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  • O adulto da cigarrinha-da-inflorescência (Gypona sp. – Homoptera, Cicadelidae) mede cerca de 10 mm. Os machos são de cor marrom-avermelhada, e as fêmeas, de cor verde-clara. Os ovos do inseto são depositados em grande quantidade na nervura das folhas e nos ramos da inflorescência. As ninfas e os adultos são encontrados nas inflorescências e brotações novas. Em alta densidade, podem secar a inflorescência e produzir grande quantidade de exsudação (mela) e fumagina. Tanto as ninfas como os adultos apresentam o hábito de se alimentarem na convergência do ramo principal com um secundário, nas inflorescências ou na inserção do pecíolo da folha com o ramo das brotações novas, ficando os insetos de cabeça para baixo. A maior intensidade de ataque é observada quando ocorrem brotações novas e inflorescências.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 282

    Ano: 2015

  • Observando-se uma panícula por planta com uma amostra de 45 plantas, é possível avaliar o grau de infestação da praga numa área de 15 ha. Em áreas superiores a 15 ha, recomenda-se subdividir em lotes homogêneos e correspondentes ao tamanho já citado. A infestação é avaliada em porcentagem de ramos atacados. Essa praga tem por hábito se alimentar na convergência do ramo principal com o secundário, nas inflorescências ou na inserção do pecíolo da folha com o ramo, nas brotações novas, ficando os insetos de cabeça para baixo. Esse inseto prefere estruturas florais antes ou próximas da antese.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 283

    Ano: 2015

  • Sim. Em ataques intensos, os percevejos causam sérios prejuízos, provocando manchas necróticas nos pedúnculos, nas castanhas externamente e nas amêndoas, depreciando assim suas características de importância econômica. Várias espécies de percevejo podem atacar o cajueiro.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 290

    Ano: 2015

  • Denominado irapuá ou abelha-cachorro, o inseto Trigona spinipes (Fabricius, 1793) (Hymenoptera, Apidae) é desprovido de ferrão. O adulto apresenta cor preta, com pernas posteriores marrons e comprimento aproximado de 7 mm. Constrói seus ninhos entre os galhos das árvores. A forma do ninho é aproximadamente globosa. Para a construção do ninho, o inseto utiliza argila, substâncias resinosas e pequenos filamentos fibrosos de vegetais. A cor dos ninhos é marrom-clara ou marrom-escura. O inseto tem o hábito de roer, causando danos à castanha, ao pedúnculo e à casca do tronco do cajueiro.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 293

    Ano: 2015

  • Sim. Dos produtos registrados paro uso em cajueiro, apenas o enxofre é totalmente inócuo às abelhas.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 294

    Ano: 2015

  • Para a amostragem dos percevejos, observa-se uma panícula que tenha pelo menos um maturi (castanha ainda nova) desenvolvido. Quando o ataque se dá em maturis pequenos, eles murcham e tornam-se pretos, com sintomatologia semelhante à antracnose. Em maturis maiores, o sintoma de ataque é inicialmente visualizado na forma de uma mancha oleosa escura. Posteriormente, o maturi murcha e finalmente fica com o aspecto mumificado, porém permanecendo mole ou flexível. Em maturis totalmente desenvolvidos, a mancha feita pelo inseto ao sugar a amêndoa permanece até após a castanha ter secado. A infestação é dada em percentual de panículas atacadas, e o controle deve ser iniciado com 10% de infestação.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 292

    Ano: 2015

  • Sim. O monitoramento das pragas do cajueiro deve ser baseado em um sistema de amostragem e frequência de observações específicas para cada praga. Para algumas, o nível de controle ou ação é baseado num sistema de amostragem que preconiza o uso de uma escala de notas que variam em função da quantidade de insetos, sintomas ou injúrias. Para outras, o nível de ação é estabelecido em função da desfolha ou de simples porcentagem de plantas ou órgãos atacados. A amostragem deve ser realizada com o operador deslocando-se em zigue-zague, de modo que a área possa ser percorrida em toda a sua extensão. A entrada do operador na parcela deve ser efetuada em pontos distintos para cada avaliação semanal. Em áreas de 1 ha a 5 ha, deve-se amostrar 10 plantas; áreas de 6 ha a 10 ha, 15 plantas, e áreas de 11 ha a 15 ha, 20 plantas. Para plantios com áreas superiores a 15 ha, recomenda-se dividi-los em talhões menores para proceder a avaliação.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 295

    Ano: 2015

  • O número ou a frequência da amostragem depende da biologia das pragas. As que têm ciclo biológico muito curto exigem amostragens mais frequentes, como, por exemplo, duas vezes por semana. Normalmente, no cajueiro, a amostragem é efetuada a cada 14 dias, quando nada for encontrado na amostragem anterior, e a cada 7 dias, quando houve presença da praga na amostragem anterior. A própria densidade da praga pode mudar a frequência de amostragem. Tem-se como norma, quando uma praga está próxima de seu nível de controle, avaliá-la mais frequentemente. O mesmo critério deve ser usado nos períodos de infestação crítica das pragas. A frequência também pode ser alterada quando se faz pulverização com defensivo. Para verificar sua eficiência e efeito residual, são feitas amostragens normalmente aos 3, 7, 10 e 14 dias após a pulverização.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 297

    Ano: 2015

  • Sim. Para melhor acompanhar os eventos fenológicos e prever a ocorrência de pragas ligadas à fenologia da planta, bem como a época de produção, alguns aspectos fenológicos podem ser avaliados pelo sistema de notas, como, por exemplo, a ocorrência de brotação nova (BN), de panícula sem flor (PSF) e de panícula com flor (PCF):

    0 = sem ocorrência do estádio desejado (BN, PSF, ou PCF).

    1 = 1% a 20% do estádio desejado.

    2 = 21% a 40% do estádio desejado.

    3 = 41% a 60% do estádio desejado.

    4 = 61% a 80% do estádio desejado.

    5 = 81% a 100% do estádio desejado.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 299

    Ano: 2015

  • As principais pragas que não devem ser enviadas ao laboratório em embalagens contendo álcool são: mariposas, borboletas, moscas-brancas e cochonilhas. O envio de amostra para o laboratório requer alguns cuidados básicos. Mariposas e borboletas devem ser mortas com uma leve pressão no tórax e colocadas em envelopes com as asas fechadas. Moscas-brancas e cochonilhas devem ser enviadas junto com as partes vegetais, a seco.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 303

    Ano: 2015

  • As doenças que ocorrem com maior frequência na fase de formação do porta-enxerto são antracnose (Colletotrichum gloeosporioides Penz), mancha-angular (Septoria anacardii), oídio (Pseudoidium anacardii), mancha de pestalotia (Pestalotipsis guepinii), mancha-castanho (Cylindrocladium scoparium), mancha de alga (Cephaleuros virescens), requeima (Phytophthora nicotiana e P. heveae) e podridões radiculares.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 304

    Ano: 2015

  • A antracnose em mudas pode ser facilmente controlada com pulverizações semanais preventivas de oxicloreto de cobre (3 g do produto comercial por litro de água). No caso de a doença já estar instalada, a aplicação de um fungicida preventivo não terá mais efeito. Nessa situação, somente um fungicida sistêmico pode recuperar as mudas. O aumento do espaçamento entre as mudas, permitindo uma maior aeração e diminuindo o contato entre as mudas, pode contribuir para a redução da doença. O manejo da irrigação dentro do viveiro também pode contribuir para a redução da doença.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 306

    Ano: 2015

  • Em plantas adultas no campo, a antracnose é reconhecida pelas lesões necróticas, irregulares, de coloração parda em folhas jovens, tornando-se avermelhadas à medida que as folhas enve­lhecem. O ataque intenso provoca distorções nas folhas e queda prematura. Em frutos, pedúnculos e hastes, a antracnose apresenta-se na forma de manchas necróticas, escuras e alongadas, podendo, também, causar a queda de maturis.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 310

    Ano: 2015

  • Sim. Os clones Embrapa 51, BRS 189 e BRS 226 são resistentes à antracnose. Também já foram identificados clones tolerantes (CP 06, CP 76 e CP 1001) e susceptíveis à antracnose (CP 09 e BRS 265).

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 312

    Ano: 2015

  • É muito comum a incidência de frutos e maturis rachados como consequência da infecção causada por Pseudoidium anacardii em flores do cajueiro. Além disso, esse tipo de sintoma se manifesta quando a antracnose ocorre em épocas de elevada precipitação pluviométrica durante a fase de frutificação da planta.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 313

    Ano: 2015

  • O mofo-preto é facilmente reconhecido no campo, pois, como o próprio nome indica, é caracterizado pela formação de uma crosta preta, com aspecto de feltro, inicialmente na forma de pequenas manchas escuras (1 mm a 2 mm) na face inferior da folha. Posteriormente, essas manchas se aglutinam, podendo cobrir toda a folha.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 314

    Ano: 2015

  • A ocorrência do mofo-preto requer elevados índices de precipitação e acentuado número de dias de chuva contínuos, independentemente do estado fenológico do cajueiro.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 315

    Ano: 2015

  • Atualmente, a única medida de controle do mofo-preto é a proteção da folhagem por meio de pulverizações quinzenais com fungicidas à base de oxicloreto de cobre, nas mesmas dosagens recomendadas para o controle da antracnose. As pulverizações devem começar logo no início da estação chuvosa e prosseguir até perto do final desta estação.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 316

    Ano: 2015

  • Trabalhos recentes de seleção de resistência às doenças do cajueiro, desenvolvidos pela Embrapa Agroindústria Tropical, revelaram a existência de plantas com elevados índices de resistência ao mofo-preto, abrindo perspectivas promissoras para a exploração de clones comerciais com resistência a essa doença. Os clones CCP 06, BRS 226, BRS 253 e BRS 275 são resistentes ao mofo-preto.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 317

    Ano: 2015

  • O oídio caracteriza-se por um revestimento pulverulento, branco-acinzentado, disposto, principalmente, sobre a nervura central da face superior da folha. Em ataques mais severos, a doença também pode manifestar-se na face inferior da folha, bem como recobrir toda a área foliar. Folhas infectadas entram em senescência mais precocemente que as sadias. Recentemente, foram constatadas epidemias de oídio nas inflorescências, frutos e pedúnculos, no Brasil, causando sérios danos à produção e qualidade do pedúnculo.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 318

    Ano: 2015

  • Observações preliminares revelam perdas de até 80% de castanha em pomares de cajueiro-anão-precoce no sudeste do Piauí, enquanto os danos ao mercado de mesa foram praticamente totais nessa região. Informações de produtores e técnicos africanos revelam perdas totais no leste da África, caso nenhuma medida de controle seja empregada.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 319

    Ano: 2015

  • Essa doença é relativamente fácil de ser identificada pelas características que apresenta, como pequenas manchas escuras, angulares, de 1 mm a 2 mm, circundadas por um halo clorótico amarelado, facilmente visível contra a luz. Eventualmente, pode-se observar uma coloração clara (cor de palha) no centro da lesão.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 322

    Ano: 2015

  • Sim, a resinose pode ocorrer em plantas recém-transplantadas, principalmente quando plantadas em áreas favoráveis à ocorrência da doença e com algum tipo de ferimento no tronco ou ramos.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 326

    Ano: 2015

  • Sim, a resinose pode infectar cajueiros de todos os tipos, inclusive plantas recém-transplantadas para o campo.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 328

    Ano: 2015

  • O agente da resinose se dissemina de uma planta para outra por intermédio de instrumentos agrícolas de corte (enxadas, facões, roçadeiras, tesouras de poda, etc.), carregado por insetos, pássaros e pequenos primatas (saguis) que se alimentam da goma. A água da chuva e o vento têm sido mencionados também como agentes de disseminação, embora de menor importância. Entretanto, estudos recentes demonstraram que o principal veículo de disseminação são as mudas infectadas de forma latente (assintomáticas).

