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O corte mecanizado, utilizado nas grandes fábricas brasileiras, foi adaptado do processo Stutervant, de origem inglesa. As castanhas previamente limpas e selecionadas são submetidas à umidificação por imersão em água em grandes silos, por 5 minutos. Em seguida, são drenadas e ficam em repouso por até 72 horas, quando devem estar com 11% de umidade. Logo após, são levadas para fritura em banho de líquido da casca da castanha (LCC) quente, em temperatura de 200 °C a 220 °C, para tornar a casca mais friável (quebradiça). Nesse banho quente, é extraído cerca de 40% do LCC das castanhas.
Para abrir as castanhas (decorticação), elas são arremessadas por pratos giratórios em alta rotação contra chapas montadas na face vertical da máquina, sofrendo um impacto que quebra a casca e libera a amêndoa. As amêndoas com película são levadas para a estufa para posterior despeliculagem, seleção, classificação e embalagem.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 396
Ano: 2015
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Algumas indústrias de castanha-de-caju no Brasil estão utilizando estufas de três estágios, em que as amêndoas são conduzidas sobre esteiras, num sistema contínuo fechado com gradação de temperatura, até a finalização do processo de estufagem. Esse equipamento representa um avanço em relação à estufa convencional, geralmente de natureza estática, e que demanda longo tempo de processo. As estufas de multiestágios operam com temperaturas em torno de 85 °C, e o processo é realizado em quatro horas e meia, com grande economia de mão de obra e tempo.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 404
Ano: 2015
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Uma dupla de cortadores bem treinados, em oito horas de trabalho, corta entre 140 kg e 160 kg de castanha das classes média ou grande. Entretanto, a produção da mesma dupla cai para menos de 60 kg no caso de castanhas pequenas e miúdas. Portanto, o rendimento depende do tamanho e da qualidade da castanha.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 401
Ano: 2015
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A maioria das indústrias de pequeno porte utiliza o rolador ou o despeliculador de escovas para a remoção da película. O rolador consiste em um cilindro de tela metálica, movido manual ou mecanicamente, onde as amêndoas são parcialmente despeliculadas ao serem atritadas na parte interna do cilindro quando ele é acionado em movimentos giratórios em torno de seu eixo horizontal.
O despeliculador de escovas consiste em uma tela metálica fixada sobre uma base de mesa sobre a qual o operador, empregando escovas de cerdas macias de nylon, fricciona as amêndoas em movimentos circulares.
Após passarem por esses equipamentos, aproximadamente 70% das amêndoas estão totalmente despeliculadas. As amêndoas com restos de película ainda aderidos à sua superfície podem ser reprocessadas no balde fofador ou em um despeliculador provido de ciclone, onde recebem injeção de vapor superaquecido ou ar comprimido, os quais passam pelas fendas da película, arrastando os pedaços ainda existentes sobre a amêndoa.
A despeliculagem também pode ser feita manualmente, pela simples torção da amêndoa entre os dedos ou por raspagem, empregando pequenos estiletes.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 406
Ano: 2015
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A seleção é feita manualmente sobre mesas fixas ou providas de esteiras (12 m de comprimento) e com boa iluminação, por onde as amêndoas que saem da despeliculagem passam de uma a três vezes, para sofrerem uma primeira separação quanto a sua integridade física (inteiras e quebradas), cor (alvas e escurecidas) e avarias (Tabela 4). Após a seleção, as amêndoas são classificadas de acordo com padrões internacionais.
Tabela 4. Identificação de defeitos em amêndoas de castanha-de-caju.
