Resultados da busca
Exibindo 2.053 resultados encontrados
-
O inseto adulto da traça-das-castanhas (Anacampsis cf. phytomiella – Lepidoptera: Gelechiidae) é um microlepidóptero com cerca de 20 mm de envergadura, coloração escura, com pequenas áreas claras nas asas. A fêmea coloca o ovo sobre o maturi (castanha ainda nova). A larva recém-eclodida penetra na região próxima à inserção da castanha no pedúnculo. O furo cicatriza em seguida, confundindo-se com a textura do fruto. Geralmente, encontra-se apenas uma lagarta ou pupa por castanha. O ataque só é observado quando o dano já foi feito, pois, antes de empupar-se, a larva faz um orifício na parte inferior (ponta) da castanha, por onde emergirá o adulto. Geralmente, as castanhas são colhidas e encaminhadas à indústria e, somente no local, por ocasião do corte, percebe-se a falta da amêndoa. Já foram registradas perdas de até 27%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 287
Ano: 2015
-
A traça prepara a saída do adulto fazendo um orifício circular, quase sempre na parte distal da castanha nova. Dessa forma, devem-se observar os maturis (castanha ainda nova) de uma mesma inflorescência, expressando a infestação em percentual de castanhas furadas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 289
Ano: 2015
-
A lagarta ataca internamente a castanha, destruindo totalmente a amêndoa, tornando-a imprestável para a comercialização.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 288
Ano: 2015
-
As doenças que ocorrem com maior frequência na fase de formação do porta-enxerto são antracnose (Colletotrichum gloeosporioides Penz), mancha-angular (Septoria anacardii), oídio (Pseudoidium anacardii), mancha de pestalotia (Pestalotipsis guepinii), mancha-castanho (Cylindrocladium scoparium), mancha de alga (Cephaleuros virescens), requeima (Phytophthora nicotiana e P. heveae) e podridões radiculares.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 304
Ano: 2015
-
Sim. É a doença mais comum em viveiros de cajueiro. A doença se caracteriza por manchas foliares necróticas, inicialmente marrom-claras, escurecendo depois e causando a queima total e queda das folhas. Às vezes, avança em direção ao caule, podendo causar a morte da muda. O fungo Colletotrichum gloeosporioides é o agente causal dessa doença.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 305
Ano: 2015
-
Recentemente, tem-se observado incidências severas de oídio em viveiro, necessitando, portanto, de controle. A aplicação de enxofre reduz significativamente a incidência. O controle da antracnose por meio de pulverizações é suficiente para manter as demais doenças sob controle.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 307
Ano: 2015
-
Sim. Para melhor acompanhar os eventos fenológicos e prever a ocorrência de pragas ligadas à fenologia da planta, bem como a época de produção, alguns aspectos fenológicos podem ser avaliados pelo sistema de notas, como, por exemplo, a ocorrência de brotação nova (BN), de panícula sem flor (PSF) e de panícula com flor (PCF):
0 = sem ocorrência do estádio desejado (BN, PSF, ou PCF).
1 = 1% a 20% do estádio desejado.
2 = 21% a 40% do estádio desejado.
3 = 41% a 60% do estádio desejado.
4 = 61% a 80% do estádio desejado.
5 = 81% a 100% do estádio desejado.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 299
Ano: 2015
-
O uso de substrato desinfestado (por exemplo casca de arroz carbonizado, solo solarizado, etc.) é muito importante na exclusão de patógenos habitantes do solo como Pythium spp., Sclerotium rolfsii, Phytophthora spp., e Cylindrocladium scoparium, que são capazes de enfraquecer ou matar a muda.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 308
Ano: 2015
-
É muito comum a incidência de frutos e maturis rachados como consequência da infecção causada por Pseudoidium anacardii em flores do cajueiro. Além disso, esse tipo de sintoma se manifesta quando a antracnose ocorre em épocas de elevada precipitação pluviométrica durante a fase de frutificação da planta.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 313
Ano: 2015
-
O mofo-preto é facilmente reconhecido no campo, pois, como o próprio nome indica, é caracterizado pela formação de uma crosta preta, com aspecto de feltro, inicialmente na forma de pequenas manchas escuras (1 mm a 2 mm) na face inferior da folha. Posteriormente, essas manchas se aglutinam, podendo cobrir toda a folha.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 314
Ano: 2015
-
A ocorrência do mofo-preto requer elevados índices de precipitação e acentuado número de dias de chuva contínuos, independentemente do estado fenológico do cajueiro.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 315
Ano: 2015
-
Para a amostragem dos percevejos, observa-se uma panícula que tenha pelo menos um maturi (castanha ainda nova) desenvolvido. Quando o ataque se dá em maturis pequenos, eles murcham e tornam-se pretos, com sintomatologia semelhante à antracnose. Em maturis maiores, o sintoma de ataque é inicialmente visualizado na forma de uma mancha oleosa escura. Posteriormente, o maturi murcha e finalmente fica com o aspecto mumificado, porém permanecendo mole ou flexível. Em maturis totalmente desenvolvidos, a mancha feita pelo inseto ao sugar a amêndoa permanece até após a castanha ter secado. A infestação é dada em percentual de panículas atacadas, e o controle deve ser iniciado com 10% de infestação.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 292
Ano: 2015
-
Sim. Dos produtos registrados paro uso em cajueiro, apenas o enxofre é totalmente inócuo às abelhas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 294
Ano: 2015
-
O número ou a frequência da amostragem depende da biologia das pragas. As que têm ciclo biológico muito curto exigem amostragens mais frequentes, como, por exemplo, duas vezes por semana. Normalmente, no cajueiro, a amostragem é efetuada a cada 14 dias, quando nada for encontrado na amostragem anterior, e a cada 7 dias, quando houve presença da praga na amostragem anterior. A própria densidade da praga pode mudar a frequência de amostragem. Tem-se como norma, quando uma praga está próxima de seu nível de controle, avaliá-la mais frequentemente. O mesmo critério deve ser usado nos períodos de infestação crítica das pragas. A frequência também pode ser alterada quando se faz pulverização com defensivo. Para verificar sua eficiência e efeito residual, são feitas amostragens normalmente aos 3, 7, 10 e 14 dias após a pulverização.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 297
Ano: 2015
-
As partes das plantas com o dano bem definido, já seco, podem ser embrulhadas em jornal e colocadas em saco plástico, fechando-o em seguida. Esse material deve ser colocado em caixa de papelão (à venda nas agências dos Correios), contendo bolinhas de jornal, a fim de evitar que o saco de plástico com a amostra seja danificado na viagem. Manter o material refrigerado até ser encaminhado aos Correios. Nenhum material deve ficar exposto ao sol ou em lugares quentes, devendo ser encaminhado o mais rápido possível. As partes verdes, como folhas, inflorescências, frutos, etc., devem ser envoltas com papel-toalha, papel higiênico ou mesmo jornal levemente umedecido, colocando-se a amostra em saco de plástico bem vedado (por garantia, usar, de preferência, mais de um saco). Manter o material obrigatoriamente em geladeira até a hora da remessa, que deve ser feita o mais rápido possível. A embalagem para os Correios é a mesma descrita anteriormente. Deve-se dar preferência ao serviço de Sedex, que é mais rápido.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 302
Ano: 2015
-
Atualmente, a única medida de controle do mofo-preto é a proteção da folhagem por meio de pulverizações quinzenais com fungicidas à base de oxicloreto de cobre, nas mesmas dosagens recomendadas para o controle da antracnose. As pulverizações devem começar logo no início da estação chuvosa e prosseguir até perto do final desta estação.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 316
Ano: 2015
-
Trabalhos recentes de seleção de resistência às doenças do cajueiro, desenvolvidos pela Embrapa Agroindústria Tropical, revelaram a existência de plantas com elevados índices de resistência ao mofo-preto, abrindo perspectivas promissoras para a exploração de clones comerciais com resistência a essa doença. Os clones CCP 06, BRS 226, BRS 253 e BRS 275 são resistentes ao mofo-preto.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 317
Ano: 2015
-
O oídio caracteriza-se por um revestimento pulverulento, branco-acinzentado, disposto, principalmente, sobre a nervura central da face superior da folha. Em ataques mais severos, a doença também pode manifestar-se na face inferior da folha, bem como recobrir toda a área foliar. Folhas infectadas entram em senescência mais precocemente que as sadias. Recentemente, foram constatadas epidemias de oídio nas inflorescências, frutos e pedúnculos, no Brasil, causando sérios danos à produção e qualidade do pedúnculo.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 318
Ano: 2015
-
Os mais utilizados são os percursos em zigue-zague, em diagonal simples, em diagonal cruzado e em W. Escolhe-se o que permite melhor visão do que está acontecendo (na área), em menor tempo. Em geral, devem-se evitar as amostragens nas bordas dos campos, pois elas não refletem a situação da área como um todo. Em situações específicas, como no caso de pragas que inicialmente atacam as bordaduras, fazem-se dois roteiros distintos, um que contempla a bordadura e outro, o interior ou parte central do campo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 296
Ano: 2015
-
Sim. O dano causado aos frutos novos pode ser confundido com o ataque da antracnose. Porém, os frutos atacados por percevejo não ficam mumificados, mas macios, quando pressionados. Nos frutos desenvolvidos, a picada forma uma mancha oleosa escura e em depressão, enquanto a mancha da antracnose é seca.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 291
Ano: 2015
-
Sim. O monitoramento das pragas do cajueiro deve ser baseado em um sistema de amostragem e frequência de observações específicas para cada praga. Para algumas, o nível de controle ou ação é baseado num sistema de amostragem que preconiza o uso de uma escala de notas que variam em função da quantidade de insetos, sintomas ou injúrias. Para outras, o nível de ação é estabelecido em função da desfolha ou de simples porcentagem de plantas ou órgãos atacados. A amostragem deve ser realizada com o operador deslocando-se em zigue-zague, de modo que a área possa ser percorrida em toda a sua extensão. A entrada do operador na parcela deve ser efetuada em pontos distintos para cada avaliação semanal. Em áreas de 1 ha a 5 ha, deve-se amostrar 10 plantas; áreas de 6 ha a 10 ha, 15 plantas, e áreas de 11 ha a 15 ha, 20 plantas. Para plantios com áreas superiores a 15 ha, recomenda-se dividi-los em talhões menores para proceder a avaliação.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 295
Ano: 2015
-
Deve-se proceder da seguinte forma: em primeiro lugar, o diagnóstico é facilitado quando se trabalha com insetos adultos. Em muitos casos, porém, os causadores de danos são jovens (imaturos) como larvas, lagartas e ninfas. O procedimento mais adequado é levar esses insetos imaturos ao engenheiro-agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que vai criá-los até a fase adulta e enviá-los a um especialista. Como nem sempre isso é viável, sugere-se recolher o maior número possível da praga que está atacando a cultura (cuidado, algumas lagartas são urticantes). Quando o inseto estiver dentro do tecido vegetal como fruto, folha, ramo, etc., deve-se colher todo esse material. Preparar uma solução de aproximadamente 70% de álcool de farmácia 96%, com 30% de água limpa. Colocar os insetos em um frasco de plástico ou de vidro (este deve ser enrolado com esparadrapo, para não quebrar) e preencher com a solução até não haver espaço para bolhas, pois estas danificam os insetos, quando agitadas. Usar frasco pequeno (mais difícil de quebrar), envolvendo-o com jornal e em seguida com vários sacos plásticos. Não enviar insetos envoltos em algodão, pois suas fibras enroscam-se no inseto, quebrando-o durante a retirada. Se possível, matar primeiro as lagartas em água fervendo, antes de colocá-las em álcool a 70%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 301
Ano: 2015
-
