Resultados da busca
Exibindo 2.052 resultados encontrados
-
Nem sempre. Cada local tem suas características próprias de clima e solo. Como o desenvolvimento das plantas é resultante de sua interação com o ambiente, normalmente o comportamento de um clone pode não ser o mesmo nos diferentes locais. O correto é testar, no local, diversas alternativas de clones para plantio, antes de definir qual o melhor para plantar em maior escala.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 23
Ano: 2015
-
Os clones CCP 76, CCP 09, Embrapa 50, Embrapa 51, BRS 189, BRS 265, BRS 274 e BRS 275 são adaptados a regiões litorâneas e afins; o clone BRS 226 é adaptado ao Semiárido do Piauí e afins, enquanto o BRS 253 é adaptado à região de Ribeira do Pombal, BA.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 29
Ano: 2015
-
Considerando as modernas técnicas da fruticultura, que prioriza o plantio de clones de porte baixo e precoce, o cajueiro-comum não se enquadraria nesse contexto. Entretanto, em razão de suas qualidades (capacidade produtiva individual e peso da castanha), o melhoramento genético vem efetuando a seleção de clones, desse tipo, que apresentem porte médio e adaptabilidade a ambientes específicos. Dependendo também do tipo de exploração comercial, por exemplo, o consórcio entre a cajucultura e a bovinocultura, recomenda-se o plantio de clones do tipo comum.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 37
Ano: 2015
-
Sim. O cajueiro pode ser cultivado em locais com baixas temperaturas, desde que não ocorram por períodos muito longos e não haja geada.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 45
Ano: 2015
-
Sim. Nas principais regiões produtoras do Brasil, quando a umidade relativa supera os 85% no período de florescimento, a umidade do ar torna-se prejudicial à cultura, por favorecer as doenças fúngicas, especialmente a antracnose, e repercute negativamente na quantidade e qualidade das castanhas e do pedúnculo. Por sua vez, umidade relativa abaixo de 50%, durante a floração, pode reduzir a receptividade do estigma e a viabilidade do pólen e provocar queda elevada de frutos pequenos.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 46
Ano: 2015
-
Em zonas sujeitas a fortes ventos (com velocidade média superior a 7 m/s), as plantas jovens devem ser tutoradas de modo a evitar o tombamento. É recomendável, quando possível, utilizar quebra-ventos arbóreos. Na fase de floração e frutificação, as plantas adultas são afetadas pelo ressecamento e queda de flores.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 47
Ano: 2015
-
A seleção de plantas mais produtivas, resistentes às principais pragas e doenças, adaptadas às diversas regiões de cultivo e que apresentem uma maior qualidade de castanha e pedúnculo, de forma a satisfazer às necessidades do setor produtivo, do industrial e dos consumidores, isto é, de toda a cadeia produtiva.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 17
Ano: 2015
-
Do ponto de vista de propagação, obtém-se um clone de cajueiro por meio de simples multiplicação assexuada (normalmente garfagem ou borbulhia) de uma planta, embora essa prática, por si só, não assegure o sucesso de um pomar comercial. Do ponto de vista do melhoramento, é necessário todo um processo de seleção, cruzamento e avaliação, feito por especialistas, visando à recomendação de um clone.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 19
Ano: 2015
-
Sim. O vigor híbrido ou heterose é resultante do cruzamento entre plantas geneticamente diferentes, como os tipos de cajueiros comum e anão, por exemplo, gerando plantas descendentes com desempenho superior à média das plantas pais, para algumas características como: produtividade, número de castanha por planta, porte da planta, peso da castanha e da amêndoa. Desse modo, quanto mais divergentes geneticamente forem as plantas pais, maior a possibilidade de obtenção de plantas superiores. Assim, após a realização dos cruzamentos entre plantas pais geneticamente diferentes e obtenção de plantas descendentes, são identificadas e selecionadas aquelas com características favoráveis. Essas plantas são clonadas, aproveitando-se as vantagens da propagação vegetativa para a fixação dos caracteres e posteriores avaliações.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 18
Ano: 2015
-
Não. Grandes áreas plantadas com o mesmo clone tornam-se muito homogêneas, ou seja, todas as plantas terão as mesmas características favoráveis e, também, algumas desfavoráveis. Como todas as plantas serão iguais (geneticamente uniformes) na resposta aos fatores adversos do ambiente, há um aumento da vulnerabilidade do plantio, principalmente ao ataque de pragas e patógenos. O ideal, portanto, é o plantio de mais de um clone, distribuídos em talhões.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 21
Ano: 2015
-
Os clones atualmente disponíveis são: CCP 76, CCP 09, Embrapa 50, Embrapa 51, BRS 189, BRS 226, BRS 253, BRS 265 (cajueiro-anão-precoce), BRS 274 (cajueiro-comum) e BRS 275 (híbrido – cajueiro-anão-precoce x comum). Além desses, há ainda o clone CCP 06, que é recomendado para a produção de porta-enxerto.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 24
Ano: 2015
-
As plantas devem ter porte baixo, visando facilitar a colheita manual e produzir pedúnculos com as seguintes características: coloração variando de vermelho a vermelho-alaranjado (preferência de mercado), formato piriforme ou maçã, peso entre 80 g e 120 g, textura consistente, sabor doce (mínimo de 10° Brix), baixo teor de tanino (máximo de 0,4) e baixa acidez (0,3 a 0,4).
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 25
Ano: 2015
-
Boa capacidade produtiva da planta (superior a 1.000 kg/ha/ano, em regime de sequeiro), peso da castanha acima de 7 g, relação amêndoa/castanha acima de 25%, amêndoas com cotilédones (bandas) fortemente aderidos e facilidade de despeliculagem.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 26
Ano: 2015
-
O clone BRS 226 é o mais indicado para áreas onde ocorrem a resinose, podendo também ser utilizado o Embrapa 51.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 28
Ano: 2015
-
Sim. Do ponto de vista de mercado, o produto (castanha ou pedúnculo) colhido em pomar formado por mais de um clone não terá problemas em suas características comerciais. No entanto, se a castanha for utilizada para a formação de novos pomares, o produto comercial resultante será muito afetado tanto na produção como nas qualidades industriais.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 30
Ano: 2015
-
Sim, pois as plantas com características fora do padrão comercial, embora ocorram apenas em pomares formados por sementes, só têm valor para a pesquisa. Nesse caso, o produtor poderá contatar uma instituição de pesquisa para providenciar a sua preservação em Banco de Germoplasma.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 39
Ano: 2015
-
O cajueiro apresenta certa resistência (tolerância) à seca. Essa tolerância pode ser sentida apenas em condições de solos profundos e com boa retenção de umidade. O cultivo em regiões de solos rasos e arenosos, com precipitações inferiores a 800 mm anuais, provoca perdas de plantas no ano de plantio e reflexos negativos até a fase produtiva, com complicações no florescimento e frutificação.
As pluviosidades (chuvas) recomendadas são as que variam entre 800 mm e 1.500 mm anuais, distribuídas entre 5 e 7 meses, seguidas de estação seca definida que coincida com as fases de floração e frutificação da planta. Em regiões com precipitações muito elevadas, superiores a 2.000 mm, os solos devem ser drenados, pois a cultura não suporta encharcamento.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 40
Ano: 2015
-
Não se recomenda o plantio do cajueiro nas seguintes condições de solos:
- Solos de baixadas sujeitos a alagamento por períodos prolongados.
- Solos cascalhentos (partículas > 2 mm de diâmetro) que, de modo geral, apresentam uma camada endurecida com concreções ferruginosas e pequena profundidade que impede ou dificulta a penetração das raízes. Por essa razão, plantas de maior porte, como o cajueiro, ficam sujeitas ao tombamento.
- Solos salinos – O cajueiro é sensível à presença de sais, principalmente na fase inicial de desenvolvimento.
- Solos rasos e com afloramento de rochas – Estes solos são impróprios ao cultivo do cajueiro, que possui um sistema radicular bem desenvolvido.
- Solos com lençol freático muito raso (inferior a 2 m) ou muito profundo (superior a 10 m).
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 49
Ano: 2015
-
Os solos cascalhentos (partículas > 2 mm de diâmetro) geralmente apresentam uma camada endurecida com concreções ferruginosas e pequena profundidade que impedem ou dificultam a penetração das raízes do cajueiro. Nessas condições, além da planta ficar sujeita ao tombamento, será bastante afetada em seu desenvolvimento e produção.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 51
Ano: 2015
-
De modo geral, o florescimento do cajueiro-comum varia de 5 a 6 meses, e a época de florescimento depende do período e da distribuição das chuvas.
No Brasil, mais precisamente na região litorânea do Ceará, em anos de chuva regular, o florescimento estende-se de julho a dezembro, mas 85% da produção estão concentrados entre a segunda quinzena de outubro e o final de dezembro.
O período de produção do cajueiro-anão-precoce antecede o do cajueiro-comum (agosto) e tem uma distribuição mais ampla (3 a 5 meses), podendo, sob irrigação, estender-se por todo o ano. Se levar em conta a produção desde o Estado do Piauí até Pernambuco, a safra se estende de maio até fevereiro, dependendo das chuvas.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 54
Ano: 2015
-
Não. Mas, para facilitar os trabalhos, essa operação deve ser feita quando o solo apresentar alguma umidade, pois, quando seco, o trabalho é mais difícil e demorado.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 59
Ano: 2015
-
O gesso agrícola não corrige a acidez do solo, isto é, não altera o pH. Por isso, não substitui o calcário, apenas o complementa, reduzindo a saturação em alumínio nas camadas subsuperficiais de 20 cm a 40 cm.
O gesso é recomendado para solos em que as camadas subsuperficiais apresentam deficiência de cálcio, ou seja, com menos de 3 mmolc/dm3 e conteúdo de alumínio superior a 5 mmolc/dm3 e/ou saturação por alumínio maior que 40%.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 66
Ano: 2015
-
A quantidade de gesso a ser aplicada pode variar de 25% a 30% da quantidade de calcário recomendada, obedecendo a certas características do solo: solo arenoso (argila < 15%) até 500 kg/ha; solo de textura média (argila < 35%) até 1.000 kg/ha; solo argiloso (argila > 35%) até 1.500 kg/ha.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 67
Ano: 2015
-
As leguminosas empregadas como adubo verde devem caracterizar-se por:
- Rápido crescimento inicial para abafar as plantas invasoras e produzir grande quantidade de massa verde.
- Baixa exigência em tratos culturais.
- Resistência às pragas e doenças.
- Disponibilidade de sementes no mercado.
- Grande capacidade de fixação de nitrogênio.
- Fácil incorporação ao solo.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 81
Ano: 2015
-
Dentre as leguminosas no mercado, as que apresentaram melhores resultados foram: feijão-de-porco (Canavalia ensiformis L.), lab-lab (Dolichos lab lab) e feijão-guandu (Cajanus cajan L.), para incorporação nas entrelinhas do cajueiro; e o calopogônio (Calopogonium muconoides L.) utilizado como cobertura do solo sem incorporação.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 82
Ano: 2015
-
A compactação pode ser reduzida pela:
- Diminuição do uso de máquinas pesadas em solos arenosos.
- Restrição na movimentação de veículos e de máquinas no campo.
- Ampliação da superfície de contato máquina/solo, para melhor distribuição do peso.
- Regulagem dos implementos para que apresentem um ângulo de ataque adequado.
- Redução das operações que pulverizem o solo.
- Incorporação dos restos culturais.
- Manutenção do solo sempre coberto, principalmente na fase inicial de desenvolvimento da cultura.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 87
Ano: 2015
-
A concentração da safra ocorre de outubro a dezembro. Esse período coincide com a entressafra dos outros cultivos. Portanto, a produção nesse período é de grande importância para a economia do Nordeste do Brasil, pois constitui uma importante fonte de renda e de ocupação da mão de obra nas regiões produtoras.
As safras do cajueiro no Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte ocorrem nos seguintes meses: Piauí (agosto a novembro); Ceará (outubro a janeiro); e Rio Grande do Norte (novembro a fevereiro). Essa defasagem de um estado para outro permite ampliar o período de oferta de castanha e de pedúnculo, com efeito benéfico em termos de redução de custos com estoque.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 56
Ano: 2015
-
Corretivo de solo é todo produto capaz de corrigir uma ou mais características desfavoráveis ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Dentre os produtos que satisfazem a esses requisitos, encontramos os calcários (os mais utilizados), a cal virgem agrícola, a cal hidratada agrícola, as escórias e o calcário calcinado agrícola. A aplicação ao solo é feita a lanço por meio de máquinas ou manualmente, devendo o produto ser incorporado (misturado) ao solo, a uma profundidade em torno de 20 cm.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 60
Ano: 2015
-
O gesso deve ser aplicado pelo menos 40 dias após a aplicação do calcário, devendo ser distribuído uniformemente sobre o terreno e depois incorporado a uma profundidade de 20 cm a 30 cm.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 68
Ano: 2015
-
Em termos de macronutrientes, o nitrogênio (N) e o potássio (K) são os mais exigidos. Quanto aos micronutrientes, destacam-se: boro (B), cobre (Cu) e zinco (Zn).
