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A suplementação alimentar com enzimas como a fitase, betaglucanases e pentosanases pode proporcionar resultados positivos em suínos adultos. A fitase, originária da produção microbiana, melhora o aproveitamento do fósforo fítico da dieta, presente principalmente nos grãos de cereais e seus subprodutos, mas também nas sementes de oleaginosas e seus subprodutos.
A betaglucanase e pentosanases melhoram a digestibilidade dos carboidratos não amido presentes nos grãos de cereais, principalmente no centeio e na cevada. A utilização da betaglucanase proporciona pequena melhora na utilização da cevada pelos suínos. Maiores benefícios podem ser esperados com a suplementação de pentosanases em dietas que contenham centeio e algunas cultivares de triticale.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 193
Ano: 1998
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Conversão alimentar é um índice fornecido pela relação entre o consumo de alimento e o ganho de peso dos suínos. É indicadora da eficiência alimentar da dieta, mas analisada isoladamente pode levar a conclusões erróneas sobre determinado alimento, dieta ou manejo alimentar.
A conversão alimentar é uma das variáveis indicadoras do desempenho dos suínos e deve ser analisada conjuntamente com o ganho de peso e o consumo de ração para a tomada de decisões sobre nutrição de suínos. É dada pela fórmula:
Conversão alimentar = consumo de alimento ganho de pesoCapítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 194
Ano: 1998
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Conversão alimentar do rebanho é a quantidade (kg) de ração utilizada para produzir 1 kg de suíno terminado. É dada pela fórmula:
Car = Conali / Peso total
Em que:
Car = conversão alimentar do rebanho.
Conali = consumo de alimentos no período = estoque inicial de alimentos + compras - estoque final.
Peso total = pesanies + pterm + plei + prepr + pesanido - plecom - ptleitoc - ptmrepos - precom.
Em que:
Pesanies = peso dos animais no estoque final - peso dos
animais no estoque inicial.Pterm = peso dos animais vendidos como terminados.
Plei = peso dos leitões vendidos.
Prepr = peso dos animais vendidos como reprodutores.
Pesanido = peso dos animais consumidos ou doados.
Plecom = peso dos leitões comprados.
Ptleitoc = peso das leitoas para reposição compradas.
Ptmrepos = peso dos machos para reposição comprados.
Precom = peso dos reprodutores comprados.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 195
Ano: 1998
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Por ter baixo teor de proteína e alto teor de energia, o milho é utilizado como fonte de energia na alimentação dos suínos. Por isso, outros alimentos com baixo teor de proteína poderão substituir o milho na dieta. Entre eles estão os cereais de inverno e seus subprodutos: sorgo, triticale, trigo, triguilho, cevada, centeio; raízes e tubérculos: mandioca, batata-doce, beterraba forrageira e seus subprodutos; subprodutos do arroz; subprodutos da industrialização de frutas, etc.
Esses produtos, porém, não podem substituir o milho de igual para igual, pois a maioria possui nível de energia inferior ao do milho bem como teor de proteína e composição em aminoácidos diferentes dos do milho. Por isso, quando utilizados, alguns devem ser acompanhados de outros ingredientes com alto teor de energia, como gorduras, óleos e sementes de oleaginosas. Além disso, a formulação deve ser feita com base também na composição de aminoácidos de todos os ingredientes. Com a substituição do milho, ocorre então uma alteração na proporção de praticamente todos os ingredientes da dieta.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 197
Ano: 1998
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O sulfato de cobre é incluído nas rações de suínos em crescimento e terminação como promotor de crescimento. A quantidade recomendada é de 125 ppm (partes por milhão) de cobre. O sulfato de cobre penta-hidratado tem uma concentração de 25,4% de cobre, significando que se deve usar uma concentração de 50 g de sulfato de cobre por 100 kg de ração. Sua inclusão nas rações pode aumentar a incidência de lesões gástricas, sendo aconselhável fazer avaliações periódicas das lesões em nível de frigorífico.
O uso de sulfato de cobre na terminação resulta em maior incidência de gordura mole na carcaça.
Para ser incluído nas rações, é necessário que esse produto seja finamente moído. Sua característica é a forma cristalina, de coloração azul intensa.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 200
Ano: 1998
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Podem ocorrer intoxicações por excesso de sal. Os animais jovens são mais sensíveis que os adultos. Existem duas formas de intoxicação:
- Hiperaguda, provocada pela ingestão de altas doses de sal e pela privação de água.
- Aguda, provocada por ingestão de quantidades menores de sal durante determinado período, e insuficiente ingestão de água.
Os primeiros sintomas de intoxicação podem ser observados de 12 a 24 horas após a ingestão de sal comum. Os sintomas mais frequentes são: falta de apetite, tristeza, apatia, os animais não gritam, não reagem a nada, andam sem rumo. Os animais afetados, repentinamente param quietos, começam a salivar intensamente e, em seguida, a musculatura abdominal e os membros entram em contração contínua. Esses ataques epilépticos se repetem a intervalos regulares de cinco a sete minutos. A morte ocorre nas primeiras 36 a 48 horas após a ingestão da ração e insuficiente ingestão de água. Não existe um tratamento curativo específico. Os animais com ataques epileptiformes devem ser abatidos o mais depressa possível, pois as possibilidades de cura são muito variáveis. Aos animais sem sintomas clínicos deve-se fornecer água limpa e fresca, inicialmente em pequenas quantidades.
