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A algaroba destaca-se, na região Semiárida, como fonte alternativa na alimentação de suínos, por sua produtividade e pelo valor nutritivo da vagem. A farinha de vagem de algaroba possui valores de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) de 2.300 kcal e 2.180 kcal por quilo de matéria seca. Valores de 3.100kcal/kg e 2.430 kcal/kg no alimento para ED e EM, respectivamente, também já foram determinados. A variabilidade nos resultados está relacionada principalmente ao teor de fibra bruta (FB) no alimento.
Os teores médios de proteína bruta e FB correspondem a 8,5% e 17% respectivamente, no alimento com 90% de matéria seca.
A inclusão de até 30% de farelo de vagem de algaroba em dietas isoprotéicas (de mesmo nível proteico) e isoenergéticas (de mesmo nível energético) para leitões a partir de 16,5 kg resultou em desempenho semelhante a dietas com milho.
Para suínos em crescimento, terminação, fêmeas de reposição e matrizes em gestação, inúmeras pesquisas demonstraram que níveis de até 30% nas dietas não alteram o desempenho em comparação a uma dieta-padrão de milho e farelo de soja. Nessas pesquisas, as dietas sempre foram mantidas isoenergéticas e isoproteicas. A adição de farelo de vagem de algaroba nas dietas produz redução linear no custo das rações para suínos, sendo viável econômica e tecnicamente, nas condições do Semiárido nordestino.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 245
Ano: 1998
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As beterrabas possuem um teor de energia metabolizável, quando expresso na base matéria seca, equivalente ao da batata-inglesa, conforme demonstra a tabela a seguir.
Concentração de nutrientes na batata inglesa e beterrabas forrageira e açucareira
Parâmetro Batata-inglesa Beterraba Açucareira Forrageira Matéria seca (%) 21,9 23,2 14,6 Digestibilidade da matéria orgânica (%) 89 91 92 Fibra bruta (%) 0,6 1.2 0,8 Proteína bruta (%) 2,0 1,3 1,2 Energia metabolizável (kcal/kg) 636 722 456 Lisina (%) 0,11 0,06 0,04 Metionina+Cistina (%) 0,06 0,05 0,01 Cálcio (%) 0,01 0,05 0,04 Fósforo (%) 0,05 0,04 0,03 Sódio (%) 0,01 0,02 0,06 O fator limitante de maior inclusão de beterrabas na alimentação de suínos é seu alto teor de água. A digestibilidade da matéria orgânica nas beterrabas situa-se ao redor de 90% e grande parte dos carboidratos é composta de pectina, de difícil aproveitamento pelo suíno, em comparação com o amido.
O valor biológico da proteína das beterrabas é muito baixo, porque a fração nitrogenada é composta por 50% de amidos e nitratos, sendo assim não proteico metade do nitrogênio, portanto não aproveitável pelo suíno.
Também o teor de cinzas não é favorável para o suíno, porque existe alta concentração de potássio e sódio em detrimento do cálcio e fósforo.
O uso da beterraba forrageira é indicado para suínos acima de 50 kg de peso vivo, não devendo ultrapassar o limite de 7 kg por animal/dia. A substituição deve ser feita de modo a manter o balanço de nutrientes da ração.
A beterraba açucareira, pelo fato de ter os nutrientes muito diluídos pela água que contém, não deve ser fornecida aos leitões e suínos em crescimento. É adequada para suínos em terminação (4 kg ao dia), matrizes em gestação (10 kg ao dia) e lactação (3 kg ao dia) e reprodutores (6 kg ao dia), desde que as dietas sejam adequadamente balanceadas.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 244
Ano: 1998
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A inclusão da batata crua inibe o consumo, deprime a taxa de crescimento e a eficiência de uso da dieta, e aumenta a exigência diária de proteína suplementar originária de outros alimentos. Isso significa que a batata crua não é recomendada como ração de suínos. Mas pode ser adicionada cozida à ração de qualquer categoria de suíno e em qualquer nível, desde que se mantenha o nível nutricional da dieta. O valor da energia digestível da batata inglesa cozida varia de 3.750 kcal/kg a 3.950 kcal/kg de matéria seca.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 247
Ano: 1998
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O grão de girassol integral tem alta concentração energética e pode substituir os cereais e as fontes de proteína na dieta em proporção aproximada de quatro partes de cereal para uma de fonte proteica e suplementação de lisina. Para o aproveitamento ótimo do girassol recomenda-se que sua inclusão em dietas iniciais não ultrapasse os 15%. Para crescimento e terminação, deve ser limitada a 10%, não devendo ultrapassar os 25% nas dietas de gestação e lactação.
A semente de girassol tem em média 38% de óleo, 17% de proteína bruta e 15% de fibra bruta, mas é pobre em lisina. As dietas que incluem a semente triturada devem ser combinadas com ingredientes que sejam boa fonte de lisina ou ser suplementadas com lisina sintética.
A semente de girassol não apresenta fatores antinutricionais em níveis que prejudiquem o desempenho, porém o alto nível de fibra limita sua inclusão em rações para leitões na fase inicial (dos 6 kg aos 20 kg de peso). Na fase de crescimento e terminação, níveis crescentes de girassol integral proporcionam carcaças com toucinho mole e músculos com a característica PSE (carne pálida, mole e exsudativa) devido ao alto teor de óleo (ácido linoleico) presente no grão. A adição de mais de 10% de semente à dieta de terminação diminui a consistência e a firmeza proporcionando carcaças menos aceitáveis para procedimentos normais de processamento e reduzindo o tempo de prateleira dos cortes de carne.
A inclusão de 25%, no máximo, de grão de girassol no terço final da gestação é desejável se o objetivo é aumentar a densidade energética da ração e, ao mesmo tempo, o teor de fibra.
Capítulo: Alimentos Alternativos
Número da Pergunta: 250
Ano: 1998