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Sim. Em cultivos de grandes áreas, a abertura de sulcos de plantio pode proporcionar menores custos com mão de obra, além de se obter maior rendimento de serviço. Para a abertura dos sulcos, utiliza-se o implemento agrícola chamado sulcador, necessitando para tal que o solo esteja úmido. Os sulcos devem ser abertos com largura e profundidade de 40 cm.
Nesse tipo de plantio, pode haver um maior gasto de fertilizantes, pois é recomendável que todo o sulco seja adubado. Entretanto, em virtude de os solos da região produtora ser pobres em nutrientes, essa prática pode possibilitar um maior percentual de área corrigida quando comparada ao volume de solo de uma cova, sendo considerado um investimento em longo prazo.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 106
Ano: 2015
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O plantio das mudas de cajueiro no campo deverá ser realizado após 30 dias do preparo e fechamento das covas ou do sulco. No dia do plantio, na parte central da cova ou do ponto determinado no sulco, abre-se um buraco (coveta) com o mesmo tamanho da embalagem que contém a muda. Posteriormente, retira-se a embalagem e coloca a muda na coveta. Em seguida, fecha-se a coveta com o solo pressionando-o, para que haja maior contato entre o substrato da muda e o solo. Quando as mudas forem provindas de sacolas plásticas, recomenda-se fazer um corte fino no fundo da sacola para a eliminação de possíveis raízes enoveladas no fundo. Ao término do plantio, as mudas deverão ficar com o colo a 3 cm da superfície do solo e ser amarradas a tutores enterrados próximo à planta, prática essa que evita o tombamento.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 108
Ano: 2015
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Após o plantio das mudas no campo, deve-se fazer uma bacia de aproximadamente 60 cm de raio em volta da planta, com o intuito de reter a água aplicada nos primeiros dias após o plantio. Nessa bacia, se possível, recomenda-se, também, utilizar algum tipo de cobertura morta (mulching), que pode ser obtida de materiais vegetais disponíveis na propriedade, como palhadas de capins. Essa prática apresenta as vantagens de diminuir a perda da água do solo por evaporação, manter a temperatura do solo amena e realizar o controle físico das plantas daninhas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 109
Ano: 2015
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Essa poda é realizada nas plantas jovens e consiste na formação de uma copa compacta, com ampla superfície produtiva, com ramos bem distribuídos e livres de entrelaçamento. A formação de copa compacta facilita a mecanização dos cultivos, as operações de adubação, a roçagem do mato e, no caso de cultivo irrigado, a inspeção do sistema de irrigação.
A partir do plantio no campo, o cajueiro jovem deve estar livre de ramificações rasteiras, devendo apresentar ramos laterais a partir dos primeiros 50 cm de altura do caule. A partir dessa altura, deixa-se a planta emitir de forma natural suas ramificações laterais. Após o surgimento dessas ramificações, procede-se, quando necessário, a eliminação de ramos com crescimento anormal e ramos vigorosos que crescem na vertical com poucas ramificações, denominados de ladrões ou chupões, que são improdutivos. Os ramos com crescimento direcionado para o solo também deverão ser removidos. Recomenda-se selecionar de três a quatro ramos laterais distribuídos em diferentes pontos, tanto na posição (altura) quanto no lado (ponto cardeal) da planta para a formação de uma boa copa.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 114
Ano: 2015
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Além da desbrota e da retirada das panículas, em cajueiros jovens recomenda-se também a poda de formação. Nos anos subsequentes, em cajueiros adultos, recomendam-se as podas de manutenção e de limpeza.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 113
Ano: 2015
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A consorciação na cultura do cajueiro é uma boa alternativa para o cajucultor, apresentando inúmeras vantagens, como: gerar alimento, gerar renda paralela, ser ocupadora de mão de obra na época de entressafra, auxiliar o manejo de plantas daninhas, melhorar a estrutura do solo, aumentar o conteúdo de matéria orgânica no solo e, no caso das leguminosas, contribuir para a fixação do nitrogênio. Ademais, o sistema de consórcio faculta ao cajueiro o aproveitamento de resíduos de fertilizantes aplicados nas culturas consorciadas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 120
Ano: 2015
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O custo inicial de um sistema de microaspersão ou gotejamento para o cajueiro-anão-precoce varia de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00 por hectare.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 141
Ano: 2015
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Não. A quantidade de água requerida pelo cajueiro varia de acordo com o clima da região, o sistema de irrigação utilizado, a fase da cultura, a idade e o porte das plantas.
