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Granja de suínos é a propriedade onde se pratica a produção de suínos. Sistema de produção de suínos é o conjunto inter-relacionado e organizado de processos para cumprir o objetivo básico que é a produção de suínos.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 1
Ano: 1998
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É possível a criação de suínos em todas as regiões do Brasil, desde que respeitada a faixa de conforto do animal por fase, isto é, adaptando-se as construções às condições de conforto térmico, evitando-se alterações climáticas desfavoráveis e alterando-se outras a fim de se obter o conforto desejado.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 5
Ano: 1998
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No Sul do Brasil, a classificação é feita com base no número de fêmeas criadeiras (matrizes) por produtor. A Embrapa Suínos e Aves usa a seguinte classificação:
Pequeno– Produtor com número de matrizes inferior a 21.
Médio– Produtor com número de matrizes entre 21 e 100.
Grande– Produtor com mais de 100 matrizes.
Em outras regiões do Brasil, a classificação por número de matrizes pode ser diferente.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 10
Ano: 1998
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Para o cálculo do peso médio do leitão ao nascer (PLN), divide-se o peso total de todos os leitões ao nascer pelo número de leitões que foram pesados.
PLN = soma do peso dos leitões nascidos vivos número total de leitões vivos pesados
O número médio de leitões desmamados por leitegada parida (LDL) é calculado dividindo-se o número de leitões desmamados de um grupo de matrizes ou de um período de tempo pelo número de leitegadas paridas para produzir esses leitões.
LDL = número de leitões desmamados número de leitegadas nascidas
A porcentagem de leitões desmamados (% LD) expressa o número de leitões nascidos vivos e que foram desmamados, e a porcentagem de leitões mortos entre o parto e o desmame.
%LD = número de leitões desmamados x 100 número de leitões nascidos vivos
O peso médio ao desmame (PMD) é obtido dividindo-se o peso dos leitões desmamados pelo número de leitões.
PMD = peso total dos leitões desmamados número de leitões desmamados
O ganho de peso médio diário (GPMD) é o ganho/dia de peso por suíno durante um período de tempo definido.
GPMD = peso final total = peso inicial total número de suínos no final x número total de dias no período
Para se calcular o número de partos por matriz/ano (PMA) e o número de leitões desmamados (LDMA) por matriz/ano, divide-se o número total de partos registrados pelo tamanho médio do plantel de matrizes.
PMA = número total de partos/ano tamanho médio do plantel de matrizes
LDMA = total de leitões desmamados/ano tamanho médio do plantel de matrizes Para o cálculo do número de suínos terminados por matriz/ano (TMA), divide-se o número de suínos produzidos pelo tamanho médio do plantel de matrizes.
TMA = número de suínos terminados tamanho médio do plantel de matrizes Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 14
Ano: 1998
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Dias não produtivos (DNP) são, de maneira genérica, os dias em que uma fêmea não está produzindo na granja. Tradicionalmente, são os dias em que as fêmeas não estão em gestação ou em lactação. Do ponto de vista econômico, são dias prejudiciais ao produtor, pois nesse período, os animais estão ingerindo ração, ocupando espaço produtivo na granja, utilizando mão de obra e produtos veterinários sem oferecer, em troca, nenhum retorno produtivo. Por isso, o controle rigoroso dos DNPs da granja é de fundamental importância para que o produtor maximize seus lucros.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 15
Ano: 1998
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Nos piquetes, devem-se plantar gramíneas resistentes ao pisoteio, de baixa exigência em insumos, de ciclo longo (perenes), de alta agressividade, estoloníferas (forrageiras com ramificações rasteiras, que desenvolvem raízes a partir de seus nós) e que se propaguem por mudas ou sementes. Sugerem-se gramíneas como: Pensacola (Paspalum saurae), Missioneira (Axonopus x araujoi), Hermatria (Hermathria altissima), Estrela Africana (Cynodon nlemfuensis), Bermuda (Cynodon dactylon), Quicuio (Pennisetum clandestinum) e Coast Cross (Cynodon dactylon cv. coast cross). No inverno, principalmente nas áreas com pouca cobertura vegetal, deve-se realizar semeadura superficial de forrageiras como a aveia, o azevém e a viça (ervilhaca). O consórcio de gramíneas adaptadas regionalmente pode ser uma alternativa.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 33
Ano: 1998
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Essas áreas devem ser cercadas com fios eletrificados para o replantio das forrageiras, e assim mantidas até que as forrageiras estejam completamente formadas.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 34
Ano: 1998
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Sim. Algumas plantas são tóxicas aos suínos. As principais são:
- Baccharis coridifolia – Mio-mio, vassourinha, alecrim.
- Pteridium aquilunum – Samambaia-comum, samambaia-das-taperas, feio, pluma-grande, samambaia-açu.
- Semma occidentalis – Fedegoso, cafezinho-do-mato, cafezinho-do-diabo.
- Melia azedarach – Cinamomo.
Antes da implantação desse sistema, recomenda-se verificar a presença dessas plantas tóxicas, na área, a fim de evitar problemas futuros.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 37
Ano: 1998
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A criação em prédio único é aconselhável para 60 matrizes em produção, no máximo. Número maior de matrizes inviabiliza a produção em prédio único, por dificultar o manejo e ocupar área muito grande.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 7
Ano: 1998
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O sucesso de um sistema de produção de suínos é medido pelo lucro, que é determinado pela maneira como o sistema é conduzido, tanto nos aspectos financeiros como de produção. Por isso, é indispensável manter registros para se estabelecer o perfil técnico e econômico da produção.
A única forma de se conhecer a lucratividade de uma criação é pela análise crítica dos registros de produção, que permitem identificar problemas de desenvolvimento, apontar pontos fracos no sistema de produção, acompanhar o estado de saúde do rebanho, identificar os principais custos e fornecer informações para diagnóstico.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 11
Ano: 1998
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Sim. É possível criar suínos sem o confinamento. Existe o sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (Siscal), que mantém os animais em piquetes nas fases de reprodução, maternidade e creche, em que só se faz o confinamento das fases de crescimento e terminação (animais de 25 kg a 100 kg de peso vivo). Este sistema tem sido considerado uma opção de redução do custo de produção, por apresentar baixo custo de implantação, quando comparado ao sistema confinado. Pesquisas da Embrapa Suínos e Aves mostram que o custo de implantação por matriz alojada no Siscal representa 44,72% do custo de implantação do sistema confinado; mostram também que, em relação ao sistema confinado, o Siscal representou melhor desempenho quanto ao número de leitões nascidos vivos e ao desmame, peso médio dos leitões ao nascer e ao desmame e taxa de mortalidade do nascimento ao desmame. Por outro lado, o custo de produção de leitões (kg), neste sistema, foi 32,95% inferior ao do sistema confinado. Esses dados permitem concluir que o Siscal é uma opção vantajosa.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 24
Ano: 1998
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Os parâmetros que contribuem para os DNPs de um sistema de produção são os seguintes:
- Dias em anestro pós-desmame (intervalo desmame/cobrição).
- Repetição de cio pós-desmame. Em geral, o intervalo desmame/cio (IDC) representa em torno de quatro a sete dias nos DNPs. Fêmeas que repetem estro representam pelo menos 25 DNPs (4 (IDC+21 dias para o retorno ao cio).
- Dias até o teste de prenhez negativo. O resultado negativo do teste de prenhez acumula, no mínimo 46 DNPs (4+21+21 dias), isto é, a fêmea repetiu o cio (+ 21 dias), foi coberta, e o teste de prenhez foi realizado após a cobertura (+ 21 dias).
- Dias em que a fêmea permaneceu vazia após a cobrição; o teste de prenhez é feito através de um aparelho detector de prenhez à venda em lojas agropecuárias.
- Dias de demora para o descarte da fêmea.
- Dias do intervalo entre as cobrições.
- Morte ou aborto das fêmeas gestantes.
- Dias desde a entrada das leitoas no plantel até sua cobertura efetiva.
- Dias em anestro das leitoas.
