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Sim. Os ventos contínuos e fortes provocam quebra de galhos das plantas, quedas de botões florais, flores e frutos novos (maturis) e tombamento de mudas, o que resultam em prejuízos para os cajucultores. Desse modo, é recomendado o plantio de quebra-ventos em torno do pomar ou dos talhões. É comum, em alguns pomares, o plantio do nim (Azadirachta indica) – planta exótica de excelente adaptação tanto no litoral quanto no Sertão nordestino, e do sabiá ou sansão-do-campo (Mimosa caesalpineafolia) – uma fabácea nativa do próprio Semiárido nordestino.
Deve-se ter o cuidado para que o plantio das espécies utilizadas como quebra-ventos não seja muito próximo às plantas de cajueiro, pois o cajueiro necessita de intensa radiação solar para produzir, e também para evitar possíveis competições por água e nutrientes.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 110
Ano: 2015
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O cajueiro é mais sensível à competição com o mato (plantas daninhas) na fase inicial de crescimento, isto é, após o plantio das mudas no campo. Por isso, o controle nos primeiros meses após o plantio é uma prática indispensável para o rápido crescimento do sistema radicular e normal desenvolvimento da planta. Nessa fase as plantas daninhas competem por água, nutrientes (adubos) e principalmente por luz, uma vez que algumas espécies de plantas daninhas podem crescer mais que as mudas de cajueiro, sombreando-as, fato que pode prejudicar e atrasar o normal desenvolvimento da planta.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 126
Ano: 2015
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Em grandes áreas, esse tipo de manejo é comum, por ser mais eficiente e barato. Entretanto, essa prática resulta em efeitos negativos sobre as propriedades e características do solo. A exposição direta do solo à irradiação solar favorece a perda de água do solo para a atmosfera (evaporação), tornando-o mais seco. Do mesmo modo, também ocorre a elevação de sua temperatura, resultando num aumento da velocidade de decomposição da matéria orgânica, com consequente decréscimo na atividade biológica do solo. Ressalta-se, também, que a eliminação da flora nativa poderá resultar em maior incidência de pragas, pois, com poucas espécies de plantas no pomar, é muito provável que os inimigos naturais das pragas não estarão em número suficiente para manter a população destas abaixo do nível de dano.
Capítulo: Instalação do Pomar e Tratos Culturais
Número da Pergunta: 132
Ano: 2015
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Em cajueiros com 25 anos de idade, os primeiros ramos aparecem somente cerca de 30 dias após o corte, enquanto em pomares com idade entre 2 e 3 anos, por exemplo, ocorre grande quantidade de brotações já aos 10 dias após o decepamento.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 233
Ano: 2015
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Devem ser priorizadas as brotações sadias e mais vigorosas, localizadas, preferencialmente, próximas ao corte e distribuídas uniformemente ao longo do perímetro do tronco.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 235
Ano: 2015
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Em pomares com menos de 10 anos de idade, as brotações estarão aptas para a enxertia em cerca de 60 dias após o corte, enquanto, em plantas com mais de 20 anos, as enxertias serão realizadas no terceiro mês após o decepamento.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 237
Ano: 2015
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Enxertia por borbulhia em placa, utilizando-se gemas de ramos florais (panículas). Porque esse método permite que a enxertia seja realizada a pleno sol, sem necessidade de cobertura para proteção do enxerto, além de propiciar maior índice de pegamento.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 238
Ano: 2015
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Até quatro enxertos podem ser mantidos em cada planta, independente da idade. Entretanto, em plantas mais velhas, a manutenção de três ou quatro ramos enxertados, localizados próximos do corte e distribuídos em todo o perímetro do tronco, facilita a cicatrização do corte, protegendo o tronco da planta.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 239
Ano: 2015
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Deve-se realizar um bom manejo fitossanitário, a partir das matrizes, borbulhas e instrumentos usados na substituição de copa, conforme indicado a seguir:
- As matrizes do jardim clonal, de onde serão retirados os ramos com as borbulhas para serem enxertadas, deverão receber oito pulverizações com carbendazim ou thiabendazole, na dosagem de 2,0 mL por litro de água, com intervalos de 15 dias. As pulverizações deverão ser iniciadas 4 meses antes da retirada dos propágulos.
- Após serem retirados da matriz, os ramos ou borbulhas deverão ser imersos, durante 30 minutos, em uma suspensão de um desses fungicidas, na dosagem de 4,0 mL por litro de água.
- A lâmina do canivete utilizado no corte dos ramos, das borbulhas, do porta-enxerto após o pegamento da enxertia e na retirada da fita ao redor do enxerto deverá ser constantemente imersa em uma mistura de água sanitária e água (1:1), em álcool 70% ou na própria suspensão do fungicida usado para o tratamento dos propágulos.
- O fungicida carbendazim ou thiabendazole deverá ser adicionado ao óleo da motosserra, na concentração de 1,5 mL/L a 2,0 mL/L de óleo, como forma de evitar possível contaminação das plantas cortadas sucessivamente, caso alguma delas esteja infectada. O uso de carbendazim misturado ao óleo lubrificante da motosserra durante o corte das plantas também evita a disseminação da doença.
- Imediatamente após o decepamento, os troncos das plantas deverão ser pincelados com o fungicida oxicloreto de cobre (4,0 g do produto comercial/L de água) ou com um dos fungicidas sugeridos para imersão dos propágulos. Essas medidas propiciam significativa redução no progresso da lesão causada pelo fungo.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 243
Ano: 2015
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Entre as principais pragas destacam-se a broca-do-tronco (Marshallius sp.), a broca-das-pontas, pulgões, lagartas e outros desfolhadores. A ocorrência de cupins é mais frequente em pomares mais velhos, principalmente em áreas onde a lenha não é totalmente retirada. Para um combate efetivo, devem-se fazer observações, a cada 7 dias, a partir do corte das plantas, e, quando a praga for detectada, imediatamente deve-se aplicar sobre a parte afetada (tronco e/ou brotações) o(s) mesmo(s) produto(s) nas respectivas dosagens, recomendados para pomares clonais de cajueiro.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 244
Ano: 2015
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Não há resultados científicos que possam afirmar se tal substituição terá os mesmos resultados. Por isso, recomendamos que, antes de qualquer investimento para produção comercial de grandes quantidades de mudas, seja feita uma avaliação comparativa entre os dois recipientes, utilizando-se, em ambos, os mesmos substratos, adubação, irrigação e variedade/clone de cajueiro.
É importante alertar que, mesmo que o custo inicial dos tubetes seja maior do que dos sacos de plásticos, em um empreendimento empresarial e continuado por vários anos, deve-se levar em consideração a relação custo/benefício.
Os tubetes têm maior durabilidade, podem ser reutilizados e são fáceis de manejar e transportar. Além disso, o bom desempenho dos tubetes para produção de mudas de cajueiro dá-se pela existência de estrias em seu interior. Essas estrias evitam o enovelamento da raiz principal, fato comumente observado nas mudas produzidas em sacolas, e com maior número de raízes secundárias, as quais têm maior capacidade de absorção de nutrientes e de penetração nos solos e, consequentemente, de estabelecimento no campo desde que em condições normais de umidade.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 207
Ano: 2015
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No momento da enxertia, o porta-enxerto é decapitado deixando-o com apenas 3 a 4 folhas. Depois, aos 45 dias após a enxertia, faz-se uma outra decepagem do porta-enxerto, a 2 cm acima do ponto de enxerto, para estimular a brotação.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 209
Ano: 2015
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O porta-enxerto está apto para a enxertia em sacolas plásticas entre 50 e 60 dias após a semeadura, e em tubetes entre 30 e 35 dias após a semeadura.
