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Exibindo 2.053 resultados encontrados
  • Introdução manejo

    Introdução manejo

    O cajueiro é uma planta exigente em relação à adubação, água e luz solar e requer cuidados contínuos na condução dos cultivos. Para garantir pomares produtivos e sadios é necessário adotar práticas adequadas de manejo nos momentos recomendados em cada etapa da cultura. 

    Encontrado na página: Manejo

  • Cozimento

    Torna a casca da castanha mais fácil de quebrar e facilita a retirada da amêndoa. O cozimento deve ser realizado por meio de vapor úmido, em autoclave ou caldeira, por 20 a 30 minutos.  Entretanto, o uso de caldeiras só é recomendado para fábricas com produção diária acima de duas toneladas de castanha e deve seguir rigorosos critérios técnicos de segurança no trabalho e ambiental.

    Em minifábricas, a maioria dos cozedores utilizados tem capacidade para 50 a 100 quilos de castanha, gera vapor no próprio vaso de cozimento e tem como fonte de calor gás de cozinha ou lenha.

     

    Encontrado na página: Processamento da castanha

  • Processamento da castanha

    Conheça as etapas essenciais do processamento da castanha-de-caju para obtenção de amêndoas com requisitos de qualidade exigidos pelo mercado.

    Encontrado na página: Processamento

  • Processamento do pedúnculo

    Conheça diferentes formas de aproveitamento industrial do pedúnculo do caju e a importância das boas práticas de fabricação, para garantir qualidade ao produto final.

    Encontrado na página: Processamento

  • Cursos
  • Colheita do pedúnculo

    Esse processo é uma parte importante no cuidado com frutas e vegetais. O pedúnculo é como a "ponte" que liga o fruto à planta, e seu bom manejo ajuda a garantir que os produtos cheguem frescos e de qualidade até o consumidor, preservando o sabor e a aparência.

    Encontrado na página: Colheita e pós-colheita

  • Conservação pós-colheita do pedúnculo

    Cuidar do pedúnculo depois da colheita é essencial para manter frutas e vegetais frescos por mais tempo. Como ele conecta o fruto à planta, é importante para garantir que os produtos se mantenham bons para o consumo, facilitando o transporte e o armazenamento sem perder a qualidade.

    Encontrado na página: Colheita e pós-colheita

  • Colheita e pós-colheita da castanha

    A colheita e o cuidado com a castanha depois que ela sai da planta são passos importantes para garantir que ela chegue com qualidade para ser processada. Esses cuidados são essenciais para transformar a castanha em diferentes produtos que usamos no dia a dia, como óleos e alimentos.

    Encontrado na página: Colheita e pós-colheita

  • Manejo da área do pomar

    Manejo da área do pomar

    Conheça mais sobre como cuidar do solo e da área do pomar de cajueiro para ter mais produtividade e evitar doenças:

     

    • Adubação
      Aprenda sobre os tipos de adubação conforme a idade do pomar e como identificar as principais deficiências de nutrientes da planta. Saiba mais >

     

    • Irrigação
      Entenda as vantagens do cultivo irrigado e quais os métodos de irrigação recomendados para o cajueiro-anão.
      Saiba mais >

     

    • Controle de plantas daninhas
      Conheça as principais práticas para o controle de plantas daninhas em pomares de cajueiro.
      Saiba mais >

     

    • Consorciação
      Saiba como aproveitar o espaçamento amplo que o cajueiro exige para o cultivo de outras espécies agrícolas.
      Saiba mais >

    Encontrado na página: Manejo

  • Manejo
  • Plantio
  • O Cajueiro
  • Mudas clonais

    A produção de mudas dos clones de cajueiro disponibilizados pela pesquisa deve ser realizada somente por meio de enxertia, com uso de porta-enxerto produzido para esta finalidade. A enxertia garante a obtenção de plantas com características geneticamente semelhantes à planta mãe utilizada. Os principais métodos recomendados para a produção de mudas clonais são a enxertia por garfagem em fenda lateral e a enxertia por borbulhia em placa.

    Encontrado na página: Produção de mudas

  • Escolha adequada dos clones

    Escolha adequada dos clones

    Os clones de cajueiro permitem a produção de castanha, para o processamento industrial da amêndoa; de pedúnculo, para o processamento industrial da polpa; e de caju inteiro para o mercado de frutos de mesa (consumo in natura).

    A escolha adequada dos clones para o cultivo comercial deve levar em consideração os objetivos de produção, potencial de mercado e características da planta, como adaptação às condições de clima e solo da localidade de cultivo, produtividade e tolerância a pragas e doenças. Também é recomendado combinar o plantio de mais de um clone para assegurar plantas com características distintas e reduzir os riscos de perdas na cultura.

     

    Encontrado na página: Clones

  • Adubação em cultivo irrigado (Fertirrigação)

    Adubação em cultivo irrigado (Fertirrigação)

    Em pomares irrigados os fertilizantes nitrogenados (como ureia, sulfato de amônio, nitrato de cálcio, nitrato de potássio, fosfato monoamônico (MAP) e nitrato de amônio) e potássicos (como cloreto de potássio, sulfato de potássio, nitrato de potássio e fosfato monopotássico), sejam solúveis, sólidos ou líquidos, são colocados na água de irrigação. A prática, conhecida como fertirrigação, pode ser adotada tanto na irrigação por aspersão como por gotejamento e possibilita melhor distribuição e aproveitamento de nutrientes pelo sistema radicular das plantas. 

    Os adubos fosfatados (ácido fosfórico, fosfato monoamônico (MAP), fosfato diamônico (DAP) e fosfato monopotássico) também podem ser aplicados nas plantas do pomar via água de irrigação. Entretanto, o uso destes produtos na fertirrigação exige monitoramento dos injetores (microaspersores ou gotejadores) para evitar o entupimento desse equipamentos.

    As recomendações dos tipos de fertilizantes, dosagens e frequência das aplicações na fertirrigação devem ser feitas por profissional técnico, com base nos resultados das análises de solo. 

    Encontrado na página: Adubação

  • Equipamentos para fertirrigação - parte 2

    Todos os nutrientes requeridos pela cajucultura podem ser aplicados via fertirrigação, mas é necessário que os fertilizantes apresentem boa solubilidade em água e, quando diluídos em um mesmo tanque, sejam compatíveis entre si. Além disso, é importante utilizar um sistema de irrigação que possibilite uniformidade na distribuição dos fertilizantes no pomar.

    Encontrado na página: Irrigação

  • Enxertia

    Enxertia

    Enxertia

    Na substituição de copa o método de enxertia utlizado é, obrigatoriamente, a borbulhia em placa, já que as plantas são enxertadas no campo, a pleno sol, e esse é o único método que dispensa o sombreamento.

    Quando as brotações selecionadas nos troncos atingirem o diâmetro de, aproximadamente, 1 (um) centímetro, cerca de 90 dias após o corte das plantas, é o momento de realizar o processo de enxertia, com uso de ramos produtivos em floração (propágulos) provenientes de plantas selecionadas do clone a ser introduzido. 

    Encontrado na página: Substituição de copa

  • Colheita e pós-colheita
  • Processamento
  • Plantio de mudas
  • Preparo das covas e sulcos de plantio

    No preparo das covas ou sulcos para o plantio do cajueiro recomenda-se a aplicação de fertilizantes fontes de fósforo e micronutrientes. As quantidades desses nutrientes devem ser definidas por profissional técnico, com base nos resultados das análises de fertilidade do solo e no tamanho das covas ou sulcos. Os fertilizantes são misturados ao volume total de solo retirado na abertura das covas ou sulcos. Após a mistura, o solo é utilizado para fechar completamente a cova ou sulco de plantio.

    Caso haja disponibilidade de esterco na propriedade, recomenda-se utilizar somente esterco oriundo de bovinos ou caprinos, bem curtido, em quantidade adequada para o tamanho da cova ou sulco. A medida para adubar uma cova medindo 40 cm x 40 cm x 40 cm é  de 8 litros de esterco, bem misturado ao solo retirado da cova. O esterco é considerado curtido quando apresenta coloração escura e não esquenta após a aplicação de água.

    Não é recomendado o uso de esterco de aves ou cama de frango no plantio do cajueiro.

    Encontrado na página: Plantio de mudas

  • Roçagem do pomar e coroamento das plantas

    Roçagem do pomar e coroamento das plantas

    • Roçagem do pomar e coroamento das plantas
      Tanto a roçagem nas entrelinhas do pomar como o coroamento das plantas devem ser realizados antes da queda dos frutos. Esses cuidados reduzem a perda de castanhas e contribuem para evitar o ataque de pragas e doenças que comprometem a qualidade do produto. 

    Encontrado na página: Colheita e pós-colheita da castanha

  • Áudios e Podcasts
  • Listagem Perguntas e Respostas
  • Notícias
  • Vídeos
  • O cajueiro cultivado (Anacardium occidentale L.) pertence à família Anacardiaceae e ao gênero Anacardium, que compreende ainda outras 20 espécies. Dentre todas as espécies, apenas a Anacardium occidentale é cultivada comercialmente e compreende os tipos anão-precoce e comum.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 3

    Ano: 2015

  • O cajueiro é uma planta perene, com ramificação baixa e porte variado, em função do qual se distinguem os grupos anão-precoce (porte baixo) e comum (porte alto). Geralmente, a planta do cajueiro comum atinge 12 m a 14 m de altura e 5 m a 8 m de envergadura, podendo, excepcionalmente, chegar a 15 m de altura por 20 m de envergadura. No tipo anão-precoce, a altura média fica em torno de 4 m, e a envergadura varia entre 6 m e 8 m. O sistema radicular é constituído por uma raiz pivotante bem desenvolvida e normalmente bifurcada, com raízes laterais que atingem até duas vezes a projeção da copa. As folhas são simples, inteiras, alternas, glabras, de aspecto subcoriáceo e com pecíolo curto. Durante o seu desenvolvimento, a planta possui ramificações intensivas, das quais se originam as panículas, e extensivas, que não resultam em panículas. A predominância de ramificação intensiva confere à copa um formato de guarda-chuva, e a de ramificação intensiva resulta em copa esgalhada e desuniforme. As panículas contêm flores masculinas e hermafroditas em proporções variadas e são produzidas na periferia da copa.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 4

    Ano: 2015

  • O Brasil é o provável centro de origem do cajueiro e o principal centro de diversidade da maioria das espécies do gênero Anacardium.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 1

    Ano: 2015

  • O cajueiro é uma planta com predominância de polinização cruzada, cujo número de cromossomos ainda é indefinido, sendo o mais aceito 2n = 42 cromossomos.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 5

    Ano: 2015

  • É uma planta que se origina de outra por propagação assexuada e possui o mesmo patrimônio genético. Quando alguém menciona o termo “clone de cajueiro CCP 76”, está se referindo a um grupo de plantas propagadas assexuadamente a partir da planta CP 76, selecionada no programa de melhoramento genético. Um clone é também comumente chamado de variedade ou cultivar.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 8

    Ano: 2015

  • É uma variedade que passou a ser cultivada comercialmente.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 7

    Ano: 2015

  • O cajueiro é uma espécie alógama, ou seja, reproduz-se prefe­rencialmente por cruzamento. Nesse caso, a polinização ocorre com pólen de plantas diferentes. A inflorescência é uma panícula terminal, onde se encontram dois tipos de flores: hermafroditas ou perfeitas e masculinas ou estaminadas. Como ainda não foram detectados sistemas de autoincompatibilidade, a polinização pode também ocorrer dentro de uma mesma flor, entre flores diferentes na mesma planta ou entre plantas de um mesmo clone. Entretanto, a conformação anatômica das flores não favorece a polinização com pólen da mesma flor.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 15

    Ano: 2015

  • A CCP 76 é a mais difundida e é cultivada em várias regiões do Brasil. A BRS 226, que foi originalmente recomendada para o Semiárido do Piauí, é plantada também no litoral do Ceará; e a Embrapa 51 é plantada no litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte e no sertão do Rio Grande do Norte.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 14

    Ano: 2015

  • Não existem provas definitivas de que a falta de agentes polinizadores resulte em perdas substanciais na produção do cajueiro. Entretanto, os estudos indicam que as abelhas (Apis mellifera) são os principais polinizadores, e muitos produtores consideram positivos os efeitos da associação entre cajucultura e apicultura.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 16

    Ano: 2015

  • Nem sempre. Cada local tem suas características próprias de clima e solo. Como o desenvolvimento das plantas é resultante de sua interação com o ambiente, normalmente o comportamento de um clone pode não ser o mesmo nos diferentes locais. O correto é testar, no local, diversas alternativas de clones para plantio, antes de definir qual o melhor para plantar em maior escala.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 23

    Ano: 2015

  • Do ponto de vista de propagação, obtém-se um clone de cajueiro por meio de simples multiplicação assexuada (normalmente garfagem ou borbulhia) de uma planta, embora essa prática, por si só, não assegure o sucesso de um pomar comercial. Do ponto de vista do melhoramento, é necessário todo um processo de seleção, cruzamento e avaliação, feito por especialistas, visando à recomendação de um clone.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 19

    Ano: 2015

  • As plantas devem ter porte baixo, visando facilitar a colheita manual e produzir pedúnculos com as seguintes características: coloração variando de vermelho a vermelho-alaranjado (preferência de mercado), formato piriforme ou maçã, peso entre 80 g e 120 g, textura consistente, sabor doce (mínimo de 10° Brix), baixo teor de tanino (máximo de 0,4) e baixa acidez (0,3 a 0,4).

