A cultura da mandioca tem um papel fundamental para a alimentação humana e animal, por ser um dos produtos mais relevantes para a agricultura de subsistência e para a segurança alimentar, pois é considerada como uma fonte primária de energia barata rapidamente disponível (65% amido bs) para o homem e animais, apesar dos baixos níveis de proteína (3,2 a 4% bs).
A raiz de mandioca é constituída por 30 a 40% de matéria seca, valores consideráveis quando comparados a outras culturas como a batata (30%) e o inhame (27,5%). O conteúdo de matéria seca depende de fatores como variedade, idade e sanidade da planta, solo e condições climáticas, sendo que o amido e o açúcar são os componentes predominantes (aproximadamente 90%) da matéria seca.
O conteúdo de proteína bruta das raízes de mandioca é de 2-3% em base seca, sendo a qualidade considerada relativamente boa, apesar da deficiência em aminoácidos sulfurados e as perdas pelos processamentos. Em média, em 1 Kg de raízes (peso fresco) há 1.460 cal, 6259 de água, 3479 de carboidratos, 12 g de proteínas, 3 g de gordura, 330 mg de cálcio, 7 mg de ferro, traços de Vitamina A e significantes quantidades (bu) de Vitamina C (360 mg), tiamina (0,6 mg), riboflavina (0,3 mg) e niacina (6 mg) (Cock, 1990).


A farinha, um dos seus principais produtos, caracteriza-se por ser um alimento de alto valor energético, rico em amido, contendo fibras e alguns minerais como potássio, cálcio, fósforo e ferro. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA), a farinha de mandioca torrada apresenta cerca de 8,3% de umidade, 1,2% de proteína, 0,3% de lipídeos, 89,2% de carboidrato, 1,0% de cinzas; 328 mg de potássio, 76 mg de cálcio, 40 mg de magnésio, 39 mg de fósforo, 10 mg de sódio, 1,2 mg de ferro, 0,4 mg de zinco e 0,37 mg de manganês por 100 g de produto.