O volume de água a ser aplicado por planta durante o primeiro ano deve variar de 6 L/planta por dia logo após o plantio a 15 L/planta por dia, aos 12 meses de idade.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 144
Ano: 2015
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Em grandes áreas, esse tipo de manejo é comum, por ser mais eficiente e barato. Entretanto, essa prática resulta em efeitos negativos sobre as propriedades e características do solo. A exposição direta do solo à irradiação solar favorece a perda de água do solo para a atmosfera (evaporação), tornando-o mais seco. Do mesmo modo, também ocorre a elevação de sua temperatura, resultando num aumento da velocidade de decomposição da matéria orgânica, com consequente decréscimo na atividade biológica do solo. Ressalta-se, também, que a eliminação da flora nativa poderá resultar em maior incidência de pragas, pois, com poucas espécies de plantas no pomar, é muito provável que os inimigos naturais das pragas não estarão em número suficiente para manter a população destas abaixo do nível de dano.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 132
Ano: 2015
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Sim. É comum e benéfica a utilização de cobertura morta – obtida na roçagem do mato (mulching) ou resíduos de outros materiais, como bagana de carnaúba, casca de arroz ou de café, dentre outros – em torno das mudas recém-plantadas, e mesmo sob a projeção da copa das plantas adultas. Essa cobertura morta forma uma camada protetora sobre o solo, exercendo efeito de controle físico sobre as sementes e a população de plantas daninhas, principalmente as jovens. Ademais, impede ou minimiza a passagem de luz, além de poder liberar substâncias alelopáticas que proporcionam condições adversas para a germinação e o estabelecimento de plantas indesejadas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 128
Ano: 2015
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Em cajueirais novos, deve-se sempre deixar uma faixa lateral livre de, no mínimo, 1 m de distância do cajueiro, pois deve-se evitar qualquer possibilidade de sombreamento e competição por água e nutrientes. O número de linhas da cultura em consórcio, nas entrelinhas do cajueiral, depende basicamente da espécie a ser utilizada no consórcio e do espaçamento entre os cajueiros. No fim do cultivo da espécie em consórcio, recomenda-se que os restos culturais sejam incorporados ou espalhados sobre o solo, promovendo uma boa cobertura, protegendo-o de processos erosivos, bem como dificultando o estabelecimento de plantas daninhas. Além disso, ocorre a incorporação da matéria orgânica ao solo e a reciclagem de nutrientes.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 122
Ano: 2015
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A irrigação localizada (microaspersão ou gotejamento) é o método mais adaptado ao cajueiro-anão-precoce, tendo em vista a economia de água, energia e mão de obra, a possibilidade de aplicação dos fertilizantes via água de irrigação (fertirrigação) e a redução da incidência de doenças e de plantas daninhas.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 139
Ano: 2015
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Na escolha do método de irrigação para o cajueiro-anão-precoce, devem ser considerados os seguintes fatores: adaptação à cultura, tipo de solo, topografia do terreno, qualidade e disponibilidade da água, eficiência de irrigação, custo de aquisição e de manutenção do sistema, consumo de energia e de mão de obra e possibilidade de automação.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 138
Ano: 2015
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As fases em que o cajueiro apresenta maior demanda de água ocorrem durante o florescimento e o desenvolvimento dos frutos. Na região Semiárida, plantas de cajueiro-anão-precoce adultas (após o terceiro ano de cultivo) podem requerer até 120 L/planta por dia nas fases de florescimento e desenvolvimento de frutos. Na região litorânea, essa dotação pode atingir 100 L/planta por dia.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 145
Ano: 2015