Tipo Característica Ardida Alteração na coloração normal, odor e/ou sabor resultante do processo de fermentação Danificada Dano causado por insetos, roedores, agentes mecânicos e outros Impurezas Detritos da casca ou da película da amêndoa Matérias estranhas Detritos de qualquer natureza não oriundos da castanha-de-caju Mofada Amêndoa que apresentar mofo visível a olho nu Rançosa Amêndoa que apresentar cor, odor e/ou sabor alterados por causa da oxidação de sua fração oleosa Arroxeada Presença de cor azulada ou levemente arroxeada na amêndoa Brocada Amêndoa que, independentemente da sua coloração, apresentar uma ou mais depressões, pontos pretos ou escurecidos Imatura Amêndoa que não atingiu o seu estágio de desenvolvimento fisiológico completo, apresentando-se enrugada e com densidade menor que a normal Manchada Amêndoa que apresentar manchas superficiais de qualquer natureza Película aderente Amêndoa que apresentar película com mais de 2 mm de diâmetro fixa na sua superfície Raspada Amêndoa com parte de sua camada superficial removida Queimada Amêndoa escurecida pelo aquecimento excessivo durante o processamento Fonte: Brasil (2009)
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa nº 62, de 15 de dezembro de 2009. Aprova o Regulamento Técnico da amêndoa da castanha de caju, definindo o seu POC com os requisitos de identidade e qualidade, amostragem, modo de apresentação e a marcação ou rotulagem. Revoga parcialmente a Portaria nº 644 de 11 de setembro de 1975. 2009.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 408
Ano: 2015
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A classe de amêndoas mais nobre e cara é a SLW1, amêndoa inteira de tamanho superespecial (2,7 g, em média) e de primeira qualidade (tipo 1), produto que admite até 180 amêndoas por libra-peso (453,59 kg) e apresenta coloração marfim-pálido ou alva. No entanto, a amêndoa mais comercializada internacionalmente é a classe W320, produto que apresenta entre 300 e 320 amêndoas inteiras por libra-peso, de tamanho pequeno (1,5 g, em média) e, portanto, de preço mais acessível.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 411
Ano: 2015
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Na despeliculagem, pois nessa fase as amêndoas encontram-se em estado de muita fragilidade e quebradiças, por causa do seu baixo teor de umidade ao saírem da estufa. A quebra de amêndoas na despeliculagem pode chegar a 25%, levando-se em consideração que algumas delas já se encontravam quebradas ou trincadas desde a etapa do corte, mas estavam aparentemente inteiras em razão da película, que mantinha todas as partes unidas.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 413
Ano: 2015
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São vários os fatores que contribuem para a obtenção de amêndoas inteiras:
- Tamanho da castanha.
- Secagem adequada da castanha.
- Umidade da amêndoa durante a despeliculagem.
- Eficiência na despeliculagem.
- Eficiência na classificação da castanha.
No caso do processo semimecanizado, fatores específicos, tais como boa autoclavagem, regulagem adequada das lâminas de corte e habilidade do operador da máquina de corte manual também influenciam o rendimento de amêndoas inteiras.
No processo mecanizado, é também importante a regulagem do sistema centrífugo de abertura da castanha.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 414
Ano: 2015
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Embora tenha de ser desidratada até um teor de cerca de 3% de umidade para facilitar a despeliculagem, a amêndoa da castanha-de-caju deve ser embalada com umidade entre 4,0% a 4,5%, pois abaixo desse valor a amêndoa fica muito susceptível à quebra. Por sua vez, acima de 5% de umidade pode ocorrer o desenvolvimento de fungos que tornam o produto impróprio para o consumo.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 416
Ano: 2015
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A pasta de ACC é obtida basicamente pela moagem das amêndoas com os demais ingredientes até que o produto apresente aparência homogênea (Tabela 6). A forma de consumo da pasta de ACC é semelhante à do creme de amendoim (peanut butter), pura no pão e em biscoitos ou em recheios de bolos, coberturas, entre outros.
Tabela 6. Formulação básica para elaboração de pasta de amêndoa de castanha-de-caju.
Ingrediente Quantidade (%) Amêndoas de castanha-de-caju torradas 89,9 Sal 0,1 Açúcar 8,0 Lecitina de soja 2,0 Fonte: Lima (2006).
LIMA, J. R. Orientações para elaboração de pasta de amêndoa de castanha-de-caju. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2006. 3 p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado técnico, 115).
