Filtrar por
-
O Brasil é o provável centro de origem do cajueiro e o principal centro de diversidade da maioria das espécies do gênero Anacardium.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 1
Ano: 2015
-
O cajueiro encontra-se distribuído na maioria das áreas tropicais do mundo, desde 27°N (sul da Flórida) até 28°S (África do Sul).
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 2
Ano: 2015
-
O cajueiro cultivado (Anacardium occidentale L.) pertence à família Anacardiaceae e ao gênero Anacardium, que compreende ainda outras 20 espécies. Dentre todas as espécies, apenas a Anacardium occidentale é cultivada comercialmente e compreende os tipos anão-precoce e comum.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 3
Ano: 2015
-
O cajueiro é uma planta perene, com ramificação baixa e porte variado, em função do qual se distinguem os grupos anão-precoce (porte baixo) e comum (porte alto). Geralmente, a planta do cajueiro comum atinge 12 m a 14 m de altura e 5 m a 8 m de envergadura, podendo, excepcionalmente, chegar a 15 m de altura por 20 m de envergadura. No tipo anão-precoce, a altura média fica em torno de 4 m, e a envergadura varia entre 6 m e 8 m. O sistema radicular é constituído por uma raiz pivotante bem desenvolvida e normalmente bifurcada, com raízes laterais que atingem até duas vezes a projeção da copa. As folhas são simples, inteiras, alternas, glabras, de aspecto subcoriáceo e com pecíolo curto. Durante o seu desenvolvimento, a planta possui ramificações intensivas, das quais se originam as panículas, e extensivas, que não resultam em panículas. A predominância de ramificação intensiva confere à copa um formato de guarda-chuva, e a de ramificação intensiva resulta em copa esgalhada e desuniforme. As panículas contêm flores masculinas e hermafroditas em proporções variadas e são produzidas na periferia da copa.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 4
Ano: 2015
-
O cajueiro é uma planta com predominância de polinização cruzada, cujo número de cromossomos ainda é indefinido, sendo o mais aceito 2n = 42 cromossomos.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 5
Ano: 2015
-
É um grupo de indivíduos da mesma espécie, com uniformidade fenotípica e que se distingue de outros grupos pela aparência ou mesmo pela função que exerce.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 6
Ano: 2015
-
É uma variedade que passou a ser cultivada comercialmente.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 7
Ano: 2015
-
É uma planta que se origina de outra por propagação assexuada e possui o mesmo patrimônio genético. Quando alguém menciona o termo “clone de cajueiro CCP 76”, está se referindo a um grupo de plantas propagadas assexuadamente a partir da planta CP 76, selecionada no programa de melhoramento genético. Um clone é também comumente chamado de variedade ou cultivar.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 8
Ano: 2015
-
A denominação de híbrido é dada a uma semente ou planta resultante do cruzamento entre pais geneticamente diferentes: uma planta funciona como mãe (recebe o pólen) e a outra como pai (doa o pólen). O híbrido reúne, num mesmo indivíduo, as características encontradas em dois indivíduos separados.
No caso do cajueiro, é importante reunir na mesma planta as características de maior produtividade e maior tamanho de castanha do cajueiro-comum, com as características de precocidade e porte baixo do cajueiro-anão-precoce. Para obtenção da planta híbrida, é necessário fazer a polinização manual entre as plantas cujas características se desejam associar (juntar). Em seguida, a planta originada desse cruzamento passa pelo processo seletivo; e, se selecionada, precisa ser clonada para manter as características favoráveis.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 9
Ano: 2015
-
Agrupam-se em dois tipos: cajueiro-comum e cajueiro-anão-precoce.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 10
Ano: 2015
-
O cajueiro-comum tem maior porte, inicia a produção mais tardiamente, tem potencial individual de produção maior e período de safra mais curto do que o cajueiro-anão-precoce. A castanha e o pedúnculo do cajueiro-comum também podem atingir tamanho médio bem superior.