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Para que a irrigação do cajueiro-anão-precoce seja economicamente viável, deve-se explorar comercialmente tanto a castanha quanto o pedúnculo, seja para a industrialização ou para a comercialização de frutos de mesa para o consumo in natura.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 135
Ano: 2015
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O cajueiro pode ser irrigado em qualquer horário. A irrigação durante a noite permite reduzir as perdas de água por evaporação e pode ter menor custo, caso o produtor utilize a tarifa de energia horo-sazonal verde. No entanto, a irrigação noturna torna mais difícil a supervisão do funcionamento do sistema de irrigação, principalmente dos microaspersores.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 150
Ano: 2015
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Tanto o excesso quanto a escassez de água podem ser extremamente prejudiciais ao cajueiro. Apesar de ser uma planta tolerante ao estresse hídrico no solo, o cajueiro tem seu desenvolvimento e sua produção reduzida se o deficit hídrico for prolongado. Por outro lado, solos encharcados dificultam a respiração das raízes da planta, o que pode levar à sua morte, e o excesso de chuvas prejudica o pegamento de frutos e favorece a ocorrência de doenças do cajueiro.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 151
Ano: 2015
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Para que o sistema de irrigação funcione adequadamente, é necessário que haja uma boa manutenção. Deve-se checar, pelo menos uma vez por semana, se há problemas de vazamentos, cortes nas linhas laterais e entupimentos dos emissores, os quais devem ser corrigidos imediatamente. Para reduzir o entupimento dos emissores, o sistema de irrigação deve contar com filtros adequados ao tipo de água utilizado e que devem ser lavados com frequência. A pressão de trabalho do sistema de irrigação deve ser verificada diariamente e atender às especificações do projeto. Qualquer problema de pressão (acima ou abaixo da recomendada) pode causar irregularidade de distribuição de água.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 152
Ano: 2015
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Sim. Quando se utilizam sistemas de irrigação localizada, a aplicação de fertilizantes solúveis deve ser feita preferencialmente via água de irrigação (fertirrigação), que proporciona vantagens econômicas para o produtor e melhor desenvolvimento das plantas.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 154
Ano: 2015
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Para realizar a fertirrigação é necessário um ou mais tanques para a mistura (solubilização) dos fertilizantes e um injetor de fertilizantes para injetar a mistura no sistema de irrigação.
Os principais tipos de injetores de fertilizantes são: o tanque de fertilizante, o tubo Venturi, os tubos de Pitot, as bombas injetoras e o sistema que utiliza a sucção da bomba de irrigação. A vantagem dos três primeiros injetores é a facilidade de construção e o baixo preço. No entanto, a precisão de aplicação de adubos químicos e a mobilidade são menores do que por meio da bomba injetora. O fator limitante da bomba injetora é seu maior preço. A maneira mais barata e simples de injeção de fertilizantes é por meio da sucção da bomba de irrigação, mas existem sérias limitações quanto a sua utilização, como alto risco de contaminação da fonte hídrica e corrosão da bomba provocada pela salinidade dos adubos químicos.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 159
Ano: 2015
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Não existem estudos que indiquem qual a melhor frequência da fertirrigação para o cajueiro. No entanto, considerando-se a fenologia da cultura e a dinâmica dos nutrientes no solo, geralmente utiliza-se a frequência de irrigação semanal para a aplicação de fertilizantes contendo nitrogênio e potássio, principalmente nas fases em que as demandas desses nutrientes pela planta são maiores. Fertilizantes contendo fósforo, cálcio, magnésio e micronutrientes podem ser aplicados em intervalos maiores.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 161
Ano: 2015
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A distribuição no campo deve ser feita de forma a reduzir a possibilidade de polinização entre as plantas de um mesmo clone e assim diminuir o efeito da endogamia.
