, no caso do esterco bovino, a sua utilização na formação das mudas de cajueiro deve ser muito criterioso, devendo esse material estar bem curtido (coloração escura, textura fina e temperatura amena), pois pode apresentar níveis deletérios de sais, resultando em danos às mudas por toxidez de amônia e ureia, bem como por salinidade. É recomendável que o produtor realize uma análise química do seu substrato antes de sua utilização.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 203
Ano: 2015
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Os porta-enxertos devem ser formados em sacos de plástico de 15 cm de largura, 28 cm de altura e 0,12 mm a 0,15 mm de espessura, de coloração escura, de preferência sanfonados, e com perfurações no terço inferior (máximo de 12 furos). Sacolas de menores dimensões têm apresentado problemas mais frequentes de enovelamento das raízes.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 204
Ano: 2015
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Usualmente as mudas de cajueiro eram produzidas em sacolas de plástico, com volume e peso de substratos muito elevados, o que conferia uma maior dificuldade de manuseio e transporte. Esses substratos eram produzidos com 50% a 100% de solos hidromóficos, que, quando retirados seguidamente pelos viveiristas, de uma mesma área, formavam verdadeiras crateras, provocando desequilíbrio ambiental e poluição.
Devido ao tamanho, volume e peso dos sacos, a quantidade de mudas transportadas em caminhões era muito limitada e encarecia o frete e o preço final da muda. Com a política de expansão da cultura e a modernização dos pomares e, em especial, do cultivo do cajueiro-anão-precoce, houve um grande aumento na demanda por mudas de cajueiro para várias regiões brasileiras. Para que o transporte dessas mudas em grandes distâncias se tornasse mais eficiente, vários estudos foram realizados, sendo que o resultado da produção de mudas em tubetes de 288 cm3 (19 cm de altura, 62 mm de diâmetro superior, 16 mm de diâmetro inferior e com 8 estrias internas) foi considerado satisfatório.
Passou-se, então, dos tradicionais 5,0 kg de solos por mudas para aproximadamente 100 g de solo, além da otimização da área do viveiro, pois, numa mesma área, se pode produzir muito mais mudas em tubetes do que em sacolas plásticas.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 205
Ano: 2015
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Não há resultados científicos que possam afirmar se tal substituição terá os mesmos resultados. Por isso, recomendamos que, antes de qualquer investimento para produção comercial de grandes quantidades de mudas, seja feita uma avaliação comparativa entre os dois recipientes, utilizando-se, em ambos, os mesmos substratos, adubação, irrigação e variedade/clone de cajueiro.
É importante alertar que, mesmo que o custo inicial dos tubetes seja maior do que dos sacos de plásticos, em um empreendimento empresarial e continuado por vários anos, deve-se levar em consideração a relação custo/benefício.
Os tubetes têm maior durabilidade, podem ser reutilizados e são fáceis de manejar e transportar. Além disso, o bom desempenho dos tubetes para produção de mudas de cajueiro dá-se pela existência de estrias em seu interior. Essas estrias evitam o enovelamento da raiz principal, fato comumente observado nas mudas produzidas em sacolas, e com maior número de raízes secundárias, as quais têm maior capacidade de absorção de nutrientes e de penetração nos solos e, consequentemente, de estabelecimento no campo desde que em condições normais de umidade.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 207
Ano: 2015
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O porta-enxerto está apto para a enxertia em sacolas plásticas entre 50 e 60 dias após a semeadura, e em tubetes entre 30 e 35 dias após a semeadura.
O porta-enxerto deve apresentar as seguintes características: haste única e ereta, com altura mínima de 16 cm e máxima de 25 cm, diâmetro de 0,45 cm a 0,50 cm na região do enxerto (6 cm a 8 cm a partir do colo) e, no mínimo, seis folhas verdes, normais e isentas de pragas e doenças.
No caso da enxertia por garfagem, os porta-enxertos selecionados são transferidos para o viveiro coberto com sombrite ou material similar. Na enxertia por borbulhia, os porta-enxertos podem permanecer a pleno sol.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 210
Ano: 2015
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No momento da enxertia, o porta-enxerto é decapitado deixando-o com apenas 3 a 4 folhas. Depois, aos 45 dias após a enxertia, faz-se uma outra decepagem do porta-enxerto, a 2 cm acima do ponto de enxerto, para estimular a brotação.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 209
Ano: 2015
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O Decreto Lei nº 5.153, de 23 de julho de 2004 (Brasil, 2004), que regulamenta o sistema de produção de mudas no Brasil só permite que sejam produzidas, para comercialização, mudas provenientes de materiais que tenham o Registro Nacional de Cultivar (RNC). Algumas espécies foram liberadas desse registro, mas o cajueiro não foi. Portanto, embora suas plantas sejam produtivas, se elas não forem dos clones com registro no RNC (CCP 06; CCP 09; CCP 76; CCP 1001; Embrapa 50; Embrapa 51; BRS189; BRS 226; BRS 253; BRS 265; BRS 274; BRS 275; FAGA 01 e FAGA 11), não estão liberadas para produção e comercialização de mudas.