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 420
Ano: 2015
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LCC é a sigla para líquido da casca da castanha, um líquido de natureza cáustica e bastante corrosivo, presente nos alvéolos do mesocarpo esponjoso da casca da castanha-de-caju. É constituído de uma mistura de fenóis vegetais, dos quais os principais são o ácido anacárdico (cerca de 90%) e o cardol (10%). Apesar de ser um fenol, é popularmente conhecido como “óleo da castanha”. Esse líquido representa de 12% a 25% do peso da castanha in natura.
O LCC e seus derivados, obtidos por diferentes reações químicas, podem ser utilizados na fabricação de tintas, vernizes e esmaltes especiais, isolantes elétricos, inseticidas, fungicidas, pigmentos, plastificantes, antioxidantes, adesivos e aglutinantes para placas aglomeradas e compensados navais. Seu principal uso industrial dá-se na elaboração de resinas fenólicas e pós de fricção para confecção de lonas de freio para automóveis.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 421
Ano: 2015
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Este resíduo pode ser aproveitado como combustível de caldeiras para a geração de energia, nas próprias fábricas de beneficiamento de castanha. Quando sua produção for maior que a necessidade de combustível na fábrica, ele pode ser vendido para outras indústrias, como, por exemplo, a indústria de cimento.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 424
Ano: 2015
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A polpa que recebeu pasteurização passou por um processo térmico que utiliza temperatura, com o objetivo de eliminar microrganismos deteriorantes e inativar enzimas. Embora esse processo reduza um pouco o teor de vitamina C e altere um pouco o sabor do produto, tem a vantagem de promover a estabilidade dos seus nutrientes, além de ser mais confiável no que diz respeito à segurança alimentar.
A polpa não pasteurizada, como não passou por tratamento térmico, pode apresentar maior teor de vitamina C e melhor sabor, no entanto a estabilidade de seus nutrientes durante o armazenamento será menor, levando à maior degradação de vitamina C, com consequente alteração de cor (a polpa vai ficando escura).
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 430
Ano: 2015
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Sim. Existe a Instrução Normativa nº 1, de 7 de janeiro de 2000 (BRASIL, 2000), do Mapa, que aprova o Regulamento Técnico Geral para fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade para polpa de fruta (Tabela 7). A polpa de caju deverá obedecer às características e composição descritas a seguir:
- Cor: variando do branco ao amarelado.
- Sabor: próprio, levemente ácido e adstringente.
- Aroma: próprio.
Tabela 7. Padrões de identidade e qualidade fixados para polpa de fruta.
Padrão de identidade Mínimo Máximo Sólidos solúveis em °Brix, a 20 °C 10,0 - pH - 4,6 Acidez total expressa em ácido cítrico (g/100 g) 0,30 - Ácido ascórbico (mg/100 mg) 80,00 - Açúcares totais naturais de caju (g/100 g) - 15,0 Sólidos totais (g/100 g) 10,50 - Fonte: Brasil (2000).
Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Instrução normativa nº 01, de 7 de janeiro de 2000. Regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta. 2000. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:R92wUbtBQ5gJ:www2.agricultura.rs.gov.br/uploads/126989581629.03_enol_in_1_00_mapa.doc+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 9 set. 2013.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 433
Ano: 2015
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De acordo com a Instrução Normativa nº 1, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de 7 de janeiro de 2000 (BRASIL, 2000), suco de caju integral é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível do pedúnculo do cajueiro, por meio de processo tecnológico adequado.
O processamento do suco segue as mesmas etapas iniciais descritas para a polpa de caju, até a segunda lavagem. Em seguida, ocorre a extração do suco por desintegração, processo em que o pedúnculo é dilacerado, por meio de um triturador provido de um cilindro dentado em aço inoxidável (também chamado de “rasgador”), sem que suas fibras longitudinais sejam cortadas.
O material dilacerado é encaminhado ao sistema de despolpa e refino, onde é prensado, por ação de batedores de aço inoxidável, contra telas sucessivas de malhas de aproximadamente 0,6 mm de abertura (despolpadeira) e de 0,3 mm a 0,4 mm (refinadeira ou finisher), deixando passar o suco e retendo o bagaço.