A profilaxia da intoxicação está baseada no fornecimento de água limpa e fresca, à vontade, a todos os animais, durante o dia inteiro.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 201
Ano: 1998
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Não. O milho triturado com sabugo contém em média 7,8% de proteína. O caldo de cana não contém proteína. Portanto, para que se torne um alimento equilibrado para os suínos em qualquer fase, é necessário adicionar também uma fonte de proteína como farelo de soja, soja integral, grão de guandu ou concentrado comercial, além de suplementos de vitaminas e minerais.
O milho com sabugo apresenta alto teor de fibra e baixo teor de energia, sendo mais indicado para a ração de matrizes em gestação.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 205
Ano: 1998
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O grão do guandu, por apresentar teor de proteína entre 20% e 25%, dependendo da variedade, é uma fonte proteica que substitui o farelo de soja ou o concentrado, podendo ser utilizado na alimentação de suínos em crescimento e terminação. Cozido seco e triturado, pode ser incluído em até 20% na dieta para suínos em crescimento e terminação. O guandu cru, porém, só pode ser incluído em até 10% na dieta para suínos em terminação.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 206
Ano: 1998
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A composição nutricional da forragem de guandu encontra-se na tabela a seguir:
Parâmetro (%) Estágio de desenvolvimento Vegetativo Com vagens Matéria seca 90,00 90,00 Proteína bruta 22,30 11,05 Proteína digestível 17,20 7,87 Extrato etéreo 4,50 2,69 Extrato etéreo digestível 2,56 1,29 Extrato não nitrogenado 23,40 46,89 Extrato não nitrogenado digestível 17,55 31,76 Fibra bruta 31,70 25,19 Fibra digestível 16,16 12,84 Matéria mineral 8,10 4,18 Nutrientes digestíveis totais 56,67 55,37 Cálcio 0,80 0,90 Fósforo total 0,33 0,17 Energia digestível calculada (kcal/kg)(1) 2.267,00 2.215,00 (1) Calculados de acordo com os valores de combustão de 4 cal/g para proteína e carboidratos e 9 cal/g para extrato etéreo.
Os valores de composição nutricional variam de acordo com a idade da planta. Com relação à forma de utilização, é semelhante ao uso do feno de soja.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 208
Ano: 1998
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Por ser uma fonte proteica, o grão de feijão-guandu pode substituir parte da soja tostada, do farelo de soja, do concentrado ou de qualquer outra fonte proteica da dieta de suínos em crescimento e terminação. Porém, para substituir 1 kg de farelo de soja, são necessários 2,5 kg de grão de guandu, aproximadamente, e 2,16 kg para 1 kg de soja tostada. Dessa forma, deve ser feita alteração também na proporção dos outros ingredientes, para que a dieta fique adequadamente balanceada.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 209
Ano: 1998
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O feijão, devido aos fatores antinutricionais que apresenta, somente pode ser utilizado na alimentação de suínos após o processamento com calor e água, da seguinte forma: cozido por 30 minutos, ou encharcado por duas horas em água (trocando-se a água uma ou duas vezes ou em água corrente) e após secado por 35 minutos em tostador ou em forno. Dessa forma, pode ser utilizado em até 20% da dieta.
Depois do processamento, o feijão pode ser utilizado em mistura com outros alimentos como o milho, sorgo, raspa de mandioca (integral ou residual), farelo de trigo, farelo de soja e outros, além de um núcleo de vitaminas e minerais.
A formulação, sempre que possível, deve ser feita com base em valores obtidos em análises de laboratório para os alimentos em uso.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 210
Ano: 1998
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Não. É difícil balancear uma ração utilizando restos de cozinha. Normalmente, é necessário utilizar também um concentrado proteico, em quantidades variáveis, dependendo da composição dos restos de restaurante e da fase de vida dos suínos.
O alto conteúdo de água que geralmente está presente nos restos de cozinha após o cozimento também limita sua utilização, principalmente para leitões até os 50 kg de peso vivo. Por isso, deve-se adicionar o mínimo possível de água no cozimento e, quando possível, submeter a processo de secagem após cozimento.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 212
Ano: 1998
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O inhame (Discorea sp.) é uma raiz produzida em regiões tropicais ou semitropicais. Apresenta teor de água de 60% a 80%, baixo teor de proteína (1% a 2%), sendo desconhecido seu teor de energia. Sua fração de carbohidrato é composta basicamente por amido.