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 72
Ano: 2015
-
Plantas jovens de cajueiro são muito sensíveis aos sais solúveis. O esterco bovino, em geral, contém quantidades elevadas de sais e, quando aplicado nas covas, aumenta a salinidade do solo, induzindo ao amarelecimento das folhas.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 69
Ano: 2015
-
Tal suposição não tem fundamento científico, visto que as pesquisas têm mostrado incrementos superiores a 100% na produção de castanha decorrente da aplicação de adubos. Por sua vez, o cajueiro, assim como outras plantas, realiza a ciclagem de nutrientes, processo que consiste no retorno à superfície do solo os nutrientes contidos em sua fitomassa (folhas, pedúnculos, flores e castanha). Contudo, esse processo não é suficiente para atender às exigências nutricionais do cajueiro.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 71
Ano: 2015
-
No primeiro ano de cultivo do cajueiro, recomenda-se adubação apenas com nitrogênio (N) e potássio (K) já que o fósforo foi aplicado à cova antes do plantio. As adubações (nitrogenada e potássica) devem ser divididas em duas parcelas iguais e aplicadas, respectivamente, aos 60 e 90 dias após o transplante da muda para o campo. A adubação fosfatada caso seja recomendada deve ser feita de uma só vez, juntamente com a primeira dose do nitrogênio e potássio (60 dias após o plantio da muda no campo).
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 73
Ano: 2015
-
As folhas devem ter entre 5 e 7 meses de idade, recém-maduras, livres de cloroses e queimaduras nas pontas. A amostragem deve ser feita preferencialmente entre 8 e 10 horas da manhã, coletando-se, na altura média de cada planta selecionada, 12 folhas, 3 em cada ponto cardeal. A amostragem deve ser proveniente de 12 plantas/ha a 20 plantas/ha em pomar com o mesmo material vegetal, mesma idade e mesmo tipo de solo.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 90
Ano: 2015
-
Para a obtenção de sucesso com a cultura, inicialmente é necessário avaliar as condições edafoclimáticas (solo e clima) da região e do local onde se deseja iniciar o cultivo. As condições ótimas para o cultivo do cajueiro são as regiões ou municípios com temperaturas médias anuais entre 22°C e 32°C, alta luminosidade, precipitação anual acima de 1.200 mm, período de estiagem máximo de 3 a 4 meses e altitudes inferiores a 600 m. Variações nesses valores poderão ser aceitas, entretanto o potencial produtivo do cajueiro poderá ser afetado. Algumas regiões do Nordeste brasileiro com altitudes entre 600 m e 800 m e com precipitação anual abaixo de 1.000 mm apresentam pomares com produções satisfatórias.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 95
Ano: 2015
-
O período de plantio mais indicado para o cultivo em sequeiro é aquele que coincide com o início do período chuvoso, enquanto, para o cultivo irrigado, pode-se efetuar o plantio durante todo o ano. No caso da região Nordeste, o Mapa publicou as portarias de no 35 a 43, de 10 de fevereiro de 2011, referentes ao zoneamento agrícola para a cultura do cajueiro. Nessas portarias constam as seguintes recomendações para as épocas de plantio:
- Ceará: entre 1º de fevereiro e 31 de maio (região Norte – incluindo os litorais leste e oeste) e entre 1º de janeiro e 30 de abril (região Sul – Cariri).
- Piauí: entre 1º de janeiro e 31 de março (regiões Sudeste, Sudoeste e Sul) e entre 1º de fevereiro e 30 de abril (região Norte).
- Rio Grande do Norte: entre 1º de março e 30 de abril (regiões de Serra do Mel e Sertão do Seridó) e entre 1º de abril e 30 de junho (região leste Potiguar).
- Pernambuco: entre 1º de abril e 30 de junho (regiões de Buíque e Garanhuns) e entre 1º de abril e 31 de maio (regiões de Igarassu e Goiana).
- Maranhão: entre 1º de janeiro e 31 de maio (região de Barreirinhas) e entre 1º de novembro e 30 de abril (região de Buriti Bravo).
- Bahia: entre 1º de março e 30 de junho (região de Ribeira do Pombal).
- Alagoas: entre 1º de maio e 30 de junho (região de Carneiros).
- Sergipe: entre 1º de abril e 31 de julho.
- Paraíba: entre 1º de abril e 30 de junho.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 96
Ano: 2015
-
Em cajueirais novos, deve-se sempre deixar uma faixa lateral livre de, no mínimo, 1 m de distância do cajueiro, pois deve-se evitar qualquer possibilidade de sombreamento e competição por água e nutrientes. O número de linhas da cultura em consórcio, nas entrelinhas do cajueiral, depende basicamente da espécie a ser utilizada no consórcio e do espaçamento entre os cajueiros. No fim do cultivo da espécie em consórcio, recomenda-se que os restos culturais sejam incorporados ou espalhados sobre o solo, promovendo uma boa cobertura, protegendo-o de processos erosivos, bem como dificultando o estabelecimento de plantas daninhas. Além disso, ocorre a incorporação da matéria orgânica ao solo e a reciclagem de nutrientes.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 122
Ano: 2015
-
O consórcio com animais é bastante comum no Nordeste. Em pomares adultos de cajueiro-comum, no final da colheita das castanhas, normalmente os animais criados na propriedade são soltos na área para se alimentarem dos pedúnculos caídos no chão. Esses pedúnculos são impróprios para o consumo humano, mas servem de alimento para esses animais. No entanto, devido ao porte dos animais, o consórcio com bovinos é recomendado para pomares de cajueiro-comum. A pecuária ovina pode ser consorciada com o cajueiro-anão-precoce após o segundo ano de plantio.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 123
Ano: 2015
-
Não, desde que a área abaixo da copa (onde se concentra o sistema radicular) da planta seja mantida limpa, pois as plantas daninhas ou espontâneas (mato) competem com o cajueiro por água, nutrientes e luz. Do mesmo modo, as mudas recém-plantadas devem ser protegidas dessa concorrência por meio do coroamento ao redor da muda.
Por outro lado, essas plantas podem também, desde que bem manejadas, trazer benefícios ao pomar, seja evitando, pelo sombreamento, a incidência direta dos raios solares no solo, seja diminuindo os efeitos da erosão, seja aumentando a matéria orgânica e reciclando nutrientes.
Outro fato relevante é que várias espécies de plantas espontâneas têm grande importância por fornecerem néctar para as abelhas produzirem o mel, produto de grande importância para os agricultores familiares do Nordeste. Ademais, ao atrair as abelhas, estas também visitarão as flores do cajueiro, realizando a polinização e, por consequência, auxiliando na produção de frutos.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 125
Ano: 2015
-
O cajueiro é mais sensível à competição com o mato (plantas daninhas) na fase inicial de crescimento, isto é, após o plantio das mudas no campo. Por isso, o controle nos primeiros meses após o plantio é uma prática indispensável para o rápido crescimento do sistema radicular e normal desenvolvimento da planta. Nessa fase as plantas daninhas competem por água, nutrientes (adubos) e principalmente por luz, uma vez que algumas espécies de plantas daninhas podem crescer mais que as mudas de cajueiro, sombreando-as, fato que pode prejudicar e atrasar o normal desenvolvimento da planta.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 126
Ano: 2015
-
No período de 2010 a 2012, a produção média anual foi de 137.059,00 t de castanha-de-caju e de aproximadamente 1.233.531,00 t de pedúnculo. Os principais estados produtores foram o Ceará com uma participação de 46,18%, o Piauí com 16,85% e o Rio Grande do Norte com 24,04%.
Nesse mesmo período, a área média colhida no Brasil foi de 758.143 ha de cajueiro. A participação dos principais estados produtores na área colhida foi a seguinte: Ceará com 52,93%, Piauí com 22,35% e Rio Grande do Norte com 16,57%.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 55
Ano: 2015
-
Para se calcular a quantidade de calcário a ser aplicada, é necessário que se tenha o resultado da análise química do solo utilizando-se a fórmula:
NC = CTC (V2 - V1)/10 x PRNT
em que
NC = quantidade de calcário em (t/ha) a ser utilizada,
CTC = capacidade de troca de cátions do solo em (mmolc/dm3),
V1 = saturação por bases calculada (%),
V2 = a saturação por bases desejada (%) que no caso do cajueiro é 70%,
PRNT= poder relativo de neutralização total do corretivo.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 63
Ano: 2015
-
Sim. Porque os solos do Cerrado são, em geral, ácidos e com teores elevados de alumínio trocável (AI+++), além de serem geralmente deficientes em cálcio e magnésio.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 65
Ano: 2015
-
A vantagem do superfosfato simples é que ele contém, além do fósforo (18% de P2O5), de 18% a 20% de cálcio (Ca) e de 10% a 12% de enxofre (S), ao passo que o superfosfato triplo contém apenas de 12% a 14% de Ca e nenhum S.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 75
Ano: 2015
-
O adubo fosfatado deve ser aplicado de uma só vez, de preferência no início da estação das chuvas. O nitrogênio (N) e o potássio (K) devem ser aplicados em seis parcelas, no mínimo, manualmente ou na água de irrigação.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 77
Ano: 2015
-
Os adubos orgânicos curtidos (estercos, compostos, etc.) são considerados os fertilizantes mais completos e equilibrados. A matéria orgânica supre as plantas com elementos nutritivos, reduz as perdas de nutrientes por lavagem dos fertilizantes químicos de elevada solubilidade, favorece o desenvolvimento de microrganismos do solo e propicia melhor agregação das suas partículas melhorando, assim, seu arejamento. Entretanto, para suprir as necessidades de nutrientes das plantas, são necessárias quantidades elevadas de adubos orgânicos, o que inviabiliza seu uso exclusivo.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 79
Ano: 2015
-
O cultivo adensado é considerado uma alternativa para reduzir o prazo de recuperação de parte do capital empregado na instalação e manutenção do cajueiral, pois proporciona rendimentos iniciais elevados e o uso mais eficiente dos recursos, água e nutrientes.
As principais vantagens do adensamento são as maiores produções nos primeiros anos de cultivo, a maximização da utilização da área, maior proteção e sombreamento do solo e possibilidade de excluir plantas mal formadas.
Como principais desvantagens destacam-se o sombreamento dos ramos mais baixos da planta, afetando a produção; a possibilidade de maior incidência de pragas e doenças; a necessidade de podas constantes para evitar o entrelaçamento de copas; e a menor possibilidade de uso da área com cultivos consorciados e máquinas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 103
Ano: 2015
-
Sim. Em cultivos de grandes áreas, a abertura de sulcos de plantio pode proporcionar menores custos com mão de obra, além de se obter maior rendimento de serviço. Para a abertura dos sulcos, utiliza-se o implemento agrícola chamado sulcador, necessitando para tal que o solo esteja úmido. Os sulcos devem ser abertos com largura e profundidade de 40 cm.
Nesse tipo de plantio, pode haver um maior gasto de fertilizantes, pois é recomendável que todo o sulco seja adubado. Entretanto, em virtude de os solos da região produtora ser pobres em nutrientes, essa prática pode possibilitar um maior percentual de área corrigida quando comparada ao volume de solo de uma cova, sendo considerado um investimento em longo prazo.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 106
Ano: 2015
-
Além da desbrota e da retirada das panículas, em cajueiros jovens recomenda-se também a poda de formação. Nos anos subsequentes, em cajueiros adultos, recomendam-se as podas de manutenção e de limpeza.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 113
Ano: 2015
-
Essa poda é realizada nas plantas jovens e consiste na formação de uma copa compacta, com ampla superfície produtiva, com ramos bem distribuídos e livres de entrelaçamento. A formação de copa compacta facilita a mecanização dos cultivos, as operações de adubação, a roçagem do mato e, no caso de cultivo irrigado, a inspeção do sistema de irrigação.
A partir do plantio no campo, o cajueiro jovem deve estar livre de ramificações rasteiras, devendo apresentar ramos laterais a partir dos primeiros 50 cm de altura do caule. A partir dessa altura, deixa-se a planta emitir de forma natural suas ramificações laterais. Após o surgimento dessas ramificações, procede-se, quando necessário, a eliminação de ramos com crescimento anormal e ramos vigorosos que crescem na vertical com poucas ramificações, denominados de ladrões ou chupões, que são improdutivos. Os ramos com crescimento direcionado para o solo também deverão ser removidos. Recomenda-se selecionar de três a quatro ramos laterais distribuídos em diferentes pontos, tanto na posição (altura) quanto no lado (ponto cardeal) da planta para a formação de uma boa copa.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 114
Ano: 2015
-
Sim. É comum e benéfica a utilização de cobertura morta – obtida na roçagem do mato (mulching) ou resíduos de outros materiais, como bagana de carnaúba, casca de arroz ou de café, dentre outros – em torno das mudas recém-plantadas, e mesmo sob a projeção da copa das plantas adultas. Essa cobertura morta forma uma camada protetora sobre o solo, exercendo efeito de controle físico sobre as sementes e a população de plantas daninhas, principalmente as jovens. Ademais, impede ou minimiza a passagem de luz, além de poder liberar substâncias alelopáticas que proporcionam condições adversas para a germinação e o estabelecimento de plantas indesejadas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 128
Ano: 2015
-
Com essa prática, o solo da entrelinha estará protegido da exposição direta e prolongada tanto do sol como das chuvas fortes, evitando sua rápida degradação e erosão. Com o solo protegido, a perda de água dele para a atmosfera também é menor, desse modo o solo com maior umidade poderá disponibilizar mais água às plantas de cajueiro. Ressalta-se também, que, como a maioria dos solos da região produtora é naturalmente pobre em nutrientes, a roçagem do mato seguida de sua posterior decomposição torna-se uma prática importante para aumentar o teor de matéria orgânica nos solos ao longo dos anos.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 130
Ano: 2015
-
Recomenda-se a prática do coroamento, que comumente é realizado por meio de capinas manuais, utilizando enxadas; ou capinas mecânicas, com o uso de máquinas carpideiras. O rendimento médio da capina manual realizada por um homem está entre 120 e 200 covas por dia.