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 330

    Ano: 2015

  • O principal fator que tem se relacionado com a elevada incidência da resinose é a amplitude térmica acima de 10 °C. Acredita-se que esse fator propicie o tipo de estresse necessário ao fungo para que ele saia da sua condição de patógeno latente (endofítico) para tornar-se patogênico ao cajueiro. Outros fatores, como o estresse hídrico e a suscetibilidade do clone, também podem contribuir para a ocorrência da doença.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 332

    Ano: 2015

  • Essa doença, produzida por uma alga ectoparasita das folhas do cajueiro, caracteriza-se pela formação de estruturas reprodutivas em aglomerados de coloração ferrugínea, na forma de manchas arredondadas, semelhantes ao feltro, na superfície superior da folha. Apesar de sua ocorrência ser muito comum, a mancha de alga não se caracteriza por perdas significativas de produção no cajueiro, sendo também desnecessário o uso de qualquer medida de controle.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 324

    Ano: 2015

  • Atualmente, para controlar ou prevenir a resinose num pomar, devem-se tomar os seguintes cuidados: usar mudas provenientes de matrizes sadias, proteger as plantas sadias contra infecções, evitando ferimentos, desinfetar os instrumentos de corte, remover e destruir plantas ou tecidos infectados e usar clones resistentes.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 327

    Ano: 2015

  • Sim, a resinose já é doença grave em troncos e enxertos de cajueiro que sofreram substituição de copa. A operação de corte do tronco, além de oferecer uma porta de entrada para o fungo causal e favorecer a disseminação, predispõe a planta pelo estresse. Essa prática não deve ser recomendada para as regiões de ocorrência da resinose.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 329

    Ano: 2015

  • Apesar de já ocorrerem em quase todas as microrregiões produtoras de caju do Nordeste, a resinose é tida hoje como uma séria doença nas regiões semiáridas do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 331

    Ano: 2015

  • Sim. Os clones BRS 226 e Embrapa 51 têm comprovada resistência à resinose.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 333

    Ano: 2015

  • Sim, pela bactéria Xanthomonas citri pv. anacardii, que é o agente da doença conhecida como mancha de Xanthomonas.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 336

    Ano: 2015

  • A podridão preta da haste do cajueiro (PPH) é uma doença causada por uma forma diferenciada de Lasiodiplodia theobromae, que vem ocorrendo de modo epidêmico nas regiões de Cerrado. A PPH caracteriza-se pelo escurecimento dos tecidos da haste terminal do cajueiro, com sintomas leves iniciais, necrose dos tecidos apicais em estádio mais avançado e com eventuais exsudações de goma em pontos específicos. Este sintoma progride até a necrose total, com queima e seca descendente do ramo, tornando a copa parcialmente destruída pela doença.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 335

    Ano: 2015

  • Como doença nova, que se tem estabelecido em função das alterações climáticas, ainda não se tem definidos os clones resistentes à mancha de Xanthomonas; contudo, com base nas pesquisas iniciais, podem-se adiantar como susceptíveis os clones FAGA 1 e FAGA 11; moderadamente susceptível o CCP 76; altamente susceptível o clone experimental CAC 35, no qual a doença foi observada pela primeira vez.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 338

    Ano: 2015

  • Levantamentos conduzidos pela Embrapa Agroindústria Tropi­cal, nos últimos 4 anos, têm revelado que a deterioração das amêndoas em castanhas de caju ocorre em virtude da presença de fungos.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 340

    Ano: 2015

  • Não. Os fungos podem infectar as amêndoas desde o início de sua formação, quando ainda no interior de castanhas jovens.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 341

    Ano: 2015

  • O problema da deterioração de amêndoas de castanhas de cajueiro somente será significantemente reduzido quando os plantios forem conduzidos corretamente, com tratos culturais adequados e controle fitossanitário regular. Tais medidas permitem reduzir a incidência de fungos e insetos sobre as plantas de cajueiro e, consequentemente, os casos de infecção de amêndoas.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 344

    Ano: 2015

  • Estudos mais recentes comprovaram que níveis baixíssimos de aflatoxina B1 podem ser encontrados em amêndoas de castanha de cajueiro. Ainda assim, é a amêndoa menos contaminada no mundo, não obstante diversas espécies fúngicas tenham sido isoladas de amêndoas de cajueiro. Para evitar qualquer prejuízo à saúde humana, amêndoas excessivamente deterioradas não devem ser consumidas.

    Capítulo: Doenças

    Número da Pergunta: 345

    Ano: 2015

  • Além da maior produtividade, o porte baixo dessas plantas permite maior aproveitamento do caju, pois a colheita pode ser feita manualmente. Nesse aspecto, o cajueiro-anão-precoce difere do tipo comum, cuja colheita, na maioria das vezes, é feita após a queda, o que prejudica sensivelmente o aproveitamento industrial e inviabiliza o mercado de mesa. O cajueiro-anão-precoce também mostra menor variabilidade que o comum, tanto nas características físicas quanto na qualidade do pedúnculo e da castanha, o que facilita as operações de seleção e classificação e garante a homogeneidade dos lotes comercializados.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 348

    Ano: 2015

  • O pedúnculo maduro constitui cerca de 90% do caju. Pesa de 70 g a 146,36 g e contém aproximadamente 80% de polpa. Além disso, apresenta a composição apresentada na Tabela 1.

    Tabela 1. Composição do pedúnculo por ocasião da colheita.

    Determinação Valor médio
    Umidade (%) 84,5 a 90,4
    pH 3,5 a 4,6
    Sólidos solúveis (ºBrix) 10,47 a 12,90
    Açúcares totais (%) 6,76 a 10,83
    Acidez titulável (% ácido málico) 0,14 a 0,52
    Vitamina C (mg/100 g) 142 a 270
    Riboflavina (mg/100 g) 99 a 124
    Polifenóis extraíveis totais (mg/100 g) 99,53 a 236,97
    Cálcio (mg/100 g) 11,9 a 16,1
    Ferro (mg/100 g) 0,23 a 0,47
    Fósforo (mg/ 100 g) 12,3 a 16,7

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 351

    Ano: 2015

  • A diferença de coloração entre os cajus é resultado apenas do tipo e concentração do pigmento, denominado antocianina, predominante na película (casca), e a cor é um atributo do tipo ou do clone, que não dá indicação sobre outras características do pedúnculo.

    Tanto os cajus amarelos quanto os vermelhos podem ser muito saborosos, e não existe diferença no teor de vitamina C entre eles. No entanto, entre os clones disponíveis, pode haver um amarelo com mais vitamina C que um vermelho, e vice-versa. Dentro de cada tipo ou de cada clone, o teor varia de acordo com o estádio de maturação. Durante esse processo, ocorre um aumento no conteúdo dessa vitamina até o estádio maduro e firme; a partir daí, na senescência, tende a diminuir.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 353

    Ano: 2015

  • Para o mercado de frutos in natura, a utilização de acessórios de colheita não é recomendada. Os cajus devem ser colhidos manualmente, com uma leve torção, pois o pedúnculo maduro se desprende facilmente da planta. Na colheita, deve-se segurar o pedúnculo com as pontas dos dedos sem apertar, a fim de evitar o contato com a palma da mão do colhedor. Como a película que reveste a polpa do caju é fina, a mão aquecida do colhedor pode elevar sua temperatura, acelerando sua senescência. Para evitar ferimentos no pedúnculo, os colhedores devem manter as unhas aparadas e limpas.

    Para o processamento industrial, se o porte da planta permitir, a colheita pode ser feita manualmente ou com o emprego de uma vara longa, provida de um saco. A colheita com vara longa desprovida de saco ou pela agitação dos galhos prejudica muito o aproveitamento do pedúnculo, em consequência do amassamento provocado pela queda.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 357

    Ano: 2015

  • Além de o pedúnculo não amadurecer após colhido, é um produto muito perecível em consequência, principalmente, da grande quantidade de água e do intenso metabolismo. Vários são os fatores que afetam sua qualidade quando comercializado in natura, entre os quais se destacam:

    • Desconhecimento dos cuidados necessários no manejo pré-colheita, colheita do pedúnculo verde ou muito maduro (ponto de colheita inadequado).
    • Falta de conhecimento e treinamento para os colhedores, selecionadores, embaladores, etc.
    • Caixa de colheita inadequada e, na maioria das vezes, ausência total de sua higienização.
    • Exposição do produto ao sol por muito tempo, durante as operações de colheita e manuseio pós-colheita.
    • Demora entre a colheita, o transporte para a casa de embalagem e o pré-resfriamento.
    • Pré-resfriamento ausente ou insuficiente.
    • Embalagem inadequada (o layout da caixa de papelão deve garantir ventilação apropriada).
    • Temperatura de armazenamento inadequada.
    • Variações de temperatura durante o transporte refrigerado.
    • Exposições a temperaturas elevadas (acima de 20 °C) nos supermercados e feiras.
    • Quebra da cadeia de frio entre a colheita e a mesa do consumidor.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 360

    Ano: 2015

  • Sim. O pedúnculo descastanhado pode ser utilizado na indústria para a produção de polpa, suco e doces, desde que atenda aos padrões de qualidade exigidos para o produto a que se destina. É fundamental que o pedúnculo, maduro e livre de doenças, passe pelas operações de limpeza e seleção na indústria para evitar contaminações, alterações indesejáveis e a presença de fragmentos de insetos e sujidades provenientes do campo. Para evitar deterioração, o pedúnculo descastanhado deve ser processado o mais rápido possível.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 366

    Ano: 2015

  • Os cajus devem ser dispostos em bandejas plásticas (21 cm x 14 cm) envolvidas com filme de plástico flexível e autoaderente. O acondicionamento dos cajus em bandejas diminui os danos causados pelo manuseio excessivo nos locais de comercialização. As bandejas devidamente etiquetadas, em número de três, devem ser acondicionadas em caixas de papelão, tipo peça única, sem tampa, que favoreçam o encaixe (sobreposição), a ventilação e a paletização. Cada bandeja deve conter entre 550 g e 800 g de caju; e a caixa, um mínimo de 1.700 g.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 368

    Ano: 2015

  • Os clones atualmente recomendados para consumo in natura são o CCP 09 e o CCP 76. Ambos possuem aptidão mista (amêndoa e pedúnculo) tanto em cultivo irrigado como em sequeiro. O pedúnculo do BRS 189 poderá ser destinado ao consumo in natura se proveniente de cultivos irrigados, enquanto o BRS 265 (cultivar Pacajus), em cultivo de sequeiro, apresenta aptidão mista (amêndoa e pedúnculo).

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 379

    Ano: 2015

  • Sim. O pedúnculo do caju possui na sua composição teores elevados desses compostos, principalmente vitamina C e polifenóis. O teor médio de vitamina C, para o pedúnculo maduro, está em torno de 250 mg/100 g de polpa. Quanto aos polifenóis, o pedúnculo verde possui teor mais elevado do que o maduro. Este último contém um teor médio de 65 mg/100 g de polpa.