O cajueiro-anão-precoce possibilita maior aproveitamento do pedúnculo para a comercialização no mercado de fruta de mesa e de suco, em razão do porte mais baixo e facilidade de colheita.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 11
Ano: 2015
-
O cajueiro-comum possui maior potencial produtivo individual (em nível de planta), entretanto os pomares com cajueiro-anão-precoce possuem maiores produtividades, pois permitem o plantio de um maior número de plantas por hectare.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 12
Ano: 2015
-
Atualmente, existem 14 clones registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), autorizados para comercialização, 12 pertencem à Embrapa. Entre estes, destacam-se:
Clone CCP 06: é indicado para uso como porta-enxerto, pelo elevado percentual de germinação e compatibilidade com os clones recomendados. A planta possui porte baixo, florescimento e frutificação precoce; pedúnculo de cor amarela; e amêndoa com peso médio de 1,6 g.
Clone CCP 09: é recomendado para o cultivo de sequeiro ou irrigado em regiões litorâneas, para o mercado de caju de mesa ou de amêndoa. A planta possui porte baixo; florescimento e frutificação precoce; pedúnculo bastante doce, com baixo teor de tanino e de cor alaranjada; castanha com peso médio de 2,1 g.
Clone CCP 76: é o mais plantado no Brasil, devido à adaptabilidade, atratividade sensorial e qualidade do pedúnculo, e, por isso, o preferido para o mercado de consumo in natura, e destina-se também ao mercado de amêndoa; é recomendado para o cultivo de sequeiro ou irrigado, no litoral e Semiárido do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e áreas semelhantes. A planta possui porte baixo; florescimento e frutificação precoce; pedúnculo bastante doce, com baixo teor de tanino e de cor alaranjada; e amêndoa com peso médio de 1,8 g.
Clone Embrapa 51: possui alta produtividade e destina-se ao mercado de amêndoa, sendo também comercializado no mercado de pedúnculo in natura; é recomendado para o cultivo de sequeiro ou irrigado, na região litorânea e áreas de transição, no Nordeste setentrional. A planta é vigorosa; possui porte médio; florescimento e frutificação precoce; pedúnculo de cor vermelha; e amêndoa com peso médio de 2,6 g.
Clone BRS 189: possui o maior pedúnculo e, por isso, é recomendado preferencialmente para o mercado de fruto de mesa, podendo ser aproveitado para a produção de amêndoa. É indicado para o cultivo de sequeiro ou irrigado. A planta possui porte baixo, florescimento e frutificação precoce; pedúnculo de cor vermelha; e amêndoa com peso médio de 2,1 g.
Clone BRS 226: destina-se à produção de amêndoa e é recomendado para o Semiárido do Piauí e áreas semelhantes, especialmente para áreas de ocorrência de resinose, por ser resistente à doença. A planta possui porte baixo; florescimento e frutificação precoce; pedúnculo de cor alaranjada e amêndoa com peso médio de 2,7 g.
BRS 253 ou BRS Bahia 12: destaca-se pela elevada produtividade de castanha e é recomendado para o cultivo em sequeiro, na região baiana de Ribeira do Pombal e áreas semelhantes. A planta possui porte médio; florescimento e frutificação precoce; pedúnculo de cor vermelha; e amêndoa com peso médio de 2,7 g.
BRS 265: destaca-se pela qualidade da castanha/amêndoa e é recomendado para o cultivo em sequeiro, no litoral do Ceará e áreas semelhantes. A planta possui porte baixo; florescimento e frutificação precoce; pedúnculo de cor vermelha; e amêndoa com peso médio de 2,6 g. É suscetível à antracnose.
BRS 274: é o único clone de cajueiro-comum, cultivado para a produção de amêndoa ou de pedúnculo para suco, em regime de sequeiro. Destaca-se pelo maior tamanho da amêndoa, classificada como superior. A planta possui porte médio; florescimento e frutificação precoce; pedúnculo de cor avermelhada; e amêndoa com peso médio de 3,5 g.