Tanto mudas enxertadas por garfagem quanto as enxertadas por borbulhia têm apresentado esse problema. Estudos demonstraram que o escurecimento ocorre em virtude da infecção pelo fungo Lasiodiplodia theobromae, o mesmo que causa a resinose do cajueiro. O fungo já está presente na borbulha ou no garfo, desenvolvendo-se rapidamente após a enxertia. Uma medida eficiente para evitar essa infecção é mergulhar a borbulha ou garfo, bem como o canivete de enxertia, numa solução a 0,4% (4 mL do produto comercial por litro de água) de um fungicida sistêmico, antes de cada operação. Quatro pulverizações quinzenais das matrizes com o mesmo produto fungicida (2 mL do produto comercial por litro de água) devem ser realizadas antes da retirada dos garfos ou das borbulhas.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 309
Ano: 2015
-
Em plantas adultas no campo, a antracnose é reconhecida pelas lesões necróticas, irregulares, de coloração parda em folhas jovens, tornando-se avermelhadas à medida que as folhas envelhecem. O ataque intenso provoca distorções nas folhas e queda prematura. Em frutos, pedúnculos e hastes, a antracnose apresenta-se na forma de manchas necróticas, escuras e alongadas, podendo, também, causar a queda de maturis.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 310
Ano: 2015
-
As medidas de controle da antracnose incluem métodos profiláticos, como a limpeza e destruição de restos culturais infectados e a proteção da planta com fungicida à base de oxicloreto de cobre, por meio de pulverizações quinzenais, na dose de 350 g do produto comercial por 100 litros de água na época de lançamento foliar.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 311
Ano: 2015
-
Os clones BRS 226, BRS 275 e CCP 1001 têm se mostrado resistentes em estudos preliminares desenvolvidos na Embrapa Agroindústria Tropical. Vários outros clones experimentais apresentam resistência, fato que presume o breve lançamento de outros clones comerciais resistentes ao oídio.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 321
Ano: 2015
-
Em condições de campo, essa doença não tem apresentado danos que justifiquem a adoção de medidas de controle.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 323
Ano: 2015
-
Os sintomas da resinose, doença causada por Lasiodiplodia theobromae, em plantas adultas se caracterizam pelo escurecimento, entumescimento e rachadura da casca, formando cancros no tronco e ramos, seguidos de intensa exsudação de goma. Abaixo da casca, observa-se um escurecimento dos tecidos que se prolonga até a parte interna do lenho.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 325
Ano: 2015
-
Estudos realizados até o momento indicam que aproximadamente 10% das castanhas de cajueiro produzidas no Nordeste brasileiro apresentam amêndoas deterioradas por fungos, não se prestando para o processamento industrial.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 342
Ano: 2015
-
Estudos mais recentes comprovaram que níveis baixíssimos de aflatoxina B1 podem ser encontrados em amêndoas de castanha de cajueiro. Ainda assim, é a amêndoa menos contaminada no mundo, não obstante diversas espécies fúngicas tenham sido isoladas de amêndoas de cajueiro. Para evitar qualquer prejuízo à saúde humana, amêndoas excessivamente deterioradas não devem ser consumidas.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 345
Ano: 2015
-
A podridão preta da haste do cajueiro (PPH) é uma doença causada por uma forma diferenciada de Lasiodiplodia theobromae, que vem ocorrendo de modo epidêmico nas regiões de Cerrado. A PPH caracteriza-se pelo escurecimento dos tecidos da haste terminal do cajueiro, com sintomas leves iniciais, necrose dos tecidos apicais em estádio mais avançado e com eventuais exsudações de goma em pontos específicos. Este sintoma progride até a necrose total, com queima e seca descendente do ramo, tornando a copa parcialmente destruída pela doença.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 335
Ano: 2015
-
Como doença nova, que se tem estabelecido em função das alterações climáticas, ainda não se tem definidos os clones resistentes à mancha de Xanthomonas; contudo, com base nas pesquisas iniciais, podem-se adiantar como susceptíveis os clones FAGA 1 e FAGA 11; moderadamente susceptível o CCP 76; altamente susceptível o clone experimental CAC 35, no qual a doença foi observada pela primeira vez.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 338
Ano: 2015
-
Apesar de existirem excelentes pedúnculos de cajueiro-comum, a planta apresenta alto porte, com altura de 8 m a 15 m e envergadura de 10 m a 20 m. A colheita do caju de árvores muito altas é impraticável ou tem pouco aproveitamento, pois boa parte dos cajus cai de alturas elevadas e ficam imprestáveis para o consumo in natura.
Por causa da fragilidade do caju, a utilização de acessórios de colheita (varas, sacos, garrafas PET, etc.) não é recomendada, pois, além de machucar o pedúnculo, tornando-o imprestável para a comercialização in natura, provoca a queda de flores e frutos imaturos. Além disso, nem sempre é possível alcançar os cajus maduros nessas árvores mais altas.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 347
Ano: 2015
-
Sim, pela bactéria Xanthomonas citri pv. anacardii, que é o agente da doença conhecida como mancha de Xanthomonas.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 336
Ano: 2015
-
No início da doença, frutos e folhas afetados devem ser coletados e queimados. Na falta de bactericidas agrícolas registrados para a cultura, devem-se pulverizar as plantas com oxicloreto de cobre em dosagens recomendadas por um agrônomo.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 339
Ano: 2015
-
Botanicamente, o verdadeiro fruto do cajueiro é a castanha, um aquênio em formato de rim, pendente de um pedúnculo floral hipertrofiado (representa quase 90% do conjunto), carnoso e suculento, o qual é chamado de pseudofruto, falso fruto ou simplesmente caju.
O pedúnculo constitui a polpa comestível e é enquadrado no grupo das “frutas” tropicais, e pode ser consumido in natura ou servir de matéria-prima para sucos, doces, etc. A castanha, no entanto, deve ser beneficiada para que se retire a amêndoa, que é a sua parte comestível.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 349
Ano: 2015
-
A diferença de coloração entre os cajus é resultado apenas do tipo e concentração do pigmento, denominado antocianina, predominante na película (casca), e a cor é um atributo do tipo ou do clone, que não dá indicação sobre outras características do pedúnculo.
Tanto os cajus amarelos quanto os vermelhos podem ser muito saborosos, e não existe diferença no teor de vitamina C entre eles. No entanto, entre os clones disponíveis, pode haver um amarelo com mais vitamina C que um vermelho, e vice-versa. Dentro de cada tipo ou de cada clone, o teor varia de acordo com o estádio de maturação. Durante esse processo, ocorre um aumento no conteúdo dessa vitamina até o estádio maduro e firme; a partir daí, na senescência, tende a diminuir.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 353
Ano: 2015
-
Sim. O pedúnculo do caju possui na sua composição teores elevados desses compostos, principalmente vitamina C e polifenóis. O teor médio de vitamina C, para o pedúnculo maduro, está em torno de 250 mg/100 g de polpa. Quanto aos polifenóis, o pedúnculo verde possui teor mais elevado do que o maduro. Este último contém um teor médio de 65 mg/100 g de polpa.
Esses compostos possuem grande importância para o organismo humano, pois reduzem a concentração de radicais livres responsáveis pelo aparecimento de diversas doenças crônico-degenerativas, tais como arteriosclerose, mal de Parkinson, etc.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 380
Ano: 2015
-
Sim. Eles possuem diferentes genótipos. Além disso, tem-se a influência da relação genótipo-ambiente que acarreta diferentes teores de sólidos solúveis, acidez, açúcares e vitamina C, nos pedúnculos dos diferentes clones.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 381
Ano: 2015
-
A castanha, o verdadeiro fruto do cajueiro, é constituída basicamente de duas partes: a casca e a semente, que é a parte comestível.
A casca é formada pelo conjunto epicarpo, mesocarpo esponjoso e endocarpo, enquanto a semente é uma amêndoa revestida por um tegumento – a película. A proporção entre os componentes da castanha é, em média, 67,5% de casca, 2,5% de película e 30% de amêndoa.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 382
Ano: 2015
-
O rendimento industrial (relação percentual entre peso de amêndoas sobre peso de castanhas) varia de acordo com fatores como umidade, estado fitossanitário, nível de impurezas e de matérias estranhas, presença de cajuí e, principalmente, tamanho das castanhas. Quanto maior a castanha, menor o rendimento: grandes (18%), médias (20%), pequenas (22%) e miúdas (25%). Geralmente, utiliza-se como parâmetro técnico o rendimento médio de 23%, que é considerado um bom percentual.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 388
Ano: 2015
-
Não. A produção de castanha-de-caju em áreas com produção integrada (PI) é insignificante em relação à castanha do sistema tradicional. Considerando que existem cerca de 680 mil hectares de cajueiro, pode-se afirmar que a área com PIF-Caju não chega a 1%. Já as minifábricas de castanha são apresentadas como uma atividade basicamente social, geralmente próximo à área de produção de caju e, na maioria das vezes, em associações de produtores ou cooperativas.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 390
Ano: 2015
-
Na seleção para comercialização in natura, devem ser retirados os cajus com pedúnculos que apresentem doenças, defeitos ou ferimentos, formato e coloração não característicos do tipo ou clone, tamanho inadequado, verdes ou muito maduros.
São considerados inadequados os pedúnculos de formato alongado, como o caju-banana, globosos e os muito pequenos. Os pedúnculos rejeitados por tamanho ou defeitos, desde que não apresentem sinais de deterioração, podem ser descastanhados e destinados à industrialização.
A classificação é feita com base no número de cajus por bandeja, que varia normalmente de quatro a nove. Os maiores (quatro a cinco por bandeja) são os mais procurados pelo consumidor e, por isso, atingem maior preço.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 364
Ano: 2015
-
O controle de doenças pós-colheita deve iniciar ainda no campo e, depois da colheita, o manuseio deve ser realizado segundo as boas práticas de pós-colheita, utilizando equipamentos e utensílios higienizados. Apesar de alguns produtos serem eficientes contra as doenças e pragas pós-colheita de caju, ainda não existe nenhum produto registrado no Mapa para essa finalidade. Portanto, não podem ser feitas recomendações para controle pós-colheita de doenças.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 363
Ano: 2015
-
Sim. O pedúnculo descastanhado pode ser utilizado na indústria para a produção de polpa, suco e doces, desde que atenda aos padrões de qualidade exigidos para o produto a que se destina. É fundamental que o pedúnculo, maduro e livre de doenças, passe pelas operações de limpeza e seleção na indústria para evitar contaminações, alterações indesejáveis e a presença de fragmentos de insetos e sujidades provenientes do campo. Para evitar deterioração, o pedúnculo descastanhado deve ser processado o mais rápido possível.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 366
Ano: 2015
-
Atualmente, o consumidor, antes de adquirir qualquer tipo de produto, leva em consideração vários aspectos. No caso de frutas in natura como o caju, algumas informações são essenciais: conteúdo (tipo, peso, número e tamanho de frutos); origem (região e nome do produtor); data de colheita; condições de conservação (temperatura e umidade relativa de armazenamento); valor nutritivo (teor médio de açúcares, vitamina C e valor calórico); e orientações sobre como consumir o produto.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 370
Ano: 2015
-
O layout das embalagens para frutas in natura deve considerar que esses produtos estão vivos: respiram, amadurecem e morrem. Assim, a primeira função de uma embalagem é permitir a continuidade do processo vital dos frutos, além de protegê-los contra lesões e de isolá-los de condições adversas. No caso do caju in natura, as embalagens devem apresentar as seguintes características:
- Oferecer suficiente resistência à perda de água (de modo que permita a manutenção da umidade relativa recomendada para o armazenamento).