No campo, as plantas poderão ser estabelecidas no espaçamento de 7 m x 7 m, ou outro espaçamento, a depender principalmente das condições do clima e da topografia do terreno. O arranjo espacial é constituído de uma fileira com o clone recomendado para a colheita das castanhas sementes, ladeada por outro clone, ou por dois outros clones, de forma que possa ocorrer também a polinização cruzada.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 175
Ano: 2015
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As castanhas sementes para o plantio devem ser colhidas diariamente. Durante a sua retirada do pedúnculo, deve ser feita uma seleção prévia por meio da eliminação das danificadas, defeituosas, chochas e que apresentem sintomas de ataque de pragas e doenças. Recomenda-se que as castanhas sementes de cajueiro-anão-precoce apresentem peso próximo da média do clone em questão, pois são essas que apresentarão maior taxa de germinação.
Após a seleção das sementes (pós-colheita), elas deverão ser secas para atingir a umidade ideal de armazenamento (11% a 12%) e serem limpas (retiradas de impurezas) antes de serem armazenadas. Quanto ao armazenamento, resultados de pesquisa concluíram que o seu armazenamento de até 5 meses não apresentou problemas na germinação. Já após 14 meses de armazenamento, em recipientes abertos, houve baixa germinação. O recomendável é o armazenamento em câmara fria com 18 °C a 20 °C, o que pode conservar uma boa taxa de germinação por até 3 anos (dependendo do clone).
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 178
Ano: 2015
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Para evitar a salinização do solo, deve-se utilizar água de boa qualidade, fazer um manejo adequado da irrigação, e o solo deve dispor de boa drenagem natural ou um sistema de drenagem. A salinidade da água de irrigação e do extrato de saturação do solo deve ser monitorada pelo menos uma vez por ano, a fim de identificar e prevenir possíveis problemas de salinização do solo. Deve-se evitar o uso na irrigação de águas com valores de condutividade elétrica (CE) superiores a 3 dS/m.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 163
Ano: 2015
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No cajueiro, os métodos de propagação assexuada ou vegetativa mais utilizados são as enxertias por garfagem lateral e por borbulhia.
A enxertia por garfagem lateral é a mais recomendada para o plantio de cajueiro em escala comercial. O método de borbulhia é mais utilizado em épocas em que há escassez de garfos, além de ser o método utilizado no processo de substituição de copa.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 167
Ano: 2015
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Um jardim clonal consiste em um pomar de plantas matrizes geneticamente superiores (produção, qualidade da castanha e do pedúnculo, dentre outros), de um determinado genótipo (clone registrado no Mapa).
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 170
Ano: 2015
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Do mesmo modo em que temos o jardim clonal para fornecimento de propágulos (garfos e borbulhas) para a enxertia, também temos o jardim de sementes, que consiste num pomar, com plantas de um mesmo genótipo, do qual serão colhidas as sementes de boa qualidade e isentas de pragas e doenças para serem utilizadas como porta-enxertos.
Para atenuar o efeito da endogamia quando se planta um único clone, aconselha-se que se plantem dois ou mais clones por pomar, preferencialmente ordenados por fileiras, mas que se colham as castanhas somente das plantas preestabelecidas para a formação do porta-enxerto. Esse conjunto de plantas, que forma o jardim de semente, deve ser isolado de outros genótipos, por distância mínima de 100 m, para não aumentar a variabilidade das castanhas. Também se recomenda que as sementes utilizadas para formação de porta-enxertos sejam oriundas, de preferência, de jardins de sementes constituídos de plantas que apresentem bom aspecto fitossanitário, vigor vegetativo, porte reduzido e produção mínima, por planta, de 400 g de sementes (70 castanhas) no segundo ano.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 174
Ano: 2015
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Dependendo da intensidade da demanda por propágulo e do sistema de plantio, as plantas dos jardins clonais de cajueiro podem ser distribuídas no sistema quadrangular, com espaçamento variando desde 5 m x 5 m a 7,5 m x 7,5 m.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 171
Ano: 2015
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Recomenda-se a utilização de semente de cajueiro somente na formação do porta-enxerto.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 179
Ano: 2015
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Não. Tanto sementes de plantas de pé franco quanto sementes de plantas enxertadas apresentam alta variabilidade genética, o que acarretará em pomares com elevado grau de desuniformidade.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 180
Ano: 2015
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Recomendam-se dois tipos de poda nas plantas do jardim clonal: a poda de limpeza, para retirada dos galhos doentes e secos, e a poda drástica para escalonamento da produção de propágulos. Esse tipo de poda drástica é exclusivo para jardins clonais, não sendo recomendada para pomares comerciais (produção de frutos).