BRS 275: híbrido entre os tipos comum e anão-precoce recomendado para a produção de amêndoa e pedúnculo para suco. A planta possui porte médio; é menos precoce quanto ao florescimento, frutificação; pedúnculo de cor alaranjada; e amêndoa com peso médio de 3,1 g.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 13
Ano: 2015
-
A CCP 76 é a mais difundida e é cultivada em várias regiões do Brasil. A BRS 226, que foi originalmente recomendada para o Semiárido do Piauí, é plantada também no litoral do Ceará; e a Embrapa 51 é plantada no litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte e no sertão do Rio Grande do Norte.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 14
Ano: 2015
-
O cajueiro é uma espécie alógama, ou seja, reproduz-se preferencialmente por cruzamento. Nesse caso, a polinização ocorre com pólen de plantas diferentes. A inflorescência é uma panícula terminal, onde se encontram dois tipos de flores: hermafroditas ou perfeitas e masculinas ou estaminadas. Como ainda não foram detectados sistemas de autoincompatibilidade, a polinização pode também ocorrer dentro de uma mesma flor, entre flores diferentes na mesma planta ou entre plantas de um mesmo clone. Entretanto, a conformação anatômica das flores não favorece a polinização com pólen da mesma flor.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 15
Ano: 2015
-
Não existem provas definitivas de que a falta de agentes polinizadores resulte em perdas substanciais na produção do cajueiro. Entretanto, os estudos indicam que as abelhas (Apis mellifera) são os principais polinizadores, e muitos produtores consideram positivos os efeitos da associação entre cajucultura e apicultura.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 16
Ano: 2015
-
A seleção de plantas mais produtivas, resistentes às principais pragas e doenças, adaptadas às diversas regiões de cultivo e que apresentem uma maior qualidade de castanha e pedúnculo, de forma a satisfazer às necessidades do setor produtivo, do industrial e dos consumidores, isto é, de toda a cadeia produtiva.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 17
Ano: 2015
-
Sim. O vigor híbrido ou heterose é resultante do cruzamento entre plantas geneticamente diferentes, como os tipos de cajueiros comum e anão, por exemplo, gerando plantas descendentes com desempenho superior à média das plantas pais, para algumas características como: produtividade, número de castanha por planta, porte da planta, peso da castanha e da amêndoa. Desse modo, quanto mais divergentes geneticamente forem as plantas pais, maior a possibilidade de obtenção de plantas superiores. Assim, após a realização dos cruzamentos entre plantas pais geneticamente diferentes e obtenção de plantas descendentes, são identificadas e selecionadas aquelas com características favoráveis. Essas plantas são clonadas, aproveitando-se as vantagens da propagação vegetativa para a fixação dos caracteres e posteriores avaliações.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 18
Ano: 2015
-
Do ponto de vista de propagação, obtém-se um clone de cajueiro por meio de simples multiplicação assexuada (normalmente garfagem ou borbulhia) de uma planta, embora essa prática, por si só, não assegure o sucesso de um pomar comercial. Do ponto de vista do melhoramento, é necessário todo um processo de seleção, cruzamento e avaliação, feito por especialistas, visando à recomendação de um clone.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 19
Ano: 2015
-
O tempo de obtenção do clone até sua recomendação para o plantio comercial depende do método de melhoramento utilizado e do tipo de avaliação. Em geral, em programas de melhoramento genético em andamento, esse processo leva de 5 a 8 anos.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 20
Ano: 2015
-
Não. Grandes áreas plantadas com o mesmo clone tornam-se muito homogêneas, ou seja, todas as plantas terão as mesmas características favoráveis e, também, algumas desfavoráveis. Como todas as plantas serão iguais (geneticamente uniformes) na resposta aos fatores adversos do ambiente, há um aumento da vulnerabilidade do plantio, principalmente ao ataque de pragas e patógenos. O ideal, portanto, é o plantio de mais de um clone, distribuídos em talhões.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 21
Ano: 2015
-