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 25

    Ano: 2015

  • Porque haverá muita variação entre plantas nesse novo plantio. As sementes colhidas num plantio de clones são originadas de cruzamentos naturais entre as plantas do referido clone, o que corresponde, geneticamente falando, a uma autofecundação. Isso ocasiona o surgimento de plantas descendentes (plantas filhas) raquíticas, com menor produção, menor peso de fruto e pedúnculo e com alta frequência de defeitos genéticos (plantas albinas, se­mentes que não germinam e crescimento tortuoso do caule). Esses efeitos são chamados de depressão por endogamia, semelhante à consanguinidade entre animais.

    Esse esclarecimento é importante porque alguns produtores, ao adquirirem mudas de determinado clone para a formação de pomares comerciais, podem ser tentados a utilizar as sementes produzidas no próprio pomar para ampliá-lo, em vez de adquirirem novas mudas.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 31

    Ano: 2015

  • Sim. No pomar formado por clones, as plantas têm crescimento uniforme, iniciam a produção quase na mesma época, mais precocemente e produzem quase a mesma quantidade de castanha. Por sua vez, nos pomares formados por sementes, as plantas são desuniformes, tanto em relação às suas características morfológicas, quanto à produção de castanha e pedúnculo.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 32

    Ano: 2015

  • Sim. Do ponto de vista de mercado, o produto (castanha ou pedúnculo) colhido em pomar formado por mais de um clone não terá problemas em suas características comerciais. No entanto, se a castanha for utilizada para a formação de novos pomares, o produto comercial resultante será muito afetado tanto na produção como nas qualidades industriais.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 30

    Ano: 2015

  • Não. Grandes áreas plantadas com o mesmo clone tornam-se muito homogêneas, ou seja, todas as plantas terão as mesmas características favoráveis e, também, algumas desfavoráveis. Como todas as plantas serão iguais (geneticamente uniformes) na resposta aos fatores adversos do ambiente, há um aumento da vulnerabilidade do plantio, principalmente ao ataque de pragas e patógenos. O ideal, portanto, é o plantio de mais de um clone, distribuídos em talhões.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 21

    Ano: 2015

  • Os clones atualmente disponíveis são: CCP 76, CCP 09, Embrapa 50, Embrapa 51, BRS 189, BRS 226, BRS 253, BRS 265 (cajueiro-anão-precoce), BRS 274 (cajueiro-comum) e BRS 275 (híbrido – cajueiro-anão-precoce x comum). Além desses, há ainda o clone CCP 06, que é recomendado para a produção de porta-enxerto.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 24

    Ano: 2015

  • A propagação sexuada é feita por meio de sementes, no caso as castanhas. Por isso, as plantas assim originadas são geneticamente diferentes para uma ou mais características, mesmo quando originadas de uma única planta. Já a reprodução assexuada (enxertia por garfagem ou borbulhia) é feita por meio de estruturas vegetativas e produz um conjunto de plantas geneticamente idênticas.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 33

    Ano: 2015

  • Não, pois todas as plantas são geneticamente idênticas, e algu­mas possíveis diferenças fenotípicas observadas serão em virtude das diferenças do ambiente e não se manifestarão nas progênies clonais.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 35

    Ano: 2015

  • Considerando as modernas técnicas da fruticultura, que prioriza o plantio de clones de porte baixo e precoce, o cajueiro-comum não se enquadraria nesse contexto. Entretanto, em razão de suas qualidades (capacidade produtiva individual e peso da castanha), o melhoramento genético vem efetuando a seleção de clones, desse tipo, que apresentem porte médio e adaptabilidade a ambientes específicos. Dependendo também do tipo de exploração comercial, por exemplo, o consórcio entre a cajucultura e a bovinocultura, recomenda-se o plantio de clones do tipo comum.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 37

    Ano: 2015

  • Não se recomenda o plantio do cajueiro nas seguintes condições de solos:

    • Solos de baixadas sujeitos a alagamento por períodos prolongados.
    • Solos cascalhentos (partículas > 2 mm de diâmetro) que, de modo geral, apresentam uma camada endurecida com concreções ferruginosas e pequena profundidade que impede ou dificulta a penetração das raízes. Por essa razão, plantas de maior porte, como o cajueiro, ficam sujeitas ao tombamento.
    • Solos salinos – O cajueiro é sensível à presença de sais, principalmente na fase inicial de desenvolvimento.
    • Solos rasos e com afloramento de rochas – Estes solos são impróprios ao cultivo do cajueiro, que possui um sistema radicular bem desenvolvido.
    • Solos com lençol freático muito raso (inferior a 2 m) ou muito profundo (superior a 10 m).

    Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção

    Número da Pergunta: 49

    Ano: 2015

  • Sim. O cajueiro pode ser cultivado em locais com baixas temperaturas, desde que não ocorram por períodos muito longos e não haja geada.

    Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção

    Número da Pergunta: 45

    Ano: 2015

  • Sim, pois as plantas com características fora do padrão comer­cial, embora ocorram apenas em pomares formados por sementes, só têm valor para a pesquisa. Nesse caso, o produtor poderá contatar uma instituição de pesquisa para providenciar a sua preservação em Banco de Germoplasma.

    Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades

    Número da Pergunta: 39

    Ano: 2015

  • Embora o cajueiro possa ser cultivado em baixas temperaturas, recomenda-se que seu plantio, em nível comercial, seja feito em regiões com temperaturas entre 18°C e 35°C.

    Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção

    Número da Pergunta: 44

    Ano: 2015

  • Sim. Não existe nenhum impedimento de ordem técnica para o não cultivo do cajueiro em tais solos, que são originados de deposição (intemperismo físico) de sedimentos minerais e orgânicos nas margens de rios e áreas de planícies, apresentando elevados padrões de fertilidade.

    Para cultivar os cajueiros em solos aluviais, é necessário que os solos tenham profundidade satisfatória ao crescimento do sistema radicular; além disso, devem ser bem drenados e não sujeitos a prolongados períodos de encharcamento.

    Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção

    Número da Pergunta: 50

    Ano: 2015

  • As amostras de solo para fins de análise de fertilidade e recomendação de calagem e adubação devem ser representativas do terreno a ser cultivado. Recomenda-se dividir o terreno em áreas menores e uniformes quanto à vegetação nativa, cor, profundidade e textura (arenosa, média ou barrenta, argilosa). A seguir, percorre-se o terreno em zigue-zague, retirando-se pequenas porções de solo, de 15 a 20 locais diferentes, pelo menos, nas profundidades de 0 a 25 cm e de 25 cm a 50 cm de cada área homogênea do terreno. As porções de cada profundidade na mesma área homogênea são misturadas, separadamente, e colocadas para secar. Em seguida, retira-se uma subamostra de 500 g a 600 g de cada mistura, que é acondicionada em sacos de plástico limpos e devidamente identificada.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 57

    Ano: 2015

  • Sim. Porque os solos do Cerrado são, em geral, ácidos e com teores elevados de alumínio trocável (AI+++), além de serem geralmente deficientes em cálcio e magnésio.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 65

    Ano: 2015

  • A quantidade de gesso a ser aplicada pode variar de 25% a 30% da quantidade de calcário recomendada, obedecendo a certas características do solo: solo arenoso (argila < 15%) até 500 kg/ha; solo de textura média (argila < 35%) até 1.000 kg/ha; solo argiloso (argila > 35%) até 1.500 kg/ha.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 67

    Ano: 2015

  • De modo geral, o florescimento do cajueiro-comum varia de 5 a 6 meses, e a época de florescimento depende do período e da distribuição das chuvas.

    No Brasil, mais precisamente na região litorânea do Ceará, em anos de chuva regular, o florescimento estende-se de julho a dezembro, mas 85% da produção estão concentrados entre a segunda quinzena de outubro e o final de dezembro.

    O período de produção do cajueiro-anão-precoce antecede o do cajueiro-comum (agosto) e tem uma distribuição mais ampla (3 a 5 meses), podendo, sob irrigação, estender-se por todo o ano. Se levar em conta a produção desde o Estado do Piauí até Pernambuco, a safra se estende de maio até fevereiro, dependendo das chuvas.

    Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção

    Número da Pergunta: 54

    Ano: 2015

  • Não. Mas, para facilitar os trabalhos, essa operação deve ser feita quando o solo apresentar alguma umidade, pois, quando seco, o trabalho é mais difícil e demorado.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 59

    Ano: 2015

  • O procedimento é o mesmo que o anterior. No entanto, as amostras devem ser coletadas nas áreas sob as copas das plantas (onde os fertilizantes são aplicados) nas mesmas profundidades e separadamente. Caso se queira comparar com o terreno das entrelinhas, onde não se aplicou adubo, coletam-se amostras, nessa área, nas mesmas profundidades.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 58

    Ano: 2015

  • A cova deve ser preparada com antecedência de, pelo menos, 30 dias do plantio. Para uma cova de 50 cm de largura x 50 cm de comprimento x 50 cm de profundidade, recomenda-se colocar 100 g de calcário no fundo da cova, para cada tonelada de calcário indicada pela análise do solo, misturando-o bem com a terra. Para o enchimento da cova, juntar terra superficial + 20 L de esterco curtido (bovino, ou caprino, ou ovino) + superfosfato simples (preferencialmente) de acordo com a análise do solo + 100 g de FTE BR 12 ou similar.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 70

    Ano: 2015

  • A indicação dos nutrientes e respectivas quantidades é fornecida pela análise do solo. Recomenda-se aplicar o fósforo (P) de uma só vez, com 1/3 do nitrogênio (N) e 1/3 do potássio (K), logo no início das chuvas, incorporando-os num sulco aberto sob a projeção da copa. O restante do N e K deve ser parcelado em duas vezes, uma no meio da estação chuvosa e a outra ao final das chuvas e incorporado levemente no sulco anteriormente utilizado.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 76

    Ano: 2015

  • A vantagem do superfosfato simples é que ele contém, além do fósforo (18% de P2O5), de 18% a 20% de cálcio (Ca) e de 10% a 12% de enxofre (S), ao passo que o superfosfato triplo contém apenas de 12% a 14% de Ca e nenhum S.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 75

    Ano: 2015

  • Os adubos orgânicos curtidos (estercos, compostos, etc.) são considerados os fertilizantes mais completos e equilibrados. A matéria orgânica supre as plantas com elementos nutritivos, reduz as perdas de nutrientes por lavagem dos fertilizantes químicos de elevada solubilidade, favorece o desenvolvimento de microrganismos do solo e propicia melhor agregação das suas partículas melhorando, assim, seu arejamento. Entretanto, para suprir as necessidades de nutrientes das plantas, são necessárias quantidades elevadas de adubos orgânicos, o que inviabiliza seu uso exclusivo.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 79

    Ano: 2015

  • Estudos indicam que 80% das raízes absorventes do cajueiro, em plantas adultas, concentram-se nos primeiros 30 cm de superfície do solo. Além disso, 72% dessas raízes encontram-se a uma distância radial de pelo menos 2 m do tronco da planta. Em função disso, a aplicação de fertilizantes nas camadas mais superficiais do solo e num raio de 2 m do caule da planta pode proporcionar melhor aproveitamento dos nutrientes empregados, em virtude da maior concentração de raízes ativas nessa área.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 74

    Ano: 2015

  • Os adubos nitrogenados e potássicos, quando aplicados ao solo, estão sujeitos a perdas por lixiviação (arraste pelas águas de drenagem) e por erosão (arraste pelas águas de escoamento superficial). No caso dos adubos nitrogenados, pode ocorrer a volatilização da amônia que escapa para a atmosfera.

    Para reduzir essas perdas, recomenda-se que a distribuição desses adubos seja feita de forma parcelada. Isso possibilita que as plantas venham a aproveitar ao máximo o nitrogênio e o potássio aplicados ao solo.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 78

    Ano: 2015

  • No primeiro ano de cultivo do cajueiro, recomenda-se adubação apenas com nitrogênio (N) e potássio (K) já que o fósforo foi aplicado à cova antes do plantio. As adubações (nitrogenada e potássica) devem ser divididas em duas parcelas iguais e aplicadas, respectivamente, aos 60 e 90 dias após o transplante da muda para o campo. A adubação fosfatada caso seja recomendada deve ser feita de uma só vez, juntamente com a primeira dose do nitrogênio e potássio (60 dias após o plantio da muda no campo).