Como regra geral, pode-se considerar que 1 DNP equivale a aproximadamente 0,04 leitão desmamado por fêmea/ano a 0,06 leitão desmamado por fêmea/ano, e 0,007 parto por fêmea/ano a 0,008 parto por fêmea/ano. Portanto, uma diminuição de 10 DNPs resultaria em aumento de 0,6 leitão desmamado por fêmea/ano a 0,7 leitão desmamado por fêmea/ano e de 0,07 parto por fêmea/ano a 0,08 parto por fêmea/ano.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 17
Ano: 1998
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As cabanas servem tanto de abrigo quanto de local para o parto.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 27
Ano: 1998
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A cabana tipo galpão, desenvolvida pela Embrapa Suínos e Aves, é feita com chapas de zinco galvanizadas, ferro cantoneira, canos galvanizados e ferro de construção.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 29
Ano: 1998
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No esquema seguinte, apresentam-se as dimensões da cabana coletiva de gestação, para até seis fêmeas, usada no Siscal, na Embrapa Suínos e Aves.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 31
Ano: 1998
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O produtor que adota o sistema de produção de ciclo completo, isto é, todas a fases da criação presentes na propriedade, deve atingir os seguintes índices de produtividade:
Parâmetro Índices Número de partos por porca/ano > 2,3 Leitões nascidos vivos por parto > 10,5 Taxa de leitões natimortos < 6,0% Taxa de mortalidade do nascimento ao desmame <10,0% Número de leitões desmamados por parto > 9,5 Número de leitões desmamados por matriz/ano > 21,8 Taxa de abortos < 1,0% Taxa de repetições de cio < 10% Taxa de partos > 90,0% Consumo de ração por matriz 1.080 kg/ano ou 90 kg/mês Número de suínos terminados por parto > 9,0 Animais entregues ao abate por matriz alojada incluindo leitoa coberta 170% por mês Taxa de mortalidade na creche < 3,0% Taxa de mortalidade na terminação < 1,5% Número de animais terminados por matriz/ano > 20,8 Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 57
Ano: 1998
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Nos sistemas de confinamento total, os principais gases nocivos existentes são: amônia, sulfeto de hidrogênio, dióxido de carbono e metano. Os odores são produzidos pela amônia, sulfeto de hidrogênio e por outros compostos orgânicos resultantes da decomposição da matéria orgânica do esterco. Embora os maus odores por si só não possam provocar doenças, eles geram certo desconforto em pessoas. A inalação de grandes concentrações de gases nocivos emitidos pelo esterco animal pode provocar a morte de pessoas e animais.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 59
Ano: 1998
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Como as granjas de suínos diferem entre si, principalmente quanto ao ambiente proporcionado aos animais, não é possível especificar a forma de fazer a limpeza e desinfecção.
Nessas condições, é mais seguro o técnico responsável pela granja elaborar um programa de limpeza e desinfecção que se adeque à granja. Esse programa deve incluir as atividades diárias adotadas em cada fase de criação.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 64
Ano: 1998
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Quem trabalha na criação de suínos deve preocupar-se principalmente com as doenças que atacam os animais, como a brucelose, leptospirose e a tuberculose. Por isso, é importante que as matrizes e os cachaços sejam livres dessas doenças. Deve-se monitorar essas doenças solicitando a um veterinário fazer exames sorológicos para brucelose e leptospirose e para a tuberculinização nos reprodutores machos e fêmeas. Entretanto, mesmo que o rebanho esteja totalmente isento dessas doenças, é sempre importante fazer uso de luvas de plástico para auxiliar o parto das fêmeas. Para as outras práticas de manejo, como castração e vacinações, recomenda-se lavar e desinfetar as mãos, com solução iodada, antes e após sua realização. Nas atividades diárias de limpeza das instalações, deve-se usar sempre botas e macacão.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 70
Ano: 1998
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Os leitões devem ser limpos e secos à medida em que vão nascendo. Os líquidos fetais, bem como os restos de membranas que envolvem o recém-nascido, devem ser removidos com toalhas de papel ou panos limpos, dando preferência à toalha de papel, por ser mais higiênica. Em primeiro lugar, limpa-se a cabeça do recém-nascido, removendo os líquidos fetais existentes ao redor da cavidade bucal e das narinas, para evitar a obstrução das vias respiratórias. A seguir, limpa-se o restante do corpo do leitão, massageando o dorso e a região pulmonar, para ativar a circulação e estimular a respiração. Quanto mais tempo o leitão permanecer úmido, maior a quantidade de calor perdido.