- Permitir troca de gases e fluxo de ar durante o transporte e armazenamento.
- Apresentar resistência física suficiente para proteger o produto durante a distribuição.
- Permitir o empilhamento e a paletização.
- Se usadas para exibição, devem ser atrativas ao consumidor.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 371
Ano: 2015
-
A composição em ácidos graxos (%) do óleo de amêndoas de castanha-de-caju (Tabela 2) apresenta elevados teores de ácido oleico e linoleico, semelhantes ao do azeite de oliva. Além disso, destaca-se o alto teor de ácido linolênico, também conhecido como ômega 6 (ω6), que é um ácido graxo essencial, ou seja, não é produzido pelo organismo humano e deve ser adquirido por meio de ingestão na dieta. Por ser um produto de origem vegetal, a quantidade de colesterol é praticamente inexistente.
Tabela 2. Composição em ácidos graxos (%) do óleo da amêndoa de castanha-de-caju.
Componente % Ácido palmítico (C16:0) 7,9 a 9,7 Ácido palmitoleico (C16:1) 0,2 a 0,4 Ácido esteárico (C18:0) 6,3 a 9,3 Ácido oleico (C18:1) 57,7 a 67,1 Ácido linoleico (C18:2) 17,6 a 21,9 Ácido linolênico (C18:3) 0,1 a 0,9 Ácido araquídico (C20:0) 0,4 a 2,1 Total de ácidos graxos insaturados 78,6 a 85,4 Total de ácidos graxos saturados 14,6 a 21,4 Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 384
Ano: 2015
-
A extração do óleo gera um subproduto chamado torta, que é rico em proteínas. A partir da torta, pode-se elaborar um doce tipo paçoquinha (Tabela 3). O processo de obtenção é bastante simples, consistindo basicamente em pesagem, moagem e homogeneização dos ingredientes, prensagem, moldagem, corte e embalagem.
Tabela 3. Formulação para obtenção de doce tipo paçoquinha de amêndoa de castanha-de-caju (ACC).
Ingrediente Quantidade (g/100 g) Torta ACC 59,5 Açúcar 25,0 Sal 0,5 Farinha de mandioca 5,0 Gordura vegetal 10,0 Fonte: Lima et al. (2012).
LIMA, J. R.; GARRUTI, D. dos S.; ARAUJO, I. M. S.; NOBRE, A. C. O.; GARCIA, L. G. S. Elaboração de doce tipo paçoca a partir do resíduo da extração do óleo da amêndoa de castanha-de-caju. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2012. 4p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado técnico, 189).
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 386
Ano: 2015
-
Podem ser utilizados dois tamanhos de palete: 0,92 m x 1,12 m para 200 caixas ou 0,92 m x 0,92 m para 160 caixas. A disposição das caixas no palete é feita com 8 ou 10 caixas. Cada palete tem a altura correspondente a 20 caixas. Para o carregamento, os paletes são colocados 2 a 2, perfazendo o total de 12 ou 14, conforme o tamanho do veículo. Os dois primeiros paletes, localizados próximo aos evaporadores do veículo, devem ter altura de apenas 10 caixas.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 373
Ano: 2015
-
O pedúnculo do caju é altamente perecível, quando armazenado em temperatura ambiente. A vida útil pós-colheita nessa condição não ultrapassa 48 horas. Após esse período, o pedúnculo perde o brilho, apresenta-se enrugado, fermenta e consequentemente perde a atratividade. No entanto, pedúnculos avermelhados (BRS 189), devidamente embalados, sob refrigeração a 5 °C e entre 85% e 90% de umidade relativa, têm vida útil de, aproximadamente, 15 dias, sem apresentar “queima” pelo frio. Para os pedúnculos alaranjados (CCP 76), nas mesmas condições, essa vida útil pode chegar a 3 semanas.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 375
Ano: 2015
-
O transporte marítimo é um dos meios mais demorados e requer cuidados especiais com o produto, que chega ao porto por via terrestre, após ter sido armazenado por certo período na fazenda de origem. Muitas vezes, antes do embarque ainda é necessária uma espera no porto. Mesmo com as técnicas de manuseio e conservação pós-colheita hoje adotadas, a vida útil máxima conseguida para o caju in natura não ultrapassa 3 semanas. Esse período não é suficiente para cumprir todas as etapas da cadeia de comercialização, se o transporte for feito via marítima. A exportação via aérea é possível, desde que o transporte seja feito com refrigeração. De grande importância econômica, o valor do frete deve ser pago pelo produtor.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 377
Ano: 2015
-
As embalagens utilizadas para comercialização de frutas in natura, além de permitir que o produto seja adequadamente acondicionado, transportado e comercializado, devem levar em consideração a boa apresentação. Por isso, as seguintes falhas devem ser evitadas:
- Má qualidade de impressão.
- Ilustrações deficientes.
- Letras muito pequenas.
- Combinação inadequada de cores.
- Letras de tipos diferentes.
- Informações incompletas ou mesmo ausência de informações, tais como modo de consumo do produto.
- Rótulo ou etiqueta confusos (por exemplo, rótulo ou etiqueta com desenho de caju vermelho em embalagem com caju amarelo).
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 372
Ano: 2015
-
O agente da resinose se dissemina de uma planta para outra por intermédio de instrumentos agrícolas de corte (enxadas, facões, roçadeiras, tesouras de poda, etc.), carregado por insetos, pássaros e pequenos primatas (saguis) que se alimentam da goma. A água da chuva e o vento têm sido mencionados também como agentes de disseminação, embora de menor importância. Entretanto, estudos recentes demonstraram que o principal veículo de disseminação são as mudas infectadas de forma latente (assintomáticas).
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 330
Ano: 2015
-
Sob condições climáticas favoráveis, a mancha de Xanthomonas tem potencial para promover um prejuízo total na produção de amêndoas em clones susceptíveis.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 337
Ano: 2015
-
Para o mercado de frutos in natura, a utilização de acessórios de colheita não é recomendada. Os cajus devem ser colhidos manualmente, com uma leve torção, pois o pedúnculo maduro se desprende facilmente da planta. Na colheita, deve-se segurar o pedúnculo com as pontas dos dedos sem apertar, a fim de evitar o contato com a palma da mão do colhedor. Como a película que reveste a polpa do caju é fina, a mão aquecida do colhedor pode elevar sua temperatura, acelerando sua senescência. Para evitar ferimentos no pedúnculo, os colhedores devem manter as unhas aparadas e limpas.
Para o processamento industrial, se o porte da planta permitir, a colheita pode ser feita manualmente ou com o emprego de uma vara longa, provida de um saco. A colheita com vara longa desprovida de saco ou pela agitação dos galhos prejudica muito o aproveitamento do pedúnculo, em consequência do amassamento provocado pela queda.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 357
Ano: 2015
-
Sim, se for colhido maduro. Mesmo maduro ele ainda pode apresentar um teor de amido superior a 1,5%, que pode ser transformado em açúcares por meio de reações enzimáticas. O sabor doce do caju pode acentuar-se também pelo aumento na proporção de glicose e frutose durante o armazenamento, atribuído à quebra da sacarose, mesmo que o teor total de açúcares não se altere. Como a frutose tem um poder adoçante de cerca de 70% superior ao da sacarose, essa transformação pode fazer com que o pedúnculo fique um pouco mais doce.
Caso o pedúnculo não seja adequadamente embalado, ou esteja armazenado em ambiente com umidade relativa baixa, pode perder massa em razão da redução da umidade. Essa perda faz que haja uma concentração dos açúcares presentes, tornando o sabor mais doce. Entretanto, esse efeito não é desejável, porque a perda de umidade provoca perda de qualidade, reduz o teor de suco e causa murchamento do pedúnculo.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 358
Ano: 2015
-
Não. Na ocasião das chuvas, existe o risco de o pedúnculo ser menos saboroso, por causa do elevado teor de umidade, que exerce efeito diluidor sobre os componentes celulares, inclusive os sólidos solúveis. Tanto os açúcares quanto os ácidos são extremamente importantes para o sabor dos frutos, e o equilíbrio entre eles é determinante para a aceitação. Além disso, durante as chuvas, os pedúnculos ficam mais sujeitos a manchas, provocadas por atrito, e doenças.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 359
Ano: 2015
-
O pedúnculo do caju é um dos componentes que apresentam alto teor de umidade e, se armazenado em ambientes com baixa umidade relativa, perderá água por transpiração. Nessas condições de armazenamento, em apenas 36 horas, a perda de massa pode chegar a 18%. Esse fato demonstra a importância da alta umidade relativa nas condições de armazenamento.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 376
Ano: 2015
-
Considerando o tempo máximo de vida útil do caju (3 semanas), a permanência na fazenda não deve ultrapassar 5 dias, pois as operações de transporte e comercialização requerem entre 6 e 8 dias. Para que o caju não fique estocado na fazenda por tempo prolongado, ao planejar o pomar é necessário que se considere a quantidade suficiente para completar um carregamento e a área necessária para produzi-la.
Uma alternativa para o produtor, cuja propriedade não alcance essa quantidade diária, é a vinculação a uma cooperativa ou associação, de modo que a expedição possa ser feita com mais frequência.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 378
Ano: 2015
-
A seleção das castanhas, realizada no campo ou na fábrica, por meio da imersão em água ou de qualquer outro método em que se considere o fator densidade da castanha, promove significativas economias para as indústrias. Além de possibilitar a eliminação da etapa de seleção manual da castanha, permite que somente as castanhas com amêndoas sãs e viáveis comercialmente sejam submetidas à secagem, calibragem, corte, despeliculagem, seleção e classificação, ou seja, não há o custo operacional para o processamento das castanhas estragadas, pois elas já foram refugadas no processo de seleção.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 392
Ano: 2015
-
Sim, as castanhas e amêndoas de um mesmo material clonado já são padronizadas pela natureza. Por apresentarem tamanho, formato ou geometria uniforme, permitem maior eficiência nas operações de cozimento e decorticação, principalmente no processamento em que se utilizam máquinas de corte mecanizado, as quais exigem calibragem perfeita.