A capina mecânica, realizada com o uso de implementos, apresenta alto rendimento de serviço, com até 10.000 covas por dia. A utilização de capina mecânica é uma operação mais rápida e econômica para grandes áreas, entretanto o uso excessivo de máquinas e implementos pode promover efeitos negativos no solo. Além de expor o solo à radiação solar e às chuvas, o uso excessivo de máquinas favorece a formação de camadas compactadas e/ou adensadas. Ademais, como grande parte das raízes do cajueiro encontra-se nas camadas mais superficiais do solo, o emprego de certos implementos pode causar danos ao sistema radicular da planta.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 131
Ano: 2015
-
Em grandes áreas, esse tipo de manejo é comum, por ser mais eficiente e barato. Entretanto, essa prática resulta em efeitos negativos sobre as propriedades e características do solo. A exposição direta do solo à irradiação solar favorece a perda de água do solo para a atmosfera (evaporação), tornando-o mais seco. Do mesmo modo, também ocorre a elevação de sua temperatura, resultando num aumento da velocidade de decomposição da matéria orgânica, com consequente decréscimo na atividade biológica do solo. Ressalta-se, também, que a eliminação da flora nativa poderá resultar em maior incidência de pragas, pois, com poucas espécies de plantas no pomar, é muito provável que os inimigos naturais das pragas não estarão em número suficiente para manter a população destas abaixo do nível de dano.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 132
Ano: 2015
-
Recomenda-se que o produtor procure um responsável técnico (engenheiro-agrônomo, p.ex.) para identificar quais são as espécies e qual a população de plantas daninhas que se encontra na área, para que posteriormente se decida pela escolha do produto (registrado ou com extensão de uso) a ser aplicado. É necessário que as aplicações sejam realizadas com os devidos cuidados para que o produto não entre em contato com o cajueiro. Nos horários em que for constatada a ocorrência de ventos, a aplicação deverá ser evitada, pois o contato do herbicida com as folhas do cajueiro, por meio da deriva, pode provocar sintomas de fitotoxidez nas plantas adultas, e até provocar a morte de plantas novas. Deve-se, também, estender esses cuidados ao aplicador, que deve estar protegido com o Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 134
Ano: 2015
-
Inicialmente deve-se proceder a escolha das posições das fileiras das plantas de acordo com o espaçamento desejado. No caso das posições das fileiras de plantas, elas são definidas nas extremidades do terreno e alinhadas por meio de tutores. Após a marcação dos locais das fileiras, são delimitados, de acordo com o espaçamento adequado, os locais das covas que receberão as mudas de cajueiro. A partir do início de cada fileira, por meio da utilização de cordas ou de correntes especiais segmentadas que possuem sinais a cada metro, são marcadas as posições das covas de acordo com o espaçamento desejado. Duas pessoas esticam a corda, enquanto outra coloca piquetes de madeira nos locais onde serão as covas. Após todas as posições das covas de uma linha serem marcadas, a corda é deslocada paralelamente para outra linha.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 98
Ano: 2015
-
A escolha do espaçamento correto depende de vários fatores, destacando-se os tipos de cajueiro (comum ou anão-precoce) e, principalmente, de manejo da cultura (mínimo ou intensivo). Quanto mais favoráveis forem as condições de desenvolvimento das plantas (irrigação, adubação, solo, clima) mais amplo deverá ser o espaçamento.
O cajueiro-anão-precoce, pelas suas características de porte baixo e copa compacta, é explorado em sistemas de cultivo de média a alta densidade de plantio (178 a 240 plantas por hectare), enquanto o contrário ocorre com o cajueiro-comum (44 a 100 plantas por hectare).
Os espaçamentos tradicionalmente recomendados para a cultura do cajueiro-anão-precoce são: 7 m x 7 m e 8 m x 6 m para o cultivo em sequeiro; e 8 m x 7 m e 8 m x 8 m para o cultivo irrigado ou para o clone ‘Embrapa 51’. Para o clone de cajueiro-comum ‘BRS 274’, os espaçamentos indicados são de 12 m x 10 m e 11 m x 11 m, e para o híbrido ‘BRS 275’ o mais indicado é o 11 m x 9 m. Nesses espaçamentos, o primeiro valor refere-se à distância entre linhas e o segundo entre plantas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 100
Ano: 2015
-
Segundo algumas pesquisas, a radiação solar exerce influência sobre a produção do cajueiro, sendo comumente observado que um lado da planta pode apresentar maior produção do que o outro. Os lados das plantas que permanecem sombreados durante a maior parte do dia geralmente apresentam as menores produções. Assim, para obter maior eficiência no pomar, deve-se orientar o plantio de modo a favorecer, ao máximo, a incidência da radiação solar nas partes reprodutivas da planta, que, no caso do Brasil, coincide em posicionar as fileiras das plantas no sentido leste-oeste (acompanhando a movimentação do sol).
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 99
Ano: 2015
-
Sim, mas desde que seja num sistema de cultivo intensivo, isto é, com intenso uso de mão-de-obra. Alguns poucos produtores da região Nordeste mantêm pequenos pomares de cajueiro-anão com alta densidade de plantas (≈1.000 plantas por hectare). Nesses casos, o emprego de mão-de-obra é elevado, pois a poda é feita constantemente para evitar o entrelaçamento dos ramos de plantas diferentes, uma vez que plantas ultrapassem 2,5 m de altura. Ademais, para esse tipo de caso, a utilização de irrigação e adubação é quase que indispensável, devido a competição entre plantas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 101
Ano: 2015
-
O plantio das mudas de cajueiro no campo deverá ser realizado após 30 dias do preparo e fechamento das covas ou do sulco. No dia do plantio, na parte central da cova ou do ponto determinado no sulco, abre-se um buraco (coveta) com o mesmo tamanho da embalagem que contém a muda. Posteriormente, retira-se a embalagem e coloca a muda na coveta. Em seguida, fecha-se a coveta com o solo pressionando-o, para que haja maior contato entre o substrato da muda e o solo. Quando as mudas forem provindas de sacolas plásticas, recomenda-se fazer um corte fino no fundo da sacola para a eliminação de possíveis raízes enoveladas no fundo. Ao término do plantio, as mudas deverão ficar com o colo a 3 cm da superfície do solo e ser amarradas a tutores enterrados próximo à planta, prática essa que evita o tombamento.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 108
Ano: 2015
-
Após o plantio das mudas no campo, deve-se fazer uma bacia de aproximadamente 60 cm de raio em volta da planta, com o intuito de reter a água aplicada nos primeiros dias após o plantio. Nessa bacia, se possível, recomenda-se, também, utilizar algum tipo de cobertura morta (mulching), que pode ser obtida de materiais vegetais disponíveis na propriedade, como palhadas de capins. Essa prática apresenta as vantagens de diminuir a perda da água do solo por evaporação, manter a temperatura do solo amena e realizar o controle físico das plantas daninhas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 109
Ano: 2015
-
As podas têm como finalidade estabelecer um balanço entre o crescimento vegetativo e a frutificação. Desse modo, uma poda bem feita proporciona a obtenção de plantas adultas vigorosas e mecanicamente fortes, capazes de suportar a grande produção que delas se espera. Ademais, plantas com adequada conformação de copa facilitam os tratos culturais e os tornam menos dispendiosos, além de tenderem a apresentar melhor estado fitossanitário. Quando não se realiza uma intervenção regular na copa da planta (ausência de poda de manutenção), os pomares adultos estarão sujeitos a problemas graves ocasionados pelo fechamento da copa, como competição por água e luz, diminuição da área foliar e ocorrência acentuada de ramos secos e praguejados, problemas que ocasionarão uma redução drástica na produção.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 116
Ano: 2015
-
A princípio não, pois esse tipo de poda prejudica as futuras produções de frutos. A poda drástica (encurtamento de todos os ramos) é realizada apenas nos campos de matrizes de cajueiro, pois almeja-se a obtenção de estruturas vegetativas para a prática da propagação vegetativa e não a produção de frutos.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 118
Ano: 2015
-
A consorciação na cultura do cajueiro é uma boa alternativa para o cajucultor, apresentando inúmeras vantagens, como: gerar alimento, gerar renda paralela, ser ocupadora de mão de obra na época de entressafra, auxiliar o manejo de plantas daninhas, melhorar a estrutura do solo, aumentar o conteúdo de matéria orgânica no solo e, no caso das leguminosas, contribuir para a fixação do nitrogênio. Ademais, o sistema de consórcio faculta ao cajueiro o aproveitamento de resíduos de fertilizantes aplicados nas culturas consorciadas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 120
Ano: 2015
-
No Nordeste, comumente são utilizados no consórcio culturas anuais de subsistência como o feijão-caupi (Vigna unguiculata), o milho (Zea mays) e a mandioca (Manihot esculenta). Também ocorre o consórcio com abóbora (Cucurbita spp.), melancia (Citrullus lanatus) e maxixe (Cucumis anguria).
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 121
Ano: 2015
-
Na escolha do método de irrigação para o cajueiro-anão-precoce, devem ser considerados os seguintes fatores: adaptação à cultura, tipo de solo, topografia do terreno, qualidade e disponibilidade da água, eficiência de irrigação, custo de aquisição e de manutenção do sistema, consumo de energia e de mão de obra e possibilidade de automação.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 138
Ano: 2015
-
A irrigação localizada (microaspersão ou gotejamento) é o método mais adaptado ao cajueiro-anão-precoce, tendo em vista a economia de água, energia e mão de obra, a possibilidade de aplicação dos fertilizantes via água de irrigação (fertirrigação) e a redução da incidência de doenças e de plantas daninhas.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 139
Ano: 2015
-
O custo inicial de um sistema de microaspersão ou gotejamento para o cajueiro-anão-precoce varia de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00 por hectare.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 141
Ano: 2015
-
Em solos arenosos, o sistema de irrigação por microaspersão é o mais recomendado na irrigação do cajueiro, por permitir umedecer um maior volume de solo por planta em relação ao gotejamento, e uma melhor distribuição do sistema radicular da cultura. Por outro lado, o gotejamento tem a vantagem de não molhar os frutos que caem no solo, permitindo colheitas menos frequentes, caso o principal produto explorado seja a castanha.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 140
Ano: 2015
-
Os resultados de pesquisa obtidos até o momento, no Nordeste brasileiro, apontam o clone CCP 09 como o mais produtivo sob irrigação. No entanto, esse clone apresenta alta susceptibilidade à antracnose, o que requer o controle químico em regiões com condições favoráveis para essa enfermidade. O clone CCP 76, embora menos produtivo que o CCP 09, apresenta melhor distribuição percentual da produção ao longo do ano. Outros genótipos com bom potencial para o cultivo irrigado são os clones BRS 189 e BRS 226, cujas produtividades sob irrigação ainda estão sendo avaliadas.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 142
Ano: 2015
-
Para que o sistema de irrigação funcione adequadamente, é necessário que haja uma boa manutenção. Deve-se checar, pelo menos uma vez por semana, se há problemas de vazamentos, cortes nas linhas laterais e entupimentos dos emissores, os quais devem ser corrigidos imediatamente. Para reduzir o entupimento dos emissores, o sistema de irrigação deve contar com filtros adequados ao tipo de água utilizado e que devem ser lavados com frequência. A pressão de trabalho do sistema de irrigação deve ser verificada diariamente e atender às especificações do projeto. Qualquer problema de pressão (acima ou abaixo da recomendada) pode causar irregularidade de distribuição de água.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 152
Ano: 2015
-
Fertirrigação consiste na aplicação de fertilizantes por meio da água de irrigação.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 153
Ano: 2015
-
A fim de reduzir as perdas de água por evaporação, recomenda-se reduzir o diâmetro molhado dos microaspersores para cerca de 1 m no primeiro ano após o plantio do cajueiro. Em pomares jovens, se possível, a área molhada pelo sistema de irrigação localizada deve aumentar de acordo com o desenvolvimento do sistema radicular das plantas. Em pomares adultos, a porcentagem de área molhada deve ser de no mínimo 30%. Tendo como exemplo um plantio com espaçamento de 7 m x 7 m, na fase adulta, deve-se irrigar uma área de pelo menos 14,7 m2 por planta, ou seja, um raio de aproximadamente 2,2 m a partir do tronco.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 147
Ano: 2015
-
O cajueiro pode ser irrigado em qualquer horário. A irrigação durante a noite permite reduzir as perdas de água por evaporação e pode ter menor custo, caso o produtor utilize a tarifa de energia horo-sazonal verde. No entanto, a irrigação noturna torna mais difícil a supervisão do funcionamento do sistema de irrigação, principalmente dos microaspersores.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 150
Ano: 2015
-
As principais vantagens da fertirrigação na cultura do cajueiro-anão-precoce são o aumento da eficiência dos fertilizantes e a redução de custos. Os nutrientes são aplicados no espaço explorado pelas raízes, em pequenas doses e com maior frequência, de acordo com as necessidades da planta, reduzindo desperdícios e favorecendo o desenvolvimento da cultura. Com a fertirrigação, os custos com mão de obra e maquinaria para distribuição dos fertilizantes na área de cultivo são bastante reduzidos.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 155
Ano: 2015
-
No presente momento, inúmeros fatores têm contribuído para consolidar a enxertia, tanto a lateral como a de topo, como o método mais recomendado na propagação do cajueiro. A riqueza de propágulos disponível, a simplicidade do processo, a compatibilidade entre os enxertos e os porta-enxertos mais utilizados têm gerado bons resultados na produtividade e uniformidade dos pomares, consagrando esse processo como o método mais recomendado para a formação de mudas.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 165
Ano: 2015
-
São três os fatores que poderão impedir a implantação de novos pomares de cajueiro-anão-precoce enxertado:
- Deficiência de jardins clonais legalmente habilitados para o fornecimento de propágulo de qualidade superior.
- Preço elevado da muda enxertada quando comparado às mudas de pé-franco.
