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  • A batata-doce pode ser utilizada de várias formas na alimentação de suínos. A batata crua contém, em média, 26% de ma­téria seca (22% a 32%), 1,5% de proteína e 750 kcal EM/kg. O fornecimento aos suínos pode ser feito à vontade, suplementando-se com concentrado contendo 22% de proteína bruta, 1,15% de lisina, 0,85% de cálcio e 0,70% de fósforo total, na quantidade de 1,35 kg/dia, dos 25 kg aos 55 kg de peso vivo e 1,90 kg/dia, dos 55 kg de peso vivo até o abate.

    O fornecimento tanto de batata-doce cozida como de silagem de batata-doce pode ser semelhante ao de batata crua.

    A raspa de batata-doce pode ser obtida picando-se as batatas em pe­quenos pedaços e secando-os ao sol ou em estufa de ar forçado. Esse produ­to apresenta aproximadamente 89% de matéria seca, 6,41% de proteína bruta, 2.560 kcal de energia metabolizável por kg, 0,08% de cálcio e 0,15% de fósforo. Quando a dieta for suplementada com óleo para corrigir o nível de energia e for adequadamente balanceada em relação aos níveis exigi­dos de aminoácidos, a raspa de batata-doce pode substituir integralmente o milho da dieta para suínos a partir de 15 kg de peso vivo até o abate. Quan­do não é feita a suplementação com óleo, a inclusão da raspa de batata-doce reduz o desempenho por causa de seu baixo teor de energia em rela­ção ao milho.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 217

    Ano: 1998

  • A silagem é obtida picando-se a mandioca em pedaços pequenos an­tes da armazenagem no silo. Em 30 dias a silagem fica pronta e pode ser conservada por mais de um ano. É uma boa opção para regiões úmidas, onde não é possível secar a mandioca ao sol. Sua composição é semelhan­te à da raiz da mandioca fresca, apenas com teor de matéria seca um pouco mais elevado. O fornecimento de concentrado e de silagem é o mesmo que o recomendado para a raiz de mandioca fresca.

    Os níveis de vitaminas e minerais no concentrado para crescimento e terminação devem ser 100% superiores aos de uma ração normal. Para matrizes em gestação, esses níveis devem ser três vezes superiores.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 223

    Ano: 1998

  • A raspa residual de mandioca é obtida a partir da extração do amido em nível de indústria ou por peneiragem na fabricação da farinha de mesa. Apresenta alto teor de fibra (em média 12%) e de matéria mineral (6,63%), sendo baixo, por isso, seu teor de energia.

    Não deve ser utilizada para suínos em crescimento, pois reduz seu desempenho mesmo em níveis baixos de inclusão. Para suínos em termi­nação, pode ser incluída em até 30% da dieta, desde que se suplemente com gordura para manter nível adequado de energia.

    Quanto à formulação das rações, as recomendações são as mesmas indicadas para a raspa integral.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 224

    Ano: 1998

  • A farinha da parte aérea da mandioca pode ser adicionada à ração em até 25% da dieta de suínos em crescimento e terminação, e em até 30% da dieta de matrizes em gestação. Essas dietas, porém, devem ser suplementadas com óleo a fim de manter níveis adequados de energia e com metionina que auxilia na detoxificação dos resíduos tóxicos que per­manecem nessa farinha.

    Para matrizes em gestação, pode-se aumentar a quantidade de ração fornecida em vez de suplementar a dieta com óleo. Assim, uma dieta de gestação com 20% de farinha da parte aérea da mandioca, sem adição de óleo, tem 3.087 kcal de energia digestível. Com 30% de farinha da parte aérea, o nível de energia cai para 2.971 kcal de energia digestível por quilo da dieta. Por isso, em vez de fornecer 2 kg de ração/matriz/dia, deve-se fornecer 2,160 kg e 2,250 kg (8,0% e 12,5% a mais), respectivamente, das ra­ções com 20% e com 30% de farinha da parte aérea. Nesse caso, os níveis de proteína, cálcio e fósforo devem ser reduzidos na mesma proporção em cada dieta, respectivamente.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 226

    Ano: 1998

  • Os suínos têm necessidades definidas de vários nutrientes: carboidratos ou gorduras como fonte de energia, proteína/aminoácidos, vitaminas e mi­nerais. Os três alimentos citados na pergunta podem suprir parte considerável da energia da dieta e pequena parte das proteínas, vitaminas e minerais, não constituindo, assim, alimento completo para suínos. Para que se torne completo, é necessário adicionar uma fonte de proteína (farelo de soja, grão de soja integral, farelo de canola, grão de guandu cozido) e as fontes de vitaminas e minerais necessárias (premix, fosfato, calcário calcítico, sal) ou núcleo (de vitaminas e minerais). Outra opção é utilizar um concentrado comercial, que pode suprir a proteína, vitaminas e minerais.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 228

    Ano: 1998

  • Fig_pag115.jpg

    A farinha de bolacha, assim como outros descartes de padaria são excelen­te fonte de energia para suínos. Podem substituir 100% do milho para suínos em qualquer fase. Em média, esses produtos contêm de 9,0% a 9,5% de proteína bruta, 11,0% a 13,0% de gordura (extrato etéreo), máximo de 1,0% a 1,5% de fibra e 3,5% de cinzas. Entretanto, como sua composição é variável, é importante submeter o produto a análises de laboratório a fim de determinar o teor de proteína bruta, extrato etéreo, matéria mineral, cálcio e fósforo.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 230

    Ano: 1998

  • O conteúdo de nutrientes das folhas de leucena (Leucaena leucocephala) é muito variável conforme a variedade, o grau de maturação e o processamento utilizado. Por isso, é importante a análise de laboratório, principalmente quanto ao teor de fibra bruta e proteína, antes de utilizá-la nas formulações. A farinha de folhas de leucena é rica em vitamina A (caroteno), cálcio, potássio e proteína. As proporções de aminoácidos são bem balanceadas e a proteína é de alta qualidade. Com o amadurecimento da planta, aumenta muito o conteúdo de lignina.

    A composição média da farinha de folhas de leucena é a seguinte: 29% de proteína bruta, 4,3% de extrato etéreo (gordura), 18,2% de fibra bruta, 2,36% de cálcio, 0,25% de fósforo total e aproximadamente 2.550 kcal de energia digestível por quilo.

    Sendo um ingrediente rico em proteína, a farinha de folhas de leucena substitui parte do farelo de soja da dieta. O conteúdo médio de aminoácidos é o seguinte: 1,58% arginina, 0,59% histidina, 1,52% isoleucina, 2,28% leucina, 1,67% lisina, 0,49% metionina, 0,19% cistina, 1,49% fenilalanina, 1,21% tirosina, 1,25% treonina, 0,35% triptofano, 1,42% valina e 1,68% mimosina.

    As folhas de leucena apresentam muitos fatores antinutricionais como: mimosina, taninos, saponinas, procianidinas, além de outros. Essas substân­cias causam redução do crescimento, perda de apetite, bócio, queda ou arrepiamento dos pelos, salivação excessiva, descoordenação do passo, falha reprodutiva, erupções na pele e redução da digestibilidade.

    Por esse motivo não é recomendado fornecer as folhas verdes ou murchas para os suínos. Deve-se fornecê-las na forma de farinha de folhas.

    A toxidez pode ser parcialmente eliminada através da secagem ao sol ou em fornos (aquecimento máximo de 70 °C). A suplementação com sulfato ferroso (0,25%) ou sulfato de alumínio também reduz a toxidez, pois o ferro e o alumínio atuam impedindo a absorção da mimosina.

    Para o fornecimento das sementes, deve-se fervê-las previamente em álcali por 30 minutos, o que reduz em mais de 70% o conteúdo de tanino.

    A farinha de folhas de leucena pode ser incluída em até 5% da dieta de leitões de até 25 kg de peso vivo e até 15% da dieta de suínos em cres­cimento e terminação. Para fêmeas de reprodução, só pode ser fornecida até duas a quatro semanas antes da cobertura. Caso contrário, pode causar redução na taxa de concepção, redução no tamanho e peso da leitegada, aumento da mortalidade embrionária ou fetal.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 229

    Ano: 1998

  • A composição da semente de milheto (Penisetum americanum, Schum) é a seguinte: 3.250 kcal de energia digestível, 12,20% de proteína bruta, 6,4% de fibra bruta, 0,05% de cálcio, 0,28% de fósforo, 0,40% de lisina, 0,35% de metionina + cistina e 0,1 5% de triptofano.

    Seu conteúdo de energia, devido ao alto teor de fibra, é inferior ao conteúdo de energia do milho. Isso limita sua utilização na alimentação de suínos. No entanto, quando se utilizam ingredientes com alto nível de ener­gia como a soja integral tostada ou extrusada, óleo bruto de soja ou gordura animal para equilibrar o nível de energia da dieta, a semente de milheto pode ser utilizada sem limite na ração dos suínos em qualquer fase. Porém, quando não é utilizado nenhum ingrediente de alta energia para equilibrar o nível de energia da dieta, a utilização da semente de milheto reduz o desempenho dos suínos, sendo essa redução tanto maior quanto maior for o nível de utilização do milheto.

    No caso de matrizes em gestação, não é necessário suplementar com ingredientes de alta energia, mas deve-se aumentar a quantidade de ração diária a fim de garantir o consumo mínimo de energia de que necessitam.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 231

    Ano: 1998

  • O soro de leite integral pode ser fornecido aos suínos nas diferentes fases, misturado à ração, nas quantidades indicadas nas tabelas abaixo e de acordo com o peso vivo do suíno.

    Proporções diárias de ração (kg) e soro de leite integral (litros) para suínos em crescimento e terminação

    Peso vivo suíno (kg) 100% ração 80% ração/20% soro 70% ração/30% soro
    ração soro ração soro
    25-35(1) 1,50 1,20 4 1,05 7
    35-45(1) 1,90 1,50 6 1,35 8
    45-55(1) 2,20 1,75 7 1,55 10
    55-65(2) 2,60 2,10 8 1,80 12
    65-75(2) 2,90 2,30 9 2,05 13
    75-85(2) 3,20 2,55 10 2,25 14
    85-95(2) 3,50 2,80 11 2,45 15

    (1) Número de dias de fornecimento: 15

    (2) Número de dias de fornecimento: 12

    Até 55 kg de peso vivo, a ração fornecida com soro deve conter no mínimo 15% de proteína, 0,82% de lisina, 0,70% de cálcio e 0,60% de fós­foro total. Dos 55 kg de peso vivo até o abate, a ração deve conter 13% de proteína, 0,60% de lisina, 0,60% de cálcio e 0,50% de fósforo total.

    O premix de vitaminas e microminerais deve ser aumentado na mesma proporção da substituição da ração por soro. Por exemplo, se o soro substitui 30% da dieta, o premix deve ser aumentado em 30%.

    Proporções diárias de ração (kg) e soro de leite integral (litros) para matrizes em gestação

    Dias de gestação 100% ração 75% ração/25% soro 50% ração/50% soro
    ração soro ração soro
    1-90 2,00 1,50 7 1,00 14
    91-105 2,50 1,90 9 1,25 18
    106 2,50 2,00 7 1,50 14
    107 2,50 2,10 6 1,75 11
    108 2,50 2,20 4 2,00 7
    109 2,50 2,30 3 2,25 4
    110-114 2,50 2,40 2 2,40 2

    A ração fornecida com soro até o 105° dia de gestação deve conter 12% de proteína, 0,43% de lisina, 1,0% de cálcio e 0,80% de fósforo total. Do 106° dia até o parto, deve ser fornecida ração com 13% de proteína, 0,47% de lisina, 0,75% de cálcio e 0,60% de fósforo.

    O premix de vitaminas e microminerais deve ser aumentado na mes­ma proporção da substituição da ração por soro de leite, como indicado para animais em crescimento e terminação.

    Outra forma de fornecimento é dar ambos, ração e soro, à vontade, em comedouros separados.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 234

    Ano: 1998

  • Sim, em determinadas regiões. É um alimento altamente digestível e por isso apresenta valor nutricional superior ao do milho seco. Porém, al­guns cuidados, devem ser tomados tanto durante sua produção como du­rante sua utilização:

    • A compactação deve ser bem feita a fim de garantir boa fermenta­ção e evitar a deterioração do produto durante a armazenagem.
    • A silagem e o concentrado devem ser misturados diariamente e não de um dia para o outro.
    • Não se deve utilizar a silagem exposta ao ambiente de um dia para outro.