Além da maior facilidade nas operações de desidratação, despeliculagem, seleção e classificação, por possuírem o mesmo formato, as amêndoas das castanhas dos clones de cajueiro proporcionam melhor apresentação do produto final.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 394
Ano: 2015
-
A diferença entre os dois processos reside no tratamento térmico e no corte da castanha. Enquanto no processo mecanizado as castanhas são torradas em banho de líquido da casca da castanha (LCC) quente e quebradas por impacto mecânico em máquinas automatizadas, no processo semimecanizado elas são cozidas em autoclave a vapor e cortadas, uma a uma, por navalhas, em máquinas de operação manual.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 395
Ano: 2015
-
As castanhas previamente limpas e selecionadas são submetidas a uma autoclavagem com vapor úmido saturado, utilizando-se pressão a 10 psi (pound square inch) por 15 a 20 minutos. Após o resfriamento, o corte de cada castanha é feito em máquinas de operação manual, providas de navalhas ajustáveis, separando a amêndoa da casca. As amêndoas com película são levadas para a estufa, para posterior despeliculagem, seleção, classificação e embalagem.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 397
Ano: 2015
-
No sistema semimecanizado, os operários trabalham em duplas, um de cada lado da máquina. O cortador opera a máquina mediante movimento simultâneo num pedal e numa alavanca, prendendo a castanha e acionando as lâminas que cortam e separam as duas metades da casca. Colocado à sua frente, o outro operário (tirador) separa a amêndoa da casca, com o uso de faca ou canivete com ponta.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 400
Ano: 2015
-
Depende do processo de autoclavagem empregado. Naqueles em que as castanhas não aumentam de peso, ou seja, não absorvem água durante o cozimento, basta esperar a castanha esfriar o suficiente para permitir sua manipulação. Por sua vez, naqueles em que a castanha absorve umidade, recomenda-se que elas sejam levadas ao sol para facilitar a operação de decorticação.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 399
Ano: 2015
-
Balde fofador é um equipamento no qual as amêndoas com película são submetidas a um jato de vapor superaquecido e de baixa umidade, que causa um choque físico sobre a película e força sua desintegração e a consequente liberação da superfície da amêndoa, facilitando a despeliculagem. Algumas fábricas utilizam um despeliculador que já possui um ciclone, no qual o choque físico sobre a película é dado pelo ar comprimido.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 405
Ano: 2015
-
Amêndoa beneficiada é o produto desprovido de casca e película, mas ainda cru. Já a amêndoa processada é o produto que sofreu um processo de torração ou fritura, podendo ser salgada ou não.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 415
Ano: 2015
-
A embalagem para amêndoas de castanha-de-caju deve ter boa barreira contra gases, luz e vapor de água. Além disso, caso seja flexível, deve apresentar boa soldabilidade. Quando se objetiva a exportação da amêndoa (em seu estado natural), pode-se utilizar latas com capacidade de 18 L, que acondicionam 25 libras (11,34 kg) de amêndoas, ou embalagens flexíveis metalizadas ou laminadas com folhas de alumínio, com capacidade de 50 libras ou 22,68 kg de amêndoas (bag-in box), acondicionadas dentro de caixas de papelão.
Quando se objetiva o mercado interno, geralmente o produto é comercializado na forma processada, ou seja, frito e salgado. Nesse caso, as embalagens mais recomendadas são as laminadas flexíveis, as embalagens rígidas em politereftalato de etileno (PET) e as embalagens metálicas, com capacidades de acondicionamento variadas. Os materiais laminados são compostos por camadas que proporcionam, cada uma individualmente, a proteção para um tipo de problema, oferecendo ótimos resultados quando usados em conjunto.
Uma composição básica de laminados dessa natureza, para amêndoas de castanhas de caju, seria: a) externamente – polipropileno biorientado (BOPP) metalizado, que proporciona boa barreira contra gases, vapor de água e, por causa da metalização, reduz a penetração de luminosidade; b) internamente – polietileno, que fornece boa barreira contra vapor de água e possui ótima soldabilidade.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 417
Ano: 2015
-
Além dos produtos já disponíveis comercialmente, existem diversas possibilidades de aproveitamento do pedúnculo em produtos que podem atingir níveis de qualidade compatíveis com as exigências do mercado consumidor, porém ainda necessitam de mais pesquisas e desenvolvimento. São eles: suco clarificado, suco clarificado gaseificado, fermentado ou “vinho” de caju, caju de atividade de água intermediária (tipo figo Ramy), chutney (conserva picante de origem indiana em que vegetais e frutas são cozidos junto com especiarias, vinagre e açúcar).
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 426
Ano: 2015
-
Os pedúnculos devem ser transportados em caixas plásticas de baixa altura, para evitar a sobreposição demasiada, o que acarretaria o amassamento dos pedúnculos e a consequente perda do suco. Em geral, essas caixas são de polipropileno, com 0,50 m de comprimento, 0,22 m de largura e 0,16 m de altura. De preferência, devem-se usar caixas com o fundo perfurado, para permitir a drenagem do suco eventualmente exsudado, evitando sua fermentação e a contaminação das frutas sadias.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 427
Ano: 2015
-
O processamento da polpa de caju congelada segue as seguintes etapas:
Recepção: nas indústrias, os pedúnculos chegam já descastanhados, pois a remoção das castanhas foi feita no campo. Na recepção, retiram-se amostras de pedúnculo para o controle de qualidade da matéria-prima, principalmente no que se refere ao teor de sólidos solúveis (°Brix) e à acidez.
Pesagem: é feita em balança do tipo plataforma para cálculo de pagamento e rendimento industrial.
Primeira lavagem: deve ser feita em tanques, por imersão, seguida de passagem por água corrente. Visa resfriar as frutas que vieram do campo e remover as sujeiras grosseiras aderidas ao pedúnculo, permitindo que se faça a seleção, pois a sujeira pode esconder imperfeições e partes machucadas. A sujeira também pode acarretar problemas de desgaste nos equipamentos.
Seleção: retiram-se as sujidades e os frutos impróprios para consumo, tais como pedúnculos muito verdes, com lesões, estragados ou em processo de fermentação.
Segunda lavagem: deve ser feita em tanques com água clorada com hipoclorito de sódio ou água sanitária, entre 5 mL e 10 mL de cloro ativo/100 L de solução, para remover a sujeira fina e reduzir a quantidade de microrganismos presentes na superfície do pedúnculo. Deve-se deixar em repouso de 2 a 3 minutos e enxaguar com água corrente de boa qualidade (1 mL de cloro ativo/100 L de solução) para remoção do excesso de cloro.
Desintegração: como o caju possui um alto teor de fibras, é necessário que os pedúnculos passem por um liquidificador industrial ou triturador de lâminas em aço inox para evitar o desgaste da despolpadeira e aumentar o rendimento da extração.
Despolpamento: o caju desintegrado deve passar por uma despolpadeira, que consiste em uma peneira cilíndrica, por onde o material é forçado a passar por causa da rotação de um conjunto de pás ou escovas.
Pasteurização: a polpa é bombeada para um pasteurizador tubular, onde sofre aquecimento em temperatura de 90 °C a 95 °C por 2 a 3 minutos. Em seguida faz-se o resfriamento rápido entre 5 °C e 6 °C.
Envase: a polpa de caju é embalada em sacos plásticos, geralmente por meio de uma enchedeira dosadora. Os sacos são termicamente selados e imediatamente enviados para congelamento.
Congelamento: o congelamento rápido é o ideal para a polpa de caju. Para isso, podem ser utilizados túneis de congelamento (-20 °C), ou o produto pode ser resfriado em solução hidroalcoólica logo após o envase, antes do congelamento em câmaras frias (-20 °C).
Armazenamento: a polpa deve ser armazenada em câmaras frigoríficas com temperaturas entre -18 °C e -20 °C.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 428
Ano: 2015
-
São aquelas amêndoas que, após serem submetidas ao processo de despeliculagem, ainda não foram totalmente despeliculadas, apresentando pedaços de película firmemente aderidos à superfície. A ocorrência dessas amêndoas “duras” parece sofrer influência genética, mas é agravada por problemas na operação de desidratação, principalmente pela desuniformidade do aquecimento, geralmente provocada por má circulação do ar dentro da estufa e falta de homogeneização na distribuição das amêndoas nas bandejas. As superfícies das amêndoas que ficam em contato com as outras amêndoas não recebem o mesmo calor que as superfícies livres; portanto, a película não seca o suficiente para se desprender. As amêndoas duras precisam ser reprocessadas e, pelo fato de serem submetidas a uma nova secagem e raspagem com estiletes, ficam mais escuras e arranhadas, por isso têm o seu valor comercial reduzido.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 407
Ano: 2015
-
O cozimento da castanha-de-caju tem as seguintes finalidades:
- O endurecimento da casca, tomando-a friável, para permitir sua abertura por impacto, no processo mecanizado.
- A expansão da casca da castanha, criando uma folga entre a casca e a amêndoa, deixando-a solta para que, no ato do corte/quebra, ela não fique presa na casca e saia inteira.
- A colagem dos cotilédones entre si, assegurando maior percentual de amêndoas inteiras.
- A colagem da película sobre a superfície da amêndoa, o que lhe servirá de proteção contra a contaminação com líquido da casca da castanha (LCC), o qual pode manchar a amêndoa.
- O sistema de corte semimecanizado permite que a abertura ocorra por meio de um corte reto e liso, sem rasgar ou dilacerar a casca, evitando assim que o LCC, que é corrosivo, espirre sobre o cortador.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 398
Ano: 2015
-
A Embrapa desenvolveu uma máquina pneumática decorticadora de castanha-de-caju (PI 0604152-3A de 19/6/2008), que tem por objetivo a obtenção de amêndoas por meio de impacto pneumático e corte direcionado entre duas lâminas, uma superior e outra inferior, com conformação adequada. O equipamento construído em material metálico (alumínio ou aço) é composto de cilindro, suporte para fixar a alavanca com o garfo do cilindro e bucha do eixo de proteção. A função pneumática é responsável pelo movimento da faca superior para impacto e corte da castanha-de-caju.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 402
Ano: 2015
-
A seleção é feita manualmente sobre mesas fixas ou providas de esteiras (12 m de comprimento) e com boa iluminação, por onde as amêndoas que saem da despeliculagem passam de uma a três vezes, para sofrerem uma primeira separação quanto a sua integridade física (inteiras e quebradas), cor (alvas e escurecidas) e avarias (Tabela 4). Após a seleção, as amêndoas são classificadas de acordo com padrões internacionais.
Tabela 4. Identificação de defeitos em amêndoas de castanha-de-caju.
Tipo Característica Ardida Alteração na coloração normal, odor e/ou sabor resultante do processo de fermentação Danificada Dano causado por insetos, roedores, agentes mecânicos e outros Impurezas Detritos da casca ou da película da amêndoa Matérias estranhas Detritos de qualquer natureza não oriundos da castanha-de-caju Mofada Amêndoa que apresentar mofo visível a olho nu Rançosa Amêndoa que apresentar cor, odor e/ou sabor alterados por causa da oxidação de sua fração oleosa Arroxeada Presença de cor azulada ou levemente arroxeada na amêndoa Brocada Amêndoa que, independentemente da sua coloração, apresentar uma ou mais depressões, pontos pretos ou escurecidos Imatura Amêndoa que não atingiu o seu estágio de desenvolvimento fisiológico completo, apresentando-se enrugada e com densidade menor que a normal Manchada Amêndoa que apresentar manchas superficiais de qualquer natureza Película aderente Amêndoa que apresentar película com mais de 2 mm de diâmetro fixa na sua superfície Raspada Amêndoa com parte de sua camada superficial removida Queimada Amêndoa escurecida pelo aquecimento excessivo durante o processamento Fonte: Brasil (2009)
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa nº 62, de 15 de dezembro de 2009. Aprova o Regulamento Técnico da amêndoa da castanha de caju, definindo o seu POC com os requisitos de identidade e qualidade, amostragem, modo de apresentação e a marcação ou rotulagem. Revoga parcialmente a Portaria nº 644 de 11 de setembro de 1975. 2009.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 408
Ano: 2015
-
A descarboxilação do LCC consiste na transformação do ácido anacárdico em cardanol por aquecimento (emprego de vapor), liberando CO2, vapor d’água e compostos voláteis.