Alguns leitões podem nascer parcial ou totalmente envoltos pelas membranas fetais e podem morrer sufocados se não forem removidas imediatamente. Após sua remoção, recomenda-se fazer uma massagem enérgica no leitão, para reanimá-lo.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 72
Ano: 1998
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A maior dificuldade para a adequada nutrição do leitão durante a lactação reside no desconhecimento da quantidade de leite que a matriz produz. Para cobrir as exigências nutricionais de uma leitegada com dez leitões, a matriz deve produzir 6,5 litros de leite/dia ao final da primeira semana e 11 litros de leite/dia no final da terceira semana de lactação. Na prática, porém, isto não ocorre. Por esse motivo, deve-se fornecer ração pré-inicial peletizada para os leitões, a partir do sétimo dia de vida. No início, as quantidades fornecidas devem ser pequenas e substituídas quando houver sobras, a fim de não ocorrer alteração no sabor e na composição da ração. Assim, os leitões dispõem de alimento na medida de suas necessidades de modo a poderem expressar todo seu potencial de ganho de peso.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 75
Ano: 1998
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Sim. Por exemplo, o Landrace e o Large White que apresentam boa produção e produtividade. Porém, como esse sistema é orientado sobretudo à produção de animais para abate, é importante o aproveitamento da heterose ou vigor híbrido pela utilização de reprodutores híbridos também chamados mestiços, oriundos de cruzamentos entre diferentes raças.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 44
Ano: 1998
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É recomendável dispor de um aparelho de reserva. Ou então consertar o existente ou comprar um novo.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 43
Ano: 1998
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O tempo de ocupação dos piquetes deve ser o que permita a manutenção constante da cobertura vegetal do solo e sua recuperação rápida.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 47
Ano: 1998
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Sim. Recomenda-se a rotação da área total utilizada pelo sistema a cada período de dois a três anos, no intuito de reduzir a degradação do solo, problemas sanitários e o aproveitamento do solo adubado para o cultivo de culturas anuais.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 49
Ano: 1998
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A água é armazenada numa caixa d’água instalada no ponto mais alto do terreno, de onde é levada até os bebedouros. A canalização deve ser enterrada a uma profundidade de mais ou menos 35 cm, a fim de evitar o aquecimento da água nos dias mais quentes.
Deve-se evitar que a água escorra para o interior dos piquetes, impedindo a formação de lamaçal, o que pode ser feito com o uso de uma chapa coletora de água sob os bebedouros e a colocação dos mesmos na parte mais baixa dos piquetes.
Os bebedouros podem ser do tipo vasos comunicantes com boia, que devem ser limpos no mínimo duas vezes por semana e protegidos da ação do sol.