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 73

    Ano: 2015

  • A adubação verde apresenta as seguintes vantagens:

    • Aumenta o teor de nitrogênio (N) no solo.
    • Aumenta o teor de matéria orgânica, melhorando a estrutura do solo superficial.
    • Aumenta a capacidade de retenção de água no solo e reduz a evaporação.
    • Protege o solo contra a erosão eólica (dos ventos) e a insolação.
    • Melhora o ambiente para os microrganismos do solo.
    • Melhora o aproveitamento de nutrientes pela decomposição de matéria orgânica.
    • Reduz as despesas com capinas.
    • Eleva a capacidade de troca de cátions e o poder tampão do solo.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 80

    Ano: 2015

  • Estudos realizados pela Embrapa Agroindústria Tropical têm mostrado que a morte de plantas jovens no campo está relacionada, em grande parte, às condições de umidade e temperatura do solo superficial. A maioria das áreas de cultivo tem solo superficial arenoso, com baixa capacidade de retenção de umidade e baixo teor de matéria orgânica. Solos com essas características, quando submetidos a uma estação seca de 6 a 7 meses e elevado número de horas de insolação diária, apresentam a camada superficial muito seca e com altas temperaturas. Portanto, o manejo do solo por meio de cobertura morta poderá contribuir para a diminuição da mortalidade de mudas no campo. Os principais benefícios dessa cobertura, tanto para a planta quanto para o solo, são: proteção do solo contra o impacto da chuva; redução da evaporação e escorrimento ao redor da muda; armazenamento de água na zona de cobertura; e controle da germinação de sementes de plantas invasoras.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 84

    Ano: 2015

  • Na região litorânea, predominam os solos arenosos, caracte­rizados pela exploração agrícola intensiva e contínua e uso crescente de mecanização, a fim de atender à demanda por matéria-prima da agroindústria da região. Como a maioria dos solos cultivados com cajueiro apresenta horizontes superficiais fracamente estruturados, a compactação ocorre rapidamente, afetando a porosidade e a infiltração, com reflexo negativo no rendimento das culturas.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 86

    Ano: 2015

  • As folhas devem ter entre 5 e 7 meses de idade, recém-maduras, livres de cloroses e queimaduras nas pontas. A amostragem deve ser feita preferencialmente entre 8 e 10 horas da manhã, coletando-se, na altura média de cada planta selecionada, 12 folhas, 3 em cada ponto cardeal. A amostragem deve ser proveniente de 12 plantas/ha a 20 plantas/ha em pomar com o mesmo material vegetal, mesma idade e mesmo tipo de solo.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 90

    Ano: 2015

  • A escolha do espaçamento correto depende de vários fatores, destacando-se os tipos de cajueiro (comum ou anão-precoce) e, principalmente, de manejo da cultura (mínimo ou intensivo). Quanto mais favoráveis forem as condições de desenvolvimento das plantas (irrigação, adubação, solo, clima) mais amplo deverá ser o espaçamento.

    O cajueiro-anão-precoce, pelas suas características de porte baixo e copa compacta, é explorado em sistemas de cultivo de média a alta densidade de plantio (178 a 240 plantas por hectare), enquanto o contrário ocorre com o cajueiro-comum (44 a 100 plantas por hectare).

    Os espaçamentos tradicionalmente recomendados para a cultura do cajueiro-anão-precoce são: 7 m x 7 m e 8 m x 6 m para o cultivo em sequeiro; e 8 m x 7 m e 8 m x 8 m para o cultivo irrigado ou para o clone ‘Embrapa 51’. Para o clone de cajueiro-comum ‘BRS 274’, os espaçamentos indicados são de 12 m x 10 m e 11 m x 11 m, e para o híbrido ‘BRS 275’ o mais indicado é o 11 m x 9 m. Nesses espaçamentos, o primeiro valor refere-se à distância entre linhas e o segundo entre plantas.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 100

    Ano: 2015

  • Sim, mas desde que seja num sistema de cultivo intensivo, isto é, com intenso uso de mão-de-obra. Alguns poucos produtores da região Nordeste mantêm pequenos pomares de cajueiro-anão com alta densidade de plantas (≈1.000 plantas por hectare). Nesses casos, o emprego de mão-de-obra é elevado, pois a poda é feita constantemente para evitar o entrelaçamento dos ramos de plantas diferentes, uma vez que plantas ultrapassem 2,5 m de altura. Ademais, para esse tipo de caso, a utilização de irrigação e adubação é quase que indispensável, devido a competição entre plantas.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 101

    Ano: 2015

  • Dependendo do genótipo cultivado e da realização anual da poda de manutenção, o adensamento poderá ser utilizado. No entanto, o produtor deverá estar ciente de que, quanto mais sombreado for o cajueiro, menor será sua produção.

    Os sistemas de adensamento mais comuns são:

    • O plantio em espaçamento 4 m x 3 m, com 833 plantas por hectare, sendo que, no terceiro e quarto ano, realiza-se a eliminação da metade das plantas na linha de plantio, passando para o espaçamento 4 m x 6 m, e, no quinto e sexto ano, elimina-se metade das fileiras de plantas, deixando o pomar no espaçamento tradicional 8 m x 6 m.
    • O plantio em espaçamentos de 8,0 m x 3,0 m a 4,0 m, sendo que, quando o pomar atinge entre 4 e 6 anos de idade, é realizado o desbaste das plantas na linha de plantio, consistindo na retirada de uma planta entre outras duas.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 102

    Ano: 2015

  • A compactação pode ser reduzida pela:

    • Diminuição do uso de máquinas pesadas em solos arenosos.
    • Restrição na movimentação de veículos e de máquinas no campo.
    • Ampliação da superfície de contato máquina/solo, para melhor distribuição do peso.
    • Regulagem dos implementos para que apresentem um ângulo de ataque adequado.
    • Redução das operações que pulverizem o solo.
    • Incorporação dos restos culturais.
    • Manutenção do solo sempre coberto, principalmente na fase inicial de desenvolvimento da cultura.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 87

    Ano: 2015

  • Não é tarefa fácil a identificação no campo de sintomas de deficiência, não só no cajueiro, como em outras culturas agrícolas. Somente um técnico com bastante vivência de campo com a cultura é capaz de caracterizá-los, mesmo assim, com certa dificuldade. É comum ao leigo confundir os sintomas causados por desordens nutricionais com os causados por lesões mecânicas, danos de pulverização, pragas e doenças.

    As recomendações devem basear-se em critérios claros e bem definidos. Assim, a melhor forma de identificar a deficiência de nutrientes é baseando-se na análise de solo e de amostras do tecido vegetal.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 89

    Ano: 2015

  • Sim. Embora o cajueiro seja uma planta nativa do Brasil que vegeta e produz mesmo em condições ecológicas consideradas insatisfatórias, o que lhe caracteriza como planta rústica, a sua exploração racional e econômica não deve ser confundida com a sua capacidade de sobrevivência (adaptativa). Para se obter a sustentabilidade econômica do cultivo do cajueiro, o produtor deve utilizar plantas com caracteres genéticos de boa produtividade, obtidas por meio de mudas clonais, e realizar os tratos culturais recomendados para a cultura.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 93

    Ano: 2015

  • O pomar deve ser amostrado em zigue-zague, selecionando cajueiros que representam o mesmo bloco clonal e idade, evitando-se coletar folhas que apresentem danos provocados por insetos, doenças ou fenômenos climáticos.

    Após a amostragem, separam-se as folhas dos pecíolos para evitar translocação de nutrientes. As folhas coletadas devem ser lavadas com água comum para retirada de poeira e resíduo de defensivos agrícolas, enxugadas com papel toalha e acondicionadas em sacos de papel, identificadas e enviadas ao laboratório no mesmo dia. Caso isso não seja possível, colocá-las num refrigerador até o envio ao laboratório.

    Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral

    Número da Pergunta: 91

    Ano: 2015

  • Para a obtenção de sucesso com a cultura, inicialmente é necessário avaliar as condições edafoclimáticas (solo e clima) da região e do local onde se deseja iniciar o cultivo. As condições ótimas para o cultivo do cajueiro são as regiões ou municípios com temperaturas médias anuais entre 22°C e 32°C, alta luminosidade, precipitação anual acima de 1.200 mm, período de estiagem máximo de 3 a 4 meses e altitudes inferiores a 600 m. Variações nesses valores poderão ser aceitas, entretanto o potencial produtivo do cajueiro poderá ser afetado. Algumas regiões do Nordeste brasileiro com altitudes entre 600 m e 800 m e com precipitação anual abaixo de 1.000 mm apresentam pomares com produções satisfatórias.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 95

    Ano: 2015

  • Inicialmente deve-se proceder a escolha das posições das fileiras das plantas de acordo com o espaçamento desejado. No caso das posições das fileiras de plantas, elas são definidas nas extremidades do terreno e alinhadas por meio de tutores. Após a marcação dos locais das fileiras, são delimitados, de acordo com o espaçamento adequado, os locais das covas que receberão as mudas de cajueiro. A partir do início de cada fileira, por meio da utilização de cordas ou de correntes especiais segmentadas que possuem sinais a cada metro, são marcadas as posições das covas de acordo com o espaçamento desejado. Duas pessoas esticam a corda, enquanto outra coloca piquetes de madeira nos locais onde serão as covas. Após todas as posições das covas de uma linha serem marcadas, a corda é deslocada paralelamente para outra linha.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 98

    Ano: 2015

  • Sim. Em cultivos de grandes áreas, a abertura de sulcos de plantio pode proporcionar menores custos com mão de obra, além de se obter maior rendimento de serviço. Para a abertura dos sulcos, utiliza-se o implemento agrícola chamado sulcador, necessitando para tal que o solo esteja úmido. Os sulcos devem ser abertos com largura e profundidade de 40 cm.

    Nesse tipo de plantio, pode haver um maior gasto de fertilizantes, pois é recomendável que todo o sulco seja adubado. Entretanto, em virtude de os solos da região produtora ser pobres em nutrientes, essa prática pode possibilitar um maior percentual de área corrigida quando comparada ao volume de solo de uma cova, sendo considerado um investimento em longo prazo.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 106

    Ano: 2015

  • O plantio das mudas de cajueiro no campo deverá ser realizado após 30 dias do preparo e fechamento das covas ou do sulco. No dia do plantio, na parte central da cova ou do ponto determinado no sulco, abre-se um buraco (coveta) com o mesmo tamanho da embalagem que contém a muda. Posteriormente, retira-se a embalagem e coloca a muda na coveta. Em seguida, fecha-se a coveta com o solo pressionando-o, para que haja maior contato entre o substrato da muda e o solo. Quando as mudas forem provindas de sacolas plásticas, recomenda-se fazer um corte fino no fundo da sacola para a eliminação de possíveis raízes enoveladas no fundo. Ao término do plantio, as mudas deverão ficar com o colo a 3 cm da superfície do solo e ser amarradas a tutores enterrados próximo à planta, prática essa que evita o tombamento.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 108

    Ano: 2015

  • Além da desbrota e da retirada das panículas, em cajueiros jovens recomenda-se também a poda de formação. Nos anos subsequentes, em cajueiros adultos, recomendam-se as podas de manutenção e de limpeza.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 113

    Ano: 2015

  • Nos primeiros meses após o plantio das mudas no campo, recomenda-se que o produtor realize a desbrota, prática que consiste na eliminação dos ramos oriundos do porta-enxerto, localizados na base da planta, e também dos ramos laterais que surgem inicialmente.

    Os cajueiros recém-plantados deverão ser conduzidos em haste única até atingirem cerca de 80 cm de altura. Podem-se deixar as ramificações (acima dos primeiros 50 cm de altura) se desenvolverem normalmente para que se forme a copa da planta. A partir daí, a desbrota deverá ser realizada apenas para retirada de ramos que surgirem na base da planta (abaixo da inserção dos galhos no tronco).

    A prática constante da desbrota apresenta como principais vantagens menor desgaste da planta no período seco pela redução da área foliar, equilíbrio entre o sistema radicular e a parte aérea e redução dos custos da poda nos anos subsequentes, pois muitos dos ramos grossos eliminados na poda da planta adulta poderiam ter sido eliminados na época de desbrota na planta jovem.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 111

    Ano: 2015

  • Após o plantio das mudas no campo, deve-se fazer uma bacia de aproximadamente 60 cm de raio em volta da planta, com o intuito de reter a água aplicada nos primeiros dias após o plantio. Nessa bacia, se possível, recomenda-se, também, utilizar algum tipo de cobertura morta (mulching), que pode ser obtida de materiais vegetais disponíveis na propriedade, como palhadas de capins. Essa prática apresenta as vantagens de diminuir a perda da água do solo por evaporação, manter a temperatura do solo amena e realizar o controle físico das plantas daninhas.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 109

    Ano: 2015

  • Como a poda envolve cortes de numerosos brotos e ramos pequenos, se realizada incorretamente, poderá haver a indução de uma excessiva brotação na planta, o que dificultará a penetração de luz. Deve ser priorizada a retirada de ramos improdutivos (praguejados, secos, quebrados, lascados, entre outros), o que já propiciará um maior arejamento e maior penetração de raios solares no interior da planta. Posteriormente, deverão ser eliminados os ramos de uma planta que se entrelaça com o de outra. Por fim, recomenda-se, logo após a prática de qualquer uma das podas mencionadas, a aplicação de um fungicida cúprico (oxicloreto de cobre: 60 g do produto comercial em 20 L de água) nas partes cortadas para proteção dos ferimentos contra a ação de patógenos.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 117

    Ano: 2015

  • O consórcio com animais é bastante comum no Nordeste. Em pomares adultos de cajueiro-comum, no final da colheita das castanhas, normalmente os animais criados na propriedade são soltos na área para se alimentarem dos pedúnculos caídos no chão. Esses pedúnculos são impróprios para o consumo humano, mas servem de alimento para esses animais. No entanto, devido ao porte dos animais, o consórcio com bovinos é recomendado para pomares de cajueiro-comum. A pecuária ovina pode ser consorciada com o cajueiro-anão-precoce após o segundo ano de plantio.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 123

    Ano: 2015

  • No Nordeste, comumente são utilizados no consórcio culturas anuais de subsistência como o feijão-caupi (Vigna unguiculata), o milho (Zea mays) e a mandioca (Manihot esculenta). Também ocorre o consórcio com abóbora (Cucurbita spp.), melancia (Citrullus lanatus) e maxixe (Cucumis anguria).

