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  • Se os animais de reposição vêm de outra granja, devem passar por um período de quarentena.

    As leitoas de reposição devem ser alojadas no prédio de gestação com idade média de aproximadamente 155 dias, em baias coletivas próxi­mas aos machos e até duas semanas antes da cobrição deverão receber ração de crescimento à vontade, sendo alimentadas duas vezes ao dia.

    Os machos de reposição devem ser alojados no prédio de gestação com idade média de aproximadamente 165 dias em baias individuais, onde permanecerão até o fim de sua vida útil. Os machos só deverão ser utiliza­dos em montas após feita uma avaliação do sêmen que comprove sua qua­lidade. Devem receber 2 kg de ração de gestação por dia, sendo um de manhã e outro à tarde.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 93

    Ano: 1998

  • O tratamento hormonal no parto pode ser usado para:

    • Induzir e sincronizar o parto.
    • Corrigir a insuficiência de contrações uterinas durante o parto.

    A indução e a sincronização do parto são utilizadas com o objetivo de facilitar o trabalho nas grandes criações suinícolas, concentrando a ocor­rência das parições no horário normal de trabalho. Essa prática permite melhorar a assistência ao parto, reduzindo a perda de leitões nas primeiras horas de vida. Além disso, permite equalizar o tamanho das leitegadas, fa­cilitar a desinfecção e o vazio sanitário da maternidade, sincronizando os desmames.

    O intervalo médio entre a injeção do hormônio (prostaglandina) e o início da parição varia de 24 a 28 horas, mas somente 50% a 60% das matri­zes parem durante as oito a dez horas diárias de trabalho, e cerca de 20% das matrizes podem iniciar o parto antes de serem transcorridas 22 horas após a injeção. Portanto, se o objetivo da indução de parto é permitir aos funcionários a supervisão dos nascimentos para melhorar a sobrevivência, muitas matrizes vão escapar a essa supervisão.

    Para realizar esse tratamento, deve-se levar em conta a duração média da gestação no rebanho (por exemplo, 115 dias); conhecido esse período, dois dias antes da data prevista para o parto (dia 113) faz-se o tratamento, que consiste na aplicação de 1 mL de cloprostenol, (fármaco análogo à prostaglandina), intramuscular (IM), no início da manhã (7h30) do 113° dia de gestação. Tem sido recomendada, igualmente, a aplicação do hormônio ocitocina, (10 Ul), IM, entre 20 e 24 horas após a injeção de prostaglandina a fim de aumentar a proporção de matrizes parindo no inter­valo de 20 horas a 28 horas após a injeção de prostaglandina.

    Com relação à insuficiência de contrações uterinas, deve-se conside­rar que, na espécie suína, o parto geralmente ocorre sem maiores compli­cações. Em parto demorado, em que não se diagnosticou nenhum obstáculo à expulsão dos leitões bem como em fêmeas que apresentem baixa intensi­dade de contrações uterinas, com intervalo muito longo de nascimento en­tre leitões (40 a 60 minutos), recomenda-se a aplicação de ocitocina, IM, na dose de 10 Ul. Em dias quentes ou quando a matriz estiver muito cansada, deve-se dar um banho no animal de dez a quinze minutos antes de aplicar a ocitocina. Minutos após a aplicação, colocam-se os leitões nascidos para mamar. A ocitocina não deve ser aplicada antes do toque vaginal e do nas­cimento do primeiro leitão, pois pode estar ocorrendo, por exemplo, estreitamento da via fetal óssea ou mole (observado com mais frequência em fêmeas de primeira cria), contra o qual o medicamento não tem efeito, podendo ser prejudicial.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 100

    Ano: 1998

  • Fig_pag57.jpg

    O parto deve ser acompanhado do início ao fim.

    Com relação aos leitões, realizar as práti­cas rotineiras: cortar dentes, cortar e desinfetar o cordão umbilical, colocá-los no escamoteador e auxiliá-los a fazer a primeira mamada o mais cedo possível.

