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As folhas devem ter entre 5 e 7 meses de idade, recém-maduras, livres de cloroses e queimaduras nas pontas. A amostragem deve ser feita preferencialmente entre 8 e 10 horas da manhã, coletando-se, na altura média de cada planta selecionada, 12 folhas, 3 em cada ponto cardeal. A amostragem deve ser proveniente de 12 plantas/ha a 20 plantas/ha em pomar com o mesmo material vegetal, mesma idade e mesmo tipo de solo.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 90
Ano: 2015
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O pomar deve ser amostrado em zigue-zague, selecionando cajueiros que representam o mesmo bloco clonal e idade, evitando-se coletar folhas que apresentem danos provocados por insetos, doenças ou fenômenos climáticos.
Após a amostragem, separam-se as folhas dos pecíolos para evitar translocação de nutrientes. As folhas coletadas devem ser lavadas com água comum para retirada de poeira e resíduo de defensivos agrícolas, enxugadas com papel toalha e acondicionadas em sacos de papel, identificadas e enviadas ao laboratório no mesmo dia. Caso isso não seja possível, colocá-las num refrigerador até o envio ao laboratório.
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 91
Ano: 2015
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No Brasil, não foram elaboradas tabelas para interpretação dos resultados das análises de folhas, para os diferentes materiais vegetais. Contudo, tomando-se como base os vários resultados de análise foliar realizadas no Brasil, sugere-se a utilização dos parâmetros da Tabela 1.
Tabela 1. Parâmetros para interpretação da análise foliar do cajueiro.
Nutriente Deficiente Adequado Nitrogênio (g/kg) < 14,0 14,0 a 18,0 Fósforo (g/kg) < 1,0 1,2 a 1,4 Potássio (g/kg) < 6,8 7,2 a 11,0 Cálcio (g/kg) < 1,1 2,4 a 7,5 Magnésio (g/kg) < 1,1 2,2 a 3,1 Enxofre (g/kg) < 0,8 1,1 a 1,4 Boro (mg/kg) < 39,0 56,0 a 67,0 Cobre (mg/kg) < 7,0 > 7 Ferro (mg/kg) < 92,0 148,0 a 165,0 Manganês (mg/kg) < 26,0 91,0 a 204,0 Zinco (mg/kg) < 12,0 > 20 Fonte: Kernot (1998).
Capítulo: Adubação e Nutrição Mineral
Número da Pergunta: 92
Ano: 2015
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Sim. Embora o cajueiro seja uma planta nativa do Brasil que vegeta e produz mesmo em condições ecológicas consideradas insatisfatórias, o que lhe caracteriza como planta rústica, a sua exploração racional e econômica não deve ser confundida com a sua capacidade de sobrevivência (adaptativa). Para se obter a sustentabilidade econômica do cultivo do cajueiro, o produtor deve utilizar plantas com caracteres genéticos de boa produtividade, obtidas por meio de mudas clonais, e realizar os tratos culturais recomendados para a cultura.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 93
Ano: 2015
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O período de plantio mais indicado para o cultivo em sequeiro é aquele que coincide com o início do período chuvoso, enquanto, para o cultivo irrigado, pode-se efetuar o plantio durante todo o ano. No caso da região Nordeste, o Mapa publicou as portarias de no 35 a 43, de 10 de fevereiro de 2011, referentes ao zoneamento agrícola para a cultura do cajueiro. Nessas portarias constam as seguintes recomendações para as épocas de plantio:
- Ceará: entre 1º de fevereiro e 31 de maio (região Norte – incluindo os litorais leste e oeste) e entre 1º de janeiro e 30 de abril (região Sul – Cariri).
- Piauí: entre 1º de janeiro e 31 de março (regiões Sudeste, Sudoeste e Sul) e entre 1º de fevereiro e 30 de abril (região Norte).
- Rio Grande do Norte: entre 1º de março e 30 de abril (regiões de Serra do Mel e Sertão do Seridó) e entre 1º de abril e 30 de junho (região leste Potiguar).
