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Texto - Manivas-semente
A forma de propagação mais comum na cultura da mandioca é feita vegetativamente por meio do plantio de pequenos pedaços do caule, chamados de manivas-sementes.
A planta de mandioca produz flores, frutos e sementes. Porém, o plantio é feito com manivas, já que as sementes demoram meses para germinar e muitas são chochas, ou seja, não germinam. Já as manivas brotam rapidamente e em 15 dias de plantio já desenvolvem a brotação completa.
Um dos principais fatores para o sucesso do sistema produtivo é a qualidade genética e fitossanitária das manivas-semente. A seleção do material de plantio saudável e adequado contribui na prevenção de pragas e doenças, além de melhorar a brotação.
Recomendações para produção e obtenção de mudas e manivas-sementes:- as lavouras devem estar sadias e ter entre 10 e 14 meses
- reservar cerca de 20% da área do mandiocal para o campo de multiplicação de estacas
- sempre escolher manivas de plantas vigorosas
- utilizar apenas a parte média das hastes (caule) para a produção das manivas
- o corte deve ser reto, sem inclinação ou irregularidade
- o comprimento das manivas deve ser de cerca de 20 centímetros, com 5 a 7 gemas (que são as pequenas protuberâncias do caule)
- recorrer a Rede Reniva (Rede de multiplicação e transferência de material propagativo de mandioca com qualidade genética e fitossanitária).
Limitações na propagação da cultura da mandioca
Alguns fatores podem dificultar a propagação da mandioca em larga escala e num curto intervalo de tempo.
- Baixa taxa de multiplicação: cada planta produz apenas cinco a dez manivas num período de 12 meses, trazendo como consequência a dificuldade de expansão da área plantada.
- Pragas e doenças: as plantas podem acumular pragas ou patógenos durante os ciclos sucessivos de propagação. Isso causa perdas, tanto na produção comercial de raízes, quanto na quantidade e qualidade do material propagativo. Por esse motivo, produtores têm abandonado clones que apresentam redução na produção de raízes e na quantidade e vigor das manivas.
- Armazenamento: o tempo e as condições de armazenagem podem gerar alguns problemas, como a perda de água do material, o que favorece o ataque de pragas e doenças e prejudica a germinação. Assim, o armazenamento por um período mais longo torna-se inviável.
Miniestacas
Outro meio de propagação da mandioca é utilizando miniestacas, que são similares às manivas tradicionais mas com um tamanho aproximadamente dez vezes menor. O volume reduzido das hastes facilita a logística de transporte e distribuição do material de plantio sem diminuir o rendimento da produção.Da muda gerada por meio dessa técnica de propagação, a miniestaca representa a parte basal da haste e estará pronta para o plantio no campo com cerca de 15 centímetros de comprimento e espessura similar a de uma caneta. O restante da haste é aproveitado em duas ou três outras jovens miniestacas, que podem ser replantadas em tubetes e gerar novas mudas.
As miniestacas são produzidas de três formas: a partir de mudas micropropagadas (in vitro) em fase de aclimatização por 120 dias; mudas produzidas pela técnica da multiplicação rápida por 120 dias; ou plantio de manivas convencionais no campo, com a primeira colheita de miniestacas entre 6 a 7 meses e a segunda entre 8 a 9 meses após o plantio.
Para produzir as miniestacas no campo, a recomendação é o plantio das manivas com espaçamento de 50 centímetros entre linhas e 20 centímetros entre as plantas da mesma fila. Após a brotação das mudas, o estiolamento (prolongamento das hastes) deve acontecer até atingir uma altura de aproximadamente 1 metro a 1 metro e 30 centímetros.
Reniva
A Rede de Multiplicação e Transferência de Materiais Propagativos de Mandioca com Qualidade Genética e Fitossanitária (Reniva) é um projeto articulado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura junto a parceiros com o objetivo de viabilizar a propagação da mandioca em larga escala tanto para agricultores familiares quanto para os grandes agricultores das principais regiões produtoras de mandioca em todo o território nacional.
A Reniva busca suprir a demanda por manivas em qualidade e quantidade suficiente em qualquer época do ano, disponibilizando material propagativo por meio de técnicas de multiplicação de mudas, capacitação e apoio aos maniveiros, além do desenvolvimento de novas tecnologias.
Esses materiais propagativos são comprovadamente livres de viroses e outras doenças e pragas, permitindo que a produtividade seja mais elevada nas diversas regiões produtoras de mandioca no Brasil e evitando a perda de materiais genéticos.
Princípios básicos da Rede Reniva:1. Comprovada isenção de pragas e doenças em toda as cultivares produzidas
2. Integração em rede que reúna produtores, maniveiros, técnicos e Embrapa
3. Clonagem de plantas matrizes por micropropagação vegetal ou por multiplicação rápida
4. Assistência técnica aos maniveiros para condução dos campos de produção de manivas-semente preservando a sanidade
5. Assistência técnica aos produtores para condução dos campos de produção de mandioca, preservando a sanidade e elevando a produtividade.