A raiz crua do inhame não é bem aceita pelos suínos por apresentar fatores antinutricionais como alcaloides, tanino e saponinas. Por isso, deve-se cozinhá-las em água antes do fornecimento. Dessa forma, o inhame pode ser utilizado como a batata-doce, para suínos em crescimento e terminação.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 218
Ano: 1998
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Os suínos têm necessidades definidas de vários nutrientes: carboidratos ou gorduras como fonte de energia, proteína/aminoácidos, vitaminas e minerais. Os três alimentos citados na pergunta podem suprir parte considerável da energia da dieta e pequena parte das proteínas, vitaminas e minerais, não constituindo, assim, alimento completo para suínos. Para que se torne completo, é necessário adicionar uma fonte de proteína (farelo de soja, grão de soja integral, farelo de canola, grão de guandu cozido) e as fontes de vitaminas e minerais necessárias (premix, fosfato, calcário calcítico, sal) ou núcleo (de vitaminas e minerais). Outra opção é utilizar um concentrado comercial, que pode suprir a proteína, vitaminas e minerais.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 228
Ano: 1998
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A raspa integral de mandioca pode substituir totalmente o milho ou outra fonte de energia para suínos em crescimento e terminação devendo-se, nesse caso, dar especial atenção ao nível de metionina e de energia da dieta. Para manter os níveis adequados de energia, deve ser feita suplementação com gordura, quando se utiliza raspa de mandioca em proporções elevadas. O emprego da raspa de mandioca na formulação com farelo de soja, premix, fosfato bicálcico, calcário calcítico e sal, ou com farelo de soja e núcleo é mais adequado do que o uso de concentrado comercial. Isso ocorre porque, substituindo-se o milho por raspa de mandioca, é necessário aumentar a proporção de concentrado para manter o suprimento de proteína e de aminoácidos em nível adequado, pois a raspa de mandioca possui menos proteína do que o milho. Nesse caso, está-se aumentando excessivamente o fornecimento de minerais e vitaminas contidos no concentrado, cujo excesso será desperdiçado. Empregando-se o farelo de soja e o núcleo ou o premix e os outros ingredientes, seus níveis podem ser mantidos na proporção adequada, pois são incluídos de forma independente.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 221
Ano: 1998
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A raiz da mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um alimento rico em carboidratos altamente digestíveis e muito pobre em proteína. Por isso, é utilizada como fonte de energia para suínos. As variedades normalmente utilizadas para alimentação humana e animal são as variedades mansas, com baixos níveis de princípios tóxicos.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 219
Ano: 1998
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O teor de princípios tóxicos na parte aérea da mandioca (ramas e folhas) é bem mais alto do que nas raízes, sendo perigoso fornecê-la fresca aos suínos. Por isso, é necessário reduzir seu teor de toxidez, picando ramas e folhas e secando-as ao sol por dois ou três dias, até que o teor de umidade caia para mais ou menos 12%. Depois de seco, esse material deve ser moído, obtendo-se a farinha da parte aérea da mandioca, que pode ser adicionada à ração.
Deve-se levar em conta, também, que o teor de nutrientes, principalmente de fibra e proteína, é muito variável nesse produto, dependendo da idade da planta e da época da colheita. Por isso, é importante providenciar análises de laboratório de nutrição a fim de verificar os teores, principalmente de proteína e de fibra.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 225
Ano: 1998
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A farinha da parte aérea da mandioca pode ser adicionada à ração em até 25% da dieta de suínos em crescimento e terminação, e em até 30% da dieta de matrizes em gestação. Essas dietas, porém, devem ser suplementadas com óleo a fim de manter níveis adequados de energia e com metionina que auxilia na detoxificação dos resíduos tóxicos que permanecem nessa farinha.
Para matrizes em gestação, pode-se aumentar a quantidade de ração fornecida em vez de suplementar a dieta com óleo. Assim, uma dieta de gestação com 20% de farinha da parte aérea da mandioca, sem adição de óleo, tem 3.087 kcal de energia digestível. Com 30% de farinha da parte aérea, o nível de energia cai para 2.971 kcal de energia digestível por quilo da dieta. Por isso, em vez de fornecer 2 kg de ração/matriz/dia, deve-se fornecer 2,160 kg e 2,250 kg (8,0% e 12,5% a mais), respectivamente, das rações com 20% e com 30% de farinha da parte aérea. Nesse caso, os níveis de proteína, cálcio e fósforo devem ser reduzidos na mesma proporção em cada dieta, respectivamente.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 226
Ano: 1998
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A raspa residual de mandioca é obtida a partir da extração do amido em nível de indústria ou por peneiragem na fabricação da farinha de mesa. Apresenta alto teor de fibra (em média 12%) e de matéria mineral (6,63%), sendo baixo, por isso, seu teor de energia.
Não deve ser utilizada para suínos em crescimento, pois reduz seu desempenho mesmo em níveis baixos de inclusão. Para suínos em terminação, pode ser incluída em até 30% da dieta, desde que se suplemente com gordura para manter nível adequado de energia.