Capítulo: Sistema de Produção
Número da Pergunta: 51
Ano: 1998
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O sistema de manejo contínuo (SMC) é aquele em que suínos de diferentes idades são mantidos na mesma instalação ocorrendo, inclusive, transferências de novos lotes para as baias sem que sejam feitas limpeza e desinfecção prévias. Nessas condições, os animais mais velhos acumulam e transferem uma flora microbiana para os mais novos perpetuando, assim, os agentes infecciosos nas instalações e tornando difícil a manutenção de um nível de infecção abaixo do limiar crítico.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 53
Ano: 1998
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O uso do SMC de produção na maternidade implica na ocorrência ininterrupta de partos e na presença simultânea de matrizes com leitões recém-nascidos e com leitões mais velhos. A partir do momento em que a concentração de agentes patogênicos ultrapassar o limiar de infecção, poderão ocorrer patologias como diarreias, pneumonias ou artrites e a taxa de mortalidade e de refugos tende a aumentar progressivamente.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 54
Ano: 1998
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Não. Deve-se, também, evitar o uso excessivo de água a fim de diminuir o volume dos dejetos a serem armazenados.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 66
Ano: 1998
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Durante o período de ocupação, os corredores e a área abaixo das gaiolas da creche devem ser limpos com água sob pressão duas ou três vezes por semana. As baias com piso compacto devem ser varridas diariamente com auxílio de rodo metálico e de vassoura, e os resíduos empurrados para a canaleta de dejetos ou para a vala existente embaixo do piso ripado. A finalidade é remover o resíduo sólido composto por fezes, urina e restos de ração. Quando os leitões são retirados da sala, as paredes, gaiolas ou baias, piso, parte interna dos telhados e equipamentos devem ser lavados com água sob pressão e todo o ambiente desinfetado, podendo ser usada a caiação como complemento desse processo. A seguir, deve permanecer fechada (em vazio sanitário ou descanso) por um período de quatro a oito dias.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 68
Ano: 1998
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A transferência cruzada de leitões consiste na transferência de leitões segundo seu peso, isto é, os leitões mais leves ficam com uma fêmea e os leitões mais pesados com outra fêmea. Dessa forma, procura-se fazer com que os leitões tenham um desenvolvimento mais homogêneo. É realizada em granjas, preferencialmente nas primeiras 24 horas após o parto, entre fêmeas que deram cria no mesmo dia. Esse método é realizado em granjas que induzem o parto.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 78
Ano: 1998
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A transferência deve ser realizada, o mais tardar, nos primeiros três dias após o parto da matriz adotiva, uma vez que as glândulas mamárias excedentes e não utilizadas tendem a involuir (secar). É impossível prever se uma matriz vai ou não aceitar os animais transferidos. Se a matriz que adota sentir odor diferente no leitão recém-chegado, ela pode simplesmente rejeitá-lo ou mesmo matá-lo.
Geralmente, quando a transferência é feita logo após o parto e a placenta da fêmea adotiva ainda estiver disponível, recomenda-se esfregá-la nos leitões a serem transferidos para que tenham o mesmo cheiro dos seus leitões. Quando isso não é possível, deve-se reunir os leitões da matriz adotiva com aqueles que se pretende transferir, num cesto, durante dez a 25 minutos, e pulverizá-los com uma solução fraca de creolina ou outro produto para dificultar seu reconhecimento, pela matriz, através do cheiro. Outra possibilidade é manter o grupo de leitões separados da mãe adotiva durante duas a três horas para que seu úbere atinja um grau de enchimento tal que a matriz sinta necessidade de amamentá-los devido à pressão existente nas glândulas mamárias. Nesse caso, também, é aconselhável dificultar o reconhecimento do leitão estranho, através de produtos.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 79
Ano: 1998
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Sob o aspecto de rendimento de carne da carcaça, quando os animais na terminação recebem a mesma ração, as leitoas devem ser abatidas com até 110 kg e os castrados com até 100 kg. Dependendo do ambiente e da genética, as leitoas com 90 kg de peso podem possuir ao redor de 54% a 55% de carne magra na carcaça. Até 100 kg, essa percentagem é reduzida lentamente em 1%. Castrados com 80 kg possuem entre 53% e 54% de carne magra na carcaça e a partir daí essa percentagem decresce linearmente. Cada semana a mais na terminação custa ao redor de 1% de carne magra na carcaça. Separando os machos das fêmeas e adotando peso de abate diferenciado, o produtor consegue aumentar em média em 1% a proporção de carne magra na carcaça. Automaticamente a conversão alimentar melhora e os custos diminuem.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 89
Ano: 1998
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A alimentação à vontade proporciona um ganho de peso diário (do nascimento ao abate) superior a 50 g/dia a 60 g/dia ao ganho proporcionado pela alimentação restrita. Esse ganho pode desaparecer se a conversão alimentar for reduzida em cerca de 0,15 unidade, mantendo as demais condições constantes. Se a restrição alimentar não conseguir melhora superior a 0,15 unidade na conversão alimentar, é possível que haja perdas com o uso desse sistema de alimentação se o suíno para abate for vendido por quilograma de peso vivo.
Há de se considerar, porém, que os animais com restrição alimentar, apesar de retardarem o momento de abate, melhoram a carcaça, depositando menos gordura. Assim, a diminuição do ganho na terminação precisa levar em conta os preços do alimento, do suíno vivo e do prêmio em preço por melhor carcaça.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 88
Ano: 1998
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Machos castrados ingerem mais alimentos e mais rapidamente do que leitoas e depositam mais gordura com menor idade, resultando em carcaças com menos carne.
Somente a separação, sem estratégia de peso de abate diferenciado e com a mesma quantidade de ração, proporciona carcaças mais magras porque as fêmeas não sofrerão a competição dos castrados pela ração. A instalação em lotes separados possibilita a venda de todos os lotes mais cedo.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 90
Ano: 1998
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A separação de castrados e fêmeas e a adoção de arraçoamento diferenciado, aliadas ao peso menor de abate para castrados, garantem ao produtor o aumento de 1% a 2% na proporção de carne magra na carcaça, na média do plantel.
Nessa sistemática, as leitoas são alimentadas à vontade e os castrados com ingestão ao redor de 5% menor no começo da terminação e ao redor de 10% menor na fase final da terminação.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 91
Ano: 1998
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A limpeza das baias com pá e vassoura para a retirada dos dejetos e detritos deverá ser feita diariamente.
As baias devem ser sempre limpas e lavadas no mesmo dia da desocupação. Após a secagem, devem ser desinfetadas e permanecerem vazias por cinco dias, no mínimo, antes da entrada dos novos lotes.
O tipo e o modo de utilização dos desinfetantes são definidos pelo veterinário.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 92
Ano: 1998
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Se os animais de reposição vêm de outra granja, devem passar por um período de quarentena.
As leitoas de reposição devem ser alojadas no prédio de gestação com idade média de aproximadamente 155 dias, em baias coletivas próximas aos machos e até duas semanas antes da cobrição deverão receber ração de crescimento à vontade, sendo alimentadas duas vezes ao dia.
Os machos de reposição devem ser alojados no prédio de gestação com idade média de aproximadamente 165 dias em baias individuais, onde permanecerão até o fim de sua vida útil. Os machos só deverão ser utilizados em montas após feita uma avaliação do sêmen que comprove sua qualidade. Devem receber 2 kg de ração de gestação por dia, sendo um de manhã e outro à tarde.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 93
Ano: 1998
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Varia de rebanho para rebanho e de raça para raça, mas a duração média pode ser considerada de 114 dias (três meses, três semanas e três dias).
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 94
Ano: 1998
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Não. Na gestação, deve-se aumentar o consumo de água da fêmea para aumentar a frequência de micções, o que diminui a probabilidade de infecções urinárias.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 96
Ano: 1998
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As fêmeas em gestação devem ser mantidas em ambiente calmo, tranquilo e confortável e devem receber água e ração de boa qualidade.
Além das quantidades de ração recomendadas, o criador pode fornecer algum tipo de pasto ou forragem para as fêmeas.
Observar diariamente, com o auxílio do macho, se as fêmeas retornaram ao cio. A temperatura deve ser controlada a fim de proporcionar uma faixa adequada, nessa fase, que vai de 16 °C a 20 °C.
Diariamente, há necessidade de limpar as instalações de gestação com pá e vassoura e, uma vez por semana, limpar com água.
As vacinas a serem aplicadas dependem do programa de vacinação da granja.
O controle de endo e ectoparasitos deve ser realizado periodicamente e, em casos de granjas com problemas, antes de as fêmeas serem transferidas para a maternidade.