Decreto nº 5.153, de 23 de julho de 2004. Aprova o Regulamento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM, e dá outras providências. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5153.htm>.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 215
Ano: 2015
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Adquirir mudas em viveiristas credenciados é um bom indicativo de qualidade, mas não uma certeza. Sempre é recomendável a compra de mudas em estabelecimentos credenciados, pois são fiscalizados e cobrados em termos de padrões de qualidade. Também é recomendável que sejam preferidos os viveiristas que tenham ética na produção, pois as fiscalizações são pontuais e detectam somente a verdade daquele momento, expressa no rótulo ou na aparência morfológica das mudas. Entretanto, outras ações como nutrição, manejo de água e fitossanitário, composição de substratos e tecnologia de produção podem embutir problemas que só serão visíveis posteriormente, quando muitas das vezes a muda já se encontra no campo, acarretando prejuízos permanentes por toda a vida do pomar. Para se ter certeza da qualidade das mudas que se está comprando é necessário que se faça um acompanhamento da produção ou se conheça os antecedentes de quem está produzindo.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 217
Ano: 2015
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Uma boa muda de cajueiro deve apresentar as seguintes características:
- Altura de enxertia entre 6 cm e 8 cm do colo do porta-enxerto.
- Boa cicatrização entre as partes enxertadas.
- Caule único e ereto, com, no mínimo, 15 cm de altura e seis folhas bem formadas.
- Ter, no mínimo, 4 meses de idade, contados a partir da semeadura da castanha, que vai dar origem ao porta-enxerto.
- Ser isenta de pragas e doenças.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 218
Ano: 2015
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As plantas emitem brotações em qualquer época do ano em que forem cortadas. Entretanto, como as enxertias são realizadas utilizando-se borbulhas de ramos florais, é necessário que o corte ocorra de 2 a 3 meses antes do período reprodutivo, quando há disponibilidade de propágulos, e as brotações estejam no ponto de receber os enxertos. Normalmente, nas condições do Estado do Ceará, o corte deve ser realizado de abril a agosto, e, do Piauí, de fevereiro a junho.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 229
Ano: 2015
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Depende do porte da planta. Para cajueiros com troncos, cuja circunferência, à altura do corte, esteja entre 0,76 m e 1,09 m, serão gastos, em média, 6 minutos de motosserra por planta, mais 31 minutos de foice para complementar o trabalho.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 231
Ano: 2015
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Sim. A planta cortada atrai, principalmente, brocas do gênero Marshalliusssp. Os insetos adultos colocam seus ovos na base dos brotos novos. As larvas penetram na calosidade formada pelo broto, que morre, tomando a cor preta. O dano causado costuma ser confundido com o da antracnose. O diagnóstico pode ser feito com o auxílio de um canivete, cortando-se a base do broto à procura das larvas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 254
Ano: 2015
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Esse tipo de dano é típico de muitas espécies, vulgarmente chamadas de serra-paus ou serradores. No cajueiro, esse tipo de dano é causado por besouros do gênero Oncideres ssp. (Coleoptera, Cerambycidae). As fêmeas depositam seus ovos em pequenos cortes feitos nos ramos e, em seguida, com auxílio das mandíbulas, fazem um profundo sulco ao redor do ramo, formando uma verdadeira cintura. O ramo morre e cai no solo ou fica pendurado na planta. A larva, que necessita de madeira morta para se alimentar, completa o seu desenvolvimento nesse ramo. Para controlar essa praga, basta recolher sistematicamente os galhos cortados e queimá-los.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 255
Ano: 2015
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Para estimar a redução da área foliar, causada pelos insetos desfolhadores, utiliza-se a seguinte escala:
0 = sem ataque.
1 = 1% a 20% de área desfolhada.
2 = 21% a 40% de área desfolhada.
3 = 41% a 60% de área desfolhada.
4 = 61% a 80% de área desfolhada.
