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Saúde das abelhas

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Algumas bactérias, fungos e vírus causam doenças que afetam principalmente as larvas. Já as abelhas adultas são frequentemente atacadas por protozoários, ácaros e inimigos naturais.

No Brasil, de modo geral, a ocorrência e os danos provocados por doenças e certas pragas são menores que os danos observados em outros países, principalmente em razão da maior resistência das abelhas africanizadas e das condições climáticas, que não favorecem a disseminação dos patógenos.

Esse conjunto de condições garantem a obtenção de produtos livres de resíduos químicos, como antibióticos e acaricidas e beneficiam a apicultura nacional. Não é recomendado a aplicação de medicamentos no tratamento de doenças.

Doenças

Durante as revisões das colmeias, o apicultor deve estar atento para verificar anormalidades nas crias e abelhas adultas. É importante examinar cuidadosamente e observar a cor, a forma e a posição das crias abertas e a aparência dos opérculos nas crias fechadas, opérculos furados e/ou afundados podem indicar ocorrência de doenças.

Nas abelhas adultas, observar a ocorrência de abelhas mortas ou moribundas, rastejando dentro ou na frente da colmeia. As principais doenças que acometem as abelhas são: cria-pútrida-europeia, cria-pútrida americana, cria-ensacada, cria-giz, nosemose, vírus-da-realeira-negra e vírus-da-paralisia aguda.

A cria-pútrida americana é causada pela bactéria Paenibacillus larvae e mata as crias na fase de pupa e pré-pupa. Atualmente o Brasil é considerado zona livre, mas por ser uma doença de notificação obrigatória, é necessário que o apicultor saiba reconhecer os sintomas.

Ao observar qualquer sintoma diferente nas colmeias, acione um técnico para orientação e notificação às instituições responsáveis, se for o caso.

Parasitoses e inimigos naturais

Parasitas e inimigos naturais podem causar problemas nas colmeias e provocar a morte ou enxameação. Os problemas mais comuns são o ácaro Varroa destructor, o pequeno-besouro-das-colmeias, a traça-da-cera e formigas. Mas as colmeias podem ser atacadas também por pássaros, irara, sapos e tatus.

O varroatose é causado pelo ácaro Varroa destructor, que alimenta-se da hemolinfa das abelhas e causa perda de imunidade, redução do peso e da longevidade, além de disseminar doenças no apiário. Em outros países a varroatose causa problemas sérios e está associado à Desordem do Colapso das Colônias. No Brasil, os casos severos com esse ácaro são raros, mas pesquisas indicam que a taxa de infestação está aumentando, sendo necessário estarmos vigilantes.

O pequeno-besouro-das-colmeias (Aethina tumida) causa prejuízos na atividade apícola em vários países. No Brasil, foi registrado pela primeira vez em 2016. Esse besouro é considerado uma praga secundária ou oportunista das colônias e causa pequenos danos, contudo, em condições de estresse ou de enfraquecimento das colônias, os danos causados podem tomar grandes proporções. É uma praga de notificação obrigatória e caso seja observado nos apiários, deve-se entrar em contato com um técnico imediatamente para orientações e providências.

Manter as colmeias fortes e seguir as recomendações de instalação de apiários ajudam a evitar ou reduzir os danos de grande parte dos problemas de ataque de pragas e inimigos naturais.

Outras causas de mortalidade

No Brasil, outras causas de mortalidade de abelhas são as plantas tóxicas, fome, adversidades climáticas, fogo e uso indiscriminado de agrotóxicos.

As plantas tóxicas possuem algumas substâncias presentes no néctar e no pólen que podem intoxicar as abelhas. No Brasil, as espécies de barbatimão (Stryphnodendron sp.), falso-barbatimão (Dimorphandra mollis), espatódea (Spathodea campanulata) e o Neem são as mais conhecidas.

O barbatimão, principalmente a espécie Stryphnodendron adstringens, é rico em tanino e fitotóxica para ruminantes. Na apicultura provoca sérios prejuízos, mata as larvas jovens com sintomas semelhantes aos da cria-ensacada, a doença ficou conhecida como cria-ensacada-brasileira. A recomendação mais eficiente para evitar o problema é a migração das colônias no período do florescimento ou o fornecimento de alimentação alternativa no período dessa florada.

Relatos sobre mortalidade de abelhas relacionadas ao uso de agrotóxico são encontrados em todo o País.  Os defensivos agrícolas muitas vezes não matam as colônias diretamente, mas provocam efeitos no comportamento, prejudicando o desenvolvimento, a produção e o serviço de polinização das colônias. É importante que o produtor fique alerta para grande quantidade de abelhas mortas próximo às colônias, redução da quantidade de operárias adultas, redução e mortalidade das crias em época propícia ao desenvolvimento das colônias, redução da atividade de coleta de alimento e malformação de larvas e operárias adultas

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Doenças e inimigos naturais das abelhas

Doenças e inimigos naturais das abelhas

Doenças e inimigos naturais das abelhas

A presença de doenças e inimigos naturais nas colmeias pode causar prejuízos significativos, afetando tanto a produtividade quanto a saúde das abelhas. No entanto, no Brasil, a atividade apícola tem sido menos afetada devido à tolerância das abelhas africanizadas e às condições climáticas desfavoráveis à disseminação de doenças.

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Publicado: 18/05/2023

Comportamento higiênico em abelhas africanizadas

Comportamento higiênico em abelhas africanizadas

Comportamento higiênico em abelhas africanizadas

Este estudo destaca a importância de compreender e promover o comportamento higiênico das abelhas africanizadas, um mecanismo crucial de defesa contra doenças. A comparação entre os métodos de perfuração e congelamento da cria com nitrogênio líquido destaca a relevância de selecionar colônias com alto comportamento higiênico para garantir a saúde das colônias e a qualidade do mel produzido. 

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Publicado: 18/05/2023