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 121

    Ano: 2015

  • No primeiro ano após o plantio, o sistema radicular do cajueiro possivelmente não se expandirá lateralmente a uma faixa superior ao da área da bacia feita para aplicação de água. Assim, o controle do mato deverá ser realizado principalmente nessa região, por meio do coroamento da planta. É importante frisar que a competição por água e nutrientes ocorre principalmente no local de exploração das raízes do cajueiro; assim, durante todo o primeiro ano, a área em torno da muda deverá ser mantida limpa.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 127

    Ano: 2015

  • A irrigação do cajueiro-anão-precoce promove o aumento da produção, em virtude principalmente do aumento do número de frutos colhidos e a melhoria da qualidade dos frutos. Além disso, no cultivo irrigado o período de colheita do cajueiro pode ser ampliado em até 5 meses em relação ao cultivo de sequeiro.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 136

    Ano: 2015

  • Utilizando clones adaptados às condições locais, boas práticas de manejo de irrigação, fertilização e controle fitossanitário, a produtividade do cajueiro-anão-precoce irrigado em regiões semiáridas pode atingir até 4.000 kg/ha de castanha e 40.000 kg/ha de pedúnculo. Em regiões com precipitação pluviométrica mais elevada, a produtividade varia de 1.500 kg/ha a 3.000 kg/ha de castanha e de 15.000 kg/ha a 30.000 kg/ha de pedúnculo.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 137

    Ano: 2015

  • Na escolha do método de irrigação para o cajueiro-anão-precoce, devem ser considerados os seguintes fatores: adaptação à cultura, tipo de solo, topografia do terreno, qualidade e disponibilidade da água, eficiência de irrigação, custo de aquisição e de manutenção do sistema, consumo de energia e de mão de obra e possibilidade de automação.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 138

    Ano: 2015

  • O cajueiro é mais sensível à competição com o mato (plantas daninhas) na fase inicial de crescimento, isto é, após o plantio das mudas no campo. Por isso, o controle nos primeiros meses após o plantio é uma prática indispensável para o rápido crescimento do sistema radicular e normal desenvolvimento da planta. Nessa fase as plantas daninhas competem por água, nutrientes (adubos) e principalmente por luz, uma vez que algumas espécies de plantas daninhas podem crescer mais que as mudas de cajueiro, sombreando-as, fato que pode prejudicar e atrasar o normal desenvolvimento da planta.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 126

    Ano: 2015

  • A consorciação na cultura do cajueiro é uma boa alternativa para o cajucultor, apresentando inúmeras vantagens, como: gerar alimento, gerar renda paralela, ser ocupadora de mão de obra na época de entressafra, auxiliar o manejo de plantas daninhas, melhorar a estrutura do solo, aumentar o conteúdo de matéria orgânica no solo e, no caso das leguminosas, contribuir para a fixação do nitrogênio. Ademais, o sistema de consórcio faculta ao cajueiro o aproveitamento de resíduos de fertilizantes aplicados nas culturas consorciadas.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 120

    Ano: 2015

  • Em pomares adultos, deve-se realizar o controle do mato na área de projeção da copa, local onde está a grande maioria das raízes responsáveis por absorver água e nutrientes, além de ser o local em que ocorre a colheita das castanhas. Nas entrelinhas da cultura, recomenda-se o uso de roçadeiras, mantendo a cobertura vegetal com pelo menos 5 cm de altura.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 129

    Ano: 2015

  • Recomenda-se a prática do coroamento, que comumente é realizado por meio de capinas manuais, utilizando enxadas; ou capinas mecânicas, com o uso de máquinas carpideiras. O rendimento médio da capina manual realizada por um homem está entre 120 e 200 covas por dia.

    A capina mecânica, realizada com o uso de implementos, apresenta alto rendimento de serviço, com até 10.000 covas por dia. A utilização de capina mecânica é uma operação mais rápida e econômica para grandes áreas, entretanto o uso excessivo de máquinas e implementos pode promover efeitos negativos no solo. Além de expor o solo à radiação solar e às chuvas, o uso excessivo de máquinas favorece a formação de camadas compactadas e/ou adensadas. Ademais, como grande parte das raízes do cajueiro encontra-se nas camadas mais superficiais do solo, o emprego de certos implementos pode causar danos ao sistema radicular da planta.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 131

    Ano: 2015

  • Em grandes áreas, esse tipo de manejo é comum, por ser mais eficiente e barato. Entretanto, essa prática resulta em efeitos negativos sobre as propriedades e características do solo. A exposição direta do solo à irradiação solar favorece a perda de água do solo para a atmosfera (evaporação), tornando-o mais seco. Do mesmo modo, também ocorre a elevação de sua temperatura, resultando num aumento da velocidade de decomposição da matéria orgânica, com consequente decréscimo na atividade biológica do solo. Ressalta-se, também, que a eliminação da flora nativa poderá resultar em maior incidência de pragas, pois, com poucas espécies de plantas no pomar, é muito provável que os inimigos naturais das pragas não estarão em número suficiente para manter a população destas abaixo do nível de dano.

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 132

    Ano: 2015

  • Recomenda-se que o produtor procure um responsável técnico (engenheiro-agrônomo, p.ex.) para identificar quais são as espécies e qual a população de plantas daninhas que se encontra na área, para que posteriormente se decida pela escolha do produto (registrado ou com extensão de uso) a ser aplicado. É necessário que as aplicações sejam realizadas com os devidos cuidados para que o produto não entre em contato com o cajueiro. Nos horários em que for constatada a ocorrência de ventos, a aplicação deverá ser evitada, pois o contato do herbicida com as folhas do cajueiro, por meio da deriva, pode provocar sintomas de fitotoxidez nas plantas adultas, e até provocar a morte de plantas novas. Deve-se, também, estender esses cuidados ao aplicador, que deve estar protegido com o Equipamento de Proteção Individual (EPI).

    Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais

    Número da Pergunta: 134

    Ano: 2015

  • A irrigação localizada (microaspersão ou gotejamento) é o método mais adaptado ao cajueiro-anão-precoce, tendo em vista a economia de água, energia e mão de obra, a possibilidade de aplicação dos fertilizantes via água de irrigação (fertirrigação) e a redução da incidência de doenças e de plantas daninhas.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 139

    Ano: 2015

  • Os resultados de pesquisa obtidos até o momento, no Nordeste brasileiro, apontam o clone CCP 09 como o mais produtivo sob irrigação. No entanto, esse clone apresenta alta susceptibilidade à antracnose, o que requer o controle químico em regiões com condições favoráveis para essa enfermidade. O clone CCP 76, embora menos produtivo que o CCP 09, apresenta melhor distribuição percentual da produção ao longo do ano. Outros genótipos com bom potencial para o cultivo irrigado são os clones BRS 189 e BRS 226, cujas produtividades sob irrigação ainda estão sendo avaliadas.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 142

    Ano: 2015

  • A frequência de irrigação do cajueiro-anão-precoce varia de acordo com a capacidade de retenção de água do solo, o volume de solo molhado por planta, o consumo de água das plantas e a fase da cultura (floração, frutificação, etc.). Em média, quando se utiliza irrigação localizada, pode-se considerar um intervalo entre irrigações de 1 a 3 dias em solo arenoso, e de 1 a 5 dias em solo argiloso.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 146

    Ano: 2015

  • Embora o cajueiro consiga extrair água em profundidades superiores a 1,8 m, a maior parte de suas raízes que absorvem água e nutrientes encontra-se até 0,6 m de profundidade.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 148

    Ano: 2015

  • A fim de reduzir as perdas de água por evaporação, recomenda-se reduzir o diâmetro molhado dos microaspersores para cerca de 1 m no primeiro ano após o plantio do cajueiro. Em pomares jovens, se possível, a área molhada pelo sistema de irrigação localizada deve aumentar de acordo com o desenvolvimento do sistema radicular das plantas. Em pomares adultos, a porcentagem de área molhada deve ser de no mínimo 30%. Tendo como exemplo um plantio com espaçamento de 7 m x 7 m, na fase adulta, deve-se irrigar uma área de pelo menos 14,7 m2 por planta, ou seja, um raio de aproximadamente 2,2 m a partir do tronco.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 147

    Ano: 2015

  • As principais vantagens da fertirrigação na cultura do cajueiro-anão-precoce são o aumento da eficiência dos fertilizantes e a redução de custos. Os nutrientes são aplicados no espaço explorado pelas raízes, em pequenas doses e com maior frequência, de acordo com as necessidades da planta, reduzindo desperdícios e favorecendo o desenvolvimento da cultura. Com a fertirrigação, os custos com mão de obra e maquinaria para distribuição dos fertilizantes na área de cultivo são bastante reduzidos.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 155

    Ano: 2015

  • As fases em que o cajueiro apresenta maior demanda de água ocorrem durante o florescimento e o desenvolvimento dos frutos. Na região Semiárida, plantas de cajueiro-anão-precoce adultas (após o terceiro ano de cultivo) podem requerer até 120 L/planta por dia nas fases de florescimento e desenvolvimento de frutos. Na região litorânea, essa dotação pode atingir 100 L/planta por dia.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 145

    Ano: 2015

  • Tanto o excesso quanto a escassez de água podem ser extremamente prejudiciais ao cajueiro. Apesar de ser uma planta tolerante ao estresse hídrico no solo, o cajueiro tem seu desenvolvimento e sua produção reduzida se o deficit hídrico for prolongado. Por outro lado, solos encharcados dificultam a respiração das raízes da planta, o que pode levar à sua morte, e o excesso de chuvas prejudica o pegamento de frutos e favorece a ocorrência de doenças do cajueiro.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 151

    Ano: 2015

  • Fertirrigação consiste na aplicação de fertilizantes por meio da água de irrigação.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 153

    Ano: 2015

  • As possíveis desvantagens da fertirrigação estão relacionadas ao custo inicial dos equipamentos, à possível obstrução dos emissores (principalmente de gotejadores), à necessidade do manejo por pessoas treinadas e aos riscos de acidificação, lavagem de nutrientes e/ou salinização do solo, caso as quantidades de fertilizantes aplicadas não sejam calculadas adequadamente.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 156

    Ano: 2015

  • Um jardim clonal consiste em um pomar de plantas matrizes geneticamente superiores (produção, qualidade da castanha e do pedúnculo, dentre outros), de um determinado genótipo (clone registrado no Mapa).

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 170

    Ano: 2015

  • Dependendo da intensidade da demanda por propágulo e do sistema de plantio, as plantas dos jardins clonais de cajueiro podem ser distribuídas no sistema quadrangular, com espaçamento variando desde 5 m x 5 m a 7,5 m x 7,5 m.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 171

    Ano: 2015

  • A fertirrigação em si não provoca a salinização do solo se as quantidades de nutrientes aplicadas e o manejo da irrigação forem compatíveis com as necessidades da cultura.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 162

    Ano: 2015

  • Em primeiro lugar, para eliminar a variabilidade e a endogamia entre plantas descendentes do processo sexuado, por cruzamentos dentro da mesma planta e entre plantas do mesmo pomar. Em segundo lugar, para garantir a manutenção das características agronômicas de interesse para os consumidores dos produtos in natura ou processados. Na propagação assexuada, as mudas originadas são clones da planta-matriz (fornecedora de garfos ou borbulhas), propiciando uniformidade do pomar e dos frutos produzidos.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 166

    Ano: 2015

  • Não. Esse aterramento dos galhos é um processo natural de propagação das plantas, denominado de mergulhia e é muito corriqueiro nos cajueiros comuns mais antigos (é o caso do maior cajueiro do mundo, também conhecido como cajueiro de Pirangi, localizado no Rio Grande do Norte, que cobre uma área de aproximadamente 8.500 m2).

    Portanto, esse aterramento não mata a planta. É um processo multiplicador que, a partir de ramos do caule original, gera nas proximidades várias outras partes aéreas idênticas que, embora pareçam ser plantas individuais, nada mais são que um conjunto de partes aéreas da mesma planta. Vale salientar, entretanto, que, se separarem essas partes, elas poderão sobreviver, pois possuem raízes próprias.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 168

    Ano: 2015

  • Não existem estudos que indiquem qual a melhor frequência da fertirrigação para o cajueiro. No entanto, considerando-se a fenologia da cultura e a dinâmica dos nutrientes no solo, geralmente utiliza-se a frequência de irrigação semanal para a aplicação de fertilizantes contendo nitrogênio e potássio, principalmente nas fases em que as demandas desses nutrientes pela planta são maiores. Fertilizantes contendo fósforo, cálcio, magnésio e micronutrientes podem ser aplicados em intervalos maiores.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 161

    Ano: 2015

  • Na fertirrigação do cajueiro-anão-precoce podem ser aplicados fertilizantes contendo macro e micronutrientes, desde que sejam solúveis em água, apresentem segurança para uso no campo, não causem corrosão ou entupimento nos componentes do sistema de irrigação, não causem diminuição no rendimento das culturas e não reajam com os sais ou outros produtos químicos encontrados na água de irrigação, provocando precipitados.

    Como fontes de macronutrientes podem ser utilizados os seguintes fertilizantes: ureia, sulfato de amônio, nitrato de potássio, nitrato de cálcio, cloreto de potássio, sulfato de potássio, fosfato monoamônio (MAP), fosfato monopotássico, entre outros. Como fontes de micronutrientes podem ser utilizadas misturas solúveis de micronutrientes ou ácido bórico, bórax, sulfato de cobre, sulfato de manganês, sulfato de zinco, ferro quelatizado, molibdato de sódio, entre outros.