O porta-enxerto deve apresentar as seguintes características: haste única e ereta, com altura mínima de 16 cm e máxima de 25 cm, diâmetro de 0,45 cm a 0,50 cm na região do enxerto (6 cm a 8 cm a partir do colo) e, no mínimo, seis folhas verdes, normais e isentas de pragas e doenças.
No caso da enxertia por garfagem, os porta-enxertos selecionados são transferidos para o viveiro coberto com sombrite ou material similar. Na enxertia por borbulhia, os porta-enxertos podem permanecer a pleno sol.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 210
Ano: 2015
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Adquirir mudas em viveiristas credenciados é um bom indicativo de qualidade, mas não uma certeza. Sempre é recomendável a compra de mudas em estabelecimentos credenciados, pois são fiscalizados e cobrados em termos de padrões de qualidade. Também é recomendável que sejam preferidos os viveiristas que tenham ética na produção, pois as fiscalizações são pontuais e detectam somente a verdade daquele momento, expressa no rótulo ou na aparência morfológica das mudas. Entretanto, outras ações como nutrição, manejo de água e fitossanitário, composição de substratos e tecnologia de produção podem embutir problemas que só serão visíveis posteriormente, quando muitas das vezes a muda já se encontra no campo, acarretando prejuízos permanentes por toda a vida do pomar. Para se ter certeza da qualidade das mudas que se está comprando é necessário que se faça um acompanhamento da produção ou se conheça os antecedentes de quem está produzindo.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 217
Ano: 2015
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Alguns cuidados básicos precisam ser considerados na produção de mudas enxertadas:
- Irrigação diária, com lâmina d’água entre 8 mm e 10 mm (8 L a 10 L por metro quadrado de canteiro) para sacolas plásticas, e de 5 mm a 6 mm para tubetes.
- Manutenção do substrato sempre úmido, não esquecendo as irrigações necessárias, mas também sem deixar saturar o substrato.
- Controle sistemático de plantas daninhas, tanto no solo como no substrato.
- Controle de pragas e doenças, principalmente a cecídia ou verruga das folhas (causada por Stenodiplosis), a mancha-angular (causada por Septoria anacardii), a resinose (causada por L. theobromae) e o oídio (causada por Oidium anacardii).
- Aplicação da adubação de acordo com as análises do substrato ou enriquecê-lo com micronutrientes.
- Eliminação de brotações emitidas pelo porta-enxerto.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 213
Ano: 2015
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Não. Apesar de o cajueiro estar livre dos ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU), portanto sem impedimento legal para a solicitação do RNC, não deve ser solicitado o registro, pois nem sempre uma planta bonita e produtiva num quintal corresponde a uma planta produtiva em campo, quando necessita competir com nutrientes, água e luminosidade com outras plantas. Uma planta isolada pode aproveitar todo o seu potencial, mas em competição com outras pode não ter a agressividade necessária para desenvolver suas aptidões produtivas e de qualidade. Entretanto, é melhor primeiro testar esse material em campo, na forma de pequeno pomar, e só então decidir a solicitação do registro.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 216
Ano: 2015
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Desde que sejam protegidos dos ventos, raios solares e das altas temperaturas, as mudas de cajueiro podem ser transportadas de diversas maneiras sem prejuízo para a qualidade.
As embalagens mais comuns para as mudas em tubetes são as caixas com compartimentos, próprias para o transporte aéreo, e as grades ou sacolas de polietilenos para transporte rodoviário. As mudas em sacolas plásticas geralmente são transportadas em carrocerias de caminhões, nas quais são feitos compartimentos para conter as sacolas com as mudas, ou em engradados de madeira cujas dimensões devem adaptar-se ao fato de que, em 1 m3, podem ser transportadas dez mudas.
O transporte em caminhão deve, necessariamente, conter uma cobertura na carroceria, para proteger as mudas da ação dos ventos e dos raios solares.
Capítulo: Propagação
Número da Pergunta: 219
Ano: 2015
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Do ponto de vista técnico seria possível. Entretanto resultados de pesquisa permitiram concluir ser essa prática inviável economicamente. Ao plantar novas áreas, devem-se usar mudas enxertadas, com clones promissores, nunca sementes ou mudas de pé-franco, para depois substituir a copa. Essa atitude, se adotada, contribuirá para a elevação dos custos e prejudicará o desempenho produtivo/lucrativo do pomar, principalmente em curto e médio prazo.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 224
Ano: 2015
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Existem três alternativas que podem ser utilizadas na substituição de copa do cajueiro:
- Substituição seletiva, que consiste em identificar e substituir as copas das plantas improdutivas e/ou com baixa produtividade (plantas com produção inferior a 4,0 kg de castanha e castanha com peso abaixo de 8,0 g), de plantas atípicas e raquíticas, mas que tenham condições de emitir brotações próprias para enxertia (plantas atípicas e raquíticas, que não tenham potencial de emitir brotações próprias para enxertia e as severamente atacadas por doenças e pragas devem ser erradicadas e substituídas por mudas enxertadas, do mesmo clone de copa das novas plantas). Essa alternativa é recomendável, principalmente, para pequenas e médias plantações, pois permite que o pomar não fique sem produção no primeiro ano da operação.
- Substituição em fileiras alternadas, que consiste na substituição das copas de todas as plantas da fileira, alternadamente.
- Substituição total, que consiste na substituição das copas de todas as plantas do pomar.
A escolha da alternativa a ser adotada depende da capacidade de investimento do produtor.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 225
Ano: 2015
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Estudos realizados em grupos de plantas com diferentes dimensões de circunferência dos troncos mostraram que a taxa de plantas aptas à substituição de copas (que emitem pelo menos quatro brotações por tronco) varia de 100%, em plantas com circunferência do tronco de até 0,43 m, a 44%, em plantas com circunferência do tronco entre 2,41 m e 2,74 m.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 226
Ano: 2015
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Para que se obtenha uma taxa de plantas aptas à substituição de copa (emissão de pelo menos quatro brotações por tronco) acima de 84%, devem-se utilizar cajueiros cujos troncos apresentem circunferência máxima de 1,09 m.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 227
Ano: 2015
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Sim. Em trabalhos realizados em cajueiros com idades de 5, 15, 25, 35 e 45 anos, foi verificado que a taxa de emissão de brotação após o corte das plantas foi de 100%, 99,2%, 87,8%, 70,4% e 67,9%, respectivamente.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 228
Ano: 2015
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As plantas emitem brotações em qualquer época do ano em que forem cortadas. Entretanto, como as enxertias são realizadas utilizando-se borbulhas de ramos florais, é necessário que o corte ocorra de 2 a 3 meses antes do período reprodutivo, quando há disponibilidade de propágulos, e as brotações estejam no ponto de receber os enxertos. Normalmente, nas condições do Estado do Ceará, o corte deve ser realizado de abril a agosto, e, do Piauí, de fevereiro a junho.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 229
Ano: 2015
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Pode ser, embora não haja ainda resultados de pesquisa nesse sentido. Em 2007, a Embrapa Agroindústria Tropical lançou o clone de cajueiro-comum ‘BRS 274’ e o híbrido de cajueiro-comum x anão-precoce ‘BRS 275’, de portes médios e produtividade, ao quinto ano, de mais de 1.200 kg de castanha/ha, sob sequeiro. Uma vantagem em substituir a copa de cajueiro-comum por clones ou híbridos de cajueiro-comum é a de não ser necessário usar adensamento. A escolha do clone copa, porém, deve ser feita em função das características de interesse ou do foco do empreendimento/produtor: castanha, pedúnculo ou os dois.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 247
Ano: 2015
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A economicidade da substituição de copa do cajueiro depende de diversos fatores, como insumos e operações a serem utilizados na aplicação da tecnologia. Os custos de corte, de limpeza da área e remoção da lenha das árvores decepadas, aumentam proporcionalmente ao aumento do perímetro do tronco/porte das plantas; do uso de adensamento e reposição de plantas com mudas enxertadas. Esses custos, porém, podem ser reduzidos com a receita obtida com a venda da madeira das plantas decepadas, pois cada planta desse mesmo porte (0,92 m de circunferência do tronco) gera aproximadamente 0,83m3 de lenha. Como esse material tem sido comercializado a aproximadamente R$ 10,00 por m3, a venda da madeira pode abater boa parte do custo de implantação. O retorno do investimento em geral é acelerado com o uso de clones de cajueiro-anão-precoce como copa, cujas estimativas de economicidade disponíveis, no entanto, em geral aparecem em forma de coeficientes técnicos. O cômputo dos custos/receitas reais e a economicidade dependem, pois, da realidade do que é praticado em cada local/região.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 246
Ano: 2015
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As vantagens são:
- Redução do porte das plantas, facilitando a colheita e os tratos culturais.