- Baixa eficiência dos enxertadores na maioria dos viveiros.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 169
Ano: 2015
-
Dependendo da intensidade da demanda por propágulo e do sistema de plantio, as plantas dos jardins clonais de cajueiro podem ser distribuídas no sistema quadrangular, com espaçamento variando desde 5 m x 5 m a 7,5 m x 7,5 m.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 171
Ano: 2015
-
Recomendam-se dois tipos de poda nas plantas do jardim clonal: a poda de limpeza, para retirada dos galhos doentes e secos, e a poda drástica para escalonamento da produção de propágulos. Esse tipo de poda drástica é exclusivo para jardins clonais, não sendo recomendada para pomares comerciais (produção de frutos).
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 172
Ano: 2015
-
Utilizando a irrigação localizada, a vazão mínima da fonte hídrica para irrigar um hectare de cajueiro-anão-precoce, plantado no espaçamento de 7 m x 7 m, deve ser de aproximadamente 850 L/h para a região litorânea do Nordeste e de 1.000 L/h para o Semiárido, considerando o tempo de uso da fonte de 24 horas por dia.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 149
Ano: 2015
-
Tanto o excesso quanto a escassez de água podem ser extremamente prejudiciais ao cajueiro. Apesar de ser uma planta tolerante ao estresse hídrico no solo, o cajueiro tem seu desenvolvimento e sua produção reduzida se o deficit hídrico for prolongado. Por outro lado, solos encharcados dificultam a respiração das raízes da planta, o que pode levar à sua morte, e o excesso de chuvas prejudica o pegamento de frutos e favorece a ocorrência de doenças do cajueiro.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 151
Ano: 2015
-
As possíveis desvantagens da fertirrigação estão relacionadas ao custo inicial dos equipamentos, à possível obstrução dos emissores (principalmente de gotejadores), à necessidade do manejo por pessoas treinadas e aos riscos de acidificação, lavagem de nutrientes e/ou salinização do solo, caso as quantidades de fertilizantes aplicadas não sejam calculadas adequadamente.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 156
Ano: 2015
-
Não existem estudos que indiquem qual a melhor frequência da fertirrigação para o cajueiro. No entanto, considerando-se a fenologia da cultura e a dinâmica dos nutrientes no solo, geralmente utiliza-se a frequência de irrigação semanal para a aplicação de fertilizantes contendo nitrogênio e potássio, principalmente nas fases em que as demandas desses nutrientes pela planta são maiores. Fertilizantes contendo fósforo, cálcio, magnésio e micronutrientes podem ser aplicados em intervalos maiores.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 161
Ano: 2015
-
A fertirrigação em si não provoca a salinização do solo se as quantidades de nutrientes aplicadas e o manejo da irrigação forem compatíveis com as necessidades da cultura.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 162
Ano: 2015
-
Para evitar a salinização do solo, deve-se utilizar água de boa qualidade, fazer um manejo adequado da irrigação, e o solo deve dispor de boa drenagem natural ou um sistema de drenagem. A salinidade da água de irrigação e do extrato de saturação do solo deve ser monitorada pelo menos uma vez por ano, a fim de identificar e prevenir possíveis problemas de salinização do solo. Deve-se evitar o uso na irrigação de águas com valores de condutividade elétrica (CE) superiores a 3 dS/m.
Capítulo: Irrigação e Fertirrigação
Número da Pergunta: 163
Ano: 2015
-
A poda de escalonamento varia de acordo com os objetivos a serem atingidos. A poda realizada no período de repouso vegetativo do cajueiro, ou seja, logo após a colheita e durante a estação chuvosa induz o surgimento de novos ramos que, após 90 a 120 dias, servirão como garfos para a enxertia por garfagem lateral.
As podas realizadas no início da florada induzem, com 60 a 70 dias, fluxos de ramos florais os quais fornecerão as borbulhas que serão utilizadas para a enxertia em borbulhia. Quando o objetivo é retardar a floração e evitar a frutificação, são recomendas duas podas – a primeira para eliminar as inflorescências, e a segunda para retirar as novas inflorescências. Dessa forma, o lançamento dos ramos produtivos ocorrerá em aproximadamente 100 dias, durante os meses de novembro e dezembro, após o período de floração normal do cajueiro.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 173
Ano: 2015
-
A distribuição no campo deve ser feita de forma a reduzir a possibilidade de polinização entre as plantas de um mesmo clone e assim diminuir o efeito da endogamia.
No campo, as plantas poderão ser estabelecidas no espaçamento de 7 m x 7 m, ou outro espaçamento, a depender principalmente das condições do clima e da topografia do terreno. O arranjo espacial é constituído de uma fileira com o clone recomendado para a colheita das castanhas sementes, ladeada por outro clone, ou por dois outros clones, de forma que possa ocorrer também a polinização cruzada.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 175
Ano: 2015
-
Recomenda-se a utilização de semente de cajueiro somente na formação do porta-enxerto.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 179
Ano: 2015
-
Não. Tanto sementes de plantas de pé franco quanto sementes de plantas enxertadas apresentam alta variabilidade genética, o que acarretará em pomares com elevado grau de desuniformidade.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 180
Ano: 2015
-
O porta-enxerto ou cavalo é a parte receptora que serve de suporte para o enxerto ou a copa. Numa muda enxertada, o porta-enxerto é responsável pela base e pelo sistema radicular, enquanto o enxerto será a copa.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 188
Ano: 2015
-
A borbulhia em placa é um método de enxertia que consiste na justaposição de uma gema (ou borbulha) sobre o porta-enxerto. É em placa, quando a gema é retirada do ramo da planta-matriz (fornecedora de propágulo) na forma de placa elíptica (com casca e um pouco de lenho) e justaposta em uma janela aberta no porta-enxerto, entre 6 cm e 8 cm de altura a partir do colo. Após a justaposição da borbulha na janela, passa-se uma fita de plástico transparente sobre o local, feito preferencialmente de baixo para cima e deixando a gema livre. Para que essa gema não fique exposta ao solo, basta utilizar uma folha do próprio porta-enxerto amarrada no ponto superior da enxertia, onde termina o amarrio. A borbulhia é um método de fácil operação e permite a re-enxertia do porta-enxerto, em caso do não pegamento da borbulha. As mudas propagadas via borbulhia podem ficar expostas a pleno sol, e, por isso, esse método é utilizado na operação de substituição de copa.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 193
Ano: 2015
-
A partir dos 5 anos de idade, com apenas uma retirada mensal para não estressar a planta, um cajueiro-anão-precoce pode produzir, em média, 200 garfos ou 1.400 borbulhas por ano.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 196
Ano: 2015
-
As embalagens utilizadas para a produção de mudas de cajueiro na Embrapa Agroindústria Tropical obedecem às recomendações oficiais da Comissão Estadual de Sementes e Mudas (Cesm) que é um órgão colegiado de assessoramento ao Mapa. Portanto, a recomendação em vigência é que as mudas estejam acondicionadas em tubetes ou sacos plásticos com as seguintes características:
- Tubete de plástico de polipropileno preto, com dimensões mínimas de 190 mm de altura, abertura na base interna do cone de 62 mm, abertura de 12 mm na outra extremidade, capacidade de 288 cm3 de substrato e com seis a oito estrias internas.
- Saco de plástico de polipropileno preto não reciclável, preferencialmente sanfonado, medindo 28 cm de altura por 15 cm de largura e espessura de 0,12 mm a 0,15 mm, com furos de 4 mm de diâmetro no terço inferior de ambos os lados do saco.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 200
Ano: 2015
-
Para a produção de uma muda enxertada de cajueiro em sacos de plástico são necessários, em média, 110 dias: sendo 50 a 60 dias da semeadura até a época em que o porta-enxerto está pronto para a enxertia, e outros 50 a 60 dias para pegamento do enxerto, desenvolvimento da parte aérea (caule e folhas) a partir do enxerto, decepagem do porta-enxerto e aclimatação da nova planta. Quando a muda é enxertada em tubetes, esse tempo é reduzido de 20 a 30 dias, pois os porta-enxertos podem ser enxertados com 30 a 35 dias após o plantio.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 211
Ano: 2015
-
Não. O porta-enxerto e o enxerto devem apresentar a mesma consistência de tecidos na área onde as camadas cambiais estarão em íntimo contato. No caso da enxertia, o tecido lenhoso é incompatível com o tecido herbáceo, por haver diferença de ordem fisiológica e estrutural.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 214
Ano: 2015
-
Do ponto de vista técnico seria possível. Entretanto resultados de pesquisa permitiram concluir ser essa prática inviável economicamente. Ao plantar novas áreas, devem-se usar mudas enxertadas, com clones promissores, nunca sementes ou mudas de pé-franco, para depois substituir a copa. Essa atitude, se adotada, contribuirá para a elevação dos custos e prejudicará o desempenho produtivo/lucrativo do pomar, principalmente em curto e médio prazo.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 224
Ano: 2015
-
Existem três alternativas que podem ser utilizadas na substituição de copa do cajueiro:
- Substituição seletiva, que consiste em identificar e substituir as copas das plantas improdutivas e/ou com baixa produtividade (plantas com produção inferior a 4,0 kg de castanha e castanha com peso abaixo de 8,0 g), de plantas atípicas e raquíticas, mas que tenham condições de emitir brotações próprias para enxertia (plantas atípicas e raquíticas, que não tenham potencial de emitir brotações próprias para enxertia e as severamente atacadas por doenças e pragas devem ser erradicadas e substituídas por mudas enxertadas, do mesmo clone de copa das novas plantas). Essa alternativa é recomendável, principalmente, para pequenas e médias plantações, pois permite que o pomar não fique sem produção no primeiro ano da operação.
- Substituição em fileiras alternadas, que consiste na substituição das copas de todas as plantas da fileira, alternadamente.
- Substituição total, que consiste na substituição das copas de todas as plantas do pomar.
A escolha da alternativa a ser adotada depende da capacidade de investimento do produtor.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 225
Ano: 2015
-
A garfagem em fenda lateral é um método de enxertia em que o enxerto é inserido numa fenda feita lateralmente no porta-enxerto. Faz-se uma incisão oblíqua em forma de fenda lateral no porta-enxerto, localizada 6 cm a 8 cm acima do colo da planta. Escolhe-se um enxerto com diâmetro semelhante, com gema terminal em início de desenvolvimento. Na extremidade oposta a essa gema (na base do enxerto), faz-se uma cunha (cortes em bisel) para inserção na fenda do porta-enxerto. Em seguida, no local da enxertia, faz-se o amarrio com fita de plástico transparente para pressionar as partes enxertadas. Posteriormente, cobre-se o enxerto com saco de plástico transparente, amarrando-o na base da enxertia. As mudas enxertadas por garfagem devem ser mantidas em viveiro coberto com 50% a 70% de sombra por 10 dias após a pega.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 191
Ano: 2015
-
Para a realização da enxertia em cajueiro, utilizando-se o método da borbulhia, recomenda-se que as gemas ou borbulhas sejam retiradas de ramos florais com 50% a 70% de flores abertas, pois, segundo pesquisas realizadas, é nessa fase que se consegue as melhores borbulhas, aumentando, assim, a taxa de pegamento da enxertia.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 194
Ano: 2015
-
Após a coleta, os ramos fornecedores de propágulos vegetativos devem ser envoltos em tecido de algodão previamente umedecido com água destilada ou filtrada, mas espremido para retirar o excesso, por um tempo máximo de 48 horas. Para um período mais longo, até uma semana, recomenda-se que os ramos sejam envoltos em papel alumínio ou estratificados em vermiculita umedecida com água destilada ou filtrada, na proporção de 10:1 (v:v) e armazenados em caixas de isopor ou semelhante.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 197
Ano: 2015
-
A recomendação é que se use uma combinação de materiais disponíveis na localidade de tal forma que proporcione agregação, retenção de água, fertilidade e aeração no composto. Os custos e o peso desse composto também devem ser levados em conta. Esses materiais podem ser areia, solos, vermiculitas, vermicompostos (húmus de minhoca), baganas, casca de arroz carbonizado, folhagens trituradas, pó e fibra de coco e outros materiais orgânicos que não apresentem riscos de salinização e toxidez. Recomenda-se fazer previamente as análises químicas e granulométricas da mistura do substrato. As partículas para os substratos de sacolas plásticas devem passar pela malha de 7 mm, e as dos substratos de tubetes, pela malha de 6 mm.
No viveiro de mudas da Embrapa, os substratos utilizados para os tubetes são aqueles formados pela mistura de 50% de casca de arroz, 25% de bagana de carnaúba e 25% de solo hidromórfico. Para as sacolas plásticas, são utilizados apenas areia e solo hidromórfico na proporção de 50%:50%, mas essa proporção depende do teor de argila contida no solo em uso.
Cada metro cúbico da mistura pode ser enriquecido com 2,5 kg de superfosfato triplo ou 5 kg de superfosfato simples e 1 kg de cloreto de potássio. O pH do substrato (mistura) para cajueiro deve estar entre 5,0 e 5,5. Um carrinho de mão, cheio desse substrato terroso, dá para encher 27 sacos com as dimensões de 28 cm x 15 cm x 0,15 cm.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 202
Ano: 2015
-
Sim. No sistema de produção de mudas de várias espécies brasileiras, a utilização do solo no substrato vem sendo proibida, em razão de questões ambientais (degradação do ambiente) e fitossanitárias (disseminação de pragas e doenças). Desse modo, muitos viveiros utilizam substratos comerciais, que, na maioria das vezes, são compostos por ingredientes orgânicos. Caso o produtor queira formular seu próprio substrato, ele deverá ter especial atenção na escolha do produto a utilizar. Por exemplo, no caso do esterco bovino, a sua utilização na formação das mudas de cajueiro deve ser muito criterioso, devendo esse material estar bem curtido (coloração escura, textura fina e temperatura amena), pois pode apresentar níveis deletérios de sais, resultando em danos às mudas por toxidez de amônia e ureia, bem como por salinidade. É recomendável que o produtor realize uma análise química do seu substrato antes de sua utilização.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 203
Ano: 2015
-
Não há resultados científicos que possam afirmar se tal substituição terá os mesmos resultados. Por isso, recomendamos que, antes de qualquer investimento para produção comercial de grandes quantidades de mudas, seja feita uma avaliação comparativa entre os dois recipientes, utilizando-se, em ambos, os mesmos substratos, adubação, irrigação e variedade/clone de cajueiro.
