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Manejo conservacionista do solo e sistema de plantio direto

Manejo conservacionista do solo e sistema de plantio direto

Os solos são grandes reservatórios de carbono (C), e representam globalmente de 2 a 3 vezes mais carbono do que a quantidade estocada na vegetação ou na atmosfera. O carbono encontra-se na matéria orgânica, importante componente para a fertilidade e saúde do solo.

Sistemas de produção e práticas de manejo que elevam a produtividade das culturas, aumentam também a entrada de carbono no solo via restos de cultura e raízes, sendo que parte desse material estabilizará na matéria orgânica. Essa captura de carbono da atmosfera pela planta e posterior entrada e estabilização no solo é conhecido como “sequestro de carbono”.

Sistema carbono


 

Preparo convencional do solo

O preparo convencional do solo a 20 ou 40 cm de profundidade e a não adoção de práticas conservacionistas, como o uso cobertura morta, o plantio em nível e o terraceamento, tendem a aumentar o potencial de  degradação do solo agrícola, levando a perdas expressivas de carbono estocado e ao impacto negativo nas mudanças climáticas globais. O Sistema Plantio Direto (SPD) vem na contramão da degradação do solo, fundamentado em três princípios básicos: mínimo revolvimento do solo, cobertura permanente e rotação de culturas. 

O revolvimento mínimo ou não revolvimento do solo, usando somente sulcação para a semeadura e aplicação de fertilizantes, preserva a estrutura do solo e permite a manutenção dos resíduos vegetais da cultura anterior sobre sua superfície, por um período maior de tempo, reduzindo problemas com erosão e aumentando o potencial de reciclagem de nutrientes.

A rotação de culturas caracteriza-se pelo cultivo planejado, em uma sequência cronológica, de diferentes espécies de plantas. Traz benefícios relativos à redução em ciclos de pragas, doenças e plantas daninhas, à maior disponibilidade de renda, nos casos de uso de culturas de valor econômico, além de evitar a possível exaustão do solo promovida pelo uso de monocultivos. 

A utilização de culturas de cobertura, no ciclo de rotação, auxilia a manutenção de uma cobertura verde (cultura em desenvolvimento) ou morta (palha) durante todo o ano, o que promove o aumento na biodiversidade, o equilíbrio químico (fertilidade do solo) e biológico (controle de pragas e doenças) e incrementa o aporte de matéria orgânica no sistema.

A adoção do SPD é uma das práticas que mais contribuem ao combate às mudanças climáticas globais, além de inúmeros outros benefícios (ver a seguir), pois proporciona uma taxa média de sequestro de C no solo da ordem de 0,5 t ha⁻¹ ano⁻¹
e reduz o uso de diesel (combustível fóssil) nas operações mecânicas de campo.

Benefícios do plantio direto


 

Você já ouviu falar de agricultura regenerativa? 

A agricultura regenerativa é a designação

A agricultura regenerativa é a designação para modelos produtivos que buscam melhorar o solo, aumentar a biodiversidade, possibilitando a preservação e até mesmo a restauração dos ecossistemas, tornando a agricultura parte da solução para os problemas ambientais. Nesses modelos são utilizadas diferentes técnicas, tendo como base a agricultura orgânica, na tentativa de restabelecer os sistemas naturais nas áreas agrícolas intensamente manejadas.  

São considerados como benefícios da agricultura regenerativa:

 

  • A conservação e restauração do solo;
  • A melhoria da qualidade química, física e biológica do solo;
  • O aumento da biodiversidade dos ecossistemas;
  • Uma maior resiliência ambiental e econômica dos sistemas produtivos;
  • A redução na emissão dos GEE e o auxílio no sequestro de carbono.

Sistemas Regenerativos Revolucionando a Agricultura

Sistemas Regenerativos Revolucionando a Agricultura

O que é agricultura regenerativa e quais são os exemplos de práticas regenerativas na agropecuária? Nesse vídeo, confira o que são sistemas regenerativos e porque os bioinsumos são uma ferramenta relevante nesse contexto.

Vídeos

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Aquecimento Global - o solo como solução

O desequilíbrio do clima afeta diretamente a produção de alimentos, tornando-se uma ameaça à nossa própria existência. Mas com a intensificação de práticas sustentáveis, a agricultura tem o potencial de contribuir de forma significativa no combate ao aquecimento global. Um movimento pioneiro está conectando agricultores brasileiros, pesquisadores de renomadas instituições, startups, indústrias de diversos segmentos e consumidores, formando um ecossistema que começa com o carbono no solo, mas vai muito além dele.

Sistema de Plantio Direto de Hortaliças - Efeito Estufa e Mudanças Climáticas

O Sistema de Plantio Direto em Hortaliças (SPDH) segue três princípios básicos: o revolvimento localizado do solo, restrito às covas ou sulcos de plantio; a diversificação de espécies pela rotação de culturas, com a inclusão de plantas de cobertura para produção de palhada; e a cobertura permanente do solo. Com uso da tecnologia, acompanhmentos em áreas cultivadas apontam que, em função da preservação ou recuperação da qualidade do solo, os níveis de adubação têm sido diminuídos sem prejuízo na produtividade de lavouras.

SPDH - Plantio direto em hortaliças

Sistema de plantio direto em hortaliças aumenta a produtividade, reduz custos e protege os recursos naturais. Conheça uma experiência desenvolvida em Ituporanga/SC.

Áudios e podcasts

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Prosa Rural - Manejo conservacionista para diversificação da produção agrícola

Este episódio do Prosa Rural fala sobre as vantagens do modelo conservacionista de manejo do solo e apresenta um conjunto de técnicas e práticas que podem recuperar e manter a qualidade do solo.