    As vantagens da silagem de grão de milho em relação ao milho colhi­do seco são as seguintes:

    • Geralmente, o custo de produção da silagem é menor, considerando-se os gastos com secagem, transporte, armazenagem e descontos do milho seco.
    • A perda na armazenagem é menor, pois evita o ataque de ratos, carunchos e o desenvolvimento de micotoxinas.
    • A digestibilidade da silagem de grão de milho é superior à digestibilidade do milho seco.
    • Libera mais cedo a área para o cultivo de outras culturas.

    Composição nutricional da silagem de grão de milho

    Matéria seca (%) 65,43
    Proteína bruta (%) 6,22
    Energia digestível (kcal/kg) 2.854
    Cálcio (%) 0,01
    Fósforo total (%) 0,17
    Lisina (%) 0,37

    O consumo de ração com silagem de grão de milho deve ser superior ao de ração com milho seco, por conta de seu maior teor de umidade, devendo este maior consumo ser levado em consideração ao se fazer a mistura.

    Essas informações, excetuando-se os valores da composição nutri­cional, são válidas também para a silagem de grãos de triticale.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 237

    Ano: 1998

  • Embora o feno de confrei tenha teor elevado de proteína bruta, a digestibilidade geral dos nutrientes não é elevada. A concentração é muito baixa e em geral a energia metabolizável para suínos corresponde à meta­de daquela do farelo de arroz integral.

    Valores dos nutrientes do confrei

    Parâmetro Feno de confrei
    Matéria seca (%) 88,2
    Energia digestível (kcal/kg) 1.809
    Energia metabolizável (kcal/kg) 1.781
    Proteína bruta (%) 21,48
    Extrato etéreo (%) 1,06
    Fibra bruta (%) 9,54
    Matéria mineral (%) 20,30
    Cálcio (%) 1,55
    Fósforo total (%) 0,64
    Cobre (mg/kg) 22,3
    Ferro (mg/kg) 1.363,4
    Manganês (mg/kg) 216,3
    Zinco (mg/kg) 103,1

    A inclusão do feno de confrei em dietas para suínos, na recria, não é recomendável por causa de seu elevado teor de matéria seca não digestível, o que reduz substancialmente o teor de energia metabolizável neste ali­mento. Pode ser adicionado à dieta de suínos em crescimento e terminação desde que se mantenha o equilíbrio nutricional. Níveis acima de 15% nas rações exigem alta inclusão de outros alimentos altamente energéticos, o que pode inviabilizar seu uso prático. Adição às rações superior a 10% resulta em piora acentuada na conversão alimentar. Sua inclusão em ra­ções para matrizes em lactação não é adequada porque essa categoria animal exige dietas com alta concentração nutricional.

    Existe viabilidade prática de uso do confrei em rações para matrizes em gestação, por ter essa categoria animal grande capacidade ingestiva e exigências nutricionais pouco elevadas. A quantidade de ração a ser fornecida diariamente, porém, aumenta em função da diluição nutricional. Por isso, atenção especial deve ser dada ao consumo adequado de todos os nutrientes.

    A adição de feno de confrei pode chegar a 60% da matéria seca ingerida pela fêmea em gestação e a quantidade máxima de matéria seca por fêmea em gestação deve ser de 3,5 kg/dia.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 238

    Ano: 1998

  • As pastagens destinadas aos suínos devem ser constituídas de forrageiras tenras e macias. A constituição do aparelho digestivo do suíno não lhe permite aproveitar bem as forragens grosseiras e fibrosas com alto teor de celulose e lignina.

    Os capins grosseiros ou que em seu período vegetativo tardio se tor­nam fibrosos e endurecidos, não devem ser empregados nas pastagens para suínos. Incluem-se, nesse caso, o capim-gordura (Melinis minutiflora), o jaraguá (Hyparhenia rufa), o capim-guiné (Panicum maximum) e o capim-elefante (Penisetum purpureum).

    Para a formação de pastagens é necessário considerar as leguminosas e gramíneas. As leguminosas, por sua riqueza em proteína e minerais, são indicadas como as melhores pastagens para suínos, como por exemplo a alfafa. Nas regiões onde essa leguminosa não oferece facilidades de pastoreio, o suinocultor pode cultivá-la para corte, adicionando-a à ração tanto na forma verde quanto fenada. Nessas regiões, as gramíneas são as forrageiras indicadas para pastoreio por serem fáceis de formar e melhor resistirem ao pisoteio. As pastagens de gramas ou gramíneas de porte redu­zido devem ser preferidas por vários motivos:

    • Cobrem o terreno formando um tapete de proteção contra a erosão, aspecto importante em terrenos declivosos.
    • Conservam as folhas tenras e macias durante todo o período vegetativo.
    • Seu sistema radicular garante maior resistência ao pisoteio.

    Na formação de pastos gramados para suínos, deve-se adotar o crité­rio geral de só utilizá-los depois de bem formados.

    As gramíneas mais aconselháveis são grama-de-burro, capim-bermudas, quiquio (Pennisetum clandestinum), grama-forquilha (Paspalum notatum) e capim-rhodes (Chloris gayana).

    Outras pastagens desenvolvidas recentemente, como as do gênero cynodon, devem ser melhor avaliadas.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 239

    Ano: 1998

  • Sim. A viabilidade do uso de alimentos alternativos na produção de suínos depende dos fatores característicos do alimento (valor nutricional para as diferentes espécies de animais e ciclo de produção) e do valor de venda (maior que o custo de produção do alimento em nível de proprieda­de). As características fisiológicas dos animais determinam em parte o grau de aproveitamento dos nutrientes do alimento. O valor nutricional também é influenciado pelas características da planta (estágio de maturidade, vari­edades e época de corte) e pela fertilidade do solo.

    A alfafa, embora seja um ingrediente de excelente qualidade, enquanto volumoso, tem limitações em dietas para suínos por seu baixo teor de ener­gia digestível e alto teor de fibra, quando comparada aos grãos que substi­tui. Ao contrário dos ruminantes, o suíno é monogástrico, não tendo seu aparelho digestivo concentração suficiente de bactérias para digerir a celu­lose e a lignina e usar a energia desses componentes fibrosos. Embora bai­xa, a capacidade de digestão do suíno aumenta com a idade. Dessa forma, a alfafa é preferencialmente recomendada para matrizes em gestação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 240

    Ano: 1998

  • As beterrabas possuem um teor de energia metabolizável, quando expresso na base matéria seca, equivalente ao da batata-inglesa, conforme demonstra a tabela a seguir.

    Concentração de nutrientes na batata inglesa e beterrabas forrageira e açucareira

    Parâmetro Batata-inglesa Beterraba
    Açucareira Forrageira
    Matéria seca (%) 21,9 23,2 14,6
    Digestibilidade da matéria orgânica (%) 89 91 92
    Fibra bruta (%) 0,6 1.2 0,8
    Proteína bruta (%) 2,0 1,3 1,2
    Energia metabolizável (kcal/kg) 636 722 456
    Lisina (%) 0,11 0,06 0,04
    Metionina+Cistina (%) 0,06 0,05 0,01
    Cálcio (%) 0,01 0,05 0,04
    Fósforo (%) 0,05 0,04 0,03
    Sódio (%) 0,01 0,02 0,06

    O fator limitante de maior inclusão de beterrabas na alimentação de suínos é seu alto teor de água. A digestibilidade da matéria orgânica nas beterrabas situa-se ao redor de 90% e grande parte dos carboidratos é composta de pectina, de difícil aproveitamento pelo suíno, em comparação com o amido.

    O valor biológico da proteína das beterrabas é muito baixo, porque a fração nitrogenada é composta por 50% de amidos e nitratos, sendo assim não proteico metade do nitrogênio, portanto não aproveitável pelo suíno.

    Também o teor de cinzas não é favorável para o suíno, porque existe alta concentração de potássio e sódio em detrimento do cálcio e fósforo.

    O uso da beterraba forrageira é indicado para suínos acima de 50 kg de peso vivo, não devendo ultrapassar o limite de 7 kg por animal/dia. A substituição deve ser feita de modo a manter o balanço de nutrientes da ração.

    A beterraba açucareira, pelo fato de ter os nutrientes muito diluídos pela água que contém, não deve ser fornecida aos leitões e suínos em crescimento. É adequada para suínos em terminação (4 kg ao dia), matrizes em gestação (10 kg ao dia) e lactação (3 kg ao dia) e reprodutores (6 kg ao dia), desde que as dietas sejam adequadamente balanceadas.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 244

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de cevada: com casca e sem casca. A diferença na concentração de energia metabolizável é grande e deve ser levada em consideração no balanceamento da ração. Existe, igualmente, grande di­ferença na digestibilidade da matéria orgânica, como mostra a tabela a seguir.

    Concentração nutricional da cevada com e sem casca

    Parâmetro Cevada
    Com casca Sem casca
    Matéria seca (%) 87,0 87,0
    Digestibilidade da matéria orgânica (%) 82 92
    Fibra bruta (%) 5,9 2,2
    Proteína bruta (%) 10,4 11,8
    Energia metabolizável (kcal/kg) 2.930 3.250
    Lisina (%) 0,36 0,39
    Metionina+Cistina (%) 0,36 0,47
    Cálcio (%) 0,08 0,08
    Fósforo (%) 0,34 0,34

    Inclusão da cevada na dieta de suínos de acordo com as diversas fases

    Fase Limite de inclusão da cevada (%)
    Com casca Sem casca
    Pré-inicial _ 18,0
    Inicial 10,0 18,0
    Crescimento Livre Livre
    Terminação Livre Livre
    Reposição Livre Livre
    Gestação Livre Livre
    Lactação Livre Livre

    A inclusão em rações balanceadas só deve ser feita depois de moído o grão de cevada. A moagem é necessária para possibilitar a digestão dos nutrientes presentes nos grãos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 246

    Ano: 1998

  • A inclusão da batata crua inibe o con­sumo, deprime a taxa de crescimento e a eficiência de uso da dieta, e aumenta a exi­gência diária de proteína suplementar ori­ginária de outros alimentos. Isso significa que a batata crua não é recomendada como ração de suínos. Mas pode ser adicionada cozida à ração de qualquer categoria de suíno e em qualquer nível, desde que se mantenha o nível nutricional da dieta. O valor da energia digestível da batata inglesa cozida varia de 3.750 kcal/kg a 3.950 kcal/kg de matéria seca.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 247

    Ano: 1998

  • O resíduo de cervejaria apresenta composição variável, pois depende dos cereais empregados no preparo da cerveja e de sua composição. A composi­ção química aproximada do resíduo de cervejaria, em valores expressos na base da matéria natural (15,95% de matéria seca), é a seguinte:

    Componentes Análise
    Proteína bruta (%) 4,45
    Fibra bruta (%) 5,55
    Extrato etéreo (gordura) (%) 0,94
    Cinza (%) 4,09
    Cálcio (%) 0,04
    Fósforo (%) 0,09
    Energia digestível (suínos) (kcal/kg) 809
    Energia metabolizável (suínos) (kcal/kg) 787

    A seguir, são apresentadas duas sugestões de fórmulas de ração com resíduo de cervejaria. O ideal, porém, é procurar um técnico para fazer a análise do material de que se dispõe, de modo a garantir uma formulação mais adequada e econômica.

    Ingrediente (kg) Crescimento Terminação
    Milho 65,20 69,70
    Farelo de soja 29,00 25,50
    Calcário 2,70 2,40
    Fosfato bicálcico 2,80 2,10
    Núcleo com vitaminas e minerais 0,30 0,30
    Total 100,00 100,00
    Quantidade de resíduo de cervejaria 2 kg de resíduo para
    1 kg de ração
    2 kg de resíduo para
    1 kg de ração

    O consumo mínimo de ração seca por animal/dia deve ser de 1,8 kg na fase de crescimento e de 2,3 kg na fase de terminação. Com esses níveis de consumo de ração seca, o consumo de resíduo de cervejaria é livre.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 248

    Ano: 1998

  • O reservatório deve ser dimensionado para estocar água por um perí­odo de cinco dias, com base na seguinte equação:

    CR = (0,48 STA + F + M) x 0,075

    Em que: CR = capacidade do reservatório, em m3;

    STA = número de suínos terminados por ano;

    F = número de fêmeas do rebanho;

    M = número de machos do rebanho.

    Por exemplo, para um sistema de produção de 24 matrizes com um macho e estimando-se 504 suínos terminados por ano, teremos:

    CR = (0,48 x STA + F + M ) x 0,075

    CR = (0,48 x 504 + 24 + 1) x 0,075

    CR = 20,02 m3

    Ou seja, deve-se projetar o reservatório com capacidade para 20 m3 de água.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 265

    Ano: 1998

  • A matriz em lactação é a categoria de suíno que mais necessita de água para ter uma produção adequada de leite e manter seu metabolismo fisiológico em condições ótimas. A água é importante para os suínos, em especial para as matrizes em lactação, por estar envolvida em várias fun­ções fisiológicas necessárias à máxima produção. Entre essas funções estão a regulação da temperatura corporal, o transporte de nutrientes, a excreção de metabólitos, a atuação nos processos metabólicos, a lubrificação e a produção de leite.