É importante alertar que, mesmo que o custo inicial dos tubetes seja maior do que dos sacos de plásticos, em um empreendimento empresarial e continuado por vários anos, deve-se levar em consideração a relação custo/benefício.
Os tubetes têm maior durabilidade, podem ser reutilizados e são fáceis de manejar e transportar. Além disso, o bom desempenho dos tubetes para produção de mudas de cajueiro dá-se pela existência de estrias em seu interior. Essas estrias evitam o enovelamento da raiz principal, fato comumente observado nas mudas produzidas em sacolas, e com maior número de raízes secundárias, as quais têm maior capacidade de absorção de nutrientes e de penetração nos solos e, consequentemente, de estabelecimento no campo desde que em condições normais de umidade.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 207
Ano: 2015
-
Não é recomendado, pois o alto percentual de solo ou areia dos substratos para sacolas tornaria o torrão da muda em tubetes muito pesado, além de proporcionar uma inadequada agregação do torrão.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 208
Ano: 2015
-
O corte deve ser realizado com motosserra, em bisel, a uma altura de 0,40 m a 0,50 m do nível do solo.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 230
Ano: 2015
-
Para que se obtenha uma taxa de plantas aptas à substituição de copa (emissão de pelo menos quatro brotações por tronco) acima de 84%, devem-se utilizar cajueiros cujos troncos apresentem circunferência máxima de 1,09 m.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 227
Ano: 2015
-
Depende do porte da planta. Para cajueiros com troncos, cuja circunferência, à altura do corte, esteja entre 0,76 m e 1,09 m, serão gastos, em média, 6 minutos de motosserra por planta, mais 31 minutos de foice para complementar o trabalho.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 231
Ano: 2015
-
Em cajueiros com 25 anos de idade, os primeiros ramos aparecem somente cerca de 30 dias após o corte, enquanto em pomares com idade entre 2 e 3 anos, por exemplo, ocorre grande quantidade de brotações já aos 10 dias após o decepamento.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 233
Ano: 2015
-
Em pomares com menos de 10 anos de idade, as brotações estarão aptas para a enxertia em cerca de 60 dias após o corte, enquanto, em plantas com mais de 20 anos, as enxertias serão realizadas no terceiro mês após o decepamento.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 237
Ano: 2015
-
O decepamento do ramo enxertado (porta-enxerto) deve ser realizado cerca de 20 dias após a enxertia, a aproximadamente 2 cm acima da placa enxertada. Nessa mesma época, a fita de enxertia deve ser removida para evitar o estrangulamento dos ramos enxertados. Já a desbrota dos novos ramos que continuam a ser emitidos ao redor do tronco da planta decepada deve ser realizada de forma contínua.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 241
Ano: 2015
-
Não. É preciso observar o estado nutricional e fitossanitário das plantas que terão suas copas substituídas, pois plantas desnutridas ou doentes apresentam brotações pouco vigorosas. A idade e o porte também devem ser considerados, pois em plantas mais velhas há uma maior dificuldade no corte e manuseio da madeira, encarecendo o processo. Além disso, essas plantas têm menor capacidade de brotação após o corte, o que resulta em menor oferta de ramos para enxertia e morte de cajueiros.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 250
Ano: 2015
-
As duas pragas pertencem ao gênero Marshallius, sendo a broca-da-raiz pertencente à espécie M. bondari, e a broca-do-tronco à espécie M. anacardii. A diferença entre as pragas está no comportamento, no tamanho e na coloração dos adultos.
O adulto da broca-da-raiz tem o corpo escuro com manchas claras no tórax e final do abdômen (uma de cada lado), mede de 13,13 mm a 17,17 mm.
A larva destrói o sistema radicular da planta e fabrica um abrigo de formato ovoide, com terra e resto vegetal, no interior do qual se transforma em pupa e, posteriormente, em adulto. Já o adulto da broca-do-tronco apresenta também as manchas claras no final do abdômen, mas não são bem visíveis no tórax. A larva se alimenta, principalmente, na região do colo da planta, logo abaixo da casca. No final do período larval, penetra no lenho, onde constrói uma célula para se transformar em pupa e, em seguida, em adulto, que sai por pequenos furos circulares. A broca-da-raiz também pode fazer essas cavidades abaixo da linha do solo, de tamanho maior, sendo que a emergência dos adultos só ocorre na estação chuvosa seguinte. Essas pragas podem ser controladas pelo arranque das plantas atacadas, revolvendo o solo à distância de 1 m ao redor da planta, na profundidade de aproximadamente 60 cm. Deve-se, ainda, encoivarar e queimar imediatamente o material sobre o solo revolvido.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 253
Ano: 2015
-
Para estimar a redução da área foliar, causada pelos insetos desfolhadores, utiliza-se a seguinte escala:
0 = sem ataque.
1 = 1% a 20% de área desfolhada.
2 = 21% a 40% de área desfolhada.
3 = 41% a 60% de área desfolhada.
4 = 61% a 80% de área desfolhada.
5 = 81% a 100% de área desfolhada.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 263
Ano: 2015
-
O ataque das pragas desfolhadoras é crítico no início da frutificação. Nessa ocasião, devem ser controladas quando a desfolha atingir 40%. Durante o período vegetativo da planta (época das chuvas), o controle deve ser iniciado quando a desfolha atingir 60%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 264
Ano: 2015
-
O controle dessa praga é feito por pulverizações de óleo mineral ou vegetal de uso agrícola, numa concentração de 2%, em duas pulverizações espaçadas de 8 dias. Como os insetos ficam na face inferior das folhas, recomenda-se que a calda seja direcionada para atingir toda a superfície abaxial da folha.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 266
Ano: 2015
-
Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:
0 = sem mosca-branca.
1 = poucos insetos.
2 = colônia de insetos e início de mela.
3 = ataque generalizado com mela e início de fumagina.
4 = ataque generalizado com mela e fumagina.
Em um ramo por planta, observa-se a presença de ninfas e adultos envoltos na secreção pulverulenta branca. A mela e a fumagina são observadas na planta como um todo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 267
Ano: 2015
-
Como as plantas normalmente emitem mais brotações do que o necessário para a enxertia, é importante, para reduzir a competição entre elas, selecionar apenas aquelas que serão enxertadas, eliminando-se as demais.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 234
Ano: 2015
-
Enxertia por borbulhia em placa, utilizando-se gemas de ramos florais (panículas). Porque esse método permite que a enxertia seja realizada a pleno sol, sem necessidade de cobertura para proteção do enxerto, além de propiciar maior índice de pegamento.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 238
Ano: 2015
-
A principal doença é a resinose, porque ela pode ser transmitida para plantas sadias durante a operação de corte dos cajueiros e causar a morte de muitas plantas. A antracnose e o oídio também causam sérios problemas, tanto em pomares de cajueiro com copa substituída como em plantios convencionais.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 242
Ano: 2015
-
Esse tipo de dano é típico de muitas espécies, vulgarmente chamadas de serra-paus ou serradores. No cajueiro, esse tipo de dano é causado por besouros do gênero Oncideres ssp. (Coleoptera, Cerambycidae). As fêmeas depositam seus ovos em pequenos cortes feitos nos ramos e, em seguida, com auxílio das mandíbulas, fazem um profundo sulco ao redor do ramo, formando uma verdadeira cintura. O ramo morre e cai no solo ou fica pendurado na planta. A larva, que necessita de madeira morta para se alimentar, completa o seu desenvolvimento nesse ramo. Para controlar essa praga, basta recolher sistematicamente os galhos cortados e queimá-los.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 255
Ano: 2015
-
A ocorrência dessa praga, vulgarmente chamada de cochonilha-farinha ou cochonilha-escama-farinha (Pinnaspis aspidistrae – Homoptera, Diaspididae), é mais comum em plantas novas, principalmente em época seca. Seus principais danos são diminuição do vigor da planta, quebra na produção de castanha e rachaduras do tronco e dos galhos, ocasionando a morte da planta. O controle é feito com óleo mineral de uso agrícola, a 1% ou 2%, em pulverizações espaçadas de 14 dias.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 256
Ano: 2015
-
As posturas de Cicinnus callipius (Sch., 1928) (Lepidoptera, Mimallonidae) são feitas em galhos ou ramos (raramente nas folhas), e se caracterizam por apresentar ovos de formato alongado (ovoide), mais longos do que largos, colados e sobrepostos uns aos outros, formando uma espécie de fita longa, com várias voltas. Após a eclosão, as lagartas se mantêm agregadas entre duas folhas, unidas por fios de seda produzidos por elas mesmas. Nessa fase, as larvas se alimentam raspando o parênquima das folhas, deixando-as completamente rendilhadas e secas. Nos últimos instares (estádios de desenvolvimento), as lagartas se separam e cada uma se enrola em uma folha que lhe servirá de abrigo até a sua transformação em adulto. A parte central do invólucro apresenta um diâmetro maior, assemelhando-se a uma saia justa, razão do nome vulgar dessa lagarta, conhecida também como minissaia. A partir dessa fase, as lagartas, agora individualizadas, alimentam-se destruindo as folhas completamente. Ao se locomover, a lagarta arrasta o abrigo protetor, ficando com a metade do corpo fora e metade dentro do invólucro.
Os danos à planta são devidos à redução da área foliar e à destruição parcial ou total das inflorescências e brotações novas, o que prejudica diretamente a produção. Normalmente, associado ao ataque dessas lagartas, encontra-se um emaranhado de teias que prejudica o desenvolvimento normal das brotações. No solo, na projeção da copa, encontra-se uma grande quantidade de dejetos em forma de grânulos, o que denuncia também a presença da praga na planta.
Em virtude da facilidade de identificação, a postura em forma de fita, o hábito gregário das lagartas nos primeiros instares, o fato de elas construírem abrigos com folhas nos instares finais e se empuparem nesses mesmos invólucros, tudo isso facilita o manejo da praga em campo, por meio da catação e destruição de larvas e pupas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 257
Ano: 2015
-
O controle dessa praga é feito por pulverizações em sua época de ocorrência, com o uso de produtos comerciais à base de deltametrina (ingrediente ativo), na dosagem recomendada nas respectivas bulas dos produtos comerciais ou segundo orientação de um agrônomo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 269
Ano: 2015
-
Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:
0 = sem verrugas.
1 = início de ataque – alguns ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas (mais de dez por folha).
2 = grande parte dos ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas.
3 = total de ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas.
4 = necrose generalizada devido às verrugas ou queda de folhas.
