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A alporquia é um método de multiplicação vegetativa, usado em espécies frutícolas e ornamentais. Permite reproduzir fielmente as características da planta matriz desde que os ramos não tenham sofrido mutação.
Esse método consiste em se envolver parte de um ramo da planta com um substrato, com a finalidade de induzir ou provocar a formação de raízes. Após o enraizamento, o ramo é destacado para plantio e o seu desenvolvimento constituirá a nova planta.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 186
Ano: 2015
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No cajueiro, o enxerto é o garfo ou a borbulha retirada da planta matriz. Os enxertos são superpostos na fenda ou janela aberta na base do caule (6 cm a 8 cm do colo) do porta-enxerto que, após a regeneração dos tecidos (pegamento), forma uma única planta. O enxerto forma a copa da nova planta.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 189
Ano: 2015
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No caso do cajueiro, o porta-enxerto oriundo de castanha semente apresenta as seguintes características.
Vantagens: alta disponibilidade; elevada taxa de germinação; baixo custo; alto vigor; sistema radicular bem desenvolvido.
Desvantagens: variação genética dos porta-enxertos, pois são oriundos de sementes (propagação sexual). A variabilidade genética do porta-enxerto pode aumentar a desuniformidade do pomar.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 190
Ano: 2015
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A enxertia deve ser realizada logo após a coleta dos propágulos, evitando-se deixar suas partes cortadas expostas ao ar, para não haver oxidação e dessecação da seiva. O material propagativo (garfos, borbulhas e gemas) deve ser coletado, de preferência, no dia da enxertia.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 199
Ano: 2015
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As mudas formadas em sacos de plástico devem ser organizadas no viveiro a pleno sol, na direção Leste/Oeste (caminhamento do sol). Cada canteiro de mudas deve ter uma largura de até seis sacos, variando o comprimento conforme o total de mudas que se deseja produzir. A distância mínima entre os canteiros deve ser de 50 cm.
As mudas produzidas em tubetes são colocadas em canteiros suspensos que devem obedecer ao mesmo critério de distância dos canteiros no solo.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 201
Ano: 2015
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Os tubetes proporcionam o desenvolvimento radicular das mudas sem o enovelamento da raiz principal, fato comumente observado naquelas produzidas em sacolas, e com maior número de raízes secundárias, as quais têm maior capacidade de absorção de nutrientes e de penetração nos solos e, consequentemente, de estabelecimento no campo desde que em condições normais de umidade. Outras vantagens da produção de mudas em tubetes são o maior rendimento nas operações e a maior eficiência no uso da área, pois os tubetes são mais leves e de mais fácil transporte do que aquelas produzidas em sacolas (uma pessoa pode carregar uma bandeja com 54 mudas de cajueiro em tubetes), e uma simples estrutura metálica com aproximadamente 15 m2 de comprimento pode conter cerca de 1.200 mudas, permitindo uma maior quantidade de mudas produzidas por unidade de área do viveiro. Além de necessitar de menos espaço, também apresenta maiores facilidades operacionais com maior rendimento no plantio, menor custo no transporte e no manejo de viveiro. Entretanto, em mudas com muito tempo de viveiro, dependendo do clone, pode ocorrer a curvatura da raiz pivotante, o que pode acarretar problemas no sistema de plantio, principalmente no de sequeiro.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 206
Ano: 2015
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No momento da enxertia, o porta-enxerto é decapitado deixando-o com apenas 3 a 4 folhas. Depois, aos 45 dias após a enxertia, faz-se uma outra decepagem do porta-enxerto, a 2 cm acima do ponto de enxerto, para estimular a brotação.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 209
Ano: 2015
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O porta-enxerto está apto para a enxertia em sacolas plásticas entre 50 e 60 dias após a semeadura, e em tubetes entre 30 e 35 dias após a semeadura.
O porta-enxerto deve apresentar as seguintes características: haste única e ereta, com altura mínima de 16 cm e máxima de 25 cm, diâmetro de 0,45 cm a 0,50 cm na região do enxerto (6 cm a 8 cm a partir do colo) e, no mínimo, seis folhas verdes, normais e isentas de pragas e doenças.
