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Tratamento de dejetos animais

Tratamento de dejetos

O Tratamento de Dejetos Animais envolve práticas de aproveitamento dos resíduos de animais para a produção de energia (gás) e de composto orgânico (biofertilizante), com redução nas emissões, principalmente de metano (CH₄).

O metano é um gás de efeito estufa 28 vezes mais potente do que o dióxido de carbono (CO₂) para o aquecimento global. A correta destinação dos dejetos e efluentes originados a partir da criação de animais estabulados é uma prática importante para a regularidade ambiental das propriedades rurais. Estima-se que sejam produzidas cerca de 180 milhões de toneladas de resíduos e efluentes de animais confinados (suínos, bovinos e aves) por ano.

No âmbito do Plano ABC, as técnicas de compostagem e de biodigestão de resíduos animais para a geração de biogás, constituem alternativas de tratamento que contribuem para a redução de gases de efeito estufa.

Compostagem

Compostagem

A compostagem dos dejetos animais constitui um processo de fermentação aeróbio, por meio do qual os micro-organismos (bactérias e fungos) convertem a fração orgânica dos dejetos em um fertilizante orgânico.

O processo de  compostagem gera calor que promove a evaporação da água e a redução do teor de umidade do material. Assim, é possível produzir, sob condições controladas, um fertilizante orgânico sólido com elevado teor de nutrientes e valor agronômico. 

Aplicação de dejetos de suínos e aves em leiras de serragem e maravalha. 

Foto: Evando Carlos Barros / Embrapa

Biodigestores: biogás e biofertilizantes

Biodigestores: biogás e biofertilizantes

Os biodigestores são câmaras destinadas à realização da digestão anaeróbia (ausência de oxigênio) da matéria orgânica (dejetos animais), produzindo biogás e biofertilizante. Por meio desta digestão anaeróbia, são produzidos gases como metano e dióxido de carbono, além de um resíduo (digestato) gerado durante a fermentação.

Existem vários modelos de biodigestores, sendo o modelo Canadense, também denominado de “lagoa coberta”, o mais utilizado atualmente no Brasil. O biodigestor Canadense é de fácil instalação e de baixo custo por ser fabricado com PVC, podendo ser usado em pequenas e grandes propriedades.

Biodigestor Modelo Canadense. 

Foto: Juliano Corulli Corrêa / Embrapa

Biogás bruto

O biogás bruto possui um potencial energético respeitável, mas pode ter seu potencial combustível aumentado após a sua purificação em biometano. O biogás possui benefícios diretos, como: substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP), a lenha para aquecimento interno de aviários, além de contribuir com a geração de energia elétrica, térmica e automotiva para autoconsumo ou venda de excedentes. Possui também como benefício indireto a redução de emissões de gases de efeito estufa. 

Além do biogás,  a biodigestão da matéria orgânica (dejetos animais), produz um biofertilizante.  Este possui um pH na faixa alcalina (aproximadamente 7,5), podendo ser usado como corretivo de pH do solo. Além de não propagar mau cheiro, o biofertilizante não gera custo quando comparado a fertilizantes químicos.

As fases sólidas e líquidas do biofertilizante precisam ser separadas para serem utilizadas. Este processo de separação é de baixo custo e permite o uso mais adequado desta matéria prima. A fração sólida é rica em fósforo, podendo ser aplicada diretamente como fertilizante na agricultura, ou ser seca para a armazenagem e transporte. A fase líquida contém, principalmente, nitrogênio e potássio e pode ser usada para fertirrigação.

Tratamento de Dejetos Animais

Tratamento de Dejetos Animais