5 = 81% a 100% de área desfolhada.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 263
Ano: 2015
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A praga véu-de-noiva (Thagona postropaea – Lepidoptera, Lymantriidae) é potencialmente perigosa ao cajueiro, sendo ocasionalmente bastante voraz. Ocorre no período chuvoso, principalmente na fase final, próximo ao início da emissão das panículas. O ataque dessa praga reduz a produtividade e atrasa a produção.
O adulto é uma mariposa branca, de 22 mm a 24 mm de envergadura. Quando em repouso, as asas ficam oblíquas sobre o corpo, dando-lhe um aspecto de véu de noiva, daí seu nome popular. Os ovos são esféricos, medindo cerca de 1 mm de diâmetro, com uma depressão no centro, sendo postos em fileira. Logo após a postura, são de cor verde-clara (com ligeira tonalidade amarela), escurecendo com o passar do tempo e passando a apresentar um ponto escuro na depressão, perto da eclosão. Os ovos inférteis permanecem com a cor inicial.
A larva é de coloração verde-clara a verde-escura e mede 30 mm em seu maior tamanho; além disso, tem uma listra amarelada na parte dorsal e apresenta longos pelos laterais. Tem preferência inicial por folhas jovens e tenras. As pupas fêmeas medem de 12 mm a 15 mm e têm cor verde-clara, os machos medem de 10 mm a 11 mm e possuem a mesma coloração das fêmeas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 258
Ano: 2015
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O ataque das pragas desfolhadoras é crítico no início da frutificação. Nessa ocasião, devem ser controladas quando a desfolha atingir 40%. Durante o período vegetativo da planta (época das chuvas), o controle deve ser iniciado quando a desfolha atingir 60%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 264
Ano: 2015
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O controle dessa praga é feito por pulverizações de óleo mineral ou vegetal de uso agrícola, numa concentração de 2%, em duas pulverizações espaçadas de 8 dias. Como os insetos ficam na face inferior das folhas, recomenda-se que a calda seja direcionada para atingir toda a superfície abaxial da folha.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 266
Ano: 2015
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Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:
0 = sem mosca-branca.
1 = poucos insetos.
2 = colônia de insetos e início de mela.
3 = ataque generalizado com mela e início de fumagina.
4 = ataque generalizado com mela e fumagina.
Em um ramo por planta, observa-se a presença de ninfas e adultos envoltos na secreção pulverulenta branca. A mela e a fumagina são observadas na planta como um todo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 267
Ano: 2015
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Denominado irapuá ou abelha-cachorro, o inseto Trigona spinipes (Fabricius, 1793) (Hymenoptera, Apidae) é desprovido de ferrão. O adulto apresenta cor preta, com pernas posteriores marrons e comprimento aproximado de 7 mm. Constrói seus ninhos entre os galhos das árvores. A forma do ninho é aproximadamente globosa. Para a construção do ninho, o inseto utiliza argila, substâncias resinosas e pequenos filamentos fibrosos de vegetais. A cor dos ninhos é marrom-clara ou marrom-escura. O inseto tem o hábito de roer, causando danos à castanha, ao pedúnculo e à casca do tronco do cajueiro.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 293
Ano: 2015
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Sim. O dano causado aos frutos novos pode ser confundido com o ataque da antracnose. Porém, os frutos atacados por percevejo não ficam mumificados, mas macios, quando pressionados. Nos frutos desenvolvidos, a picada forma uma mancha oleosa escura e em depressão, enquanto a mancha da antracnose é seca.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 291
Ano: 2015
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Existem fórmulas matemáticas para se determinar o melhor número de amostras. Na prática, porém, isso é prefixado em 50 ou 100, em se tratando de unidades como plantas, frutos, folhas, etc. No caso da praga estar ocorrendo em focos, ou extremamente esparsa, pode-se aumentar ou diminuir a área a ser amostrada, para melhor avaliação.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 298
Ano: 2015
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Sim. Para melhor acompanhar os eventos fenológicos e prever a ocorrência de pragas ligadas à fenologia da planta, bem como a época de produção, alguns aspectos fenológicos podem ser avaliados pelo sistema de notas, como, por exemplo, a ocorrência de brotação nova (BN), de panícula sem flor (PSF) e de panícula com flor (PCF):
0 = sem ocorrência do estádio desejado (BN, PSF, ou PCF).
1 = 1% a 20% do estádio desejado.
2 = 21% a 40% do estádio desejado.
3 = 41% a 60% do estádio desejado.
4 = 61% a 80% do estádio desejado.