- Baixo custo em comparação com a implantação de novos pomares.
- Maior e mais rápida oferta de propágulos para enxertia.
- Rejuvenescimento das plantas.
- Uniformização do pomar.
- Possibilidade de consórcio com culturas como milho, feijão e mandioca, durante os primeiros anos.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 249
Ano: 2015
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A substituição de copa é uma das várias tecnologias que podem ser empregadas na recuperação de pomares de cajueiros improdutivos. Nos casos em que ela não se aplica, deve-se adotar o uso da tecnologia mínima, por meio da correção do solo, podas e controle de invasoras, ou o plantio de novas áreas utilizando mudas enxertadas de clones de cajueiro-anão-precoce.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 252
Ano: 2015
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Há registros na literatura indicando “íntima relação entre a parte aérea e o sistema radicular” das plantas e que a perda da parte aérea pode limitar o crescimento e até provocar morte de raízes. Sobre o cajueiro de copa substituída, em que a planta perde totalmente a parte aérea, não há registro. Diante disso, a distribuição de adubos tem sido feita na projeção da copa.
Capítulo: Substituição de Copas
Número da Pergunta: 251
Ano: 2015
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A ocorrência dessa praga, vulgarmente chamada de cochonilha-farinha ou cochonilha-escama-farinha (Pinnaspis aspidistrae – Homoptera, Diaspididae), é mais comum em plantas novas, principalmente em época seca. Seus principais danos são diminuição do vigor da planta, quebra na produção de castanha e rachaduras do tronco e dos galhos, ocasionando a morte da planta. O controle é feito com óleo mineral de uso agrícola, a 1% ou 2%, em pulverizações espaçadas de 14 dias.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 256
Ano: 2015
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O inseto Aleurodicus cocois (Curtis, 1846) (Homoptera, Aleyrodidae), erroneamente chamado de mosca (possui quatro asas ao passo que as moscas só têm duas), mede 2 mm de comprimento e 4 mm de envergadura. Forma colônias cobertas por uma secreção pulverulenta branca. As formas jovens ou ninfas, com 1 mm de comprimento e coloração amarelada, são semelhantes a uma cochonilha, de forma achatada elíptica. Prendem-se às folhas, onde ficam cobertas e rodeadas por uma cerosidade branca, que pode cobrir toda a folha atacada. Também excretam substância açucarada ou mela, na qual se desenvolve o fungo causador da fumagina, dando às partes atacadas a coloração negra. Ocorrem, principalmente, no período seco do ano.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 265
Ano: 2015
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O ataque das pragas desfolhadoras é crítico no início da frutificação. Nessa ocasião, devem ser controladas quando a desfolha atingir 40%. Durante o período vegetativo da planta (época das chuvas), o controle deve ser iniciado quando a desfolha atingir 60%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 264
Ano: 2015
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Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:
0 = sem verrugas.
1 = início de ataque – alguns ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas (mais de dez por folha).
2 = grande parte dos ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas.
3 = total de ramos apresentando concentração de verrugas nas folhas.
4 = necrose generalizada devido às verrugas ou queda de folhas.
A amostragem é feita observando-se as folhas novas de um ramo por planta ou uma muda e localizando o sintoma de ataque que se caracteriza pela proliferação dos tecidos, formação de uma pequena galha ou cecídia no formato de uma verruga, as quais podem ter diferentes formas. Em ataques intensos, pode ocasionar desfolha total.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 274
Ano: 2015
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Às vezes, sim. Normalmente, o cajueiro-comum não é atacado pelas saúvas [Atta spp. – Hymenoptera, Formicidae]. Noentanto, as saúvas podem atacar o cajueiro do tipo anão. O ataque ocorre principalmente à noite e nas primeiras horas do dia, quando a temperatura é amena. Em áreas de plantio definitivo e que estejam totalmente limpas (sem plantas invasoras) e existam formigueiros ativos, as saúvas, por falta de alimento, atacam as mudas de cajueiro e comem o enxerto ainda em desenvolvimento, causando sua destruição.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 275
Ano: 2015
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O controle dessa praga é feito por quatro pulverizações em intervalos de 10 dias, na época da floração e início da frutificação, usando produtos à base de deltametrina (ingrediente ativo), na dosagem recomendada na bula de cada produto ou segundo orientação de um agrônomo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 279
Ano: 2015
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A traça prepara a saída do adulto fazendo um orifício circular, quase sempre na parte distal da castanha nova. Dessa forma, devem-se observar os maturis (castanha ainda nova) de uma mesma inflorescência, expressando a infestação em percentual de castanhas furadas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 289
Ano: 2015
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Sim. O dano causado aos frutos novos pode ser confundido com o ataque da antracnose. Porém, os frutos atacados por percevejo não ficam mumificados, mas macios, quando pressionados. Nos frutos desenvolvidos, a picada forma uma mancha oleosa escura e em depressão, enquanto a mancha da antracnose é seca.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 291
Ano: 2015
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Os mais utilizados são os percursos em zigue-zague, em diagonal simples, em diagonal cruzado e em W. Escolhe-se o que permite melhor visão do que está acontecendo (na área), em menor tempo. Em geral, devem-se evitar as amostragens nas bordas dos campos, pois elas não refletem a situação da área como um todo. Em situações específicas, como no caso de pragas que inicialmente atacam as bordaduras, fazem-se dois roteiros distintos, um que contempla a bordadura e outro, o interior ou parte central do campo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 296
Ano: 2015
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Existem fórmulas matemáticas para se determinar o melhor número de amostras. Na prática, porém, isso é prefixado em 50 ou 100, em se tratando de unidades como plantas, frutos, folhas, etc. No caso da praga estar ocorrendo em focos, ou extremamente esparsa, pode-se aumentar ou diminuir a área a ser amostrada, para melhor avaliação.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 298
Ano: 2015
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No agroecossistema do caju, é encontrada uma fauna rica de insetos benéficos (predadores e parasitoides) e microrganismos entomopatogênicos (fungos, vírus, nematoides) controladores naturais dos artrópodes (insetos e ácaros) a eles associados. Para toda praga importante do cajueiro já foi constatado pelo menos um inimigo natural, cujos níveis naturais de controle, a depender da praga e dos seus estádios de desenvolvimento, podem chegar a 90% de mortalidade, como é o caso do minador-da-folha (Phyllocnistis sp.). No entanto, o controle biológico aplicado ainda é incipiente. Foram feitos estudos usando o vírus da lagarta-dos-cafezais e um fungo no controle da broca-da-raiz. Toda a dificuldade advém do fato de que as pragas do cajueiro apresentam comportamento aleatório – não ocorrendo todos os anos, nem em todos os locais – e da impossibilidade de manter os organismos benéficos em estoque, o que implica custos elevados. No entanto, existe outra linha de controle biológico, ainda pouco explorada, que é a conservação da fauna benéfica em cada ecossistema. Preservada ou estimulada, essa fauna ajudaria a manter as pragas em densidade baixa, reduzindo assim seus surtos e os desequilíbrios advindos do clima. Essa técnica envolve práticas agronômicas adequadas que fortalecem as plantas, como a manutenção de áreas de refúgio a distâncias compatíveis, introdução de plantas que favoreçam a fauna benéfica e o uso racional de defensivos agrícolas, procurando usá-los seletivamente, evitando o desequilíbrio.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 300
Ano: 2015
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Deve-se proceder da seguinte forma: em primeiro lugar, o diagnóstico é facilitado quando se trabalha com insetos adultos. Em muitos casos, porém, os causadores de danos são jovens (imaturos) como larvas, lagartas e ninfas. O procedimento mais adequado é levar esses insetos imaturos ao engenheiro-agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que vai criá-los até a fase adulta e enviá-los a um especialista. Como nem sempre isso é viável, sugere-se recolher o maior número possível da praga que está atacando a cultura (cuidado, algumas lagartas são urticantes). Quando o inseto estiver dentro do tecido vegetal como fruto, folha, ramo, etc., deve-se colher todo esse material. Preparar uma solução de aproximadamente 70% de álcool de farmácia 96%, com 30% de água limpa. Colocar os insetos em um frasco de plástico ou de vidro (este deve ser enrolado com esparadrapo, para não quebrar) e preencher com a solução até não haver espaço para bolhas, pois estas danificam os insetos, quando agitadas. Usar frasco pequeno (mais difícil de quebrar), envolvendo-o com jornal e em seguida com vários sacos plásticos. Não enviar insetos envoltos em algodão, pois suas fibras enroscam-se no inseto, quebrando-o durante a retirada. Se possível, matar primeiro as lagartas em água fervendo, antes de colocá-las em álcool a 70%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 301
Ano: 2015
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As partes das plantas com o dano bem definido, já seco, podem ser embrulhadas em jornal e colocadas em saco plástico, fechando-o em seguida. Esse material deve ser colocado em caixa de papelão (à venda nas agências dos Correios), contendo bolinhas de jornal, a fim de evitar que o saco de plástico com a amostra seja danificado na viagem. Manter o material refrigerado até ser encaminhado aos Correios. Nenhum material deve ficar exposto ao sol ou em lugares quentes, devendo ser encaminhado o mais rápido possível. As partes verdes, como folhas, inflorescências, frutos, etc., devem ser envoltas com papel-toalha, papel higiênico ou mesmo jornal levemente umedecido, colocando-se a amostra em saco de plástico bem vedado (por garantia, usar, de preferência, mais de um saco). Manter o material obrigatoriamente em geladeira até a hora da remessa, que deve ser feita o mais rápido possível. A embalagem para os Correios é a mesma descrita anteriormente. Deve-se dar preferência ao serviço de Sedex, que é mais rápido.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 302
Ano: 2015
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A praga conhecida como lagarta-verde [Ceridirphia rubripes (Draudt, 1930) – Lepidoptera, Hemileucidae], quando adulta, é uma mariposa de cor marrom-avermelhada, de 100 mm a 110 mm de envergadura, e possui, nas asas anteriores, duas listras mais escuras, bem distintas no sentido transversal e apenas uma listra na asa posterior. Os ovos são bastante duros, esféricos, de cor branca, com um ponto negro no centro. As larvas são gregárias nos primeiros instares, com o hábito de formar fila indiana. Possuem cor verde-clara, passando a castanho na fase de pré-pupa. A pupa é negra, sendo a feminina maior (45 mm) que a masculina (35 mm), e é encontrada no solo, na base da planta.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 259
Ano: 2015
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O adulto do tripes-da-cinta-vermelha [Selenothrips rubrocinctus (Giard, 1901) – Thysanoptera, Thripidae], de coloração preta ou marrom-escura, mede 1 mm de comprimento, tem asas franjadas e é bastante ágil, fugindo rapidamente quando a folha é tocada. A fêmea introduz os ovos sob a epiderme da folha e cobre-os com uma secreção que se torna escura ao secar.
As formas jovens são, em geral, amareladas e com os dois primeiros segmentos abdominais vermelhos. Carregam, entre os pelos terminais do abdômen, uma pequena bola de excremento líquido. As partes atacadas tornam-se a princípio cloróticas, passando posteriormente para a cor bronzeada, ferruginosa, podendo ocorrer necrose. Nesse estádio final, as folhas caem, as inflorescências secam, o pseudofruto pode até rachar, havendo depreciação geral dos frutos. Sua ocorrência é maior na época de estiagem.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 268
Ano: 2015
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O controle dessa praga é feito por pulverizações em sua época de ocorrência, com o uso de produtos comerciais à base de deltametrina (ingrediente ativo), na dosagem recomendada nas respectivas bulas dos produtos comerciais ou segundo orientação de um agrônomo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 269
Ano: 2015
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Utiliza-se o critério de notas de acordo com o sintoma ou presença do inseto, obedecendo à seguinte escala:
0 = sem tripes.
1 = poucos insetos.
2 = colônias de insetos generalizadas na planta.
3 = colônias de insetos e início de bronzeamento.
4 = colônias de insetos e bronzeamento generalizado.
Para a amostragem dessa praga, verifica-se, num ramo por planta, a presença ou não dos insetos e sua associação com o bronzeamento das folhas. É importante salientar que o bronzeamento permanece mesmo após o controle da praga, o que por si só não caracteriza ataque. A presença dos insetos é necessária, sendo, portanto, um sintoma associativo. Durante a amostragem, alternam-se os ramos nas diferentes plantas, visando contemplar todos os pontos cardeais. A planta também é observada como um todo, para as notas mais altas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 270
Ano: 2015
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É a lagarta conhecida como bicho-mineiro-do-cajueiro [Phyllocnistis sp. – Lepidoptera, Gracillariidae]. Logo após a eclosão, a lagarta penetra no mesófilo foliar (parte da folha encarregada da fotossíntese e da transpiração dos vegetais), alimenta-se entre as duas epidermes e constrói minas longas e tortuosas. Ao empupar, faz uma pequena dobra na borda da folha, para se proteger.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 271
Ano: 2015
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O inseto adulto da traça-das-castanhas (Anacampsis cf. phytomiella – Lepidoptera: Gelechiidae) é um microlepidóptero com cerca de 20 mm de envergadura, coloração escura, com pequenas áreas claras nas asas. A fêmea coloca o ovo sobre o maturi (castanha ainda nova). A larva recém-eclodida penetra na região próxima à inserção da castanha no pedúnculo. O furo cicatriza em seguida, confundindo-se com a textura do fruto. Geralmente, encontra-se apenas uma lagarta ou pupa por castanha. O ataque só é observado quando o dano já foi feito, pois, antes de empupar-se, a larva faz um orifício na parte inferior (ponta) da castanha, por onde emergirá o adulto. Geralmente, as castanhas são colhidas e encaminhadas à indústria e, somente no local, por ocasião do corte, percebe-se a falta da amêndoa. Já foram registradas perdas de até 27%.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 287
Ano: 2015
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A larva-do-broto-terminal (Stenodiplosis sp. – Diptera, Cecidomyiidae) tem sido constatada com regularidade em viveiros de mudas e, com menor frequência, em campo. No viveiro, é mais problemática, pois ataca os porta-enxertos e mudas enxertadas. No primeiro caso, as larvas atacam e matam as gemas terminais, fazendo com que a planta emita novas brotações laterais. Estas são também atacadas, forçando nova rebrota e induzindo a planta a uma arquitetura ramificada imprópria para o uso como porta-enxerto. Quando o ataque ocorre no enxerto, pode haver a perda da muda. No campo, o processo de ataque é semelhante ao que ocorre nas mudas, havendo um atraso no desenvolvimento da planta e formação de panículas defeituosas. A inflorescência emitida a partir de um broto atacado é de menor tamanho, deformada, o que não impede a formação de panículas perfeitas, em alguns casos. No entanto, é comum aparecerem panículas atrofiadas, normalmente impossibilitadas de se desenvolverem e produzirem. O sinal encontrado em vistorias de campo realizadas muito tempo depois do ataque é a presença de estruturas secas, parecidas com um repolhinho, algumas vezes semelhantes a um charutinho de cor marrom, que podem secar. A ocorrência de um ataque intenso pode acarretar atraso na frutificação e diminuição na produtividade. Durante o período chuvoso, o ataque ocorre preferencialmente em brotações novas. No viveiro, essa praga é controlada com defensivos agrícolas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 284
Ano: 2015
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Utiliza-se o critério de notas de acordo com a intensidade do ataque, obedecendo à seguinte escala:
0 = sem ataque.