Encontrado na página: Manivas-semente (Reniva)
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Texto - Adubação potássica | Calagem e adubação
Adubação potássica
- Deve ser aplicada na cova ou no sulco de plantio, juntamente com o fósforo.
- Os adubos potássicos mais utilizados são o cloreto de potássio (KCl) e o sulfato de potássio (K2SO4).
- Em solos muito arenosos, deve-se dividir o potássio em duas ou três aplicações, especialmente quando usam-se fontes solúveis e com elevado índice salino, como o KCl, pois tanto pode haver perdas por lixiviação, como danos ao sistema radicular absorvente pela salinidade do fertilizante.
- A adubação potássica pode ser parcelada entre o plantio e a cobertura, junto com o nitrogênio.
- Fontes alternativas de potássio, como rochas potássicas de menor solubilidade, devem ser aplicadas antes ou no momento do plantio.
- Algumas cultivares de mandioca de indústria respondem positivamente à aplicação de potássio no início do segundo ciclo vegetativo. As melhores respostas produtivas ao potássio ocorrem nos solos com baixos teores do nutriente. Nestes solos, a dose ótima de potássio pode variar entre 90 e 120 quilos de óxido de potássio (K2O) por hectare.
Encontrado na página: Calagem e adubação
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Texto - Micronutrientes | Calagem e adubação
Micronutrientes
Nos períodos de grandes estiagens, principalmente no litoral do Nordeste, têm-se observado sintomas de deficiências de zinco (Zn) e de manganês (Mn), denominados de “chápeu-de-palha” e “amarelão”.- Para evitar possíveis prejuízos na produção, nos locais de ocorrência recomenda-se aplicar no solo 4 quilos de zinco por hectare e 5 quilos de manganês por hectare (equivalente a 20 kg/ha de sulfato de zinco e 20 kg/ha de sulfato de manganês), juntamente com o fósforo e o potássio.
- Nas lavouras com deficiências já manifestadas nas folhas, deve-se pulverizar a plantação com uma solução que contenha de 2% a 4% dos produtos comerciais (sulfato de zinco e sulfato de manganês) diluídos em 100 litros de água.
- Quando se realiza calagem na área é imprescindível aplicar pelo menos 2 quilos de zinco por hectare para evitar deficiências.
Na região Centro-Sul, especialmente em solos de textura leve, tem se observado teores baixos de boro nos solos. Nessas condições, a aplicação de pelo menos 1 quilo por hectare de boro é recomendada para manter os níveis de produtividade sem esgotar os solos.Encontrado na página: Calagem e adubação
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Texto - Irrigação
A mandioca possui características intrínsecas (rusticidade e adaptabilidade) e apresenta boa tolerância à seca, motivos pelos quais existem poucos resultados de pesquisa sobre irrigação. O uso da irrigação no cultivo da mandioca ocorre devido a necessidade de água em quantidades elevadas, principalmente no seu desenvolvimento pós plantio (120-150 dias).
Benefícios do uso da irrigação no cultivo da mandioca:- Maiores rendimentos
- Melhor qualidade das raízes
- Programação e/ou antecipação de plantio e colheitas precoces
- Agregar valor na produção de derivados.
Quais as recomendações para o uso da irrigação?
Quanto ao sistema de irrigação pode-se utilizar a aspersão, microaspersão e gotejamento, a escolha vai depender dos aspectos edafoclimáticos, do manejo da cultura, da disponibilidade e necessidades e dos custos envolvidos. Os sistemas mais utilizados são por aspersão devido ao baixo custo, flexibilidade e por atender o plantio consorciado.
Caso o produtor não disponha de equipamentos para medir a água no solo e de assistência técnica, a tabela apresenta algumas recomendações de tempos de irrigação para a mandioca irrigada por sistemas de aspersão convencional, mangueiras perfuradas e difusores. O tempo que o sistema de irrigação deve ser mantido em funcionamento para suprir a necessidade de água da cultura dependerá, principalmente, da época do ano em que está sendo feita a irrigação, da idade das plantas, das características do solo e dos emissores utilizados.Encontrado na página: Irrigação
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Texto - Métodos de plantio
As manivas-semente são plantadas em sulcos ou em covas, com aproximadamente 0,1 m de profundidade em três posições: vertical, inclinada ou horizontal. A horizontal é a posição mais utilizada para facilitar a colheita, já as posições inclinada e vertical são mais utilizadas em solos arenosos por promover aprofundamento das raízes.
Seleção de manivas: a seleção de manivas para o plantio é determinante para um ótimo desenvolvimento da cultura, resultando em aumento de produção com pequenos custos. Na seleção do material deve-se observar os aspectos agronômicos e fitossanitários.