Quanto à formulação das rações, as recomendações são as mesmas indicadas para a raspa integral.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 224
Ano: 1998
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O soro de leite integral é um alimento de alto valor nutricional para suínos e, também, muito palatável, sendo consumido voluntariamente em grandes quantidades pelos suínos. Seu conteúdo de água é alto (93% a 96%) e sua proteína tem alto valor nutricional com relação à composição de aminoácidos. O soro também é rico em vitaminas do complexo B e em minerais como cálcio e fósforo. É mais indicado para animais em crescimento e terminação e para matrizes em gestação, embora possa ser utilizado também para leitões na fase de creche.
O soro de leite em pó é um excelente alimento tanto para leitões lactentes como para leitões desmamados, por causa de seu alto conteúdo de lactose e do alto valor nutricional de sua proteína.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 233
Ano: 1998
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A composição da semente de milheto (Penisetum americanum, Schum) é a seguinte: 3.250 kcal de energia digestível, 12,20% de proteína bruta, 6,4% de fibra bruta, 0,05% de cálcio, 0,28% de fósforo, 0,40% de lisina, 0,35% de metionina + cistina e 0,1 5% de triptofano.
Seu conteúdo de energia, devido ao alto teor de fibra, é inferior ao conteúdo de energia do milho. Isso limita sua utilização na alimentação de suínos. No entanto, quando se utilizam ingredientes com alto nível de energia como a soja integral tostada ou extrusada, óleo bruto de soja ou gordura animal para equilibrar o nível de energia da dieta, a semente de milheto pode ser utilizada sem limite na ração dos suínos em qualquer fase. Porém, quando não é utilizado nenhum ingrediente de alta energia para equilibrar o nível de energia da dieta, a utilização da semente de milheto reduz o desempenho dos suínos, sendo essa redução tanto maior quanto maior for o nível de utilização do milheto.
No caso de matrizes em gestação, não é necessário suplementar com ingredientes de alta energia, mas deve-se aumentar a quantidade de ração diária a fim de garantir o consumo mínimo de energia de que necessitam.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 231
Ano: 1998
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Sim. Vários tipos de silagem têm grande aceitação pelos suínos por apresentarem ótima palatabilidade. As mais utilizadas são a silagem do grão de milho, do grão de triticale e de mandioca. É também possível produzir silagem de outros produtos que apresentem alto conteúdo de carboidratos fermentáveis, como de bananas maduras.
Quanto às silagens de forrageiras, as melhores são as de milho (pé inteiro), leguminosas (alfafa, comichão, entre outras), ou consorciação de gramíneas e leguminosas (milho, aveia ou azevém, mais uma leguminosa). Quando a silagem for somente de leguminosas, deve-se adicionar uma fonte de carboidratos, como o melaço, para facilitar a fermentação.
As silagens podem ser fornecidas para os leitões a partir dos 20 kg de peso vivo até o abate, para as matrizes em gestação e para os machos inteiros. Deve-se evitar o fornecimento para os leitões lactentes e na fase de creche e para as matrizes em lactação.
As silagens de forrageiras devem ser fornecidas principalmente para os animais acima de 60 kg de peso vivo até o abate, para matrizes em gestação e machos inteiros, devido a seu baixo conteúdo de energia.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 236
Ano: 1998
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As pastagens destinadas aos suínos devem ser constituídas de forrageiras tenras e macias. A constituição do aparelho digestivo do suíno não lhe permite aproveitar bem as forragens grosseiras e fibrosas com alto teor de celulose e lignina.
Os capins grosseiros ou que em seu período vegetativo tardio se tornam fibrosos e endurecidos, não devem ser empregados nas pastagens para suínos. Incluem-se, nesse caso, o capim-gordura (Melinis minutiflora), o jaraguá (Hyparhenia rufa), o capim-guiné (Panicum maximum) e o capim-elefante (Penisetum purpureum).
Para a formação de pastagens é necessário considerar as leguminosas e gramíneas. As leguminosas, por sua riqueza em proteína e minerais, são indicadas como as melhores pastagens para suínos, como por exemplo a alfafa. Nas regiões onde essa leguminosa não oferece facilidades de pastoreio, o suinocultor pode cultivá-la para corte, adicionando-a à ração tanto na forma verde quanto fenada. Nessas regiões, as gramíneas são as forrageiras indicadas para pastoreio por serem fáceis de formar e melhor resistirem ao pisoteio. As pastagens de gramas ou gramíneas de porte reduzido devem ser preferidas por vários motivos:
- Cobrem o terreno formando um tapete de proteção contra a erosão, aspecto importante em terrenos declivosos.
- Conservam as folhas tenras e macias durante todo o período vegetativo.
- Seu sistema radicular garante maior resistência ao pisoteio.
Na formação de pastos gramados para suínos, deve-se adotar o critério geral de só utilizá-los depois de bem formados.
As gramíneas mais aconselháveis são grama-de-burro, capim-bermudas, quiquio (Pennisetum clandestinum), grama-forquilha (Paspalum notatum) e capim-rhodes (Chloris gayana).
Outras pastagens desenvolvidas recentemente, como as do gênero cynodon, devem ser melhor avaliadas.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 239
Ano: 1998
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Existem essencialmente três formas de arraçoar suínos com alfafa:
- Alfafa-fresca recém-cortada.