    Os suínos obtêm água de três fontes:

    • A água ingerida.
    • A água contida nos alimentos.
    • A água metabólica, originada via catabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas.

    As perdas de água pela matriz em lactação ocorrem de cinco maneiras:

    • Pela respiração.
    • Pela evaporação através da pele.
    • Pelas fezes.
    • Pela urina, através dos rins.
    • Pelo leite, através da glândula mamária.

    Após o parto, a matriz entra em estado de catabolismo metabólico, provocado pela demanda de nutrientes para a síntese do leite. Nesse estado fisiológico, a necessidade de excreção de ureia, originada da degradação de proteínas usadas para fins energéticos, provoca um aumento na exigên­cia em água para permitir a concentração adequada de urina.

    Em situações normais, quanto maior o número de leitões maior é a produção de leite e dessa forma maior é a exigência em nutrientes e, por­tanto, maior o consumo de ração. Para todas as categorias de suínos, existe proporcionalidade entre ingestão de matéria seca e a necessidade de água pelo organismo.

    Em ambiente normal (22 °C), a matriz em lactação precisa de 15 litros de água mais 1,5 litros para cada leitão que amamenta. Dessa forma, a matriz com dez leitões tem uma exigência estimada de 30 litros de água em ambiente termoneutro.

    Em ambiente quente (35 °C), a exigência estimada é de 25 litros mais 1,8 litros para cada leitão que amamenta. Nesse caso, a exigência estima­da para uma matriz com dez leitões é de 43 litros de água ao dia.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 266

    Ano: 1998

  • Fig_pag142.jpg

    Os desperdícios podem ter origem ou no sistema de distribuição de água ou no manejo da limpeza.

    Os erros mais comuns no sistema de distribuição estão no dimen­sionamento, na seleção e posicionamento dos equipamentos. O mo­delo,a quantidade e o posicionamento dos bebedouros (altura e ângulo) devem ser adequados para cada categoria de suíno. A altura e o ângulo de posicionamento dos bebedouros dependem do tipo utilizado e do tamanho dos animais.

    Os bebedouros tipo chupeta devem apresentar um ângulo de 50 graus e estar 15 cm a 20 cm mais elevados que a altura do lombo do animal. Para os suínos em crescimento e terminação, esses bebedouros devem ter dispositi­vo de ajuste da altura.

    Os bebedouros tipo taça devem ter altura adequada que evite a con­taminação da água pelas fezes. Para leitões lactentes, a altura reco­menda­da é de 5 cm e, na creche, a altura ideal é de 15 cm. Para matrizes em lactação, a altura ideal é de 45 cm.

    O desperdício de água via sistema de limpeza é muito comum pois, em geral, as mangueiras de lavagem permitem vazões extremamente altas. O importante é que a vazão seja baixa e a pressão alta para maior eficiên­cia na operação de limpeza. A demanda de água para limpeza varia de 2 a 6 litros ao dia, por animal em terminação e por matriz.

    Nos sistemas de limpeza, é preferível usar aparelhos lava-jato que trabalham com pressão de 80 a 140 Bar e fornecem vazão de 15 a 18 litros por minuto (720 a 1.080 litros/hora). Os aparelhos modernos são reguláveis na pressão e na limpeza de material sensível (comedouros automáticos ), devendo ser usada pressão de 20 Bar, de que resulta um gasto de 6 litros/ minuto. O tipo de bico para a aspersão também varia conforme o volume de sujeira a ser removido. O jato cônico é recomendado para remover sujeira grossa e o jato tipo leque, com ângulo de aspersão de 15 a 25 graus, é usado para remover sujeira média. Os bicos que proporcionam jato tipo leque, com ângulo de 40 graus, são usados para objetos sensíveis e lavagem de animais, enquanto o jato tipo leque, de 50 a 65 graus, deve ser usado para aplicação de detergentes e desinfetantes.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 267

    Ano: 1998

  • A água potável para suínos pode ter até 0,5 ppm de cloro livre e isso significa que, nessas condições, podem consumir cloro.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 268

    Ano: 1998

  • A cama-de-frango possui altos teores de fibra bruta associados à mai­or parte do nitrogênio presente sob a forma de nitrogênio não proteico. Do ponto de vista nutricional, essas características são indesejáveis para o su­íno. A suinocultura requer que o balanceamento nutricional das dietas te­nha o menor teor de fibra bruta possível e o máximo possível da chamada proteína ideal, a fim de proporcionar ao suíno menor incremento calórico originário da digestão e metabolização dos nutrientes e, assim, maximizar o ganho de peso.

    Do ponto de vista econômico, deve-se considerar que, ao nível da propriedade, há um custo para a obtenção da cama-de-frango, que será seu preço mínimo como ingrediente da ração. Se, por outro lado, existir um mercado que consome a cama-de-frango como fertilizante, então o preço de mercado deve ser o preço da cama enquanto ingrediente da ração. Da mesma forma, para gerar uma dieta balanceada com o uso de cama-de-frango, é necessária a utilização de ingredientes complementares, nutricionalmente mais concentrados e que portanto têm preço maior.

    É preciso ainda considerar o custo de oportunidade da adição da cama-de-frango à dieta de suínos, pois outro uso deste material pode significar taxa de retorno maior e risco sanitário menor: como adubo orgânico, por exemplo, ou como ingrediente para rações de ruminantes. Como regra geral, porém, não se recomenda a inclusão de cama-de-frango na ração de suínos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 253

    Ano: 1998

  • A tabela abaixo apresenta alguns parâmetros importantes para asse­gurar a potabilidade e palatabilidade da água.

    Materiais flutuantes Ausentes
    Óleos e graxas ausentes
    Gosto e odor ausentes
    Cloro máximo de 0,5 ppm de cloro livre
    Coliformes ausentes
    PH 6,4 a 8,0
    Dureza máximo de 110 ppm
    Nitrato máximo de 20 ppm
    Fósforo máximo de 0,1 ppm
    Cálcio máximo de 600 ppm
    Ferro máximo de 25 ppm
    Alumínio máximo de 0,05 ppm
    Sódio máximo de 50 ppm

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 258

    Ano: 1998

  • Não. O uso de cama-de-frango é totalmente desaconselhável para leitões. Excesso de fibra bruta, baixa concentração em energia metabo­lizável, concentrações de nitrogênio não proteico elevadas, exces­so de cinzas e desequilíbrio na relação dos minerais são alguns dos fatores nutricionais envolvidos que determinam a inadequação da cama-de-frango para as dietas de leitões. As rações para leitões devem ser, sob o aspecto sanitário, isentas de qualquer agente causador de desequilíbrios ou distúrbi­os digestivos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 255

    Ano: 1998

  • Não. Do ponto de vista sanitário, seu uso é desaconselhável.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 256

    Ano: 1998

  • A fonte de água apropriada é a que fornece água potável. A definição universal para água potável é que ela deve ser inodora, incolor, límpida e que não apresente substâncias minerais dissolvidas ou qualquer substância de origem orgânica.

    Águas superficiais ou de rio geralmente são inadequadas para abaste­cer as granjas de suínos. Se o uso desse tipo de água for inevitável, é im­prescindível o controle rigoroso de sua qualidade por meio de análises diá­rias e de indicadores biológicos.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 259

    Ano: 1998

  • A lâmina de água nas instalações propicia ambiente favorável em épocas de calor, reduz a emissão de gases, controla a infestação de moscas e proporciona animais mais limpos. Sob o enfoque do conforto ambiental dos animais, sua utilização é vantajosa, mas aumenta conside­ravelmente o volume de dejetos. A diluição excessiva das excretas, por outro lado, reduz consideravelmente seu valor fertilizante e encarece sua distribuição mes­mo quando o manejo do chorume é feito de maneira adequada. Em algumas propriedades pequenas e médias, dependendo da topografia, a utilização desse sistema não é o mais econômico, em função exatamente do custo do manejo adequado dos dejetos. Em propriedades que usam sistemas de irrigação, a distribuição do chorume dessa forma pode ser viável e até vantajosa.

    O uso da lâmina d’água deve ficar limitado às fases de crescimento e terminação, não sendo indicado seu uso nas demais, visto estar asso­ciado a lesões nos cascos.

    A água também pode ser um veículo de disseminação de infecções, em caso de surtos de doenças, o que constitui um risco.

    É necessário que o método da lâmina d’água seja pesquisado conjuntamente em situações em que foram usadas todas as alternativas mais viá­veis economicamente visando o conforto térmico. Pelos motivos acima con­siderados, a lâmina d’água certamente não é a primeira nem a única e muito menos a solução definitiva para a questão do conforto ambiental dos suínos.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 269

    Ano: 1998

  • Fig_pag146.jpg

    O secador compõe-se de uma fornalha para aquecimento do ar de secagem, de um ciclone para retirar as partículas presentes no fluxo de ar, de uma câmara de secagem com chapa perfura­da onde são depositados os grãos e de uma expansão com termômetro para controle da temperatura de secagem. O ar frio é aquecido ao passar pela fornalha de fogo direto, dirigido ao ciclone para a retirada de fagulhas que acompanham a corrente de ar e enviado, pelo venti­lador, à câmara para secagem do grão.

    Capítulo: Secagem e Armazenagem

    Número da Pergunta: 271

    Ano: 1998

  • Porque o leite da matriz é deficiente em ferro. O leitão criado em confinatnento não consegue obter ferro de outra fonte como a terra, por exemplo, provocando essa deficiência o surgimento da anemia ferropriva. Leitões anêmicos desenvolvem-se mal devido ao péssimo aproveitamento dos alimentos, apresentando uma predisposição maior a infecções secundárias.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 300

    Ano: 1998

  • O nível de ocorrência e a intensidade de uma doença num rebanho não dependem somente das características de virulência do agente causa­dor da doença, mas também das condições do hospedeiro e dos fatores ambientais. Quando os fatores ambientais agem sobre o suíno de forma ne­gativa, aumentam as probabilidades de ocorrência e de intensidade de do­ença nas criações.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 279

    Ano: 1998

  • Existem vacinas contra uma série de doenças como peste suína clássica, salmonelose (paratifo), rinite atrófica progressiva, erisipela (ruiva), parvovirose, colibacilose, pleuropneumonia, febre aftosa, pneumonia enzoótica, leptospirose, doença de Aujeszky, meningite estreptocócica, enterotoxemia e doença de Glässer.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 277

    Ano: 1998

  • Usa-se o ácido cítrico para proporcionar uma redução do pH estoma­cal, impedindo assim a proliferação exagerada de E. Coli no intestino. Recomenda-se a adição de 2% de ácido cítrico na ração de creche nos primeiros quatorze dias após o desmame.