A amostragem é feita observando-se as folhas novas de um ramo por planta ou uma muda e localizando o sintoma de ataque que se caracteriza pela proliferação dos tecidos, formação de uma pequena galha ou cecídia no formato de uma verruga, as quais podem ter diferentes formas. Em ataques intensos, pode ocasionar desfolha total.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 274
Ano: 2015
-
Às vezes, sim. Normalmente, o cajueiro-comum não é atacado pelas saúvas [Atta spp. – Hymenoptera, Formicidae]. Noentanto, as saúvas podem atacar o cajueiro do tipo anão. O ataque ocorre principalmente à noite e nas primeiras horas do dia, quando a temperatura é amena. Em áreas de plantio definitivo e que estejam totalmente limpas (sem plantas invasoras) e existam formigueiros ativos, as saúvas, por falta de alimento, atacam as mudas de cajueiro e comem o enxerto ainda em desenvolvimento, causando sua destruição.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 275
Ano: 2015
-
A lagarta ataca internamente a castanha, destruindo totalmente a amêndoa, tornando-a imprestável para a comercialização.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 288
Ano: 2015
-
A traça prepara a saída do adulto fazendo um orifício circular, quase sempre na parte distal da castanha nova. Dessa forma, devem-se observar os maturis (castanha ainda nova) de uma mesma inflorescência, expressando a infestação em percentual de castanhas furadas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 289
Ano: 2015
-
O adulto da cigarrinha-da-inflorescência (Gypona sp. – Homoptera, Cicadelidae) mede cerca de 10 mm. Os machos são de cor marrom-avermelhada, e as fêmeas, de cor verde-clara. Os ovos do inseto são depositados em grande quantidade na nervura das folhas e nos ramos da inflorescência. As ninfas e os adultos são encontrados nas inflorescências e brotações novas. Em alta densidade, podem secar a inflorescência e produzir grande quantidade de exsudação (mela) e fumagina. Tanto as ninfas como os adultos apresentam o hábito de se alimentarem na convergência do ramo principal com um secundário, nas inflorescências ou na inserção do pecíolo da folha com o ramo das brotações novas, ficando os insetos de cabeça para baixo. A maior intensidade de ataque é observada quando ocorrem brotações novas e inflorescências.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 282
Ano: 2015
-
Sim. O dano causado aos frutos novos pode ser confundido com o ataque da antracnose. Porém, os frutos atacados por percevejo não ficam mumificados, mas macios, quando pressionados. Nos frutos desenvolvidos, a picada forma uma mancha oleosa escura e em depressão, enquanto a mancha da antracnose é seca.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 291
Ano: 2015
-
No agroecossistema do caju, é encontrada uma fauna rica de insetos benéficos (predadores e parasitoides) e microrganismos entomopatogênicos (fungos, vírus, nematoides) controladores naturais dos artrópodes (insetos e ácaros) a eles associados. Para toda praga importante do cajueiro já foi constatado pelo menos um inimigo natural, cujos níveis naturais de controle, a depender da praga e dos seus estádios de desenvolvimento, podem chegar a 90% de mortalidade, como é o caso do minador-da-folha (Phyllocnistis sp.). No entanto, o controle biológico aplicado ainda é incipiente. Foram feitos estudos usando o vírus da lagarta-dos-cafezais e um fungo no controle da broca-da-raiz. Toda a dificuldade advém do fato de que as pragas do cajueiro apresentam comportamento aleatório – não ocorrendo todos os anos, nem em todos os locais – e da impossibilidade de manter os organismos benéficos em estoque, o que implica custos elevados. No entanto, existe outra linha de controle biológico, ainda pouco explorada, que é a conservação da fauna benéfica em cada ecossistema. Preservada ou estimulada, essa fauna ajudaria a manter as pragas em densidade baixa, reduzindo assim seus surtos e os desequilíbrios advindos do clima. Essa técnica envolve práticas agronômicas adequadas que fortalecem as plantas, como a manutenção de áreas de refúgio a distâncias compatíveis, introdução de plantas que favoreçam a fauna benéfica e o uso racional de defensivos agrícolas, procurando usá-los seletivamente, evitando o desequilíbrio.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 300
Ano: 2015
-
Deve-se proceder da seguinte forma: em primeiro lugar, o diagnóstico é facilitado quando se trabalha com insetos adultos. Em muitos casos, porém, os causadores de danos são jovens (imaturos) como larvas, lagartas e ninfas. O procedimento mais adequado é levar esses insetos imaturos ao engenheiro-agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que vai criá-los até a fase adulta e enviá-los a um especialista. Como nem sempre isso é viável, sugere-se recolher o maior número possível da praga que está atacando a cultura (cuidado, algumas lagartas são urticantes). Quando o inseto estiver dentro do tecido vegetal como fruto, folha, ramo, etc., deve-se colher todo esse material. Preparar uma solução de aproximadamente 70% de álcool de farmácia 96%, com 30% de água limpa. Colocar os insetos em um frasco de plástico ou de vidro (este deve ser enrolado com esparadrapo, para não quebrar) e preencher com a solução até não haver espaço para bolhas, pois estas danificam os insetos, quando agitadas. Usar frasco pequeno (mais difícil de quebrar), envolvendo-o com jornal e em seguida com vários sacos plásticos. Não enviar insetos envoltos em algodão, pois suas fibras enroscam-se no inseto, quebrando-o durante a retirada. Se possível, matar primeiro as lagartas em água fervendo, antes de colocá-las em álcool a 70%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 301
Ano: 2015
-
As partes das plantas com o dano bem definido, já seco, podem ser embrulhadas em jornal e colocadas em saco plástico, fechando-o em seguida. Esse material deve ser colocado em caixa de papelão (à venda nas agências dos Correios), contendo bolinhas de jornal, a fim de evitar que o saco de plástico com a amostra seja danificado na viagem. Manter o material refrigerado até ser encaminhado aos Correios. Nenhum material deve ficar exposto ao sol ou em lugares quentes, devendo ser encaminhado o mais rápido possível. As partes verdes, como folhas, inflorescências, frutos, etc., devem ser envoltas com papel-toalha, papel higiênico ou mesmo jornal levemente umedecido, colocando-se a amostra em saco de plástico bem vedado (por garantia, usar, de preferência, mais de um saco). Manter o material obrigatoriamente em geladeira até a hora da remessa, que deve ser feita o mais rápido possível. A embalagem para os Correios é a mesma descrita anteriormente. Deve-se dar preferência ao serviço de Sedex, que é mais rápido.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 302
Ano: 2015
-
O controle dessa praga é feito por quatro pulverizações em intervalos de 10 dias, na época da floração e início da frutificação, usando produtos à base de deltametrina (ingrediente ativo), na dosagem recomendada na bula de cada produto ou segundo orientação de um agrônomo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 279
Ano: 2015
-
Sim. O sinal de ataque da broca é caracterizado pelo secamento da inflorescência, também chamada panícula, tornando-a curva na maioria dos casos. Pode ou não aparecer exsudação (resina). Não deve ser confundida com o dano causado pela antracnose, que também seca a inflorescência, sem, contudo, curvá-la. A doença torna a inflorescência inflexível (não quebra facilmente) e não apresenta galeria em seu interior, como no caso da broca. Também não se deve confundir o ataque da broca com o ataque de pulgão, pois quase sempre há a associação deste último (ataque de pulgão) com a mela e a fumagina.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 277
Ano: 2015
-
Observando-se uma panícula por planta com uma amostra de 45 plantas, é possível avaliar o grau de infestação da praga numa área de 15 ha. Em áreas superiores a 15 ha, recomenda-se subdividir em lotes homogêneos e correspondentes ao tamanho já citado. A infestação é avaliada em porcentagem de ramos atacados. Essa praga tem por hábito se alimentar na convergência do ramo principal com o secundário, nas inflorescências ou na inserção do pecíolo da folha com o ramo, nas brotações novas, ficando os insetos de cabeça para baixo. Esse inseto prefere estruturas florais antes ou próximas da antese.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 283
Ano: 2015
-
Sim. Para melhor acompanhar os eventos fenológicos e prever a ocorrência de pragas ligadas à fenologia da planta, bem como a época de produção, alguns aspectos fenológicos podem ser avaliados pelo sistema de notas, como, por exemplo, a ocorrência de brotação nova (BN), de panícula sem flor (PSF) e de panícula com flor (PCF):
0 = sem ocorrência do estádio desejado (BN, PSF, ou PCF).
1 = 1% a 20% do estádio desejado.
2 = 21% a 40% do estádio desejado.
3 = 41% a 60% do estádio desejado.
4 = 61% a 80% do estádio desejado.
5 = 81% a 100% do estádio desejado.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 299
Ano: 2015
-
Para a amostragem dos percevejos, observa-se uma panícula que tenha pelo menos um maturi (castanha ainda nova) desenvolvido. Quando o ataque se dá em maturis pequenos, eles murcham e tornam-se pretos, com sintomatologia semelhante à antracnose. Em maturis maiores, o sintoma de ataque é inicialmente visualizado na forma de uma mancha oleosa escura. Posteriormente, o maturi murcha e finalmente fica com o aspecto mumificado, porém permanecendo mole ou flexível. Em maturis totalmente desenvolvidos, a mancha feita pelo inseto ao sugar a amêndoa permanece até após a castanha ter secado. A infestação é dada em percentual de panículas atacadas, e o controle deve ser iniciado com 10% de infestação.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 292
Ano: 2015
-
Sim. Dos produtos registrados paro uso em cajueiro, apenas o enxofre é totalmente inócuo às abelhas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 294
Ano: 2015
-
A antracnose em mudas pode ser facilmente controlada com pulverizações semanais preventivas de oxicloreto de cobre (3 g do produto comercial por litro de água). No caso de a doença já estar instalada, a aplicação de um fungicida preventivo não terá mais efeito. Nessa situação, somente um fungicida sistêmico pode recuperar as mudas. O aumento do espaçamento entre as mudas, permitindo uma maior aeração e diminuindo o contato entre as mudas, pode contribuir para a redução da doença. O manejo da irrigação dentro do viveiro também pode contribuir para a redução da doença.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 306
Ano: 2015
-
O uso de substrato desinfestado (por exemplo casca de arroz carbonizado, solo solarizado, etc.) é muito importante na exclusão de patógenos habitantes do solo como Pythium spp., Sclerotium rolfsii, Phytophthora spp., e Cylindrocladium scoparium, que são capazes de enfraquecer ou matar a muda.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 308
Ano: 2015
-
Tanto mudas enxertadas por garfagem quanto as enxertadas por borbulhia têm apresentado esse problema. Estudos demonstraram que o escurecimento ocorre em virtude da infecção pelo fungo Lasiodiplodia theobromae, o mesmo que causa a resinose do cajueiro. O fungo já está presente na borbulha ou no garfo, desenvolvendo-se rapidamente após a enxertia. Uma medida eficiente para evitar essa infecção é mergulhar a borbulha ou garfo, bem como o canivete de enxertia, numa solução a 0,4% (4 mL do produto comercial por litro de água) de um fungicida sistêmico, antes de cada operação. Quatro pulverizações quinzenais das matrizes com o mesmo produto fungicida (2 mL do produto comercial por litro de água) devem ser realizadas antes da retirada dos garfos ou das borbulhas.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 309
Ano: 2015
-
Em plantas adultas no campo, a antracnose é reconhecida pelas lesões necróticas, irregulares, de coloração parda em folhas jovens, tornando-se avermelhadas à medida que as folhas envelhecem. O ataque intenso provoca distorções nas folhas e queda prematura. Em frutos, pedúnculos e hastes, a antracnose apresenta-se na forma de manchas necróticas, escuras e alongadas, podendo, também, causar a queda de maturis.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 310
Ano: 2015
-
Sim. Os clones Embrapa 51, BRS 189 e BRS 226 são resistentes à antracnose. Também já foram identificados clones tolerantes (CP 06, CP 76 e CP 1001) e susceptíveis à antracnose (CP 09 e BRS 265).
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 312
Ano: 2015
-
É muito comum a incidência de frutos e maturis rachados como consequência da infecção causada por Pseudoidium anacardii em flores do cajueiro. Além disso, esse tipo de sintoma se manifesta quando a antracnose ocorre em épocas de elevada precipitação pluviométrica durante a fase de frutificação da planta.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 313
Ano: 2015
-
A ocorrência do mofo-preto requer elevados índices de precipitação e acentuado número de dias de chuva contínuos, independentemente do estado fenológico do cajueiro.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 315
Ano: 2015
-
Trabalhos recentes de seleção de resistência às doenças do cajueiro, desenvolvidos pela Embrapa Agroindústria Tropical, revelaram a existência de plantas com elevados índices de resistência ao mofo-preto, abrindo perspectivas promissoras para a exploração de clones comerciais com resistência a essa doença. Os clones CCP 06, BRS 226, BRS 253 e BRS 275 são resistentes ao mofo-preto.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 317
Ano: 2015
-
O mofo-preto é facilmente reconhecido no campo, pois, como o próprio nome indica, é caracterizado pela formação de uma crosta preta, com aspecto de feltro, inicialmente na forma de pequenas manchas escuras (1 mm a 2 mm) na face inferior da folha. Posteriormente, essas manchas se aglutinam, podendo cobrir toda a folha.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 314
Ano: 2015
-
Atualmente, a única medida de controle do mofo-preto é a proteção da folhagem por meio de pulverizações quinzenais com fungicidas à base de oxicloreto de cobre, nas mesmas dosagens recomendadas para o controle da antracnose. As pulverizações devem começar logo no início da estação chuvosa e prosseguir até perto do final desta estação.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 316
Ano: 2015
-
Observações preliminares revelam perdas de até 80% de castanha em pomares de cajueiro-anão-precoce no sudeste do Piauí, enquanto os danos ao mercado de mesa foram praticamente totais nessa região. Informações de produtores e técnicos africanos revelam perdas totais no leste da África, caso nenhuma medida de controle seja empregada.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 319
Ano: 2015
-
Os clones BRS 226, BRS 275 e CCP 1001 têm se mostrado resistentes em estudos preliminares desenvolvidos na Embrapa Agroindústria Tropical. Vários outros clones experimentais apresentam resistência, fato que presume o breve lançamento de outros clones comerciais resistentes ao oídio.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 321
Ano: 2015
-
O oídio pode ser controlado por meio de pulverizações com fungicidas à base de enxofre, inclusive com o enxofre elementar em pó. Os fungicidas tebuconazol (0,75 mL/L), enxofre formulado (3 g/L) e triflumizol (0,5 g/L) se mostraram eficientes no controle do oídio.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 320
Ano: 2015
-
Essa doença é relativamente fácil de ser identificada pelas características que apresenta, como pequenas manchas escuras, angulares, de 1 mm a 2 mm, circundadas por um halo clorótico amarelado, facilmente visível contra a luz. Eventualmente, pode-se observar uma coloração clara (cor de palha) no centro da lesão.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 322
Ano: 2015
-
Os sintomas da resinose, doença causada por Lasiodiplodia theobromae, em plantas adultas se caracterizam pelo escurecimento, entumescimento e rachadura da casca, formando cancros no tronco e ramos, seguidos de intensa exsudação de goma. Abaixo da casca, observa-se um escurecimento dos tecidos que se prolonga até a parte interna do lenho.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 325
Ano: 2015
-
Sob condições climáticas favoráveis, a mancha de Xanthomonas tem potencial para promover um prejuízo total na produção de amêndoas em clones susceptíveis.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 337
Ano: 2015
-
Sim. Os clones BRS 226 e Embrapa 51 têm comprovada resistência à resinose.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 333
Ano: 2015
-
Sim, recentemente essa possibilidade foi confirmada em várias localidades do Nordeste brasileiro. O fungo pode infectar mudas enxertadas, bem como mudas de pé-franco destinadas a porta-enxerto ou para jardins clonais. É importante mencionar que mudas podem representar importante veículo de disseminação da resinose, assumindo importância maior na introdução da doença em áreas onde ela não ocorre.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 334
Ano: 2015
-
A podridão preta da haste do cajueiro (PPH) é uma doença causada por uma forma diferenciada de Lasiodiplodia theobromae, que vem ocorrendo de modo epidêmico nas regiões de Cerrado. A PPH caracteriza-se pelo escurecimento dos tecidos da haste terminal do cajueiro, com sintomas leves iniciais, necrose dos tecidos apicais em estádio mais avançado e com eventuais exsudações de goma em pontos específicos. Este sintoma progride até a necrose total, com queima e seca descendente do ramo, tornando a copa parcialmente destruída pela doença.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 335
Ano: 2015
-
Sim, pela bactéria Xanthomonas citri pv. anacardii, que é o agente da doença conhecida como mancha de Xanthomonas.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 336
Ano: 2015
-
Embora não existam diferenças na composição do pedúnculo que sejam associadas exclusivamente com os atributos físicos, como cor, tamanho e forma, deve-se procurar atender às exigências do mercado pretendido. Mesmo no caso de não haver preferência por determinado mercado, deve-se ter o cuidado de expedir lotes homogêneos, com todas as informações sobre o produto na embalagem.