- Pernambuco: entre 1º de abril e 30 de junho (regiões de Buíque e Garanhuns) e entre 1º de abril e 31 de maio (regiões de Igarassu e Goiana).
- Maranhão: entre 1º de janeiro e 31 de maio (região de Barreirinhas) e entre 1º de novembro e 30 de abril (região de Buriti Bravo).
- Bahia: entre 1º de março e 30 de junho (região de Ribeira do Pombal).
- Alagoas: entre 1º de maio e 30 de junho (região de Carneiros).
- Sergipe: entre 1º de abril e 31 de julho.
- Paraíba: entre 1º de abril e 30 de junho.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 96
Ano: 2015
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Após a escolha da área, deve-se proceder a limpeza removendo toda a vegetação não desejada. As operações que compõem o preparo e a limpeza da área são: derrubada ou destoca da vegetação, enleiramento da madeira (troncos e galhos), retirada de tocos e raízes, aração e gradagem. Em áreas com solos argilosos ou com camada subsuperficial (acima de 20 cm de profundidade) adensada, recomenda-se, também, o uso de escarificador ou subsolador. Por ser uma planta perene, tais procedimentos de preparo do solo são de suma importância para a cultura, pois propiciarão um adequado ambiente para o desenvolvimento de um efetivo sistema radicular, o qual é responsável pela absorção de água e nutrientes.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 97
Ano: 2015
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Sim, mas desde que seja num sistema de cultivo intensivo, isto é, com intenso uso de mão-de-obra. Alguns poucos produtores da região Nordeste mantêm pequenos pomares de cajueiro-anão com alta densidade de plantas (≈1.000 plantas por hectare). Nesses casos, o emprego de mão-de-obra é elevado, pois a poda é feita constantemente para evitar o entrelaçamento dos ramos de plantas diferentes, uma vez que plantas ultrapassem 2,5 m de altura. Ademais, para esse tipo de caso, a utilização de irrigação e adubação é quase que indispensável, devido a competição entre plantas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 101
Ano: 2015
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A escolha do espaçamento correto depende de vários fatores, destacando-se os tipos de cajueiro (comum ou anão-precoce) e, principalmente, de manejo da cultura (mínimo ou intensivo). Quanto mais favoráveis forem as condições de desenvolvimento das plantas (irrigação, adubação, solo, clima) mais amplo deverá ser o espaçamento.
O cajueiro-anão-precoce, pelas suas características de porte baixo e copa compacta, é explorado em sistemas de cultivo de média a alta densidade de plantio (178 a 240 plantas por hectare), enquanto o contrário ocorre com o cajueiro-comum (44 a 100 plantas por hectare).
Os espaçamentos tradicionalmente recomendados para a cultura do cajueiro-anão-precoce são: 7 m x 7 m e 8 m x 6 m para o cultivo em sequeiro; e 8 m x 7 m e 8 m x 8 m para o cultivo irrigado ou para o clone ‘Embrapa 51’. Para o clone de cajueiro-comum ‘BRS 274’, os espaçamentos indicados são de 12 m x 10 m e 11 m x 11 m, e para o híbrido ‘BRS 275’ o mais indicado é o 11 m x 9 m. Nesses espaçamentos, o primeiro valor refere-se à distância entre linhas e o segundo entre plantas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 100
Ano: 2015
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Dependendo do genótipo cultivado e da realização anual da poda de manutenção, o adensamento poderá ser utilizado. No entanto, o produtor deverá estar ciente de que, quanto mais sombreado for o cajueiro, menor será sua produção.
Os sistemas de adensamento mais comuns são:
- O plantio em espaçamento 4 m x 3 m, com 833 plantas por hectare, sendo que, no terceiro e quarto ano, realiza-se a eliminação da metade das plantas na linha de plantio, passando para o espaçamento 4 m x 6 m, e, no quinto e sexto ano, elimina-se metade das fileiras de plantas, deixando o pomar no espaçamento tradicional 8 m x 6 m.