- Silagem de alfafa.
- Feno de alfafa moído e misturado à ração.
A composição nutricional varia em função do teor de matéria seca e de fibra bruta, que depende do estágio vegetativo em que é feito o corte para silagem, feno ou arraçoamento.
Composição nutricional de feno de alfafa e de alfafa fresca
Parâmetro Alfafa fresca Feno de alfafa
Teor de Proteínaantes da florada depois da florada >19% PB 17% a 19% 15% a 17% Matéria seca (%) 17,6 19,3 90,2 90,6 90,7 Digestibilidade da matéria orgânica (%) 75 63 64 54 50 Fibra bruta (%) 3,1 4,6 21,9 23,8 25,7 Proteína bruta (%) 4,6 4,3 20,7 17,8 16,1 Proteína digestível (%) 3,7 3,0 13,8 9,0 8,1 Energia metabolizável (kcal/kg) 437 399 12.938 1.577 1.434 Lisina (%) 0,2 0,23 1,01 0,87 0,79 Metionina + cistina (%) 0,09 0,09 0,48 0,45 0,40 Cálcio (%) 0,33 0,36 1,80 1,83 1,40 Fósforo (%) 0,05 0,06 0,26 0,29 0,25 Sódio (%) 0,01 0,01 0,07 0,17 0,07 A forma fresca deve ser fornecida em complementação à ração. O feno de alfafa, por ter maior teor de fibra bruta, é mais indicado para suínos adultos. Mas, por ter baixo teor de energia metabolizável, sua adição à ração de lactação deve ser baixa, conforme tabela a seguir.
Fase Nível máximo de adição (%) Pré-inicial 0 Inicial 0 Crescimento 10 Terminação 10 Reposição 20 Gestação até 80 dias 50 Gestação de 80 a 113 dias 10 Lactação 5 A silagem de alfafa é indicada para matrizes em gestação e lactação. A presença do ácido láctico, produzido no processo fermentativo da silagem, é benéfica para a digestão e absorção de nutrientes no intestino da matriz. Várias pesquisas indicam que o uso da alfafa no período reprodutivo das fêmeas aumenta o número de leitões nascidos vivos.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 241
Ano: 1998
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O valor nutricional da cama-de-frango é muito variável e depende de vários fatores, entre os quais estão:
- O tipo e a quantidade de material usado para cama-de-frango.
- O tempo de uso da cama-de-frango (lotes de frangos de corte ou de poedeiras que usou a mesma cama).
- A categoria de ave criada: para cada categoria de ave, há um tipo específico de ração, com concentração diferenciada de nutrientes, que gera resíduos (cama) também diferenciados.
- O tipo e o manejo dos comedouros usados na produção avícola: comedouros tubulares mal regulados geram perdas muito grandes que enriquecem o valor nutritivo da cama-de-frango.
- O processamento da cama-de-frango: a utilização de algum sistema de peneiramento a fim de separar o material seco fibroso para sua reutilização nos aviários, resulta em resíduo fino de maior valor nutricional.
Em função da grande variabilidade da cama-de-frango, é indispensável submeter esse material à análise laboratorial a fim de determinar a concentração de nutrientes como os teores de PB, FB, Ca e P. Um ponto importante é que grande parte (ao redor de 60%) da PB, pode estar sob a forma de ácido úrico, cujo aproveitamento pelo suíno é muito reduzido.
Na tabela abaixo, estão expressos alguns valores da concentração em nutrientes resultantes de análises de cama-de-frango realizadas pela Embrapa Suínos e Aves.
Componentes Análise Matéria seca (%) 57,3 Energia: digestível (kcal/kg) 2.011 metabolizável (kcal/kg) 1.728 Proteína bruta (%) 14,3 Extrato etéreo (%) 0,4 Fibra bruta (%) 16,7 Matéria mineral (%) 13,7 Cálcio (%) 1,7 Fósforo total (%) M Cobre (mg/kg) 94,4 Ferro (mg/kg) 1.202,7 Manganês (mg/kg) 239,7 Zinco (mg/kg) 220,4 Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 254
Ano: 1998
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Não. Do ponto de vista sanitário, seu uso é desaconselhável.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 256
Ano: 1998
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Na tabela a seguir encontram-se as recomendações de altura ideal de três tipos de bebedouros em função do tipo usado e do peso vivo do suíno.
Altura recomendada para a instalação de bebedouros
Peso dos suínos (kg) Altura do piso (cm) Tipo de bebedouros Taça Chupeta Nível Até 5 12 18 . 5-15 20 26 12 15-30 25 35 12 30-65 30 45 25 65-100 40 55 25 acima de 100 45 65 - Capítulo: Água
Número da Pergunta: 263
Ano: 1998
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A quantidade mínima diária de água é aquela exigida pelo organismo do animal a fim de equilibrar perdas, produzir leite e formar novos tecidos durante o crescimento e a gestação. Para cada 4 kg de ganho de peso em tecido magro, aproximadamente 3 kg são formados pela deposição de água no organismo.