    Em experimento realizado na Embrapa Suínos e Aves, observou-se que uma dieta com 16% de proteína bruta, suplementada com L-lisina-HCI e a adição de 2% de ácido cítrico, teve efeito benéfico sobre a ocorrência de diarreia pós-desmame provocada por E. coli, tendo sido o desmame rea­lizado aos 35 dias de idade dos leitões.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 282

    Ano: 1998

  • São muitos os tipos de vermes que atacam os suínos em nosso meio, destacado-se entre eles:

    • Ascaris lumbricoides (lombrigas) – O mais conhecido verme dos suínos.
    • Oesophagostomum dentatum – Pequeno verme que provoca nódu­los e úlceras nos intestinos, dificultando a absorção dos nutrientes.
    • Metastrongylus apri – Pequeno verme que se localiza nos pulmões, sugando o sangue e causando irritação.
    • Taenia solium (solitária) – Causa a doença chamada cisticercose, de grande interesse para a saúde humana.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 283

    Ano: 1998

  • O combate é feito com aplicação de vermífugos de acordo com as recomendações do fabricante.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 286

    Ano: 1998

  • Porque o parasitismo dos leitões está intimamente relacionado com a infecção parasitária da matriz e com as condições de manejo e de higiene da maternidade, isto é, se a matriz tiver parasitos e não for desverminada, os leitões também serão infectados pelos parasitos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 288

    Ano: 1998

  • Em criações com boas condições de higiene, não há necessidade de aplicar anti-helmínticos nos leitões até os dois ou três meses de idade, des­de que as fêmeas tenham sido desverminadas antes do parto.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 289

    Ano: 1998

  • Existem fatores de risco relacionados ao ambiente preparado para os animais e outros relacionados ao manejo:

    a) Fatores relacionados ao ambiente preparado para os animais:

    • Ausência de forro no teto.
    • Aberturas na maternidade inferiores a 20% em relação às paredes laterais.
    • Variações térmicas tora dos limites de conforto da matriz, que fica entre 16 °C e 27 °C, no interior da maternidade.
    • Ausência de escamoteador (caixote), onde os leitões se abrigam entre as mamadas.
    • Salas de maternidade excessivamente grandes, podendo abrigar mais de quinze matrizes e respectivas leitegadas.
    • Área da cela parideira inferior a 3,6 m2, que limita o espaço para os leitões e dificulta a limpeza.
    • Temperatura média mínima na maternidade, no espaço de trinta dias, inferior a 16 °C.
    • Seis dias ou mais, no espaço de 30 dias, com amplitude térmica superior a 6 °C na maternidade.

    b) Fatores relacionados ao manejo:

    • Ausência de vazio sanitário.
    • Falta de assistência ao parto, que impede a realização de práticas rotineiras.
    • Falta de cama limpa para os leitões nos primeiros dias de vida.
    • Falta de desinfecção do cordão umbilical logo que os leitões nascem.
    • Falta de controle eficiente de parasitos, que diminuem a resistência do leitão e da fêmea.
    • Manutenção de duas ou mais fêmeas ou leitegadas na mesma baia.
    • Não utilização de vacinas contra colibacilose.
    • Condição corporal das fêmeas antes do parto (nota 1 = muito magra; nota 5 = condição ótima) inferior a quatro.
    • Número de leitegadas, por sala, superior a dez.
    • Peso médio dos leitões, ao nascer, inferior a 1,3 kg.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 296

    Ano: 1998

  • Em geral, recomenda-se fornecer condições ambientais adequadas aos leitões e realizar um tratamento por via oral ou parenteral, à base de polivitamínicos associados a oligoelementos. Deve-se frisar, porém, que os resultados são irregulares porque, em muitos casos, as lesões que ocorre­ram no intestino são irreversíveis.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 298

    Ano: 1998

  • A saúde do rebanho depende da adequação às exigências do animal dos elementos que compõem o ecossistema, isto é, do produtor, das instala­ções, dos animais, da alimentação e da água, dos contaminantes e do ma­nejo. O não atendimento dessas exigências pode levar a situações estressantes e ao consequente comportamento anormal.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 304

    Ano: 1998

  • Provavelmente trata-se de uma doença chamada torção do mesentério, em que o intestino faz um giro de 180 graus, provocando o estrangulamento das veias que drenam o intestino. A etiologia da doença ainda não é bem conhecida, mas há evidências de que o excesso de produção de gases no intestino, devido à ingestão de alimentos altamente fermentáveis, pode pro­vocar seu deslocamento e consequente torção na base do mesentério.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 312

    Ano: 1998

  • A apresentação de determinados hábitos que, até certo ponto, podem ser considerados como uma alteração psíquica decorrente de deficiência nutricional, de intranquilidade ou desconforto, entre outras coisas, constitui o que se chama de comportamento anormal.

    O ato ou hábito de morder a cauda, orelha ou flanco, o ato, entre os leitões, de sugar o umbigo ou a vulva, o ato de morder a vulva, de beber urina, lamber partes da instalação, de “sugar” a baia, o ranger de dentes e a coprofagia (hábito de comer excrementos) são considerados “vícios” ou comportamento anormal.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 302

    Ano: 1998

  • Não. É apenas crendice popular sem embasamento científico.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 308

    Ano: 1998

  • Quando a morte súbita de leitões é esporádica, provavelmente trata-se de distúrbio não transmissível, como é o caso da úlcera gástrica ou da torsão do mesentério. Quando as mortes são frequentes, é necessário con­sultar um veterinário, pois existem várias doenças contagiosas que podem matar leitões em menos de 24 horas e devem ser imediatamente controladas.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 313

    Ano: 1998

  • Em geral, os principais sinais clínicos relacionados com o aparelho urinário são o corrimento vulvar (mucoide, muco hemorrágico ou purulen­to) geralmente observado no final da micção, a presença de corrimento vulvar ressequido nos lábios vulvares ou na região da cauda. Os animais têm dificuldade para levantar-se, apresentam alterações no estado geral como inapetência, emagrecimento progressivo e anemia.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 315

    Ano: 1998

  • Quando atinge fêmeas em gestação não imunes, é uma virose que causa morte embrionária, mumificação e leitegadas de tamanho reduzido. A infecção por parvoviroses passa despercebida na maioria dos casos, tanto em animais jovens como adultos. Ocasionalmente apresenta febre. Muitas vezes o indício de infecção de parvoviroses numa granja manifesta-se nas falhas de reprodução de matrizes em gestação, que podem retornar ao cio, no nascimento de número reduzido de leitões, na presença de fetos mumifi­cados e em fêmeas que se apresentam vazias na época do parto. É comum o aparecimento de fetos mumificados, de diferentes tamanhos. A infecção do macho é assintomática e não tem efeito sobre a qualidade do sêmen.

    Fetos mumificados, em vários estágios de desenvolvimento, em con­junto com o nascimento de poucos leitões vivos, são fortes indicativos de parvovirose. Outros sinais observados são o retorno ao cio após 21 dias da cobrição e aumento no período de gestação (mais que 116 dias).

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 316

    Ano: 1998

  • É uma doença crônica infecciosa, muito contagiosa. Caracteriza-se clinicamente por tosse seca, facilmente observada quando os animais são forçados a se movimentar. Em alguns casos, aparece corrimento nasal mucoso, posteriormente observam-se animais com pouco desenvolvimento, pelos arrepiados e sem brilho, sendo comum a desuniformidade de peso entre os leitões. O quadro clínico do rebanho é influenciado pela presença de outras infecções respiratórias e pelas condições ambientais e de manejo. Essa do­ença é causada pelo Mycoplasma hyopneumonia, geralmente ocorrendo complicações secundárias causadas por Pasteurella multocida tipo A.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 319

    Ano: 1998

  • Fig_pag169.jpg

    As rachaduras são lesões na estrutura externa ou interna dos cascos ou dedos acessórios e têm diversas origens: pisos abrasivos, rugosos ou com buracos, pisos novos, pisos úmidos, ripados muito largos, quebrados ou com irregularidades, piquetes ou terrenos muito pedregosos.

    A ocorrência das lesões pode também estar relacionada à qualidade do casco. Algumas doenças carenciais, como a deficiência de biotina, po­dem ser responsáveis pelas lesões. Pisos lisos ou ásperos podem lesar os cascos de leitões lactentes quando tentam estimular a glândula mamária da matriz.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 334

    Ano: 1998

  • A água da lâmina d’água pode induzir ao amolecimento do tecido córneo do casco e predispor a problemas de cascos, principalmente quan­do o piso é áspero.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 335

    Ano: 1998

  • Em contato constante com a água, o tecido córneo do casco pode amolecer, predispondo-o a problemas de casco. A umidade originada pelas fezes e urina tem o mesmo efeito.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 336

    Ano: 1998

  • A principal medida de controle é a eliminação da causa como a correção da irregularidade do piso, o uso de pisos ripados com estruturas uniformes e frestas adequadas à faixa etária e a adoção de práticas de higiene e desinfecção.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 337

    Ano: 1998

  • O animal deve ser descartado, pois sua carne não serve para consu­mo humano.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 325

    Ano: 1998

  • É uma doença infecciosa causada por uma bactéria denominada Haemophylus parasuis.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 330

    Ano: 1998

  • Por que há irritação ou lesão no aparelho respiratório em nível da traqueia, brônquios ou pulmões, provocada por germes, poeira, gases, etc. O controle depende da causa que provoca tosse.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 338

    Ano: 1998

  • É impossível estabelecer uma regra geral para todos os rebanhos infectados. A forma de tratamento depende principalmente do tamanho do rebanho, do sistema de produção adotado, da finalidade da criação, do nível de infecção e das condições ambientais a que os suínos estão sujeitos. Se o rebanho estiver infectado, torna-se difícil eliminar o agente dos ani­mais. Manter boas condições ambientais, evitar a superpopulação e a mis­tura de lotes no crescimento e na terminação, adotar manejo adequado e programas de limpeza e desinfecção podem prevenir a manifestação da doença.

    O programa típico de vacinação recomendado pelos fabricantes na­cionais inclui a vacinação das leitoas e matrizes duas vezes, no terço final da gestação. Os leitões devem ser vacinados com quatro semanas de ida­de, repetindo-se a vacinação três semanas mais tarde. Os machos devem ser vacinados a cada seis meses.

    A erradicação da doença só é possível pela eliminação do rebanho e a repopulação com animais não infectados. O tratamento de animais doentes evita a mortalidade mas não impede a infecção.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 323

    Ano: 1998

  • Doença infecto-contagiosa que provoca lesões graves no pulmão e na pleura. As formas superaguda e aguda caracterizam-se por um quadro de pleuropneumonia exsudativa, fibrino-hemorrágica e necrótica não purulenta, ao passo que a forma crônica caracteriza-se por aderência da pleura e pericárdio e focos de necrose pulmonar encapsulada. É causada por um cobacilo gram-negativo, o Haemophyius (Actinobacillus) pleuropneumoniae.

    Variáveis ambientais e de manejo, principalmente a superlotação, o frio, a presença de gases tóxicos e a mistura de animais atuam como fatores predisponentes e influenciam a severidade da doença no rebanho.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 322

    Ano: 1998

  • A doença de Aujeszky é uma virose caracterizada por sintomas nervosos e respiratórios, por alto índice de mortalidade entre leitões não imunes e por graves transtornos reprodutivos em matrizes prenhes. O suíno contaminado pelo vírus é o principal disseminador dessa doença.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 327

    Ano: 1998

  • É uma doença transmissível, caracterizada principalmente por trans­tornos reprodutivos como abortos, natimortos, fetos mumificados e nasci­mento de leitões fracos, que não sobrevivem. Apresentam lesões macroscópicas básicas nos rins, de cor branco- acinzentada, de 1 mm a 3 mm de diâmetro. A lesão mais característica são focos no fígado, consistindo de necrose de hepatócitos e infiltração de células inflamatórias.

    O controle inclui medidas higiênicas, de manejo, combate a roedo­res, vacinação e tratamento medicamentoso.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 332

    Ano: 1998

  • O tratamento dos suínos afetados deve ser feito logo que o produtor constate os primeiros sintomas. Deve ser usado medicamento contra febre e antibiótico recomendado por veterinário. Se a doença estiver afetando vários animais, recomenda-se um tratamento coletivo com antibiótico adi­cionado à ração ou à água, por um período de cinco a sete dias.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 347

    Ano: 1998

  • É doença de origem metabólica que ocorre nos primeiros sete dias de vida do leitão. Caracteriza-se por falha na gliconeogênese e por taxas subnormais de glicose no sangue. O índice de mortalidade varia de 30 a 40%, podendo alcançar 100% em leitegadas individuais. Ocorre principalmente nos meses frios do ano, em criações que não fornecem condições adequadas de manejo e ambiente.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 340

    Ano: 1998

  • Ocorrem basicamente duas formas de tuberculose nos suínos. A ge­neralizada, causada por bacilos de mamíferos e que provoca emagre­cimento progressivo, pneumonia e lesões calcificadas (contendo material se­melhante a areia) em vários órgãos, como nos gânglios, fígado, pulmão e rins. Essa forma de tuberculose é rara, atualmente, em criações modernas de suínos.

    A tuberculose localizada ou linfoadenite tuberculoide está associada a bacilos de aves e provoca lesões limitadas nos gânglios da faringe, pesco­ço e intestinos. Essa forma praticamente não interfere no desenvol­vimento dos suínos e somente é identificada por ocasião do abate, quando o veteri­nário inspeciona a carcaça.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 342

    Ano: 1998

  • Pode atacar suínos desde a fase de alei­tamento até a de terminação. Os animais afetados apresentam tonteira, febre alta, juntas inchadas e dificuldade no andar. Se não forem tratados quando aparecerem os primeiros sintomas, geralmente a doença causa morte.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 346

    Ano: 1998

  • Deve-se eliminar ou isolar os animais doentes, utilizar rações balan­ceadas produzidas com matérias-primas livres de Salmonella sp., manter programa de limpeza, desinfecção e manejo adequado da granja, isto é, “todos dentro todos fora” e vazio sanitário. Os lotes de leitões de diferentes procedências devem ser tratados separadamente e não misturados. Granjas de ciclo completo devem adquirir reprodutores somente de granjas comprovadamente livres de salmonelose. Evitar superlotação das instalações.