    Com relação à matriz, deve-se mantê-la em ambiente tranquilo, sem ruídos.

    Havendo necessidade de intervenção no parto, seguir os seguintes passos:

    • Limpar e aparar as unhas.
    • Lavar as mãos e o braço com água e sabão.
    • Higienizar o posterior e principal­ mente a vulva da matriz.
    • Lubrificar a mão e o braço com óleo vegetal ou banha.
    • Introduzir a mão e dedos em forma de concha tomando cuidado para evitar lesões.
    • Tracionar o leitão moderadamente, pela cabeça ou membros posteriores (não usar ganchos).

    O parto estará concluído quando a fêmea liberar as placentas em igual número ao dos leitões nascidos.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 102

    Ano: 1998

  • Retirar as fezes e a parte úmida da cama dos leitões. A lavagem da cela com água e sua posterior desinfecção são recomendadas, principal­mente em casos de diarreia dos leitões. A solução desinfetante deve ser de baixa toxicidade e não irritante, e aplicada com pulverizador. Depois que o ambiente estiver seco, coloca-se a cama nova antes de soltar os leitões que devem estar em caixa com fonte de calor ou no escamoteador, para não serem molhados.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 103

    Ano: 1998

  • Na fêmea suína, o primeiro cio já foi observado a partir de 127 dias até 250 dias de idade. No entanto, a idade média do aparecimento do cio fica em torno dos 200 dias. A ocorrência de cios precoces e tardios é devida a fatores ambientais.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 114

    Ano: 1998

  • A fêmea apresenta alterações no comportamento e modificações no organismo, em períodos diferenciados:

    Pró-estro

    Alterações no comportamento, de dois a quatro dias, em média, antes do início do cio:

    • Vulva inchada e avermelhada, mais visível nas leitoas e em animais das raças brancas.
    • Secreção vulvar com consistência de muco aquoso.
    • Nervosismo, redução do apetite.
    • Salta sobre as companheiras, mas não aceita o salto das outras.
    • Procura o macho, mas não permite a cobertura. 

    Estro ou cio

    • Imobilidade, membros posteriores afastados, cabeça baixa, movimento de elevação das orelhas.
    • Aceitação do salto e da cópula.
    • Tolerância à pressão do criador sobre o lombo e os flancos.

    Pós-estro

    Volta à normalização: a fêmea recupera o apetite e as atividades nor­mais, mas não tolera a monta do macho ou a pressão lombar.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 116

    Ano: 1998

  • Em média, recomenda-se a relação de um macho para cada 20 fême­as. Deve-se, porém, respeitar a relação de um macho para cada três fême­as desmamadas a serem cobertas na semana.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 125

    Ano: 1998

  • As matrizes suínas apresentam faixas de peso ideal de acordo com o número de partos e dependendo da fase de produção em que se encontram. As matrizes híbridas modernas têm maior eficiência nutricional, por isso o manejo da nutrição deve ser rigoroso para atingir e manter os pesos corpo­rais indicados para cada fase produtiva.

    Peso ideal da matriz (kg) em função do número de partos

    Tipo Leitoas De um a dois partos + de dois partos
    Peso na cobrição 130 a 140 170 a 180 200 a 210
    Peso após o parto 180 a 190 210 a 220 220 a 240
    Peso ao desmame 200 a 210 200 a 210 210 a 220

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 127

    Ano: 1998

  • Um macho em boas condições de saúde pode iniciar as coberturas a partir do sétimo mês de idade.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 128

    Ano: 1998

  • Varia de acordo com o cachaço. O ideal é que a monta tenha dura­ção mínima de cinco minutos.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 130

    Ano: 1998

  • Deve ser limpo e ter espaço suficiente para a movimentação e correto posicionamento do macho e da fêmea. O piso não deve ser escor­regadio a fim de evitar acidentes durante a monta, que deve ser realizada na baia do cachaço. É importante que o macho esteja familiarizado com o local.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 131