A exigência em água nos suínos depende de fatores como temperatura, umidade relativa do ar, idade, peso vivo, estágio ou ciclo reprodutivo, quantidade de ração consumida, teor de matéria seca da dieta, composição da ração (proteína, aminoácidos, sódio e potássio) e sua palatabilidade. A ingestão de água é condicionada pelas exigências do organismo que são, por sua vez, influenciadas pela qualidade e temperatura da água, fluxo de água e tipo de bebedouros, modelo da instalação e estado de saúde dos animais.
Na tabela a seguir, encontram-se as exigências em água estimadas para duas temperaturas ambientes. Dependendo da categoria de suíno considerada, a faixa de conforto térmico pode não estar contemplada.
Estimativa de exigência em água em duas temperaturas distintas para as diversas categorias de suínos
Categoria / Peso vivo Exigência em água: litros/dia/suíno Temperatura ambiente 22 °C 35 °C Leitão: 5 kg 0,7 1,0 10 kg 1,0 1,4 20 kg 2,0 3,5 Suíno: 25 kg a 50 kg 4,0 a 7,0 10,0 a 15,0 50 kg a 100 kg 5,0 a 10,0 12,0 a 18,0 Matrizes desmamadas e em início de gestação 8,0 a 12,0 15,0 a 20,0 Matrizes no final da gestação e cachaços 10,0 a 15,0 20,0 a 25,0 Matrizes em lactação 15 + 1,5 x NL 25 + l,8xNL Média do plantel em ciclo completo 8,0 a 10,0 12,0 a 16,0 NL: Número de leitões
É importante que todas as categorias de suíno tenham livre acesso à água potável com temperatura adequada.
Capítulo: Água
Número da Pergunta: 264
Ano: 1998
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O reservatório deve ser dimensionado para estocar água por um período de cinco dias, com base na seguinte equação:
CR = (0,48 STA + F + M) x 0,075
Em que: CR = capacidade do reservatório, em m3;
STA = número de suínos terminados por ano;
F = número de fêmeas do rebanho;
M = número de machos do rebanho.
Por exemplo, para um sistema de produção de 24 matrizes com um macho e estimando-se 504 suínos terminados por ano, teremos:
CR = (0,48 x STA + F + M ) x 0,075
CR = (0,48 x 504 + 24 + 1) x 0,075
CR = 20,02 m3
Ou seja, deve-se projetar o reservatório com capacidade para 20 m3 de água.
Capítulo: Água
Número da Pergunta: 265
Ano: 1998
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A maneira mais adequada de utilizar a forragem de soja (Glycine max) é na forma de feno moído. Independentemente do estágio de crescimento da planta, o nível de energia do feno da forragem de soja é baixo. No entanto, esse nível e o de outros nutrientes e sua digestibilidade diminuem com o envelhecimento da planta.
Dessa forma, o feno da forragem de soja é mais adequado para a alimentação de matrizes gestantes, que apresentam capacidade de consumo bem superior às suas necessidades e maior capacidade de aproveitamento da fibra do que os suínos em crescimento e terminação. Assim, o feno da forragem de soja pode ser utilizado na ração das matrizes gestantes, mas a quantidade de ração fornecida deve ser aumentada, de forma a manter um suprimento adequado de energia.
Quando se fornece feno de forragem de soja aos suínos em crescimento e terminação, é também necessário suplementar a dieta com ingredientes de alta energia, como soja integral tostada ou extrusada, óleo bruto de soja ou gordura animal, a fim de manter o nível mínimo de energia necessário e evitar queda de desempenho.
A forragem verde de soja também pode ser utilizada para matrizes em gestação.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 232
Ano: 1998
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O soro de leite integral pode ser fornecido aos suínos nas diferentes fases, misturado à ração, nas quantidades indicadas nas tabelas abaixo e de acordo com o peso vivo do suíno.
Proporções diárias de ração (kg) e soro de leite integral (litros) para suínos em crescimento e terminação
Peso vivo suíno (kg) 100% ração 80% ração/20% soro 70% ração/30% soro ração soro ração soro 25-35(1) 1,50 1,20 4 1,05 7 35-45(1) 1,90 1,50 6 1,35 8 45-55(1) 2,20 1,75 7 1,55 10 55-65(2) 2,60 2,10 8 1,80 12 65-75(2) 2,90 2,30 9 2,05 13 75-85(2) 3,20 2,55 10 2,25 14 85-95(2) 3,50 2,80 11 2,45 15 (1) Número de dias de fornecimento: 15
(2) Número de dias de fornecimento: 12
Até 55 kg de peso vivo, a ração fornecida com soro deve conter no mínimo 15% de proteína, 0,82% de lisina, 0,70% de cálcio e 0,60% de fósforo total. Dos 55 kg de peso vivo até o abate, a ração deve conter 13% de proteína, 0,60% de lisina, 0,60% de cálcio e 0,50% de fósforo total.