    Esses compostos possuem grande importância para o organismo humano, pois reduzem a concentração de radicais livres responsáveis pelo aparecimento de diversas doenças crônico-degenerativas, tais como arteriosclerose, mal de Parkinson, etc.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 380

    Ano: 2015

  • Sim. Eles possuem diferentes genótipos. Além disso, tem-se a influência da relação genótipo-ambiente que acarreta diferentes teores de sólidos solúveis, acidez, açúcares e vitamina C, nos pedúnculos dos diferentes clones.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 381

    Ano: 2015

  • A seleção é feita manualmente sobre mesas fixas ou providas de esteiras (12 m de comprimento) e com boa iluminação, por onde as amêndoas que saem da despeliculagem passam de uma a três vezes, para sofrerem uma primeira separação quanto a sua integridade física (inteiras e quebradas), cor (alvas e escurecidas) e avarias (Tabela 4). Após a seleção, as amêndoas são classificadas de acordo com padrões internacionais.

    Tabela 4. Identificação de defeitos em amêndoas de castanha-de-caju.

    Tipo Característica
    Ardida Alteração na coloração normal, odor e/ou sabor resultante do processo de fermentação
    Danificada Dano causado por insetos, roedores, agentes mecânicos e outros
    Impurezas Detritos da casca ou da película da amêndoa
    Matérias estranhas Detritos de qualquer natureza não oriundos da castanha-de-caju
    Mofada Amêndoa que apresentar mofo visível a olho nu
    Rançosa Amêndoa que apresentar cor, odor e/ou sabor alterados por causa da oxidação de sua fração oleosa
    Arroxeada Presença de cor azulada ou levemente arroxeada na amêndoa
    Brocada Amêndoa que, independentemente da sua coloração, apresentar uma ou mais depressões, pontos pretos ou escurecidos
    Imatura Amêndoa que não atingiu o seu estágio de desenvolvimento fisiológico completo, apresentando-se enrugada e com densidade menor que a normal
    Manchada Amêndoa que apresentar manchas superficiais de qualquer natureza
    Película aderente Amêndoa que apresentar película com mais de 2 mm de diâmetro fixa na sua superfície
    Raspada Amêndoa com parte de sua camada superficial removida
    Queimada Amêndoa escurecida pelo aquecimento excessivo durante o processamento

    Fonte: Brasil (2009)

    BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa nº 62, de 15 de dezembro de 2009. Aprova o Regulamento Técnico da amêndoa da castanha de caju, definindo o seu POC com os requisitos de identidade e qualidade, amostragem, modo de apresentação e a marcação ou rotulagem. Revoga parcialmente a Portaria nº 644 de 11 de setembro de 1975. 2009.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 408

    Ano: 2015

  • A classe de amêndoas mais nobre e cara é a SLW1, amêndoa inteira de tamanho superespecial (2,7 g, em média) e de primeira qualidade (tipo 1), produto que admite até 180 amêndoas por libra-peso (453,59 kg) e apresenta coloração marfim-pálido ou alva. No entanto, a amêndoa mais comercializada internacionalmente é a classe W320, produto que apresenta entre 300 e 320 amêndoas inteiras por libra-peso, de tamanho pequeno (1,5 g, em média) e, portanto, de preço mais acessível.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 411

    Ano: 2015

  • A extração do óleo gera um subproduto chamado torta, que é rico em proteínas. A partir da torta, pode-se elaborar um doce tipo paçoquinha (Tabela 3). O processo de obtenção é bastante simples, consistindo basicamente em pesagem, moagem e homogeneização dos ingredientes, prensagem, moldagem, corte e embalagem.

    Tabela 3. Formulação para obtenção de doce tipo paçoquinha de amêndoa de castanha-de-caju (ACC).

    Ingrediente Quantidade (g/100 g)
    Torta ACC 59,5
    Açúcar 25,0
    Sal 0,5
    Farinha de mandioca 5,0
    Gordura vegetal 10,0

    Fonte: Lima et al. (2012).

    LIMA, J. R.; GARRUTI, D. dos S.; ARAUJO, I. M. S.; NOBRE, A. C. O.; GARCIA, L. G. S. Elaboração de doce tipo paçoca a partir do resíduo da extração do óleo da amêndoa de castanha-de-caju. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2012. 4p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado técnico, 189).

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 386

    Ano: 2015

  • O rendimento industrial (relação percentual entre peso de amêndoas sobre peso de castanhas) varia de acordo com fatores como umidade, estado fitossanitário, nível de impurezas e de matérias estranhas, presença de cajuí e, principalmente, tamanho das castanhas. Quanto maior a castanha, menor o rendimento: grandes (18%), médias (20%), pequenas (22%) e miúdas (25%). Geralmente, utiliza-se como parâmetro técnico o rendimento médio de 23%, que é considerado um bom percentual.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 388

    Ano: 2015

  • Não. A produção de castanha-de-caju em áreas com produção integrada (PI) é insignificante em relação à castanha do sistema tradicional. Considerando que existem cerca de 680 mil hectares de cajueiro, pode-se afirmar que a área com PIF-Caju não chega a 1%. Já as minifábricas de castanha são apresentadas como uma atividade basicamente social, geralmente próximo à área de produção de caju e, na maioria das vezes, em associações de produtores ou cooperativas.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 390

    Ano: 2015

  • Segundo as Normas de Identidade, Qualidade e Apresentação da Castanha-de-caju (BRASIL, 1979, 2009), cajuí é a castanha que, pelo sistema de classificação, vasa na peneira de furos circulares de 17 mm e apresenta acima de 300 unidades/kg.

    BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 644, de 11 de setembro de 1975, aprova as especificações anexas para padronização, classificação e comercialização da amêndoa e castanha de caju. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 4 nov. 1975, seção I, p. 3977.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 391

    Ano: 2015

  • Uma dupla de cortadores bem treinados, em oito horas de trabalho, corta entre 140 kg e 160 kg de castanha das classes média ou grande. Entretanto, a produção da mesma dupla cai para menos de 60 kg no caso de castanhas pequenas e miúdas. Portanto, o rendimento depende do tamanho e da qualidade da castanha.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 401

    Ano: 2015

  • A Embrapa desenvolveu uma máquina pneumática decorti­cadora de castanha-de-caju (PI 0604152-3A de 19/6/2008), que tem por objetivo a obtenção de amêndoas por meio de impacto pneumático e corte direcionado entre duas lâminas, uma superior e outra inferior, com conformação adequada. O equipamento construído em material metálico (alumínio ou aço) é composto de cilindro, suporte para fixar a alavanca com o garfo do cilindro e bucha do eixo de proteção. A função pneumática é responsável pelo movimento da faca superior para impacto e corte da castanha-de-caju.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 402

    Ano: 2015

  • Após o corte da castanha, as amêndoas apresentam um teor de umidade entre 6% e 9%, com a película firmemente aderida à superfície da amêndoa, de difícil remoção. Para facilitar a retirada da película, as amêndoas são desidratadas em estufas, durante 8 a 10 horas, a uma temperatura entre 60°C e 70°C, até que atinjam um teor de umidade de cerca de 3%. Nessa condição, a película fica quebradiça, o que facilita sua soltura.

    As amêndoas são espalhadas em camada fina sobre bandejas, as quais podem ser colocadas individualmente, como prateleiras sobrepostas dentro da estufa ou podem ser montadas sobre um carrinho, para facilitar sua movimentação.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 403

    Ano: 2015

  • O processamento da polpa de caju congelada segue as seguintes etapas:

    Recepção: nas indústrias, os pedúnculos chegam já descas­tanhados, pois a remoção das castanhas foi feita no campo. Na recepção, retiram-se amostras de pedúnculo para o controle de qualidade da matéria-prima, principalmente no que se refere ao teor de sólidos solúveis (°Brix) e à acidez.

    Pesagem: é feita em balança do tipo plataforma para cálculo de pagamento e rendimento industrial.

    Primeira lavagem: deve ser feita em tanques, por imersão, seguida de passagem por água corrente. Visa resfriar as frutas que vieram do campo e remover as sujeiras grosseiras aderidas ao pedúnculo, permitindo que se faça a seleção, pois a sujeira pode esconder imperfeições e partes machucadas. A sujeira também pode acarretar problemas de desgaste nos equipamentos.

    Seleção: retiram-se as sujidades e os frutos impróprios para consumo, tais como pedúnculos muito verdes, com lesões, estragados ou em processo de fermentação.

    Segunda lavagem: deve ser feita em tanques com água clorada com hipoclorito de sódio ou água sanitária, entre 5 mL e 10 mL de cloro ativo/100 L de solução, para remover a sujeira fina e reduzir a quantidade de microrganismos presentes na superfície do pedúnculo. Deve-se deixar em repouso de 2 a 3 minutos e enxaguar com água corrente de boa qualidade (1 mL de cloro ativo/100 L de solução) para remoção do excesso de cloro.

    Desintegração: como o caju possui um alto teor de fibras, é necessário que os pedúnculos passem por um liquidificador industrial ou triturador de lâminas em aço inox para evitar o desgaste da despolpadeira e aumentar o rendimento da extração.

    Despolpamento: o caju desintegrado deve passar por uma despolpadeira, que consiste em uma peneira cilíndrica, por onde o material é forçado a passar por causa da rotação de um conjunto de pás ou escovas.

    Pasteurização: a polpa é bombeada para um pasteurizador tubular, onde sofre aquecimento em temperatura de 90 °C a 95 °C por 2 a 3 minutos. Em seguida faz-se o resfriamento rápido entre 5 °C e 6 °C.

    Envase: a polpa de caju é embalada em sacos plásticos, geralmente por meio de uma enchedeira dosadora. Os sacos são termicamente selados e imediatamente enviados para conge­lamento.

    Congelamento: o congelamento rápido é o ideal para a polpa de caju. Para isso, podem ser utilizados túneis de congelamento (-20 °C), ou o produto pode ser resfriado em solução hidroalcoólica logo após o envase, antes do congelamento em câmaras frias (-20 °C).

    Armazenamento: a polpa deve ser armazenada em câmaras frigoríficas com temperaturas entre -18 °C e -20 °C.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 428

    Ano: 2015

  • A polpa de caju congelada pode ser estocada por um período de 6 a 12 meses, desde que a temperatura de armazenamento (-18 °C) seja mantida constante.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 429

    Ano: 2015

  • A polpa que recebeu pasteurização passou por um processo térmico que utiliza temperatura, com o objetivo de eliminar micror­ganismos deteriorantes e inativar enzimas. Embora esse processo reduza um pouco o teor de vitamina C e altere um pouco o sabor do produto, tem a vantagem de promover a estabilidade dos seus nutrientes, além de ser mais confiável no que diz respeito à segurança alimentar.

    A polpa não pasteurizada, como não passou por tratamento térmico, pode apresentar maior teor de vitamina C e melhor sabor, no entanto a estabilidade de seus nutrientes durante o armazenamento será menor, levando à maior degradação de vitamina C, com consequente alteração de cor (a polpa vai ficando escura).

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 430

    Ano: 2015

  • De acordo com a Instrução Normativa nº 1, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de 7 de janeiro de 2000 (BRASIL, 2000), suco de caju integral é a bebida não fermentada e não diluída, obtida da parte comestível do pedúnculo do cajueiro, por meio de processo tecnológico adequado.