    Ano: 1998

  • Deve ser realizada nas horas mais frescas do dia, pela manhã ou no final da tarde.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 133

    Ano: 1998

  • Fig_pag67.jpg

    A IA é de realização simples e prática, mas exige treinamento ade­quado. Para a realização da IA são utilizados catéteres ou pipetas que po­dem ser descartáveis ou reutilizáveis. No Brasil, são mais utilizadas as pipetas reutilizáveis de borracha, do tipo Melrose, que simulam o pênis do cachaço, e que têm grande durabilidade. As pipetas de IA vêm esterilizadas do laboratório, junto com o sêmen, acondicionadas em sacos de plástico ou envolvidas em papel de embrulho.

    Para a IA são recomendadas as seguintes atividades:

    • Fazer a limpeza a seco da vulva com papel higiênico, preferencialmente estéril.
    • Cortar a ponta do adaptador do frasco de sêmen (bisnaga).
    • Retirar a pipeta do plástico ou papel.
    • Umedecer a ponta da pipeta com algumas gotas de sêmen.
    • Abrir os lábios vulvares com o dedo indicador e polegar da mão esquerda e com a direita introduzir a pipeta de IA na vulva na direção dorso-cranial (levemente dirigida para cima e para a frente), com leves movimentos de rotação para a esquerda, até ser fixada pela cérvix.
    • Adaptar o frasco à pipeta e introduzir o sêmen, fazendo leve pressão sobre o frasco durante um período mínimo de quatro minutos.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 136

    Ano: 1998

  • A técnica de congelamento de sêmen de cachaço é mais complexa que a refrigeração de­vendo a dose conter maior número de esperma­tozoides. Os resultados de fertilidade alcançados até o momento resultam em taxas de parto de 20 a 30% inferiores e tamanho da leitegada de dois a três lei­tões a menos, quando comparados aos resultados do sêmen resfriado. Esses resultados ainda não justifi­cam sua utilização na rotina da inseminação das granjas. O congelamento de sêmen é realizado com animais de alto valor comercial em que o mais importante é a transferência do material genético e não os níveis ótimos de fertilização e de fecundidade.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 139

    Ano: 1998

  • As tabelas abaixo apresentam os níveis mínimos de nutrientes que devem ser utilizados nessas fases, para fornecimento à vontade.

    Fase de crescimento

    Nutrientes Animais de alto padrão genético Animais de baixo padrão genético
    Fêmea Macho castrado Macho castrado e fêmea
    Energia metabolizável (kcal/kg) 3.300 3.280 3.250
    Proteína bruta (%) 15 15 14
    Lisina (%) 0,90 0,80 0,75
    Metionina (%) 0,27 0,24 0,23
    Metionina + cistina (%) 0,56 0,50 0,46
    Triptofano (%) 0,16 0,14 0,13
    Treonina (%) 0,60 0,53 0,50
    Cálcio (%) 0,72 0,72 0,60
    Fósforo total (%) 0,60 0,60 0,50
    Fósforo disponível (%) 0,28 0,28 0,23
    Sódio (%) 0,15 0,15 0,15

    Fase de terminação

    Nutrientes Animais de alto
    padrão genético
    Animais de baixo
    padrão genético
    Fêmea Macho castrado Macho castrado e fêmea
    Energia metabolizável (kcalAg) 3.300 3.280 3.250
    Proteína bruta (%) 14 13,5 13
    Lisina (%) 0,74 0,69 0,60
    Metionina (%) 0,22 0,20 0,18
    Metionina + cistina (%) 0,48 0,45 0,39
    Triptofano (%) 0,14 0,13 0,11
    Treonina (%) 0,52 0,48 0,42
    Cálcio (%) 0,60 0,60 0,50
    Fósforo total (%) 0,48 0,48 0,40
    Fósforo disponível (%) 0,18 0,18 0,15
    Sódio (%) 0,15 0,15 0,15

    Os níveis utilizados para os machos de alto padrão genético podem ser utilizados também para os machos e fêmeas de médio padrão genético alimentados juntos.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 147

    Ano: 1998

  • A quantidade a ser fornecida por dia pode ser à vontade (com a utili­zação de comedouros automáticos) mas controlada, fornecendo-se quanti­dade equivalente ao consumo à vontade, ou restrita, com o fornecimento de quantidade menor que o consumo à vontade. O consumo médio à vontade, na fase de crescimento, é de aproximadamente 1,9 kg e na fase de termina­ção, de 3,1 kg por suíno/dia.