O premix de vitaminas e microminerais deve ser aumentado na mesma proporção da substituição da ração por soro. Por exemplo, se o soro substitui 30% da dieta, o premix deve ser aumentado em 30%.
Proporções diárias de ração (kg) e soro de leite integral (litros) para matrizes em gestação
Dias de gestação 100% ração 75% ração/25% soro 50% ração/50% soro ração soro ração soro 1-90 2,00 1,50 7 1,00 14 91-105 2,50 1,90 9 1,25 18 106 2,50 2,00 7 1,50 14 107 2,50 2,10 6 1,75 11 108 2,50 2,20 4 2,00 7 109 2,50 2,30 3 2,25 4 110-114 2,50 2,40 2 2,40 2 A ração fornecida com soro até o 105° dia de gestação deve conter 12% de proteína, 0,43% de lisina, 1,0% de cálcio e 0,80% de fósforo total. Do 106° dia até o parto, deve ser fornecida ração com 13% de proteína, 0,47% de lisina, 0,75% de cálcio e 0,60% de fósforo.
O premix de vitaminas e microminerais deve ser aumentado na mesma proporção da substituição da ração por soro de leite, como indicado para animais em crescimento e terminação.
Outra forma de fornecimento é dar ambos, ração e soro, à vontade, em comedouros separados.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 234
Ano: 1998
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Normalmente o soro de leite vem com alto conteúdo de sal, não sendo recomendado adicionar mais sal nem ao soro nem à ração fornecida com o soro.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 235
Ano: 1998
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Sim. A viabilidade do uso de alimentos alternativos na produção de suínos depende dos fatores característicos do alimento (valor nutricional para as diferentes espécies de animais e ciclo de produção) e do valor de venda (maior que o custo de produção do alimento em nível de propriedade). As características fisiológicas dos animais determinam em parte o grau de aproveitamento dos nutrientes do alimento. O valor nutricional também é influenciado pelas características da planta (estágio de maturidade, variedades e época de corte) e pela fertilidade do solo.
A alfafa, embora seja um ingrediente de excelente qualidade, enquanto volumoso, tem limitações em dietas para suínos por seu baixo teor de energia digestível e alto teor de fibra, quando comparada aos grãos que substitui. Ao contrário dos ruminantes, o suíno é monogástrico, não tendo seu aparelho digestivo concentração suficiente de bactérias para digerir a celulose e a lignina e usar a energia desses componentes fibrosos. Embora baixa, a capacidade de digestão do suíno aumenta com a idade. Dessa forma, a alfafa é preferencialmente recomendada para matrizes em gestação.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 240
Ano: 1998
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A algaroba destaca-se, na região Semiárida, como fonte alternativa na alimentação de suínos, por sua produtividade e pelo valor nutritivo da vagem. A farinha de vagem de algaroba possui valores de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) de 2.300 kcal e 2.180 kcal por quilo de matéria seca. Valores de 3.100kcal/kg e 2.430 kcal/kg no alimento para ED e EM, respectivamente, também já foram determinados. A variabilidade nos resultados está relacionada principalmente ao teor de fibra bruta (FB) no alimento.
Os teores médios de proteína bruta e FB correspondem a 8,5% e 17% respectivamente, no alimento com 90% de matéria seca.
A inclusão de até 30% de farelo de vagem de algaroba em dietas isoprotéicas (de mesmo nível proteico) e isoenergéticas (de mesmo nível energético) para leitões a partir de 16,5 kg resultou em desempenho semelhante a dietas com milho.
Para suínos em crescimento, terminação, fêmeas de reposição e matrizes em gestação, inúmeras pesquisas demonstraram que níveis de até 30% nas dietas não alteram o desempenho em comparação a uma dieta-padrão de milho e farelo de soja. Nessas pesquisas, as dietas sempre foram mantidas isoenergéticas e isoproteicas. A adição de farelo de vagem de algaroba nas dietas produz redução linear no custo das rações para suínos, sendo viável econômica e tecnicamente, nas condições do Semiárido nordestino.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 245
Ano: 1998
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Existem dois tipos de cevada: com casca e sem casca. A diferença na concentração de energia metabolizável é grande e deve ser levada em consideração no balanceamento da ração. Existe, igualmente, grande diferença na digestibilidade da matéria orgânica, como mostra a tabela a seguir.
Concentração nutricional da cevada com e sem casca
Parâmetro Cevada Com casca Sem casca Matéria seca (%) 87,0 87,0 Digestibilidade da matéria orgânica (%) 82 92 Fibra bruta (%) 5,9 2,2 Proteína bruta (%) 10,4 11,8 Energia metabolizável (kcal/kg) 2.930 3.250 Lisina (%) 0,36 0,39 Metionina+Cistina (%) 0,36 0,47 Cálcio (%) 0,08 0,08 Fósforo (%) 0,34 0,34 Inclusão da cevada na dieta de suínos de acordo com as diversas fases
Fase Limite de inclusão da cevada (%) Com casca Sem casca Pré-inicial _ 18,0 Inicial 10,0 18,0 Crescimento Livre Livre Terminação Livre Livre Reposição Livre Livre Gestação Livre Livre Lactação Livre Livre A inclusão em rações balanceadas só deve ser feita depois de moído o grão de cevada. A moagem é necessária para possibilitar a digestão dos nutrientes presentes nos grãos.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 246
Ano: 1998
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O aguapé (Eichoornia crassipes) cresce nas regiões entre a latitude 32°N e 32°S, em lagoas de tratamento final dos refluxos orgânicos, produzindo grande volume de matéria verde.