    Capítulo: Irrigação e Fertirrigação

    Número da Pergunta: 157

    Ano: 2015

  • Naturalmente, o cajueiro se propaga via reprodução sexuada, por meio de sementes. No entanto, há também a possibilidade de propagação via mergulhia (propagação assexuada), que ocorre quando árvores frondosas encostam seus galhos no solo propiciando a brotação de uma nova muda.

    Esses dois métodos, que ocorrem de forma natural, contribuem para a perpetuação e a diversificação da espécie. Por intermédio do homem e observando um conjunto de fatores circunstanciais, tais como ambiente, substrato, clima, umidade e nutrição, o cajueiro passou a ser propagado por outros processos assexuais, como estaquia, encostia, cultura de tecidos e, principalmente, via enxertia. Nesses processos são obtidas plantas clonais, isto é, mudas geneticamente idênticas à planta mãe (matriz).

    Portanto, o cajueiro propaga-se por meio sexual e assexual, por processos naturais e artificiais.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 164

    Ano: 2015

  • A distribuição no campo deve ser feita de forma a reduzir a possibilidade de polinização entre as plantas de um mesmo clone e assim diminuir o efeito da endogamia.

    No campo, as plantas poderão ser estabelecidas no espaçamento de 7 m x 7 m, ou outro espaçamento, a depender principalmente das condições do clima e da topografia do terreno. O arranjo espacial é constituído de uma fileira com o clone recomendado para a colheita das castanhas sementes, ladeada por outro clone, ou por dois outros clones, de forma que possa ocorrer também a polinização cruzada.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 175

    Ano: 2015

  • Atualmente são recomendados os clones denominados Clone do Cajueiro de Pacajus (CCP): CCP 1001, CCP 06 e CCP 76.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 176

    Ano: 2015

  • As castanhas sementes para o plantio devem ser colhidas diariamente. Durante a sua retirada do pedúnculo, deve ser feita uma seleção prévia por meio da eliminação das danificadas, defeituosas, chochas e que apresentem sintomas de ataque de pragas e doenças. Recomenda-se que as castanhas sementes de cajueiro-anão-precoce apresentem peso próximo da média do clone em questão, pois são essas que apresentarão maior taxa de germinação.

    Após a seleção das sementes (pós-colheita), elas deverão ser secas para atingir a umidade ideal de armazenamento (11% a 12%) e serem limpas (retiradas de impurezas) antes de serem armazenadas. Quanto ao armazenamento, resultados de pesquisa concluíram que o seu armazenamento de até 5 meses não apresentou problemas na germinação. Já após 14 meses de armazenamento, em recipientes abertos, houve baixa germinação. O recomendável é o armazenamento em câmara fria com 18 °C a 20 °C, o que pode conservar uma boa taxa de germinação por até 3 anos (dependendo do clone).

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 178

    Ano: 2015

  • As vantagens da enxertia no cajueiro são:

    • Assegurar as características da planta matriz e a precocidade na frutificação.
    • Reduzir o porte da planta, facilitando a colheita e os tratos culturais.
    • Restaurar cajueiros improdutivos pela substituição de copa.

    As desvantagens da enxertia são:

    • Transmitir inúmeros agentes patogênicos – A enxertia pode ser um meio de transmissão de agentes patogênicos quando as borbulhas ou os garfos são retirados de cajueiros doentes ou devido ao manuseio inadequado durante a prática de enxerto. Entre esses agentes podemos citar os fungos Lasiodiplodia theobromae (causador da resinose), Oidium anacardii (causador do oídio) e Colletotrichum gloeosporioides (causador da antracnose).
    • A redução da variabilidade genética dos pomares diminui a capacidade das plantas enxertadas de reagirem às adversidades ambientais.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 185

    Ano: 2015

  • No caso do cajueiro, o porta-enxerto oriundo de castanha semente apresenta as seguintes características.

    Vantagens: alta disponibilidade; elevada taxa de germinação; baixo custo; alto vigor; sistema radicular bem desenvolvido.

    Desvantagens: variação genética dos porta-enxertos, pois são oriundos de sementes (propagação sexual). A variabilidade genética do porta-enxerto pode aumentar a desuniformidade do pomar.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 190

    Ano: 2015

  • Para a realização da enxertia em cajueiro, utilizando-se o método da borbulhia, recomenda-se que as gemas ou borbulhas sejam retiradas de ramos florais com 50% a 70% de flores abertas, pois, segundo pesquisas realizadas, é nessa fase que se consegue as melhores borbulhas, aumentando, assim, a taxa de pegamento da enxertia.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 194

    Ano: 2015

  • A alporquia é um método de multiplicação vegetativa, usado em espécies frutícolas e ornamentais. Permite reproduzir fielmente as características da planta matriz desde que os ramos não tenham sofrido mutação.

    Esse método consiste em se envolver parte de um ramo da planta com um substrato, com a finalidade de induzir ou provocar a formação de raízes. Após o enraizamento, o ramo é destacado para plantio e o seu desenvolvimento constituirá a nova planta.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 186

    Ano: 2015

  • Sim. Para a produção de mudas com qualidade, recomenda-se que o viveiro fique distante a pelo menos 100 m de pomares ou plantas que sejam hospedeiras de patógenos que possam contaminar as mudas de cajueiro.

    Na área do viveiro, também recomenda-se um rigoroso controle do mato (plantas daninhas) e que seja evitada a incursão de animais. Deve ser composto de área coberta e área em céu aberto para a rustificação (aclimatação) das mudas. O piso deve apresentar boa capacidade de drenagem para evitar encharcamento próximo aos canteiros.

    Próximo ao viveiro deverá haver uma fonte de água de boa qualidade, uma vez que as mudas deverão ser irrigadas diariamente. Deve-se evitar a formação de mudas debaixo de árvores, para que não sejam infestadas por fungos e pragas.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 198

    Ano: 2015

  • As embalagens utilizadas para a produção de mudas de cajueiro na Embrapa Agroindústria Tropical obedecem às recomendações oficiais da Comissão Estadual de Sementes e Mudas (Cesm) que é um órgão colegiado de assessoramento ao Mapa. Portanto, a recomendação em vigência é que as mudas estejam acondicionadas em tubetes ou sacos plásticos com as seguintes características:

    • Tubete de plástico de polipropileno preto, com dimensões mínimas de 190 mm de altura, abertura na base interna do cone de 62 mm, abertura de 12 mm na outra extremidade, capacidade de 288 cm3 de substrato e com seis a oito estrias internas.
    • Saco de plástico de polipropileno preto não reciclável, preferencialmente sanfonado, medindo 28 cm de altura por 15 cm de largura e espessura de 0,12 mm a 0,15 mm, com furos de 4 mm de diâmetro no terço inferior de ambos os lados do saco.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 200

    Ano: 2015

  • No cajueiro, o enxerto é o garfo ou a borbulha retirada da planta matriz. Os enxertos são superpostos na fenda ou janela aberta na base do caule (6 cm a 8 cm do colo) do porta-enxerto que, após a regeneração dos tecidos (pegamento), forma uma única planta. O enxerto forma a copa da nova planta.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 189

    Ano: 2015

  • Usualmente as mudas de cajueiro eram produzidas em sacolas de plástico, com volume e peso de substratos muito elevados, o que conferia uma maior dificuldade de manuseio e transporte. Esses substratos eram produzidos com 50% a 100% de solos hidromóficos, que, quando retirados seguidamente pelos viveiristas, de uma mesma área, formavam verdadeiras crateras, provocando desequilíbrio ambiental e poluição.

    Devido ao tamanho, volume e peso dos sacos, a quantidade de mudas transportadas em caminhões era muito limitada e encarecia o frete e o preço final da muda. Com a política de expansão da cultura e a modernização dos pomares e, em especial, do cultivo do cajueiro-anão-precoce, houve um grande aumento na demanda por mudas de cajueiro para várias regiões brasileiras. Para que o transporte dessas mudas em grandes distâncias se tornasse mais eficiente, vários estudos foram realizados, sendo que o resultado da produção de mudas em tubetes de 288 cm3 (19 cm de altura, 62 mm de diâmetro superior, 16 mm de diâmetro inferior e com 8 estrias internas) foi considerado satisfatório.

    Passou-se, então, dos tradicionais 5,0 kg de solos por mudas para aproximadamente 100 g de solo, além da otimização da área do viveiro, pois, numa mesma área, se pode produzir muito mais mudas em tubetes do que em sacolas plásticas.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 205

    Ano: 2015

  • Não é recomendado, pois o alto percentual de solo ou areia dos substratos para sacolas tornaria o torrão da muda em tubetes muito pesado, além de proporcionar uma inadequada agregação do torrão.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 208

    Ano: 2015

  • O Decreto Lei nº 5.153, de 23 de julho de 2004 (Brasil, 2004), que regulamenta o sistema de produção de mudas no Brasil só permite que sejam produzidas, para comercialização, mudas provenientes de materiais que tenham o Registro Nacional de Cultivar (RNC). Algumas espécies foram liberadas desse registro, mas o cajueiro não foi. Portanto, embora suas plantas sejam produtivas, se elas não forem dos clones com registro no RNC (CCP 06; CCP 09; CCP 76; CCP 1001; Embrapa 50; Embrapa 51; BRS189; BRS 226; BRS 253; BRS 265; BRS 274; BRS 275; FAGA 01 e FAGA 11), não estão liberadas para produção e comercialização de mudas.

    Decreto nº 5.153, de 23 de julho de 2004. Aprova o Regulamento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM, e dá outras providências. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5153.htm>.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 215

    Ano: 2015

  • Para a produção de uma muda enxertada de cajueiro em sacos de plástico são necessários, em média, 110 dias: sendo 50 a 60 dias da semeadura até a época em que o porta-enxerto está pronto para a enxertia, e outros 50 a 60 dias para pegamento do enxerto, desenvolvimento da parte aérea (caule e folhas) a partir do enxerto, decepagem do porta-enxerto e aclimatação da nova planta. Quando a muda é enxertada em tubetes, esse tempo é reduzido de 20 a 30 dias, pois os porta-enxertos podem ser enxertados com 30 a 35 dias após o plantio.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 211

    Ano: 2015

  • Não. Apesar de o cajueiro estar livre dos ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU), portanto sem impedimento legal para a solicitação do RNC, não deve ser solicitado o registro, pois nem sempre uma planta bonita e produtiva num quintal corresponde a uma planta produtiva em campo, quando necessita competir com nutrientes, água e luminosidade com outras plantas. Uma planta isolada pode aproveitar todo o seu potencial, mas em competição com outras pode não ter a agressividade necessária para desenvolver suas aptidões produtivas e de qualidade. Entretanto, é melhor primeiro testar esse material em campo, na forma de pequeno pomar, e só então decidir a solicitação do registro.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 216

    Ano: 2015

  • Não. O porta-enxerto e o enxerto devem apresentar a mesma consistência de tecidos na área onde as camadas cambiais estarão em íntimo contato. No caso da enxertia, o tecido lenhoso é incompatível com o tecido herbáceo, por haver diferença de ordem fisiológica e estrutural.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 214

    Ano: 2015

  • O porta-enxerto está apto para a enxertia em sacolas plásticas entre 50 e 60 dias após a semeadura, e em tubetes entre 30 e 35 dias após a semeadura.

    O porta-enxerto deve apresentar as seguintes características: haste única e ereta, com altura mínima de 16 cm e máxima de 25 cm, diâmetro de 0,45 cm a 0,50 cm na região do enxerto (6 cm a 8 cm a partir do colo) e, no mínimo, seis folhas verdes, normais e isentas de pragas e doenças.

    No caso da enxertia por garfagem, os porta-enxertos selecionados são transferidos para o viveiro coberto com sombrite ou material similar. Na enxertia por borbulhia, os porta-enxertos podem permanecer a pleno sol.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 210

    Ano: 2015

  • Adquirir mudas em viveiristas credenciados é um bom indicativo de qualidade, mas não uma certeza. Sempre é recomendável a compra de mudas em estabelecimentos credenciados, pois são fiscalizados e cobrados em termos de padrões de qualidade. Também é recomendável que sejam preferidos os viveiristas que tenham ética na produção, pois as fiscalizações são pontuais e detectam somente a verdade daquele momento, expressa no rótulo ou na aparência morfológica das mudas. Entretanto, outras ações como nutrição, manejo de água e fitossanitário, composição de substratos e tecnologia de produção podem embutir problemas que só serão visíveis posteriormente, quando muitas das vezes a muda já se encontra no campo, acarretando prejuízos permanentes por toda a vida do pomar. Para se ter certeza da qualidade das mudas que se está comprando é necessário que se faça um acompanhamento da produção ou se conheça os antecedentes de quem está produzindo.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 217

    Ano: 2015

  • Uma boa muda de cajueiro deve apresentar as seguintes características:

    • Altura de enxertia entre 6 cm e 8 cm do colo do porta-enxerto.
    • Boa cicatrização entre as partes enxertadas.
    • Caule único e ereto, com, no mínimo, 15 cm de altura e seis folhas bem formadas.
    • Ter, no mínimo, 4 meses de idade, contados a partir da semeadura da castanha, que vai dar origem ao porta-enxerto.
    • Ser isenta de pragas e doenças.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 218

    Ano: 2015

  • No início da emissão das brotações. Pois, desbastando-se as brotações indesejadas mais cedo, reduz-se a competição por luz e nutrientes, favorecendo o desenvolvimento das brotações selecionadas e evitando o estiolamento. Além disso, a eliminação de brotações mais novas requer menos mão de obra.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 236

    Ano: 2015

  • Decepamento do porta-enxerto (acima da placa enxertada), retirada da fita de enxertia e inspeção frequente para detectar e retirar novas brotações que normalmente continuam surgindo ao redor do tronco decepado.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 240

    Ano: 2015

  • O decepamento do ramo enxertado (porta-enxerto) deve ser realizado cerca de 20 dias após a enxertia, a aproximadamente 2 cm acima da placa enxertada. Nessa mesma época, a fita de enxertia deve ser removida para evitar o estrangulamento dos ramos enxertados. Já a desbrota dos novos ramos que continuam a ser emitidos ao redor do tronco da planta decepada deve ser realizada de forma contínua.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 241

    Ano: 2015

  • Não. As mudas podem ser compradas em empresas que as comercializam ou diretamente de produtores viveiristas. As sementes e os propágulos podem ser adquiridos em empresas que possuam jardins clonais, jardins de sementes ou campos de plantas legalmente constituídos. Para mais segurança, recomenda-se que o comprador verifique se o vendedor está inscrito no Mapa para essa atividade e se os propágulos e sementes comercializados são procedentes de campos de planta ou jardins clonais com Registro Nacional de Cultivares (RNC) e inscritos no Mapa.

    Capítulo: Propagação

    Número da Pergunta: 223

    Ano: 2015

  • Depende do porte da planta. Para cajueiros com troncos, cuja circunferência, à altura do corte, esteja entre 0,76 m e 1,09 m, serão gastos, em média, 6 minutos de motosserra por planta, mais 31 minutos de foice para complementar o trabalho.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 231

    Ano: 2015

  • A principal doença é a resinose, porque ela pode ser transmitida para plantas sadias durante a operação de corte dos cajueiros e causar a morte de muitas plantas. A antracnose e o oídio também causam sérios problemas, tanto em pomares de cajueiro com copa substituída como em plantios convencionais.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 242

    Ano: 2015

  • Estudos realizados em grupos de plantas com diferentes dimensões de circunferência dos troncos mostraram que a taxa de plantas aptas à substituição de copas (que emitem pelo menos quatro brotações por tronco) varia de 100%, em plantas com circunferência do tronco de até 0,43 m, a 44%, em plantas com circunferência do tronco entre 2,41 m e 2,74 m.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 226

    Ano: 2015

  • Devem ser priorizadas as brotações sadias e mais vigorosas, localizadas, preferencialmente, próximas ao corte e distribuídas uniformemente ao longo do perímetro do tronco.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 235

    Ano: 2015

  • Pode ser, embora não haja ainda resultados de pesquisa nesse sentido. Em 2007, a Embrapa Agroindústria Tropical lançou o clone de cajueiro-comum ‘BRS 274’ e o híbrido de cajueiro-comum x anão-precoce ‘BRS 275’, de portes médios e produtividade, ao quinto ano, de mais de 1.200 kg de castanha/ha, sob sequeiro. Uma vantagem em substituir a copa de cajueiro-comum por clones ou híbridos de cajueiro-comum é a de não ser necessário usar adensamento. A escolha do clone copa, porém, deve ser feita em função das características de interesse ou do foco do empreendimento/produtor: castanha, pedúnculo ou os dois.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 247

    Ano: 2015

  • A produtividade varia conforme a alternativa adotada (substituição total ou parcial), o clone utilizado e o número de plantas do pomar (plantas sobreviventes e mudas utilizadas no adensamento). A produtividade média dos quatro primeiros anos de pomares de cajueiro-comum de copas substituídas, adensados com mudas de cajueiro-anão-precoce, e de pomares de 2 e 3 anos de idade foi de 998,9 kg/ha. Entretanto, dependendo das condições citadas acima, a produtividade poderá atingir patamares em torno de 1.300 kg/ha.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 248

    Ano: 2015

  • Sim. Em trabalhos realizados em cajueiros com idades de 5, 15, 25, 35 e 45 anos, foi verificado que a taxa de emissão de brotação após o corte das plantas foi de 100%, 99,2%, 87,8%, 70,4% e 67,9%, respectivamente.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 228

    Ano: 2015

  • Não. É preciso observar o estado nutricional e fitossanitário das plantas que terão suas copas substituídas, pois plantas desnutridas ou doentes apresentam brotações pouco vigorosas. A idade e o porte também devem ser considerados, pois em plantas mais velhas há uma maior dificuldade no corte e manuseio da madeira, encarecendo o processo. Além disso, essas plantas têm menor capacidade de brotação após o corte, o que resulta em menor oferta de ramos para enxertia e morte de cajueiros.

    Capítulo: Substituição de Copas

    Número da Pergunta: 250

    Ano: 2015

  • As duas pragas pertencem ao gênero Marshallius, sendo a broca-da-raiz pertencente à espécie M. bondari, e a broca-do-tronco à espécie M. anacardii. A diferença entre as pragas está no comportamento, no tamanho e na coloração dos adultos.

    O adulto da broca-da-raiz tem o corpo escuro com manchas claras no tórax e final do abdômen (uma de cada lado), mede de 13,13 mm a 17,17 mm.

    A larva destrói o sistema radicular da planta e fabrica um abrigo de formato ovoide, com terra e resto vegetal, no interior do qual se transforma em pupa e, posteriormente, em adulto. Já o adulto da broca-do-tronco apresenta também as manchas claras no final do abdômen, mas não são bem visíveis no tórax. A larva se alimenta, principalmente, na região do colo da planta, logo abaixo da casca. No final do período larval, penetra no lenho, onde constrói uma célula para se transformar em pupa e, em seguida, em adulto, que sai por pequenos furos circulares. A broca-da-raiz também pode fazer essas cavidades abaixo da linha do solo, de tamanho maior, sendo que a emergência dos adultos só ocorre na estação chuvosa seguinte. Essas pragas podem ser controladas pelo arranque das plantas atacadas, revolvendo o solo à distância de 1 m ao redor da planta, na profundidade de aproximadamente 60 cm. Deve-se, ainda, encoivarar e queimar imediatamente o material sobre o solo revolvido.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 253

    Ano: 2015

  • A praga véu-de-noiva (Thagona postropaea – Lepidoptera, Lymantriidae) é potencialmente perigosa ao cajueiro, sendo ocasionalmente bastante voraz. Ocorre no período chuvoso, principalmente na fase final, próximo ao início da emissão das panículas. O ataque dessa praga reduz a produtividade e atrasa a produção.

    O adulto é uma mariposa branca, de 22 mm a 24 mm de envergadura. Quando em repouso, as asas ficam oblíquas sobre o corpo, dando-lhe um aspecto de véu de noiva, daí seu nome popular. Os ovos são esféricos, medindo cerca de 1 mm de diâmetro, com uma depressão no centro, sendo postos em fileira. Logo após a postura, são de cor verde-clara (com ligeira tonalidade amarela), escurecendo com o passar do tempo e passando a apresentar um ponto escuro na depressão, perto da eclosão. Os ovos inférteis permanecem com a cor inicial.

    A larva é de coloração verde-clara a verde-escura e mede 30 mm em seu maior tamanho; além disso, tem uma listra amarelada na parte dorsal e apresenta longos pelos laterais. Tem preferência inicial por folhas jovens e tenras. As pupas fêmeas medem de 12 mm a 15 mm e têm cor verde-clara, os machos medem de 10 mm a 11 mm e possuem a mesma coloração das fêmeas.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 258

    Ano: 2015

  • Sim. Essas verrugas são decorrentes do ataque de uma praga vulgarmente chamada de cecídia (verruga) ou galha-das-folhas-do-cajueiro, cujo nome científico é Stenodiplosis sp. (Diptera, Cecidomyiidae). A fêmea faz a postura internamente no tecido vegetal. Como reação da planta, há a formação de cecídias, vulgarmente conhecidas como verrugas ou galhas, onde vivem as larvas de cor amarelada e sem pernas. Há uma nítida preferência pelas folhas arroxeadas, ricas em antocianina. Folhas severamente atacadas chegam a secar e cair, provocando desfolha. Em plantas novas, o ataque dessa praga pode prejudicar seu desenvolvimento normal. As maiores infestações ocorrem no período de brotação de novas folhas, principalmente em período chuvoso.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 273

    Ano: 2015

  • Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:

    0 = sem verrugas.

    1 = início de ataque – alguns ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas (mais de dez por folha).

    2 = grande parte dos ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas.

    3 = total de ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas.

    4 = necrose generalizada devido às verrugas ou queda de folhas.

    A amostragem é feita observando-se as folhas novas de um ramo por planta ou uma muda e localizando o sintoma de ataque que se caracteriza pela proliferação dos tecidos, formação de uma pequena galha ou cecídia no formato de uma verruga, as quais podem ter diferentes formas. Em ataques intensos, pode ocasionar desfolha total.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 274

    Ano: 2015

  • Os pulgões-da-inflorescência [Aphis gossypii (Glover, 1875) – Hemiptera: Aphididae] são pequenos insetos de forma oval que medem, aproximadamente, 1,3 mm de comprimento por 0,6 mm de largura. Podem ou não ter asas, e sua cor varia do amarelo-claro ao verde-escuro. O pulgão aparece logo após o início da emissão das panículas, atacando as inflorescências ainda na fase de botão floral, entre as quais fica escondido. É nos maturis (castanha ainda nova), porém, que a colônia é mais visível. As inflorescências atacadas ficam murchas ou secas, como se fossem prejudicadas pelo oídio, diferenciando-se desta doença por apresentar exúvias (pele do inseto) nas panículas secas. Os maturis ficam deformados pela mela, substância excretada pelo inseto e que serve de substrato para o aparecimento do fungo fumagina, que recobre as folhas e as inflorescências. Os indivíduos alados são responsáveis pela disseminação da praga na cultura.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 280

    Ano: 2015

  • Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:

    0 = sem pulgão.

    1 = poucos insetos na inflorescência.

    2 = colônia de insetos na inflorescência.

    3 = colônia de insetos na inflorescência e nos maturis, e início de mela.

    4 = ataque generalizado, plantas com mela, podendo ocorrer fumagina.

    A amostragem dessa praga é feita pela observação da presença dos insetos nos botões florais, flores e maturis (castanha ainda nova), numa panícula por planta, podendo-se, durante o percurso, contemplar todos os pontos cardeais e as consequências do ataque sobre a planta (mela e fumagina).

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 281

    Ano: 2015

  • Para estimar a redução da área foliar, causada pelos insetos desfolhadores, utiliza-se a seguinte escala:

    0 = sem ataque.

    1 = 1% a 20% de área desfolhada.

    2 = 21% a 40% de área desfolhada.

    3 = 41% a 60% de área desfolhada.

    4 = 61% a 80% de área desfolhada.

    5 = 81% a 100% de área desfolhada.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 263

    Ano: 2015

  • Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:

    0 = sem tripes.

    1 = poucos insetos.

    2 = colônias de insetos generalizadas na planta.

    3 = colônias de insetos e início de bronzeamento.

    4 = colônias de insetos e bronzeamento generalizado.

    Para a amostragem dessa praga, verifica-se, num ramo por planta, a presença ou não dos insetos e sua associação com o bronzeamento das folhas. É importante salientar que o bronzeamento permanece mesmo após o controle da praga, o que por si só não caracteriza ataque. A presença dos insetos é necessária, sendo, portanto, um sintoma associativo. Durante a amostragem, alternam-se os ramos nas diferentes plantas, visando contemplar todos os pontos cardeais. A planta também é observada como um todo, para as notas mais altas.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 270

    Ano: 2015

  • Sim. O sinal de ataque da broca é caracterizado pelo secamento da inflorescência, também chamada panícula, tornando-a curva na maioria dos casos. Pode ou não aparecer exsudação (resina). Não deve ser confundida com o dano causado pela antracnose, que também seca a inflorescência, sem, contudo, curvá-la. A doença torna a inflorescência inflexível (não quebra facilmente) e não apresenta galeria em seu interior, como no caso da broca. Também não se deve confundir o ataque da broca com o ataque de pulgão, pois quase sempre há a associação deste último (ataque de pulgão) com a mela e a fumagina.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 277

    Ano: 2015

  • O controle dessa praga é feito por quatro pulverizações em intervalos de 10 dias, na época da floração e início da frutificação, usando produtos à base de deltametrina (ingrediente ativo), na dosagem recomendada na bula de cada produto ou segundo orientação de um agrônomo.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 279

    Ano: 2015

  • Esse tipo de dano é típico de muitas espécies, vulgarmente chamadas de serra-paus ou serradores. No cajueiro, esse tipo de dano é causado por besouros do gênero Oncideres ssp. (Coleoptera, Cerambycidae). As fêmeas depositam seus ovos em pequenos cortes feitos nos ramos e, em seguida, com auxílio das mandíbulas, fazem um profundo sulco ao redor do ramo, formando uma verdadeira cintura. O ramo morre e cai no solo ou fica pendurado na planta. A larva, que necessita de madeira morta para se alimentar, completa o seu desenvolvimento nesse ramo. Para controlar essa praga, basta recolher sistematicamente os galhos cortados e queimá-los.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 255

    Ano: 2015

  • A ocorrência dessa praga, vulgarmente chamada de cocho­nilha-farinha ou cochonilha-escama-farinha (Pinnaspis aspidistrae – Homoptera, Diaspididae), é mais comum em plantas novas, principalmente em época seca. Seus principais danos são dimi­nuição do vigor da planta, quebra na produção de castanha e rachaduras do tronco e dos galhos, ocasionando a morte da planta. O controle é feito com óleo mineral de uso agrícola, a 1% ou 2%, em pulverizações espaçadas de 14 dias.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 256

