Sistemas Agrícolas Tradicionais

A doutora em ecologia pelo Inpa e pela Wageningen University Carolina Levis explica como se conectam os conhecimentos ecológicos indígenas e a sustentabilidade florestal.

Usar a biodiversidade adequadamente, aproveitando sua capacidade de gerar produtos e serviços, é produzir considerando a conservação e o manejo de espécies de plantas, animais e microrganismos nativos.

Na casa de farinha não se faz só alimento, se faz também um rito, uma transmissão de saberes entre as gerações e também soberania alimentar. A produção da farinha de mandioca representa muito para o povo quilombola dessa região, e, no quilombo da Fazenda, em Ubatuba, não é diferente. Os jovens seguem aprendendo com os mais velhos e mais velhas a plantar, colher, esperar e a produzir uma comida agroecológica e que, além de nutritiva, contribui para dar continuidade à cultura, à memória e ao futuro da comunidade.

Saiba mais sobre a diversidade étnica cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil.

Conheça também a Plataforma de Territórios Tradicionais, uma ferramenta digital construída pelos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) do Brasil para fortalecer sua luta por direitos, e o Tô no Mapa, um aplicativo gratuito de celular que permite a PCTs o automapeamento de territórios tradicionais e facilita o cadastramento das áreas ocupadas em uma base cartográfica. 

Teaser do documentário realizado no Quilombo Kalunga (Goiás) em 2023 que aborda a cultura, os costumes e o modo de vida do povo Kalunga.

Você sabia que existem ferramentas que auxiliam no processo de proteção e visibilidade de Povos e Comunidades Tradicionais? Em um cenário de intensas disputas por terras e recursos naturais, essas ferramentas reconhecem os modos de vida, os locais de vivência e os direitos dessas populações. Saiba mais no documentário da Terra de Direitos e Observatório Matopiba. 

Neste vídeo conferimos uma entrevista com Rosa Santos, pertencente ao quilombo Mucambo, que fica na região norte do estado do Maranhão, e defende a agroecologia nas comunidades. Ela, que também é quebradeira de coco, conta que desde os primeiros encontros da Teia a alimentação é pauta importante, não somente para a garantia do alimento para o evento, mas para garantir a autonomia e a segurança alimentar das comunidades. A Teia dos Povos é uma articulação de comunidades, territórios, povos e organizações políticas, rurais e urbanas. 

Neste vídeo você vai conhecer, pelo depoimento de Sérgio Popygua (comunidade indígena Guarani Mbya), a relação com a terra e as formas de plantio na tradição Mbya. Saiba mais sobre as culturas tradicionais agrícolas que estão sendo resgatadas, somadas aos recentes conhecimentos sobre a produção de alimentos, baseada na conservação das florestas locais.

Canal criado para divulgar conteúdos sobre Sistemas Agrícolas Tradicionais. O intuito é de valorizar a diversidade cultural existente, expressada pelos povos indígenas e populações tradicionais existentes no Brasil, procurando mostrar e dar voz a tais populações e daqueles que de algum modo os apoiam.

Na cidade de São Paulo, indígenas Guarani conseguiram recuperar terras degradadas antes usadas para a monocultura de eucalipto. Recolhendo sementes de aldeias de outros estados e países, os indígenas chegaram a plantar mais de 200 variedades livres de qualquer transformação gênica.  Entre os plantios, há nove tipos de milho, quinze de batata-doce, quatro de amendoim e ainda frutas nativas da Mata Atlântica como juçara, araçá, jaracatiá, cambuci e pitanga.

O Sistema Agrícola Tradicional Quilombola (SATQ) do Vale do Ribeira foi reconhecido em 2018 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial do Brasil. A roça de toco ou coivara se baseia no rodízio das áreas, unindo produção e conservação. O Vale do Ribeira concentra o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil, abrigando mais de 20% dos 7% de floresta que resta do bioma.

"Sementes de Quilombo” faz parte de uma série de vídeos sobre o Sistema Agrícola Quilombola, e tem como tema a sua agrobiodiversidade, as razões do declínio da mesma e as estratégias colocadas em prática pelos quilombolas do Vale do Ribeira para a recuperação de suas sementes tradicionais.

Conheça as quebradeiras de coco babaçu do interior do Maranhão; a coleta  da castanha e a extração do óleo é fonte de renda de uma comunidade liderada por mulheres, as quais ficaram famosas pela conquista da "lei do babaçu livre", que garante o livre acesso às plantações.

​O vídeo apresenta soluções inovadoras para aprimorar práticas agrícolas em comunidades indígenas, visando aumentar a produtividade e promover a sustentabilidade. As tecnologias abordadas incluem técnicas de manejo do solo, cultivos adaptados às condições locais e métodos de conservação ambiental, respeitando os saberes tradicionais e contribuindo para a segurança alimentar e o desenvolvimento socioeconômico dessas comunidades.

Canoa Caiçara foi uma roda de conversa sobre tradições e contou com a presença do mestre canoeiro Seu Ditinho, do líder comunitário e artesão Robson Possidônio, do pesquisador Marcos Ribas e do navegador e escritor Amyr Klink.

O documentário produzido pela Embrapa revela como o povo Waurá, do Alto Xingu (MT), produz sal a partir do aguapé, em uma prática tradicional que une conhecimento ancestral, cultura e saúde. A partir de uma lenda indígena, o filme mostra o processo de extração do sal vegetal e discute os riscos da perda dessa técnica diante da modernização e da erosão cultural.  

A canoa é um forte elemento da cultura caiçara, representa um modo de vida, uma herança material baseada nas relações das comunidades do litoral Sudeste do Brasil com o meio ambiente e com a história social e econômica da região. O documentário valoriza esse patrimônio cultural e mostra as técnicas e conhecimentos presentes no feitio da canoa caiçara em Ubatuba.

O vídeo apresenta a técnica tradicional do povo Waurá, do Alto Xingu (MT), para produzir sal a partir do aguapé — planta aquática abundante na região. Além de atender às necessidades alimentares da comunidade, esse saber ancestral fortalece a autonomia local e fomenta trocas entre aldeias, sendo um exemplo de como os conhecimentos tradicionais contribuem para a segurança alimentar e a saúde indígena.

Conheça os agricultores que plantam, preservam e distribuem variedades rústicas de espécies. Um importante trabalho de resgate social e segurança alimentar.

O vídeo fala de um tipo de bem que não pode ser tocado nem mensurado: o Patrimônio Cultural Intangível. E apresenta o Fandango Caiçara, reconhecido pelo IPHAN em 2012 como patrimônio cultural brasileiro.