Produtos das abelhas

As abelhas nos fornecem uma variedade de produtos. Além do mel as abelhas produzem pólen, própolis, cera, geléia real, apitoxina e presta um grande serviço ambiental para o homem, a polinização. 
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Própolis

Própolis é o produto oriundo de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas, de brotos, flores e exsudados de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para elaboração final do produto. Foto: kosolovskyy – stock.adobe.com

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Cera

A cera de abelhas é o produto de consistência plástica, de cor amarelada, muito fusível, secretado pelas abelhas para a formação dos favos nas colmeias. A qualidade da cera é essencial para o bom desenvolvimento de uma colônia e consequentemente na quantidade e qualidade do mel. Foto: Parilov – stock.adobe.com

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Apitoxina

Apitoxina é o produto de secreção das glândulas abdominais (glândulas do veneno) das abelhas operárias e armazenado no interior da bolsa de veneno. É injetada no inimigo por meio do ferrão, como mecanismo de defesa e proteção da colônia, contra a extensa variedade de predadores, que vão desde outros artrópodes a vertebrados.  Foto: C. Schüßler – stock.adobe.com

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Mel

O mel é um alimento natural de grande valor nutricional, produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores (mel floral) e/ou exsudatos sacarínicos (mel de melato). Sua composição depende, principalmente, das fontes vegetais das quais ele é derivado, mas também de diferentes fatores, como o solo, a espécie da abelha, o estado fisiológico da colônia, o estado de maturação do mel, as condições meteorológicas da colheita, entre outros. 

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Pólen apícola

Pólen apícola é o resultado da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias, mediante néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no ingresso da colmeia (BRASIL, 2001). Cada grão de pólen apícola é um aglutinado de centenas de grãos de pólen floral.
 

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Geleia real

Geleia real é o produto da secreção do sistema glandular cefálico (glândulas hipofaringeanas e mandibulares) das abelhas operárias, coletado até 72 horas (Brasil 2001). Apresenta característica homogênea, cremosa, branco-leitosa, com sabor ácido. 
Foto: denio109 – stock.adobe.com
 

Mel

Mel - texto da aba produtos

O mel é um alimento natural de grande valor nutricional, produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores (mel floral) e/ou exsudatos sacarínicos (mel de melato), que sofre uma desidratação e é processado pelas enzimas digestivas das abelhas.

A composição do mel depende, principalmente, das fontes vegetais das quais ele é derivado, mas também de diferentes fatores, como o solo, a espécie da abelha, o estado fisiológico da colônia, o estado de maturação do mel, as condições meteorológicas da colheita, entre outros. 

A grande variação na flora traz, ao mel, coloração, sabor, aroma e consistência de diferentes características. Assim, relacionando a flora com a cor, o mel pode variar do branco, amarelo a tonalidades âmbares. Quanto mais escuro o mel, mais rico em minerais, consequentemente sabor e aroma mais forte. O mel claro geralmente apresenta um menor teor em minerais e sabor e aroma mais agradável.

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Mel - Uso do Mel

Uso do mel

O mel é largamente usado em fármacos devido às suas qualidades antissépticas e cicatrizantes, na cosmética, com grande sucesso em cremes, máscaras de limpeza facial, loções, sabonetes, shampoos, condicionadores, entre outros produtos de higiene pessoal, devido suas propriedades adstringentes, suavizantes e antioxidantes. Em alimentos, panificação e doces em geral, como ingrediente de iogurte, pães e bolachas e em bebidas alcoólicas, drink.

Mel - Cristalização do Mel

Cristalização do mel 

A cristalização é um processo natural que pode ocorrer ao longo do tempo em todo mel puro, desde que haja condições de temperatura favorável e depende da relação glicose/frutose/água.  A cristalização do mel ocorre mais rápido quando o teor de glicose é mais elevado, pois é menos solúvel em água do que a frutose e é influenciada pela espécie da abelha, origem botânica, temperatura ambiente, sujidades, umidade.

O mel cristalizado mantém todas as propriedades do mel fluido original, possui o mesmo sabor e composição, mantendo assim suas propriedades nutricionais e energéticas, o que muda apenas o seu estado físico. É importante ressaltar que apenas o mel puro cristaliza e isto provoca a alteração de cor do mel deixando-a mais opaca.

Durante o manejo e processamento do mel deve-se evitar contaminação do mel com substâncias estranhas de qualquer natureza. Durante o transporte do mel, caso o veículo tenha a área da carga aberta, recomenda-se o uso de lona plástica limpa para cobrir as melgueiras, evitando contaminação por poeira, terra ou outro tipo de sujeira. A quantidade de pequenas partículas suspensas no mel, como sujidades, grãos de areia, grãos de pólen, bolhas de ar, partículas de cera, também irá influenciar no processo de cristalização, atuando como bases para a formação dos cristais, sendo chamados de núcleos de cristalização.

A granulação do mel (cristais grosseiros) é favorecida nas temperaturas que variam entre 12º e 15°C. Já nas temperaturas entre 20° e 25ºC há uma tendência do mel cristalizar (cristais mais finos). O mel pode passar pelo processo de descristalização com o aquecimento controlado em torno de 40ºC em banho-maria.

A cristalização do mel é influenciada pelos seguintes fatores:

  • Origem Floral  - As flores fornecem diferentes tipos de néctar, algumas produzem néctar com maior facilidade para cristalizar. Um exemplo é o mel da flor do nabo forrageiro que cristaliza muito rápido, já o mel da flor da laranjeira, tende a demorar mais para cristalizar.
  • Temperatura ambiente. - O armazenamento do mel em temperaturas muito baixas e constantes favorece a cristalização do mel. Guardar o mel em geladeira acelera a cristalização.
  • Umidade no mel. - Quanto menor o teor de umidade no mel maior a facilidade para cristalizar.

Mel - Fermentação do mel 

Fermentação do mel 

A fermentação é um processo bioquímico que transforma os carboidratos em outras substâncias orgânicas, proporcionando energia aos microrganismos.
A fermentação promove a transformação dos açúcares presentes no mel em álcool e gás carbônico. O álcool na presença de oxigênio é convertido em acido acético, deixando o meio propicio para o desenvolvimento e atuação de microrganismos que aceleram o processo de fermentação, deteriorando assim a qualidade do mel. O mel não deve ter indícios de fermentação.

O mel pode fermentar devido a três fatores:

  • Alto teor de umidade
  • Temperatura de armazenamento alta (maior que 26ºC)
  • Presença de levedura

O teor máximo de umidade de mel permitido é 20%. Em níveis elevados de umidade, o mel pode fermentar pela ação de leveduras osmofilíticas (tolerantes ao açúcar) presentes também em sua composição e temperatura de armazenamento alta (maior que 26ºC).
O processo de fermentação pode ocorrer facilmente nos méis verdes, ou seja, com altos índices de umidade, colhidos de favos que não tiveram os alvéolos devidamente operculados pelas abelhas. A coleta dos quadros deve ser realizada de forma seletiva, retirando apenas aqueles que apresentarem no mínimo 90% de seus alvéolos operculados, o que indica que o mel apresenta teor de umidade adequado.
O apicultor deve evitar a colheita em dias chuvosos ou com umidade elevada. A quantidade elevada de água no mel facilitará a proliferação de leveduras, levando-o a fermentar, tornando-o impróprio para o consumo e impossibilitando a sua comercialização.