- O plantio em espaçamentos de 8,0 m x 3,0 m a 4,0 m, sendo que, quando o pomar atinge entre 4 e 6 anos de idade, é realizado o desbaste das plantas na linha de plantio, consistindo na retirada de uma planta entre outras duas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 102
Ano: 2015
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O cajueiro é uma planta perene que vai explorar uma mesma faixa de solo por vários anos. Assim, em solos arenosos, recomenda-se a abertura de covas grandes nas dimensões mínimas de 40 cm de largura, 40 cm de comprimento e 40 cm de profundidade. Em solos com maiores teores de argila (> 35%), recomenda-se a abertura de covas com dimensões ainda maiores, entre 50 cm e 60 cm para todas as dimensões mencionadas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 104
Ano: 2015
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Sim. Em cultivos de grandes áreas, a abertura de sulcos de plantio pode proporcionar menores custos com mão de obra, além de se obter maior rendimento de serviço. Para a abertura dos sulcos, utiliza-se o implemento agrícola chamado sulcador, necessitando para tal que o solo esteja úmido. Os sulcos devem ser abertos com largura e profundidade de 40 cm.
Nesse tipo de plantio, pode haver um maior gasto de fertilizantes, pois é recomendável que todo o sulco seja adubado. Entretanto, em virtude de os solos da região produtora ser pobres em nutrientes, essa prática pode possibilitar um maior percentual de área corrigida quando comparada ao volume de solo de uma cova, sendo considerado um investimento em longo prazo.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 106
Ano: 2015
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Sim. No entanto deve-se observar o diâmetro da “boca” da cova e a profundidade da cova. Em plantios realizados no Campo Experimental da Embrapa, as covas preparadas com esse implemento ficam, em média, com 50 cm de diâmetro de boca (cova redonda) e 60 cm de profundidade. Deve-se atentar para a recomendação da dose correta de adubos para o tamanho de cova.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 105
Ano: 2015
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A abertura e o preparo das covas ou do sulco de plantio devem ser realizados pelo menos 30 dias antes da data prevista do plantio.
O preparo da cova consiste na aplicação dos fertilizantes indicados pelos resultados da análise do solo. Após a abertura da cova ou do sulco, no solo retirado deles são aplicados o calcário (se necessário), o adubo fosfatado (fonte de P), o adubo fonte de micronutrientes (FTE, por exemplo) e o adubo orgânico curtido (esterco bovino ou de aves, bagana de carnaúba, compostos orgânicos, entre outros). Após a aplicação dos adubos, misture-os com o solo e retornem com ele para as covas ou sulcos, fechando-os.
Após o fechamento das covas ou sulcos, recomenda-se o umedecimento do solo de forma regular durante 30 dias, no intuito de favorecer a reação dos fertilizantes aplicados no solo.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 107
Ano: 2015
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O plantio das mudas de cajueiro no campo deverá ser realizado após 30 dias do preparo e fechamento das covas ou do sulco. No dia do plantio, na parte central da cova ou do ponto determinado no sulco, abre-se um buraco (coveta) com o mesmo tamanho da embalagem que contém a muda. Posteriormente, retira-se a embalagem e coloca a muda na coveta. Em seguida, fecha-se a coveta com o solo pressionando-o, para que haja maior contato entre o substrato da muda e o solo. Quando as mudas forem provindas de sacolas plásticas, recomenda-se fazer um corte fino no fundo da sacola para a eliminação de possíveis raízes enoveladas no fundo. Ao término do plantio, as mudas deverão ficar com o colo a 3 cm da superfície do solo e ser amarradas a tutores enterrados próximo à planta, prática essa que evita o tombamento.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 108
Ano: 2015
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Após o plantio das mudas no campo, deve-se fazer uma bacia de aproximadamente 60 cm de raio em volta da planta, com o intuito de reter a água aplicada nos primeiros dias após o plantio. Nessa bacia, se possível, recomenda-se, também, utilizar algum tipo de cobertura morta (mulching), que pode ser obtida de materiais vegetais disponíveis na propriedade, como palhadas de capins. Essa prática apresenta as vantagens de diminuir a perda da água do solo por evaporação, manter a temperatura do solo amena e realizar o controle físico das plantas daninhas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 109
Ano: 2015
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Sim. Os ventos contínuos e fortes provocam quebra de galhos das plantas, quedas de botões florais, flores e frutos novos (maturis) e tombamento de mudas, o que resultam em prejuízos para os cajucultores. Desse modo, é recomendado o plantio de quebra-ventos em torno do pomar ou dos talhões. É comum, em alguns pomares, o plantio do nim (Azadirachta indica) – planta exótica de excelente adaptação tanto no litoral quanto no Sertão nordestino, e do sabiá ou sansão-do-campo (Mimosa caesalpineafolia) – uma fabácea nativa do próprio Semiárido nordestino.