Sim, mas com intensidades diferentes. Em alguns clones, os efeitos da endogamia (cruzamento entre indivíduos aparentados, que são geneticamente semelhantes) são tão drásticos que se manifestam desde a germinação da semente, com redução do poder germinativo em cerca de 40%, até a redução na produção, com perdas já determinadas em 48%. Também é comum a ocorrência de plantas com anomalias, em alguns casos com alto índice de mortalidade, principalmente provocada pela ausência de clorofila.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 22
Ano: 2015
-
Nem sempre. Cada local tem suas características próprias de clima e solo. Como o desenvolvimento das plantas é resultante de sua interação com o ambiente, normalmente o comportamento de um clone pode não ser o mesmo nos diferentes locais. O correto é testar, no local, diversas alternativas de clones para plantio, antes de definir qual o melhor para plantar em maior escala.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 23
Ano: 2015
-
Os clones atualmente disponíveis são: CCP 76, CCP 09, Embrapa 50, Embrapa 51, BRS 189, BRS 226, BRS 253, BRS 265 (cajueiro-anão-precoce), BRS 274 (cajueiro-comum) e BRS 275 (híbrido – cajueiro-anão-precoce x comum). Além desses, há ainda o clone CCP 06, que é recomendado para a produção de porta-enxerto.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 24
Ano: 2015
-
As plantas devem ter porte baixo, visando facilitar a colheita manual e produzir pedúnculos com as seguintes características: coloração variando de vermelho a vermelho-alaranjado (preferência de mercado), formato piriforme ou maçã, peso entre 80 g e 120 g, textura consistente, sabor doce (mínimo de 10° Brix), baixo teor de tanino (máximo de 0,4) e baixa acidez (0,3 a 0,4).
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 25
Ano: 2015
-
Boa capacidade produtiva da planta (superior a 1.000 kg/ha/ano, em regime de sequeiro), peso da castanha acima de 7 g, relação amêndoa/castanha acima de 25%, amêndoas com cotilédones (bandas) fortemente aderidos e facilidade de despeliculagem.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 26
Ano: 2015
-
A escolha de qual clone utilizar dependerá do mercado em que o produtor pretende atuar. Embora não existam limitações para a comercialização das amêndoas dos clones da Embrapa, alguns são mais indicados para esse mercado, como o BRS 226, BRS 274, BRS 275, Embrapa 50, BRS 265 e Embrapa 51.
Para o mercado de frutos de mesa, o clone CCP 76 é o preferido pelos produtores, especialmente pela sua maior doçura, menor teor de tanino e melhor aparência geral. Entretanto, os clones BRS 189, CCP 09, Embrapa 51, BRS 265 e BRS 226 também são opções para esse mercado, com destaque para o primeiro, que mais se aproxima do CCP 76, com vantagens na firmeza e coloração avermelhada.
Todos os clones podem ser comercializados para a produção de suco. Vale ainda lembrar que se devem procurar clones que possuem uma melhor adaptação à região em que se pretende implantar o pomar.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 27
Ano: 2015
-
O clone BRS 226 é o mais indicado para áreas onde ocorrem a resinose, podendo também ser utilizado o Embrapa 51.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 28
Ano: 2015
-
Os clones CCP 76, CCP 09, Embrapa 50, Embrapa 51, BRS 189, BRS 265, BRS 274 e BRS 275 são adaptados a regiões litorâneas e afins; o clone BRS 226 é adaptado ao Semiárido do Piauí e afins, enquanto o BRS 253 é adaptado à região de Ribeira do Pombal, BA.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 29
Ano: 2015
-
Sim. Do ponto de vista de mercado, o produto (castanha ou pedúnculo) colhido em pomar formado por mais de um clone não terá problemas em suas características comerciais. No entanto, se a castanha for utilizada para a formação de novos pomares, o produto comercial resultante será muito afetado tanto na produção como nas qualidades industriais.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 30
Ano: 2015
-
Porque haverá muita variação entre plantas nesse novo plantio. As sementes colhidas num plantio de clones são originadas de cruzamentos naturais entre as plantas do referido clone, o que corresponde, geneticamente falando, a uma autofecundação. Isso ocasiona o surgimento de plantas descendentes (plantas filhas) raquíticas, com menor produção, menor peso de fruto e pedúnculo e com alta frequência de defeitos genéticos (plantas albinas, sementes que não germinam e crescimento tortuoso do caule). Esses efeitos são chamados de depressão por endogamia, semelhante à consanguinidade entre animais.