Sete a dez dias antes da data prevista para o parto, as fêmeas devem ser transferidas para a maternidade, depois de terem sido lavadas.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 97
Ano: 1998
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Seguir rigorosamente as orientações de manejo da fêmea desde a cobertura até o final da gestação.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 101
Ano: 1998
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Retirar as fezes e a parte úmida da cama dos leitões. A lavagem da cela com água e sua posterior desinfecção são recomendadas, principalmente em casos de diarreia dos leitões. A solução desinfetante deve ser de baixa toxicidade e não irritante, e aplicada com pulverizador. Depois que o ambiente estiver seco, coloca-se a cama nova antes de soltar os leitões que devem estar em caixa com fonte de calor ou no escamoteador, para não serem molhados.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 103
Ano: 1998
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Nas criações modernas, evita-se, em geral, o uso de cama para a matriz, colocando-se apenas uma cama de maravalha ou similar no escamoteador (caixa) para os leitões.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 104
Ano: 1998
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Matrizes com oito leitões ou mais devem receber ração à vontade, no mínimo 5,5 kg de ração por dia. Matrizes com menos de oito leitões devem receber diariamente 2,5 kg de ração mais 400 g por leitão em aleitamento. A água deve ser limpa, fresca e à vontade.
Deve-se dispor de escamoteador com cama seca e fonte de calor com temperatura controlada entre 28 °C e 30 °C. Matrizes com sintomas de mastite (inflamação das tetas) ou corrimento vaginal purulento devem ser tratadas segundo a orientação veterinária. Matrizes com fezes duras ou ressecadas devem receber uma colher (de sopa) de sal amargo na ração durante três dias. É recomendável aumentar o teor de fibra da ração, fornecendo-se alfafa ou pasto verde em suplementação à ração diária.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 105
Ano: 1998
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O colostro possui alto teor de proteína (acima de 18%) cuja composição contém 50% de globulinas, em especial gamaglobulinas, que atuam protegendo passivamente o leitão recém-nascido contra diversos patógenos presentes na maternidade e que agem sobre os sistemas respiratório e digestivo.
A fração das gamaglobulinas, que tem como origem principal o plasma sanguíneo da mãe, é composta por três grupos de imunoglobulinas (Ig), das quais duas – a IgM e a IgQ – só conseguem atravessar a parede intestinal nas primeiras horas de vida do leitão, proporcionando-lhe, assim, proteção contra infecções por patógenos específicos presentes na maternidade, num processo chamado de imunização passiva.
Para que esse processo seja desenvolvido de forma satisfatória, é necessário que a ingestão ocorra durante as primeiras dez horas, no máximo, após o nascimento. Há dois motivos que tornam o fator tempo importante:
- A concentração de gamaglobulina no colostro diminui rapidamente em função da maior produção de leite.
- A capacidade de as imunoglobulinas atravessarem o intestino é rapidamente reduzida devido à menor permeabilidade da parede intestinal. Doze horas após o nascimento, apenas 10% das gamaglobulinas ingeridas são absorvidas integralmente.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 108
Ano: 1998
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Fica a critério do produtor, desde que as fêmeas apresentem as seguintes características:
- Pesar no mínimo 90 kg aos 150 dias de idade.
- Nascer numa leitegada numerosa.
- Possuir pelo menos sete pares ou quatorze tetas funcionais, bem distribuídas e de bom tamanho.
- Não ter irmãos com defeitos de nascença.
- Ter vulva de tamanho proporcional à idade.
- Apresentar boa sustentação (bom aprumo).
- Não apresentar desvios na coluna.
- Ter bom comprimento e profundidade.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 110
Ano: 1998
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Se não houver acasalamento (cobertura), o cio repete-se de forma cíclica a cada 21 dias na maioria das fêmeas, podendo variar de 17 a 25 dias.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 113
Ano: 1998
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Para determinar o momento da realização da primeira cobertura deve-se conhecer o material genético com que se está trabalhando. A leitoa não deve ser coberta no primeiro cio nem antes dos 110 kg, devendo ter uma espessura de toucinho de no mínimo 16 mm a 18 mm.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 117
Ano: 1998
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A fêmea apresenta alterações no comportamento e modificações no organismo, em períodos diferenciados:
Pró-estro
Alterações no comportamento, de dois a quatro dias, em média, antes do início do cio:
- Vulva inchada e avermelhada, mais visível nas leitoas e em animais das raças brancas.