    O processamento do suco segue as mesmas etapas iniciais descritas para a polpa de caju, até a segunda lavagem. Em seguida, ocorre a extração do suco por desintegração, processo em que o pedúnculo é dilacerado, por meio de um triturador provido de um cilindro dentado em aço inoxidável (também chamado de “rasgador”), sem que suas fibras longitudinais sejam cortadas.

    O material dilacerado é encaminhado ao sistema de despolpa e refino, onde é prensado, por ação de batedores de aço inoxidável, contra telas sucessivas de malhas de aproximadamente 0,6 mm de abertura (despolpadeira) e de 0,3 mm a 0,4 mm (refinadeira ou finisher), deixando passar o suco e retendo o bagaço.

    O bagaço é enviado para uma prensa tipo expeller (parafuso), obtendo-se assim, um suco residual que é incorporado ao suco da unidade de despolpa.

    Em seguida, realiza-se a formulação por adição de benzoato de sódio, metabissulfito de sódio e ácido cítrico, homogeneização em homogeneizador de pistão a 150 kg/cm para garantir a distribuição uniforme das partículas da polpa, diminuindo a separação de fases durante a estocagem, e desaeração do suco em sistema a vácuo para remoção do oxigênio dissolvido.

    A pasteurização é feita em trocador de calor de placas, seguindo-se o engarrafamento a quente (processo hot fill), fecha­mento, resfriamento das garrafas até 30 °C, rotulagem, embalagem e armazenamento.

    Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Instrução normativa nº 01, de 7 de janeiro de 2000. Regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta. 2000. Disponível em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:R92wUbtBQ5gJ:www2.agricultura.rs.gov.br/uploads/126989581629.03_enol_in_1_00_mapa.doc+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 9 set. 2013.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 434

    Ano: 2015

  • O pré-resfriamento deve ser considerado uma operação indispensável no preparo do caju para comercialização in natura, porque diminui a diferença de temperatura entre o produto e a câmara de armazenamento, reduzindo flutuações na temperatura da câmara e impedindo condensação de água dentro da embalagem (bandeja).

    O pré-resfriamento deve ser feito com ar frio. Para isso, devem-se fazer duas filas de paletes, distantes 80 cm uma da outra e colocadas contra a parede. Os espaços sobre os paletes devem ser tampados e os ventiladores devem ser ligados em alta velocidade e devem jogar ar frio dentro das caixas e entre elas. Esse sistema permite que se faça o resfriamento do produto embalado, o que reduz a perda de umidade. A utilização de contêineres não é recomendada, já que esses equipamentos não apresentam boa capacidade de manutenção do frio nem ventiladores suficientes.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 374

    Ano: 2015

  • O pedúnculo do caju é um dos componentes que apresentam alto teor de umidade e, se armazenado em ambientes com baixa umidade relativa, perderá água por transpiração. Nessas condições de armazenamento, em apenas 36 horas, a perda de massa pode chegar a 18%. Esse fato demonstra a importância da alta umidade relativa nas condições de armazenamento.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 376

    Ano: 2015

  • O transporte marítimo é um dos meios mais demorados e requer cuidados especiais com o produto, que chega ao porto por via terrestre, após ter sido armazenado por certo período na fazenda de origem. Muitas vezes, antes do embarque ainda é necessária uma espera no porto. Mesmo com as técnicas de manuseio e conservação pós-colheita hoje adotadas, a vida útil máxima conseguida para o caju in natura não ultrapassa 3 semanas. Esse período não é suficiente para cumprir todas as etapas da cadeia de comercialização, se o transporte for feito via marítima. A exportação via aérea é possível, desde que o transporte seja feito com refrigeração. De grande importância econômica, o valor do frete deve ser pago pelo produtor.

    Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju

    Número da Pergunta: 377

    Ano: 2015

  • A amêndoa da castanha-de-caju possui alto valor nutritivo e apresenta grande variação em sua composição química (Tabela 1). Dados de nove genótipos produzidos pela Embrapa apontam valores médios de 23% para proteínas e de 45% para lipídeos.

    Tabela 1. Composição de amêndoas de castanha-de-caju (100 g).

    Composição Valor
    Umidade e matéria volátil (g) 2,1 a 8,4
    Cinzas (g) 2,7 a 4,2
    Lipídeos totais (g) 39,9 a 47,9
    Proteínas – %N x 6,25 (g) 17,5 a 33,8
    Carboidratos totais (g) 16,0 a 35,4
    Fibra alimentar(1) (g) 3,7
    Cálcio(1) (mg) 33
    Energia(1) (Kcal) 570

    1Fonte: Tabela (2006).

    TABELA brasileira de composição de alimentos: TACO. 2. ed. Campinas: Nepa-Unicamp, 2006. Disponível em: <http://www.unicamp.br/nepa/taco/contar/taco_versao2.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2015.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 383

    Ano: 2015

  • O cozimento da castanha-de-caju tem as seguintes finalidades:

    • O endurecimento da casca, tomando-a friável, para permitir sua abertura por impacto, no processo mecanizado.
    • A expansão da casca da castanha, criando uma folga entre a casca e a amêndoa, deixando-a solta para que, no ato do corte/quebra, ela não fique presa na casca e saia inteira.
    • A colagem dos cotilédones entre si, assegurando maior percentual de amêndoas inteiras.
    • A colagem da película sobre a superfície da amêndoa, o que lhe servirá de proteção contra a contaminação com líquido da casca da castanha (LCC), o qual pode manchar a amêndoa.
    • O sistema de corte semimecanizado permite que a abertura ocorra por meio de um corte reto e liso, sem rasgar ou dilacerar a casca, evitando assim que o LCC, que é corrosivo, espirre sobre o cortador.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 398

    Ano: 2015

  • A castanha-de-caju, atualmente, é classificada conforme sua apresentação, origem genética, qualidade e tamanho, considerando-se os padrões descritos abaixo:

    • Grupos: de acordo com a forma de apresentação, ou seja, em casca ou sem casca (amêndoa).
    • Categorias: de acordo com sua origem genética, ou seja, comum ou anã precoce.
    • Tipos: de acordo com a qualidade, a castanha pode ser enquadrada em quatro tipos (1, 2, 3 e 4), conforme percentuais de defeitos.
    • Classes, de acordo com o tamanho, a castanha se classifica em:

    Grande: 90 frutos/kg.

    Média: 91 a 140 frutos/kg.

    Pequena: 141 a 220 frutos/kg.

    Miúda: 221 a 300 frutos/kg.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 393

    Ano: 2015

  • Sim, as castanhas e amêndoas de um mesmo material clonado já são padronizadas pela natureza. Por apresentarem tamanho, formato ou geometria uniforme, permitem maior eficiência nas operações de cozimento e decorticação, principalmente no processamento em que se utilizam máquinas de corte mecanizado, as quais exigem calibragem perfeita.

    Além da maior facilidade nas operações de desidratação, despeliculagem, seleção e classificação, por possuírem o mesmo formato, as amêndoas das castanhas dos clones de cajueiro proporcionam melhor apresentação do produto final.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 394

    Ano: 2015

  • As castanhas previamente limpas e selecionadas são submetidas a uma autoclavagem com vapor úmido saturado, utilizando-se pressão a 10 psi (pound square inch) por 15 a 20 minutos. Após o resfriamento, o corte de cada castanha é feito em máquinas de operação manual, providas de navalhas ajustáveis, separando a amêndoa da casca. As amêndoas com película são levadas para a estufa, para posterior despeliculagem, seleção, classificação e embalagem.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 397

    Ano: 2015

  • São vários os fatores que contribuem para a obtenção de amêndoas inteiras:

    • Tamanho da castanha.
    • Secagem adequada da castanha.
    • Umidade da amêndoa durante a despeliculagem.
    • Eficiência na despeliculagem.
    • Eficiência na classificação da castanha.

    No caso do processo semimecanizado, fatores específicos, tais como boa autoclavagem, regulagem adequada das lâminas de corte e habilidade do operador da máquina de corte manual também influenciam o rendimento de amêndoas inteiras.

    No processo mecanizado, é também importante a regulagem do sistema centrífugo de abertura da castanha.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 414

    Ano: 2015

  • Embora tenha de ser desidratada até um teor de cerca de 3% de umidade para facilitar a despeliculagem, a amêndoa da castanha-de-caju deve ser embalada com umidade entre 4,0% a 4,5%, pois abaixo desse valor a amêndoa fica muito susceptível à quebra. Por sua vez, acima de 5% de umidade pode ocorrer o desenvolvimento de fungos que tornam o produto impróprio para o consumo.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 416

    Ano: 2015

  • Para o processo de fritura da amêndoa da castanha-de-caju, recomenda-se a utilização de óleo de boa qualidade, que possibilite maior número de ciclos de reutilização. O processo consiste na imersão das amêndoas em óleo bem aquecido em cestos apropriados. O tempo de fritura varia de três a seis minutos. Após a fritura, deve-se remover imediatamente o excesso do óleo numa centrífuga e realizar a salga a seco, com as amêndoas ainda quentes, utilizando-se sal refinado de boa qualidade, na quantidade de 2% em relação ao peso do produto.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 418

    Ano: 2015

  • A pasta de ACC é obtida basicamente pela moagem das amêndoas com os demais ingredientes até que o produto apresente aparência homogênea (Tabela 6). A forma de consumo da pasta de ACC é semelhante à do creme de amendoim (peanut butter), pura no pão e em biscoitos ou em recheios de bolos, coberturas, entre outros.

    Tabela 6. Formulação básica para elaboração de pasta de amêndoa de castanha-de-caju.

    Ingrediente Quantidade (%)
    Amêndoas de castanha-de-caju torradas 89,9
    Sal 0,1
    Açúcar 8,0
    Lecitina de soja 2,0

    Fonte: Lima (2006).

    LIMA, J. R. Orientações para elaboração de pasta de amêndoa de castanha-de-caju. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2006. 3 p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado técnico, 115).

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 420

    Ano: 2015

  • LCC é a sigla para líquido da casca da castanha, um líquido de natureza cáustica e bastante corrosivo, presente nos alvéolos do mesocarpo esponjoso da casca da castanha-de-caju. É constituído de uma mistura de fenóis vegetais, dos quais os principais são o ácido anacárdico (cerca de 90%) e o cardol (10%). Apesar de ser um fenol, é popularmente conhecido como “óleo da castanha”. Esse líquido representa de 12% a 25% do peso da castanha in natura.

    O LCC e seus derivados, obtidos por diferentes reações químicas, podem ser utilizados na fabricação de tintas, vernizes e esmaltes especiais, isolantes elétricos, inseticidas, fungicidas, pigmentos, plastificantes, antioxidantes, adesivos e aglutinantes para placas aglomeradas e compensados navais. Seu principal uso industrial dá-se na elaboração de resinas fenólicas e pós de fricção para confecção de lonas de freio para automóveis.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 421

    Ano: 2015

  • A descarboxilação do LCC consiste na transformação do ácido anacárdico em cardanol por aquecimento (emprego de vapor), liberando CO2, vapor d’água e compostos voláteis.

    O processo é realizado em tanques com injeção de vapor, com posterior filtração para separação das impurezas. A mistura de cardanol e cardol é a matéria-prima para a elaboração da grande variedade de produtos derivados do LCC.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 423

    Ano: 2015

  • No processo mecanizado, o LCC é extraído no banho de LCC quente (cerca de 200 °C) a que as castanhas são submetidas antes da decorticação.