    Os esquemas de vacinação propostos pelos fabricantes nacionais va­riam. Em geral, é recomendada uma vacinação da matriz no último mês de gestação, vacinação dos leitões entre quinze e 30 dias de idade e uma vacinação anual dos animais adultos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 352

    Ano: 1998

  • Fig_pag175.jpg

    Erisipela ou ruiva é uma enfermidade que apresenta lesões cutâneas do tipo eritema ou urticária ou com contornos salientes em forma de losango, com coloração púrpura-escura, facilmente visíveis em animais de pelagem clara. A bactéria Erysipelothrix rhusiopathie causadora da doença sobrevive quatro a cinco dias na água e vários dias no solo. O processo mais frequente de infecção é a ingestão de alimentos ou água contaminados. É provável que a penetração do patógeno no organismo ocorra através das amígdalas ou tecido linfoide ao longo do aparelho digestivo. A infecção também se dá pela presença de ferimentos na pele.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 355

    Ano: 1998

  • Os fungos de maior importância econômica na produção animal e respectivas micotoxinas estão descritos na tabela abaixo:

    Principais micotoxinas, fungos que as produzem e alimentos em que mais se desenvolvem

    Fungo Micotoxina Alimento
    A. flavus; A. parasiticus Aflatoxina (B1, B2, G1, G2, M1, M2) Grãos de oleaginosas, milho, trigo, arroz, cevada, aveia, centeio, leite, farinha de sangue
    A. ochraceus (alutanus) Penicillium veridicatum Ochratoxina Milho, trigo, cevada
    Penicillium citrinum Citrinina Milho, trigo, cevada, aveia, centeio
    Claviceps purpurea Ergotamina Centeio, trigo, cevada
    Fusarium graminearum (Giberella zeae)F. sporotrichoidesF. trincinctum Tricotecenos (Desoxinivalenol, T2) Milho, trigo, cevada, aveia, centeio
    Fusarium graminearum (Ciberella zeae) F. trincinctumF. moniliforme Zearalenona Milho, trigo
    Fusarium moniliformeF. proliferatumF. nygamai Fumonisinas (BI, B2, B3, B4, Al, A2) Milho, subprodutos e resíduos de milho

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 361

    Ano: 1998

  • Teores de umidade superiores a 13% nos grãos permitem o cresci­mento e a multiplicação dos fungos, que se aceleram com o aumento do teor de umidade. A temperatura ótima para crescimento dos fungos está entre 25 °C e 30 °C. Abaixo dos 5 °C não há crescimento da maioria dos fungos. A temperatura máxima está entre 40 e 45 °C para o cresci­mento de alguns tipos de fungos e até 55 °C para outros.

    As flutuações de temperatura no interior dos silos que armazenam matérias-primas, provocam a formação de bolsões de umidade, criando também condições favoráveis ao desenvolvimento dos fungos.

    Outro aspecto é a presença de grãos quebrados, de insetos e roedores o que danificam os grãos, deixando exposta a parte amilácea, facilitando assim a contaminação por fungos. Silos contaminados com fungos, com teias de aranha e resíduos de poeira, se não forem limpos e desinfetados antes de serem utilizados, contaminarão o material ali armazenado.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 362

    Ano: 1998

  • Quando não foram tomadas medidas preventivas ou não foram efetivas quando tomadas, deve-se optar por métodos de detoxificação dos alimentos. O ideal seria a eliminação do alimento contaminado após a constatação da presença de micotoxina. No mundo todo, tem-se realizado grandes esforços na procura de métodos e procedimentos para minimizar os efeitos das micotoxinas sobre a saúde e a produtividade dos animais e diminuir as perdas econômicas.

    Descontaminação – Pode ser feita por remoção física dos grãos ardidos, por destruição pelo calor, por desativação biológica (certos fungos e levedos reduzem a aflatoxina) e por tratamento químico com ozônio, peróxido de hidrogênio, hipoclorito de sódio, formaldeído, hidróxido de cál­cio e amônia, em casos de contaminações por aflatoxina. Todos esses méto­dos são extremamente caros e, portanto, inviáveis.

    Diluição de partidas contaminadas – A mistura de grãos contamina­ dos com grãos não contaminados pode ser uma solução quando os níveis de micotoxinas não são altos. Nesses casos, recomenda-se formular dieta com altos níveis de proteína e vitaminas. Rações suplementadas com metionina e lisina atenuam os efeitos da aflatoxina sobre suínos e aves.

    Uso de adsorventes – Recentemente vêm sendo utilizadas matérias inertes na dieta a fim de reduzir a absorção de aflatoxinas pelo trato gastrointestinal. O uso do carvão inativado obteve valores pouco expressi­vos, mas os aluminosilicatos de sódio (zeolita sódica), aluminosilicatos de cálcio e as betonitas adicionadas à ração obtiveram resultados satisfatórios em aves, suínos, bovinos e ovinos.

    Esses adsorventes estão sendo usados quando a presença de aflatoxinas é detectada em níveis superiores a 50 ppb (partes por bilhão) em mais de 15% das amostras analisadas. Nesses casos adiciona-se às rações prepara­das com esses grãos 0,5% de aluminosilicatos ou betonita.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 368

    Ano: 1998

  • A conversão alimentar é o resultado da quantidade de ração consumida pelo animal, dividida pelo seu ganho em peso. Quanto menor o resultado dessa divisão, melhor a conversão alimentar e melhor o resultado econômico da produção de suínos. As raças Landrace e Large White geralmente apresentam melhor conversão alimentar do que a raça Duroc. No entanto, existe muita variação entre animais ou linhas de uma mesma raça. Essa variação está relacionada ao programa de melhoramento genético ao qual os animais estão submetidos. Via de regra, suínos criados com restrição alimentar apresentam menor espessura de toucinho, menor taxa de cresci­mento diário e melhor conversão alimentar do que suínos criados com ra­ção à vontade.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 373

    Ano: 1998

  • Reprodutores de raças puras e mestiços de boa qualidade genética podem ser adquiridos nas granjas registradas nas associações de criadores de suínos e em granjas de empresas de melhoramento genético de suínos.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 379

    Ano: 1998

  • A melhor raça para abate depende do que se quer produzir. Se o objetivo é produzir carme, deve-se usar machos Duroc, Landrace ou Large White, em cruzamento com fêmeas F-1 da combinação entre Large White e Landrace. Para produção de banha, devem-se usar suínos das raças naci­onais Piau, Nilo, Caruncho e outros.

    De modo geral, as raças Duroc, Landrace e Large White se adaptam bem a todas as regiões brasileiras. Para produzir bem, os animais também precisam de conforto, devendo-se protegê-los dos ventos frios, na região Sul, e do excesso de calor, nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 380

    Ano: 1998

  • As raças nacionais se prestam mais à produção de banha, especial­mente Nilo, Canastra, Piau, Caruncho e Pirapitinga.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 381

    Ano: 1998

  • Suínos Landau apresentam pelagem branca e comprimento corporal semelhante ao do Piau, sendo, portanto, mais curtos que os Landrace. Atin­gem 90 kg de peso vivo aos seis meses de idade, e produzem 30% a menos de gordura do que os suínos Piau. São animais a serem criados em condi­ções semi-intensivas ou confinados, devendo ser alimentados com rações simples e baratas

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 383

    Ano: 1998

  • Como os suínos Landau são mestiços, para produzi-los recomenda-se acasalar machos Landrace, que podem ser adquiridos em granjas de produ­ção de reprodutores de raças puras, com fêmeas Piau, que podem ser ad­quiridas na Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG, de Belo Horizonte, na Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná, na Lapa e em Maringá, no lapar, em Pato Branco-PR, na Prefeitura Municipal de Iretama - PR, e em granjas que produzem suínos Piau.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 384

    Ano: 1998

  • Suínos Landau, Piau e Pirapitinga são recomendados para criações de subsistência, para consumo de carne em fazendas e granjas e em locais de assentamento de produtores rurais. Os animais devem ter acesso a som­bra em dias quentes e de insolação, à água de boa qualidade, a condições boas de higiene, devem ser sempre observados pelo criador, e devem rece­ber alimentação que inclua ração concentrada, à base de milho, uma fonte proteica, vitamínica e mineral, e pasto à vontade. Os animais podem ser criados à solta, em piquetes cercados, recomendando-se, nesse caso, o ro­dízio de piquetes, ou em confinamento, em construções simples, mas que atendam às condições descritas no início do parágrafo. Esses critérios de criação servem também para suínos de outras raças nacionais como Nilo, Caruncho, Canastra e outras.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 385

    Ano: 1998

  • Os suínos (Sus scrofa) originaram-se do javali europeu (Sus scrofa ferus) e do javali asiático (Sus indicus), sendo utilizados como animais domésticos há mais de 5.000 anos.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 386

    Ano: 1998

  • No Brasil, não existem fornecedores de suínos SPF (animais livres de patógenos específicos). Podem-se adquirir, no entanto, suínos com doença mínima e sem algumas doenças como a de Aujeszky, leptospirose, gastroenterite transmissível (TGE) e peste suína clássica. Para isso, as gran­jas produtoras de reprodutores devem manter monitoramento sorológico contínuo de seu plantel e o comprador de reprodutores deve exigir os comprovantes negativos das doenças.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 387

    Ano: 1998

  • Na compra de leitões com 22 kg a 24 kg de peso vivo, para terminação, deve-se observar a idade dos animais, que não deve ser superior a 70 dias, a ausência de doenças, principalmente respiratórias, a ausência de leitões refugo e o genótipo dos animais. O retorno econômico do terminador de­pende da conversão alimentar dos animais, dos 22 kg aos 24 kg até o peso de abate, e do rendimento de carne. Portanto, os leitões adquiridos devem ser de raças e linhas selecionadas para baixa espessura de toucinho e alto ren­dimento de carne e para melhoria da conversão alimentar.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 388

    Ano: 1998

  • É praticamente impossível erradicar a erisipela suína por causa da capacidade de sobrevivência da bactéria no ambiente e do elevado núme­ro de animais que podem ser infectados, além de estar presente em suínos sadios. O tratamento dos animais doentes com penicilinas, durante três a cinco dias, tem sido eficiente. Paralelamente, devem ser adotadas medidas higiênicas e de desinfecção das instalações.

    Nos casos de problemas persistentes, o controle pode ser feito pela vacinação de leitões de seis a dez semanas, podendo ser repetida um mês depois. Leitoas e matrizes devem ser vacinadas antes da cobertura. Os ma­chos adultos são vacinados a cada seis meses. Leitões de matrizes já vaci­nadas devem receber a vacina aos 90 dias de idade.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 356

    Ano: 1998

  • Deve-se atentar para todos os fatores predisponentes ou desenca­deantes, sendo os principais:

    • Falta de higiene ou deficiente desinfecção da cela parideira.
    • Má drenagem de urina e deficiente eliminação das fezes da matriz, criando condições de contaminação e umidade.
    • Atendimento ao parto com mãos sujas, provocando ingestão de bactérias por um leitão que ainda não mamou.
    • Deficiente higienização da matriz (principalmente da vulva e adjacências, e das tetas), por ocasião do parto.
    • Contaminação das diversas baias por agente infeccioso, através de botas contaminadas ou vassouras usadas anteriormente para varrer fezes diarreicas.
    • Temperaturas baixas.
    • Presença de correntes de ar frio.
    • Alojamento de leitões em pisos frios, sem cama.
    • Cela parideira úmida.

    O aumento da resistência pela imunização é muito eficiente. Reco­menda-se fazer duas vacinações na matriz, aos 40 e 20 dias antes do parto. Atenção especial deve ser dada à vacinação de leitoas, antes do primeiro parto.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 354

    Ano: 1998

  • Sim. A febre aftosa dissemina-se por contato entre suínos doentes e sadios, por produtos de origem animal contaminados (carne e leite), pelo ar contaminado, por transferência mecânica, por veículos e pássaros. Outros animais doentes, principalmente os bovinos, facilmente transmitem a febre aftosa para os suínos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 357

    Ano: 1998

  • De todas as micotoxinas produzidas pelos fungos sobre os alimentos, a Zearalenona é a que mais afeta o sistema reprodutivo, por apresentar atividade estrogênica. A Zearalenona é produzida por várias espécies de Fusarium que invadem os grãos ainda no campo antes da colheita do produto.