5 = 81% a 100% do estádio desejado.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 299
Ano: 2015
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No agroecossistema do caju, é encontrada uma fauna rica de insetos benéficos (predadores e parasitoides) e microrganismos entomopatogênicos (fungos, vírus, nematoides) controladores naturais dos artrópodes (insetos e ácaros) a eles associados. Para toda praga importante do cajueiro já foi constatado pelo menos um inimigo natural, cujos níveis naturais de controle, a depender da praga e dos seus estádios de desenvolvimento, podem chegar a 90% de mortalidade, como é o caso do minador-da-folha (Phyllocnistis sp.). No entanto, o controle biológico aplicado ainda é incipiente. Foram feitos estudos usando o vírus da lagarta-dos-cafezais e um fungo no controle da broca-da-raiz. Toda a dificuldade advém do fato de que as pragas do cajueiro apresentam comportamento aleatório – não ocorrendo todos os anos, nem em todos os locais – e da impossibilidade de manter os organismos benéficos em estoque, o que implica custos elevados. No entanto, existe outra linha de controle biológico, ainda pouco explorada, que é a conservação da fauna benéfica em cada ecossistema. Preservada ou estimulada, essa fauna ajudaria a manter as pragas em densidade baixa, reduzindo assim seus surtos e os desequilíbrios advindos do clima. Essa técnica envolve práticas agronômicas adequadas que fortalecem as plantas, como a manutenção de áreas de refúgio a distâncias compatíveis, introdução de plantas que favoreçam a fauna benéfica e o uso racional de defensivos agrícolas, procurando usá-los seletivamente, evitando o desequilíbrio.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 300
Ano: 2015
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Deve-se proceder da seguinte forma: em primeiro lugar, o diagnóstico é facilitado quando se trabalha com insetos adultos. Em muitos casos, porém, os causadores de danos são jovens (imaturos) como larvas, lagartas e ninfas. O procedimento mais adequado é levar esses insetos imaturos ao engenheiro-agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que vai criá-los até a fase adulta e enviá-los a um especialista. Como nem sempre isso é viável, sugere-se recolher o maior número possível da praga que está atacando a cultura (cuidado, algumas lagartas são urticantes). Quando o inseto estiver dentro do tecido vegetal como fruto, folha, ramo, etc., deve-se colher todo esse material. Preparar uma solução de aproximadamente 70% de álcool de farmácia 96%, com 30% de água limpa. Colocar os insetos em um frasco de plástico ou de vidro (este deve ser enrolado com esparadrapo, para não quebrar) e preencher com a solução até não haver espaço para bolhas, pois estas danificam os insetos, quando agitadas. Usar frasco pequeno (mais difícil de quebrar), envolvendo-o com jornal e em seguida com vários sacos plásticos. Não enviar insetos envoltos em algodão, pois suas fibras enroscam-se no inseto, quebrando-o durante a retirada. Se possível, matar primeiro as lagartas em água fervendo, antes de colocá-las em álcool a 70%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 301
Ano: 2015
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As principais pragas que não devem ser enviadas ao laboratório em embalagens contendo álcool são: mariposas, borboletas, moscas-brancas e cochonilhas. O envio de amostra para o laboratório requer alguns cuidados básicos. Mariposas e borboletas devem ser mortas com uma leve pressão no tórax e colocadas em envelopes com as asas fechadas. Moscas-brancas e cochonilhas devem ser enviadas junto com as partes vegetais, a seco.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 303
Ano: 2015
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As doenças que ocorrem com maior frequência na fase de formação do porta-enxerto são antracnose (Colletotrichum gloeosporioides Penz), mancha-angular (Septoria anacardii), oídio (Pseudoidium anacardii), mancha de pestalotia (Pestalotipsis guepinii), mancha-castanho (Cylindrocladium scoparium), mancha de alga (Cephaleuros virescens), requeima (Phytophthora nicotiana e P. heveae) e podridões radiculares.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 304
Ano: 2015
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A antracnose em mudas pode ser facilmente controlada com pulverizações semanais preventivas de oxicloreto de cobre (3 g do produto comercial por litro de água). No caso de a doença já estar instalada, a aplicação de um fungicida preventivo não terá mais efeito. Nessa situação, somente um fungicida sistêmico pode recuperar as mudas. O aumento do espaçamento entre as mudas, permitindo uma maior aeração e diminuindo o contato entre as mudas, pode contribuir para a redução da doença. O manejo da irrigação dentro do viveiro também pode contribuir para a redução da doença.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 306
Ano: 2015