    Para consumo controlado em quantidade semelhante ao consumo à vontade, pode-se fornecer as seguintes quantidades diárias, de acordo com o aumento do peso vivo:

    Peso vivo do suíno (kg) N° de dias de fornecimento Quantidade de ração (kg)
    25-35 15 1,5
    35-45 15 1,9
    45-55 15 2,2
    55-65 12 2,6
    65-75 12 2,9
    75-85 12 3,2
    85-95 12 3,5

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 148

    Ano: 1998

  • As fêmeas em gestação devem ser alojadas em celas individuais, seguindo-se a sequência numérica de cobrição, alimentadas com 2 kg de ração de gestação até os 90 dias e 2,5 kg dos 90 dias até a transferência para a maternidade.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 149

    Ano: 1998

  • No dia do parto, não se fornece ração às matrizes. Durante três dias após o parto, porém, devem receber 3 kg diários de ração de lactação. A partir do quarto dia após o parto, devem ser alimentadas pelo menos três vezes ao dia devendo, cada matriz com oito leitões ou mais, receber ração à vontade e consumir no mínimo 5,5 kg/dia. As matrizes com menos de oito leitões devem receber 2,5 kg de ração mais 400 g por leitão. Nos períodos quentes, deve-se fornecer ração molhada para estimular o consumo. Neste período, também é muito importante o fornecimento de ração à noite (pode ser seca), pois nas horas mais frescas o consumo é maior.

    A partir de 111 dias de gestação e até três dias após o parto, cada matriz deve receber 10 g de sal amargo por dia, misturado à ração diária. Esse procedimento é importante para prevenir constipação.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 155

    Ano: 1998

  • Após a transferência para a maternidade, as fêmeas gestantes devem receber 3 kg de ração de lactação até o dia do parto. No dia do parto, não deve ser fornecida ração mas somente água fresca e limpa à vontade.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 154

    Ano: 1998

  • Sim. Fornecer ração pré-inicial para os leitões no escamoteador a partir do sétimo dia de idade. Essa ração deve conter produtos derivados do leite ou farinha de peixe a ser fornecida em pequenas quantidade, várias vezes ao dia.

    O consumo diário de ração dos leitões entre 5 kg e 10 kg de peso vivo em média é de 460 g e dos leitões de 10 kg a 20 kg de peso vivo é de 950 g.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 156

    Ano: 1998

  • A ração recomendada para cachaços em crescimento deve conter níveis de proteína bruta, lisina, cálcio e fósforo superiores ao fornecido aos animais de abate, de acordo com a faixa de peso, conforme indicado na tabela abaixo.

    Nível de nutrientes na dieta Peso vivo dos cachaços (kg)
    25 a 55 55 a 90 90 a 120
    Proteína (%) 18,00 16,00 16,00
    Lisina (%) 0,90 0,75 0,75
    Cálcio (%) 0,85 0,75 0,75
    Fósforo total (%) 0,66 0,60 0,60
    Quantidade fornecida à vontade à vontade 2,5 kg/dia

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 157

    Ano: 1998

  • No preparo das rações, os seguintes cuidados devem ser seguidos:

    • Usar fórmulas específicas para cada fase da criação – pré-inicial, inicial, crescimento, terminação, gestação e lactação – elaboradas por técnicos especializados ou que sejam indicadas nos rótulos dos sacos de concentrado e núcleos.
    • Ler com atenção os rótulos dos produtos e seguir rigorosamente suas recomendações.
    • Pesar cada ingrediente que entra na composição da ração conforme a quantidade indicada na fórmula. O uso de balanças é indispensável, pois garante o melhor controle no preparo das rações.
    • Misturar previamente o núcleo contendo minerais e vitaminas, antibióticos e outros aditivos com cerca de 20 kg de milho moído, ou outro grão moído, antes de adicioná-lo aos outros ingredientes da mistura.
    • Usar misturadores sempre que possível. A mistura manual de ração não proporciona um produto uniforme e certamente trará perdas econômicas.
    • Para facilitar a distribuição dos ingredientes no misturador, coloca-se primeiro o milho moído que, geralmente, é o ingrediente de maior quantidade da fórmula. Em seguida, o segundo ingrediente em quantidade e assim sucessivamente. O núcleo já diluído e pré-misturado com milho moí­do, ou outro grão moído, deve ser o último componente a ser colocado no misturador. Antes disso, porém, retira-se cerca de 50 kg do produto mistura­do de uma batida de 250 kg a 1.000 kg. Coloca-se então o núcleo diluído em milho no misturador. Finalmente, recoloca-se também os 50 kg.
    • Tempo de mistura em misturador vertical deve ser de doze a quinze minutos após carregá-lo com todos os ingredientes. Misturas realizadas abaixo ou acima dessa faixa de tempo não são de boa qualidade, pois partidas diferentes da mesma batida apresentam diferentes quantidades de nutrientes, o que acarretará desuniformidade nos lotes e perdas econômicas para o produtor.
    • A cada três minutos, aconselha-se abrir a boca de descarga do misturador de maneira que o material retido na boca seja misturado com o restante.
    • Limpar sempre o misturador após o uso.
    • Manter tulhas e silos sempre limpos e livres de restos de grãos que podem favorecer o crescimento de mofo e proliferação de ratos.
    • Evitar que os sacos de núcleos e premixes sejam expostos à luz, umidade e calor.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 159

    Ano: 1998

  • O consumo de ração pelos animais destinados ao abate depende de uma série de fatores, entre os quais podem ser citados a temperatura, o ambiente, estado sanitário, qualidade e composição da ração, forma de apresentação da ração.

    O consumo diário de ração, por quilo, está diretamente ligado ao peso metabólico (P 0,75) do animal e é dado pela fórmula:

    consumo/dia = 0,11 x P 0,75

    Por exemplo, quanto deve receber diariamente um suíno com 30 kg?

    Aplicando a fórmula, temos:

    consumo/dia=0,11 x 300,75 = 0,11 x 12,82 = 1,410 kg

    Logo, um suíno com 30 kg deve ser alimentado com 1,410 kg diários de ração.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 161

    Ano: 1998

  • O termo ração caseira pode ser entendido de duas formas: ração feita em casa, ou seja, na propriedade, e outra designando a ração com­posta de sobras diversas de alimentos e resíduos de culturas.

    A ração para suínos feita em casa deve ser feita com base numa fór­mula de ração calculada para que as necessidades dos animais em nutrien­tes sejam atendidas, como a de minerais, que variam com a idade e a cate­goria de suínos. Além de serem exigidos em quantidades específicas, os nutrientes devem ser fornecidos em proporções adequadas. As rações feitas com base nessas informações são conhecidas como rações balanceadas. Essas fórmulas podem ser obtidas em programas de formulação de ração, por consulta aos profissionais que prestam assistência técnica na área ou seguindo-se rigorosamente as fórmulas recomendadas em sacos de con­centrados ou de outros ingredientes para rações.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 162

    Ano: 1998

  • Como os animais apresentam, em cada faixa etária, necessidades mínimas em nutrientes, que devem ser fornecidos em proporções específicas, é preciso dispor de uma fórmula para calcu­lar essas necessidades da qual resulte o que se chama de ração balanceada. Para esse cálculo, são necessários:

    • Uma tabela com as exigências nutricionais das diferentes faixas etárias.
    • A composição em nutrientes dos alimentos que entrarão em cada fórmula.
    • O preço dos alimentos à disposição.

    A composição em nutrientes dos alimentos é obtida pela análise quí­mica em laboratórios especializados, em tabelas de composição de alimen­tos ou na literatura.

    De posse dessas informações, desenvolve-se a fórmula com o uso de programas específicos de computador ou de calculadora. O recurso à cal­culadora não é aconselhável por ser demorado e de resultados imprecisos. Não dispondo de instrumentos para formular a ração, o produtor deve procurar um profissional da área ou seguir rigorosamente as formulações existentes na literatura ou as fórmulas recomendadas em sacos de concen­trados e de outros ingredientes para rações, produzidas por firmas idôneas. Em hipótese alguma, o produtor deve preparar a ração sem recorrer a fór­mulas elaboradas com base no grupo de alimentos de que dispõe.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 163

    Ano: 1998

  • Fatores antinutricionais são definidos como substâncias naturais que causam efeito negativo sobre o crescimento e a saúde do homem e dos animais. A maioria das leguminosas possui diferentes fatores antinutricionais, tais como inibidores de protease, lecitinas, taninos e inibidores de alfa-amilase. Esses fatores reduzem a digestibilidade e a absorção dos nutrientes e, no caso da proteína, aumentam a excreção de nitrogênio.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 164

    Ano: 1998

  • Existem várias formas de tostar soja: utilizando um tacho de fazer sa­bão caseiro, um tostador a gás ou um secador de cereais de leito fixo. O aquecimento obtido por esses equipamentos simples é suficiente para desativar a maioria das substâncias antinutricionais presentes no grão de soja cru. Entretanto, os três equipamentos não permitem uma tostagem uni­forme, que pode ser melhorada adicionando-se um litro de água a cada 60 kg de soja durante a tostagem, e são exigentes em mão de obra para revolver constantemente, os grãos. Esses equipamentos são em geral de baixo custo e podem ser adquiridos com o auxílio dos órgãos regionais de extensão rural.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 165

    Ano: 1998

  • As farinhas de carne e de ossos, de peixe, de subprodutos de abate­douros, os farelos de amendoim, de canola, glúten de milho, entre outros. É preciso considerar, porém, que não existem substitutos completos, sendo necessário combiná-los de modo a atender às exigências nutricionais dos suínos, em suas diferentes fases produtivas.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 168

    Ano: 1998

  • A soja crua e a tostada apresentam a mesma composição química, ou seja, para 91% de matéria seca encontram-se cerca de 35% de proteína bruta, 18% de óleo, 7% de fibra bruta, 0,21% de cálcio e 0,57% de fósforo, entre outros nutrientes.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 167

    Ano: 1998

  • Devem ser fornecidos os seguintes minerais: cálcio, fósforo, sódio, cobre, ferro, manganês, zinco, iodo e selênio. Outros minerais como o potássio, magnésio, cloro e enxofre estão presentes em abundância nas dietas. O cobalto é fornecido pela suplementação de vitamina B12.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 169

    Ano: 1998

  • O farelo de soja é obtido a partir da extração do óleo do grão de soja. De maneira simplista, pode-se dizer que o farelo de soja + óleo = grão integral. Dessa forma, quando se extrai o óleo, aumenta-se a proporção de proteína no farelo. Assim, o farelo de soja apresenta cerca de 44% a 48% de proteína bruta, ao passo que a soja integral, crua ou tostada, apresenta cer­ca de 35%, apenas.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 174

    Ano: 1998

  • Em criações tecnificadas não há necessidade de aplicar vitaminas nos leitões, pois sendo bem alimentadas, as fêmeas suprem as necessidades dos leitões até iniciarem a ingestão de ração.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 171

    Ano: 1998

  • Até recentemente, não ocorria o uso intensivo do grão inteiro de trigo em rações animais pelo fato de que os custos de produção desse cereal não compensavam seu emprego com essa finalidade e também porque havia disponibilidade de outros alimentos para uso em dietas animais, passando o trigo a ser utilizado em rações apenas quando havia excedente de produ­ção. Entretanto, as variações de preço do milho, ocorridas nos últimos anos, atingindo altos preços em épocas de colheita e oferta de trigo, têm provoca­do o uso de trigo em rações de suínos e de outros animais. Esse cereal tem sido empregado também no preparo de rações peletizadas, em virtude de sua capacidade aglutinante, que permite a melhora da qualidade dos peletes e aumenta o rendimento da peletização. Além disso, vários estudos mostra­ram que a peletização promove um aumento da taxa de ganho de peso e eficiência alimentar quando comparadas às mesmas dietas, porém fareladas. Em algumas regiões do Brasil, há alta incidência de chuvas na época da colheita, fazendo com que ocorra a germinação do grão de trigo, depreci­ando seu valor junto aos moinhos. Entretanto, se esse trigo com alta porcen­tagem de grãos germinados for isento de micotoxinas, pode ser fornecido aos suínos com excelentes resultados, reduzindo os custos de produção além de constituir mais uma opção de comercialização para o produtor de trigo. A seguir, são apresentadas as composições químicas do trigo com diferentes percentagens de grãos germinados.

    Composição química e valores de energia de diferentes partidas de trigo obtidos com suínos e aves na Embrapa Suínos e Aves. (valores ex­pressos em base de matéria natural).

    Parâmetro Trigo(1) Trigo 1% germinado(2) Trigo 14% germinado(2)
    Matéria seca (%) 88.45 88,45 86,99
    Proteína bruta (%) 11.03 12,42 12,82
    Extrato etéreo (%) 1.57 1,42 1,35
    Fibra bruta (%) 2.91 2,96 3,20
    Energia digestível suínos (kcal/kg) 3.192 3.541 3.428
    Energia metabolizável suínos (kcal/kg) 3.137 3.425 3.318

    (1) Cultivar, safra e percentual de grãos germinados desconhecidos.

    (2) Cultivar Embrapa 16, safra 1995.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 178

    Ano: 1998

  • Farelo de milho é um subproduto da fabricação da farinha de milho composta de germe, pedaços de endosperma e casca, também chamado de canjiqueira.

    Comparação entre milho moído integral e farelo de milho

    Componentes Milho moído Farelo de milho
    Matéria seca (%) 87,9 88,6
    Fibra bruta (%) 2,3 5,0
    Proteína bruta (%) 8,5 10,4
    Energia metabolizável (kcal/kg) 3.365 3.195
    Lisina (%) 0,27 0,27
    Metionina + cistina (%) 0,37 0,44
    Cálcio (%) 0,04 0,02
    Fósforo (%) 0,29 0,21

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 182

    Ano: 1998

  • O triticale é o resultado do cruzamento entre variedades de trigo e de centeio. O objetivo foi obter a produtividade do trigo e a resistência a doen­ças do centeio.

    Pela qualidade de seu grão, o triticale é essencialmente recomenda­do para o consumo animal, o que significa que todas as variedades de triticale recomendadas para plantio podem ser incluídas na ração de suínos.

    Na formulação balanceada de rações para suínos, não existe limite de restrição para a inclusão do triticale.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 184

    Ano: 1998

  • Sim. Na maioria das vezes são diferentes, como mostra a tabela abaixo, com dados médios obtidos em análises na Embrapa Suínos e Aves. Pode ocorrer, porém, que uma partida de sorgo, em função de sua composição e da digestibilidade de seus nutrientes, apresente valor energético similar ou superior ao do milho. É interessante verificar, na tabela abaixo, que o sorgo com alto tanino, um componente antinutricional, apresenta menos valor de energia metabolizável. Isso se deve ao fato de que o tanino prejudica a digestibilidade dos nutrientes presentes na dieta, inclusive a energia.