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 172
Ano: 2015
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A poda de escalonamento varia de acordo com os objetivos a serem atingidos. A poda realizada no período de repouso vegetativo do cajueiro, ou seja, logo após a colheita e durante a estação chuvosa induz o surgimento de novos ramos que, após 90 a 120 dias, servirão como garfos para a enxertia por garfagem lateral.
As podas realizadas no início da florada induzem, com 60 a 70 dias, fluxos de ramos florais os quais fornecerão as borbulhas que serão utilizadas para a enxertia em borbulhia. Quando o objetivo é retardar a floração e evitar a frutificação, são recomendas duas podas – a primeira para eliminar as inflorescências, e a segunda para retirar as novas inflorescências. Dessa forma, o lançamento dos ramos produtivos ocorrerá em aproximadamente 100 dias, durante os meses de novembro e dezembro, após o período de floração normal do cajueiro.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 173
Ano: 2015
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O tempo entre a semeadura e a germinação varia de acordo com a temperatura, umidade e estado da castanha semente. As novas, de tamanho médio, são as mais indicadas, pois gastam, em média, de 12 a 20 dias para completar a germinação, podendo alcançar índices de germinação de 98% a 100%.
Resultados de pesquisa mostram que as castanhas sementes têm maior porcentagem de germinação e emergem mais rapidamente a uma temperatura ambiental de 35 °C do que quando submetidas a temperaturas de 25°C, 20°C e 15°C. A 10°C elas não germinam, e a 40°C ocorre diminuição acentuada da germinação e do vigor da plântula.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 182
Ano: 2015
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Não. Acarreta, porém, uma redução de mais de 50% no tempo de emergência da plântula no solo, antecipando os estágios de desenvolvimento da planta. A retirada da casca da castanha não é prática recomendada para viveiros comerciais, pois exigem ambiente bastante controlado, evitando-se altas temperaturas, substratos infectados ou contaminados, bem como excesso de água de irrigação.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 183
Ano: 2015
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As vantagens da enxertia no cajueiro são:
- Assegurar as características da planta matriz e a precocidade na frutificação.
- Reduzir o porte da planta, facilitando a colheita e os tratos culturais.
- Restaurar cajueiros improdutivos pela substituição de copa.
As desvantagens da enxertia são:
- Transmitir inúmeros agentes patogênicos – A enxertia pode ser um meio de transmissão de agentes patogênicos quando as borbulhas ou os garfos são retirados de cajueiros doentes ou devido ao manuseio inadequado durante a prática de enxerto. Entre esses agentes podemos citar os fungos Lasiodiplodia theobromae (causador da resinose), Oidium anacardii (causador do oídio) e Colletotrichum gloeosporioides (causador da antracnose).
- A redução da variabilidade genética dos pomares diminui a capacidade das plantas enxertadas de reagirem às adversidades ambientais.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 185
Ano: 2015
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Sim. Apesar de ser um processo bastante rudimentar, a multiplicação do cajueiro por alporquia é um método viável tecnicamente, mas pouco prático no que se refere à produção em escala comercial e à sobrevivência das plantas em campo em condições de sequeiro. Esse tipo de sistema radicular adventício não é recomendado às condições de solo com baixa capacidade de retenção de água devido a fácil perda de umidade na camada superior do solo.
É um método pouco utilizado em razão da baixa opção, por planta, de ramos aptos e principalmente pela dificuldade de manejo para formação do alporque e para a retirada da muda. Para o cajueiro, só é recomendado quando se deseja obter clones de plantas com alto potencial agronômico sem a interação do porta-enxerto, ou quando for inviável a propagação assexuada por outros métodos.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 187
Ano: 2015
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Sim. Para a produção de mudas com qualidade, recomenda-se que o viveiro fique distante a pelo menos 100 m de pomares ou plantas que sejam hospedeiras de patógenos que possam contaminar as mudas de cajueiro.