No caso da enxertia por garfagem, os porta-enxertos selecionados são transferidos para o viveiro coberto com sombrite ou material similar. Na enxertia por borbulhia, os porta-enxertos podem permanecer a pleno sol.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 210
Ano: 2015
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As experiências de campo têm demonstrado que tanto para os sacos de plástico como para os tubetes a idade limite, para não se ter problemas com enovelamento e dobra da raiz pivotante da muda de cajueiro, respectivamente, é de 180 dias.
Entretanto, para plantio em áreas irrigadas, as mudas produzidas em tubetes respondem bem até 240 dias de idade, pois, com a maior umidade no solo irrigado, o geotropismo positivo da raiz é facilmente recuperado, fato que não acontece com o enovelamento das raízes das mudas produzidas em sacos plásticos.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 212
Ano: 2015
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Alguns cuidados básicos precisam ser considerados na produção de mudas enxertadas:
- Irrigação diária, com lâmina d’água entre 8 mm e 10 mm (8 L a 10 L por metro quadrado de canteiro) para sacolas plásticas, e de 5 mm a 6 mm para tubetes.
- Manutenção do substrato sempre úmido, não esquecendo as irrigações necessárias, mas também sem deixar saturar o substrato.
- Controle sistemático de plantas daninhas, tanto no solo como no substrato.
- Controle de pragas e doenças, principalmente a cecídia ou verruga das folhas (causada por Stenodiplosis), a mancha-angular (causada por Septoria anacardii), a resinose (causada por L. theobromae) e o oídio (causada por Oidium anacardii).
- Aplicação da adubação de acordo com as análises do substrato ou enriquecê-lo com micronutrientes.
- Eliminação de brotações emitidas pelo porta-enxerto.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 213
Ano: 2015
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Não. Acarreta, porém, uma redução de mais de 50% no tempo de emergência da plântula no solo, antecipando os estágios de desenvolvimento da planta. A retirada da casca da castanha não é prática recomendada para viveiros comerciais, pois exigem ambiente bastante controlado, evitando-se altas temperaturas, substratos infectados ou contaminados, bem como excesso de água de irrigação.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 183
Ano: 2015
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As vantagens da enxertia no cajueiro são:
- Assegurar as características da planta matriz e a precocidade na frutificação.
- Reduzir o porte da planta, facilitando a colheita e os tratos culturais.
- Restaurar cajueiros improdutivos pela substituição de copa.
As desvantagens da enxertia são:
- Transmitir inúmeros agentes patogênicos – A enxertia pode ser um meio de transmissão de agentes patogênicos quando as borbulhas ou os garfos são retirados de cajueiros doentes ou devido ao manuseio inadequado durante a prática de enxerto. Entre esses agentes podemos citar os fungos Lasiodiplodia theobromae (causador da resinose), Oidium anacardii (causador do oídio) e Colletotrichum gloeosporioides (causador da antracnose).
- A redução da variabilidade genética dos pomares diminui a capacidade das plantas enxertadas de reagirem às adversidades ambientais.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 185
Ano: 2015
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Sim. Apesar de ser um processo bastante rudimentar, a multiplicação do cajueiro por alporquia é um método viável tecnicamente, mas pouco prático no que se refere à produção em escala comercial e à sobrevivência das plantas em campo em condições de sequeiro. Esse tipo de sistema radicular adventício não é recomendado às condições de solo com baixa capacidade de retenção de água devido a fácil perda de umidade na camada superior do solo.
É um método pouco utilizado em razão da baixa opção, por planta, de ramos aptos e principalmente pela dificuldade de manejo para formação do alporque e para a retirada da muda. Para o cajueiro, só é recomendado quando se deseja obter clones de plantas com alto potencial agronômico sem a interação do porta-enxerto, ou quando for inviável a propagação assexuada por outros métodos.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 187
Ano: 2015
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Com exceção da estaquia, que ainda não está bem estudada, e dos métodos de encostia, mergulhia e alporquia, que não são economicamente viáveis, o cajueiro se propaga bem por todos os demais processos vegetativos (assexuais). A opção pela enxertia lateral deve-se à maior disponibilidade dos ramos ponteiros terminais e à precocidade com que se pode realizar a enxertia. As opções de propagação por borbulhia (as gemas são retiradas dos ramos florais) e enxertia de topo (necessita de porta-enxertos mais velhos) são viáveis, porém demandam mais habilidade do enxertador e mais tempo de preparo da muda, respectivamente.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 192
Ano: 2015
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Recomenda-se que os garfos sejam oriundos de ramos da periferia da planta que apresentam a brotação das gemas bem no início. Entretanto, os ramos florais também se prestam para esse tipo de enxertia, bastando desbastar o excesso de ramificações que possam ser emitidas para que a muda cresça com haste única.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 195
Ano: 2015
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Sim. Para a produção de mudas com qualidade, recomenda-se que o viveiro fique distante a pelo menos 100 m de pomares ou plantas que sejam hospedeiras de patógenos que possam contaminar as mudas de cajueiro.