Em relação aos aspectos agronômicos é importante considerar os seguintes aspectos:
- A escolha da cultivar deve ser feita de acordo com o objetivo da exploração (alimentação humana in natura, uso industrial ou forrageiro) e adaptação às condições da região. É sempre indicado o plantio de uma só cultivar numa mesma área e, caso necessite usar mais de uma cultivar, o plantio deve ser feito em quadras separadas
- Deve-se escolher manivas maduras, provenientes de plantas com 10 a 14 meses de idade, e utilizar apenas o terço médio
- As manivas-semente devem ter 20 cm de comprimento, com pelo menos 5 a 7 gemas, e diâmetro em torno de 2,5 cm, com a medula ocupando 50% ou menos. É importante verificar o teor de umidade da haste, o que pode ser comprovado se ocorrer o fluxo de látex imediatamente após o corte
- As manivas podem ser cortadas com auxílio de um facão ou utilizando uma serra circular, de modo que o corte forme um ângulo reto, no qual a distribuição das raízes é mais uniforme do que no corte em bisel
- A quantidade de manivas para o plantio de um hectare é de 4 m³ a 6 m³, sendo que um hectare da cultura, com 12 meses de ciclo, produz hastes para o plantio de 4 a 5 hectares.
Em relação aos aspectos fitossanitários, o material de plantio deve estar livre de pragas e doenças, já que a disseminação de patógenos é maior nas culturas propagadas vegetativamente do que nas espécies propagadas por meio de sementes sexuais.
Profundidade de plantio
Em solos não sujeitos a encharcamento, pode ser feito em covas preparadas com enxada ou em sulcos construídos com enxada, sulcador a tração animal ou motomecanizados. Tanto as covas como os sulcos devem ter aproximadamente 10 cm de profundidade. As plantadeiras mecanizadas disponíveis no mercado fazem de uma só vez as operações de sulcamento, adubação, plantio e cobertura das manivas. Em solos argilosos recomenda-se plantar em cova alta ou matumbo, que são pequenas elevações de terra, de forma cônica, construídas com enxada, ou em leirões, que são elevações contínuas de terra, que podem ser construídos com enxada ou arados.
Posição das manivas no solo (com relação à adubação e direcionamento das gemas)As manivas-semente, estacas ou rebolos podem ser plantadas em três posições: vertical, inclinada ou horizontal. A maneira mais adotada é a horizontal, porque facilita a colheita das raízes, colocando-se as manivas no fundo das covas ou dos sulcos. É necessário colocar uma camada de três centímetros de terra em cima do adubo, para evitar que este fique em contato com as mudas. As posições inclinada e vertical são menos utilizadas porque as raízes aprofundam mais, dificultando a colheita.
Cobertura de manivasApós a distribuição, as manivas devem ser cobertas com uma camada de terra, fechando todo o sulco ou a cova.
ConsorciaçãoAmplamente utilizado pelos pequenos produtores das regiões tropicais, o cultivo consorciado apresenta, sobre o monocultivo, as vantagens de promover maior estabilidade da produção, melhor utilização da terra, melhor exploração de água e nutrientes, melhor utilização da força de trabalho, maior eficiência no controle de ervas daninhas e disponibilidade de mais de uma fonte alimentar.
Sistema de plantio em fileiras simplesO plantio de uma ou mais culturas entre as fileiras de mandioca apresenta o inconveniente da concorrência intra e interespecífica e da impossibilidade de se fazer mais de um cultivo intercalar durante o ciclo da mandioca. Nesse caso, a consorciação reduz as produtividades das culturas componentes dos sistemas.
Mandioca + feijão Phaseolus ou Vigna: O feijão é plantado intercalado nas fileiras de mandioca, cujo espaçamento varia desde 1,00 x 0,50 m até 2,00 x 1,00 m, dependendo do número de fileiras de feijão intercaladas e da espécie.
Mandioca + milho: O consórcio mandioca + milho é também bastante usado no Brasil, normalmente plantando-se uma fileira de milho entre duas de mandioca, no espaçamento de 1,00 m entre as fileiras do milho e de 0,20 m a 0,40 m entre covas na linha.
Mandioca + milho + feijão: Esse sistema de consórcio triplo também é muito utilizado, plantando-se uma ou duas fileiras de milho entre duas de mandioca, alternadas com fileiras de feijão. Para garantir uma melhor germinação, usam-se três sementes por cova, tanto para o milho como para o feijão.
Sistema de plantio em fileiras duplasMais recomendado, tem a vantagem de racionalizar o consórcio, pelo uso dos espaços livres que existem entre cada fileira dupla da mandioca, nos quais é possível se fazer até dois plantios de culturas de ciclo curto durante o ciclo da mandioca. O melhor espaçamento em fileiras duplas é de 2,00 x 0,60 x 0,60 m.
Mandioca + feijão Phaseolus ou Vigna: Colocar quatro fileiras de feijão no espaço livre entre as fileiras duplas, no espaçamento de 0,50 m entre fileiras e 0,20 m entre plantas, com duas sementes por cova.
Mandioca + milho: Colocar duas fileiras de milho entre cada fileira dupla de mandioca, no espaçamento de 1,00 m entre fileiras e 0,20 m entre plantas. Não se recomenda o segundo plantio de milho durante o ciclo da mandioca, pois prejudica muito a produtividade desta cultura.
Mandioca + amendoim: Colocar três fileiras de amendoim entre cada fileira dupla de mandioca, no espaçamento de 0,50 m entre fileiras e 0,10 m entre plantas.Encontrado na página: Métodos de plantio
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