Esse esclarecimento é importante porque alguns produtores, ao adquirirem mudas de determinado clone para a formação de pomares comerciais, podem ser tentados a utilizar as sementes produzidas no próprio pomar para ampliá-lo, em vez de adquirirem novas mudas.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 31
Ano: 2015
-
Sim. No pomar formado por clones, as plantas têm crescimento uniforme, iniciam a produção quase na mesma época, mais precocemente e produzem quase a mesma quantidade de castanha. Por sua vez, nos pomares formados por sementes, as plantas são desuniformes, tanto em relação às suas características morfológicas, quanto à produção de castanha e pedúnculo.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 32
Ano: 2015
-
A propagação sexuada é feita por meio de sementes, no caso as castanhas. Por isso, as plantas assim originadas são geneticamente diferentes para uma ou mais características, mesmo quando originadas de uma única planta. Já a reprodução assexuada (enxertia por garfagem ou borbulhia) é feita por meio de estruturas vegetativas e produz um conjunto de plantas geneticamente idênticas.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 33
Ano: 2015
-
O plantio por mudas clonadas (propagação assexuada), pois garante a uniformidade do pomar e do produto.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 34
Ano: 2015
-
Não, pois todas as plantas são geneticamente idênticas, e algumas possíveis diferenças fenotípicas observadas serão em virtude das diferenças do ambiente e não se manifestarão nas progênies clonais.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 35
Ano: 2015
-
Não. Por serem da mesma espécie, a vida econômica de ambos é semelhante.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 36
Ano: 2015
-
Considerando as modernas técnicas da fruticultura, que prioriza o plantio de clones de porte baixo e precoce, o cajueiro-comum não se enquadraria nesse contexto. Entretanto, em razão de suas qualidades (capacidade produtiva individual e peso da castanha), o melhoramento genético vem efetuando a seleção de clones, desse tipo, que apresentem porte médio e adaptabilidade a ambientes específicos. Dependendo também do tipo de exploração comercial, por exemplo, o consórcio entre a cajucultura e a bovinocultura, recomenda-se o plantio de clones do tipo comum.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 37
Ano: 2015
-
Sim. Em uma população segregante, algumas plantas apresentam porte e formato de copa fora do padrão desejável de plantas produtivas. Com base em experiência de campo, três tipos de plantas devem ser eliminadas: “orelha de onça” (reconhecida pelas folhas pequenas), “eucalipto” e “castanhola” (aparência semelhante ao eucalipto e à castanhola).
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 38
Ano: 2015
-
Sim, pois as plantas com características fora do padrão comercial, embora ocorram apenas em pomares formados por sementes, só têm valor para a pesquisa. Nesse caso, o produtor poderá contatar uma instituição de pesquisa para providenciar a sua preservação em Banco de Germoplasma.
Capítulo: Origem, Classificação Botânica e Variedades
Número da Pergunta: 39
Ano: 2015
-
O cajueiro apresenta certa resistência (tolerância) à seca. Essa tolerância pode ser sentida apenas em condições de solos profundos e com boa retenção de umidade. O cultivo em regiões de solos rasos e arenosos, com precipitações inferiores a 800 mm anuais, provoca perdas de plantas no ano de plantio e reflexos negativos até a fase produtiva, com complicações no florescimento e frutificação.