    Parâmetro Milho Sorgo baixo tanino Sorgo alto tanino
    Matéria seca (%) 87,45 86,63 85,16
    Energia metabolizável (kcal/kg) 3.390 3.290 3.080

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 180

    Ano: 1998

  • Existem várias causas para o desperdício de ração nas propriedades. A principal fonte de desperdício de ração é o uso de comedouros inadequa­dos. Por isso, recomenda-se o uso de comedouros com fácil regulagem de abertura, que permitem o acesso dos animais sem que ocorra eliminação de ração para fora do cocho.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 185

    Ano: 1998

  • Nem todos os produtores de suínos têm condições de preparar uma ração de boa qualidade na propriedade. Produtores que fazem a mistura com pás ou com as mãos não têm condições de produzir uma ração homogênea e de qualidade, de ma­neira que a ração final de todos os sacos tenha a mesma composição em nutrien­tes. Nessas condições, os produtores de­vem comprar rações prontas por serem economicamente mais eficientes do que a ração mal misturada. Os equipamentos mínimos para preparar rações de razoável qualidade na proprieda­de são um misturador vertical e uma balança de plataforma. De posse desses equipamentos e com alguma orientação técnica, pode-se comprar todos os ingredientes, ou apenas o milho e concentrado, e fazer a mistura de rações na propriedade. Na maioria das vezes é mais econômico comprar o milho, farelo de soja, núcleo ou premixes e demais ingredientes do que comprar o concentrado. Mas há ocasiões em que se torna mais econômico comprar o concentrado. Uma boa administração da propriedade e o controle permanente dos custos de produção e de oportunidades permitem saber quando e em que situações é mais vantajoso comprar concentrados.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 188

    Ano: 1998

  • Os probióticos são organismos e substâncias que contribuem para o balanço (equilíbrio) microbiano intestinal. Algumas das bactérias potencialmente nocivas que normalmente podem ser encontradas no trato digestivo dos suínos são as Salmonellas, Escherichia coli e Clostridium perfringens, que podem produzir tanto doenças específicas nos hospedeiros como reduzir o desempenho dos animais por competirem pelos nutrientes essenciais em nível intestinal. Para sobre­viver, essas bactérias precisam fixar-se à superfície da parede intestinal (co­lonizar o intestino) por meio de receptores específicos.

    Ao contrário, as bactérias Lactobacillus e as produtoras de vitaminas do complexo B são benéficas ao hospedeiro, sendo consideradas probióticas. O desempenho dos suínos pode ser melhorado estimulando a multiplicação dessas bactérias no intestino do animal.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 191

    Ano: 1998

  • Os microrganismos probióticos competem com os microrganismos nocivos pelos locais de fixação na parede intestinal e pela utili­zação de nutrientes. Produzem, também, ampla variedade de substâncias (bacteriocins) que inibem o desenvolvimento das espécies patogênicas. A ação dos probióticos é mais eficiente em leitões jovens.

    Determinados alimentos como o soro de leite em pó, com altos níveis de lactose, estimulam o desenvolvimento dos Lactobacillus, pois a lactose é altamente utilizada como alimento por esses microrganismos. Também a glicose, presente no açúcar e em outros subprodutos da cana-de-açúcar, é intensivamente utilizada como nutriente pela Escherichia coli. Os ácidos orgânicos também criam condições desfavoráveis ao desenvolvimento dos microrganismos potencialmente patogênicos e estimulam o desenvolvimento dos microrganismos probióticos, através da acidificação do conteú­do gastrointestinal.

    Portanto, ao se fornecer microrganismos probióticos na dieta de lei­tões, deve-se também fornecer uma fonte de nutrientes adequada, como a lactose ou produtos que a contenham.

    Estão sendo desenvolvidos probióticos químicos, que são carboi­dratos sintéticos e lectinas bacterianas, os quais competem com os microrganismos patogênicos pelos locais de fixação na parede intestinal.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 192

    Ano: 1998