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Sim. A viabilidade do uso de alimentos alternativos na produção de suínos depende dos fatores característicos do alimento (valor nutricional para as diferentes espécies de animais e ciclo de produção) e do valor de venda (maior que o custo de produção do alimento em nível de propriedade). As características fisiológicas dos animais determinam em parte o grau de aproveitamento dos nutrientes do alimento. O valor nutricional também é influenciado pelas características da planta (estágio de maturidade, variedades e época de corte) e pela fertilidade do solo.
A alfafa, embora seja um ingrediente de excelente qualidade, enquanto volumoso, tem limitações em dietas para suínos por seu baixo teor de energia digestível e alto teor de fibra, quando comparada aos grãos que substitui. Ao contrário dos ruminantes, o suíno é monogástrico, não tendo seu aparelho digestivo concentração suficiente de bactérias para digerir a celulose e a lignina e usar a energia desses componentes fibrosos. Embora baixa, a capacidade de digestão do suíno aumenta com a idade. Dessa forma, a alfafa é preferencialmente recomendada para matrizes em gestação.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 240
Ano: 1998
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A algaroba destaca-se, na região Semiárida, como fonte alternativa na alimentação de suínos, por sua produtividade e pelo valor nutritivo da vagem. A farinha de vagem de algaroba possui valores de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) de 2.300 kcal e 2.180 kcal por quilo de matéria seca. Valores de 3.100kcal/kg e 2.430 kcal/kg no alimento para ED e EM, respectivamente, também já foram determinados. A variabilidade nos resultados está relacionada principalmente ao teor de fibra bruta (FB) no alimento.
Os teores médios de proteína bruta e FB correspondem a 8,5% e 17% respectivamente, no alimento com 90% de matéria seca.
A inclusão de até 30% de farelo de vagem de algaroba em dietas isoprotéicas (de mesmo nível proteico) e isoenergéticas (de mesmo nível energético) para leitões a partir de 16,5 kg resultou em desempenho semelhante a dietas com milho.
Para suínos em crescimento, terminação, fêmeas de reposição e matrizes em gestação, inúmeras pesquisas demonstraram que níveis de até 30% nas dietas não alteram o desempenho em comparação a uma dieta-padrão de milho e farelo de soja. Nessas pesquisas, as dietas sempre foram mantidas isoenergéticas e isoproteicas. A adição de farelo de vagem de algaroba nas dietas produz redução linear no custo das rações para suínos, sendo viável econômica e tecnicamente, nas condições do Semiárido nordestino.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 245
Ano: 1998
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Existem dois tipos de cevada: com casca e sem casca. A diferença na concentração de energia metabolizável é grande e deve ser levada em consideração no balanceamento da ração. Existe, igualmente, grande diferença na digestibilidade da matéria orgânica, como mostra a tabela a seguir.
Concentração nutricional da cevada com e sem casca
Parâmetro Cevada Com casca Sem casca Matéria seca (%) 87,0 87,0 Digestibilidade da matéria orgânica (%) 82 92 Fibra bruta (%) 5,9 2,2 Proteína bruta (%) 10,4 11,8 Energia metabolizável (kcal/kg) 2.930 3.250 Lisina (%) 0,36 0,39 Metionina+Cistina (%) 0,36 0,47 Cálcio (%) 0,08 0,08 Fósforo (%) 0,34 0,34 Inclusão da cevada na dieta de suínos de acordo com as diversas fases
Fase Limite de inclusão da cevada (%) Com casca Sem casca Pré-inicial _ 18,0 Inicial 10,0 18,0 Crescimento Livre Livre Terminação Livre Livre Reposição Livre Livre Gestação Livre Livre Lactação Livre Livre A inclusão em rações balanceadas só deve ser feita depois de moído o grão de cevada. A moagem é necessária para possibilitar a digestão dos nutrientes presentes nos grãos.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 246
Ano: 1998
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O aguapé (Eichoornia crassipes) cresce nas regiões entre a latitude 32°N e 32°S, em lagoas de tratamento final dos refluxos orgânicos, produzindo grande volume de matéria verde.
De acordo com as análises feitas no laboratório de nutrição animal da Embrapa Suínos e Aves, a farinha-de-feno de aguapé obtida pela secagem e moagem da planta apresenta a seguinte composição nutricional média: 89,5% de matéria seca, 16,1% de proteína bruta, 19,9% de fibra bruta, 16,41% de cinza, 1,31% de cálcio e 0,61% de fósforo. Esse produto ainda pode apresentar alto conteúdo de ferro, sódio e potássio, dependendo do local onde é cultivado e da quantidade de solo que permanece na raiz por ocasião da colheita.
Em função do alto conteúdo de cinzas e de fibra bruta, a farinha de feno de aguapé apresenta baixo conteúdo de energia. De acordo com determinações feitas na Embrapa Suínos e Aves, a farinha de feno de aguapé contém 1.122 kcal de energia digestível e 1.067 kcal de energia metabolizável por quilo.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 251
Ano: 1998