Banner da Pagina

Cultivares

As cultivares ou variedades de mandioca são classificadas em dois principais tipos: as doces, chamadas de mandiocas de mesa ou mansas, e as amargas, que são as mandiocas-bravas. A escolha do tipo de cultivar para plantio depende do destino que será dado para a produção.

Texto - Cultivares

Basicamente, as mandiocas de mesa — também conhecidas como macaxeira e aipim — são utilizadas cozidas, assadas ou fritas para consumo humano ou in natura na alimentação animal. Já as mandiocas-bravas servem, em geral, como matéria-prima nas indústrias de farinha e fécula.

A distinção entre cultivares para mesa ou indústria é feita com base nos teores de compostos cianogênicos nas raízes. Esses compostos transformam-se em ácido cianídrico (HCN), uma substância que, quando ingerida, pode causar intoxicação e até morte.

No Brasil, são consideradas de mesa ou mansas as cultivares que apresentam concentração de compostos cianogênicos abaixo de 100 mg de HCN por quilo da raiz, enquanto a mandioca-brava possui concentrações superiores do glicosídeo.
 

Compostos ou glicosídeos cianogênicos são substâncias encontradas naturalmente em algumas plantas e que, por meio de reações químicas, podem liberar cianeto de hidrogênio (ou ácido cianídrico), uma substância tóxica. Os glicosídeos são formados por ligação entre uma molécula de açúcar e outra não açucarada.


A escolha de cultivares depende da região e da preferência do mercado consumidor pelas diferentes colorações da raiz. O processo inicia-se com a utilização de manivas com garantia de origem, livre de patógenos e, de preferência, de cultivares recomendadas para a região.

Veja abaixo as principais variedades de mandioca cultivadas e conheça informações sobre produtividade, tempo de colheita, cor da polpa da raiz e regiões de recomendação para o plantio de cada uma delas, entre outras características.

Mandioca de mesa

BRS 396

BRS 396

BRS 396

Cultivar de mandioca com alto teor de betacaroteno (precursor da vitamina A). É uma variedade pouco ramificada e que apresenta raízes uniformes, com disposição horizontal, o que favorece o arranquio e despenca.

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: até 50 toneladas/hectare

Colheita: entre 7 e 12 meses após o plantio

Cor da polpa: amarela

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Estados: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Paraná

BRS 399

BRS 399

BRS 399

A arquitetura de planta pouco ramificada favorece os tratos culturais. Apresenta moderada resistência à bacteriose e ao superalongamento. Além disso, o córtex das raízes tem coloração rosada (mandioca do grupo cacau).

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: até 70 toneladas/hectare

Colheita: entre 8 e 12 meses após o plantio

Cor da polpa: amarela

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Estados: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Paraná

BRS 429

BRS 429

BRS 429

Altamente produtiva, a cultivar é adaptada à mecanização, apresenta raiz cilíndrica, mais longa e uniforme, precocidade e moderada resistência bacteriose e superalongamento. Apresenta sabor superior, boa aparência e qualidade para cozimento.

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: até 60 toneladas/hectare

Colheita: a partir de 8 após o plantio

Cor da polpa: amarela

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Estados: Distrito Federal, Paraná e São Paulo

BRS Dourada

BRS Dourada

BRS Dourada

Cultivar biofortificada de mandioca de mesa com alto teor de betacaroteno, boa produtividade e boas qualidades sensoriais. Destaca-se ainda por
apresentar ótimas características para o consumo sob a forma de palito, frito sem pré-cozimento.

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: 17 toneladas por hectare

Colheita: entre 8 e 13 meses após o plantio

Cor da polpa: amarela

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Estados: Bahia, Rondônia e Roraima

BRS Gema de Ovo

BRS Gema de Ovo

BRS Gema de Ovo

A BRS Gema de Ovo é uma cultivar de mandioca de mesa biofortificada, com boa concentração de betacaroteno, precursor da vitamina A, baixo tempo de cozimento e boa adaptação a diferentes condições climáticas e de solo. 