    No processo semimecanizado, o LCC é extraído pela prensagem das cascas a frio ou aquecidas a 80 °C, com auxílio de vapor. O produto, chamado de “óleo de prensa”, difere, na sua estrutura física e química, do LCC comercializado pelas indústrias mecanizadas, que é descarboxilado durante o aquecimento das castanhas-de-caju no processo de fritura, provocando a eliminação do CO2 (gás carbônico).

    O óleo de prensa precisa ser descarboxilado, pois, em seu estado natural, pode provocar explosão nos tambores pelo aumento da temperatura e expansão de seu volume, em virtude da lenta formação de CO2 pela decomposição do ácido anacárdico.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 422

    Ano: 2015

  • Os principais produtos do pedúnculo do cajueiro, fabricados em escala industrial, são: suco integral, suco concentrado, cajuína, néctar, refrigerante, polpa pasteurizada e preservada quimicamente, polpa pasteurizada congelada e doces diversos. Podem ser elaborados, ainda, produtos artesanais. Em pequenas e médias empresas, são produzidos doce em massa, doce em calda, compota, caju-ameixa, caju-passa, polpa congelada, rapadura, geleia e xarope (mel de caju).

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 425

    Ano: 2015

  • Além dos produtos já disponíveis comercialmente, existem diversas possibilidades de aproveitamento do pedúnculo em produtos que podem atingir níveis de qualidade compatíveis com as exigências do mercado consumidor, porém ainda necessitam de mais pesquisas e desenvolvimento. São eles: suco clarificado, suco clarificado gaseificado, fermentado ou “vinho” de caju, caju de atividade de água intermediária (tipo figo Ramy), chutney (conserva picante de origem indiana em que vegetais e frutas são cozidos junto com especiarias, vinagre e açúcar).

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 426

    Ano: 2015

  • As temperaturas em torno de 90 °C, normalmente empregadas no tratamento térmico para a conservação do suco, podem não ser suficientes para inativar fungos termorresistentes. Temperaturas mais elevadas afetam as características físico-químicas e sensoriais do suco. Assim, o controle da deterioração por fungos termorresistentes baseia-se, fundamentalmente, na adoção de práticas higiênico-sanitárias adequadas, visando diminuir a possibilidade de conta­minação das matérias-primas e dos equipamentos.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 438

    Ano: 2015

  • Para se produzir suco de caju com alto teor de polpa, são necessários os seguintes equipamentos: lavadores rotativos, tanques, esteiras de seleção, etc., para tratamento da matéria-prima; uma unidade de extração, constituída de um desfibrador, para a desintegração do pedúnculo; uma despolpadeira do tipo convencional com batedores de aço inoxidável; uma prensa do tipo expeller para prensagem do bagaço; uma despolpadeira opcional do tipo finisher para dar acabamento à polpa obtida; e um tanque-pulmão para estocagem temporária do suco obtido. Complementando a linha, deve-se dispor de tanques de formulação, de um pasteurizador de suco do tipo tubular ou de placas, indicado para grandes volumes de produção, e de uma unidade de enchimento das garrafas ou outras embalagens possíveis de serem usadas.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 436

    Ano: 2015

  • Dependendo do tipo de equipamento utilizado, o rendimento pode ser da ordem de 75% a 85%, indicando que a cada tonelada de pedúnculo que entra na fabricação do suco integral, serão produzidos de 750 kg a 850 kg de suco, o que gera um resíduo sólido fibroso de 150 kg a 250 kg como descarte.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 435

    Ano: 2015

  • A vitamina C, ou ácido ascórbico, é um componente muito sensível à temperatura e à oxidação. A aeração do suco é fator primordial para a promoção de perdas, portanto devem ser evitadas operações que promovam a aeração do produto, tais como bombeamentos turbulentos em bombas centrífugas. É preferível usar bombas de deslocamento positivo.

    Quedas do suco de alturas ou em cascatas turbulentas também ocasionam aeração. As tubulações de transferência de suco devem alimentar os tanques sem turbulências e, de preferência, fazer a alimentação a partir do fundo do tanque receptor. No caso de se usar o dióxido de enxofre (SO2), este deve ser dosado tão logo seja possível, logo após a extração do suco, para permitir sua ação antioxidante. O aquecimento excessivo do suco também deve ser evitado.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 440

    Ano: 2015

  • Não. Pode-se usar qualquer agente que tenha a propriedade de interagir com os taninos do caju, de preferência um agente proteico, como a gelatina. Pode-se também usar clara de ovo batida, proteína de soja pulverizada, gelatina de peixe ou outros materiais, desde que sejam de grau alimentício e inodoros.

    Jamais se deve usar a cola de marceneiro, feita a base de aparas de couro, que antigamente era usada em processos artesanais. Esse material apresenta impurezas impróprias ao consumo humano, inclusive metais pesados.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 449

    Ano: 2015

  • A cajuína vai ficando cada vez mais escura durante o arma­zenamento por causa de duas reações químicas que produzem substâncias de coloração escura:

    • Oxidação do ácido ascórbico (vitamina C), em razão da presença de oxigênio no interior das garrafas.
    • Reação de Maillard, que é uma reação entre os aminoácidos livres, provenientes principalmente da clarificação com gelatina, e os açúcares do suco de caju.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 450

    Ano: 2015

  • Sim, o suco de caju pode ser clarificado pelo uso de membranas de microfiltração. O produto clarificado por membranas apresenta alta qualidade. Como não há necessidade do uso de floculantes proteicos, como a gelatina, o suco fica mais estável sob o ponto de vista de sedimentos e escurecimento durante a estocagem, pois não há um suprimento de aminoácidos livres pela gelatina ou outro agente proteico de floculação.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 452

    Ano: 2015

  • A cajuína não contém açúcar adicionado, entretanto cerca de 8% a 12% do peso total da cajuína corresponde aos açúcares provenientes do próprio caju – a glicose e a frutose.

    Para os diabéticos, esses açúcares são exatamente iguais ao açúcar da cana (sacarose), pois, no nosso organismo, a sacarose é fracionada em glicose e frutose (em partes iguais). Assim, a cajuína não deve ser tomada por diabéticos.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 453

    Ano: 2015

  • O produto chamado de caju-ameixa é o pedúnculo inteiro, perfurado e espremido para sair parte do suco. É submetido a cozimento lento (aproximadamente 10 horas) e, posteriormente, é desidratado ao sol ou em estufa, resultando num produto enegrecido (semelhante a uma ameixa seca) e de textura macia.

    O caju-passa é o produto resultante da simples secagem do pedúnculo do caju, que pode ser inteiro, como o caju-ameixa, ou pode ser fatiado. O produto não é cozido, mas pode ter uma fase osmótica, onde os pedúnculos são submersos em xarope de açúcar para desidratação parcial. Em seguida, faz-se a complementação da secagem, que pode ser realizada ao sol ou em estufas. Para melhor aparência e textura, recomenda-se que se faça a despeliculagem química do pedúnculo. O produto fica também macio e conserva sua cor clara.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 465

    Ano: 2015

  • A formulação de doce de caju em massa, utilizada na indústria, para uma batelada de 50 kg está descrita na Tabela 9. Inicialmente adicionam-se a polpa e parte do açúcar no tacho, separando-se uma parte do açúcar para misturar com a pectina, na proporção de uma parte de pectina para cinco partes de açúcar (2 kg), a fim de obter uma dissolução homogênea da pectina.

    Em seguida, faz-se a concentração do doce no tacho, sob agitação constante, até atingir 60 °Brix. Adiciona-se a pectina previamente misturada ao açúcar. Perto do final do cozimento, adiciona-se o ácido cítrico, previamente dissolvido em água. O aquecimento deve ser mantido até o produto atingir o ponto, ou seja, quando o doce se desprende da superfície de aquecimento (72 °Brix a 75 °Brix).

    Tabela 9. Formulação de doce de caju em massa.

    Produto Quantidade
    Polpa 30 kg
    Açúcar 20 kg
    Ácido cítrico 50 g
    Pectina 30g

    Fonte: Souza Filho et al. (2000).

    SOUZA FILHO, M. S. M.; ARAGÃO, A. O.; ALVES, R. E.; FILGUEIRAS, H. A. C. Aspectos da colheita, pós-colheita e transformação industrial do pedunculo do caju (Anacardium occidentale L.).

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 467

    Ano: 2015

  • A formulação de geleia de caju está apresentada na Tabela 10. O procedimento é semelhante ao do doce em massa, mas, em vez da polpa, utiliza-se o suco. O tempo de cozimento em tacho aberto é variável, mas não deve exceder a 20 minutos. O aquecimento prolongado pode causar alterações no sabor e na cor da geleia, inversão excessiva da sacarose e hidrólise da pectina, o que dificulta ou mesmo impede a formação do gel.

    Existem algumas condições básicas para que se obtenha um estado de gelificação do suco e formação da geleia: o pH deve ser controlado em 3,2; deve-se adicionar sobre a massa final desejada 1% de pectina e o teor final de sólidos solúveis deve ser de 62 °Brix a 65 °Brix. Pode-se usar o suco clarificado, cajuína ou suco integral, resultando em produtos diferenciados.

    Tabela 10. Formulação de geleia de caju.

    Produto Quantidade
    Suco de caju (integral ou clarificado) 20 kg
    Açúcar 14 kg
    Ácido cítrico 40 g
    Pectina 30 g

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 468

    Ano: 2015

  • Para fazer rapadura de caju, os pedúnculos devem ser primeiro espremidos para a retirada parcial do suco e cortados em pedaços pequenos e uniformes, desprezando-se as extremidades. Em seguida, o caju é levado ao fogo, com o açúcar. Quando a concentração estiver bem avançada, adiciona-se a solução de pectina.

    Perto do final do cozimento, adiciona-se ácido cítrico previa­mente diluído em água. Quando o produto começa a se desprender do tacho, está terminada a concentração. Retira-se, então, o produto do tacho e bate-se com uma colher de madeira, por mais ou menos 5 minutos. Essa massa é colocada em fôrmas de madeira, e cada batelada deve render cerca de 20 unidades de 300 g.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 469

    Ano: 2015

  • Sim, a aguardente é feita a partir da destilação do fermentado de caju e o vinagre é obtido pela fermentação acética, também do fermentado de caju. Depois de completada a fermentação alcoólica, aera-se o mosto para favorecer a atividade das bactérias acéticas, que transformam o etanol em ácido acético, até atingir uma acidez em torno de 4%. Em seguida, é realizada a filtração, a pasteurização e o engarrafamento do vinagre.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 472

    Ano: 2015

  • A acidez dos sucos de frutas inibe o crescimento da maioria dos microrganismos patogênicos. A deterioração de natureza micro­biológica do suco de caju limita-se aos microrganismos tolerantes ao meio ácido, com predomínio de bactérias láticas, bolores e leveduras.

    A deterioração por ação das bactérias láticas é caracterizada pela presença do diacetil, que induz o aparecimento de um odor forte e sabor desagradável ao suco. Contudo, a degradação por leveduras é considerada a causa mais comum, por causa de sua maior tolerância aos ácidos, capacidade de desenvolvimento anaeróbico e maior resistência térmica. Sua multiplicação é acompanhada de produção de CO2 e etanol, podendo manifestar-se também pela formação de películas e floculação, diminuindo a turvação do suco.

