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Ossos de bovinos, sobras de abatedouros de aves, assim como outros subprodutos de origem animal (restos de carne, de ossos, de sangue, de fígado), só podem ser utilizados na alimentação de suínos ou de outras espécies se passarem por um processo de esterilização e redução de partículas. Dessa forma, eliminam-se os microrganismos patogênicos, como as salmonellas, que provocam diarreia, e outros germes causadores de doenças transmissíveis de uma espécie para outra, como tuberculose, aftosa e outras.
Resíduos de carne, sobras de abatedouros e ossos frescos devem ser cozidos sob pressão em autoclave, à temperatura de 100°C por 30 minutos, no mínimo e, em seguida, prensados e moídos. Esses produtos podem ser utilizados na formulação de rações como fonte de proteína, de cálcio e de fósforo. Sua composição, porém, é extremamente variável de acordo com o material incluído.
Os ossos podem também ser queimados em fornos apropriados, obtendo-se como resultado a farinha de ossos calcinada. A farinha de ossos autoclavada é produzida pelo cozimento dos ossos sob pressão em autoclave, e posterior secagem e moagem. Ambas podem ser utilizadas como fonte de cálcio e de fósforo nas formulações. A composição aproximada é a seguinte:
- Farinha de ossos autoclavada: 12,8% de proteína, 11,3% de gordura, 29,8% de cálcio e 12,49% de fósforo total.
- Farinha de ossos calcinada: 34% de cálcio e 17% de fósforo.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 203
Ano: 1998
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Em razão dos fatores antinutricionais que apresenta e que podem prejudicar o desenvolvimento dos suínos, é necessário submetê-lo a algum tipo de processamento. O mais adequado é o cozimento (fervura) em água durante 40 minutos e posterior secagem ao sol. Fornecido cru, em níveis acima de 10% da dieta, provoca redução no consumo de alimento, piora a conversão alimentar e reduz o crescimento.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 207
Ano: 1998
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Por ser uma fonte proteica, o grão de feijão-guandu pode substituir parte da soja tostada, do farelo de soja, do concentrado ou de qualquer outra fonte proteica da dieta de suínos em crescimento e terminação. Porém, para substituir 1 kg de farelo de soja, são necessários 2,5 kg de grão de guandu, aproximadamente, e 2,16 kg para 1 kg de soja tostada. Dessa forma, deve ser feita alteração também na proporção dos outros ingredientes, para que a dieta fique adequadamente balanceada.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 209
Ano: 1998
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O milho triturado com palha e sabugo pode ser usado em até 50% nas rações de matrizes em gestação. Para essa categoria de suíno, é recomendado seu uso em virtude do efeito benéfico da presença da fibra bruta na dieta. A inclusão pode ser de 5% para animais em crescimento, 10% para terminação e lactação e 15% para animais de reposição.
Comparação entre milho integral e triturado com ou sem palha e sabugo
Parâmetro Grão integral Espiga com palha Espiga sem palha Matéria seca (%) 87,45 88,40 86,24 Energia metabolizável (kcal/kg) 3.293 2.631 3.022 Proteína bruta (%) 8,68 8,29 8,25 Fibra bruta (%) 2,17 6,89 6,25 Matéria mineral (%) 1,18 1,18 1,14 Cálcio (%) 0,04 0,04 0,03 Fósforo total (%) 0,26 0,28 0,22 A maior dificuldade no uso do milho triturado com palha e sabugo é a mistura do ingrediente na ração. Por causa do teor de fibra, a densidade é alterada e a mistura é dificultada especialmente em misturadores verticais. O processo de moagem também requer mais energia e o rendimento da moagem é reduzido em até 30%.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 213
Ano: 1998
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Sim. Essencialmente água, na proporção de 90% a 95%. Isso significa que, para cada 10 kg de abóbora in natura, há de 500 g a 1.000 g de matéria seca, resultando em excessiva diluição de nutrientes em dietas balanceadas, quando a quantidade de abóbora é muito grande.
A inclusão da abóbora integral na dieta de suínos é restringida por causa de sua baixa densidade nutricional. Seu uso é desaconselhável para leitões. Para suínos em crescimento, produz queda no desempenho. Para suínos em terminação, a quantidade máxima a ser fornecida por animal/dia é de 6 kg, sendo sua contribuição em energia de apenas 5% da exigência nutricional do animal e de apenas 8% das exigências em proteína bruta.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 214
Ano: 1998
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O rizoma da araruta (Maranta arundinacea L) fornece uma fécula de qualidade superior à de outras raízes e tubérculos.
O teor de matéria seca, como na maioria das raízes e tubérculos, é de 20% a 40%, dependendo da época da colheita.
Os valores de composição obtidos de uma variedade com apenas 57,2% de umidade, são os seguintes:
Matéria seca (%) 42,8 Proteína bruta (%) 2,4 Fibra bruta (%) 1,9 Extrato etéreo (%) 0,1 Cálcio (%) 0,02 Fósforo (%) 0,024 Energia (kcalAg) 1.570 O teor de carboidratos é constituído principalmente por amido. A araruta deve ser fornecida aos suínos de preferência cozida, à maneira da batata-doce.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 216
Ano: 1998
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A batata-doce pode ser utilizada de várias formas na alimentação de suínos. A batata crua contém, em média, 26% de matéria seca (22% a 32%), 1,5% de proteína e 750 kcal EM/kg. O fornecimento aos suínos pode ser feito à vontade, suplementando-se com concentrado contendo 22% de proteína bruta, 1,15% de lisina, 0,85% de cálcio e 0,70% de fósforo total, na quantidade de 1,35 kg/dia, dos 25 kg aos 55 kg de peso vivo e 1,90 kg/dia, dos 55 kg de peso vivo até o abate.
O fornecimento tanto de batata-doce cozida como de silagem de batata-doce pode ser semelhante ao de batata crua.
A raspa de batata-doce pode ser obtida picando-se as batatas em pequenos pedaços e secando-os ao sol ou em estufa de ar forçado. Esse produto apresenta aproximadamente 89% de matéria seca, 6,41% de proteína bruta, 2.560 kcal de energia metabolizável por kg, 0,08% de cálcio e 0,15% de fósforo. Quando a dieta for suplementada com óleo para corrigir o nível de energia e for adequadamente balanceada em relação aos níveis exigidos de aminoácidos, a raspa de batata-doce pode substituir integralmente o milho da dieta para suínos a partir de 15 kg de peso vivo até o abate. Quando não é feita a suplementação com óleo, a inclusão da raspa de batata-doce reduz o desempenho por causa de seu baixo teor de energia em relação ao milho.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 217
Ano: 1998
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O inhame (Discorea sp.) é uma raiz produzida em regiões tropicais ou semitropicais. Apresenta teor de água de 60% a 80%, baixo teor de proteína (1% a 2%), sendo desconhecido seu teor de energia. Sua fração de carbohidrato é composta basicamente por amido.
A raiz crua do inhame não é bem aceita pelos suínos por apresentar fatores antinutricionais como alcaloides, tanino e saponinas. Por isso, deve-se cozinhá-las em água antes do fornecimento. Dessa forma, o inhame pode ser utilizado como a batata-doce, para suínos em crescimento e terminação.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 218
Ano: 1998