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: até 40 toneladas/hectare

Colheita: 8 a 12 meses após o plantio

Cor da polpa: amarela

Bioma: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica

Estados: Bahia, Sergipe, Rondônia e Roraima

BRS 1668

BRS 1668

BRS 1668

Primeira cultivar de mandioca de mesa registrada para Rondônia. Como diferenciais da cultivar, destacam-se o baixo índice de raízes podres, o bom ponto de cozimento, a textura amanteigada e a cor de polpa amarela com sabor diferenciado.

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: até 25 toneladas por hectare

Colheita: entre 6 e 12 meses após o plantio

Cor da polpa: amarelada

Bioma: Amazônia

Estado: Rondônia

Publicador de Conteúdos e Mídias

BRS 1668

BRS 1668

Primeira cultivar de mandioca de mesa registrada para Rondônia. Como diferenciais da cultivar, destacam-se o baixo índice de raízes podres, o bom ponto de cozimento, a textura amanteigada e a cor de polpa amarela com sabor diferenciado.

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: até 25 toneladas por hectare

Colheita: entre 6 e 12 meses após o plantio

Cor da polpa: amarelada

Bioma: Amazônia

Estado: Rondônia

BRS 396

BRS 396

Cultivar de mandioca com alto teor de betacaroteno (precursor da vitamina A). É uma variedade pouco ramificada e que apresenta raízes uniformes, com disposição horizontal, o que favorece o arranquio e despenca.

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: até 50 toneladas/hectare

Colheita: entre 7 e 12 meses após o plantio

Cor da polpa: amarela

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Estados: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Paraná

BRS 399

BRS 399

A arquitetura de planta pouco ramificada favorece os tratos culturais. Apresenta moderada resistência à bacteriose e ao superalongamento. Além disso, o córtex das raízes tem coloração rosada (mandioca do grupo cacau).

Tipo: mandioca de mesa

Produtividade: até 70 toneladas/hectare

Colheita: entre 8 e 12 meses após o plantio

Cor da polpa: amarela

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Estados: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Paraná

Mandioca para indústria

BRS 417

BRS 417

BRS 417

Cultivar de mandioca para produção de farinha e fécula com elevada produtividade de amido, resistência à bacteriose e arquitetura favorável aos tratos culturais e ao plantio mecanizado, além de boa produção de manivas-sementes.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 38 toneladas por hectare

Colheita: 18 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Cerrado

Estado: Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais

BRS 418

BRS 418

BRS 418

Cultivar de mandioca para produção de farinha e fécula com elevada produtividade de amido, resistência à bacteriose e arquitetura favorável aos tratos culturais e ao plantio mecanizado, além de boa produção de manivas-sementes.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 39 toneladas por hectare

Colheita: 18 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Cerrado

Estado: Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais

BRS 419

BRS 419

BRS 419

Cultivar de mandioca para produção de farinha e fécula com elevada produtividade de amido, resistência à bacteriose, resistência ao superalongamento, elevada rusticidade e arquitetura favorável ao plantio mecanizado.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 42 toneladas por hectare

Colheita: 18 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Cerrado

Estado: Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais

BRS 420

BRS 420

BRS 420

Com aptidão para uso no plantio direto e mecanização, a cultivar apresenta expressiva superioridade quanto à produtividade de raízes e amido. Possui resistência moderada à bacteriose, superalongamento e antracnose.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: até 60 toneladas/hectare

Colheita: 10 a 12 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Estado: Mato Grosso do Sul e Paraná

BRS CS 01

BRS CS 01

BRS CS 01

A BRS CS 01 apresenta boa cobertura de solo e alta produtividade de matéria seca, cujo principal componente é o amido. Tem bom porte, característica importante para o plantio mecanizado.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: até 60 toneladas/hectare

Colheita: 10 a 12 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Cerrado e Mata Atlântica

Estado: Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo

BRS Poti Branca

BRS Poti Branca

BRS Poti Branca

A BRS Poti Branca é recomendada, principalmente, para uso nas indústrias de farinha e de fécula. Tem boa adaptação ao ambiente, alta produtividade, elevado teor de matéria seca (amido) e alta produção de manivas.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 20 toneladas/hectare

Colheita: 14 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Caatinga e Mata Atlântica

Estados: Alagoas, Bahia e Sergipe

BRS Formosa

BRS Formosa

BRS Formosa

A BRS Formosa tem alto rendimento industrial para produção de farinha e fécula. Possui resistência à bacteriose e tolerância à seca, é adaptada à mecanização e tem facilidade de colheita.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 39 toneladas/hectare

Colheita: entre 11 e 12 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Caatinga e Mata Atlântica

Estados: Bahia

BRS Kiriris

BRS Kiriris

BRS Kiriris

Variedade de mandioca indicada para uso industrial e que apresenta boas características agronômicas, a exemplo da alta produtividade, resistência à podridão de raízes e adaptação ao plantio mecanizado.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 34 toneladas/hectare

Colheita: 12 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Caatinga e Mata Atlântica

Estados: Bahia, Segipe e Minas Gerais

BRS Novo Horizonte

BRS Novo Horizonte

BRS Novo Horizonte

Variedade com alta produtividade de raízes e matéria seca e alta qualidade do amido. O amido é de fácil extração sem traços escuros, aumentando a qualidade do produto para a indústria de alimentos que utiliza o amido nativo.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: até 44 toneladas/hectare

Colheita: 11 a 12 meses após o plantio

Cor da polpa: creme

Bioma: Mata Atlântica

Estados: Bahia

BRS Tapioqueira

BRS Tapioqueira

BRS Tapioqueira

Cultivar versátil que se destina tanto à produção de farinha quanto de amido. É uma matéria-prima de alta qualidade de processamento para fabricação de derivados da mandioca.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 22 toneladas/hectare

Colheita: 10 a 12 meses após o plantio

Cor da polpa: branca

Bioma: Caatinga e Cerrado

Estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Sergipe

BRS Boitatá

BRS Boitatá

BRS Boitatá

Cultivar que combina alta produtividade com elevado teor de amido. Destaca-se por sua resistência à Mosca Branca e às principais doenças.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 32 toneladas/hectare no primeiro ciclo e 54 toneladas/hectare no segundo ciclo

Colheita: 12 meses após o plantio (primeiro ciclo, colheita precoce) e 18 a 24 meses (segundo ciclo, colheita tardia)

Cor da polpa: branca

Bioma: Mata Atlântica

Estado: São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná

BRS Ocauçu

BRS Ocauçu

BRS Ocauçu

Cultivar que se destaca pela alta produtividade e pelo elevado teor de matéria seca. Adapta-se a solos de fertilidade mais baixa.

Tipo: mandioca para indústria

Produtividade: 37 toneladas/hectare no primeiro ciclo e 50 toneladas/hectare no segundo ciclo

Colheita: 12 meses após o plantio (primeiro ciclo, colheita precoce) e 18 a 24 meses (segundo ciclo, colheita tardia)

Cor da polpa: branca

Bioma: Mata Atlântica

Estado: São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná

Notícia

Notícia - Duas variedades de mandioca para indústria são lançadas em Mato Grosso do Sul

Duas variedades de mandioca para indústria são lançadas em Mato Grosso do Sul

Duas variedades de mandioca para indústria são lançadas em Mato Grosso do Sul

A BRS Boitatá e a BRS Ocauçu foram as duas variedades de mandioca de uso industrial para o Centro-Sul lançadas pela Embrapa no dia 2 de julho, em Naviraí (MS), durante o 5º Dia de Campo da Mandioca promovido pela Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense (Copasul). As duas variedades são altamente produtivas, têm elevado teor de amido e resistência a doenças comuns na região como bacteriose, superalongamento e antracnose, o que reduz a necessidade de agroquímicos.

