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Pragas

Algumas espécies de insetos e ácaros podem causar danos em cultivos agrícolas e são classificadas como pragas.  Conheça as principais pragas que atingem a mangueira e saiba como identificar e controlar esses problemas no seu pomar.

Pragas

Dentre as principais pragas da cultura da manga estão as moscas-das-frutas, tripes, cochonilhas, mosquinha-da-mangueira, ácaros, traças, percevejos e pulgões. Estas podem causar danos diretos nos frutos ou indiretos, quando prejudicam o desenvolvimento da planta e diminuem a produtividade.

Os tratamentos para controle destas pragas envolvem métodos culturais, adoção de inseticidas/acaricidas sintéticos e insumos biológicos. Para o manejo, busca-se envolver mais de uma ferramenta de controle, com base no monitoramento de pragas. Com isso, respeita-se a sustentabilidade ecológica e econômica na cadeia produtiva. Também é necessário observar as exigências do mercado consumidor e dos tipos de cultivo (convencional ou orgânico), seguindo os protocolos nacionais ou internacionais pré-determinados.

Principais pragas

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Moscas-das-frutas

Moscas-das-frutas

(Ceratitis capitata e Anastepha spp.)

Principais pragas da cultura, que além dos danos diretos causados nos frutos também ocasionam os danos indiretos, por meio de barreiras quarentenárias impostas pelos países importadores.

Sintomas: As larvas se alimentam da polpa, deixando as mangas impróprias tanto para o consumo de frutos frescos como para a industrialização (sucos, polpas, geleias etc.). Os frutos ficam com perfurações na casca, amolecidos e apodrecidos, propiciando a queda prematura destes.

Controle: O controle cultural é recomendado por meio do enterrio ou trituração dos frutos maduros e caídos. A adoção de medidas de controle deve ser baseada no monitoramento com armadilhas e atrativos. Há 22 inseticidas sintéticos registrados, dos grupos químicos espinosinas, piretroides, butenolidas e neonicotinoides, que podem ser aplicados por meio de iscas-tóxicas ou pulverizados. Há, também, registro de óleo de casca de laranja, parasitoide larval (Diachasmimorpha longicaudata) e do macho-estéril para C. capitata.

Tripes

Tripes

(Frankliniella spp., Heliothrips sp. e Selenothrips rubrocinctus)

Há um complexo de espécies de tripes que podem infestar diferentes fases fenológicas da mangueira.

Sintomas: As espécies de Frankliniella possuem preferência pelas inflorescências de mangueira. A alimentação destes insetos provoca perda prematura do pólem e redução do pegamento dos frutos. Helionthrips sp. e S. rubrocinctus causam maiores danos em folhas maduras, tornando-as amareladas e até totalmente necrosadas. Os frutos também podem sofrer danos, como as manchas pretas circulares causadas por Heliothrips sp.

Controle: Há 23 produtos registrados para o controle de tripes em mangueira pertencentes aos grupos químicos: neonicotinoides, espinosinas, piretroides e carbamatos. O percevejo predador, Orius insidiosus, é registrado para o controle biológico de tripes.

Cochonilhas

Cochonilhas

Há diversas espécies de cochonilhas que são pragas da mangueira, com destaque para as cochonilhas-de-escama, pertencentes à família Diaspididae. Também há espécies de importância econômica das famílias Coccidae e Pseudococcidae.

Sintomas: Secamento e queda de folhas. Espécies de Coccidae e Pseudococcidae favorecem o surgimento de fumagina. Nos frutos, podem provocar manchas e perdas por danos estéticos.

Controle: Há 27 produtos registrados para o controle de cochonilhas em mangueira, sendo estes pertencentes aos grupos químicos abamectina, neonicotinoides, butelonida e buprofezina. Há também registro de óleo de casca de laranja para o controle de Orthezia praelonga e da joaninha Cryptolaemus montrouzieri para o controle biológico da cochonilha-rosada.

Mosquinha-da-mangueira

Mosquinha-da-mangueira

(Procontarinia mangiferae)

Praga com elevada capacidade de dano, principalmente quando ocorrem infestações em gemas reprodutivas.

Sintomas: As larvas dessa praga se alimentam internamente de diferentes estruturas: folhas jovens, gemas vegetativas e reprodutivas, ráquis da panícula e frutos na fase de "chumbinho". Após as larvas abandonarem as estruturas vegetativas, as folhas ficam com manchas circulares necrosadas, as gemas se tornam secas, as ráquis da panícula ficam com manchas enegrecidas e os frutos pequenos são abortados.

Controle: Há registro de três produtos, sendo dois de espinetoran e uma mistura de neonicotinoide com piriproxifeno. Para atingir a larva da mosquinha, o produto necessita ter ação translaminar e/ou sistêmica.

Ácaros

Ácaros

(Oligonychus punicaePolyphagotarsonemus latus)

Há diferentes espécies de ácaros com ocorrência em mangueira, com destaque para o ácaro-vermelho, Oligonychus punicae. Em mudas, observa-se maior incidência do ácaro-branco, Polyphagotarsonemus latus. 

Sintomas: O ácaro-vermelho se alimenta da face superior das folhas, tornando-a de coloração esbranquiçada e reduzindo a atividade fotossintética da planta. O ácaro-branco infesta principalmente as folhas novas, que ficam mais estreitas e com os bordos levemente arqueados.

Controle: Há registro de acaricidas sintéticos pertencentes a cinco grupos químicos: abamectina, buprofezina, espiromesifeno, fenpiroximato e propargito. Há, também, três acaricidas botânicos, sendo eles: extratos de Sophora flavescens, limonoides purificados de Azadirachta indica e óleo de casca de laranja.

Microácaro-da-mangueira

Microácaro-da-mangueira

(Aceria mangiferae)

São invisíveis a olho nu (~ 0,2 mm de comprimento), de corpo afilado e coloração amarelada. Infestam brotações de mangueira e se proliferam, principamente, em climas quentes e secos.

Sintomas: Auxiliam na disseminação do fungo fitopatogênico Fusarium spp. entre as gemas apicais. O fungo é causador da "malformação" da mangueira, que acarreta proliferação exagerada de folhas ou flores.

Controle: Há dois acaricidas sintéticos registrados, hexitiazox e propargito, e um acaricida botânico, a partir de limonoides purificados de Azadirachta indica.

 

Microlepidópteros-da-inflorescência

Microlepidópteros-da-inflorescência

(Pleuroprucha asthenaria e Cryptoblabes gnidiella)

Duas espécies de microlepidópteros são comuns em inflorescências de mangueira: Pleuroprucha asthenaria e Cryptoblabes gnidiella.

Sintomas: As lagartas se alimentam de pétalas e ovários das flores e podem causar secamento parcial ou total da inflorescência. Em inflorescências compactadas com sintomas de "malformação", os danos ocasionados por essas traças são mais elevados.

Controle: Há registro de três inseticidas sintéticos: espinetoram, diflubenzurom e indoxacarbe. O parasitoide de ovos, Trichogramma pretiosum, possui registro para o controle biológico de C. gnidiella.

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Publicado: 23/02/2024