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Consumo animal

A mandioca é um produto que pode ser utilizado na alimentação de diversas espécies de animais, como bovinos, ovinos, suínos e aves. Além das raízes, podem ser oferecidas folhas e ramos tenros (parte aérea) em diferentes formas para consumo.

Texto - Alimentação animal

As raízes de mandioca, em geral, têm em sua composição água (70%), amido (24%), fibra (2%), proteína (1%) e minerais e outras substâncias (3%), que juntamente a parte aérea (folhas, pecíolos e talos) com valor proteico considerável e elevado conteúdo fibroso e energético, tornam a mandioca altamente recomendada para alimentação de monogástricos e ruminantes.

Tanto a mandioca mansa quanto a brava podem ser fornecidas para os animais, com alguns cuidados quanto ao modo de consumo. Do ponto de vista prático a mandioca mansa pode ser fornecida fresca ou estado natural, enquanto a brava deverá ser triturada e deixada em repouso para que ocorra a degradação dos compostos cianogênicos, levando a liberação do ácido cianídrico (HCN) que é tóxico para os animais. Podem ser utilizadas as raízes e folhagens frescas, o feno (raízes e folhagens trituradas e secas ao sol) e a silagem (produtos da mandioca mantidos em ambiente fechado, conhecido comumente como silo).

Raspa - produto obtido de pedaços de raízes, com 13% a 15% de umidade, podendo ser conservado de seis a doze meses. A preparação da raspa consiste na picagem, para posterior secagem ao sol, durante 2 a 4 dias. O tamanho ideal dos fragmentos de raízes para raspa deve ser de 2 a 5 mm de espessura e 3 a 5 cm de comprimento, para permitir secagem rápida.

Farelo de folhas - a parte aérea (terço superior) deve ser triturada em picador de forragem e seco ao sol, o que possibilita: reduzir o teor de água e permitir a conservação por longo período, sem alteração do valor nutricional; e reduzir a concentração de ácido cianídrico (HCN), que tem efeito tóxico para os animais. O Farelo de Folhas de Mandioca (FFM) varia em composição quanto a: proteína bruta (22% a 32%), fibra bruta (15% a 20%), extrato etéreo (4% a 6%), e cinzas (2% a 12%).

Feno da parte aérea - o processo de produção de feno consiste basicamente no corte da parte aérea, na trituração e na secagem, quando as condições climáticas são favoráveis; ou seja, boa insolação, alta temperatura e baixa umidade relativa. Durante a secagem deve-se ter cuidado pois, se a temperatura for muito elevada, pode ocorrer desnaturação da enzima linamarase e a eliminação dos compostos cianogênicos não ocorrer de forma eficiente. Portanto, é recomendado triturar, deixar um pouco à sombra e depois ao sol. 

Silagem da parte aérea - o processo de ensilagem consiste basicamente em corte da parte aérea, trituração, enchimento do silo, compactação e vedação do silo.

Uma ração básica que pode ser utilizada em confinamento de bovinos tem a seguinte composição: silagem de milho 39%, farelo de folhas de mandioca 12%, raspa de mandioca 47% e mistura mineral (2%).