    O suíno é a espécie mais sensível à Zearalenona. Embora essa toxina tenha efeito em animais de todas as idades, as fêmeas com três a quatro meses de idade são as mais atingidas. Quando ingerida pelos suínos, a Zearalenona provoca principalmente problemas reprodutivos como morte embrionária e fetal, mumificação, abortos e redução da fertilidade de ma­chos e fêmeas.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 365

    Ano: 1998

  • Os sintomas de intoxicação de suínos por ingestão de alimentos con­taminados por zearalenona variam em função da quantidade de toxina ingerida. Níveis de 1 ppm a 30 ppm (partes por milhão) são suficientes para provocar sintomas de intoxicação. Os principais são: as fêmeas apresentam vulva inchada, dando impressão de que estão no cio. Suínos jovens, tanto machos como fêmeas, mostram mais saliência dos mamilos. Em fêmeas em idade reprodutiva, pode ocorrer retorno ao cio, falsa gestação e anestro. Fêmeas intoxicadas durante a gestação podem abortar ou parir leitões mor­tos, mumificados ou vivos, mas com os membros abertos e com edema de vulva. Em cachaços, ocorrem sinais de feminilização, podendo reduzir a o fertilidade e a libido.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 366

    Ano: 1998

  • No Brasil, as raças melhoradas geneticamente e mais criadas são três: Duroc, Landrace e Large White. Outras raças criadas em menor escala são Hampshire, Pietrain e Wessex. Entre as raças nativas ou nacionais, as mais criadas são Piau, Caruncho, Nilo, Mouro ou Estrela, Pirapitinga e Canastra. No mundo inteiro, as raças Landrace e Large White são as mais utilizadas na produção de suínos para abate industrial. Outras raças de expressão são a Yorkshire, Polland China e Chester White, criadas nos Estados Unidos; Lacombe, no Canadá; Meishan, Taihu e diversas outras, na China. Novas raças ou “linhas sintéticas” têm surgido como resultado do cruzamento de machos e fêmeas de raças diferentes, ou do cruzamento de linhas dentro de raças.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 374

    Ano: 1998

  • As características das raças nacionais são as seguintes:

    • Piau – Pelagem cor-de-areia, com manchas pretas e marrons, orelhas de tamanho médio e focinho semirretilíneo. Produz sete a oito leitões por barrigada e atinge 90 kg de peso vivo com sete meses de idade. A carcaça apresenta grande deposição de gordura, com mais de 4 cm.
    • Caruncho – Mesma pelagem da raça Piau, porém mais curta e com focinho côncavo.
    • Mouro ou Estrela Pelagem preta ou acinzentada. Produz até dez leitões por leitegada. Pesa 90 kg com menos de seis meses de idade.
    • Nilo, Pirapitinga e Canastra – Apresentam pelagem preta e menor comprimento corporal em relação às demais raças nacionais.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 376

    Ano: 1998

  • Entre as raças melhoradas geneticamente e usadas na produção de suínos para abate, a Landrace e Large White, seguidas da Duroc, são as mais criadas por permitirem a produção de fêmeas F-1, a partir do cruza­mento de Large White e Landrace, e de animais mestiços para abate, a partir do cruzamento de fêmeas F-1 com machos Duroc. Essas três raças e seus produtos mestiços apresentam excelente capacidade reprodutiva, po­dendo produzir mais de 20 suínos comercializados por matriz/ano, boa taxa de crescimento diário, com baixa idade de abate, boa conversão alimentar e rendimento de carne. São as raças com o maior número de leitegadas e de animais registrados na Associação Brasileira de Criadores de Suínos. Suínos das raças nacionais são criados como meio de subsistência, desta­cando-se as raças Piau, Caruncho, Estrela e Nilo.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 377

    Ano: 1998

  • Bacon é toucinho entremeado com carne. Para produzir bacon, reco­menda-se criar suínos leves, como os Landrace de origem dinamarquesa, com pouca espessura de toucinho e muita carne. A alimentação dos ani­mais deve ser mais proteica e direcionada para a deposição de carne e não de gordura, e fornecida de forma limitada aos animais, não à vontade.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 393

    Ano: 1998

  • Uma raça pode ser melhorada por meio da seleção de animais da própria raça, mantendo seus padrões raciais. Pode-se também melhorar uma raça pelo cruzamento com machos e fêmeas de outra raça, que sejam ex­cepcionais numa ou mais características nas quais a raça a ser melhorada é deficiente. Nesse caso, a raça que se deseja melhorar deixa de ser pura, uma vez que os reprodutores passarm a ter e a transmitir para seus descen­dentes também os genes da outra raça.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 396

    Ano: 1998

  • Ao se cruzar machos e fêmeas Piau com Landrace, objetiva-se me­lhorar a taxa de crescimento e a conversão alimentar, reduzir a espessura de toucinho e aumentar o rendimento de carne dos suínos Piau. Experimentos realizados na Embrapa Suínos e Aves indicaram que suínos Landau, oriundos do cruzamento de Piau com Landrace, pesaram 90 kg com 30 dias a menos de idade e apresentaram 30% a menos de espessura de toucinho do que suínos Piau. A raça Piau é útil na produção de carne e de gordura em pequenas criações, fazendas, zonas de assentamento rural e condições rús­ticas de criação. Nesses casos, recomenda-se cruzar fêmeas Piau com machos Landrace.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 397

    Ano: 1998

  • A raça Mouro ou Estrela possivelmente seja a que, entre as raças na­cionais, produz a maior quantidade de carne e a menor quantidade de gordura na carcaça.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 392

    Ano: 1998

  • Recomenda-se esse cruzamento quando se pretende melhorar o de­sempenho de criações simples e rústicas e cujas condições de criação se­jam melhores do que as utilizadas apenas para Pirapitinga.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 398

    Ano: 1998

  • Sim, desde que o macho não seja parente das fêmeas Landau.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 402

    Ano: 1998

  • O termostato é um instrumento que permite corrigir as deficiências de manejo da fonte de calor, funciona de forma independente da presença do criador mantendo o ambiente sempre estável, com economia de energia de 30% a 50% em relação ao sistema sem termostato.

    Diversos escamoteadores são ligados à mesma rede de controle do termostato que, por meio de um sensor, desliga ou liga automaticamente a lâmpada, mantendo temperatura de conforto dentro do escamoteador.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 411

    Ano: 1998

  • A tabela a seguir apresenta as áreas recomendadas para as diferentes fases produtivas, de acordo com o sistema de alojamento e os tipos de piso.

    Fase
    de
    criação
    Categoria
    de
    animais
    Sistema
    de
    alojamento
    Área de construção (m2/animal)
    Tipo de piso utilizado
    Totalmente ripado Parcialmente compacto Totalmente compacto
    Reposição: Fêmea
    Macho
    Baia coletiva
    Gaiola individual
    Baia coletiva
    Baia individual
    1,80 a 2,00
    1,10 a 1,12
    2,50 a 3,00
    5,00 a 6,00
    1,80 a 2,00
    1,12 a 1,15
    3,00 a 3,50*
    6,00 a 7,50
    2,00 a 2,80*
    1,15 a 1,20
    3,60 a 5,00*
    7,50 a 9,00
    Pré-acasalamento e acasalamento Fêmea Macho Baia coletiva
    Gaiola individual
    Baia individual
    2,00 a 2,50
    1,10 a 1,12
    5,00 a 6,00
    2,50 a 2,80
    1,12 a 1,20
    6,00 a 7,50
    2,80 a 3,00
    1,15 a 1,20
    7,50 a 10,00
    Gestação Fêmea Baia coletiva
    Gaiola individual
    2,80 a 3,00
    1,12 a 1,20
    3,00 a 3,50
    1,12 a 1,20
    3,00 a 3,80
    1,15 a 1,20
    Lactação Fêmea Baia com escamoteador
    Baia sem escamoteador
    4,50 a 5,70
    3,45 a 4,65
    4,50 a 5,70
    3,45 a 4,65
    4,50 a 5,70
    3,45 a 4,65
    Creche Desmame a 25 kg Baia coletiva
    Gaiola suspensa
    0,20 a 0,25
    0,15 a 0,25
    0,25 a 0,27*
    0,18 a 0,25
    0,35 a 0,50*
    -
    Crescimento 25 kg a 60 kg Baia coletiva 0,50 a 0,65 0,65 a 0,75* 0,75 a 0,85*
    Terminação 60 kg a 100 kg Baia coletiva 0,75 a 0,85 0,85 a 1,00* 1,00 a 1,20*
    Crescimento e terminação 25 kg a 100 kg Baia coletiva 0,65 a 0,75 0,75 a 0,85* 0,85 a 1,10*

    *Para baias com dois ambientes, calcular 2/3 da área para dormitório e 1/3 para dejeções.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 415

    Ano: 1998

  • O uso de galpões pré-fabricados traz como vantagens a rapidez de montagem, a redução na perda de materiais, condições para ampliação ou reaproveitamento de peças e economia no tempo global e nos custos da obra. Tem como finalidade a padronização do modelo e dos equipamentos, visando eliminar a interferência de elementos não treinados na execução da obra.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 416

    Ano: 1998

  • Para o cálculo da quantidade produzida por uma criação, em metros cúbicos, utilizam-se os dados de produção de dejetos líquidos diários da tabela abaixo.

    Categoria Esterco Esterco + urina Dejeto líquido
    kg/dia kg/dia kg/dia
    25 kg a 100 kg 2,30 4,90 7,00
    Matrizes (reposição, cobrição e gestação) 3,60 11,00 16,00
    Matrizes com leitões 6,40 18,00 27,00
    Reprodutor 3,00 6,00 9,00
    Leitões 0,35 0,95 1,40
    Média 2,35 5,80 8,60

    O número de suínos presentes é calculado com base nos índices pro­dutivos da criação que, no presente exemplo são: 22 suínos terminados/ matriz/ano, 2,2 partos/matriz/ano (a duração do período de lactação sendo de 28 dias) e dez leitões terminados/parto.

    É ainda necessário calcular o cronograma de produção, utilizando as seguintes fórmulas:

    Número de partos por semana = número total de matrizes x Número de partos/matriz/ano) / 52 semanas.

    Maternidade = partos por semana x período de ocupação (5 a 6 semanas) x volume diário de dejetos.

    Creche = partos por semana x período de ocupação (5 a 6 semanas) x Número de leitões desmamados/parto x volume diário de dejetos.

    Crescimento e Terminação = partos por semana x período de ocupa­ção (12 a 14 semanas) x Número de leitões terminados/parto x volume diá­rio de dejetos.

    Gestação = total de matrizes - matrizes na maternidade x o volume diário de dejetos na gestação.

    Reprodutor = total de reprodutores x volume diário de dejetos.

    Tomando como exemplo para cálculo uma granja com 48 matrizes, tem-se:

    Número de partos por semana = (48 x 2,2) / 52

    =

    2,0
    Maternidade = 2 x 5 x 27 = 270 litros/dia
    Creche = 2 x 6 x 10 x 1,40 = 168 litros/dia
    Crescimento/Terminação = 2 x 10 x 12 x 7,0 = 1.680 litros/dia
    Gestação = (48 - 10) x 16 = 608 litros/dia
    Reprodutores = 2 x 9 = 18 litros/dia
    Total de dejetos = 2.744 litros/dia

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 438

    Ano: 1998

  • A altura do pé direito varia de acordo com as características dos ma­teriais usados nas edificações e com o número de animais. Para edificações abertas, mal isoladas e estreitas (de 5 m a 7 m), sugere-se pé direito de 2,5 m, no mínimo, de 2,8 m em edificações mediamente largas (de 7 m a 10 m) e de 3 m em edificações de maior largura.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 418

    Ano: 1998

  • O bebedouro em nível é um sistema simples composto de uma caixa d’água (reservatório) com boia flutuante, tubulação de alimentação do sistema e do bebedouro. O bebedouro propriamente dito é um pedaço de cano de ferro, com ponta em forma de bisel, fixado em ângulo na parede da baia. O funcionamento, semelhante ao ato de mamar, consiste em fazer sucção na ponta do cano para extrair a água. A boia regula a entrada de água no reservatório e mantém o nível de água o mais próximo possível da ponta do bebedouro.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 420

    Ano: 1998

  • Os equipamentos mínimos necessários para a criação são: vassoura, pás, baldes, mangueiras, carrinho de mão, seringa, agulha, mossador (apa­relho para identificar o animal), tesoura, alicate para o corte de dentes, bisturi, caixa de manejo, misturador de ração, triturador, silo, cremador, comedouros, balanças, bebedouros.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 419

    Ano: 1998

  • O número de comedouros por baia depende do modelo utilizado, da formatação da baia, do número de animais por baia, da fase animal e do sistema de alimentação.

    Recomenda-se um comedouro simples por baia, com tantas bocas quantos forem os animais no grupo ou um comedouro automático com uma boca para cada três animais, para grupos de até doze animais. Para grupos maiores, um comedouro (também com uma boca para três animais) para cada doze animais do grupo.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 421

    Ano: 1998

  • O número de bebedouros por baia depende do modelo utilizado, do formato da baia, do número de animais por baia, da fase animal e do sistema hidráulico.