    Ano: 2015

  • Os adultos do besouro-vermelho-do-cajueiro [Crimissa cruralis (Sal, 1958) – Coleoptera, Chrysomellidae] possuem formato elíptico e medem cerca de 10 mm de comprimento. As larvas apresentam movimentos lentos e medem cerca de 20 mm no seu maior tamanho. Ambos alimentam-se de folhas. Seu ataque ocorre logo após as primeiras chuvas, quando os adultos emergem do solo, próximo ao tronco do cajueiro, onde empupam, subindo por ele até as folhas. No Ceará, pode ocorrer esporadicamente um segundo ataque, em outubro ou novembro.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 261

    Ano: 2015

  • A praga conhecida como lagarta-verde [Ceridirphia rubripes (Draudt, 1930) – Lepidoptera, Hemileucidae], quando adulta, é uma mariposa de cor marrom-avermelhada, de 100 mm a 110 mm de envergadura, e possui, nas asas anteriores, duas listras mais escuras, bem distintas no sentido transversal e apenas uma listra na asa posterior. Os ovos são bastante duros, esféricos, de cor branca, com um ponto negro no centro. As larvas são gregárias nos primeiros instares, com o hábito de formar fila indiana. Possuem cor verde-clara, passando a castanho na fase de pré-pupa. A pupa é negra, sendo a feminina maior (45 mm) que a masculina (35 mm), e é encontrada no solo, na base da planta.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 259

    Ano: 2015

  • É a lagarta conhecida como bicho-mineiro-do-cajueiro [Phyllocnistis sp. – Lepidoptera, Gracillariidae]. Logo após a eclosão, a lagarta penetra no mesófilo foliar (parte da folha encarregada da fotossíntese e da transpiração dos vegetais), alimenta-se entre as duas epidermes e constrói minas longas e tortuosas. Ao empupar, faz uma pequena dobra na borda da folha, para se proteger.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 271

    Ano: 2015

  • Utiliza-se o critério de notas de acordo com a intensidade do ataque, obedecendo à seguinte escala:

    0 = sem ataque.

    1 = 1% a 20% das inflorescências com sintomas de dano.

    2 = 21% a 40% das inflorescências com sintomas de dano.

    3 = 41% a 60% das inflorescências com sintomas de dano.

    4 = 61% a 80% das inflorescências com sintomas de dano.

    5 = 81% a 100% das inflorescências com sintomas de dano.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 285

    Ano: 2015

  • Sim. Em ataques intensos, os percevejos causam sérios prejuízos, provocando manchas necróticas nos pedúnculos, nas castanhas externamente e nas amêndoas, depreciando assim suas características de importância econômica. Várias espécies de percevejo podem atacar o cajueiro.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 290

    Ano: 2015

  • No agroecossistema do caju, é encontrada uma fauna rica de insetos benéficos (predadores e parasitoides) e microrganismos entomopatogênicos (fungos, vírus, nematoides) controladores natu­rais dos artrópodes (insetos e ácaros) a eles associados. Para toda praga importante do cajueiro já foi constatado pelo menos um inimigo natural, cujos níveis naturais de controle, a depender da praga e dos seus estádios de desenvolvimento, podem chegar a 90% de mortalidade, como é o caso do minador-da-folha (Phyllocnistis sp.). No entanto, o controle biológico aplicado ainda é incipiente. Foram feitos estudos usando o vírus da lagarta-dos-cafezais e um fungo no controle da broca-da-raiz. Toda a dificuldade advém do fato de que as pragas do cajueiro apresentam comportamento aleatório – não ocorrendo todos os anos, nem em todos os locais – e da impossibilidade de manter os organismos benéficos em estoque, o que implica custos elevados. No entanto, existe outra linha de controle biológico, ainda pouco explorada, que é a conservação da fauna benéfica em cada ecossistema. Preservada ou estimulada, essa fauna ajudaria a manter as pragas em densidade baixa, reduzindo assim seus surtos e os desequilíbrios advindos do clima. Essa técnica envolve práticas agronômicas adequadas que fortalecem as plantas, como a manutenção de áreas de refúgio a distâncias compatíveis, introdução de plantas que favoreçam a fauna benéfica e o uso racional de defensivos agrícolas, procurando usá-los seletivamente, evitando o desequilíbrio.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 300

    Ano: 2015

  • Existem fórmulas matemáticas para se determinar o melhor número de amostras. Na prática, porém, isso é prefixado em 50 ou 100, em se tratando de unidades como plantas, frutos, folhas, etc. No caso da praga estar ocorrendo em focos, ou extremamente esparsa, pode-se aumentar ou diminuir a área a ser amostrada, para melhor avaliação.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 298

    Ano: 2015

  • Essa doença é relativamente fácil de ser identificada pelas características que apresenta, como pequenas manchas escuras, angulares, de 1 mm a 2 mm, circundadas por um halo clorótico amarelado, facilmente visível contra a luz. Eventualmente, pode-se observar uma coloração clara (cor de palha) no centro da lesão.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 322

    Ano: 2015

  • Denominado irapuá ou abelha-cachorro, o inseto Trigona spinipes (Fabricius, 1793) (Hymenoptera, Apidae) é desprovido de ferrão. O adulto apresenta cor preta, com pernas posteriores marrons e comprimento aproximado de 7 mm. Constrói seus ninhos entre os galhos das árvores. A forma do ninho é aproximadamente globosa. Para a construção do ninho, o inseto utiliza argila, substâncias resinosas e pequenos filamentos fibrosos de vegetais. A cor dos ninhos é marrom-clara ou marrom-escura. O inseto tem o hábito de roer, causando danos à castanha, ao pedúnculo e à casca do tronco do cajueiro.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 293

    Ano: 2015

  • As principais pragas que não devem ser enviadas ao laboratório em embalagens contendo álcool são: mariposas, borboletas, moscas-brancas e cochonilhas. O envio de amostra para o laboratório requer alguns cuidados básicos. Mariposas e borboletas devem ser mortas com uma leve pressão no tórax e colocadas em envelopes com as asas fechadas. Moscas-brancas e cochonilhas devem ser enviadas junto com as partes vegetais, a seco.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 303

    Ano: 2015

  • A antracnose em mudas pode ser facilmente controlada com pulverizações semanais preventivas de oxicloreto de cobre (3 g do produto comercial por litro de água). No caso de a doença já estar instalada, a aplicação de um fungicida preventivo não terá mais efeito. Nessa situação, somente um fungicida sistêmico pode recuperar as mudas. O aumento do espaçamento entre as mudas, permitindo uma maior aeração e diminuindo o contato entre as mudas, pode contribuir para a redução da doença. O manejo da irrigação dentro do viveiro também pode contribuir para a redução da doença.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 306

    Ano: 2015

  • Sim. Os clones Embrapa 51, BRS 189 e BRS 226 são resistentes à antracnose. Também já foram identificados clones tolerantes (CP 06, CP 76 e CP 1001) e susceptíveis à antracnose (CP 09 e BRS 265).

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 312

    Ano: 2015

  • Apesar de já ocorrerem em quase todas as microrregiões produtoras de caju do Nordeste, a resinose é tida hoje como uma séria doença nas regiões semiáridas do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 331

    Ano: 2015

  • O principal fator que tem se relacionado com a elevada incidência da resinose é a amplitude térmica acima de 10 °C. Acredita-se que esse fator propicie o tipo de estresse necessário ao fungo para que ele saia da sua condição de patógeno latente (endofítico) para tornar-se patogênico ao cajueiro. Outros fatores, como o estresse hídrico e a suscetibilidade do clone, também podem contribuir para a ocorrência da doença.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 332

    Ano: 2015

  • Sim. Os clones BRS 226 e Embrapa 51 têm comprovada resistência à resinose.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 333

    Ano: 2015

  • Sim, recentemente essa possibilidade foi confirmada em várias localidades do Nordeste brasileiro. O fungo pode infectar mudas enxertadas, bem como mudas de pé-franco destinadas a porta-enxerto ou para jardins clonais. É importante mencionar que mudas podem representar importante veículo de disseminação da resinose, assumindo importância maior na introdução da doença em áreas onde ela não ocorre.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 334

    Ano: 2015

  • Sim, a resinose pode ocorrer em plantas recém-transplantadas, principalmente quando plantadas em áreas favoráveis à ocorrência da doença e com algum tipo de ferimento no tronco ou ramos.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 326

    Ano: 2015

  • Sim, a resinose pode infectar cajueiros de todos os tipos, inclusive plantas recém-transplantadas para o campo.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 328

    Ano: 2015

  • Atualmente, para controlar ou prevenir a resinose num pomar, devem-se tomar os seguintes cuidados: usar mudas provenientes de matrizes sadias, proteger as plantas sadias contra infecções, evitando ferimentos, desinfetar os instrumentos de corte, remover e destruir plantas ou tecidos infectados e usar clones resistentes.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 327

    Ano: 2015

  • Sim, a resinose já é doença grave em troncos e enxertos de cajueiro que sofreram substituição de copa. A operação de corte do tronco, além de oferecer uma porta de entrada para o fungo causal e favorecer a disseminação, predispõe a planta pelo estresse. Essa prática não deve ser recomendada para as regiões de ocorrência da resinose.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 329

    Ano: 2015

  • Levantamentos conduzidos pela Embrapa Agroindústria Tropi­cal, nos últimos 4 anos, têm revelado que a deterioração das amêndoas em castanhas de caju ocorre em virtude da presença de fungos.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 340

    Ano: 2015

  • Não. Os fungos podem infectar as amêndoas desde o início de sua formação, quando ainda no interior de castanhas jovens.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 341

    Ano: 2015

  • A deterioração das amêndoas de castanhas de cajueiro pode ser minimizada pela adoção das seguintes medidas: colher as castanhas tão logo atinjam a maturidade, eliminando qualquer resto de pedúnculo aderido; colocá-las para secar em terreno batido ou secador de cimento durante pelo menos 3 dias; armazená-las em sacos de aniagem, sobre estrados de madeira, em local seco e ventilado.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 343

    Ano: 2015

  • Observações preliminares revelam perdas de até 80% de castanha em pomares de cajueiro-anão-precoce no sudeste do Piauí, enquanto os danos ao mercado de mesa foram praticamente totais nessa região. Informações de produtores e técnicos africanos revelam perdas totais no leste da África, caso nenhuma medida de controle seja empregada.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 319

    Ano: 2015

  • O oídio pode ser controlado por meio de pulverizações com fungicidas à base de enxofre, inclusive com o enxofre elementar em pó. Os fungicidas tebuconazol (0,75 mL/L), enxofre formulado (3 g/L) e triflumizol (0,5 g/L) se mostraram eficientes no controle do oídio.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 320

    Ano: 2015

  • Essa doença, produzida por uma alga ectoparasita das folhas do cajueiro, caracteriza-se pela formação de estruturas reprodutivas em aglomerados de coloração ferrugínea, na forma de manchas arredondadas, semelhantes ao feltro, na superfície superior da folha. Apesar de sua ocorrência ser muito comum, a mancha de alga não se caracteriza por perdas significativas de produção no cajueiro, sendo também desnecessário o uso de qualquer medida de controle.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 324

    Ano: 2015

  • O problema da deterioração de amêndoas de castanhas de cajueiro somente será significantemente reduzido quando os plantios forem conduzidos corretamente, com tratos culturais adequados e controle fitossanitário regular. Tais medidas permitem reduzir a incidência de fungos e insetos sobre as plantas de cajueiro e, consequentemente, os casos de infecção de amêndoas.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 344

    Ano: 2015

  • Sim. Aliás, a quase totalidade dos pedúnculos produzidos atual­mente não recebe aplicações de defensivos. Entretanto, o crescente número de patógenos e pragas, surgido após o estabelecimento de extensos plantios em áreas desmatadas, indica a necessidade do uso de defensivos a fim de evitar danos às folhas, flores, frutos e pedúnculos. É provável que, no futuro, a implantação de programas de manejo integrado consiga manter ou mesmo elevar a produtividade do cajueiro com o uso mínimo de defensivos e a utilização de métodos alternativos de controle, principalmente o controle biológico, resistência genética ou até mesmo por meio de indutores de resistência.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 346

    Ano: 2015

  • Embora não existam diferenças na composição do pedúnculo que sejam associadas exclusivamente com os atributos físicos, como cor, tamanho e forma, deve-se procurar atender às exigências do mercado pretendido. Mesmo no caso de não haver preferência por determinado mercado, deve-se ter o cuidado de expedir lotes homogêneos, com todas as informações sobre o produto na embalagem.

    É importante lembrar que existe uma tendência identificada no mercado, de preferência por cajus de coloração alaranjada com tendência a cor vermelha ou avermelhada, pois essa cor geralmente é associada com fruto mais maduro e doce. No entanto, existem cajus com pedúnculos amarelos que são mais doces do que vermelhos, e vice-versa.