Na área do viveiro, também recomenda-se um rigoroso controle do mato (plantas daninhas) e que seja evitada a incursão de animais. Deve ser composto de área coberta e área em céu aberto para a rustificação (aclimatação) das mudas. O piso deve apresentar boa capacidade de drenagem para evitar encharcamento próximo aos canteiros.
Próximo ao viveiro deverá haver uma fonte de água de boa qualidade, uma vez que as mudas deverão ser irrigadas diariamente. Deve-se evitar a formação de mudas debaixo de árvores, para que não sejam infestadas por fungos e pragas.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 198
Ano: 2015
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Os tubetes proporcionam o desenvolvimento radicular das mudas sem o enovelamento da raiz principal, fato comumente observado naquelas produzidas em sacolas, e com maior número de raízes secundárias, as quais têm maior capacidade de absorção de nutrientes e de penetração nos solos e, consequentemente, de estabelecimento no campo desde que em condições normais de umidade. Outras vantagens da produção de mudas em tubetes são o maior rendimento nas operações e a maior eficiência no uso da área, pois os tubetes são mais leves e de mais fácil transporte do que aquelas produzidas em sacolas (uma pessoa pode carregar uma bandeja com 54 mudas de cajueiro em tubetes), e uma simples estrutura metálica com aproximadamente 15 m2 de comprimento pode conter cerca de 1.200 mudas, permitindo uma maior quantidade de mudas produzidas por unidade de área do viveiro. Além de necessitar de menos espaço, também apresenta maiores facilidades operacionais com maior rendimento no plantio, menor custo no transporte e no manejo de viveiro. Entretanto, em mudas com muito tempo de viveiro, dependendo do clone, pode ocorrer a curvatura da raiz pivotante, o que pode acarretar problemas no sistema de plantio, principalmente no de sequeiro.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 206
Ano: 2015
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Não há resultados científicos que possam afirmar se tal substituição terá os mesmos resultados. Por isso, recomendamos que, antes de qualquer investimento para produção comercial de grandes quantidades de mudas, seja feita uma avaliação comparativa entre os dois recipientes, utilizando-se, em ambos, os mesmos substratos, adubação, irrigação e variedade/clone de cajueiro.
É importante alertar que, mesmo que o custo inicial dos tubetes seja maior do que dos sacos de plásticos, em um empreendimento empresarial e continuado por vários anos, deve-se levar em consideração a relação custo/benefício.
Os tubetes têm maior durabilidade, podem ser reutilizados e são fáceis de manejar e transportar. Além disso, o bom desempenho dos tubetes para produção de mudas de cajueiro dá-se pela existência de estrias em seu interior. Essas estrias evitam o enovelamento da raiz principal, fato comumente observado nas mudas produzidas em sacolas, e com maior número de raízes secundárias, as quais têm maior capacidade de absorção de nutrientes e de penetração nos solos e, consequentemente, de estabelecimento no campo desde que em condições normais de umidade.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 207
Ano: 2015
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A borbulhia em placa é um método de enxertia que consiste na justaposição de uma gema (ou borbulha) sobre o porta-enxerto. É em placa, quando a gema é retirada do ramo da planta-matriz (fornecedora de propágulo) na forma de placa elíptica (com casca e um pouco de lenho) e justaposta em uma janela aberta no porta-enxerto, entre 6 cm e 8 cm de altura a partir do colo. Após a justaposição da borbulha na janela, passa-se uma fita de plástico transparente sobre o local, feito preferencialmente de baixo para cima e deixando a gema livre. Para que essa gema não fique exposta ao solo, basta utilizar uma folha do próprio porta-enxerto amarrada no ponto superior da enxertia, onde termina o amarrio. A borbulhia é um método de fácil operação e permite a re-enxertia do porta-enxerto, em caso do não pegamento da borbulha. As mudas propagadas via borbulhia podem ficar expostas a pleno sol, e, por isso, esse método é utilizado na operação de substituição de copa.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 193
Ano: 2015