Um manejo alimentar adequado promove o crescimento dos peixes, preserva a qualidade da água e evita o acúmulo de resíduos no viveiro. Na recria, é essencial considerar o hábito alimentar da espécie: carnívoros como o pirarucu exigem rações com alto teor de proteína, enquanto onívoros como o tambaqui necessitam de menos, reduzindo custos. A ração deve ser ajustada ao tamanho e às necessidades nutricionais dos peixes, tanto na granulometria quanto no teor de proteína.
Controlar a frequência e a quantidade de ração é igualmente importante para evitar sobras. Rações flutuantes ajudam a monitorar o consumo, reduzem desperdícios e mantêm o equilíbrio da água. Com um manejo eficiente, o produtor garante o crescimento saudável dos peixes e prepara o lote para a fase de engorda.
Como escolher uma boa ração?
Ao escolher a ração, considere:
- Composição nutricional: deve atender às necessidades dos peixes na recria, com níveis adequados de proteínas e vitaminas.
- Digestibilidade: nutrientes devem ser facilmente absorvidos, o que depende do tamanho dos grânulos e da qualidade dos ingredientes.
- Palatabilidade: rações com farinha de peixe, por exemplo, são mais aceitas, especialmente por peixes carnívoros.
- Qualidade física: prefira rações extrusadas (flutuantes), que facilitam o monitoramento do consumo e evitam sobras na água.
Quais os tipos de ração?
- Úmidas: com 50%-70% de umidade, feitas de resíduos animais e vegetais. São baratas, mas perecíveis e exigem armazenamento refrigerado.
- Semiúmidas: contêm 35%-50% de umidade e têm maior estabilidade nutricional que as úmidas, mas também requerem refrigeração.
- Secas: com menos de 12% de umidade, são as mais usadas na piscicultura comercial por sua durabilidade e facilidade de armazenamento


Para entender o processamento das rações:
O processamento das rações transforma ingredientes crus em um produto adequado para os peixes, ajustando características como textura, densidade, digestibilidade e flutuabilidade. Técnicas como moagem, compressão e aquecimento são usadas para criar rações que podem flutuar ou afundar, atendendo às necessidades das diferentes espécies e fases de desenvolvimento.
Tipos de ração:
- Peletizadas: grânulos densos, comprimidos com calor e pressão, que afundam rapidamente. São boas para alimentação controlada mas geram perdas por finos e pós.
- Extrusadas: rações processadas a alta temperatura e pressão, que flutuam e são mais digestíveis. Ideais para recria pois facilitam o monitoramento do consumo e mantêm a qualidade da água.
- Fareladas: moídas finamente, são práticas mas podem perder nutrientes e sofrer segregação.
- Floculadas: secas em rolos aquecidos, são mais usadas para peixes ornamentais e menos recomendadas para recria devido à menor estabilidade nutricional.
Publicações:

Manejo Alimentar
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Folder educativo sobre manejo e alimentação na piscicultura familiar.
Publicado: 07/02/2025

Agricultura familiar dependente de chuva no Semiárido
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A publicação oferece soluções tecnológicas e alternativas para os principais sistemas de produção na região, abordando temas como manejo de água, conservação do solo, biodiversidade da Caatinga e produção animal, com o objetivo de apoiar técnicos, produtores, estudantes e pesquisadores interessados no tema.
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