    A deterioração por bolores se manifesta pela produção de CO2 e, consequentemente, pelo estufamento da embalagem. Em sucos processados e tratados termicamente, a presença desses microrganismos não é tolerada e, quando ocorre, deve-se, geralmente, ao subprocessamento ou à recontaminação.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 437

    Ano: 2015

  • Atualmente, são produzidos dois tipos de suco de caju con­centrado: o suco de caju concentrado com polpa, que apresenta um teor de sólidos solúveis entre 30 °Brix e 35 °Brix, e o suco clarificado sem polpa, concentrado, com teor de sólidos solúveis entre 60 °Brix e 65 °Brix. Ambos os produtos são conservados em câmaras frigoríficas.

    A principal utilização do suco de caju concentrado com polpa é na formulação de néctares e sucos prontos para beber, em indústrias engarrafadoras. O suco de caju clarificado concentrado pode servir de matéria-prima para uma série de outros produtos, como, por exemplo, a cajuína, além de entrar na composição de refrigerante de caju e em blends (misturas) com outros sucos de frutas. Além de sua versatilidade, os sucos de caju concentrados apresentam grande estabilidade e podem ser armazenados durante a entressafra para suprir pequenas ou grandes linhas de processamento.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 443

    Ano: 2015

  • É o suco de caju sem polpa, obtido por processo físico de clarificação com o auxílio de coadjuvantes de tecnologia, e esterilizado no interior da garrafa. Apresenta cor amarelo-âmbar, resultante da caramelização dos açúcares do próprio suco.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 444

    Ano: 2015

  • Deve-se preparar uma solução de gelatina a 10% p/v (peso/volume), de um dia para o outro em geladeira, para permitir total hidratação das moléculas. Existem duas maneiras de preparar a solução de gelatina:

    1) Colocar 100 g de gelatina em pó em 900 mL de água fria e aquecer, mexendo sempre, até total dissolução.

    2) Aquecer 900 mL de água, entre 50 °C e 60 °C, e adicionar, de forma pulverizada, 100 g de gelatina em pó, sob vigorosa agitação, não permitindo a formação de grumos.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 447

    Ano: 2015

  • Após o tratamento térmico, a cajuína apresenta teores de vitamina C na faixa de 20 mg/100 mL a 150 mg/100 mL, com média de 85 mg/100 mL. Levando-se em conta que a ingestão diária recomendada (IDR) para adultos é de 60 mg, a cajuína pode ser considerada uma boa fonte de vitamina C. Para se ter uma ideia, a laranja possui em média 60 mg de vitamina C/100 mL de suco.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 456

    Ano: 2015

  • A cajuína é o suco de caju puro clarificado e caramelizado, não gaseificado. O refrigerante de caju é um produto gaseificado, composto por água, açúcar, aroma imitação, aditivos químicos e, no mínimo, 5% de suco de caju.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 457

    Ano: 2015

  • Doce de caju em calda é o produto obtido de pedúnculos despeliculados, inteiros ou em pedaços, cozidos em xarope de açúcar e submetidos a tratamento térmico adequado após acondicionamento em vidros ou latas. Na compota de caju (ou caju em calda, sem a denominação de “doce”), os pedúnculos despeliculados, inteiros ou em pedaços, são colocados na embalagem ainda crus e recobertos com o xarope de açúcar. O cozimento da fruta é realizado após o fechamento do recipiente, durante o tratamento térmico realizado para garantir sua conservação.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 459

    Ano: 2015

  • O xarope deve ser preparado com água potável e açúcar cristal puro, utilizando-se as quantidades necessárias para atingir o teor de sólidos solúveis (°Brix) desejado, conforme indicado na Tabela 8. O açúcar é adicionado à água e a solução é aquecida para sua completa dissolução. Após resfriar, o xarope deve ser filtrado (em filtro industrial ou em pano limpo) para que as impurezas trazidas pelo açúcar sejam retiradas.

    Tabela 8. Relação entre °Brix e peso de açúcar para formulação de xarope.

    °Brix Peso do açúcar (g/L de água)
    10 112
    20 250
    30 429
    40 668
    50 1.000
    60 1.500

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 462

    Ano: 2015

  • Para produções artesanais, a embalagem mais viável é o pote de vidro, o qual deve ter boca larga e tampa com anel selante, rosca ou grampos de segurança. Os potes devem estar perfeitos, sem lascas ou trincas e devem ser muito bem lavados com água e sabão e fervidos por 15 minutos. As tampas podem ser desinfetadas por exposição ao vapor da água fervente, por escaldamento com água a 100 °C ou por enxague com álcool 70%.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 463

    Ano: 2015

  • Esse corante é obtido por maceração enzimática em meio aquoso e com posterior prensagem das fibras para liberação dos carotenoides na forma de uma emulsão. Após uma etapa de concentração, o material segue para a purificação, aumentando-se seu poder corante em mais de 20 vezes em relação ao valor inicial. Essa concentração pode ser realizada da forma convencional, pelo uso de evaporação térmica sob vácuo ou pelo uso de membranas de microfiltração, com as quais se obtém um produto de melhor qualidade, mantendo os carotenoides com suas propriedades funcionais. Esse é um processo patenteado pela Embrapa em convênio com institutos de pesquisas franceses e com o setor privado brasileiro.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 476

    Ano: 2015

  • Os cuidados com higiene, limpeza e sanitização das instala­ções industriais que processam o pedúnculo são comuns às demais indústrias de processamento de frutas e hortaliças:

    Higiene pessoal

    • Manter as mãos e unhas limpas, lavando-as sempre antes do contato com utensílios limpos e após contatos com vasilhames sujos.
    • Evitar tossir sobre as mãos, limpar o nariz e, sempre que for ao sanitário, lavar as mãos de forma adequada e com sabão.
    • Proteger a cabeça para não permitir a queda de fios de cabelo nos equipamentos e produtos.
    • Usar roupas sempre limpas, preferencialmente de cor clara.
    • Cuidar da aparência pessoal (cabelo, barba, etc.).
    • Não permitir que pessoas que apresentem ferimentos ou enfermidades trabalhem diretamente com produtos e equipamentos.

    Área de trabalho

    • Utilizar somente equipamentos de aço inox e com geometria que facilite a limpeza e sanitização.
    • Limpar e sanitizar sistematicamente a área de processamento, bem como utensílios e equipamentos, com detergentes e desinfetantes apropriados, antes e depois do processo de fabricação.
    • Manter iluminação adequada na área de processamento e luminárias protegidas contra quebra.
    • Evitar a formação de poças d’água na área de processamento.
    • Colocar telas nos ralos e janelas para evitar a presença de insetos e roedores.
    • Evitar a presença de lixo e resíduos na área de produção.
    • Manter os sanitários isolados da área de produção.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 481

    Ano: 2015

  • O processo de extração dos carotenoides das fibras do caju é baseado em uma pré-maceração enzimática da massa fibrosa, seguida de uma prensagem rigorosa em prensa do tipo expeller. Esses fatores em conjunto contribuem para a ruptura das células das fibras de caju, liberando os carotenoides para o meio aquoso na forma de uma emulsão. Esse fato ainda não é explicado cientificamente. Possivelmente isso se deve à presença de emulsificantes naturalmente presentes na composição do pedúnculo de cajueiro.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 478

    Ano: 2015

  • Existem inúmeras empresas do setor metalomecânico que trabalham equipamentos para a indústria de alimentos, em geral, que devem ser consultadas sobre a construção de uma linha de processamento de caju.

    Cada caso requer um estudo preliminar e um dimensionamento adequado às necessidades produtivas requeridas, pois os equipamentos geralmente são fabricados sob especificação ou adaptando-se àqueles utilizados em outros setores da fabricação de alimentos e bebidas processados.

    O processamento do caju abrange duas áreas distintas na fabricação de equipamentos. Devido à natureza dos materiais trabalhados, a castanha-de-caju e o pedúnculo exigem deferentes materiais e normas de construção a serem adotadas. Para a castanha, a maioria dos equipamentos são construídos em chapas de aço carbono devido ao efeito do LCC como uma proteção contra corrosão e ataques de agentes de limpeza e sanificação, como cloro e outros agentes normalmente usados na limpeza das linhas de processamento. As rotas de processamento da castanha envolvem operações a seco, e necessita usar aço inox a partir das etapas onde a amêndoa já está exposta, nas fases finais do processo, onde mesas e utensílios inox são requeridos pela própria legislação. Para o processamento do pedúnculo, há necessidade de materiais em aço inox, sendo um requisito de qualidade e higiene do processo de produção. Os equipamentos usados são geralmente fabricados em aço da categoria alimentar (AISI 304/AISI 316 e AISI 316-L), os quais são especificados de acordo com a resistência química e mecânica requerida. Cada caso requer consulta a um especialista para se evitarem erros de projeto e dimensionamento.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 482

    Ano: 2015

  • O perfil de carotenoides do extrato de caju com capacidade corante é muito diversificado em xantofilas e carotenos. Os compostos majoritários são os isômeros cis e trans da xantofila, auroxantina, luteína (que confere ao extrato um forte poder corante amarelo brilhante), betacriptoxantina e alfacaroteno e betacaroteno, os quais possuem atividade pró-vitamínica A. Há ainda outros em menor quantidade, tais como as xantofilas mutatoxantina, zeaxantina e violaxantina.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 477

    Ano: 2015

  • O hambúrguer de caju tem o mesmo formato dos hambúrgueres tradicionais, e deve ser preparado e consumido da mesma forma, entretanto não possui proteína animal na sua composição. Ele é feito do bagaço ou fibra do pedúnculo, que resta da extração do suco. Basicamente, o bagaço é lavado, triturado, cozido com os demais ingredientes, a fim de formar uma massa que é moldada, embalada e congelada.

    Existem várias receitas para elaboração do hambúrguer de caju, mas o ideal é que se utilizem os temperos comuns na culinária local. A receita básica, com rendimento médio de 20 hambúrgueres é a seguinte:

    Ingredientes

    8 kg de caju fresco (sem castanha)

    300 g de farinha de trigo

    2 xícaras (chá) de cheiro-verde picados

    2 pimentões médios picados

    4 tomates grandes picados

    2 cebolas médias picadas

    1/2 colher (sopa) de corante (colorau)

    1 cabeça de alho grande (ou 3 colheres de sopa de pasta de alho)

    Pimenta-do-reino a gosto

    Sal a gosto

    Modo de fazer

    Lavar bem os cajus, acrescentar um pouco de água e bater no liquidificador. Em seguida, deve-se peneirar bem para tirar todo o suco. O que sobra é a fibra (mais ou menos 1,5 kg). Colocar a fibra numa panela e temperar com alho, cebola, tomate, cheiro-verde, pimentão, corante, pimenta-do-reino e sal a gosto. Refogar por mais ou menos 10 minutos. Tirar do fogo e colocar numa bandeja grande para esfriar. Quando estiver fria, acrescentar a farinha de trigo e espalhar sobre uma superfície lisa com a ajuda de um rolo (como se fosse uma massa). Por último, cortar no formato de hambúrguer. A fritura é igual à de um hambúrguer tradicional.

    Capítulo: Aproveitamento Industrial

    Número da Pergunta: 480

    Ano: 2015

  • Há uma grande diversidade de perfis tecnológicos. Geralmente o maior aproveitamento comercial do caju (castanha do caju, pedúnculo do caju e caju para consumo in natura) varia de acordo com o nível tecnológico e com a estratégia de inserção no mercado utilizada.