Áudio

Podcast Raiz & Fruto - Embrapa lança mais duas variedades de mandioca de uso industrial altamente produtivas

Raiz & Fruto

Embrapa lança mais duas variedades de mandioca de uso industrial altamente produtivas

Embrapa lança mais duas variedades de mandioca de uso industrial altamente produtivas

A região Centro-Sul ganha mais duas variedades de uso industrial. A BRS Ocauçu e a BRS Boitatá foram inicialmente registradas para cultivo em São Paulo e atualmente estão sendo recomendadas para os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná.

Ouça no Spotify

Publicado: 03/07/2025

Publicações

Publicação - Folder BRS Boitatá e Ocauçu

Folder 'BRS Boitatá' e 'BRS Ocauçu'

‘BRS Boitatá’ e ‘BRS Ocauçu’

‘BRS Boitatá’ e ‘BRS Ocauçu’

Cultivares de mandioca para a indústria de farinha e fécula recomendadas para o sudoeste do Mato Grosso do Sul e o noroeste do Paraná. Saiba mais sobre as novas cultivares nesta publicação.

Baixe aqui

Publicado: 03/10/2025

Folder 'BRS Boitatá' e 'BRS Ocauçu'

‘BRS Boitatá’ e ‘BRS Ocauçu’

‘BRS Boitatá’ e ‘BRS Ocauçu’

Cultivares de mandioca para a indústria de farinha e fécula recomendadas para o sudoeste do Mato Grosso do Sul e o noroeste do Paraná. Saiba mais sobre as novas cultivares nesta publicação.

Baixe aqui

Publicado: 03/10/2025

Folder BRS 397

BRS 397

BRS 397

A BRS 397 é uma cultivar de mandioca de mesa com coloração da polpa das raízes amarela. A cultivar apresenta elevado potencial produtivo, precocidade, polpa das raízes de coloração amarela, reduzido tempo para cocção, boas qualidades culinárias, arquitetura favorável aos tratos culturais, facilidade de colheita e moderada resistência à bacteriose. Saiba mais sobre o tema nesta publicação.

Baixe aqui

Publicado: 05/02/2025

Folder Principais variedades de mandioca recomendadas para o Norte, Nordeste e Centro-sul do Brasil

Principais variedades de mandioca recomendadas para o Norte, Nordeste e Centro-sul do Brasil

Principais variedades de mandioca recomendadas para o Norte, Nordeste e Centro-sul do Brasil

Conheça as principais variedades de mandioca recomendadas pela Embrapa para cada uma das três regiões geoeconômicas do Brasil: Norte, Nordeste e Centro-Sul. Saiba mais sobre o tema nesta publicação.

Baixe aqui

Publicado: 04/02/2025

Folder BRS Kiriris

BRS Kiriris

BRS Kiriris

Um dos produtos do Programa de Melhoramento Genético de Mandioca da Embrapa foi o lançamento da variedade BRS Kiriris, que apresenta a grande vantagem de ser resistente à podridão radicular e, por isso, foi bastante difundida na região dos Tabuleiros Costeiros do Nordeste. A BRS Kiriris é uma variedade de mandioca industrial recomendada para as microrregiões de Valença, Jequié e Santo Antônio de Jesus, na Bahia. Saiba mais sobre o tema nesta publicação.

Baixe aqui

Publicado: 04/02/2025

Folder BRS Poti Branca

BRS Poti Branca

BRS Poti Branca

A BRS Poti Branca é uma variedade com potencial interesse para os agricultores dos municípios de Cândido Sales e Vitória da Conquista. É recomendada para o plantio, nas mesmas condições que a variedade “Sergipe”, nessa microrregião da Bahia em razão de sua boa adaptação ao ambiente, alta produtividade de raízes, elevado teor de matéria seca (amido) e da alta produção de material propagativo (manivas). Saiba mais sobre o tema nesta publicação.

Baixe aqui

Publicado: 05/02/2025

Exibindo 1 para 5 de 14