1 = 1% a 20% das inflorescências com sintomas de dano.
2 = 21% a 40% das inflorescências com sintomas de dano.
3 = 41% a 60% das inflorescências com sintomas de dano.
4 = 61% a 80% das inflorescências com sintomas de dano.
5 = 81% a 100% das inflorescências com sintomas de dano.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 285
Ano: 2015
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Em plantas pequenas (e mudas), conta-se o número de plântulas com sinal de ataque (com repolhinho), sendo a intensidade de infestação expressa em porcentagem.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 286
Ano: 2015
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A lagarta ataca internamente a castanha, destruindo totalmente a amêndoa, tornando-a imprestável para a comercialização.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 288
Ano: 2015
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Sim. É a doença mais comum em viveiros de cajueiro. A doença se caracteriza por manchas foliares necróticas, inicialmente marrom-claras, escurecendo depois e causando a queima total e queda das folhas. Às vezes, avança em direção ao caule, podendo causar a morte da muda. O fungo Colletotrichum gloeosporioides é o agente causal dessa doença.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 305
Ano: 2015
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O uso de substrato desinfestado (por exemplo casca de arroz carbonizado, solo solarizado, etc.) é muito importante na exclusão de patógenos habitantes do solo como Pythium spp., Sclerotium rolfsii, Phytophthora spp., e Cylindrocladium scoparium, que são capazes de enfraquecer ou matar a muda.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 308
Ano: 2015
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Recentemente, tem-se observado incidências severas de oídio em viveiro, necessitando, portanto, de controle. A aplicação de enxofre reduz significativamente a incidência. O controle da antracnose por meio de pulverizações é suficiente para manter as demais doenças sob controle.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 307
Ano: 2015
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Tanto mudas enxertadas por garfagem quanto as enxertadas por borbulhia têm apresentado esse problema. Estudos demonstraram que o escurecimento ocorre em virtude da infecção pelo fungo Lasiodiplodia theobromae, o mesmo que causa a resinose do cajueiro. O fungo já está presente na borbulha ou no garfo, desenvolvendo-se rapidamente após a enxertia. Uma medida eficiente para evitar essa infecção é mergulhar a borbulha ou garfo, bem como o canivete de enxertia, numa solução a 0,4% (4 mL do produto comercial por litro de água) de um fungicida sistêmico, antes de cada operação. Quatro pulverizações quinzenais das matrizes com o mesmo produto fungicida (2 mL do produto comercial por litro de água) devem ser realizadas antes da retirada dos garfos ou das borbulhas.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 309
Ano: 2015
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Sim, recentemente essa possibilidade foi confirmada em várias localidades do Nordeste brasileiro. O fungo pode infectar mudas enxertadas, bem como mudas de pé-franco destinadas a porta-enxerto ou para jardins clonais. É importante mencionar que mudas podem representar importante veículo de disseminação da resinose, assumindo importância maior na introdução da doença em áreas onde ela não ocorre.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 334
Ano: 2015
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Sob condições climáticas favoráveis, a mancha de Xanthomonas tem potencial para promover um prejuízo total na produção de amêndoas em clones susceptíveis.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 337
Ano: 2015
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O oídio pode ser controlado por meio de pulverizações com fungicidas à base de enxofre, inclusive com o enxofre elementar em pó. Os fungicidas tebuconazol (0,75 mL/L), enxofre formulado (3 g/L) e triflumizol (0,5 g/L) se mostraram eficientes no controle do oídio.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 320
Ano: 2015
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Em condições de campo, essa doença não tem apresentado danos que justifiquem a adoção de medidas de controle.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 323
Ano: 2015
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No início da doença, frutos e folhas afetados devem ser coletados e queimados. Na falta de bactericidas agrícolas registrados para a cultura, devem-se pulverizar as plantas com oxicloreto de cobre em dosagens recomendadas por um agrônomo.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 339
Ano: 2015
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Botanicamente, o verdadeiro fruto do cajueiro é a castanha, um aquênio em formato de rim, pendente de um pedúnculo floral hipertrofiado (representa quase 90% do conjunto), carnoso e suculento, o qual é chamado de pseudofruto, falso fruto ou simplesmente caju.
O pedúnculo constitui a polpa comestível e é enquadrado no grupo das “frutas” tropicais, e pode ser consumido in natura ou servir de matéria-prima para sucos, doces, etc. A castanha, no entanto, deve ser beneficiada para que se retire a amêndoa, que é a sua parte comestível.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 349
Ano: 2015
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Embora não existam diferenças na composição do pedúnculo que sejam associadas exclusivamente com os atributos físicos, como cor, tamanho e forma, deve-se procurar atender às exigências do mercado pretendido. Mesmo no caso de não haver preferência por determinado mercado, deve-se ter o cuidado de expedir lotes homogêneos, com todas as informações sobre o produto na embalagem.
É importante lembrar que existe uma tendência identificada no mercado, de preferência por cajus de coloração alaranjada com tendência a cor vermelha ou avermelhada, pois essa cor geralmente é associada com fruto mais maduro e doce. No entanto, existem cajus com pedúnculos amarelos que são mais doces do que vermelhos, e vice-versa.
A qualidade do pedúnculo para consumo in natura está relacionada também com uma boa firmeza, baixa adstringência e acidez, doçura, tamanho (tipos: 4 a 9 cajus por bandeja) e formato (piriforme). Cajus do tipo 4 e 5 são os preferidos pelos consumidores. Do ponto de vista da indústria, são mais importantes o rendimento em suco, a baixa adstringência e os teores de acidez e de açúcares.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 350
Ano: 2015
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Estudos realizados até o momento indicam que aproximadamente 10% das castanhas de cajueiro produzidas no Nordeste brasileiro apresentam amêndoas deterioradas por fungos, não se prestando para o processamento industrial.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 342
Ano: 2015
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A deterioração das amêndoas de castanhas de cajueiro pode ser minimizada pela adoção das seguintes medidas: colher as castanhas tão logo atinjam a maturidade, eliminando qualquer resto de pedúnculo aderido; colocá-las para secar em terreno batido ou secador de cimento durante pelo menos 3 dias; armazená-las em sacos de aniagem, sobre estrados de madeira, em local seco e ventilado.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 343
Ano: 2015
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Sim. Aliás, a quase totalidade dos pedúnculos produzidos atualmente não recebe aplicações de defensivos. Entretanto, o crescente número de patógenos e pragas, surgido após o estabelecimento de extensos plantios em áreas desmatadas, indica a necessidade do uso de defensivos a fim de evitar danos às folhas, flores, frutos e pedúnculos. É provável que, no futuro, a implantação de programas de manejo integrado consiga manter ou mesmo elevar a produtividade do cajueiro com o uso mínimo de defensivos e a utilização de métodos alternativos de controle, principalmente o controle biológico, resistência genética ou até mesmo por meio de indutores de resistência.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 346
Ano: 2015
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As medidas de controle da antracnose incluem métodos profiláticos, como a limpeza e destruição de restos culturais infectados e a proteção da planta com fungicida à base de oxicloreto de cobre, por meio de pulverizações quinzenais, na dose de 350 g do produto comercial por 100 litros de água na época de lançamento foliar.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 311
Ano: 2015
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Os clones BRS 226, BRS 275 e CCP 1001 têm se mostrado resistentes em estudos preliminares desenvolvidos na Embrapa Agroindústria Tropical. Vários outros clones experimentais apresentam resistência, fato que presume o breve lançamento de outros clones comerciais resistentes ao oídio.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 321
Ano: 2015
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Os sintomas da resinose, doença causada por Lasiodiplodia theobromae, em plantas adultas se caracterizam pelo escurecimento, entumescimento e rachadura da casca, formando cancros no tronco e ramos, seguidos de intensa exsudação de goma. Abaixo da casca, observa-se um escurecimento dos tecidos que se prolonga até a parte interna do lenho.