O processo é realizado em tanques com injeção de vapor, com posterior filtração para separação das impurezas. A mistura de cardanol e cardol é a matéria-prima para a elaboração da grande variedade de produtos derivados do LCC.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 423
Ano: 2015
-
Este resíduo pode ser aproveitado como combustível de caldeiras para a geração de energia, nas próprias fábricas de beneficiamento de castanha. Quando sua produção for maior que a necessidade de combustível na fábrica, ele pode ser vendido para outras indústrias, como, por exemplo, a indústria de cimento.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 424
Ano: 2015
-
Algumas indústrias de castanha-de-caju no Brasil estão utilizando estufas de três estágios, em que as amêndoas são conduzidas sobre esteiras, num sistema contínuo fechado com gradação de temperatura, até a finalização do processo de estufagem. Esse equipamento representa um avanço em relação à estufa convencional, geralmente de natureza estática, e que demanda longo tempo de processo. As estufas de multiestágios operam com temperaturas em torno de 85 °C, e o processo é realizado em quatro horas e meia, com grande economia de mão de obra e tempo.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 404
Ano: 2015
-
Sim. Existem equipamentos eletrônicos utilizados para classificar amêndoas de castanha-de-caju. Depois que as máquinas fazem a triagem, esses equipamentos separam as amêndoas por volume ou peso. O dispositivo funciona por sistema de visão digital (câmera CCD), que determina o volume do produto e envia um sinal para um microprocessador, o qual, acionando um ejetor, distribui as amêndoas para as classes a que pertencem.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 410
Ano: 2015
-
Na despeliculagem, pois nessa fase as amêndoas encontram-se em estado de muita fragilidade e quebradiças, por causa do seu baixo teor de umidade ao saírem da estufa. A quebra de amêndoas na despeliculagem pode chegar a 25%, levando-se em consideração que algumas delas já se encontravam quebradas ou trincadas desde a etapa do corte, mas estavam aparentemente inteiras em razão da película, que mantinha todas as partes unidas.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 413
Ano: 2015
-
Além de ser consumida como tira-gosto (torrada e salgada), a amêndoa pode ser utilizada em recheios para bombons e chocolates e como ingrediente na elaboração de sorvetes, picolés, flãs e gelados artesanais, bolos, tortas e uma variedade de outros produtos. Especial atenção tem sido dada à elaboração de produtos a partir das amêndoas quebradas, como a pasta de amêndoa e o óleo de ACC, pois esses produtos são uma maneira de aumentar seu valor agregado.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 419
Ano: 2015
-
No processo mecanizado, o LCC é extraído no banho de LCC quente (cerca de 200 °C) a que as castanhas são submetidas antes da decorticação.
No processo semimecanizado, o LCC é extraído pela prensagem das cascas a frio ou aquecidas a 80 °C, com auxílio de vapor. O produto, chamado de “óleo de prensa”, difere, na sua estrutura física e química, do LCC comercializado pelas indústrias mecanizadas, que é descarboxilado durante o aquecimento das castanhas-de-caju no processo de fritura, provocando a eliminação do CO2 (gás carbônico).
O óleo de prensa precisa ser descarboxilado, pois, em seu estado natural, pode provocar explosão nos tambores pelo aumento da temperatura e expansão de seu volume, em virtude da lenta formação de CO2 pela decomposição do ácido anacárdico.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 422
Ano: 2015
-
Dependendo do tipo de equipamento utilizado, o rendimento pode ser da ordem de 75% a 85%, indicando que a cada tonelada de pedúnculo que entra na fabricação do suco integral, serão produzidos de 750 kg a 850 kg de suco, o que gera um resíduo sólido fibroso de 150 kg a 250 kg como descarte.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 435
Ano: 2015
-
O dióxido de enxofre (SO2), na forma de sais como metabissulfito de sódio ou potássio (que liberam SO2 em solução), é utilizado no suco de caju como conservante, mas, devido ao alto teor de ácido ascórbico (vitamina C) do caju, o nível máximo permitido para as outras frutas é insuficiente para inibir completamente as reações de degradação dessa vitamina no suco de caju. Essas reações produzem substâncias escuras que causam o escurecimento do suco, além da perda de vitamina C.
Em relação à saúde humana, alguns estudos têm citado a possibilidade de o SO2 desencadear reações de natureza alérgica, principalmente em asmáticos e pessoas sensíveis a esse produto, causando urticária quando ingerido em quantidades elevadas. Saliente-se, entretanto, que o limiar para reação alérgica depende do nível de SO2, do tipo de alimento, da sensibilidade individual do consumidor e da frequência de consumo do produto.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 439
Ano: 2015
-
A vitamina C, ou ácido ascórbico, é um componente muito sensível à temperatura e à oxidação. A aeração do suco é fator primordial para a promoção de perdas, portanto devem ser evitadas operações que promovam a aeração do produto, tais como bombeamentos turbulentos em bombas centrífugas. É preferível usar bombas de deslocamento positivo.
Quedas do suco de alturas ou em cascatas turbulentas também ocasionam aeração. As tubulações de transferência de suco devem alimentar os tanques sem turbulências e, de preferência, fazer a alimentação a partir do fundo do tanque receptor. No caso de se usar o dióxido de enxofre (SO2), este deve ser dosado tão logo seja possível, logo após a extração do suco, para permitir sua ação antioxidante. O aquecimento excessivo do suco também deve ser evitado.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 440
Ano: 2015
-
É o suco de caju sem polpa, obtido por processo físico de clarificação com o auxílio de coadjuvantes de tecnologia, e esterilizado no interior da garrafa. Apresenta cor amarelo-âmbar, resultante da caramelização dos açúcares do próprio suco.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 444
Ano: 2015
-
A polpa que recebeu pasteurização passou por um processo térmico que utiliza temperatura, com o objetivo de eliminar microrganismos deteriorantes e inativar enzimas. Embora esse processo reduza um pouco o teor de vitamina C e altere um pouco o sabor do produto, tem a vantagem de promover a estabilidade dos seus nutrientes, além de ser mais confiável no que diz respeito à segurança alimentar.
A polpa não pasteurizada, como não passou por tratamento térmico, pode apresentar maior teor de vitamina C e melhor sabor, no entanto a estabilidade de seus nutrientes durante o armazenamento será menor, levando à maior degradação de vitamina C, com consequente alteração de cor (a polpa vai ficando escura).
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 430
Ano: 2015
-
A polpa de caju pode ser preservada pela adição de elevadas quantidades de benzoato ou sorbato, de sódio ou potássio e metabissulfito de sódio, por cerca de um ano, em tambores à temperatura ambiente. Esse processo é utilizado para a conservação da matéria-prima para fabricação de doces.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 431
Ano: 2015
-
De acordo com a Instrução Normativa nº 1, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de 7 de janeiro de 2000 (BRASIL, 2000), suco de caju integral é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível do pedúnculo do cajueiro, por meio de processo tecnológico adequado.
O processamento do suco segue as mesmas etapas iniciais descritas para a polpa de caju, até a segunda lavagem. Em seguida, ocorre a extração do suco por desintegração, processo em que o pedúnculo é dilacerado, por meio de um triturador provido de um cilindro dentado em aço inoxidável (também chamado de “rasgador”), sem que suas fibras longitudinais sejam cortadas.
O material dilacerado é encaminhado ao sistema de despolpa e refino, onde é prensado, por ação de batedores de aço inoxidável, contra telas sucessivas de malhas de aproximadamente 0,6 mm de abertura (despolpadeira) e de 0,3 mm a 0,4 mm (refinadeira ou finisher), deixando passar o suco e retendo o bagaço.
O bagaço é enviado para uma prensa tipo expeller (parafuso), obtendo-se assim, um suco residual que é incorporado ao suco da unidade de despolpa.
Em seguida, realiza-se a formulação por adição de benzoato de sódio, metabissulfito de sódio e ácido cítrico, homogeneização em homogeneizador de pistão a 150 kg/cm para garantir a distribuição uniforme das partículas da polpa, diminuindo a separação de fases durante a estocagem, e desaeração do suco em sistema a vácuo para remoção do oxigênio dissolvido.
A pasteurização é feita em trocador de calor de placas, seguindo-se o engarrafamento a quente (processo hot fill), fechamento, resfriamento das garrafas até 30 °C, rotulagem, embalagem e armazenamento.
Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Instrução normativa nº 01, de 7 de janeiro de 2000. Regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta. 2000. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:R92wUbtBQ5gJ:www2.agricultura.rs.gov.br/uploads/126989581629.03_enol_in_1_00_mapa.doc+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 9 set. 2013.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 434
Ano: 2015
-
A acidez dos sucos de frutas inibe o crescimento da maioria dos microrganismos patogênicos. A deterioração de natureza microbiológica do suco de caju limita-se aos microrganismos tolerantes ao meio ácido, com predomínio de bactérias láticas, bolores e leveduras.
A deterioração por ação das bactérias láticas é caracterizada pela presença do diacetil, que induz o aparecimento de um odor forte e sabor desagradável ao suco. Contudo, a degradação por leveduras é considerada a causa mais comum, por causa de sua maior tolerância aos ácidos, capacidade de desenvolvimento anaeróbico e maior resistência térmica. Sua multiplicação é acompanhada de produção de CO2 e etanol, podendo manifestar-se também pela formação de películas e floculação, diminuindo a turvação do suco.
A deterioração por bolores se manifesta pela produção de CO2 e, consequentemente, pelo estufamento da embalagem. Em sucos processados e tratados termicamente, a presença desses microrganismos não é tolerada e, quando ocorre, deve-se, geralmente, ao subprocessamento ou à recontaminação.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 437
Ano: 2015
-
As temperaturas em torno de 90 °C, normalmente empregadas no tratamento térmico para a conservação do suco, podem não ser suficientes para inativar fungos termorresistentes. Temperaturas mais elevadas afetam as características físico-químicas e sensoriais do suco. Assim, o controle da deterioração por fungos termorresistentes baseia-se, fundamentalmente, na adoção de práticas higiênico-sanitárias adequadas, visando diminuir a possibilidade de contaminação das matérias-primas e dos equipamentos.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 438
Ano: 2015
-
Para a fabricação da cajuína, a extração do suco é realizada em prensa do tipo expeller (parafuso) ou hidráulica, sem passar pelo triturador ou rasgador, pois não se deseja incorporar polpa ao suco que será clarificado. Em seguida, o suco é clarificado, filtrado para obtenção do suco límpido, submetido a pré-aquecimento para melhor estabilidade do produto durante a estocagem e filtrado novamente para o engarrafamento a quente. Após o fechamento das garrafas, elas são submetidas a tratamento térmico, geralmente em banho-maria, dentro de tambores, para esterilização do produto e obtenção da cor amarelo-âmbar.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 445
Ano: 2015
-
Como cada lote de suco apresenta uma composição diferente, principalmente em relação ao teor de taninos, é necessário realizar um teste de dosagem, a fim de evitar a adição excessiva de gelatina ou, ao contrário, a quantidade insuficiente para a total clarificação.
Deve-se adicionar a solução de gelatina 10% aos poucos e ir agitando fortemente (sem causar aeração!). No momento exato da clarificação, ocorrerá uma forte e imediata formação de flóculos de polpa. Isso se parece com a floculação do leite com o coalho ou ácido para fabricação de queijo. Observar se o suco está límpido e os flocos nitidamente formados. Essa é uma clarificação ideal.
Outra prática recomendável é guardar um pouco de suco e da solução de gelatina para casos de perda do ponto de floculação: se passar (ficando o suco leitoso), adiciona-se mais suco e, se não flocular corretamente, adiciona-se um pouco mais de solução de gelatina.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 448
Ano: 2015
-
A cajuína vai ficando cada vez mais escura durante o armazenamento por causa de duas reações químicas que produzem substâncias de coloração escura:
- Oxidação do ácido ascórbico (vitamina C), em razão da presença de oxigênio no interior das garrafas.