É importante lembrar que existe uma tendência identificada no mercado, de preferência por cajus de coloração alaranjada com tendência a cor vermelha ou avermelhada, pois essa cor geralmente é associada com fruto mais maduro e doce. No entanto, existem cajus com pedúnculos amarelos que são mais doces do que vermelhos, e vice-versa.
A qualidade do pedúnculo para consumo in natura está relacionada também com uma boa firmeza, baixa adstringência e acidez, doçura, tamanho (tipos: 4 a 9 cajus por bandeja) e formato (piriforme). Cajus do tipo 4 e 5 são os preferidos pelos consumidores. Do ponto de vista da indústria, são mais importantes o rendimento em suco, a baixa adstringência e os teores de acidez e de açúcares.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 350
Ano: 2015
-
O pedúnculo maduro constitui cerca de 90% do caju. Pesa de 70 g a 146,36 g e contém aproximadamente 80% de polpa. Além disso, apresenta a composição apresentada na Tabela 1.
Tabela 1. Composição do pedúnculo por ocasião da colheita.
Determinação Valor médio Umidade (%) 84,5 a 90,4 pH 3,5 a 4,6 Sólidos solúveis (ºBrix) 10,47 a 12,90 Açúcares totais (%) 6,76 a 10,83 Acidez titulável (% ácido málico) 0,14 a 0,52 Vitamina C (mg/100 g) 142 a 270 Riboflavina (mg/100 g) 99 a 124 Polifenóis extraíveis totais (mg/100 g) 99,53 a 236,97 Cálcio (mg/100 g) 11,9 a 16,1 Ferro (mg/100 g) 0,23 a 0,47 Fósforo (mg/ 100 g) 12,3 a 16,7 Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 351
Ano: 2015
-
Essa sensação de “travar” ao se morder o pedúnculo do caju é provocada por uma propriedade de alguns pedúnculos, denominada de adstringência. Essa propriedade é consequência da presença de substâncias complexas conhecidas como taninos. Os taninos de menor tamanho molecular ou pouco polimerizados formam complexos com a proteína da saliva, dando a sensação de secura na boca. Não só no pedúnculo do caju, mas quando qualquer fruto amadurece, o tamanho das moléculas ou o grau de polimerização aumenta. Com isso, ocorre a perda da capacidade de se complexar com as proteínas e a diminuição da adstringência.
Em geral, quando se trata de pedúnculos de cajueiro-comum, não é possível identificar, apenas pela aparência, se um caju é adstringente ou não. Porém, existem algumas exceções, como o caso do chamado caju-banana, que, em geral, contém alto teor de taninos e é conhecido pela acentuada adstringência. Com o desenvolvimento de pesquisas em melhoramento genético do cajueiro, foram selecionados clones que passaram a ser utilizados em plantios comerciais. A análise dos teores de taninos dos pedúnculos, durante a seleção, tornou possível saber, antes do plantio, se os pedúnculos de um determinado clone são adstringentes ou não.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 352
Ano: 2015
-
A diferença de coloração entre os cajus é resultado apenas do tipo e concentração do pigmento, denominado antocianina, predominante na película (casca), e a cor é um atributo do tipo ou do clone, que não dá indicação sobre outras características do pedúnculo.
Tanto os cajus amarelos quanto os vermelhos podem ser muito saborosos, e não existe diferença no teor de vitamina C entre eles. No entanto, entre os clones disponíveis, pode haver um amarelo com mais vitamina C que um vermelho, e vice-versa. Dentro de cada tipo ou de cada clone, o teor varia de acordo com o estádio de maturação. Durante esse processo, ocorre um aumento no conteúdo dessa vitamina até o estádio maduro e firme; a partir daí, na senescência, tende a diminuir.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 353
Ano: 2015
-
Não. O caju é classificado no grupo dos frutos não climatéricos. Mesmo depois de colhidos, todos os frutos continuam a respirar, e, de acordo com seu comportamento respiratório, são classificados em climatéricos e não climatéricos. Após a colheita, os climatéricos têm um aumento característico na taxa de respiração, identificada pela quantidade de gás carbônico (CO2) produzida. Essa taxa aumenta até atingir um máximo (pico respiratório climatérico), que antecede ou coincide com o pico de produção de etileno, considerado o regulador do amadurecimento. Nos frutos não climatéricos, a taxa respiratória decresce continuamente após a colheita, a produção de etileno não aumenta e não há modificações relacionadas ao amadurecimento. Os frutos pertencentes a esse grupo, se colhidos antes de amadurecer, embora possam apresentar amolecimento e perda de coloração verde, não se tornam adequados para o consumo. Portanto, o caju deve ser colhido obrigatoriamente com o pedúnculo maduro.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 354
Ano: 2015
-
Em condições de campo, essa doença não tem apresentado danos que justifiquem a adoção de medidas de controle.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 323
Ano: 2015
-
O agente da resinose se dissemina de uma planta para outra por intermédio de instrumentos agrícolas de corte (enxadas, facões, roçadeiras, tesouras de poda, etc.), carregado por insetos, pássaros e pequenos primatas (saguis) que se alimentam da goma. A água da chuva e o vento têm sido mencionados também como agentes de disseminação, embora de menor importância. Entretanto, estudos recentes demonstraram que o principal veículo de disseminação são as mudas infectadas de forma latente (assintomáticas).
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 330
Ano: 2015
-
Apesar de já ocorrerem em quase todas as microrregiões produtoras de caju do Nordeste, a resinose é tida hoje como uma séria doença nas regiões semiáridas do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 331
Ano: 2015
-
O principal fator que tem se relacionado com a elevada incidência da resinose é a amplitude térmica acima de 10 °C. Acredita-se que esse fator propicie o tipo de estresse necessário ao fungo para que ele saia da sua condição de patógeno latente (endofítico) para tornar-se patogênico ao cajueiro. Outros fatores, como o estresse hídrico e a suscetibilidade do clone, também podem contribuir para a ocorrência da doença.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 332
Ano: 2015
-
Como doença nova, que se tem estabelecido em função das alterações climáticas, ainda não se tem definidos os clones resistentes à mancha de Xanthomonas; contudo, com base nas pesquisas iniciais, podem-se adiantar como susceptíveis os clones FAGA 1 e FAGA 11; moderadamente susceptível o CCP 76; altamente susceptível o clone experimental CAC 35, no qual a doença foi observada pela primeira vez.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 338
Ano: 2015
-
Não. Os fungos podem infectar as amêndoas desde o início de sua formação, quando ainda no interior de castanhas jovens.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 341
Ano: 2015
-
A deterioração das amêndoas de castanhas de cajueiro pode ser minimizada pela adoção das seguintes medidas: colher as castanhas tão logo atinjam a maturidade, eliminando qualquer resto de pedúnculo aderido; colocá-las para secar em terreno batido ou secador de cimento durante pelo menos 3 dias; armazená-las em sacos de aniagem, sobre estrados de madeira, em local seco e ventilado.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 343
Ano: 2015
-
Estudos mais recentes comprovaram que níveis baixíssimos de aflatoxina B1 podem ser encontrados em amêndoas de castanha de cajueiro. Ainda assim, é a amêndoa menos contaminada no mundo, não obstante diversas espécies fúngicas tenham sido isoladas de amêndoas de cajueiro. Para evitar qualquer prejuízo à saúde humana, amêndoas excessivamente deterioradas não devem ser consumidas.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 345
Ano: 2015
-
Apesar de existirem excelentes pedúnculos de cajueiro-comum, a planta apresenta alto porte, com altura de 8 m a 15 m e envergadura de 10 m a 20 m. A colheita do caju de árvores muito altas é impraticável ou tem pouco aproveitamento, pois boa parte dos cajus cai de alturas elevadas e ficam imprestáveis para o consumo in natura.
Por causa da fragilidade do caju, a utilização de acessórios de colheita (varas, sacos, garrafas PET, etc.) não é recomendada, pois, além de machucar o pedúnculo, tornando-o imprestável para a comercialização in natura, provoca a queda de flores e frutos imaturos. Além disso, nem sempre é possível alcançar os cajus maduros nessas árvores mais altas.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 347
Ano: 2015
-
Além da maior produtividade, o porte baixo dessas plantas permite maior aproveitamento do caju, pois a colheita pode ser feita manualmente. Nesse aspecto, o cajueiro-anão-precoce difere do tipo comum, cuja colheita, na maioria das vezes, é feita após a queda, o que prejudica sensivelmente o aproveitamento industrial e inviabiliza o mercado de mesa. O cajueiro-anão-precoce também mostra menor variabilidade que o comum, tanto nas características físicas quanto na qualidade do pedúnculo e da castanha, o que facilita as operações de seleção e classificação e garante a homogeneidade dos lotes comercializados.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 348
Ano: 2015
-
Por ser um órgão não climatérico, o pedúnculo deve ser colhido maduro. Os principais indicadores do ponto de colheita são: coloração, firmeza e composição. No entanto, na prática, a colheita é realizada quando o pedúnculo apresenta-se completamente desenvolvido (tamanho), desprendendo-se facilmente da planta quando tocado manualmente, com a textura ainda firme e coloração característica do clone (sem sinais de coloração verde).
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 355
Ano: 2015
-
Para o mercado de frutos in natura, a utilização de acessórios de colheita não é recomendada. Os cajus devem ser colhidos manualmente, com uma leve torção, pois o pedúnculo maduro se desprende facilmente da planta. Na colheita, deve-se segurar o pedúnculo com as pontas dos dedos sem apertar, a fim de evitar o contato com a palma da mão do colhedor. Como a película que reveste a polpa do caju é fina, a mão aquecida do colhedor pode elevar sua temperatura, acelerando sua senescência. Para evitar ferimentos no pedúnculo, os colhedores devem manter as unhas aparadas e limpas.
Para o processamento industrial, se o porte da planta permitir, a colheita pode ser feita manualmente ou com o emprego de uma vara longa, provida de um saco. A colheita com vara longa desprovida de saco ou pela agitação dos galhos prejudica muito o aproveitamento do pedúnculo, em consequência do amassamento provocado pela queda.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 357
Ano: 2015
-
Além de o pedúnculo não amadurecer após colhido, é um produto muito perecível em consequência, principalmente, da grande quantidade de água e do intenso metabolismo. Vários são os fatores que afetam sua qualidade quando comercializado in natura, entre os quais se destacam:
- Desconhecimento dos cuidados necessários no manejo pré-colheita, colheita do pedúnculo verde ou muito maduro (ponto de colheita inadequado).
- Falta de conhecimento e treinamento para os colhedores, selecionadores, embaladores, etc.
- Caixa de colheita inadequada e, na maioria das vezes, ausência total de sua higienização.
- Exposição do produto ao sol por muito tempo, durante as operações de colheita e manuseio pós-colheita.
- Demora entre a colheita, o transporte para a casa de embalagem e o pré-resfriamento.
- Pré-resfriamento ausente ou insuficiente.
- Embalagem inadequada (o layout da caixa de papelão deve garantir ventilação apropriada).
- Temperatura de armazenamento inadequada.
- Variações de temperatura durante o transporte refrigerado.
- Exposições a temperaturas elevadas (acima de 20 °C) nos supermercados e feiras.
- Quebra da cadeia de frio entre a colheita e a mesa do consumidor.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 360
Ano: 2015
-
Sim, se for colhido maduro. Mesmo maduro ele ainda pode apresentar um teor de amido superior a 1,5%, que pode ser transformado em açúcares por meio de reações enzimáticas. O sabor doce do caju pode acentuar-se também pelo aumento na proporção de glicose e frutose durante o armazenamento, atribuído à quebra da sacarose, mesmo que o teor total de açúcares não se altere. Como a frutose tem um poder adoçante de cerca de 70% superior ao da sacarose, essa transformação pode fazer com que o pedúnculo fique um pouco mais doce.
Caso o pedúnculo não seja adequadamente embalado, ou esteja armazenado em ambiente com umidade relativa baixa, pode perder massa em razão da redução da umidade. Essa perda faz que haja uma concentração dos açúcares presentes, tornando o sabor mais doce. Entretanto, esse efeito não é desejável, porque a perda de umidade provoca perda de qualidade, reduz o teor de suco e causa murchamento do pedúnculo.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 358
Ano: 2015
-
O controle de doenças pós-colheita deve iniciar ainda no campo e, depois da colheita, o manuseio deve ser realizado segundo as boas práticas de pós-colheita, utilizando equipamentos e utensílios higienizados. Apesar de alguns produtos serem eficientes contra as doenças e pragas pós-colheita de caju, ainda não existe nenhum produto registrado no Mapa para essa finalidade. Portanto, não podem ser feitas recomendações para controle pós-colheita de doenças.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 363
Ano: 2015
-
O pedúnculo descastanhado deve ser manipulado com todo o cuidado para evitar contaminação. Deve-se trabalhar com recipientes e utensílios completamente limpos e sob refrigeração. Caso contrário, pode ocorrer a perda de suco, fermentação e, consequentemente, a perda do produto.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 367
Ano: 2015
-
O filme de plástico, por causa da permeabilidade reduzida, dificulta as trocas gasosas entre o caju e o ambiente externo, modificando a atmosfera ao seu redor, torna a pressão de oxigênio mais baixa e a de gás carbônico (CO2) mais alta do que na atmosfera ambiente. Essa modificação reduz a intensidade do processo respiratório. Além disso, em uma pressão adequada, o CO2 acumulado dentro da embalagem pode também ter efeito fungistático. No entanto, uma pressão extremamente elevada desse gás pode acarretar o processo de fermentação. A atmosfera modificada possibilita um aumento na vida útil pós-colheita do caju in natura, quando armazenado sob refrigeração.