As pluviosidades (chuvas) recomendadas são as que variam entre 800 mm e 1.500 mm anuais, distribuídas entre 5 e 7 meses, seguidas de estação seca definida que coincida com as fases de floração e frutificação da planta. Em regiões com precipitações muito elevadas, superiores a 2.000 mm, os solos devem ser drenados, pois a cultura não suporta encharcamento.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 40
Ano: 2015
-
Quando o período de floração e frutificação coincide com chuvas constantes, a produção fica bastante prejudicada pelo alto nível de umidade relativa do ar, que favorece a incidência de doenças fúngicas, principalmente a antracnose, o oídio e o mofo-preto. Chuvas fortes, por sua vez, contribuem significantemente para a queda de flores.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 41
Ano: 2015
-
Sim. Por ser uma fruteira tipicamente de clima tropical, o desenvolvimento e a produção do cajueiro são favorecidos nas regiões de baixas latitudes, próximas à linha do Equador. As maiores concentrações de cajueiros explorados economicamente encontram-se entre as latitudes 15° Norte e 15° Sul.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 42
Ano: 2015
-
Embora o cajueiro possa desenvolver-se em altitude superior a 1.000 m, o limite ideal e recomendado é de até 500 m acima do nível do mar. Altitudes elevadas podem ser compensadas pela baixa latitude.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 43
Ano: 2015
-
Embora o cajueiro possa ser cultivado em baixas temperaturas, recomenda-se que seu plantio, em nível comercial, seja feito em regiões com temperaturas entre 18°C e 35°C.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 44
Ano: 2015
-
Sim. O cajueiro pode ser cultivado em locais com baixas temperaturas, desde que não ocorram por períodos muito longos e não haja geada.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 45
Ano: 2015
-
Sim. Nas principais regiões produtoras do Brasil, quando a umidade relativa supera os 85% no período de florescimento, a umidade do ar torna-se prejudicial à cultura, por favorecer as doenças fúngicas, especialmente a antracnose, e repercute negativamente na quantidade e qualidade das castanhas e do pedúnculo. Por sua vez, umidade relativa abaixo de 50%, durante a floração, pode reduzir a receptividade do estigma e a viabilidade do pólen e provocar queda elevada de frutos pequenos.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 46
Ano: 2015
-
Em zonas sujeitas a fortes ventos (com velocidade média superior a 7 m/s), as plantas jovens devem ser tutoradas de modo a evitar o tombamento. É recomendável, quando possível, utilizar quebra-ventos arbóreos. Na fase de floração e frutificação, as plantas adultas são afetadas pelo ressecamento e queda de flores.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 47
Ano: 2015
-
Recomenda-se o plantio de cajueiro em solos de textura média (“barrenta”, de 16% a 35% de argila) profundos, com relevo plano a suave ondulado, bem drenados, com bom teor de matéria orgânica, boa reserva de nutrientes e que não apresentem toxidez em razão do alumínio.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 48
Ano: 2015
-
Não se recomenda o plantio do cajueiro nas seguintes condições de solos:
- Solos de baixadas sujeitos a alagamento por períodos prolongados.
- Solos cascalhentos (partículas > 2 mm de diâmetro) que, de modo geral, apresentam uma camada endurecida com concreções ferruginosas e pequena profundidade que impede ou dificulta a penetração das raízes. Por essa razão, plantas de maior porte, como o cajueiro, ficam sujeitas ao tombamento.
- Solos salinos – O cajueiro é sensível à presença de sais, principalmente na fase inicial de desenvolvimento.
- Solos rasos e com afloramento de rochas – Estes solos são impróprios ao cultivo do cajueiro, que possui um sistema radicular bem desenvolvido.
- Solos com lençol freático muito raso (inferior a 2 m) ou muito profundo (superior a 10 m).
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 49
Ano: 2015
-
Sim. Não existe nenhum impedimento de ordem técnica para o não cultivo do cajueiro em tais solos, que são originados de deposição (intemperismo físico) de sedimentos minerais e orgânicos nas margens de rios e áreas de planícies, apresentando elevados padrões de fertilidade.
Para cultivar os cajueiros em solos aluviais, é necessário que os solos tenham profundidade satisfatória ao crescimento do sistema radicular; além disso, devem ser bem drenados e não sujeitos a prolongados períodos de encharcamento.
Capítulo: Aspectos do Solo, Clima, Fenologia e Produção
Número da Pergunta: 50
Ano: 2015