- Reação de Maillard, que é uma reação entre os aminoácidos livres, provenientes principalmente da clarificação com gelatina, e os açúcares do suco de caju.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 450
Ano: 2015
-
Após o tratamento térmico, a cajuína apresenta teores de vitamina C na faixa de 20 mg/100 mL a 150 mg/100 mL, com média de 85 mg/100 mL. Levando-se em conta que a ingestão diária recomendada (IDR) para adultos é de 60 mg, a cajuína pode ser considerada uma boa fonte de vitamina C. Para se ter uma ideia, a laranja possui em média 60 mg de vitamina C/100 mL de suco.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 456
Ano: 2015
-
A cajuína é o suco de caju puro clarificado e caramelizado, não gaseificado. O refrigerante de caju é um produto gaseificado, composto por água, açúcar, aroma imitação, aditivos químicos e, no mínimo, 5% de suco de caju.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 457
Ano: 2015
-
Doce de caju em calda é o produto obtido de pedúnculos despeliculados, inteiros ou em pedaços, cozidos em xarope de açúcar e submetidos a tratamento térmico adequado após acondicionamento em vidros ou latas. Na compota de caju (ou caju em calda, sem a denominação de “doce”), os pedúnculos despeliculados, inteiros ou em pedaços, são colocados na embalagem ainda crus e recobertos com o xarope de açúcar. O cozimento da fruta é realizado após o fechamento do recipiente, durante o tratamento térmico realizado para garantir sua conservação.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 459
Ano: 2015
-
O xarope, também chamado de mel de caju, é o produto obtido da concentração do suco de caju clarificado até cerca de 70 °Brix. Quando o xarope é concentrado em tacho aberto, fica bastante escuro, mas, com a utilização de concentração a vácuo, o xarope pode ficar da cor do mel de abelha.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 466
Ano: 2015
-
A formulação de doce de caju em massa, utilizada na indústria, para uma batelada de 50 kg está descrita na Tabela 9. Inicialmente adicionam-se a polpa e parte do açúcar no tacho, separando-se uma parte do açúcar para misturar com a pectina, na proporção de uma parte de pectina para cinco partes de açúcar (2 kg), a fim de obter uma dissolução homogênea da pectina.
Em seguida, faz-se a concentração do doce no tacho, sob agitação constante, até atingir 60 °Brix. Adiciona-se a pectina previamente misturada ao açúcar. Perto do final do cozimento, adiciona-se o ácido cítrico, previamente dissolvido em água. O aquecimento deve ser mantido até o produto atingir o ponto, ou seja, quando o doce se desprende da superfície de aquecimento (72 °Brix a 75 °Brix).
Tabela 9. Formulação de doce de caju em massa.
Produto Quantidade Polpa 30 kg Açúcar 20 kg Ácido cítrico 50 g Pectina 30g Fonte: Souza Filho et al. (2000).
SOUZA FILHO, M. S. M.; ARAGÃO, A. O.; ALVES, R. E.; FILGUEIRAS, H. A. C. Aspectos da colheita, pós-colheita e transformação industrial do pedunculo do caju (Anacardium occidentale L.).
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 467
Ano: 2015
-
Não. Pode-se usar qualquer agente que tenha a propriedade de interagir com os taninos do caju, de preferência um agente proteico, como a gelatina. Pode-se também usar clara de ovo batida, proteína de soja pulverizada, gelatina de peixe ou outros materiais, desde que sejam de grau alimentício e inodoros.
Jamais se deve usar a cola de marceneiro, feita a base de aparas de couro, que antigamente era usada em processos artesanais. Esse material apresenta impurezas impróprias ao consumo humano, inclusive metais pesados.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 449
Ano: 2015
-
Os flocos são o resultado da reação lenta entre resíduos de taninos e resíduos de gelatina que não reagiram no ato da clarificação e passaram pela filtração. Isso pode ser evitado com uma boa condução da clarificação, colocando-se somente a quantidade necessária de gelatina. Se passar do ponto de floculação certamente a formação dos depósitos ocorrerá durante a estocagem.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 451
Ano: 2015
-
A cajuína não contém açúcar adicionado, entretanto cerca de 8% a 12% do peso total da cajuína corresponde aos açúcares provenientes do próprio caju – a glicose e a frutose.
Para os diabéticos, esses açúcares são exatamente iguais ao açúcar da cana (sacarose), pois, no nosso organismo, a sacarose é fracionada em glicose e frutose (em partes iguais). Assim, a cajuína não deve ser tomada por diabéticos.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 453
Ano: 2015
-
Na produção de doces dessa natureza, é necessário que os pedúnculos estejam íntegros, pois, no momento da despeliculagem, o hidróxido de sódio ataca e destrói as partes dilaceradas e machucadas. Para tanto, no descastanhamento utiliza-se um fio de nylon amarrado a uma base fixa, o qual é enrolado na castanha, exatamente na região da inserção com o pedúnculo, dando uma volta completa e então puxado com força, provocando o estrangulamento e a separação da castanha. Esse procedimento, além de deixar o pedúnculo intacto, deixa também a castanha sem resíduos do pedúnculo.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 461
Ano: 2015
-
Os doces devem ser acondicionados a quente. Primeiramente os frutos são colocados nos potes para, em seguida, se adicionar o xarope em uma temperatura de 85 °C. O tratamento térmico é feito inicialmente com os potes colocados em banho-maria, com suas tampas apenas colocadas no lugar (e não apertadas), para remoção das bolhas de ar contidas no xarope, as quais podem ser pontos de crescimento de microrganismos durante o armazenamento do produto. Imediatamente após os primeiros 5 a 10 minutos, as tampas são apertadas, quando é iniciada a contagem do tempo de esterilização, de acordo com o tamanho dos potes:
- 15 minutos para potes de 0,5 L.
- 30 minutos para potes de 1 L.
- 60 minutos para potes de 2 L.
Os frutos devem ficar até 5 cm abaixo da boca do pote e o xarope, cobrindo os frutos, a 2,5 cm abaixo da boca do pote, deixando um espaço vazio, muito importante para a formação do vácuo, que garantirá melhor conservação do produto. Durante o aquecimento, os vapores de água provenientes do xarope acumulam-se no espaço vazio e, com o resfriamento, esses vapores se condensam, promovendo a formação do vácuo.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 464
Ano: 2015
-
Para fazer rapadura de caju, os pedúnculos devem ser primeiro espremidos para a retirada parcial do suco e cortados em pedaços pequenos e uniformes, desprezando-se as extremidades. Em seguida, o caju é levado ao fogo, com o açúcar. Quando a concentração estiver bem avançada, adiciona-se a solução de pectina.
Perto do final do cozimento, adiciona-se ácido cítrico previamente diluído em água. Quando o produto começa a se desprender do tacho, está terminada a concentração. Retira-se, então, o produto do tacho e bate-se com uma colher de madeira, por mais ou menos 5 minutos. Essa massa é colocada em fôrmas de madeira, e cada batelada deve render cerca de 20 unidades de 300 g.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 469
Ano: 2015
-
O fermentado de caju é elaborado a partir do suco de caju clarificado, que deve ser sulfitado a 100 ppm de SO2, pela adição de metabissulfito de sódio ou potássio, para controlar microrganismos contaminantes e oxidações indesejáveis. Se o teor de açúcares do suco for muito baixo, pode-se adicionar sacarose.
O suco clarificado e formulado com os nutrientes básicos para o crescimento das leveduras é chamado de mosto, o qual é colocado em recipientes grandes, chamados de dornas. O mosto deve ser inoculado com um fermento biológico (leveduras) de vinificação, em temperatura ao redor de 20 °C, por aproximadamente 20 dias, quando acaba o açúcar disponível no mosto e cessa a fermentação.
Depois de cessada a fermentação (cessam as bolhas), é feita a estabilização pela adição de 200 ppm de sorbato de potássio e o produto é levado a uma câmara fria para decantação dos sólidos em suspensão e posterior filtração em filtro-prensa com capa de bentonita ou diatomita. Seguem-se os procedimentos normais de engarrafamento e estocagem.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 471
Ano: 2015
-
Não. Nossa indicação é que o exportador faça uma pesquisa nos órgãos públicos que atuam com o apoio à exportação. Assim, sugerimos contatar o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Agência Brasileira de Apoio à Exportação (Apex), a Carteira de Comércio Exterior (Cacex) do Banco do Brasil e o Portal Brasileiro de Comércio Exterior (PBCE). Sugerimos também que seja consultada a nossa base de dados do Centro de Informações Tecnológicas e Comerciais (Ceinfo), da Embrapa Agroindústria Tropical, em que estão disponíveis para download muitos documentos sobre o agronegócio caju.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 500
Ano: 2015
-
O bagaço do pedúnculo deve ser seco (ao sol por 72 horas) e moído para entrar como um volumoso celulósico, ao qual é adicionado algum teor de açúcar e proteína. Esse bagaço possui alto valor nutritivo e aroma agradável e é muito bem aceito por ruminantes. No entanto, essa ração não pode ser utilizada como única fonte de alimento, pois possui elevado teor de taninos, os quais interferem na assimilação de proteína durante a digestão do animal.
O bagaço seco também pode ser enriquecido com proteína proveniente do crescimento de leveduras. Nesse caso, o teor de proteína chega a atingir quase 20%. Inicialmente faz-se o umedecimento do material, até que se atinja 80% de umidade, e a suplementação com nitrogênio, fósforo e calcário. A levedura utilizada é a Saccharomyces cereviseae, a mesma utilizada como fermento de panificação, a qual, em meio aeróbico, produz massa celular, que nada mais é do que proteína.
Deve-se processar a fermentação de forma contínua, com frequente homogeneização. São necessários vários ciclos de algumas horas, substituindo-se parte do material fermentado por material fresco. O material que sai do fermentador deve ser prensado para perder 60% de umidade. Em seguida, deve ser espalhado ao sol para secagem até que fique com 10% de umidade (cerca de 48 horas). Para melhorar o sabor da ração, pode-se acrescentar bagaço fresco moído e 1% de sal de cozinha.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 475
Ano: 2015
-
Esse corante é obtido por maceração enzimática em meio aquoso e com posterior prensagem das fibras para liberação dos carotenoides na forma de uma emulsão. Após uma etapa de concentração, o material segue para a purificação, aumentando-se seu poder corante em mais de 20 vezes em relação ao valor inicial. Essa concentração pode ser realizada da forma convencional, pelo uso de evaporação térmica sob vácuo ou pelo uso de membranas de microfiltração, com as quais se obtém um produto de melhor qualidade, mantendo os carotenoides com suas propriedades funcionais. Esse é um processo patenteado pela Embrapa em convênio com institutos de pesquisas franceses e com o setor privado brasileiro.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 476
Ano: 2015
-
Considerando-se que o ano tem 264 dias úteis e que o cultivo do caju necessita em média de 22 homens/dia/hectare/ano, estima-se que, em 2012, foram gerados 62.500 empregos diretos no campo.
A renda no segmento agrícola gerada na safra 2012–2013 foi de aproximadamente R$ 150 milhões.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 485
Ano: 2015
-
A maior parte da produção agrícola é originária de pequenas propriedades com até 20 ha. Estima-se que essas propriedades participem com mais de 70% da área colhida.
Com relação ao uso de tecnologias, há uma grande heterogeneidade. Entretanto predomina um baixo nível tecnológico. Geralmente, no plantio são utilizadas sementes e as práticas de manejo e tratos culturais não são feitas, ou feitas de forma inadequada, até mesmo sem uso de corretivo e adubação, além de pouca atenção ao controle de pragas e doenças.
É importante salientar que, nesse perfil, a principal fonte de renda é oriunda da comercialização da castanha-de-caju, pois a exploração comercial do pedúnculo do caju e do caju para consumo in natura é inexpressiva. No entanto, há casos, como, por exemplo, os assentamentos Porto José Alves/Baixio, em Aracati, CE, e Che Guevara, em Ocara, CE, que constituem importantes fontes de geração de emprego e renda.