De acordo com as análises feitas no laboratório de nutrição animal da Embrapa Suínos e Aves, a farinha-de-feno de aguapé obtida pela secagem e moagem da planta apresenta a seguinte composição nutricional média: 89,5% de matéria seca, 16,1% de proteína bruta, 19,9% de fibra bruta, 16,41% de cinza, 1,31% de cálcio e 0,61% de fósforo. Esse produto ainda pode apresentar alto conteúdo de ferro, sódio e potássio, dependendo do local onde é cultivado e da quantidade de solo que permanece na raiz por ocasião da colheita.
Em função do alto conteúdo de cinzas e de fibra bruta, a farinha de feno de aguapé apresenta baixo conteúdo de energia. De acordo com determinações feitas na Embrapa Suínos e Aves, a farinha de feno de aguapé contém 1.122 kcal de energia digestível e 1.067 kcal de energia metabolizável por quilo.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 251
Ano: 1998
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A farinha de feno de aguapé não tem apresentado bons resultados na alimentação de suínos, em função de seu baixo conteúdo de energia e baixa palatabilidade. Quando a planta é colhida na primavera até a metade do verão, seu valor nutritivo é melhor, por ser menor o conteúdo de cinza e de frações indigestíveis de fibra do que nos demais períodos do ano.
Dessa forma, a farinha-de-feno de aguapé pode ser utilizada em até 5% da dieta de suínos em crescimento e terminação, desde que a planta seja colhida na primavera ou, no máximo, até a metade do verão.
O aguapé in natura não deve ser usado por ter baixa concentração de nutrientes.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 252
Ano: 1998
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Tradicionalmente a água é fornecida aos suínos em bebedouros de diversos tipos e modelos, dependendo da fase de desenvolvimento do animal. No arraçoamento de machos castrados, a partir de 60 kg de peso vivo, em sistema de alimentação restrita, é possível fornecer água no próprio comedouro. Usando-se comedouros especiais, retira-se a água no momento de fornecer a ração. Consumida a dieta, o comedouro é imediatamente reabastecido com água, que fica o dia todo à disposição do animal. O mesmo método é utilizado para matrizes em gestação mantidas lado a lado, em celas individuais. Neste último caso, o sistema justifica-se pela economia que oferece ao dispensar bebedouros individuais. Esse método, entretanto, exige a troca frequente da água para manter sua qualidade.O uso de água corrente não é recomendável, pelo desperdício que acarreta. Se esta prática, porém, for adotada a fim de oferecer água fresca nos períodos de temperatura elevada, é imprescindível que não seja canalizada para as esterqueiras, para evitar a diluição excessiva do adubo/esterco e o consequente aumento no custo de sua distribuição. O excesso de água corrente pode ser melhor aproveitado canalizando-o para açudes com peixes.
Capítulo: Água
Número da Pergunta: 260
Ano: 1998
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Existem dois tipos de bebedouros de pressão: no primeiro grupo, incluem-se os bebedouros tipo chupeta e taça, e no outro grupo, os bebedouros tipo calha, bebedouro de nível, de concreto e tipo boia. No bebedouro tipo taça, usado para leitões na maternidade, a pressão de acionamento da lingueta não deve exceder 0,5 kg/cm2, ao passo que nos bebedouros tipo chupeta, para leitões na creche, a pressão máxima de acionamento da palheta não deve exceder a 1,0 kg/cm2.
Na tabela a seguir, estão apresentados os tipos de bebedouro recomendados para cada fase de vida dos suínos, visando a garantia do consumo adequado e menor desperdício.
Fase produtiva Tipo de bebedouro Chupeta Taça Calha Nível Boia Leitão em aleitamento N S N N N Leitão na fase inicial S S N N S Suínos de 25 kg a 100 kg S S N S S Reprodutores, cachaços S S N N N Matrizes gestação individual N N S N N Matrizes gestação coletiva S S N N S Matrizes em lactação S S N N S S = recomendado; N = não recomendado
Matrizes em gestação individual são as mantidas lado a lado, em celas individuais.
Capítulo: Água
Número da Pergunta: 261
Ano: 1998
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O secador de leito fixo é muito versátil, podendo secar não apenas grãos como milho, soja, trigo, feijão e outros, mas também raspa de mandioca, erva-mate, feijão em rama, milho em espiga, feno para rações e, inclusive, fazer a tostagem de soja.
Capítulo: Secagem e Armazenagem
Número da Pergunta: 272
Ano: 1998