    Nessas condições, é justificável a impossibilidade de indicar as viabilidades econômicas dos perfis existentes.

    Entretanto, pode-se afirmar o seguinte:

    a) Independentemente do nível tecnológico, com o aproveita­mento comercial somente da castanha-de-caju, apenas pequenos produtores familiares, com a produção do pomar já estabilizada, obtêm uma receita ou excedente econômico positivo. Pois, com a necessidade de mão de obra sendo suprida pela família, os desem­bolsos financeiros para a manutenção do pomar são fortemente atenuados. No entanto, é importante advertir que o excedente gerado para a família não possibilita sustentabilidade econômica, mediante a realização de novos investimentos.

    b) Para que pequenos produtores familiares, e sobretudo produtores patronais (que pagam pela mão de obra), apresentem sustentabilidade econômica, é necessário utilizarem um alto nível tecnológico, que lhes possibilitem otimizar o aproveitamento comer­cial da castanha-do-caju, do pedúnculo do caju e/ou do caju para consumo in natura.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 490

    Ano: 2015

  • O segmento emprega aproximadamente 18 mil pessoas, as quais se encontram distribuídas da seguinte forma: 15 mil pessoas no processamento da castanha-de-caju e 3 mil no processamento do pedúnculo.

    Estima-se uma renda média de R$ 600 milhões, dos quais 80% são originários das vendas de amêndoas de castanha-de-caju (ACC).

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 493

    Ano: 2015

  • Para o mercado externo, predomina a comercialização das grandes fábricas de castanha-de-caju para a indústria de alimentos. É realizada de forma indireta, por meio de intermediários (brokers). Na maioria dos casos, a indústria de alimentos realiza a torra e a salga para venda no mercado de nozes (nuts), do qual também fazem parte a avelã, a noz comum, a amêndoa comum, a pecã, a macadâmia, o pistache, a castanha-do-pará, entre outras.

    No mercado interno, as grandes fábricas comercializam direta­mente para o mercado varejista, bem como na forma de ingrediente para outras indústrias de produtos alimentícios. Já as pequenas fábricas, em virtude da reduzida escala de produção, comercializam para o mercado varejista, mediante intermediários.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 496

    Ano: 2015

  • Não existe volume determinado para a exportação de amêndoa de castanha-de-caju. Nas grandes indústrias, a exportação é feita, geralmente, via marítima em contêineres.

    As amêndoas são acondicionadas em sacos, latas, baldes ou big boxes. No caso das caixas, a forma mais usual, em embalagem individual de 28,68kg (50 libras) ou em dois sacos de 11,43 kg (25 libras).

    Os contêineres são constituídos de material leve (alumínio ou fibra de vidro) e desenhados para máxima utilização do corte transversal do compartimento de carga. Os mais comuns são os de 20 ou 40 pés, que acomodam, no máximo, respectivamente, 700 caixas (20 pés) e 1.400 caixas (40 pés).

    Por se tratar de acessório para transporte de carga, o peso ou o volume externo do contêiner não é computado no cálculo do frete. Aliás, de modo geral, são oferecidas tarifas especiais para cargas conteinerizadas.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 497

    Ano: 2015

  • Clones

    Para escolher os clones mais adequados para a sua plantação, é necessário avaliar um conjunto de fatores:

     

    • Clima e Solo
      Entenda como o tipo de clima de sua região e o tipo de solo de sua propriedade influenciam o crescimento e o desenvolvimento das plantas.
      Saiba mais >

     

    • Época de plantio
      Aprenda mais sobre como consultar a melhor época de plantio por meio das informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc Caju).
      Saiba mais >

       

     

    • Clones
      É importante avaliar quais clones atenderão melhor os seus objetivos de produção, se é o mercado de amêndoas de castanha-de-caju, o processamento de sucos, polpas e doces, ou ainda a venda de frutos para consumo in natura. Conheça também quais clones são mais favoráveis e produtivos na sua região.
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    Encontrado na página: Plantio

  • Porte da Planta

    Porte da Planta

    Em função do seu porte, o cajueiro é classificado em dois tipos: comum (porte alto) e cajueiro-anão (porte baixo). O cajueiro comum, também chamado de cajueiro-gigante, atinge entre 12 a 14 metros de altura e 5 a 8 metros de envergadura, podendo chegar a 15 metros de altura por 20 metros de envergadura. No tipo anão, a altura média fica em torno de 4 metros e a envergadura varia entre 6 e 8 metros.

    Encontrado na página: O Cajueiro

  • Raiz

    Raiz

    Foto: Antonio Teixeira Cavalcante Junior

    O cajueiro possui uma raiz pivotante (que apresenta ramificações e penetra no solo de modo perpendicular) bem desenvolvida e normalmente bifurcada (dividida em dois ramos) com raízes laterais que atingem até duas vezes a projeção da copa.

  • Flores

    • Flores
      As flores do cajueiro são pequenas, de cor verde-esbranquiçada ou vermelha. A cor esbranquiçada ocorre no momento da abertura da flor e vai evoluindo para o vermelho com o tempo. As flores estão organizadas em forma de panículas (inflorescência que emerge das ramificações intensivas do cajueiro). Geralmente as panículas contêm flores hermafroditas (aquelas que apresentam os órgãos reproduotores masculino e feminino) e masculinas (com maior proporção), se localizam na periferia da copa. 

      Saiba mais >

    Encontrado na página: O Cajueiro

  • Modelo de Crescimento

    Modelo de Crescimento

    Na fase de desenvolvimento do cajueiro ocorre a formação de ramificações intensivas (aquelas que terminam em panículas, ou seja, flores) e extensivas (sem flores). A predominância de ramificações intensivas confere à copa da planta o formato de guarda-chuva. Quando predominam ramificações extensivas, a copa cresce esgalhada e desuniforme e as plantas tendem a produzir menos. Plantas com essas características demandam maior esforço de poda para elevar o potencial de produção.

    Encontrado na página: O Cajueiro

  • Temperatura

    Temperatura

    O cajueiro se desenvolve e produz bem em temperaturas entre 22 °C e 32 °C. Embora adaptada às condições climáticas do Nordeste, onde predominam temperaturas elevadas, a planta também pode ser cultivada em locais com temperaturas inferiores a 22 °C, desde que não ocorram períodos muito longos de frio e geada.

  • Altitude

    Altitude

    Por ser uma fruteira de clima tropical, o desenvolvimento e produção do cajueiro são favorecidos em regiões de baixas latitudes. Embora a planta possa se desenvolver em altitude superior a 1.000 metros, a recomendação é realizar o cultivo em áreas com até 500 metros acima do nível do mar. Altitudes elevadas podem ser compensadas pela baixa latitude.

     

    Encontrado na página: Clima e solo

  • Temperatura

    Temperatura

    O cajueiro se desenvolve e produz bem em temperaturas entre 22 °C e 40 °C mas a temperatura média ideal para a produção comercial é 27 °C. Embora adaptado às condições climáticas do Nordeste, onde predominam temperaturas elevadas, a planta também pode ser cultivada em locais com temperaturas inferiores a 22 °C, desde que não ocorram períodos muito longos de frio e geada.

  • Produção de mudas de cajueiro - enxertia

    Conheça os métodos de enxertia e o passo-a-passo para a produção de mudas de cajueiro.

    Organizadora: Embrapa

    Duração: Aberta

    Carga horária: 12 horas

    Encontrado na página: Início

  • Chuvas e Solo

    Chuvas e Solo

    O cajueiro também pode se desenvolver e produzir em regimes de chuvas superiores a 1.500 milímetros anuais, mas é necessário drenar os solos para evitar prejuízos à cultura. Em localidades com ocorrência de chuvas inferior a 800 milímetros anuais, para produzir de forma satisfatória, o cultivo deve ser realizado em solos mais profundos e com boa capacidade de reter umidade ou com uso de irrigação.

    Encontrado na página: Clima e solo

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    Publicado: 15/03/2024

  • Clones - parte 5

    Clones - parte 5

    Clones recomendados para usos mais específicos

    O CCP 06 é um clone indicado para uso como porta-enxerto, pelo elevado percentual de germinação e compatibilidade com outros clones recomendados pela pesquisa. A planta possui porte baixo, florescimento e frutificação precoce, pedúnculo de cor amarela e amêndoa com peso médio abaixo dos demais clones.

    O clone CCP 1001 é utilizado, atualmente, como genitor (base para o desenvolvimento de outros clones) no Programa de Melhoramento Genético do Cajueiro, por apresentar elevada produção de frutos em cachos, porém com castanha pequena. A planta apresenta excelente adaptação a regiões litorâneas e seu pedúnculo tem  coloração avermelhada intensa.

    Encontrado na página: Clones

  • Clones - parte 1

    Clones - parte 1

    O CCP 76 é o clone mais plantado no Nordeste. É recomendado para cultivo no litoral e semiárido do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e áreas semelhantes.  Devido à atratividade sensorial e qualidade do pedúnculo é o clone preferido para o mercado de frutos de mesa (consumo in natura), mas também destina-se à produção de pedúnculo para processamento industrial e de amêndoas. A planta tem porte baixo e pedúnculo doce, com baixo teor de tanino e cor alaranjada. 

    O clone BRS 226 é recomendado para o Semiárido do Piauí e outras áreas produtoras do Nordeste. Bastante cultivado, é resistente à resinose e atende ao mercado de amêndoa e indústrias de processamento de polpa, doces e sucos. A planta tem porte baixo e pedúnculo de cor laranja. 

    Recém lançado, o clone BRS 555 atende preferencialmente ao mercado de amêndoa, mas seu pedúnculo pode ser aproveitado para processamento industrial.  Resistente à broca-do-tronco e à bacteriose, é recomendado para cultivo em regiões serranas do semiárido brasileiro, principalmente no Rio Grande do Norte. A planta tem porte médio e pedúnculo de cor laranja-avermelhado.
     

    Encontrado na página: Clones

  • Clones - parte 2

    Clones - parte 2

    O clone BRS 253 destaca-se pela alta produtividade de castanha. Recomendado para cultivo no nordeste da Bahia e semiárido do Rio Grande do Norte, atende ao mercado de amêndoa e à indústria de processamento de polpa, sucos e doces. A planta tem porte médio e pedúnculo de cor vermelha.

    O CCP 09 é recomendado para cultivo em regiões litorâneas e atende tanto ao mercado de amêndoa como de frutos de mesa e indústria de processamento de polpa, doces e sucos. A planta tem porte baixo e pedúnculo doce, com baixo teor de tanino e cor alaranjada.

    Clone com o maior pedúnculo, o BRS 189 destina-se preferencialmente ao mercado de frutos de mesa e também é indicado para a produção de amêndoas. É recomendado para o cultivo em regiões litorâneas e áreas semelhantes (preferencialmente sob irrigação), tem porte baixo e pedúnculo de cor vermelha.

    Encontrado na página: Clones

  • O que é clone?

    O que é clone?

    Um clone é uma planta que se origina de outra, por processo de melhoramento genético, e conserva as mesmas características genéticas da planta origem. O desenvolvimento de um clone ou cultivar de cajueiro envolve um trabalho minucioso de seleção, cruzamento e avaliação de materiais genéticos, realizado por especialistas. O tempo para obtenção e recomendação de um clone de cajueiro para plantio comercial depende do método de melhoramento e do tipo de avaliação utilizados, podendo levar de 5 a 8 anos.