    Em geral, recomenda-se um bebedouro, no mínimo, para grupos menores que dez animais, dois bebedouros para grupos de dez a quinze animais e um bebedouro para cada sete suínos em grupos maiores que quinze animais por baia.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 422

    Ano: 1998

  • A digestão ou estabilização anaeróbica é o processo de decomposi­ção da matéria orgânica bruta, pela ação bacteriana, sem a presença de oxigênio livre na massa líquida, de maneira que os organismos vivos nela existentes utilizam-se do oxigênio combinado, disponível nas moléculas da matéria orgânica. O propósito da fermentação anaeróbica é a degradação e a estabilização da matéria orgânica, a redução de seu potencial poluidor e do potencial de contaminação de microrganismos entéricos de impor­tância para a saúde pública.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 428

    Ano: 1998

  • É aquela que atenda às condições de cada propriedade, respeitando a legislação ambiental. Depois de fermentados em esterqueiras ou em equipamentos chamados reatores anaeróbicos e aeróbicos, os dejetos po­dem ser aproveitados na lavoura como fertilizantes. Podem também ser apro­veitados in natura para produzir algas e outros organismos que servem de alimento para peixes. Após a separação das fases líquida e sólida em decantadores ou em sistemas de peneira, a parte líquida pode ser usada para irrigar lavouras ou na limpeza das baias, e a parte sólida pode ser empregada como alimento de outros animais (peixes) ou como adubo, depois de fermentada. É preciso tomar muito cuidado no manejo de cada alternativa, pois o uso excessivo desse material, ao longo dos anos, pode prejudicar o solo e contaminar os mananciais.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 430

    Ano: 1998

  • A utilização de dejetos de suínos na alimentação de peixes é comum em vários países. O policultivo de peixes é o princi­pal sistema de criação que usa dejetos de suínos, sendo a carpa comum, a tilápia nilótica e as car­pas chinesas (prateada, capim e cabeça-grande) as principais espécies utilizadas. Um método bastante empregado é o aproveitamento de dejetos frescos de suínos criados em pocilgas construídas sobre os viveiros, chamadas de modelo vertical, ou às margens do viveiro, com canalização, conhecidas como modelo horizontal, ou através de aspersão dos dejetos sobre a superfície alagada do viveiro. Utilizam-se de 30 a 60 suínos, pesan­do entre 25 kg e 100 kg, por hectare de água, com densidade de estocagem de 3.000 peixes/ha a 6.000 peixes/ha. Quando a distribuição do esterco é feita por asper­são ou outra forma indireta, calcula-se a quantidade diária de esterco com base na mesma quantidade de suínos (30 por ha a 60 por ha), ou com base na matéria seca do esterco, variando de 18 kg/matéria seca/ha/dia a 35 kg/matéria seca/ha/dia. A fer­tilização do viveiro deve ser monitorada com análises periódicas sobre a qualidade da água bem como da pesagem e medição dos peixes a fim de otimizar a quantidade de esterco a ser utilizado.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 431

    Ano: 1998

  • O curtimento do esterco é feito pela compostagem ou amontoamento em esterqueiras, por um período de três meses, durante o qual ocorrem a fermentação e a eliminação de agentes patogênicos.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 433

    Ano: 1998

  • Um período de 90 dias, em média, é considerado tempo razoável para a fermentação anaeróbica satisfatória dos dejetos.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 435

    Ano: 1998

  • Os resíduos produzidos pelo suíno são constituídos pelas fezes e uri­na. Os dejetos líquidos da criação, (ou liquame) porém, incluem também a água de limpeza agregada a esses dejetos. A quantidade total de resíduos líquidos produzidos varia de acordo com o desenvolvimento do animal. Um dos componentes que influi na quantidade de dejetos líquidos é a produção de urina que, por sua vez, depende diretamente da ingestão de água.

    A produção de liquame deve ser assumida como sendo diretamente proporcional ao peso vivo do animal. A produção diária de resíduo líquido varia de um fator K vezes seu peso vivo, sendo K= 3,6% em caso de suínos, conforme a tabela a seguir.

    Categoria Esterco Esterco + urina Dejeto líquido
    kg/dia kg/dia kg/dia
    25 kg a 100 kg 2,30 4,90 7,00
    Matrizes (reposição, cobrição e gestação) 3,60 11,00 16,00
    Matrizes com leitões 6,40 18,00 27,00
    Reprodutor 3,00 6,00 9,00
    Leitões 0,35 0,95 1,40
    Média 2,35 5,80 8,60

    O volume total de dejetos líquidos produzidos pode variavelmente em função do manejo adotado, do tipo de bebedouro e do sistema de higienização, da frequência e do volume de água utilizada, bem como do número e categoria de animais.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 437

    Ano: 1998

  • O processo consiste em separar as partículas maiores da fração líqui­da dos dejetos, resultando em dois produtos: a fração líquida mais fluída, mas que conserva a mesma concentração em nutrientes fertilizantes solú­veis que os dejetos brutos, e a fração sólida ou resíduo da decantação ou da peneira, com umidade alta e que se mantém agregada, podendo evoluir para um composto.

    A separação de partículas do dejeto líquido maiores que 0,01 mm pode ser feita por três processos: decantação, peneiramento e centrifugação.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 441

    Ano: 1998

  • Compostagem é o processo de decomposição aeróbica da matéria orgânica. Para isso, amontoam-se os diferentes componentes em pilhas de 2 m de largura e 1,5 m de altura, no máximo, e comprimento de 3 m ou mais, procedendo-se da seguinte maneira:

    • Uma camada de 15 cm de restos orgânicos ou palha.
    • Uma camada de 1 cm a 2 cm de terra argilosa.
    • Uma camada fina de calcário e fósforo (até 2% do conteúdo sólido).
    • Uma camada de 5 cm de esterco puro ou 10 cm de esterco de cama.
    • Uma camada de 10 cm de palha.
    • (Essas camadas são repetidas até se atingir a altura de 1,5 m).

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 442

    Ano: 1998

  • O mau cheiro decorre principalmente da produção de gás sulfídrico, característico de material orgânico em putrefação, acumulado nas calhas das instalações, estocado em reservatórios mal dimensionados e distribuído em larga escala na lavoura.

    A solução é fazer o adequado manejo das instalações, evitando a estagnação dos resíduos nas calhas internas e, em seguida, submetê-los a o processos de tratamento dimensionados e compatíveis com a realidade de cada produtor.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 443

    Ano: 1998

  • O biodigestor deu certo. Deixou, porém, de ser utilizado por causa da introdução da eletrificação rural ou por não haver linha de crédito para sua implantação ou por existirem outras opções para o manejo de dejetos. Existem, entretanto, fatores específicos que dificultam sua utilização, como elevada vazão de afluentes que impede a retenção hidráulica por um míni­mo de tempo indispensável à obtenção de reações eficientes, dificuldades operacionais na alimentação do reator decorrentes da grande oscilação das vazões de entrada, baixos teores de sólidos em suspensão volátil no afluente e elevada quantidade de antibióticos, zinco e cobre na ração que atuam como bactericidas e estrangulam as reações, principal­mente metanogênicas, características desse reator.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 439

    Ano: 1998

  • Há resultados mostrando bom desempenho de bovinos de corte alimentados com a fase sólida dos dejetos de suínos. Esses resultados positivos decorrem da capacidade de digestão microbiana dos ruminantes que os habilita a aproveitar alimentos considerados de baixa qualidade nutricional para os monogástricos.

    Todavia, não foram realizados estudos sobre a qualidade da carne e das vísceras desses animais do ponto de vista da saúde pública, da qualidade nutricional e palatabilidade, o que desauto­riza recomendar o emprego desses dejetos na alimentação de bovinos.

    Mesmo que a questão da qualidade da carne seja contornada, haverá sempre resistência ao consumo de carne desses animais por parte do público, nacional ou estrangeiro, que poderá determinar, por si só, o banimento dessa prática. A alimentação de vacas leiteiras com esses dejetos constitui problema mais sério. Com efeito, sabe-se que a secreção do leite funciona também como veículo excretor de nutrientes, de elementos e metabólitos da dieta havendo, assim, poucas possibilidades de que o leite desses animais possa atender aos padrões de qualidade requeridos para consumo humano.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 440

    Ano: 1998

  • A estocagem de dejetos líquidos na propriedade deve ser feita em local de nível inferior ao do local de produção de suínos, a fim de facilitar sua entrada na esterqueira, por gravidade, evitando maiores custos com instalação e funcionamento de bombas de recalque.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 444

    Ano: 1998

  • O sistema de armazenamento dos dejetos deve obedecer ao código florestal que, a partir de 1986, considera como objeto de preservação a vegetação que impede a erosão, em faixas ao longo dos cursos d’água que variam, dependendo da largura do rio, de um mínimo de 30 m para águas correntes (Lei Nº 7.803, de 18 de julho de 1989) a 50 m para lagoas e lagos (Resolução Conama Nº 04, de 18 de setembro de 1985). A localização correta é a que respeita a legislação em vigor e evita ao produtor o ónus exces­sivo com transporte de grandes volumes para áreas mais elevadas onde normalmente estão as lavouras. Por isso, recomenda-se a implantação de novas granjas próximas às lavouras receptoras.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 445

    Ano: 1998

  • A água da chuva e a multiplicação das moscas são os dois motivos que levam os produtores a cobrir as esterqueiras. Entretanto, em nenhum dos casos é preciso cobri-las.

    O excesso de água da chuva que penetra na esterqueira ocorre, sobretudo, pelas laterais, ou porque as paredes são muito baixas ou não rece­beram revestimento ou pela ausência de canaleta de desvio da enxurrada. A falta de revestimento das paredes não apenas facilita a infiltração da água do lençol freático como também a contaminação deste último pelos dejetos. A consequência dessas falhas na construção da esterqueira é a diluição excessiva do esterco.

    Coberturas de esterqueira, com telhados simples de telha francesa ou de amianto, têm vida útil muito curta, de três a cinco anos, em consequência da ação dos gases produzidos na fermentação do esterco, que corroem toda a estrutura metálica (pregos, braçadeiras, parafusos). Telhados de folha de zinco ficam totalmente destruídos dois anos após a construção. Lajes de concreto, pelo contrário, bem construídas, sem deixar a estrutura metálica exposta, têm vida útil prolongada. Entretanto, apenas a água da chuva que cai diretamente sobre a esterqueira não é motivo suficiente para justificar a construção de telhado, pois a água se evapora com o tempo. A multiplica­ção de moscas também não justifica a construção de telhado, pois as larvas não se multiplicam na água que cobre o esterco, mas no esterco úmido acumulado nas calhas, onde podem fazer galerias que permitem a aeração, o que é impossível em esterco imerso em água.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 447

    Ano: 1998

  • Fig_pag218.jpg

    Dando destino adequado aos dejetos, aos restos de parição, cadáve­res e sobras de ração. Todo esse material serve de alimento para as larvas de moscas se não for adequadamente tratado. O esterco deve ser mantido sob uma lâmina d’água tanto nas canaletas quanto na esterqueira. O ester­co misturado a maravalha deve ser coberto com lona de plástico ou coloca­do em câmara de fermentação por 30 dias, no mínimo. Os restos de parição e cadáveres devem ser lançados em fossas ou enterrados. Restos de ração mofada devem ser cobertos com lona de plástico até que se lhes dê destinação final.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 448

    Ano: 1998

  • Esse artifício é usado como repelente em locais onde não se pode usar controle químico e onde não proliferam moscas pelo mau manejo dos resíduos, com resultados satisfatórios. Embora não tenha sido comprovada cientificamente, a observação desta prática confirma a repetência das moscas. Esse fato pode estar ligado à faixa de luz refletida pelo conjunto formado pela bolsa de plástico e pela água.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 449

    Ano: 1998

  • Porque possuem uma substância ativa que atua como repelente desses insetos.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 450

    Ano: 1998

  • O plantio dessa árvore próximo às casas ajuda a afastar as moscas. Entretanto, o uso das folhas dentro de casa é menos eficiente pois, ao seca­rem, perdem o efeito repelente (o princípio ativo que exerce esse efeito é volátil). Pode-se, porém, colocar galhos em vasos como parte da decoração garantindo, assim, um ambiente livre desses insetos por algumas horas.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 451

    Ano: 1998

  • O mais eficiente é conhecido como controle mecânico, que consiste em evitar que os insetos se reproduzam, sendo feito pelo manejo correto dos dejetos e dos resíduos orgânicos. Apenas essa operação já garante 90% do controle. O restante pode ser feito por controle biológico com inimigos naturais como pássaros, sapos, vespas e outros. Usa-se o controle químico em locais onde não se admite a entrada desse inseto.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 453

    Ano: 1998

  • São as causadas por agentes eliminados pelas fezes e por outros fluí­dos corporais como diarreias provocadas pelas bactérias Salmonella, Escherichia coli e o cólera humano. As feridas purulentas causadas por Staphylococcus e Clostridium são outro exemplo. As moscas transmitem também protozoários como a Giardia e os coccídeos. Podem transmitir, igualmente, o agente da tuberculose e diversas viroses, sendo inclusive veiculadoras dos ovos do berne.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 454

    Ano: 1998

  • De um lado, as fêmeas de borrachudo alimentam-se do sangue dos animais; de outro, os dejetos deixados ao lado das instalações ou que va­zam das esterqueiras, ao serem carreados pelas chuvas para os riachos, servem de alimento às larvas de borrachudo.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 458

    Ano: 1998

  • Fig_pag229.JPG

    Os ingredientes para a fabricação de sabão a frio são: 4 kg de banha ou de sebo, 1 kg de fubá, 1 kg de soda cáustica, 200 g de breu e 15 litros de água. Derreter a gordura, acrescentar o fubá em forma de mingau e o breu moído. Mexer bem. Acrescentar a água, bater até for­mar consistência firme (aproximadamente 40 minutos). Deixar em repouso. Cortar no dia seguinte.

