O processamento e beneficiamento do mel envolvem uma série de etapas cuidadosas para garantir sua qualidade e segurança alimentar. Após a colheita, o mel é recebido na unidade de beneficiamento, onde passa por uma seleção criteriosa para remoção de impurezas externas. Em seguida, ocorre a desoperculação, que é a retirada da tampa de cera que sela os favos de mel. Posteriormente, o mel é centrifugado para separar o líquido das células dos favos. Após a centrifugação, o mel passa por processos de filtragem para remover resíduos sólidos e impurezas. Em seguida, é realizada a decantação para separar quaisquer sedimentos que possam ter se acumulado durante o processamento.
Depois dessas etapas, o mel pode passar por descristalização, desumidificação e homogeneização, dependendo das necessidades específicas do produto. Por fim, o mel é acondicionado em embalagens adequadas para alimentos, garantindo sua integridade e proteção contra contaminação.
É importante que todas as instalações e equipamentos utilizados no processamento e beneficiamento do mel sejam mantidos em condições de higiene adequadas para garantir a qualidade do produto final. O controle de qualidade é fundamental em todas as etapas do processo para assegurar que o mel atenda aos padrões exigidos de pureza e segurança alimentar.
Etapas:
Refere-se à retirada dos opérculos que cobrem os alvéolos dos favos de mel maduros.
Antes de ser transferido para o decantador, o mel centrifugado deve passar por uma ou mais peneiras, a fim de retirar fragmentos de cera, abelha ou alguma outra sujidade porventura ainda presente.
Após a desoperculação, os quadros são colocados na centrífuga. Recomenda-se iniciar a centrifugação em baixa velocidade, para não quebrar os quadros que estão cheios de mel. Gradativamente, aumenta-se a velocidade da centrífuga até a extração de todo o mel.
Nesta etapa o mel permanece em repouso, em um decantador, por período de 3 a 5 dias. Durante esse período, bolhas de ar e impurezas de pequeno tamanho, que passaram pela filtragem, sobem, formando uma camada de espuma e sujeiras na superfície. Por outro lado, partículas mais pesadas, ainda existentes, são levadas ao fundo por gravidade, afundando lentamente.
Envolve o aquecimento do mel que sofreu processo natural de solidificação, como consequência da cristalização dos açúcares. É realizado de forma controlada, a fim de promover a dissolução do mel cristalizado, sem comprometer sua qualidade.
Realizado para a formação de lotes homogêneos, compostos por méis com diferentes características.
Sua realização depende da legislação vigente no mercado ao qual se destina o produto. No Brasil, a umidade máxima permitida é de 20%.
No Brasil, deve atender ao Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do mel (RTIQ), conforme Instrução Normativa n.°11, de 20 de outubro de 2000.