    As plantas para produção de amêndoas devem ter boa capacidade produtiva (superior a 1.000 kg/ha/ano, em regime de sequeiro), castanha com peso acima de 7 gramas, relação amêndoa/castanha acima de 25%, amêndoas com as duas bandas fortemente aderidas e facilidade de despeliculagem.

    As plantas para produção de frutos de mesa devem ter porte baixo, para facilitar a colheita manual, e produzir pedúnculos com as seguintes características: coloração variando de vermelho a vermelho-alaranjado (preferência de mercado), formato piriforme ou maçã, peso entre 80 g e 120 g, textura consistente, sabor doce (mínimo de 10° Brix), baixo teor de tanino (máximo de 0,4) e baixa acidez (0,3 a 0,4) e boa aparência.

    Todos os clones recomendados para a produção de amêndoa e frutos de mesa também podem ser cultivados para a produção de pedúnculo para o mercado de suco.

    É recomendado o plantio de 2 a 4 clones em um mesmo pomar. O plantio de um mesmo clone torna as áreas de cultivo homogêneas, ou seja, as plantas, geneticamente uniformes, apresentam as mesmas características (favoráveis e desfavoráveis). Essa condição aumenta a vulnerabilidade do pomar, principalmente ao ataque de pragas e doenças. 

     

  • Acerte no plantio com o Zarc Caju

    Para plantio de cajueiro é essencial seguir as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc Caju). A ferramenta de apoio à produção reúne informações geradas pela pesquisa e indica as épocas e locais mais adequados para implantar a cultura (janelas de plantio), em cada município do País, levando em consideração características do clima, tipo de solo e o ciclo de desenvolvimento das cultivares ou clones. 

    Publicado por meio de Portarias do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Zarc tem o objetivo de evitar que eventos climáticos coincidam com as fases mais sensíveis da produção (florescimento e frutificação), para minimizar perdas na cultura e prejuízos para os agricultores. 

    Encontrado na página: Época de plantio

  • Zarc Caju

    Conheça as épocas mais adequadas para implantar a cultura do cajueiro (janelas de plantio) no seu município ou estado, acessando as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc Caju), por meio do aplicativo Plantio Certo.

    Encontrado na página: Clima e solo

  • Produção do porta enxerto

    Os porta-enxertos destinados à produção de mudas clonais de cajueiro devem ser produzidos somente com uso de castanhas-sementes de clones recomendados pela pesquisa. As castanhas-sementes devem ser vigorosas e estar livres de pragas e doenças. 

    Os clones mais recomendados para o fornecimento de castanhas-sementes para a produção de porta-enxertos são: CCP 06, CCP 76 e CCP 09. Esses clones garantem melhor pegamento da enxertia, em função da boa compatibilidade com outros clones desenvolvidos pela pesquisa.  Outros clones também são utilizados por viveiristas credenciados para a produção de mudas de cajueiro. 

    Saiba mais sobre clones de cajueiro >

    Encontrado na página: Produção de mudas

  • Ponto de enxertia

    Os porta-enxertos estarão aptos para a enxertia entre 40 e 55 dias após a semeadura, dependendo do tipo de recipiente (saco plástico ou tubete) e substrato utilizados.

    Encontrado na página: Produção de mudas

  • Enxerto

    No cajueiro, a enxertia em fenda lateral é realizada por um garfo (ramo vegetativo da planta matriz, também chamado de propágulo) ou borbulha (gema de um ramo florífero) retirado de uma planta matriz e colocado na fenda realizada na haste do porta-enxerto.

    Os garfos devem ser colhidos pela manhã, acondicionados em caixas ou baldes plásticos cobertos por um pano levemente umedecido, para evitar desidratação e facilitar o “pegamento” da enxertia e utilizados no mesmo dia.

     

  • Calagem

    Com a área limpa, sem restos de vegetais, inicia-se o preparo do solo, com base nos resultados das análises, para suprir a necessidade de nutrientes. Nesse momento, realiza-se a calagem do solo para corrigir o nível de acidez e/ou aumentar os teores de cálcio e magnésio do solo, de acordo com as recomendações do técnico.

    A calagem deve ser feita nas primeiras chuvas, para promover a reação do calcário com o solo, e pelo menos 60 dias antes do plantio das mudas do cajueiro. Recomenda-se aplicar 50% da dose de calcário, seguida de aração. Depois, deve-se aplicar os 50% restantes de calcário, na mesma área, e realizar a gradagem do solo.

    Encontrado na página: Escolha e preparo da área

  • Escolha da área - parte 2

    Escolha da área - parte 2

    Além de solos profundos, com baixa presença de argila (de textura arenosa a média) e relevo plano ou com pouca declividade, uma área desejável para a cajucultura deve ter disponibilidade de água de qualidade e acesso à energia elétrica

    Acesse o Zarc Caju e saiba mais sobre clima e solos para o cajueiro >

     

    A área escolhida deve ser limpa, com a retirada da vegetação existente e enleiramento (junção em montes) dos resíduos. Para solos com camadas adensadas em profundidade, recomenda-se o uso do equipamento subsolador, para descompactar o terreno. Essa prática facilita o desenvolvimento do sistema radicular do cajueiro, parte da planta responsável pela absorção de água e nutrientes.

     

    Encontrado na página: Escolha e preparo da área

  • Preparação para a coleta de amostras de solo

    Preparação para a coleta de amostras de solo

    Deve-se dividir a propriedade em áreas iguais, de até 20 hectares, conforme o tipo de relevo, cor e textura do solo, histórico das culturas, calagem e adubação anteriores ou conforme a vegetação atual.

    Encontrado na página: Escolha e preparo da área

  • Espécies recomendadas para consórcio - silagem animal

    Espécies recomendadas para consórcio - silagem animal

    Em consórcio destinado à produção de silagem para alimentação animal, o milho e o sorgo são as principais espécies agrícolas utilizadas.

    Recomenda-se optar por cultivares híbridas de ciclo curto (< 100 dias) para possibilitar o cultivo durante o período chuvoso, que no Nordeste é de 90 a 120 dias. Nesse tipo de consorciação, as espécies agrícolas são plantadas em espaçamentos menores para permitir maior produção de matéria verde.

    Encontrado na página: Consorciação

  • Espaçamentos

    Espaçamentos

    O arranjo de produção consorciada mais utilizado com o cajueiro envolve o plantio de cinco a sete linhas das espécies anuais, nas entrelinhas das plantas.  Esse número de linhas e o espaçamento nas entrelinhas variam de acordo com a idade do pomar.

    Encontrado na página: Consorciação

  • Espécies recomendadas para consórcio - PARTE 2

    Espécies recomendadas para consórcio - PARTE 2

    Outras espécies agrícolas anuais, como abóbora, batata-doce e gergelim, também podem ser cultivadas, dependendo da adaptação ao tipo de sistema de produção do cajueiro (sequeiro ou irrigado) e dos objetivos do consórcio.

  • Enxertia por garfagem 2

    Os garfos colhidos devem ser acondicionados em caixas ou baldes plásticos cobertos por um pano levemente umedecido e utilizados no mesmo dia.

    Esses cuidados evitam a desidratação dos garfos e facilitam o “pegamento” da enxertia.

    Também é recomendado realizar a enxertia por garafagem em ambiente pouco ensolarado e manter os porta-enxertos em viveiro telado e sombreado ou em ambiente com condições similares.

    Encontrado na página: Produção de mudas

  • Abertura de sulcos de plantio

    Abertura de sulcos de plantio

    O plantio de mudas de cajueiro também pode ser realizado em sulcos, prática recomendada para cultivos em grandes áreas. Os sulcos devem ser abertos com uso de implemento agrícola (sulcador), em solo úmido, e ter  no mínimo 40 cm de profundidade e 40 cm de largura. 

    O uso de sulcos de plantio pode reduzir custos com mão de obra e proporcionar maior rendimento no serviço, mas eleva os gastos com adubação.  Entretanto, como essa prática possibilita uma maior área adubada, em comparação com o volume de solo retirado de uma cova, é considerada um investimento em longo prazo.

    Encontrado na página: Plantio de mudas

  • Bacia em volta das mudas

    Bacia em volta das mudas

    Ao redor das mudas plantadas deve-se fazer bacias, com o próprio solo. Esse cuidado ajuda a conservar por mais tempo a água das chuvas e a água aplicada nas plantas no período seco.

  • Uso de cobertura morta (mulching)

    Uso de cobertura morta (mulching)

    Cobrir o solo na área das bacias, ao redor das mudas, com restos vegetais, como bagana de carnaúba e palhada de capins, feijão e milho, aumenta a retenção de água e ajuda a reduzir a temperatura do solo. Essas condições favorecem o desenvolvimento das plantas.

  • Custo de substituição de copa de cajueiro-anão

    Custo de substituição de copa de cajueiro-anão

    Esta ferramenta é uma planilha para simulação do custo de substituição de copa de cajueiro, espaçamento 10 m x 10 m, contemplando os gastos com preparo da área, preparo do solo, serviços e insumos.

  • Poda de manutenção leve
  • Poda de manutenção - parte 2

    Poda de manutenção - parte 2

    A poda de manutenção pode ser realizada de forma manual, semimecanizada e mecanizada, sempre utilizando as ferramentas e equipamentos adequados para cada procedimento.

    Encontrado na página: Podas do cajueiro

  • Poda manual
  • Poda semimecanizada
  • Poda de limpeza

    Poda de limpeza

    A poda de limpeza consiste no corte de todos os ramos secos, quebrados e doentes, presentes nas plantas, para eliminar focos de pragas e doenças no pomar. Por isso, deve ser realizada sempre que houver necessidade, principalmente após o período da safra, com uso de tesoura de poda ou serrote de poda.

    Encontrado na página: Podas do cajueiro

  • Adubação de produção

    Adubação de produção

    A partir do sexto ano do plantio do cajueiro-anão, considera-se a estabilização do crescimento das plantas e, nessa fase, a adubação visa repor os nutrientes que são exportados pela colheita, ou seja, aqueles que vão embora com os frutos colhidos. Estima-se que para cada tonelada de castanha e a cada 10 toneladas de pedúnculos são exportados pela colheita 20,8 kg/hectare de nitrogênio; 5,3 kg/hectare de pentóxido de fósforo; 20,8 kg/ha de óxido de potássio; 0,5 kg/hectare de cálcio; 3,5 kg/hectare de magnésio; e 1,1 kg/hectare de enxofre.

    Encontrado na página: Adubação

  • Deficiência de Nitrogênio

    Deficiência de Nitrogênio

    • Deficiência de Nitrogênio
      As folhas mais velhas apresentam clorose (coloração amarelo-esverdeada por ausência de clorofila), iniciando na região apical em direção ao limbo (parte larga e plana das folhas).

    Encontrado na página: Adubação

  • Deficiência de Fósforo

    Deficiência de Fósforo

    • Deficiência de Fósforo
      As folhas mais velhas apresentam coloração verde-escura e as folhas novas diminuem de tamanho.

    Encontrado na página: Adubação

  • Deficiência de Ferro

    Deficiência de Ferro

    • Deficiência de Ferro
      As folhas mais novas apresentam clorose internerval (entre as veias das folhas). Na medida em que os sintomas se agravam, as folhas ficam completamente esbranquiçadas devido à ausência de clorofila.

    Encontrado na página: Adubação

  • Substituição total