Capítulo: Doenças
Número da Pergunta: 325
Ano: 2015
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Apesar de existirem excelentes pedúnculos de cajueiro-comum, a planta apresenta alto porte, com altura de 8 m a 15 m e envergadura de 10 m a 20 m. A colheita do caju de árvores muito altas é impraticável ou tem pouco aproveitamento, pois boa parte dos cajus cai de alturas elevadas e ficam imprestáveis para o consumo in natura.
Por causa da fragilidade do caju, a utilização de acessórios de colheita (varas, sacos, garrafas PET, etc.) não é recomendada, pois, além de machucar o pedúnculo, tornando-o imprestável para a comercialização in natura, provoca a queda de flores e frutos imaturos. Além disso, nem sempre é possível alcançar os cajus maduros nessas árvores mais altas.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 347
Ano: 2015
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Não. O caju é classificado no grupo dos frutos não climatéricos. Mesmo depois de colhidos, todos os frutos continuam a respirar, e, de acordo com seu comportamento respiratório, são classificados em climatéricos e não climatéricos. Após a colheita, os climatéricos têm um aumento característico na taxa de respiração, identificada pela quantidade de gás carbônico (CO2) produzida. Essa taxa aumenta até atingir um máximo (pico respiratório climatérico), que antecede ou coincide com o pico de produção de etileno, considerado o regulador do amadurecimento. Nos frutos não climatéricos, a taxa respiratória decresce continuamente após a colheita, a produção de etileno não aumenta e não há modificações relacionadas ao amadurecimento. Os frutos pertencentes a esse grupo, se colhidos antes de amadurecer, embora possam apresentar amolecimento e perda de coloração verde, não se tornam adequados para o consumo. Portanto, o caju deve ser colhido obrigatoriamente com o pedúnculo maduro.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 354
Ano: 2015
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Essa sensação de “travar” ao se morder o pedúnculo do caju é provocada por uma propriedade de alguns pedúnculos, denominada de adstringência. Essa propriedade é consequência da presença de substâncias complexas conhecidas como taninos. Os taninos de menor tamanho molecular ou pouco polimerizados formam complexos com a proteína da saliva, dando a sensação de secura na boca. Não só no pedúnculo do caju, mas quando qualquer fruto amadurece, o tamanho das moléculas ou o grau de polimerização aumenta. Com isso, ocorre a perda da capacidade de se complexar com as proteínas e a diminuição da adstringência.
Em geral, quando se trata de pedúnculos de cajueiro-comum, não é possível identificar, apenas pela aparência, se um caju é adstringente ou não. Porém, existem algumas exceções, como o caso do chamado caju-banana, que, em geral, contém alto teor de taninos e é conhecido pela acentuada adstringência. Com o desenvolvimento de pesquisas em melhoramento genético do cajueiro, foram selecionados clones que passaram a ser utilizados em plantios comerciais. A análise dos teores de taninos dos pedúnculos, durante a seleção, tornou possível saber, antes do plantio, se os pedúnculos de um determinado clone são adstringentes ou não.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 352
Ano: 2015
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Sim, se for colhido maduro. Mesmo maduro ele ainda pode apresentar um teor de amido superior a 1,5%, que pode ser transformado em açúcares por meio de reações enzimáticas. O sabor doce do caju pode acentuar-se também pelo aumento na proporção de glicose e frutose durante o armazenamento, atribuído à quebra da sacarose, mesmo que o teor total de açúcares não se altere. Como a frutose tem um poder adoçante de cerca de 70% superior ao da sacarose, essa transformação pode fazer com que o pedúnculo fique um pouco mais doce.
Caso o pedúnculo não seja adequadamente embalado, ou esteja armazenado em ambiente com umidade relativa baixa, pode perder massa em razão da redução da umidade. Essa perda faz que haja uma concentração dos açúcares presentes, tornando o sabor mais doce. Entretanto, esse efeito não é desejável, porque a perda de umidade provoca perda de qualidade, reduz o teor de suco e causa murchamento do pedúnculo.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 358
Ano: 2015
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Não. Nos dois casos, os pedúnculos devem ser colhidos completamente maduros, quando apresentam as melhores características de sabor e aroma (máximo teor de açúcares, menor acidez e adstringência). No entanto, para o mercado in natura, os pedúnculos devem estar perfeitos, sem deformações. A indústria aceita frutos com defeitos físicos, desde que não apresentem sinais de doenças ou ataque de insetos. Pedúnculos machucados são aceitos para o processamento, desde que não tenham iniciado o processo de fermentação.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 356
Ano: 2015
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Por ser um órgão não climatérico, o pedúnculo deve ser colhido maduro. Os principais indicadores do ponto de colheita são: coloração, firmeza e composição. No entanto, na prática, a colheita é realizada quando o pedúnculo apresenta-se completamente desenvolvido (tamanho), desprendendo-se facilmente da planta quando tocado manualmente, com a textura ainda firme e coloração característica do clone (sem sinais de coloração verde).
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 355
Ano: 2015
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Não. Na ocasião das chuvas, existe o risco de o pedúnculo ser menos saboroso, por causa do elevado teor de umidade, que exerce efeito diluidor sobre os componentes celulares, inclusive os sólidos solúveis. Tanto os açúcares quanto os ácidos são extremamente importantes para o sabor dos frutos, e o equilíbrio entre eles é determinante para a aceitação. Além disso, durante as chuvas, os pedúnculos ficam mais sujeitos a manchas, provocadas por atrito, e doenças.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 359
Ano: 2015
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O tempo necessário para esse transporte deve ser o menor possível. Se não houver alternativa, as caixas devem ser mantidas à sombra, sob a copa do próprio cajueiro ou de estrutura de proteção para essa finalidade, no caso de grandes plantios. Após a colheita, os pedúnculos devem ser transportados o mais rápido possível para o galpão de embalagem. A demora no campo acelera o processo de deterioração e diminui a vida útil do produto. A exposição prolongada a altas temperaturas provoca, ainda, rápida perda de massa, depreciando os frutos.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 361
Ano: 2015
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O controle de doenças pós-colheita deve iniciar ainda no campo e, depois da colheita, o manuseio deve ser realizado segundo as boas práticas de pós-colheita, utilizando equipamentos e utensílios higienizados. Apesar de alguns produtos serem eficientes contra as doenças e pragas pós-colheita de caju, ainda não existe nenhum produto registrado no Mapa para essa finalidade. Portanto, não podem ser feitas recomendações para controle pós-colheita de doenças.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 363
Ano: 2015
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Não. Após a operação de seleção, o aproveitamento máximo é de aproximadamente 50% para a comercialização in natura. Normalmente, os outros 50% dos pedúnculos são rejeitados por apresentarem desuniformidades (tamanho, cor, formato), defeitos ou mesmo áreas danificadas, em razão do manuseio inadequado na colheita e na pós-colheita. Entre esses pedúnculos rejeitados, aqueles com pequenos danos e sem podridões podem ser destinados para as indústrias.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 365
Ano: 2015
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As embalagens utilizadas para comercialização de frutas in natura, além de permitir que o produto seja adequadamente acondicionado, transportado e comercializado, devem levar em consideração a boa apresentação. Por isso, as seguintes falhas devem ser evitadas:
- Má qualidade de impressão.