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Recentemente, tem-se observado incidências severas de oídio em viveiro, necessitando, portanto, de controle. A aplicação de enxofre reduz significativamente a incidência. O controle da antracnose por meio de pulverizações é suficiente para manter as demais doenças sob controle.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 307
Ano: 2015
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Sim. É a doença mais comum em viveiros de cajueiro. A doença se caracteriza por manchas foliares necróticas, inicialmente marrom-claras, escurecendo depois e causando a queima total e queda das folhas. Às vezes, avança em direção ao caule, podendo causar a morte da muda. O fungo Colletotrichum gloeosporioides é o agente causal dessa doença.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 305
Ano: 2015
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As medidas de controle da antracnose incluem métodos profiláticos, como a limpeza e destruição de restos culturais infectados e a proteção da planta com fungicida à base de oxicloreto de cobre, por meio de pulverizações quinzenais, na dose de 350 g do produto comercial por 100 litros de água na época de lançamento foliar.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 311
Ano: 2015
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A ocorrência do mofo-preto requer elevados índices de precipitação e acentuado número de dias de chuva contínuos, independentemente do estado fenológico do cajueiro.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 315
Ano: 2015
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Trabalhos recentes de seleção de resistência às doenças do cajueiro, desenvolvidos pela Embrapa Agroindústria Tropical, revelaram a existência de plantas com elevados índices de resistência ao mofo-preto, abrindo perspectivas promissoras para a exploração de clones comerciais com resistência a essa doença. Os clones CCP 06, BRS 226, BRS 253 e BRS 275 são resistentes ao mofo-preto.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 317
Ano: 2015
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Sim. Essas verrugas são decorrentes do ataque de uma praga vulgarmente chamada de cecídia (verruga) ou galha-das-folhas-do-cajueiro, cujo nome científico é Stenodiplosis sp. (Diptera, Cecidomyiidae). A fêmea faz a postura internamente no tecido vegetal. Como reação da planta, há a formação de cecídias, vulgarmente conhecidas como verrugas ou galhas, onde vivem as larvas de cor amarelada e sem pernas. Há uma nítida preferência pelas folhas arroxeadas, ricas em antocianina. Folhas severamente atacadas chegam a secar e cair, provocando desfolha. Em plantas novas, o ataque dessa praga pode prejudicar seu desenvolvimento normal. As maiores infestações ocorrem no período de brotação de novas folhas, principalmente em período chuvoso.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 273
Ano: 2015
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Trata-se da broca-das-pontas [Anthistarcha binocularis (Meyrick, 1929) – Lepidoptera, Gelechiidae]. O adulto é uma pequena mariposa que mede de 15 mm a 16 mm de envergadura, de coloração cinza, com asas anteriores esbranquiçadas salpicadas de preto. O inseto faz postura na ponta das inflorescências. Após a eclosão, as lagartas penetram no tecido tenro e movem-se em direção ao centro da medula até a parte lignificada, abrindo galerias de 10 cm a 15 cm de comprimento. Antes de atingir a fase pupal, a lagarta constrói um orifício lateral para posterior emergência do adulto. Essa praga pode ocorrer, esporadicamente, em brotações novas na ausência de inflorescências. Não ataca inflorescências com partes fibrosas, normalmente com flores e maturis (frutos novos). No entanto, a intensidade de infestação é variável em função da época, da região e do ano de ataque, podendo atingir até 100%. A ocorrência dessa praga está relacionada intimamente à fenologia da planta, ou seja, à disponibilidade de inflorescências. Como estas ocorrem com maior frequência no período sem chuvas, é nessa época que se observam os maiores ataques.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 276
Ano: 2015
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Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:
0 = sem ataque.
1 = 1% a 20% das inflorescências com sintomas de dano.
2 = 21% a 40% das inflorescências com sintomas de dano.
3 = 41% a 60% das inflorescências com sintomas de dano.
4 = 61% a 80% das inflorescências com sintomas de dano.
5 = 81% a 100% das inflorescências com sintomas de dano.
A amostragem é feita pela observação dos sinais de danos causados pelo inseto na planta como um todo. O sinal de ataque da broca é caracterizado pela seca da inflorescência, tornando-a curva. Pode ou não aparecer exsudação de goma.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 278
Ano: 2015
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O controle dessa praga é feito por quatro pulverizações em intervalos de 10 dias, na época da floração e início da frutificação, usando produtos à base de deltametrina (ingrediente ativo), na dosagem recomendada na bula de cada produto ou segundo orientação de um agrônomo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 279
Ano: 2015