Já no perfil de alto nível tecnológico (tecnologia recomendada pela Embrapa), o plantio é realizado com mudas enxertadas. As práticas de manejo e tratos culturais são feitas de forma adequada, com uso de corretivo, adubos e um rigoroso controle de pragas e doenças. Nesse perfil, a exploração comercial do pedúnculo do caju e/ou do caju para consumo in natura é uma expressiva fonte de receita. Assim, a sua sustentação econômica é obtida com a comercialização da castanha-de-caju, do pedúnculo do caju e/ou do caju para consumo in natura.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 486
Ano: 2015
-
O perfil de carotenoides do extrato de caju com capacidade corante é muito diversificado em xantofilas e carotenos. Os compostos majoritários são os isômeros cis e trans da xantofila, auroxantina, luteína (que confere ao extrato um forte poder corante amarelo brilhante), betacriptoxantina e alfacaroteno e betacaroteno, os quais possuem atividade pró-vitamínica A. Há ainda outros em menor quantidade, tais como as xantofilas mutatoxantina, zeaxantina e violaxantina.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 477
Ano: 2015
-
Após a extração do corante, as fibras apresentam-se mais pobres em componentes como carotenoides, açúcares, sais minerais e vitaminas, que passaram para a fração do extrato aquoso. Essa massa final é quase puramente celulósica e fibrosa, porém com grande possibilidade de ser usada ainda como base para a fabricação de produtos como hambúrguer vegetal de caju, ou como ingrediente para a indústria de massas e de produtos dietéticos formulados.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 479
Ano: 2015
-
Os cuidados com higiene, limpeza e sanitização das instalações industriais que processam o pedúnculo são comuns às demais indústrias de processamento de frutas e hortaliças:
Higiene pessoal
- Manter as mãos e unhas limpas, lavando-as sempre antes do contato com utensílios limpos e após contatos com vasilhames sujos.
- Evitar tossir sobre as mãos, limpar o nariz e, sempre que for ao sanitário, lavar as mãos de forma adequada e com sabão.
- Proteger a cabeça para não permitir a queda de fios de cabelo nos equipamentos e produtos.
- Usar roupas sempre limpas, preferencialmente de cor clara.
- Cuidar da aparência pessoal (cabelo, barba, etc.).
- Não permitir que pessoas que apresentem ferimentos ou enfermidades trabalhem diretamente com produtos e equipamentos.
Área de trabalho
- Utilizar somente equipamentos de aço inox e com geometria que facilite a limpeza e sanitização.
- Limpar e sanitizar sistematicamente a área de processamento, bem como utensílios e equipamentos, com detergentes e desinfetantes apropriados, antes e depois do processo de fabricação.
- Manter iluminação adequada na área de processamento e luminárias protegidas contra quebra.
- Evitar a formação de poças d’água na área de processamento.
- Colocar telas nos ralos e janelas para evitar a presença de insetos e roedores.
- Evitar a presença de lixo e resíduos na área de produção.
- Manter os sanitários isolados da área de produção.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 481
Ano: 2015
-
Os pedúnculos do caju são comercializados com a indústria de sucos de forma direta, pelos produtores, ou por meio de intermediários.
Os intermediários disponibilizam transporte para recolher (diariamente), nas áreas produtoras, os pedúnculos já descastanhados.
Os pedúnculos saem do campo para a indústria, acondicionados em caixas plásticas de, em média, 20 kg. Devem chegar à indústria no mesmo dia em que foi colhido.
Em regiões de produção mais distantes, realiza-se um pré-processamento, que consiste na extração da polpa do pedúnculo e na adição de conservantes, para que, desse modo, seja comercializado.
Os cajus destinados ao consumo in natura são geralmente comercializados em caixas de papelão. Na maior parte dos casos, intermediários compram os frutos junto aos produtores rurais e os comercializam nos grandes centros urbanos do País. Por se tratar de produto perecível, a localização da propriedade em relação ao mercado ou à indústria pode constituir um fator limitante para a comercialização. Os caminhões frigorificados são utilizados para vencer as grandes distâncias que separam as áreas de produção das de consumo.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 492
Ano: 2015
-
Para o mercado externo, predomina a comercialização das grandes fábricas de castanha-de-caju para a indústria de alimentos. É realizada de forma indireta, por meio de intermediários (brokers). Na maioria dos casos, a indústria de alimentos realiza a torra e a salga para venda no mercado de nozes (nuts), do qual também fazem parte a avelã, a noz comum, a amêndoa comum, a pecã, a macadâmia, o pistache, a castanha-do-pará, entre outras.
No mercado interno, as grandes fábricas comercializam diretamente para o mercado varejista, bem como na forma de ingrediente para outras indústrias de produtos alimentícios. Já as pequenas fábricas, em virtude da reduzida escala de produção, comercializam para o mercado varejista, mediante intermediários.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 496
Ano: 2015
-
Sim. Existem diversos usos para essas fibras, desde a elaboração de ração animal até a fabricação de doce em massa, hambúrguer vegetal e barra de cereais. Após passar por uma trituração secundária para diminuição do tamanho médio das fibras, elas podem ser adicionadas à polpa de caju e ao açúcar para formar um doce mais encorpado, parecido com uma goiabada cascão.
Recentemente, a Embrapa desenvolveu um processo para a extração de um corante natural amarelo (carotenoides) que apresenta grande potencial de uso pelo setor alimentício, em substituição aos corantes amarelos artificiais, como a tartrazina, que confere aos alimentos uma cor semelhante ao suco de tangerina.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 474
Ano: 2015
-
O processo de extração dos carotenoides das fibras do caju é baseado em uma pré-maceração enzimática da massa fibrosa, seguida de uma prensagem rigorosa em prensa do tipo expeller. Esses fatores em conjunto contribuem para a ruptura das células das fibras de caju, liberando os carotenoides para o meio aquoso na forma de uma emulsão. Esse fato ainda não é explicado cientificamente. Possivelmente isso se deve à presença de emulsificantes naturalmente presentes na composição do pedúnculo de cajueiro.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 478
Ano: 2015
-
No pico da safra, em um dia de serviço um homem colhe aproximadamente 50 kg de castanha-de-caju. Com relação ao pedúnculo do caju, em um dia de serviço um homem colhe 250 kg. É importante destacar que, no início e no final da safra, a capacidade de colheita de um homem/dia é menor.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 489
Ano: 2015
-
Há uma grande diversidade de perfis tecnológicos. Geralmente o maior aproveitamento comercial do caju (castanha do caju, pedúnculo do caju e caju para consumo in natura) varia de acordo com o nível tecnológico e com a estratégia de inserção no mercado utilizada.
Nessas condições, é justificável a impossibilidade de indicar as viabilidades econômicas dos perfis existentes.
Entretanto, pode-se afirmar o seguinte:
a) Independentemente do nível tecnológico, com o aproveitamento comercial somente da castanha-de-caju, apenas pequenos produtores familiares, com a produção do pomar já estabilizada, obtêm uma receita ou excedente econômico positivo. Pois, com a necessidade de mão de obra sendo suprida pela família, os desembolsos financeiros para a manutenção do pomar são fortemente atenuados. No entanto, é importante advertir que o excedente gerado para a família não possibilita sustentabilidade econômica, mediante a realização de novos investimentos.
b) Para que pequenos produtores familiares, e sobretudo produtores patronais (que pagam pela mão de obra), apresentem sustentabilidade econômica, é necessário utilizarem um alto nível tecnológico, que lhes possibilitem otimizar o aproveitamento comercial da castanha-do-caju, do pedúnculo do caju e/ou do caju para consumo in natura.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 490
Ano: 2015
-
Clones
Para escolher os clones mais adequados para a sua plantação, é necessário avaliar um conjunto de fatores:
Clima e Solo
Entenda como o tipo de clima de sua região e o tipo de solo de sua propriedade influenciam o crescimento e o desenvolvimento das plantas.
Saiba mais >
- Época de plantio
Aprenda mais sobre como consultar a melhor época de plantio por meio das informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc Caju).
Saiba mais >
Clones
É importante avaliar quais clones atenderão melhor os seus objetivos de produção, se é o mercado de amêndoas de castanha-de-caju, o processamento de sucos, polpas e doces, ou ainda a venda de frutos para consumo in natura. Conheça também quais clones são mais favoráveis e produtivos na sua região.
Saiba mais >
Encontrado na página: Plantio
-
Porte da Planta
Porte da PlantaEm função do seu porte, o cajueiro é classificado em dois tipos: comum (porte alto) e cajueiro-anão (porte baixo). O cajueiro comum, também chamado de cajueiro-gigante, atinge entre 12 a 14 metros de altura e 5 a 8 metros de envergadura, podendo chegar a 15 metros de altura por 20 metros de envergadura. No tipo anão, a altura média fica em torno de 4 metros e a envergadura varia entre 6 e 8 metros.
Encontrado na página: O Cajueiro
-
Raiz
Foto: Antonio Teixeira Cavalcante Junior
O cajueiro possui uma raiz pivotante (que apresenta ramificações e penetra no solo de modo perpendicular) bem desenvolvida e normalmente bifurcada (dividida em dois ramos) com raízes laterais que atingem até duas vezes a projeção da copa.
-
Flores
Flores
As flores do cajueiro são pequenas, de cor verde-esbranquiçada ou vermelha. A cor esbranquiçada ocorre no momento da abertura da flor e vai evoluindo para o vermelho com o tempo. As flores estão organizadas em forma de panículas (inflorescência que emerge das ramificações intensivas do cajueiro). Geralmente as panículas contêm flores hermafroditas (aquelas que apresentam os órgãos reproduotores masculino e feminino) e masculinas (com maior proporção), se localizam na periferia da copa.
Encontrado na página: O Cajueiro
-
Modelo de Crescimento
Modelo de CrescimentoNa fase de desenvolvimento do cajueiro ocorre a formação de ramificações intensivas (aquelas que terminam em panículas, ou seja, flores) e extensivas (sem flores). A predominância de ramificações intensivas confere à copa da planta o formato de guarda-chuva. Quando predominam ramificações extensivas, a copa cresce esgalhada e desuniforme e as plantas tendem a produzir menos. Plantas com essas características demandam maior esforço de poda para elevar o potencial de produção.
Encontrado na página: O Cajueiro
-
Temperatura
TemperaturaO cajueiro se desenvolve e produz bem em temperaturas entre 22 °C e 32 °C. Embora adaptada às condições climáticas do Nordeste, onde predominam temperaturas elevadas, a planta também pode ser cultivada em locais com temperaturas inferiores a 22 °C, desde que não ocorram períodos muito longos de frio e geada.
-
Altitude
AltitudePor ser uma fruteira de clima tropical, o desenvolvimento e produção do cajueiro são favorecidos em regiões de baixas latitudes. Embora a planta possa se desenvolver em altitude superior a 1.000 metros, a recomendação é realizar o cultivo em áreas com até 500 metros acima do nível do mar. Altitudes elevadas podem ser compensadas pela baixa latitude.
Encontrado na página: Clima e solo
-
Temperatura
O cajueiro se desenvolve e produz bem em temperaturas entre 22 °C e 40 °C mas a temperatura média ideal para a produção comercial é 27 °C. Embora adaptado às condições climáticas do Nordeste, onde predominam temperaturas elevadas, a planta também pode ser cultivada em locais com temperaturas inferiores a 22 °C, desde que não ocorram períodos muito longos de frio e geada.
-
Produção de mudas de cajueiro - enxertia
Conheça os métodos de enxertia e o passo-a-passo para a produção de mudas de cajueiro.