- Ilustrações deficientes.
- Letras muito pequenas.
- Combinação inadequada de cores.
- Letras de tipos diferentes.
- Informações incompletas ou mesmo ausência de informações, tais como modo de consumo do produto.
- Rótulo ou etiqueta confusos (por exemplo, rótulo ou etiqueta com desenho de caju vermelho em embalagem com caju amarelo).
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 372
Ano: 2015
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O pedúnculo do caju é altamente perecível, quando armazenado em temperatura ambiente. A vida útil pós-colheita nessa condição não ultrapassa 48 horas. Após esse período, o pedúnculo perde o brilho, apresenta-se enrugado, fermenta e consequentemente perde a atratividade. No entanto, pedúnculos avermelhados (BRS 189), devidamente embalados, sob refrigeração a 5 °C e entre 85% e 90% de umidade relativa, têm vida útil de, aproximadamente, 15 dias, sem apresentar “queima” pelo frio. Para os pedúnculos alaranjados (CCP 76), nas mesmas condições, essa vida útil pode chegar a 3 semanas.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 375
Ano: 2015
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Considerando o tempo máximo de vida útil do caju (3 semanas), a permanência na fazenda não deve ultrapassar 5 dias, pois as operações de transporte e comercialização requerem entre 6 e 8 dias. Para que o caju não fique estocado na fazenda por tempo prolongado, ao planejar o pomar é necessário que se considere a quantidade suficiente para completar um carregamento e a área necessária para produzi-la.
Uma alternativa para o produtor, cuja propriedade não alcance essa quantidade diária, é a vinculação a uma cooperativa ou associação, de modo que a expedição possa ser feita com mais frequência.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 378
Ano: 2015
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A castanha, o verdadeiro fruto do cajueiro, é constituída basicamente de duas partes: a casca e a semente, que é a parte comestível.
A casca é formada pelo conjunto epicarpo, mesocarpo esponjoso e endocarpo, enquanto a semente é uma amêndoa revestida por um tegumento – a película. A proporção entre os componentes da castanha é, em média, 67,5% de casca, 2,5% de película e 30% de amêndoa.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 382
Ano: 2015
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A composição em ácidos graxos (%) do óleo de amêndoas de castanha-de-caju (Tabela 2) apresenta elevados teores de ácido oleico e linoleico, semelhantes ao do azeite de oliva. Além disso, destaca-se o alto teor de ácido linolênico, também conhecido como ômega 6 (ω6), que é um ácido graxo essencial, ou seja, não é produzido pelo organismo humano e deve ser adquirido por meio de ingestão na dieta. Por ser um produto de origem vegetal, a quantidade de colesterol é praticamente inexistente.
Tabela 2. Composição em ácidos graxos (%) do óleo da amêndoa de castanha-de-caju.
Componente % Ácido palmítico (C16:0) 7,9 a 9,7 Ácido palmitoleico (C16:1) 0,2 a 0,4 Ácido esteárico (C18:0) 6,3 a 9,3 Ácido oleico (C18:1) 57,7 a 67,1 Ácido linoleico (C18:2) 17,6 a 21,9 Ácido linolênico (C18:3) 0,1 a 0,9 Ácido araquídico (C20:0) 0,4 a 2,1 Total de ácidos graxos insaturados 78,6 a 85,4 Total de ácidos graxos saturados 14,6 a 21,4 Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 384
Ano: 2015
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O óleo da amêndoa da castanha-de-caju é líquido à temperatura ambiente, com densidade de 0,905 a 0,915 (a 20°C), cor amarelo-clara e índice de refração 82 a 85 (a 40°C). Ele pode ser utilizado da mesma forma que os demais óleos comerciais; no entanto, por possuir elevado teor de ácidos graxos insaturados e sabor suave, é especialmente indicado como óleo para saladas. Estudos mostram que o óleo extraído a frio da amêndoa de castanha-de-caju permanece estável por pelo menos seis meses à temperatura ambiente (28°C).
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 385
Ano: 2015
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A seleção das castanhas, realizada no campo ou na fábrica, por meio da imersão em água ou de qualquer outro método em que se considere o fator densidade da castanha, promove significativas economias para as indústrias. Além de possibilitar a eliminação da etapa de seleção manual da castanha, permite que somente as castanhas com amêndoas sãs e viáveis comercialmente sejam submetidas à secagem, calibragem, corte, despeliculagem, seleção e classificação, ou seja, não há o custo operacional para o processamento das castanhas estragadas, pois elas já foram refugadas no processo de seleção.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 392
Ano: 2015
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A diferença entre os dois processos reside no tratamento térmico e no corte da castanha. Enquanto no processo mecanizado as castanhas são torradas em banho de líquido da casca da castanha (LCC) quente e quebradas por impacto mecânico em máquinas automatizadas, no processo semimecanizado elas são cozidas em autoclave a vapor e cortadas, uma a uma, por navalhas, em máquinas de operação manual.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 395
Ano: 2015
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O corte mecanizado, utilizado nas grandes fábricas brasileiras, foi adaptado do processo Stutervant, de origem inglesa. As castanhas previamente limpas e selecionadas são submetidas à umidificação por imersão em água em grandes silos, por 5 minutos. Em seguida, são drenadas e ficam em repouso por até 72 horas, quando devem estar com 11% de umidade. Logo após, são levadas para fritura em banho de líquido da casca da castanha (LCC) quente, em temperatura de 200 °C a 220 °C, para tornar a casca mais friável (quebradiça). Nesse banho quente, é extraído cerca de 40% do LCC das castanhas.
Para abrir as castanhas (decorticação), elas são arremessadas por pratos giratórios em alta rotação contra chapas montadas na face vertical da máquina, sofrendo um impacto que quebra a casca e libera a amêndoa. As amêndoas com película são levadas para a estufa para posterior despeliculagem, seleção, classificação e embalagem.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 396
Ano: 2015
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Depende do processo de autoclavagem empregado. Naqueles em que as castanhas não aumentam de peso, ou seja, não absorvem água durante o cozimento, basta esperar a castanha esfriar o suficiente para permitir sua manipulação. Por sua vez, naqueles em que a castanha absorve umidade, recomenda-se que elas sejam levadas ao sol para facilitar a operação de decorticação.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 399
Ano: 2015
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No sistema semimecanizado, os operários trabalham em duplas, um de cada lado da máquina. O cortador opera a máquina mediante movimento simultâneo num pedal e numa alavanca, prendendo a castanha e acionando as lâminas que cortam e separam as duas metades da casca. Colocado à sua frente, o outro operário (tirador) separa a amêndoa da casca, com o uso de faca ou canivete com ponta.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 400
Ano: 2015
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Algumas indústrias de castanha-de-caju no Brasil estão utilizando estufas de três estágios, em que as amêndoas são conduzidas sobre esteiras, num sistema contínuo fechado com gradação de temperatura, até a finalização do processo de estufagem. Esse equipamento representa um avanço em relação à estufa convencional, geralmente de natureza estática, e que demanda longo tempo de processo. As estufas de multiestágios operam com temperaturas em torno de 85 °C, e o processo é realizado em quatro horas e meia, com grande economia de mão de obra e tempo.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 404
Ano: 2015
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O pedúnculo descastanhado deve ser manipulado com todo o cuidado para evitar contaminação. Deve-se trabalhar com recipientes e utensílios completamente limpos e sob refrigeração. Caso contrário, pode ocorrer a perda de suco, fermentação e, consequentemente, a perda do produto.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 367
Ano: 2015
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O filme de plástico, por causa da permeabilidade reduzida, dificulta as trocas gasosas entre o caju e o ambiente externo, modificando a atmosfera ao seu redor, torna a pressão de oxigênio mais baixa e a de gás carbônico (CO2) mais alta do que na atmosfera ambiente. Essa modificação reduz a intensidade do processo respiratório. Além disso, em uma pressão adequada, o CO2 acumulado dentro da embalagem pode também ter efeito fungistático. No entanto, uma pressão extremamente elevada desse gás pode acarretar o processo de fermentação. A atmosfera modificada possibilita um aumento na vida útil pós-colheita do caju in natura, quando armazenado sob refrigeração.
O pedúnculo do caju perde água por transpiração com muita facilidade, podendo causar perda de massa e murchamento. O filme plástico, por ser pouco permeável à água, aumenta a umidade relativa dentro da embalagem, reduzindo o murchamento por perda de umidade e mantendo os frutos firmes.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 369
Ano: 2015
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Atualmente, o consumidor, antes de adquirir qualquer tipo de produto, leva em consideração vários aspectos. No caso de frutas in natura como o caju, algumas informações são essenciais: conteúdo (tipo, peso, número e tamanho de frutos); origem (região e nome do produtor); data de colheita; condições de conservação (temperatura e umidade relativa de armazenamento); valor nutritivo (teor médio de açúcares, vitamina C e valor calórico); e orientações sobre como consumir o produto.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 370
Ano: 2015
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O layout das embalagens para frutas in natura deve considerar que esses produtos estão vivos: respiram, amadurecem e morrem. Assim, a primeira função de uma embalagem é permitir a continuidade do processo vital dos frutos, além de protegê-los contra lesões e de isolá-los de condições adversas. No caso do caju in natura, as embalagens devem apresentar as seguintes características:
- Oferecer suficiente resistência à perda de água (de modo que permita a manutenção da umidade relativa recomendada para o armazenamento).
- Permitir troca de gases e fluxo de ar durante o transporte e armazenamento.
- Apresentar resistência física suficiente para proteger o produto durante a distribuição.
- Permitir o empilhamento e a paletização.
- Se usadas para exibição, devem ser atrativas ao consumidor.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 371
Ano: 2015
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Depois de colhidos, os cajus devem ser dispostos em camada única, em caixas de plástico, com aberturas nas laterais e no fundo, com aproximadamente 15 cm de profundidade e forradas com espuma (±1 cm de espessura).
Ainda no campo, pode ser feita uma pré-seleção, desde que se observe o cuidado de manter os frutos à sombra e pelo menor tempo possível. Nessa operação, pode-se separar o caju para o mercado in natura daquele que será destinado à indústria, e fazer o seu descastanhamento. No entanto, e sempre que possível, todas as operações pós-colheita devem ser feitas no galpão de embalagem.
As mesmas caixas utilizadas na colheita podem servir para o transporte até o galpão. O transporte deve ser feito em veículos com cobertura que permita ventilação. Essa ventilação deve existir, também, entre a última caixa de caju e a cobertura.
É importante que, em pomares extensos, o galpão esteja localizado no centro da propriedade e as vias de acesso sejam mantidas em boas condições. Ao chegar ao galpão, recomenda-se que seja observada a seguinte sequência de operações: chegada ao galpão, seleção e classificação, embalagem, paletização, pré-resfriamento e armazenamento refrigerado.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 362
Ano: 2015
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Na seleção para comercialização in natura, devem ser retirados os cajus com pedúnculos que apresentem doenças, defeitos ou ferimentos, formato e coloração não característicos do tipo ou clone, tamanho inadequado, verdes ou muito maduros.
São considerados inadequados os pedúnculos de formato alongado, como o caju-banana, globosos e os muito pequenos. Os pedúnculos rejeitados por tamanho ou defeitos, desde que não apresentem sinais de deterioração, podem ser descastanhados e destinados à industrialização.
A classificação é feita com base no número de cajus por bandeja, que varia normalmente de quatro a nove. Os maiores (quatro a cinco por bandeja) são os mais procurados pelo consumidor e, por isso, atingem maior preço.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 364
Ano: 2015
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Podem ser utilizados dois tamanhos de palete: 0,92 m x 1,12 m para 200 caixas ou 0,92 m x 0,92 m para 160 caixas. A disposição das caixas no palete é feita com 8 ou 10 caixas. Cada palete tem a altura correspondente a 20 caixas. Para o carregamento, os paletes são colocados 2 a 2, perfazendo o total de 12 ou 14, conforme o tamanho do veículo. Os dois primeiros paletes, localizados próximo aos evaporadores do veículo, devem ter altura de apenas 10 caixas.
Capítulo: Pós-colheita e Conservação do Pedúnculo do Caju
Número da Pergunta: 373
Ano: 2015
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As principais variáveis a serem consideradas na seleção das castanhas para se obter um alto rendimento industrial são:
- Rendimento: castanhas cuja casca corresponda a uma baixa porcentagem do peso total, resultando em alto rendimento de amêndoas.
- Tamanho: castanhas que produzam amêndoas do tipo special large whole (SLW) – 160 a 180 amêndoas por libra-peso.
- Cotilédones: castanhas que produzam amêndoas com cotilédones unidos, de difícil separação, pois produzem menos bandas.
- Película: castanhas que produzam amêndoas com película não muito aderida, de fácil despeliculagem.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 387
Ano: 2015
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Essa nova alternativa de agregação de valor à amêndoa da castanha-de-caju foi direcionada para atender às necessidades dos pequenos produtores familiares, tradicionalmente fornecedores de castanha-de-caju in natura para as grandes indústrias. Com a introdução das minifábricas, com os modernos e eficientes equipamentos e processos desenvolvidos, as pequenas comunidades puderam beneficiar suas próprias castanhas e ainda adquirir matéria-prima de pequenos produtores vizinhos.
Desde o início do desenvolvimento desse modelo, a Embrapa Agroindústria Tropical participou diretamente da implantação de cerca de 80 minifábricas nos seguintes estados: Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Rio Grande do Norte e Bahia.
Vários fatores conferem vantagens para o sucesso do beneficiamento da castanha-de-caju nas minifábricas, entre os quais se destacam:
- Os equipamentos garantem alta produtividade e qualidade da amêndoa produzida.
- A Embrapa capacita técnicos para monitorar o funcionamento das minifábricas, contribuindo para que as associações comunitárias e cooperativas rurais possam gerar seus próprios recursos e disputar lugar no mercado.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 389
Ano: 2015
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Balde fofador é um equipamento no qual as amêndoas com película são submetidas a um jato de vapor superaquecido e de baixa umidade, que causa um choque físico sobre a película e força sua desintegração e a consequente liberação da superfície da amêndoa, facilitando a despeliculagem. Algumas fábricas utilizam um despeliculador que já possui um ciclone, no qual o choque físico sobre a película é dado pelo ar comprimido.
Capítulo: Aproveitamento Industrial
Número da Pergunta: 405
Ano: 2015