O bagaço é enviado para uma prensa tipo expeller (parafuso), obtendo-se assim, um suco residual que é incorporado ao suco da unidade de despolpa.
Em seguida, realiza-se a formulação por adição de benzoato de sódio, metabissulfito de sódio e ácido cítrico, homogeneização em homogeneizador de pistão a 150 kg/cm para garantir a distribuição uniforme das partículas da polpa, diminuindo a separação de fases durante a estocagem, e desaeração do suco em sistema a vácuo para remoção do oxigênio dissolvido.
A pasteurização é feita em trocador de calor de placas, seguindo-se o engarrafamento a quente (processo hot fill), fechamento, resfriamento das garrafas até 30 °C, rotulagem, embalagem e armazenamento.
Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Instrução normativa nº 01, de 7 de janeiro de 2000. Regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta. 2000. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:R92wUbtBQ5gJ:www2.agricultura.rs.gov.br/uploads/126989581629.03_enol_in_1_00_mapa.doc+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 9 set. 2013.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 434
Ano: 2015
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Dependendo do tipo de equipamento utilizado, o rendimento pode ser da ordem de 75% a 85%, indicando que a cada tonelada de pedúnculo que entra na fabricação do suco integral, serão produzidos de 750 kg a 850 kg de suco, o que gera um resíduo sólido fibroso de 150 kg a 250 kg como descarte.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 435
Ano: 2015
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Para se produzir suco de caju com alto teor de polpa, são necessários os seguintes equipamentos: lavadores rotativos, tanques, esteiras de seleção, etc., para tratamento da matéria-prima; uma unidade de extração, constituída de um desfibrador, para a desintegração do pedúnculo; uma despolpadeira do tipo convencional com batedores de aço inoxidável; uma prensa do tipo expeller para prensagem do bagaço; uma despolpadeira opcional do tipo finisher para dar acabamento à polpa obtida; e um tanque-pulmão para estocagem temporária do suco obtido. Complementando a linha, deve-se dispor de tanques de formulação, de um pasteurizador de suco do tipo tubular ou de placas, indicado para grandes volumes de produção, e de uma unidade de enchimento das garrafas ou outras embalagens possíveis de serem usadas.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 436
Ano: 2015
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As temperaturas em torno de 90 °C, normalmente empregadas no tratamento térmico para a conservação do suco, podem não ser suficientes para inativar fungos termorresistentes. Temperaturas mais elevadas afetam as características físico-químicas e sensoriais do suco. Assim, o controle da deterioração por fungos termorresistentes baseia-se, fundamentalmente, na adoção de práticas higiênico-sanitárias adequadas, visando diminuir a possibilidade de contaminação das matérias-primas e dos equipamentos.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 438
Ano: 2015
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O dióxido de enxofre (SO2), na forma de sais como metabissulfito de sódio ou potássio (que liberam SO2 em solução), é utilizado no suco de caju como conservante, mas, devido ao alto teor de ácido ascórbico (vitamina C) do caju, o nível máximo permitido para as outras frutas é insuficiente para inibir completamente as reações de degradação dessa vitamina no suco de caju. Essas reações produzem substâncias escuras que causam o escurecimento do suco, além da perda de vitamina C.
Em relação à saúde humana, alguns estudos têm citado a possibilidade de o SO2 desencadear reações de natureza alérgica, principalmente em asmáticos e pessoas sensíveis a esse produto, causando urticária quando ingerido em quantidades elevadas. Saliente-se, entretanto, que o limiar para reação alérgica depende do nível de SO2, do tipo de alimento, da sensibilidade individual do consumidor e da frequência de consumo do produto.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 439
Ano: 2015
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Após a extração do corante, as fibras apresentam-se mais pobres em componentes como carotenoides, açúcares, sais minerais e vitaminas, que passaram para a fração do extrato aquoso. Essa massa final é quase puramente celulósica e fibrosa, porém com grande possibilidade de ser usada ainda como base para a fabricação de produtos como hambúrguer vegetal de caju, ou como ingrediente para a indústria de massas e de produtos dietéticos formulados.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 479
Ano: 2015