    A qualidade do pedúnculo para consumo in natura está relacionada também com uma boa firmeza, baixa adstringência e acidez, doçura, tamanho (tipos: 4 a 9 cajus por bandeja) e formato (piriforme). Cajus do tipo 4 e 5 são os preferidos pelos consumidores. Do ponto de vista da indústria, são mais importantes o rendimento em suco, a baixa adstringência e os teores de acidez e de açúcares.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 350

    Ano: 2015

  • Além da maior produtividade, o porte baixo dessas plantas permite maior aproveitamento do caju, pois a colheita pode ser feita manualmente. Nesse aspecto, o cajueiro-anão-precoce difere do tipo comum, cuja colheita, na maioria das vezes, é feita após a queda, o que prejudica sensivelmente o aproveitamento industrial e inviabiliza o mercado de mesa. O cajueiro-anão-precoce também mostra menor variabilidade que o comum, tanto nas características físicas quanto na qualidade do pedúnculo e da castanha, o que facilita as operações de seleção e classificação e garante a homogeneidade dos lotes comercializados.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 348

    Ano: 2015

  • O pedúnculo maduro constitui cerca de 90% do caju. Pesa de 70 g a 146,36 g e contém aproximadamente 80% de polpa. Além disso, apresenta a composição apresentada na Tabela 1.

    Tabela 1. Composição do pedúnculo por ocasião da colheita.

    Determinação Valor médio
    Umidade (%) 84,5 a 90,4
    pH 3,5 a 4,6
    Sólidos solúveis (ºBrix) 10,47 a 12,90
    Açúcares totais (%) 6,76 a 10,83
    Acidez titulável (% ácido málico) 0,14 a 0,52
    Vitamina C (mg/100 g) 142 a 270
    Riboflavina (mg/100 g) 99 a 124
    Polifenóis extraíveis totais (mg/100 g) 99,53 a 236,97
    Cálcio (mg/100 g) 11,9 a 16,1
    Ferro (mg/100 g) 0,23 a 0,47
    Fósforo (mg/ 100 g) 12,3 a 16,7

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 351

    Ano: 2015

  • Essa sensação de “travar” ao se morder o pedúnculo do caju é provocada por uma propriedade de alguns pedúnculos, denominada de adstringência. Essa propriedade é consequência da presença de substâncias complexas conhecidas como taninos. Os taninos de menor tamanho molecular ou pouco polimerizados formam complexos com a proteína da saliva, dando a sensação de secura na boca. Não só no pedúnculo do caju, mas quando qualquer fruto amadurece, o tamanho das moléculas ou o grau de polimerização aumenta. Com isso, ocorre a perda da capacidade de se complexar com as proteínas e a diminuição da adstringência.

    Em geral, quando se trata de pedúnculos de cajueiro-comum, não é possível identificar, apenas pela aparência, se um caju é adstringente ou não. Porém, existem algumas exceções, como o caso do chamado caju-banana, que, em geral, contém alto teor de taninos e é conhecido pela acentuada adstringência. Com o desenvolvimento de pesquisas em melhoramento genético do cajueiro, foram selecionados clones que passaram a ser utilizados em plantios comerciais. A análise dos teores de taninos dos pedúnculos, durante a seleção, tornou possível saber, antes do plantio, se os pedúnculos de um determinado clone são adstringentes ou não.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 352

    Ano: 2015

  • Não. O caju é classificado no grupo dos frutos não climatéricos. Mesmo depois de colhidos, todos os frutos continuam a respirar, e, de acordo com seu comportamento respiratório, são classificados em climatéricos e não climatéricos. Após a colheita, os climatéricos têm um aumento característico na taxa de respiração, identificada pela quantidade de gás carbônico (CO2) produzida. Essa taxa aumenta até atingir um máximo (pico respiratório climatérico), que antecede ou coincide com o pico de produção de etileno, considerado o regulador do amadurecimento. Nos frutos não climatéricos, a taxa respiratória decresce continuamente após a colheita, a produção de etileno não aumenta e não há modificações relacionadas ao amadurecimento. Os frutos pertencentes a esse grupo, se colhidos antes de amadurecer, embora possam apresentar amolecimento e perda de coloração verde, não se tornam adequados para o consumo. Portanto, o caju deve ser colhido obrigatoriamente com o pedúnculo maduro.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 354

    Ano: 2015

  • Não. Nos dois casos, os pedúnculos devem ser colhidos completamente maduros, quando apresentam as melhores características de sabor e aroma (máximo teor de açúcares, menor acidez e adstringência). No entanto, para o mercado in natura, os pedúnculos devem estar perfeitos, sem deformações. A indústria aceita frutos com defeitos físicos, desde que não apresentem sinais de doenças ou ataque de insetos. Pedúnculos machucados são aceitos para o processamento, desde que não tenham iniciado o processo de fermentação.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 356

    Ano: 2015

  • Por ser um órgão não climatérico, o pedúnculo deve ser colhido maduro. Os principais indicadores do ponto de colheita são: coloração, firmeza e composição. No entanto, na prática, a colheita é realizada quando o pedúnculo apresenta-se completamente desenvolvido (tamanho), desprendendo-se facilmente da planta quando tocado manualmente, com a textura ainda firme e coloração característica do clone (sem sinais de coloração verde).

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 355

    Ano: 2015

  • Além de o pedúnculo não amadurecer após colhido, é um produto muito perecível em consequência, principalmente, da grande quantidade de água e do intenso metabolismo. Vários são os fatores que afetam sua qualidade quando comercializado in natura, entre os quais se destacam:

    • Desconhecimento dos cuidados necessários no manejo pré-colheita, colheita do pedúnculo verde ou muito maduro (ponto de colheita inadequado).
    • Falta de conhecimento e treinamento para os colhedores, selecionadores, embaladores, etc.
    • Caixa de colheita inadequada e, na maioria das vezes, ausência total de sua higienização.
    • Exposição do produto ao sol por muito tempo, durante as operações de colheita e manuseio pós-colheita.
    • Demora entre a colheita, o transporte para a casa de embalagem e o pré-resfriamento.
    • Pré-resfriamento ausente ou insuficiente.
    • Embalagem inadequada (o layout da caixa de papelão deve garantir ventilação apropriada).
    • Temperatura de armazenamento inadequada.
    • Variações de temperatura durante o transporte refrigerado.
    • Exposições a temperaturas elevadas (acima de 20 °C) nos supermercados e feiras.
    • Quebra da cadeia de frio entre a colheita e a mesa do consumidor.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 360

    Ano: 2015

  • A classificação da amêndoa da castanha-de-caju é realizada, para efeito de exportação, de acordo com três critérios bem definidos: integridade física, tamanho e cor. No Brasil, os padrões são fixados pela Instrução Normativa nº 62/2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL,2009) de acordo com as exigências dos mercados importadores que classificam as amêndoas em classes conforme Tabela 5, as quais recebem denominação abreviada em inglês. Para as amêndoas inteiras, as classes são definidas pelo número de amêndoas por libra-peso (453,59 kg), mantendo espaço entre uma classe e outra com o objetivo de padronização.

    Existem outras classificações de amêndoa de castanha-de-caju (ACC) adotadas de acordo com as exigências de cada país. Por exemplo, o padrão adotado pelo mercado norte-americano é o da AFI (Association of Food Industries), que mantém também intervalos de contagens de amêndoas (Tabela 5).

    Quanto maior a integridade física e o tamanho, e quanto mais clara for a cor, maior será o valor comercial do produto.

    As normas estabelecem tolerância de 5% a 10% nas avaliações, as quais são feitas por amostragem. Para o tamanho, uma amostra de amêndoas inteiras de um menor grau não deve conter mais de 10% de amêndoas do grau superior. Isso justifica os intervalos de número de amêndoas entre classes consecutivas.

    Tabela 5. Classificação das amêndoas da castanha-de-caju.

    Classe Número de amêndoas por libra-peso
    Brasil Association of Food Industries (AFI)
    Inteira superespecial (SLW) Até 180 140 a 180
    Inteira especial (LW ou W210) 181 a 210 180 a 210
    Inteira (W240) 220 a 240 220 a 240
    Inteira (W280) 260 a 280 -
    Inteira (W320) 300 a 320 300 a 320
    Inteira (W450) 400 a 450 400 a 450
    Inteira pequena (SW) 451 a 550 -
    Classe Característica
    Inteira misturada (W3, WM, W4 e W5) Amêndoas inteiras que não obedecem a uma calibragem
    Banda (S) Cotilédones separados, inteiros ou com fratura transversal de até 1/8 do seu tamanho original
    Batoque (B) Amêndoa com fratura transversal em um ou em ambos os cotilédones
    Pedaço grande (P) Aquele que ficar retido na peneira de malha 1/4 de polegada, confeccionada em fio 16 SWG
    Pedaço médio (PM) Aquele que vazar na peneira de 1/4 de polegada e ficar retido na peneira de malha 4
    Pedaço pequeno (SP) Aquele que vazar na peneira de malha 4 e ficar retido na peneira de malha 7 (fio 20SWG)
    Pedaço superpequeno (SSP) Aquele que vazar na peneira de malha 7 e ficar retido na peneira de malha 8 (fio 20SWG)
    Grânulo (G) Aquele que vazar na peneira de malha 8 e ficar retido na peneira de malha 10 (fio 24 SWG)
    Xerém (X) Produto que vazar na peneira de malha 10 e ficar retido na peneira de malha 14 (fio 26 SWG)
    Farinha (F) Produto que vazar na peneira de malha 14

    Fonte: Association of Food Industries (2013).

    BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa nº 62, de 15 de dezembro de 2009. Aprova o Regulamento Técnico da amêndoa da castanha de caju, definindo o seu POC com os requisitos de identidade e qualidade, amostragem, modo de apresentação e a marcação ou rotulagem. Revoga parcialmente a Portaria nº 644 de 11 de setembro de 1975. 2009.

    ASSOCIATION OF FOOD INDUSTRIES. Especificações para amêndoas de castanha-de-caju. Disponível em: <http://www.afius.org/sections/nut>. Acesso em: 12 set. 2013.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 409

    Ano: 2015

  • No processo mecanizado (por impacto), o rendimento de amêndoas inteiras, em relação à quantidade total de amêndoas beneficiadas, pode chegar a 75% na operação de decorticação e variar de 55% a 60% no final do processo. No processo semimecanizado, o rendimento sobe para mais de 85% no corte e 70% no final do processo.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 412

    Ano: 2015

  • A classe de amêndoas mais nobre e cara é a SLW1, amêndoa inteira de tamanho superespecial (2,7 g, em média) e de primeira qualidade (tipo 1), produto que admite até 180 amêndoas por libra-peso (453,59 kg) e apresenta coloração marfim-pálido ou alva. No entanto, a amêndoa mais comercializada internacionalmente é a classe W320, produto que apresenta entre 300 e 320 amêndoas inteiras por libra-peso, de tamanho pequeno (1,5 g, em média) e, portanto, de preço mais acessível.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 411

    Ano: 2015

  • Para o processo de fritura da amêndoa da castanha-de-caju, recomenda-se a utilização de óleo de boa qualidade, que possibilite maior número de ciclos de reutilização. O processo consiste na imersão das amêndoas em óleo bem aquecido em cestos apropriados. O tempo de fritura varia de três a seis minutos. Após a fritura, deve-se remover imediatamente o excesso do óleo numa centrífuga e realizar a salga a seco, com as amêndoas ainda quentes, utilizando-se sal refinado de boa qualidade, na quantidade de 2% em relação ao peso do produto.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 418

    Ano: 2015

  • A pasta de ACC é obtida basicamente pela moagem das amêndoas com os demais ingredientes até que o produto apresente aparência homogênea (Tabela 6). A forma de consumo da pasta de ACC é semelhante à do creme de amendoim (peanut butter), pura no pão e em biscoitos ou em recheios de bolos, coberturas, entre outros.

    Tabela 6. Formulação básica para elaboração de pasta de amêndoa de castanha-de-caju.

    Ingrediente Quantidade (%)
    Amêndoas de castanha-de-caju torradas 89,9
    Sal 0,1
    Açúcar 8,0
    Lecitina de soja 2,0

    Fonte: Lima (2006).

    LIMA, J. R. Orientações para elaboração de pasta de amêndoa de castanha-de-caju. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2006. 3 p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado técnico, 115).

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 420

    Ano: 2015

  • LCC é a sigla para líquido da casca da castanha, um líquido de natureza cáustica e bastante corrosivo, presente nos alvéolos do mesocarpo esponjoso da casca da castanha-de-caju. É constituído de uma mistura de fenóis vegetais, dos quais os principais são o ácido anacárdico (cerca de 90%) e o cardol (10%). Apesar de ser um fenol, é popularmente conhecido como “óleo da castanha”. Esse líquido representa de 12% a 25% do peso da castanha in natura.

    O LCC e seus derivados, obtidos por diferentes reações químicas, podem ser utilizados na fabricação de tintas, vernizes e esmaltes especiais, isolantes elétricos, inseticidas, fungicidas, pigmentos, plastificantes, antioxidantes, adesivos e aglutinantes para placas aglomeradas e compensados navais. Seu principal uso industrial dá-se na elaboração de resinas fenólicas e pós de fricção para confecção de lonas de freio para automóveis.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 421

    Ano: 2015

  • Os principais produtos do pedúnculo do cajueiro, fabricados em escala industrial, são: suco integral, suco concentrado, cajuína, néctar, refrigerante, polpa pasteurizada e preservada quimicamente, polpa pasteurizada congelada e doces diversos. Podem ser elaborados, ainda, produtos artesanais. Em pequenas e médias empresas, são produzidos doce em massa, doce em calda, compota, caju-ameixa, caju-passa, polpa congelada, rapadura, geleia e xarope (mel de caju).

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 425

    Ano: 2015

  • A polpa de caju congelada pode ser estocada por um período de 6 a 12 meses, desde que a temperatura de armazenamento (-18 °C) seja mantida constante.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 429

    Ano: 2015