Organizadora: Embrapa
Duração: Aberta
Carga horária: 12 horas
Encontrado na página: Início
-
Chuvas e Solo
O cajueiro também pode se desenvolver e produzir em regimes de chuvas superiores a 1.500 milímetros anuais, mas é necessário drenar os solos para evitar prejuízos à cultura. Em localidades com ocorrência de chuvas inferior a 800 milímetros anuais, para produzir de forma satisfatória, o cultivo deve ser realizado em solos mais profundos e com boa capacidade de reter umidade ou com uso de irrigação.
-
Clones - parte 5
Clones - parte 5Clones recomendados para usos mais específicos
O CCP 06 é um clone indicado para uso como porta-enxerto, pelo elevado percentual de germinação e compatibilidade com outros clones recomendados pela pesquisa. A planta possui porte baixo, florescimento e frutificação precoce, pedúnculo de cor amarela e amêndoa com peso médio abaixo dos demais clones.
O clone CCP 1001 é utilizado, atualmente, como genitor (base para o desenvolvimento de outros clones) no Programa de Melhoramento Genético do Cajueiro, por apresentar elevada produção de frutos em cachos, porém com castanha pequena. A planta apresenta excelente adaptação a regiões litorâneas e seu pedúnculo tem coloração avermelhada intensa.
Encontrado na página: Clones
-
Clones - parte 1
Clones - parte 1O CCP 76 é o clone mais plantado no Nordeste. É recomendado para cultivo no litoral e semiárido do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e áreas semelhantes. Devido à atratividade sensorial e qualidade do pedúnculo é o clone preferido para o mercado de frutos de mesa (consumo in natura), mas também destina-se à produção de pedúnculo para processamento industrial e de amêndoas. A planta tem porte baixo e pedúnculo doce, com baixo teor de tanino e cor alaranjada.
O clone BRS 226 é recomendado para o Semiárido do Piauí e outras áreas produtoras do Nordeste. Bastante cultivado, é resistente à resinose e atende ao mercado de amêndoa e indústrias de processamento de polpa, doces e sucos. A planta tem porte baixo e pedúnculo de cor laranja.
Recém lançado, o clone BRS 555 atende preferencialmente ao mercado de amêndoa, mas seu pedúnculo pode ser aproveitado para processamento industrial. Resistente à broca-do-tronco e à bacteriose, é recomendado para cultivo em regiões serranas do semiárido brasileiro, principalmente no Rio Grande do Norte. A planta tem porte médio e pedúnculo de cor laranja-avermelhado.
Encontrado na página: Clones
-
Clones - parte 2
Clones - parte 2O clone BRS 253 destaca-se pela alta produtividade de castanha. Recomendado para cultivo no nordeste da Bahia e semiárido do Rio Grande do Norte, atende ao mercado de amêndoa e à indústria de processamento de polpa, sucos e doces. A planta tem porte médio e pedúnculo de cor vermelha.
O CCP 09 é recomendado para cultivo em regiões litorâneas e atende tanto ao mercado de amêndoa como de frutos de mesa e indústria de processamento de polpa, doces e sucos. A planta tem porte baixo e pedúnculo doce, com baixo teor de tanino e cor alaranjada.
Clone com o maior pedúnculo, o BRS 189 destina-se preferencialmente ao mercado de frutos de mesa e também é indicado para a produção de amêndoas. É recomendado para o cultivo em regiões litorâneas e áreas semelhantes (preferencialmente sob irrigação), tem porte baixo e pedúnculo de cor vermelha.
Encontrado na página: Clones
-
O que é clone?
O que é clone?Um clone é uma planta que se origina de outra, por processo de melhoramento genético, e conserva as mesmas características genéticas da planta origem. O desenvolvimento de um clone ou cultivar de cajueiro envolve um trabalho minucioso de seleção, cruzamento e avaliação de materiais genéticos, realizado por especialistas. O tempo para obtenção e recomendação de um clone de cajueiro para plantio comercial depende do método de melhoramento e do tipo de avaliação utilizados, podendo levar de 5 a 8 anos.
As plantas para produção de amêndoas devem ter boa capacidade produtiva (superior a 1.000 kg/ha/ano, em regime de sequeiro), castanha com peso acima de 7 gramas, relação amêndoa/castanha acima de 25%, amêndoas com as duas bandas fortemente aderidas e facilidade de despeliculagem.
As plantas para produção de frutos de mesa devem ter porte baixo, para facilitar a colheita manual, e produzir pedúnculos com as seguintes características: coloração variando de vermelho a vermelho-alaranjado (preferência de mercado), formato piriforme ou maçã, peso entre 80 g e 120 g, textura consistente, sabor doce (mínimo de 10° Brix), baixo teor de tanino (máximo de 0,4) e baixa acidez (0,3 a 0,4) e boa aparência.
Todos os clones recomendados para a produção de amêndoa e frutos de mesa também podem ser cultivados para a produção de pedúnculo para o mercado de suco.
É recomendado o plantio de 2 a 4 clones em um mesmo pomar. O plantio de um mesmo clone torna as áreas de cultivo homogêneas, ou seja, as plantas, geneticamente uniformes, apresentam as mesmas características (favoráveis e desfavoráveis). Essa condição aumenta a vulnerabilidade do pomar, principalmente ao ataque de pragas e doenças.
-
Acerte no plantio com o Zarc Caju
Para plantio de cajueiro é essencial seguir as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc Caju). A ferramenta de apoio à produção reúne informações geradas pela pesquisa e indica as épocas e locais mais adequados para implantar a cultura (janelas de plantio), em cada município do País, levando em consideração características do clima, tipo de solo e o ciclo de desenvolvimento das cultivares ou clones.
Publicado por meio de Portarias do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Zarc tem o objetivo de evitar que eventos climáticos coincidam com as fases mais sensíveis da produção (florescimento e frutificação), para minimizar perdas na cultura e prejuízos para os agricultores.
Encontrado na página: Época de plantio
-
Zarc Caju
Conheça as épocas mais adequadas para implantar a cultura do cajueiro (janelas de plantio) no seu município ou estado, acessando as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc Caju), por meio do aplicativo Plantio Certo.
Encontrado na página: Clima e solo
-
Ponto de enxertia
Os porta-enxertos estarão aptos para a enxertia entre 40 e 55 dias após a semeadura, dependendo do tipo de recipiente (saco plástico ou tubete) e substrato utilizados.
Encontrado na página: Produção de mudas
-
Enxerto
No cajueiro, a enxertia em fenda lateral é realizada por um garfo (ramo vegetativo da planta matriz, também chamado de propágulo) ou borbulha (gema de um ramo florífero) retirado de uma planta matriz e colocado na fenda realizada na haste do porta-enxerto.
Os garfos devem ser colhidos pela manhã, acondicionados em caixas ou baldes plásticos cobertos por um pano levemente umedecido, para evitar desidratação e facilitar o “pegamento” da enxertia e utilizados no mesmo dia.
-
Calagem
Com a área limpa, sem restos de vegetais, inicia-se o preparo do solo, com base nos resultados das análises, para suprir a necessidade de nutrientes. Nesse momento, realiza-se a calagem do solo para corrigir o nível de acidez e/ou aumentar os teores de cálcio e magnésio do solo, de acordo com as recomendações do técnico.
A calagem deve ser feita nas primeiras chuvas, para promover a reação do calcário com o solo, e pelo menos 60 dias antes do plantio das mudas do cajueiro. Recomenda-se aplicar 50% da dose de calcário, seguida de aração. Depois, deve-se aplicar os 50% restantes de calcário, na mesma área, e realizar a gradagem do solo.
Encontrado na página: Escolha e preparo da área
-
Escolha da área - parte 2
Escolha da área - parte 2Além de solos profundos, com baixa presença de argila (de textura arenosa a média) e relevo plano ou com pouca declividade, uma área desejável para a cajucultura deve ter disponibilidade de água de qualidade e acesso à energia elétrica.
Acesse o Zarc Caju e saiba mais sobre clima e solos para o cajueiro >
A área escolhida deve ser limpa, com a retirada da vegetação existente e enleiramento (junção em montes) dos resíduos. Para solos com camadas adensadas em profundidade, recomenda-se o uso do equipamento subsolador, para descompactar o terreno. Essa prática facilita o desenvolvimento do sistema radicular do cajueiro, parte da planta responsável pela absorção de água e nutrientes.
Encontrado na página: Escolha e preparo da área
-
Preparação para a coleta de amostras de solo
Preparação para a coleta de amostras de soloDeve-se dividir a propriedade em áreas iguais, de até 20 hectares, conforme o tipo de relevo, cor e textura do solo, histórico das culturas, calagem e adubação anteriores ou conforme a vegetação atual.
Encontrado na página: Escolha e preparo da área
-
Espécies recomendadas para consórcio - silagem animal
Espécies recomendadas para consórcio - silagem animalEm consórcio destinado à produção de silagem para alimentação animal, o milho e o sorgo são as principais espécies agrícolas utilizadas.
Recomenda-se optar por cultivares híbridas de ciclo curto (< 100 dias) para possibilitar o cultivo durante o período chuvoso, que no Nordeste é de 90 a 120 dias. Nesse tipo de consorciação, as espécies agrícolas são plantadas em espaçamentos menores para permitir maior produção de matéria verde.
Encontrado na página: Consorciação
-
Espaçamentos
EspaçamentosO arranjo de produção consorciada mais utilizado com o cajueiro envolve o plantio de cinco a sete linhas das espécies anuais, nas entrelinhas das plantas. Esse número de linhas e o espaçamento nas entrelinhas variam de acordo com a idade do pomar.
Encontrado na página: Consorciação
-
Espécies recomendadas para consórcio - PARTE 2
Espécies recomendadas para consórcio - PARTE 2Outras espécies agrícolas anuais, como abóbora, batata-doce e gergelim, também podem ser cultivadas, dependendo da adaptação ao tipo de sistema de produção do cajueiro (sequeiro ou irrigado) e dos objetivos do consórcio.
-
Enxertia por garfagem 2
Os garfos colhidos devem ser acondicionados em caixas ou baldes plásticos cobertos por um pano levemente umedecido e utilizados no mesmo dia.
Esses cuidados evitam a desidratação dos garfos e facilitam o “pegamento” da enxertia.
Também é recomendado realizar a enxertia por garafagem em ambiente pouco ensolarado e manter os porta-enxertos em viveiro telado e sombreado ou em ambiente com condições similares.
Encontrado na página: Produção de mudas
-
Abertura de sulcos de plantio
Abertura de sulcos de plantioO plantio de mudas de cajueiro também pode ser realizado em sulcos, prática recomendada para cultivos em grandes áreas. Os sulcos devem ser abertos com uso de implemento agrícola (sulcador), em solo úmido, e ter no mínimo 40 cm de profundidade e 40 cm de largura.
O uso de sulcos de plantio pode reduzir custos com mão de obra e proporcionar maior rendimento no serviço, mas eleva os gastos com adubação. Entretanto, como essa prática possibilita uma maior área adubada, em comparação com o volume de solo retirado de uma cova, é considerada um investimento em longo prazo.
Encontrado na página: Plantio de mudas
-
Bacia em volta das mudas
Ao redor das mudas plantadas deve-se fazer bacias, com o próprio solo. Esse cuidado ajuda a conservar por mais tempo a água das chuvas e a água aplicada nas plantas no período seco.
-
Uso de cobertura morta (mulching)
Cobrir o solo na área das bacias, ao redor das mudas, com restos vegetais, como bagana de carnaúba e palhada de capins, feijão e milho, aumenta a retenção de água e ajuda a reduzir a temperatura do solo. Essas condições favorecem o desenvolvimento das plantas.
-