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Sistemas irrigados

Parágrafo introdução

O Brasil totaliza 8,2 milhões de hectares equipados para irrigação, sendo 64,5% (5,3 milhões de hectares) com água de mananciais e 35,5% (2,9 milhões de ha) fertirrigados com água de reúso segundo o Atlas Irrigação. Levantamentos indicam que as áreas de agricultura irrigada são menos de 20% da área total cultivada e produzem mais de 40% dos alimentos, fibras e cultivos bioenergéticos.
Alguns aspectos positivos dos sistemas irrigados são: maior produtividade comparada às áreas sem irrigação (sequeiro), diversificação da produção, aumento da oferta e regularidade de alimentos, ampliação das épocas de cultivo, redução da pressão por abertura de novas áreas, contribuindo para a geração de empregos e renda. Os sistemas irrigados foram incluídos no Plano ABC+ no sentido de melhorar a resiliência dos sistemas agropecuários. A irrigação de pastagens também tem sido realizada no âmbito deste plano, com consequente melhoria da eficiência produtiva, além de constituir uma estratégia de resiliência para estes sistemas.

O caso do arroz irrigado por inundação

O caso do arroz irrigado por inundação

É importante ressaltar que o cultivo de arroz irrigado por inundação apresenta também um grande potencial de mitigação, ainda que não esteja contemplado como uma linha de financiamento no plano ABC. Este cultivo representa uma importante fonte de emissão de metano, visto que o solo permanece em condições anaeróbias (ausência de oxigênio) favorecendo o crescimento de micro-organismos que produzem metano (metanogênicos).


Práticas que contribuem para a redução das emissões de metano em arroz irrigado por inundação:

  • Sistema de Plantio Direto;
  • Manejo intermitente de água;
  • Escolher variedades de menor potencial de emissão;
  • Evitar a incorporação de matéria orgânica próxima ao cultivo e a inundação;
  • Evitar o cultivo em solos com alto teor de matéria orgânica;
  • Conservação do solo;
  • Aumento do estoque de carbono no solo e na biomassa ;
  • Proteção dos recursos hídricos;
  • Preservação da biodiversidade do ecossistema; 
  • Ciclagem de nutrientes;
  • Formação de corredores ecológicos;
  • Obtenção de plantas medicinais e produtos madeireiros.

Cultivares de arroz irrigado em lavoura, grãos e panícula.

Foto: Paulo Lanzetta / Embrapa

Atlas Irrigação (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico)

Atlas Irrigação (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico)