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Até recentemente, não ocorria o uso intensivo do grão inteiro de trigo em rações animais pelo fato de que os custos de produção desse cereal não compensavam seu emprego com essa finalidade e também porque havia disponibilidade de outros alimentos para uso em dietas animais, passando o trigo a ser utilizado em rações apenas quando havia excedente de produção. Entretanto, as variações de preço do milho, ocorridas nos últimos anos, atingindo altos preços em épocas de colheita e oferta de trigo, têm provocado o uso de trigo em rações de suínos e de outros animais. Esse cereal tem sido empregado também no preparo de rações peletizadas, em virtude de sua capacidade aglutinante, que permite a melhora da qualidade dos peletes e aumenta o rendimento da peletização. Além disso, vários estudos mostraram que a peletização promove um aumento da taxa de ganho de peso e eficiência alimentar quando comparadas às mesmas dietas, porém fareladas. Em algumas regiões do Brasil, há alta incidência de chuvas na época da colheita, fazendo com que ocorra a germinação do grão de trigo, depreciando seu valor junto aos moinhos. Entretanto, se esse trigo com alta porcentagem de grãos germinados for isento de micotoxinas, pode ser fornecido aos suínos com excelentes resultados, reduzindo os custos de produção além de constituir mais uma opção de comercialização para o produtor de trigo. A seguir, são apresentadas as composições químicas do trigo com diferentes percentagens de grãos germinados.
Composição química e valores de energia de diferentes partidas de trigo obtidos com suínos e aves na Embrapa Suínos e Aves. (valores expressos em base de matéria natural).
Parâmetro Trigo(1) Trigo 1% germinado(2) Trigo 14% germinado(2) Matéria seca (%) 88.45 88,45 86,99 Proteína bruta (%) 11.03 12,42 12,82 Extrato etéreo (%) 1.57 1,42 1,35 Fibra bruta (%) 2.91 2,96 3,20 Energia digestível suínos (kcal/kg) 3.192 3.541 3.428 Energia metabolizável suínos (kcal/kg) 3.137 3.425 3.318 (1) Cultivar, safra e percentual de grãos germinados desconhecidos.
(2) Cultivar Embrapa 16, safra 1995.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 178
Ano: 1998
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Farelo de milho é um subproduto da fabricação da farinha de milho composta de germe, pedaços de endosperma e casca, também chamado de canjiqueira.
Comparação entre milho moído integral e farelo de milho
Componentes Milho moído Farelo de milho Matéria seca (%) 87,9 88,6 Fibra bruta (%) 2,3 5,0 Proteína bruta (%) 8,5 10,4 Energia metabolizável (kcal/kg) 3.365 3.195 Lisina (%) 0,27 0,27 Metionina + cistina (%) 0,37 0,44 Cálcio (%) 0,04 0,02 Fósforo (%) 0,29 0,21 Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 182
Ano: 1998
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O triticale é o resultado do cruzamento entre variedades de trigo e de centeio. O objetivo foi obter a produtividade do trigo e a resistência a doenças do centeio.
Pela qualidade de seu grão, o triticale é essencialmente recomendado para o consumo animal, o que significa que todas as variedades de triticale recomendadas para plantio podem ser incluídas na ração de suínos.
Na formulação balanceada de rações para suínos, não existe limite de restrição para a inclusão do triticale.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 184
Ano: 1998
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Sim. Na maioria das vezes são diferentes, como mostra a tabela abaixo, com dados médios obtidos em análises na Embrapa Suínos e Aves. Pode ocorrer, porém, que uma partida de sorgo, em função de sua composição e da digestibilidade de seus nutrientes, apresente valor energético similar ou superior ao do milho. É interessante verificar, na tabela abaixo, que o sorgo com alto tanino, um componente antinutricional, apresenta menos valor de energia metabolizável. Isso se deve ao fato de que o tanino prejudica a digestibilidade dos nutrientes presentes na dieta, inclusive a energia.
Parâmetro Milho Sorgo baixo tanino Sorgo alto tanino Matéria seca (%) 87,45 86,63 85,16 Energia metabolizável (kcal/kg) 3.390 3.290 3.080 Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 180
Ano: 1998
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Existem várias causas para o desperdício de ração nas propriedades. A principal fonte de desperdício de ração é o uso de comedouros inadequados. Por isso, recomenda-se o uso de comedouros com fácil regulagem de abertura, que permitem o acesso dos animais sem que ocorra eliminação de ração para fora do cocho.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 185
Ano: 1998
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Nem todos os produtores de suínos têm condições de preparar uma ração de boa qualidade na propriedade. Produtores que fazem a mistura com pás ou com as mãos não têm condições de produzir uma ração homogênea e de qualidade, de maneira que a ração final de todos os sacos tenha a mesma composição em nutrientes. Nessas condições, os produtores devem comprar rações prontas por serem economicamente mais eficientes do que a ração mal misturada. Os equipamentos mínimos para preparar rações de razoável qualidade na propriedade são um misturador vertical e uma balança de plataforma. De posse desses equipamentos e com alguma orientação técnica, pode-se comprar todos os ingredientes, ou apenas o milho e concentrado, e fazer a mistura de rações na propriedade. Na maioria das vezes é mais econômico comprar o milho, farelo de soja, núcleo ou premixes e demais ingredientes do que comprar o concentrado. Mas há ocasiões em que se torna mais econômico comprar o concentrado. Uma boa administração da propriedade e o controle permanente dos custos de produção e de oportunidades permitem saber quando e em que situações é mais vantajoso comprar concentrados.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 188
Ano: 1998
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Os probióticos são organismos e substâncias que contribuem para o balanço (equilíbrio) microbiano intestinal. Algumas das bactérias potencialmente nocivas que normalmente podem ser encontradas no trato digestivo dos suínos são as Salmonellas, Escherichia coli e Clostridium perfringens, que podem produzir tanto doenças específicas nos hospedeiros como reduzir o desempenho dos animais por competirem pelos nutrientes essenciais em nível intestinal. Para sobreviver, essas bactérias precisam fixar-se à superfície da parede intestinal (colonizar o intestino) por meio de receptores específicos.
Ao contrário, as bactérias Lactobacillus e as produtoras de vitaminas do complexo B são benéficas ao hospedeiro, sendo consideradas probióticas. O desempenho dos suínos pode ser melhorado estimulando a multiplicação dessas bactérias no intestino do animal.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 191
Ano: 1998
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Os microrganismos probióticos competem com os microrganismos nocivos pelos locais de fixação na parede intestinal e pela utilização de nutrientes. Produzem, também, ampla variedade de substâncias (bacteriocins) que inibem o desenvolvimento das espécies patogênicas. A ação dos probióticos é mais eficiente em leitões jovens.
Determinados alimentos como o soro de leite em pó, com altos níveis de lactose, estimulam o desenvolvimento dos Lactobacillus, pois a lactose é altamente utilizada como alimento por esses microrganismos. Também a glicose, presente no açúcar e em outros subprodutos da cana-de-açúcar, é intensivamente utilizada como nutriente pela Escherichia coli. Os ácidos orgânicos também criam condições desfavoráveis ao desenvolvimento dos microrganismos potencialmente patogênicos e estimulam o desenvolvimento dos microrganismos probióticos, através da acidificação do conteúdo gastrointestinal.
Portanto, ao se fornecer microrganismos probióticos na dieta de leitões, deve-se também fornecer uma fonte de nutrientes adequada, como a lactose ou produtos que a contenham.
Estão sendo desenvolvidos probióticos químicos, que são carboidratos sintéticos e lectinas bacterianas, os quais competem com os microrganismos patogênicos pelos locais de fixação na parede intestinal.
Capítulo: Nutrição e Alimentação
Número da Pergunta: 192
Ano: 1998