Deve-se ter o cuidado para que o plantio das espécies utilizadas como quebra-ventos não seja muito próximo às plantas de cajueiro, pois o cajueiro necessita de intensa radiação solar para produzir, e também para evitar possíveis competições por água e nutrientes.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 110
Ano: 2015
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Além da desbrota e da retirada das panículas, em cajueiros jovens recomenda-se também a poda de formação. Nos anos subsequentes, em cajueiros adultos, recomendam-se as podas de manutenção e de limpeza.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 113
Ano: 2015
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Essa poda é realizada nas plantas jovens e consiste na formação de uma copa compacta, com ampla superfície produtiva, com ramos bem distribuídos e livres de entrelaçamento. A formação de copa compacta facilita a mecanização dos cultivos, as operações de adubação, a roçagem do mato e, no caso de cultivo irrigado, a inspeção do sistema de irrigação.
A partir do plantio no campo, o cajueiro jovem deve estar livre de ramificações rasteiras, devendo apresentar ramos laterais a partir dos primeiros 50 cm de altura do caule. A partir dessa altura, deixa-se a planta emitir de forma natural suas ramificações laterais. Após o surgimento dessas ramificações, procede-se, quando necessário, a eliminação de ramos com crescimento anormal e ramos vigorosos que crescem na vertical com poucas ramificações, denominados de ladrões ou chupões, que são improdutivos. Os ramos com crescimento direcionado para o solo também deverão ser removidos. Recomenda-se selecionar de três a quatro ramos laterais distribuídos em diferentes pontos, tanto na posição (altura) quanto no lado (ponto cardeal) da planta para a formação de uma boa copa.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 114
Ano: 2015
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Como a poda envolve cortes de numerosos brotos e ramos pequenos, se realizada incorretamente, poderá haver a indução de uma excessiva brotação na planta, o que dificultará a penetração de luz. Deve ser priorizada a retirada de ramos improdutivos (praguejados, secos, quebrados, lascados, entre outros), o que já propiciará um maior arejamento e maior penetração de raios solares no interior da planta. Posteriormente, deverão ser eliminados os ramos de uma planta que se entrelaça com o de outra. Por fim, recomenda-se, logo após a prática de qualquer uma das podas mencionadas, a aplicação de um fungicida cúprico (oxicloreto de cobre: 60 g do produto comercial em 20 L de água) nas partes cortadas para proteção dos ferimentos contra a ação de patógenos.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 117
Ano: 2015
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A consorciação na cultura do cajueiro é uma boa alternativa para o cajucultor, apresentando inúmeras vantagens, como: gerar alimento, gerar renda paralela, ser ocupadora de mão de obra na época de entressafra, auxiliar o manejo de plantas daninhas, melhorar a estrutura do solo, aumentar o conteúdo de matéria orgânica no solo e, no caso das leguminosas, contribuir para a fixação do nitrogênio. Ademais, o sistema de consórcio faculta ao cajueiro o aproveitamento de resíduos de fertilizantes aplicados nas culturas consorciadas.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 120
Ano: 2015