O pedúnculo do caju perde água por transpiração com muita facilidade, podendo causar perda de massa e murchamento. O filme plástico, por ser pouco permeável à água, aumenta a umidade relativa dentro da embalagem, reduzindo o murchamento por perda de umidade e mantendo os frutos firmes.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 369
Ano: 2015
-
O layout das embalagens para frutas in natura deve considerar que esses produtos estão vivos: respiram, amadurecem e morrem. Assim, a primeira função de uma embalagem é permitir a continuidade do processo vital dos frutos, além de protegê-los contra lesões e de isolá-los de condições adversas. No caso do caju in natura, as embalagens devem apresentar as seguintes características:
- Oferecer suficiente resistência à perda de água (de modo que permita a manutenção da umidade relativa recomendada para o armazenamento).
- Permitir troca de gases e fluxo de ar durante o transporte e armazenamento.
- Apresentar resistência física suficiente para proteger o produto durante a distribuição.
- Permitir o empilhamento e a paletização.
- Se usadas para exibição, devem ser atrativas ao consumidor.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 371
Ano: 2015
-
O pedúnculo do caju é um dos componentes que apresentam alto teor de umidade e, se armazenado em ambientes com baixa umidade relativa, perderá água por transpiração. Nessas condições de armazenamento, em apenas 36 horas, a perda de massa pode chegar a 18%. Esse fato demonstra a importância da alta umidade relativa nas condições de armazenamento.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 376
Ano: 2015
-
Considerando o tempo máximo de vida útil do caju (3 semanas), a permanência na fazenda não deve ultrapassar 5 dias, pois as operações de transporte e comercialização requerem entre 6 e 8 dias. Para que o caju não fique estocado na fazenda por tempo prolongado, ao planejar o pomar é necessário que se considere a quantidade suficiente para completar um carregamento e a área necessária para produzi-la.
Uma alternativa para o produtor, cuja propriedade não alcance essa quantidade diária, é a vinculação a uma cooperativa ou associação, de modo que a expedição possa ser feita com mais frequência.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 378
Ano: 2015
-
Os clones atualmente recomendados para consumo in natura são o CCP 09 e o CCP 76. Ambos possuem aptidão mista (amêndoa e pedúnculo) tanto em cultivo irrigado como em sequeiro. O pedúnculo do BRS 189 poderá ser destinado ao consumo in natura se proveniente de cultivos irrigados, enquanto o BRS 265 (cultivar Pacajus), em cultivo de sequeiro, apresenta aptidão mista (amêndoa e pedúnculo).
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 379
Ano: 2015
-
A composição em ácidos graxos (%) do óleo de amêndoas de castanha-de-caju (Tabela 2) apresenta elevados teores de ácido oleico e linoleico, semelhantes ao do azeite de oliva. Além disso, destaca-se o alto teor de ácido linolênico, também conhecido como ômega 6 (ω6), que é um ácido graxo essencial, ou seja, não é produzido pelo organismo humano e deve ser adquirido por meio de ingestão na dieta. Por ser um produto de origem vegetal, a quantidade de colesterol é praticamente inexistente.
Tabela 2. Composição em ácidos graxos (%) do óleo da amêndoa de castanha-de-caju.
Componente % Ácido palmítico (C16:0) 7,9 a 9,7 Ácido palmitoleico (C16:1) 0,2 a 0,4 Ácido esteárico (C18:0) 6,3 a 9,3 Ácido oleico (C18:1) 57,7 a 67,1 Ácido linoleico (C18:2) 17,6 a 21,9 Ácido linolênico (C18:3) 0,1 a 0,9 Ácido araquídico (C20:0) 0,4 a 2,1 Total de ácidos graxos insaturados 78,6 a 85,4 Total de ácidos graxos saturados 14,6 a 21,4 Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 384
Ano: 2015
-
A extração do óleo gera um subproduto chamado torta, que é rico em proteínas. A partir da torta, pode-se elaborar um doce tipo paçoquinha (Tabela 3). O processo de obtenção é bastante simples, consistindo basicamente em pesagem, moagem e homogeneização dos ingredientes, prensagem, moldagem, corte e embalagem.
Tabela 3. Formulação para obtenção de doce tipo paçoquinha de amêndoa de castanha-de-caju (ACC).
Ingrediente Quantidade (g/100 g) Torta ACC 59,5 Açúcar 25,0 Sal 0,5 Farinha de mandioca 5,0 Gordura vegetal 10,0 Fonte: Lima et al. (2012).
LIMA, J. R.; GARRUTI, D. dos S.; ARAUJO, I. M. S.; NOBRE, A. C. O.; GARCIA, L. G. S. Elaboração de doce tipo paçoca a partir do resíduo da extração do óleo da amêndoa de castanha-de-caju. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2012. 4p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado técnico, 189).
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 386
Ano: 2015
-
Segundo as Normas de Identidade, Qualidade e Apresentação da Castanha-de-caju (BRASIL, 1979, 2009), cajuí é a castanha que, pelo sistema de classificação, vasa na peneira de furos circulares de 17 mm e apresenta acima de 300 unidades/kg.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 644, de 11 de setembro de 1975, aprova as especificações anexas para padronização, classificação e comercialização da amêndoa e castanha de caju. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 4 nov. 1975, seção I, p. 3977.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 391
Ano: 2015
-
A castanha-de-caju, atualmente, é classificada conforme sua apresentação, origem genética, qualidade e tamanho, considerando-se os padrões descritos abaixo:
- Grupos: de acordo com a forma de apresentação, ou seja, em casca ou sem casca (amêndoa).
- Categorias: de acordo com sua origem genética, ou seja, comum ou anã precoce.
- Tipos: de acordo com a qualidade, a castanha pode ser enquadrada em quatro tipos (1, 2, 3 e 4), conforme percentuais de defeitos.
- Classes, de acordo com o tamanho, a castanha se classifica em:
Grande: 90 frutos/kg.
Média: 91 a 140 frutos/kg.
Pequena: 141 a 220 frutos/kg.
Miúda: 221 a 300 frutos/kg.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 393
Ano: 2015
-
Sim, as castanhas e amêndoas de um mesmo material clonado já são padronizadas pela natureza. Por apresentarem tamanho, formato ou geometria uniforme, permitem maior eficiência nas operações de cozimento e decorticação, principalmente no processamento em que se utilizam máquinas de corte mecanizado, as quais exigem calibragem perfeita.
Além da maior facilidade nas operações de desidratação, despeliculagem, seleção e classificação, por possuírem o mesmo formato, as amêndoas das castanhas dos clones de cajueiro proporcionam melhor apresentação do produto final.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 394
Ano: 2015
-
Os cajus devem ser dispostos em bandejas plásticas (21 cm x 14 cm) envolvidas com filme de plástico flexível e autoaderente. O acondicionamento dos cajus em bandejas diminui os danos causados pelo manuseio excessivo nos locais de comercialização. As bandejas devidamente etiquetadas, em número de três, devem ser acondicionadas em caixas de papelão, tipo peça única, sem tampa, que favoreçam o encaixe (sobreposição), a ventilação e a paletização. Cada bandeja deve conter entre 550 g e 800 g de caju; e a caixa, um mínimo de 1.700 g.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 368
Ano: 2015
-
Atualmente, o consumidor, antes de adquirir qualquer tipo de produto, leva em consideração vários aspectos. No caso de frutas in natura como o caju, algumas informações são essenciais: conteúdo (tipo, peso, número e tamanho de frutos); origem (região e nome do produtor); data de colheita; condições de conservação (temperatura e umidade relativa de armazenamento); valor nutritivo (teor médio de açúcares, vitamina C e valor calórico); e orientações sobre como consumir o produto.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 370
Ano: 2015
-
As embalagens utilizadas para comercialização de frutas in natura, além de permitir que o produto seja adequadamente acondicionado, transportado e comercializado, devem levar em consideração a boa apresentação. Por isso, as seguintes falhas devem ser evitadas:
- Má qualidade de impressão.
- Ilustrações deficientes.
- Letras muito pequenas.
- Combinação inadequada de cores.
- Letras de tipos diferentes.
- Informações incompletas ou mesmo ausência de informações, tais como modo de consumo do produto.
- Rótulo ou etiqueta confusos (por exemplo, rótulo ou etiqueta com desenho de caju vermelho em embalagem com caju amarelo).
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 372
Ano: 2015
-
Sim. Eles possuem diferentes genótipos. Além disso, tem-se a influência da relação genótipo-ambiente que acarreta diferentes teores de sólidos solúveis, acidez, açúcares e vitamina C, nos pedúnculos dos diferentes clones.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 381
Ano: 2015
-
A castanha, o verdadeiro fruto do cajueiro, é constituída basicamente de duas partes: a casca e a semente, que é a parte comestível.
A casca é formada pelo conjunto epicarpo, mesocarpo esponjoso e endocarpo, enquanto a semente é uma amêndoa revestida por um tegumento – a película. A proporção entre os componentes da castanha é, em média, 67,5% de casca, 2,5% de película e 30% de amêndoa.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 382
Ano: 2015
-
A amêndoa da castanha-de-caju possui alto valor nutritivo e apresenta grande variação em sua composição química (Tabela 1). Dados de nove genótipos produzidos pela Embrapa apontam valores médios de 23% para proteínas e de 45% para lipídeos.
Tabela 1. Composição de amêndoas de castanha-de-caju (100 g).
Composição Valor Umidade e matéria volátil (g) 2,1 a 8,4 Cinzas (g) 2,7 a 4,2 Lipídeos totais (g) 39,9 a 47,9 Proteínas – %N x 6,25 (g) 17,5 a 33,8 Carboidratos totais (g) 16,0 a 35,4 Fibra alimentar(1) (g) 3,7 Cálcio(1) (mg) 33 Energia(1) (Kcal) 570 1Fonte: Tabela (2006).
TABELA brasileira de composição de alimentos: TACO. 2. ed. Campinas: Nepa-Unicamp, 2006. Disponível em: <http://www.unicamp.br/nepa/taco/contar/taco_versao2.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2015.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 383
Ano: 2015
-
As castanhas previamente limpas e selecionadas são submetidas a uma autoclavagem com vapor úmido saturado, utilizando-se pressão a 10 psi (pound square inch) por 15 a 20 minutos. Após o resfriamento, o corte de cada castanha é feito em máquinas de operação manual, providas de navalhas ajustáveis, separando a amêndoa da casca. As amêndoas com película são levadas para a estufa, para posterior despeliculagem, seleção, classificação e embalagem.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 397
Ano: 2015
-
O cozimento da castanha-de-caju tem as seguintes finalidades:
- O endurecimento da casca, tomando-a friável, para permitir sua abertura por impacto, no processo mecanizado.
- A expansão da casca da castanha, criando uma folga entre a casca e a amêndoa, deixando-a solta para que, no ato do corte/quebra, ela não fique presa na casca e saia inteira.
- A colagem dos cotilédones entre si, assegurando maior percentual de amêndoas inteiras.
- A colagem da película sobre a superfície da amêndoa, o que lhe servirá de proteção contra a contaminação com líquido da casca da castanha (LCC), o qual pode manchar a amêndoa.
- O sistema de corte semimecanizado permite que a abertura ocorra por meio de um corte reto e liso, sem rasgar ou dilacerar a casca, evitando assim que o LCC, que é corrosivo, espirre sobre o cortador.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 398
Ano: 2015
-
Depende do processo de autoclavagem empregado. Naqueles em que as castanhas não aumentam de peso, ou seja, não absorvem água durante o cozimento, basta esperar a castanha esfriar o suficiente para permitir sua manipulação. Por sua vez, naqueles em que a castanha absorve umidade, recomenda-se que elas sejam levadas ao sol para facilitar a operação de decorticação.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 399
Ano: 2015
-
No sistema semimecanizado, os operários trabalham em duplas, um de cada lado da máquina. O cortador opera a máquina mediante movimento simultâneo num pedal e numa alavanca, prendendo a castanha e acionando as lâminas que cortam e separam as duas metades da casca. Colocado à sua frente, o outro operário (tirador) separa a amêndoa da casca, com o uso de faca ou canivete com ponta.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 400
Ano: 2015
-
Após o corte da castanha, as amêndoas apresentam um teor de umidade entre 6% e 9%, com a película firmemente aderida à superfície da amêndoa, de difícil remoção. Para facilitar a retirada da película, as amêndoas são desidratadas em estufas, durante 8 a 10 horas, a uma temperatura entre 60°C e 70°C, até que atinjam um teor de umidade de cerca de 3%. Nessa condição, a película fica quebradiça, o que facilita sua soltura.
As amêndoas são espalhadas em camada fina sobre bandejas, as quais podem ser colocadas individualmente, como prateleiras sobrepostas dentro da estufa ou podem ser montadas sobre um carrinho, para facilitar sua movimentação.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 403
Ano: 2015