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Listagem de perguntas e respostas

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Exibindo 500 resultados.
  • Granja de suínos é a propriedade onde se pratica a produção de suí­nos. Sistema de produção de suínos é o conjunto inter-relacionado e organi­zado de processos para cumprir o objetivo básico que é a produção de suínos.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 1

    Ano: 1998

  • Fig_pag16.eps

    A figura acima mostra, de forma esquemática, os componentes que fazem parte de um sistema de produção.

    O produtor, as instalações, os animais, o alimento e a água, o manejo e os contaminantes compõem o ecossistema do suíno. Para atingir bons níveis de produção, é necessário que todos os componentes do ecossistema do suíno estejam em harmonia, isto é, não pode ocorrer desequilíbrio entre eles. Por exemplo, numa granja com boas instalações, bons animais, boa alimentação e bom manejo, mas com má qualidade de higiene, ocorre um desequilíbrio no sistema, pois muitos microrganismos podem favorecer a ocorrência de diferentes doenças. O ecossistema dos suínos é dinâmico e possui um grupo de exigências mínimas que devem ser atendidas para que se atinjam resultados desejados.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 2

    Ano: 1998

    • Gostar da atividade suinícola.
    • Aceitar e seguir as recomendações técnicas sobre a criação.
    • Ser dedicado para atingir metas preestabelecidas.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 3

    Ano: 1998

  • Granjas idôneas, livres de problemas sanitários e que trabalhem es­pecificamente com material genético de alta qualidade.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 4

    Ano: 1998

  • É possível a criação de suínos em todas as regiões do Brasil, desde que respeitada a faixa de conforto do animal por fase, isto é, adaptando-se as construções às condições de conforto térmico, evitando-se alterações climáticas desfavoráveis e alterando-se outras a fim de se obter o conforto desejado.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 5

    Ano: 1998

  • Existem várias instituições que oferecem tais cursos: univer­sidades, Ematers e institutos. A Embrapa Suínos e Aves proporciona, todo ano, cursos, palestras e seminá­rios, nas diferentes áreas da produção de suínos.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 6

    Ano: 1998

  • A criação em prédio único é aconselhável para 60 matrizes em pro­dução, no máximo. Número maior de matrizes inviabiliza a produção em prédio único, por dificultar o manejo e ocupar área muito grande.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 7

    Ano: 1998

  • O proprietário. A figura, a seguir, apresenta a relação entre o proprietário e as atividades desenvolvidas no sistema de produção de suínos. O comportamento do proprietário explica em grande parte, os bons e maus resultados do desempenho de um sistema de produção de suínos.

    Fig_pag18.jpg

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 8

    Ano: 1998

  • Quando o sistema for em prédio único, deve-se obedecer à seguinte sequência:

    Fig_pag19.jpg

    No período final da gestação, as fêmeas devem ser conduzidas para a maternidade, retornando para a área de cobrição/gestação por ocasião do desmame. Os leitões seguem para a creche, crescimento e terminação, mantendo-se, assim, um fluxo racional dos animais dentro das edificações.

    Em sistema de produção com mais de 60 matrizes, devem-se instalar as fases produtivas em prédios separados. A separação deve seguir uma sequência lógica: de um lado, prédio com animais reprodutores do plantel; no centro, prédio de maternidade e creche; do outro lado, prédio com ani­mais em crescimento e terminação.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 9

    Ano: 1998

  • No Sul do Brasil, a classificação é feita com base no número de fême­as criadeiras (matrizes) por produtor. A Embrapa Suínos e Aves usa a seguin­te classificação:

    Pequeno– Produtor com número de matrizes inferior a 21.

    Médio– Produtor com número de matrizes entre 21 e 100.

    Grande– Produtor com mais de 100 matrizes.

    Em outras regiões do Brasil, a classificação por número de matrizes pode ser diferente.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 10

    Ano: 1998

  • O sucesso de um sistema de produção de suínos é medido pelo lucro, que é determinado pela maneira como o sistema é conduzido, tanto nos aspectos financeiros como de produção. Por isso, é indispensável manter registros para se estabelecer o perfil técnico e econômico da produção.

    A única forma de se conhecer a lucratividade de uma criação é pela análise crítica dos registros de produção, que permitem identificar proble­mas de desenvolvimento, apontar pontos fracos no sistema de produção, acompanhar o estado de saúde do rebanho, identificar os principais custos e fornecer informações para diagnóstico.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 11

    Ano: 1998

  • A taxa de concepção (TC) é definida como a porcentagem de fêmeas de um mesmo grupo que se apresentam em gestação dentro de 40 dias após a cobrição. Mede-se pela fórmula:


    TC(%) = número de fêmeas em gestação dentro de 40 dias após a cobrição x 100
    número de fêmeas cobertas dentro do mesmo lote

    A TC fornece uma indicação precoce de um problema reprodutivo. Para isso, deve-se detectar fêmeas retornando ao cio ou vazias. Fêmea que falha na concepção não produzirá leitões, o que significa menos leitões na granja. O custo para alimentar a fêmea vazia é o mesmo que o da matriz gestante.

    A taxa de parição ou parto (TP) reflete o fracasso ou sucesso da cobrição, concepção e gestação. A TP é a porcentagem de fêmeas que parem em relação ao número total de fêmeas cobertas. É dada pela fórmula:


    TP (%) = número de fêmeas do lote que parem x 100
    número total de fêmeas cobertas neste grupo

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 12

    Ano: 1998

  • Qualquer leitão que nasce e não se movimenta é contado como nas­cido morto ou natimorto. A mortalidade é medida pelo número de natimortos por leitegada (NNL). O número de leitões mumificados (NLM) pode ser aí incluído, ou então em registro separado. Um número elevado de natimortos ou mumificados pode representar erros de manejo.


    NNL = total de leitões nascidos mortos x 100
    número de leitegadas paridas

    NLM = total de leitões mumificados x 100
    número de leitegadas paridas

    A taxa de mortalidade do nascimento ao desmame (MND) expressa no número de leitões mortos no período entre o parto e o desmame. Nesse caso, considera-se leitão nascido vivo aquele que nasceu e se afastou do posterior (traseiro) da matriz. Essa taxa fornece informações sobre o manejo e a sanidade animal durante aquele período.


    MND = número de leitões mortos x 100
    número de leitões nascidos vivos

    As taxas de mortalidade na creche (MC) e na fase de crescimento/ terminação (MCT) expressam a mortalidade dos animais nessas fases e só devem ser calculadas após o término de cada fase.


    MC = número de mortos na creche x 100
    número total de animais no lote

    MCT = número de mortos no crescimento/terminação x 100
    número total de animais no lote

    A taxa de mortalidade de matrizes (TMM) é calculada com base no número de matrizes que morrem anualmente em relação ao tamanho mé­dio do plantel de matrizes. O número médio de matrizes no rebanho baseia-se no levantamento mensal.


    TMM = número de matrizes que morrem por ano x 100
    tamanho médio do plantel de matrizes

    As leitoas são incluídas na contagem do plantel de matrizes a partir do momento em que são selecionadas para a reprodução (ou adquiridas) e as fêmeas contemporâneas de descarte, isto é, aquelas que formavam o grupo mas não foram selecionadas, são transferidas para o plantel de abate.

    Sem dúvida que, na análise dos parâmetros relativos à mortalidade numa granja, também é importante verificar a(s) causa(s) da mortalidade, pois o diagnóstico das doenças que ocorrem numa criação de suínos é o primeiro passo para a tomada de decisões relativas ao controle. Deve-se ressaltar que muitas doenças, principalmente as multifatoriais, não apresen­tam sintomas clínicos evidentes, sendo seus efeitos percebidos apenas por desvios no desempenho dos animais.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 13

    Ano: 1998

  • Para o cálculo do peso médio do leitão ao nascer (PLN), divide-se o peso total de todos os leitões ao nascer pelo número de leitões que foram pesados.


    PLN = soma do peso dos leitões nascidos vivos
    número total de leitões vivos pesados

    O número médio de leitões desmamados por leitegada parida (LDL) é calculado dividindo-se o número de leitões desmamados de um grupo de matrizes ou de um período de tempo pelo número de leitegadas paridas para produzir esses leitões.


    LDL = número de leitões desmamados
    número de leitegadas nascidas

    A porcentagem de leitões desmamados (% LD) expressa o número de leitões nascidos vivos e que foram desmamados, e a porcentagem de lei­tões mortos entre o parto e o desmame.


    %LD = número de leitões desmamados x 100
    número de leitões nascidos vivos

    O peso médio ao desmame (PMD) é obtido dividindo-se o peso dos leitões desmamados pelo número de leitões.


    PMD = peso total dos leitões desmamados
    número de leitões desmamados

    O ganho de peso médio diário (GPMD) é o ganho/dia de peso por suíno durante um período de tempo definido.


    GPMD = peso final total = peso inicial total
    número de suínos no final x número total de dias no período

    Para se calcular o número de partos por matriz/ano (PMA) e o número de leitões desmamados (LDMA) por matriz/ano, divide-se o número total de partos registrados pelo tamanho médio do plantel de matrizes.


    PMA = número total de partos/ano
    tamanho médio do plantel de matrizes

    LDMA = total de leitões desmamados/ano
    tamanho médio do plantel de matrizes

    Para o cálculo do número de suínos terminados por matriz/ano (TMA), divide-se o número de suínos produzidos pelo tamanho médio do plantel de matrizes.

    TMA = número de suínos terminados
    tamanho médio do plantel de matrizes

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 14

    Ano: 1998

  • Dias não produtivos (DNP) são, de maneira genérica, os dias em que uma fêmea não está produzindo na granja. Tradicionalmente, são os dias em que as fêmeas não estão em gestação ou em lactação. Do ponto de vista econômico, são dias prejudiciais ao produtor, pois nesse período, os animais estão ingerindo ração, ocupando espaço produtivo na granja, utilizando mão de obra e produtos veterinários sem oferecer, em troca, nenhum retorno produtivo. Por isso, o controle rigoroso dos DNPs da granja é de fundamental importância para que o produtor maximize seus lucros.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 15

    Ano: 1998

  • Conhecendo-se o número de partos por fêmea/ano e o número médio de dias de gestação e de lactação, pode-se calcular o número de DNP a partir da aplicação da seguinte fórmula:

    DNP = 365 - [Partos por fêmea por ano x (dias em Gestação + dias em Lactação)]

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 16

    Ano: 1998

  • Os parâmetros que contribuem para os DNPs de um sistema de produção são os seguintes:

    • Dias em anestro pós-desmame (intervalo desmame/cobrição).
    • Repetição de cio pós-desmame. Em geral, o intervalo desmame/cio (IDC) representa em torno de quatro a sete dias nos DNPs. Fêmeas que repetem estro representam pelo menos 25 DNPs (4 (IDC+21 dias para o retorno ao cio).
    • Dias até o teste de prenhez negativo. O resultado negativo do teste de prenhez acumula, no mínimo 46 DNPs (4+21+21 dias), isto é, a fêmea repetiu o cio (+ 21 dias), foi coberta, e o teste de prenhez foi realizado após a cobertura (+ 21 dias).
    • Dias em que a fêmea permaneceu vazia após a cobrição; o teste de prenhez é feito através de um aparelho detector de prenhez à venda em lojas agropecuárias.
    • Dias de demora para o descarte da fêmea.
    • Dias do intervalo entre as cobrições.
    • Morte ou aborto das fêmeas gestantes.
    • Dias desde a entrada das leitoas no plantel até sua cobertura efetiva.
    • Dias em anestro das leitoas.

    Como regra geral, pode-se considerar que 1 DNP equivale a aproxi­madamente 0,04 leitão desmamado por fêmea/ano a 0,06 leitão desmamado por fêmea/ano, e 0,007 parto por fêmea/ano a 0,008 parto por fêmea/ano. Portanto, uma diminuição de 10 DNPs resultaria em aumento de 0,6 leitão desmamado por fêmea/ano a 0,7 leitão desmamado por fêmea/ano e de 0,07 parto por fêmea/ano a 0,08 parto por fêmea/ano.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 17

    Ano: 1998

  • Consiste em criar os suínos sem qualquer instalação ou benfeitorias. É identificada pela permanente manutenção dos animais no campo, durante todo o processo produtivo, isto é: cobertura, gestação, aleitamento, cresci­mento e terminação. Os animais vivem exclusivamente na depen­dência da natureza.

    Alguns produtores fazem a engorda confinada com reduzidos cuida­dos técnicos.

    Esse sistema caracteriza criações primitivas, sem utilização de tecnologias adequadas e, por consequência, apresenta baixos índices de produtividade. É bastante utilizado principalmente por criadores que nun­ca receberam qualquer tipo de orientação técnica.

    A maior parte da produção dos animais é destinada ao fornecimento de carne e gordura para a alimentação dos proprietários. O excedente é comercializado perto da propriedade.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 18

    Ano: 1998

  • Tanto a mudança do padrão demográfico do país, com cerca de 70% da população vivendo nas cidades, quanto a mudança de hábitos de consu­mo levaram os frigoríficos a abater suínos para atender essa nova demanda. O consumidor urbano prefere carne de suíno com pouca gordura, o que somente é possível com animais de alto padrão genético, com carcaças melhoradas e adequadamente alimentados.

    Normalmente, os suínos criados extensivamente não têm esse perfil: apresentam grande quantidade de gordura e seu potencial de produção é bem inferior ao dos animais criados em sistema intensivo.

    A criação extensiva é uma atividade de subsistência, restrita a peque­na parcela de consumidores, principalmente do interior e que moram próxi­mos dos locais de criação.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 19

    Ano: 1998

  • Fig_pag25.jpg

    É a criação de suínos confina­dos em instalações, em todas as fases produtivas, sem acesso a pastagens.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 20

    Ano: 1998

  • O sistema confinado de produção de suínos pode ser assim classi­ficado:

    • Sistema confinado de alta tecnologia e eficiência: de caráter empresarial; mantém os animais confinados em instalações espe­cializadas, que asseguram o controle ambiental adequado; possui animais de alto potencial genético, realizando intensa reposição de reprodutores; adota esquema de profilaxia específico no controle das principais doenças de impacto econômico e utiliza esquemas nutricionais otimizados nas diferentes fases de vida do animal. Este sistema visa à mais alta produtividade possível por meio, inclusive, da incorporação imediata das tecnologias geradas pela pesquisa, promotoras da melhoria da produtividade. Sua implantação, porém, implica em custos elevados.
    • Sistema confinado tradicional de baixo custo e de baixa tecnologia: nem sempre a suinocultura é a atividade principal; em função da situação de mercado, o plantel é ou não reduzido; o rebanho é mantido em instalações mais simples e de custo relativamente baixo; a reposição das fêmeas é realizada, às vezes, com animais próprios, ao passo que os machos são adquiridos de granjas que se dedicam ao melhoramento genético. As modernas técnicas de manejo e nutrição são parcialmente aceitas e adotadas.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 21

    Ano: 1998

  • Fig_pag27.jpg

    Caracteriza-se por manter os animais em piquetes nas fases de reprodução, maternidade e creche, cercados com fios e/ou telas de ara­me eletrificados (através de eletrificadores de corrente alternada). As fases de crescimento e terminação (25 kg a 100 kg de peso vivo) ocorrem em confinamento.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 22

    Ano: 1998

  • É o mesmo que o Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre – Siscal.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 23

    Ano: 1998

  • Sim. É possível criar suínos sem o confinamento. Existe o sistema in­tensivo de suínos criados ao ar livre (Siscal), que mantém os animais em piquetes nas fases de reprodução, maternidade e creche, em que só se faz o confinamento das fases de crescimento e terminação (animais de 25 kg a 100 kg de peso vivo). Este sistema tem sido considerado uma opção de redução do custo de produção, por apresentar baixo custo de implantação, quando com­parado ao sistema confinado. Pesquisas da Embrapa Suínos e Aves mostram que o custo de implantação por matriz alojada no Siscal representa 44,72% do custo de implantação do sistema confinado; mostram também que, em relação ao sistema confinado, o Siscal representou melhor desempenho quanto ao número de leitões nascidos vivos e ao desmame, peso médio dos leitões ao nascer e ao desmame e taxa de mortalidade do nascimento ao desmame. Por outro lado, o custo de produção de leitões (kg), neste sistema, foi 32,95% inferior ao do sistema confinado. Esses dados permitem concluir que o Siscal é uma opção vantajosa.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 24

    Ano: 1998

  • O Siscal não deve ser instalado em terrenos com declividade superior a 15%, dando-se preferência para solos com boa capacidade de drenagem. Ao instalar o Siscal, deve-se prever práticas de manejo do solo, tais como o controle das águas pluviais superficiais a fim de impedir que a enxurrada de fora entre no sistema, de modo a prevenir possíveis danos provocados pela erosão.

    Antes da introdução de animais no Siscal devem-se implantar forra­geiras de alta resistência ao pisoteio.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 25

    Ano: 1998

  • Sim, desde que em piquetes cercados, tomando-se os devidos cuida­dos para a preservação do solo e proporcionando alimentação adequada, em cochos, pois a pastagem não supre as exigências nutricionais dos animais.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 26

    Ano: 1998

  • As cabanas servem tanto de abrigo quanto de local para o parto.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 27

    Ano: 1998

  • Existem diferentes tipos de cabanas (tipo galpão, chalé ou iglu), sendo a do tipo iglu a mais utilizada. A Embrapa Suínos e Aves desenvolveu, para esse fim, uma cabana tipo galpão, leve, fácil de movimentar e com boa área interna. Para a cabana de maternidade, inclusive, acrescentou-se um sistema de proteção contra o esmagamento de leitões.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 28

    Ano: 1998

  • A cabana tipo galpão, desenvolvi­da pela Embrapa Suínos e Aves, é feita com chapas de zinco galvanizadas, ferro cantoneira, canos galvanizados e fer­ro de construção.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 29

    Ano: 1998

  • No esquema a seguir, apresentam-se as dimensões da cabana indivi­dual de maternidade usada no Siscal da Embrapa Suínos e Aves.

    Fig_pag29a.jpg

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 30

    Ano: 1998

  • No esquema seguinte, apresentam-se as dimensões da cabana coletiva de gestação, para até seis fêmeas, usada no Siscal, na Embrapa Suínos e Aves.

    Fig_pag29b.jpg

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 31

    Ano: 1998

  • As cabanas de creche têm as mesmas especificações das cabanas de gestação e abrigam duas leitegadas, ou aproximadamente 20 leitões.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 32

    Ano: 1998

  • Nos piquetes, devem-se plantar gramíneas resistentes ao pisoteio, de baixa exigência em insumos, de ciclo longo (perenes), de alta agressividade, estoloníferas (forrageiras com ramificações rasteiras, que desenvolvem raízes a partir de seus nós) e que se propaguem por mudas ou sementes. Sugerem-se gramíneas como: Pensacola (Paspalum saurae), Missioneira (Axonopus x araujoi), Hermatria (Hermathria altissima), Estrela Africana (Cynodon nlemfuensis), Bermuda (Cynodon dactylon), Quicuio (Pennisetum clandestinum) e Coast Cross (Cynodon dactylon cv. coast cross). No inver­no, principalmente nas áreas com pouca cobertura vegetal, deve-se reali­zar semeadura superficial de forrageiras como a aveia, o azevém e a viça (ervilhaca). O consórcio de gramíneas adaptadas regionalmente pode ser uma alternativa.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 33

    Ano: 1998

  • Essas áreas devem ser cercadas com fios eletrificados para o replantio das forrageiras, e assim mantidas até que as forrageiras estejam completamente formadas.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 34

    Ano: 1998

  • Não. O ganho de peso dos animais em sistema ao ar livre é igual ao de outros sistemas, desde que as condições sejam adequadas a seu desen­volvimento e que se lhes forneçam rações balanceadas de acordo com suas exigências nutricionais.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 35

    Ano: 1998

  • Sim. Nesse sistema, os animais podem in­gerir uma certa quantidade de forragem, cuja fun­ção, entretanto, não é servir de alimento, pois não possui todos os nutrientes exigidos pelo animal, e sim preservar o solo. A alimentação, nesse siste­ma, é idêntica à que é fornecida no sistema de confinamento.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 36

    Ano: 1998

  • Sim. Algumas plantas são tóxicas aos suínos. As principais são:

    • Baccharis coridifolia – Mio-mio, vassourinha, alecrim.
    • Pteridium aquilunum – Samambaia-comum, samambaia-das-taperas, feio, pluma-grande, samambaia-açu.
    • Semma occidentalis – Fedegoso, cafezinho-do-mato, cafezinho-do-diabo.
    • Melia azedarach – Cinamomo.

    Antes da implantação desse sistema, recomenda-se verificar a pre­sença dessas plantas tóxicas, na área, a fim de evitar problemas futuros.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 37

    Ano: 1998

  • Fig_pag32a.jpg

    Sim. O cachaço permanece durante toda sua vida produtiva em pi­quete próprio, com cabana, sombreador (se não houver sombra natural: ár­vores, por exemplo), comedouro e bebedouro. Normalmente, o piquete do cachaço fica próximo ao das fêmeas, para que estas sejam estimuladas, olfativa e visualmente, a entrarem em cio e a cobertura ocorra o mais rápi­do possível.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 38

    Ano: 1998

  • Fig_pag32b.jpg

    O cachaço deve ser alimenta­do com 2,5 kg a 3 kg de ração de gesta­ção, distribuídos em duas refeições diárias. A fim de estimular o apareci­mento do cio nas fêmeas, o cachaço deve ser conduzido, duas vezes ao dia, com o auxílio de uma tábua de manejo, ao piquete das fêmeas, onde permanecerá por quinze minutos a cada vez. Esse manejo deve ser acompanhado pelo produtor (ou responsável pela criação) a fim de identificar as fêmeas que estão no momento propício de cobertura.

    O produtor deve manter o cachaço sob constante observação a fim de identificar e tratar possíveis miíases (bicheiras), problemas nos cascos ou outros distúrbios.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 39

    Ano: 1998

  • Nesse sistema, existem algumas características próprias de manejo, essenciais para seu bom desempenho.

    Manejo da cama

    A cama (palha seca, maravalha, serragem, etc.) deve ter uns 10 cm de espessura para assegurar um ambiente agradável aos leitões e à matriz. No período frio, essa espessura deve ser aumentada. A cama deve ser prepara­da na cabana três dias antes do parto, a fim de induzir a fêmea a escolher a cabana como local de parto e aí construir seu ninho. Deve-se repor a cama quando estiver úmida ou quando se troca a cabana de lugar, e deve ser refeita quando a camada for muito fina, para se atingir os 10 cm de espessura.

    Manejo dos leitões

    As práticas de uniformização do tamanho e do peso das leitegadas, de identificação dos leitões (mossagem), do corte ou esmagamento da cau­da, do corte dos dentes e da aplicação de anti-helmíntico são feitas, normal­mente, no dia do parto ou no segundo dia após o parto.

    Em geral, no Siscal, não tem sido adotada a prevenção da anemia ferropriva (anemia provocada por deficiência de ferro) dos leitões lactentes. Em experimento realizado na Embrapa Suínos e Aves, em que os leitões tiveram acesso a terra com altos níveis de ferro oxidado, verificou-se que não há necessidade de aplicar um antianêmico no terceiro dia de vida dos leitões. A castração pode ser realizada entre o 5° e o 15° dia de vida do leitão.

    Manejo das fêmeas

    Durante a gestação, as fêmeas são mantidas em piquetes coletivos com capacidade de alojamento para seis a oito fêmeas. De cinco a dez dias antes do parto, são transferidas para os piquetes de maternidade, para que se adaptem às cabanas e construam seus ninhos.

    Todo deslocamento de animais deve ser o mais tranquilo possível, uti­lizando-se tábuas de manejo, nas horas mais frescas do dia.

    Recria

    Após o desmame, os leitões são transferidos para um piquete de recria ou creche, onde recebem ração inicial até os 60 ou 70 dias (25 kg a 30 kg), quando então passam para as fases de crescimento e terminação, em confinamento.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 40

    Ano: 1998

  • Em geral, o desmame é feito entre os 25 e 35 dias de idade. Para a separação dos leitões, conduz-se a matriz com sua respectiva leitegada para um brete, de onde a fêmea passa para o piquete de gestação e os leitões para o piquete de creche.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 41

    Ano: 1998

  • Fig_pag34.jpg

    A melhor forma é isolá-las com fios eletrificados que passam por três sarrafos fincados ao redor do tronco e conectados à cerca elétrica por uma extensão. Nas árvores maiores, que já não crescem mais, pode-se enrolar fios de ara­me farpado em volta do tronco, até uma altura de 60 cm.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 42

    Ano: 1998

  • É recomendável dispor de um aparelho de reserva. Ou então conser­tar o existente ou comprar um novo.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 43

    Ano: 1998

  • Sim. Por exemplo, o Landrace e o Large White que apresentam boa produção e produtividade. Porém, como esse sistema é orientado sobretudo à produção de animais para abate, é importante o aproveitamento da heterose ou vigor híbrido pela utilização de reprodutores híbridos também chamados mestiços, oriundos de cruzamentos entre diferentes raças.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 44

    Ano: 1998

  • Ainda não foram desenvolvidas raças de suínos específicas para o Siscal. Como esse sistema visa o máximo de produtividade sem agredir o meio ambiente e com menos investimentos em construções, é necessário utilizar animais de alto padrão genético. Para tanto, deve-se usar machos que contribuam para incorporar aos animais destinados ao abate bom de­sempenho produtivo, isto é, alto ganho de peso diário, baixa conversão alimentar e boas características de carcaça, ou seja, baixa quantidade de gordura e alto rendimento de carne. As fêmeas devem possuir, além das características do macho, a capacidade de gerar grande quantidade de leitões.

    Nos sistemas existentes na região Sul, observa-se o uso de machos da raça Duroc ou sintéticos (híbridos), cruzando com fêmeas mestiças F-1, isto é, filhas de macho Large White com fêmea Landrace.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 45

    Ano: 1998

  • Para matrizes em gestação e lactação e para reprodutores, utilizam-se 800 m2 por animal. Para leitões na creche, utilizam-se 70 m2 por animal.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 46

    Ano: 1998

  • O tempo de ocupação dos piquetes deve ser o que permita a manu­tenção constante da cobertura vegetal do solo e sua recuperação rápida.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 47

    Ano: 1998

  • Durante a gestação, recomenda-se formar lotes de oito matrizes, no máximo, dividir a área que elas ocupam em seis subpiquetes, mantendo os 800 m2 por matriz, e usar os subpiquetes no sistema de rodízio. Durante a lactação, a área utilizada por matriz (800 m2) deve ser dividida em duas de 400 m2 usadas alternadamente. Para os leitões após o desmame, sugere-se área de 70 m2 por leitão. A área necessária para um determinado grupo deve ser dividida em dois piquetes tendo em vista a sua utilização em siste­ma rotativo.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 48

    Ano: 1998

  • Sim. Recomenda-se a rotação da área total utilizada pelo sistema a cada período de dois a três anos, no intuito de reduzir a degradação do solo, problemas sanitários e o aproveitamento do solo adubado para o cultivo de culturas anuais.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 49

    Ano: 1998

  • Sugere-se a colocação de fios de arame eletrificados (corrente alter­nada) nos piquetes de cobertura, pré-gestação, gestação e maternidade a 35 cm e 60 cm do solo.

    A creche deve ser cercada com tela metálica de arame galvanizado, malha 4 ou 5, e na parte interna do piquete deve ser colocado um fio de arame eletrificado, a 10 cm do solo e da tela.

    A distância entre as estacas varia de 6 m a 9 m, sendo essencial asse­gurar uma boa tensão dos fios (fios bem esticados).

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 50

    Ano: 1998