Na área do viveiro, também recomenda-se um rigoroso controle do mato (plantas daninhas) e que seja evitada a incursão de animais. Deve ser composto de área coberta e área em céu aberto para a rustificação (aclimatação) das mudas. O piso deve apresentar boa capacidade de drenagem para evitar encharcamento próximo aos canteiros.
Próximo ao viveiro deverá haver uma fonte de água de boa qualidade, uma vez que as mudas deverão ser irrigadas diariamente. Deve-se evitar a formação de mudas debaixo de árvores, para que não sejam infestadas por fungos e pragas.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 198
Ano: 2015
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Os porta-enxertos devem ser formados em sacos de plástico de 15 cm de largura, 28 cm de altura e 0,12 mm a 0,15 mm de espessura, de coloração escura, de preferência sanfonados, e com perfurações no terço inferior (máximo de 12 furos). Sacolas de menores dimensões têm apresentado problemas mais frequentes de enovelamento das raízes.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 204
Ano: 2015
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Usualmente as mudas de cajueiro eram produzidas em sacolas de plástico, com volume e peso de substratos muito elevados, o que conferia uma maior dificuldade de manuseio e transporte. Esses substratos eram produzidos com 50% a 100% de solos hidromóficos, que, quando retirados seguidamente pelos viveiristas, de uma mesma área, formavam verdadeiras crateras, provocando desequilíbrio ambiental e poluição.
Devido ao tamanho, volume e peso dos sacos, a quantidade de mudas transportadas em caminhões era muito limitada e encarecia o frete e o preço final da muda. Com a política de expansão da cultura e a modernização dos pomares e, em especial, do cultivo do cajueiro-anão-precoce, houve um grande aumento na demanda por mudas de cajueiro para várias regiões brasileiras. Para que o transporte dessas mudas em grandes distâncias se tornasse mais eficiente, vários estudos foram realizados, sendo que o resultado da produção de mudas em tubetes de 288 cm3 (19 cm de altura, 62 mm de diâmetro superior, 16 mm de diâmetro inferior e com 8 estrias internas) foi considerado satisfatório.
Passou-se, então, dos tradicionais 5,0 kg de solos por mudas para aproximadamente 100 g de solo, além da otimização da área do viveiro, pois, numa mesma área, se pode produzir muito mais mudas em tubetes do que em sacolas plásticas.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 205
Ano: 2015
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O Decreto Lei nº 5.153, de 23 de julho de 2004 (Brasil, 2004), que regulamenta o sistema de produção de mudas no Brasil só permite que sejam produzidas, para comercialização, mudas provenientes de materiais que tenham o Registro Nacional de Cultivar (RNC). Algumas espécies foram liberadas desse registro, mas o cajueiro não foi. Portanto, embora suas plantas sejam produtivas, se elas não forem dos clones com registro no RNC (CCP 06; CCP 09; CCP 76; CCP 1001; Embrapa 50; Embrapa 51; BRS189; BRS 226; BRS 253; BRS 265; BRS 274; BRS 275; FAGA 01 e FAGA 11), não estão liberadas para produção e comercialização de mudas.
Decreto nº 5.153, de 23 de julho de 2004. Aprova o Regulamento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM, e dá outras providências. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5153.htm>.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 215
Ano: 2015
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Não. Apesar de o cajueiro estar livre dos ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU), portanto sem impedimento legal para a solicitação do RNC, não deve ser solicitado o registro, pois nem sempre uma planta bonita e produtiva num quintal corresponde a uma planta produtiva em campo, quando necessita competir com nutrientes, água e luminosidade com outras plantas. Uma planta isolada pode aproveitar todo o seu potencial, mas em competição com outras pode não ter a agressividade necessária para desenvolver suas aptidões produtivas e de qualidade. Entretanto, é melhor primeiro testar esse material em campo, na forma de pequeno pomar, e só então decidir a solicitação do registro.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 216
Ano: 2015