- Secreção vulvar com consistência de muco aquoso.
- Nervosismo, redução do apetite.
- Salta sobre as companheiras, mas não aceita o salto das outras.
- Procura o macho, mas não permite a cobertura.
Estro ou cio
- Imobilidade, membros posteriores afastados, cabeça baixa, movimento de elevação das orelhas.
- Aceitação do salto e da cópula.
- Tolerância à pressão do criador sobre o lombo e os flancos.
Pós-estro
Volta à normalização: a fêmea recupera o apetite e as atividades normais, mas não tolera a monta do macho ou a pressão lombar.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 116
Ano: 1998
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Média de dez desmamados por parto ou um total de 21 desmamados por matriz/ano para cada fêmea mantida no rebanho. O ideal é procurar obter 22 desmamados e 21 terminados por matriz/ano.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 121
Ano: 1998
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Deve ser limpo e ter espaço suficiente para a movimentação e correto posicionamento do macho e da fêmea. O piso não deve ser escorregadio a fim de evitar acidentes durante a monta, que deve ser realizada na baia do cachaço. É importante que o macho esteja familiarizado com o local.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 131
Ano: 1998
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- Estímulo às fêmeas a entrar em cio.
- Reconhecimento das fêmeas em cio.
- Desencadeamento do reflexo de tolerância.
- Realização da cobertura.
- Fornecimento, com frequência regular, de quantidade suficiente de esperma que possa assegurar bom índice de concepção.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 124
Ano: 1998
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Cachaços jovens, a partir dos sete meses, podem realizar duas coberturas semanais. Animais adultos, a partir dos 12 meses de idade, podem realizar até seis coberturas semanais, com intervalos regulares.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 132
Ano: 1998
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A utilização de sêmen fresco (sem ter passado por qualquer processo de conservação), em geral é feita sem diluição e imediatamente após ter sido colhido. É possível manter o sêmen a 37 °C ou à temperatura ambiente por duas ou três horas, no máximo, antes de sua aplicação. A inseminação com um ejaculado de sêmen fresco permite inseminar três fêmeas, no máximo, sendo um recurso utilizado em situações em que o número de machos é insuficiente para a quantidade de fêmeas em cio, em dado momento. No entanto, esse método não é o mais recomendado.
A técnica mais viável do ponto de vista biológico e econômico é a inseminação com sêmen resfriado, que vem crescendo em importância no país. O sêmen é armazenado à temperatura de +15 °C a +18 °C.Na preparação do esperma refrigerado, é necessário utilizar a taxa de diluição apropriada, um diluente adequado e empregar velocidade lenta de resfriamento, a fim de não alterar a fertilidade.
Os diluentes de sêmen contêm tampões e nutrientes para as células espermáticas. Os tampões controlam as mudanças eventuais no pH e os nutrientes são utilizados pelos espermatozoides. A adição de antibióticos no diluidor, para controlar uma eventual proliferação bacteriana, também é prática nos centros de inseminação artificial suína. A tecnologia de resfriamento de sêmen permite fracionar um ejaculado suíno em dez ou 15 doses, cada uma com 3 bilhões de espermatozoides. Os resultados das taxas de parição e de leitões nascidos vivos são similares aos da monta natural.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 138
Ano: 1998
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A técnica de congelamento de sêmen de cachaço é mais complexa que a refrigeração devendo a dose conter maior número de espermatozoides. Os resultados de fertilidade alcançados até o momento resultam em taxas de parto de 20 a 30% inferiores e tamanho da leitegada de dois a três leitões a menos, quando comparados aos resultados do sêmen resfriado. Esses resultados ainda não justificam sua utilização na rotina da inseminação das granjas. O congelamento de sêmen é realizado com animais de alto valor comercial em que o mais importante é a transferência do material genético e não os níveis ótimos de fertilização e de fecundidade.
Capítulo: Manejo
Número da Pergunta: 139
Ano: 1998