Sistemas Agroflorestais

Existem experiências produtivas de SAFs com quase três décadas de implantação que mostram que o sistema é rentável: Cooperafloresta (Barra do Turvo - SP), Sítio Bela Vista (Cananéia - SP), Camta (Tome Açú - PA), Reca (Porto Velho - RO), entre outras. Vários estudos de caso confirmam a viabilidade financeira dos SAFs, apontando alto retorno em relação ao investimento. No entanto, o sucesso econômico depende de algumas questões chaves, que precisam ser bem avaliadas.

Características positivas dos SAFs que favorecem o retorno econômico:

 

• Melhor aproveitamento do espaço físico em relação aos sistemas tradicionais;    
• Melhor eficiência do uso dos recursos (nutrientes, luminosidade, água, entre outros);     
• Menor risco financeiro em função da diversificação dos produtos;     
• Escalonamento do retorno econômico por todo o ciclo produtivo do sistema, incluindo os primeiros anos;    
• Possibilidade de exploração de áreas protegidas;     
• Potencial para Pagamento por Serviços Ambientais;
• Possibilidade para turismo rural e educação ambiental.

Características negativas que podem comprometer o retorno econômico:

 

• Complexidade do sistema, dificultando o manejo;     
• Demanda por     mão de obra em quantidade e qualidade;     
• Falta de equipamentos específicos para o manejo do SAF;     
• Mercados para todos os produtos do sistema;     
• Fases no ciclo, com baixo retorno financeiro.

Tanto os casos reais de sucesso quanto os estudos de simulação do retorno financeiro estão apoiados em um manejo adequado e uma boa comercialização. Assim, é fundamental um bom planejamento antes da implantação do sistema e a adoção de estratégias corretas para a comercialização dos produtos.

Estratégias para melhorar o retorno do SAF e diminuir os riscos:

 

• Considerar no desenho do SAF as condições de solo e clima da região, aptidão do agricultor, demanda regional para os produtos e renda ao longo de todo o ciclo do sistema;
• Otimizar o emprego da mão de obra;
• Potencializar o uso e manejo da biomassa;     
• Avaliar a possibilidade de inserção e construção de mercados.
• Agregar valor à produção: processamento de produtos, reconhecimento das qualidades incorporadas aos produtos, turismo rural e ambiental.