    Os ingredientes para a fabricação de sabão a quente são: 5 kg de sebo, 1 kg de soda e 20 litros de água. Misturar a soda com parte da água e deixar esquentar. Misturar o sebo. Acrescentar o restante da água e ferver até dar o ponto. Pode-se acrescentar um pouco de desinfetante industrial (tipo pinho) para dar cheiro mais agradável. Deixar esfriar e cortar no dia seguinte.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 478

    Ano: 1998

  • O abate não é feito com choque elétrico. Usa-se o choque elétrico apenas para insensibilizar o animal, que é sangrado, em seguida. Esses dois processos são utilizados pela maioria dos frigoríficos.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 479

    Ano: 1998

  • Existem pequenas diferenças, não significativas para o processamento da carne, desde que os machos sejam castrados ainda jovens e as fêmeas não estejam com gestação adiantada (2/3 em diante) ou não sejam de parto recen­te. A legislação brasileira não permite o abate de suínos machos inteiros.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 462

    Ano: 1998

  • Higienização de tudo que estiver envolvido no processo, ou seja, das insta­lações (pisos, mesas), dos equipamentos (facas, ganchos, termómetro, baldes e serras) e do manipulador (mãos, cabelos, unhas, uniforme).

    O suíno deve passar por um perío­do de jejum de pelo menos seis horas, recebendo somente água e não sofrer estresse.

    • Atordoamento e sangria – Antes da insensibilização ou atordoamento (fei­ta através de eletrochoque), um banho de água fria ajuda na vasoconstrição perifé­rica (saída do sangue dos músculos para as veias e artérias), que deixa a carne com melhor qualidade. O banho também aju­da na condutibilidade do eletrochoque. O tempo entre a insensibilização e a sangria deve ser o menor possível (inferior a três minutos). A sangria deve ser feita nos gran­des vasos do pescoço.
    • Escaldamento de depilação – A depilação é feita com escaldagem de água a 65 °C. A toalete final é feita com flambagem (lança-chamas).
    • Evisceração (retirada das vísceras) – O tempo máximo entre a sangria e a evisceração não deve passar de 30 minutos.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 460

    Ano: 1998

  • Nos Serviços de Extensão Rural, nas universidades rurais, no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e na Embrapa Informação Tecnológica.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 463

    Ano: 1998

  • Fig_pag227.jpg

    Canhão de embutir (ou adapta­dor para máquina de moer carne), funil, tripas adequadas, barbante, colheres, panelas, injetor de temperos e termómetro.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 470

    Ano: 1998

  • Aquelas produtoras de suíno tipo carne ou seus cruzamentos.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 471

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de defumação: a quente (75 °C) e a fria (30 °C a 50 °C). A defumação confere ao produto cheiro e sabor característicos, além de mai­or tempo de prateleira.

    As peças devem ser penduradas no defumador, mantendo-se uma certa distância entre elas, bem como da parede, a fim de garantir a circulação da fumaça e do calor.

    O tempo, a temperatura e o tipo de lenha são fundamentais para a boa defumação. Cada produto exige um determinado tempo de defumação.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 465

    Ano: 1998

  • Os defumadores mais utilizados são os do tipo armário, tipo tonel com fogo externo, tipo tubo de concreto e o tipo estufa

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 467

    Ano: 1998

  • A carne suína participa com 22% do total de proteínas animais consumidas no Brasil, a carne bovina, com 40%, as aves, com 37% e os ovinos/caprinos, com 1%.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 473

    Ano: 1998

  • Seguramente mais de 100. Os mais conhecidos no Brasil são: bacon, costelinha, lombo defumado, linguiça (blumenau, colonial, churrasco, calabresa, toscana), salame (italiano e milano), copa, morcela, torresmo e pernil (tender e parma).

    Saliente-se que tudo do suíno é aproveitado, de tripas a orelhas, sangue, vísceras, etc, seja para a fabricação de subprodutos, seja na indústria de medicamentos, cosméticos e pincéis.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 475

    Ano: 1998

  • Não. Um dos fatores responsáveis pelo aumento do colesterol, nos se­res humanos, é o consumo de gorduras de origem animal. A carne de suínos possui níveis de colesterol iguais ou menores do que as carnes de frango, bovinos e camarões, e do que os ovos de galinha.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 476

    Ano: 1998

  • A produção de leitões para entrega a terminadores deve levar em conta as vantagens e desvantagens:

    Vantagens

    • Exige menor capacidade de armazenagem de grãos.
    • Garante melhor preço de mercado.
    • Ao abrigo de contrato de parceria, garante a venda dos leitões.

    Desvantagens

    • O sistema é mais exigente em mão de obra qualificada.
    • Atrelamento à empresa integradora que coordena o processo de transferência dos animais ao terminador.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 484

    Ano: 1998

  • Para iniciar a criação de suínos, é preciso analisar as seguintes variáveis: mão de obra necessária:

    Tipo de criação N° de matrizes/pessoa
    Ciclo completo 40/1
    Criação de leitões 60/1
    Condomínios 60/1
    Criação de reprodutores 40/1
    Criação ao ar livre (Siscal) 70/1
    • Área disponível e topografia para sistema ao ar livre.
    • Capacidade de produção de insumos ou facilidade de aquisição.
    • Capacidade de armazenagem de milho.
    • Facilidade de acesso à assistência técnica.
    • Proximidade do comprador.
    • Cuidados no aspecto sanitário dos animais que vão formar o plantel.
    • Montante de investimento por matriz depende do sistema de produção a ser adotado, do tipo e do material a ser utilizado nas instalações. Existem referências de valores que variam de R$ 700,00 a R$2.500,00, por matriz.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 486

    Ano: 1998

  • Segundo estudos efetuados pela Embrapa Suínos e Aves, o número mí­nimo de matrizes que viabiliza a obtenção de custo mínimo situa-se acima de 16 matrizes.

    É importante enfatizar que para otimizar o uso dos equipamentos, ins­talações e mão de obra é recomendado o manejo reprodutivo por lotes. Para que esse manejo possa ser efetuado é necessário ter-se um número mínimo de 21 matrizes.

    Inúmeros produtores rurais não dispõem de recursos para viabilizar uma produção de suínos com esse número mínimo de matrizes. Para esses produ­tores, a solução é a produção associativa.

    O sistema de condomínio é uma forma de produção associativa. Esta forma de produção foi iniciada em Santa Catarina, em meados dos anos 80, e até hoje é difundida nos Estados do Sul. Ela permite aos pequenos produtores de suínos, que apresentam baixa produtividade trabalhando isoladamente, atingir índices acima da média, trabalhando de forma associativa.

    A implantação e o funcionamento da produção associativa passam pelas seguintes etapas:

    • Formação da sociedade por um grupo de produtores da mesma região.
    • Aquisição conjunta de pequena área de terra, dos reprodutores e dos equipamentos.
    • Construção das instalações para maternidade, creche e abrigo para os reprodutores.
    • Rateamento das despesas de implantação e de manutenção entre os membros do condomínio.
    • Tomada de decisões em assembleia dos condôminos.
    • Implantação do sistema de coleta de dados técnicos e econômicos que auxiliem na administração do condomínio.
    • Contratação de mão de obra específica para gerenciar a produção de leitões.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 485

    Ano: 1998

  • A produção de leitões requer criadores especializados, pois o segredo do negócio está no número de leitões produzidos por fêmea/ano. Considerando que a fêmea consome em torno de 1.000 kg de ração por ano, incluindo a ração do cachaço, e que os custos da alimentação representam 70% dos custos de produção, o custo total de produção de uma fêmea ao longo de um ano equivale a aproximadamente 1.400 kg de ração, sem contar os custos de reposição de fêmeas e machos. Pode-se, então, calcular o custo por leitão produzido:

    • Para uma produtividade de quatorze leitões por fêmea/ano, o custo de produção de um leitão é de 100 kg de ração da fêmea.
    • Para uma produtividade de 16 leitões por fêmea/ano, o custo de pro­ dução de um leitão é de 87,5 kg de ração da fêmea.
    • Para uma produtividade de 18 leitões por fêmea/ano, o custo de pro­ dução de um leitão cai para 78 kg de ração da fêmea, e para 70, 64, 58 e 54 kg de ração da fêmea, para produtividades de 20, 22, 24 e 26 leitões por fêmea/ano, respectivamente.

    Portanto, ao se pretender produzir leitões, deve-se buscar alta produtividade por matriz/ano.

    Não sendo viável essa opção, a alternativa é ser terminador, compran­do os leitões de outros criadores. Nesse caso, é fundamental assegurar boa sanidade, dispor de rações de qualidade e de mão de obra especializada, que proporcionem excelentes índices de conversão alimentar e de rendimento de carne na carcaça.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 487

    Ano: 1998

  • O retorno do capital investido na atividade suinícola depende do mercado no qual o produtor está inserido, além de fatores como:

    • Nível tecnológico.
    • Preço praticado pelo mercado durante o período de venda dos suínos e de compra dos insumos.

    A atividade suinícola, mesmo com elevados índices de produtividade, necessita de tempo superior a seis anos para recuperar o capital investido. Infelizmente, a suinocultura tem convivido com crises constantes e longas. A atividade, em determinados momentos, apresenta altos retornos econô­micos e, em outros períodos, prejuízos, especialmente para produtores de baixa tecnologia.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 488

    Ano: 1998

  • É um programa de computador para o acompanhamento técnico-eco­nômico das propriedades suinícolas. Busca a obtenção e o processamento de informações gerais (estoques de animais e alimentos, compra de animais e alimentos, coberturas, partos, desmames, perdas e transferências de animais) do setor suinícola, pela coleta de informações nas propriedades e apuração das informações obtidas, oferecendo resultados, com o objetivo de minimizar os custos e aumentar a lucratividade da atividade.

    O Atepros, além de ser usado pelos produtores individualmente, foi desenvolvido principalmente para extensionistas e técnicos de empresas que de alguma forma prestam assistência aos produtores.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 490

    Ano: 1998

  • O Prosuino (Versão 3.0) é um programa de formulação de rações, sim­ples e versátil, baseado em conhecimentos técnico-científicos desen­volvidos pelos pesquisadores da área de nutrição de suínos, da Embrapa Suínos e Aves.

    Este programa busca atender a todos os suinocultores que necessitam de ferramenta simples e eficaz para baratear o custo da alimentação de seus animais.

    Dessa forma, o uso do Prosuíno Versão 3.0 viabiliza a produção de suínos a custo de produção menor pela minimização do custo da ração e pelo uso de alimentos mais baratos, no período, e disponíveis, sem dimi­nuir a produtividade do plantel.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 492

    Ano: 1998

  • Atualmente, na região Sul, grande parte dos suínos é produzida dentro do sistema de integração. Os produtores têm adotado esse sistema em razão, principalmente, das constantes crises com as quais a atividade tem convi­vido. Buscam junto à empresa integradora mais segurança e garantia de mercado para seus animais.

    Os criadores não integrados podem enfrentar dificuldades principal­mente em épocas de excesso de oferta de animais quando as empresas com produtores integrados podem recusar animais de não integrados.

    Assim, ambas as modalidades têm vantagens e desvantagens. A via­bilidade de cada uma depende do mercado ao qual estão vinculadas.

    As vantagens e desvantagens do sistema de integração são as seguintes:

    Vantagens

    • Garantia da comercialização dos suínos prontos para abate.
    • Assistência técnica.
    • Facilidades na obtenção de material genético de melhor qualidade.
    • Facilidades na compra de insumos.

    Desvantagens

    • Atrelamento à empresa integradora, sem flexibilidade para a venda de animais, impedindo a busca de melhores preços.
    • Obrigatoriedade de uso dos insumos da integradora, mesmo que mais caros que outras marcas disponíveis no mercado.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 494

    Ano: 1998

  • É o produtor que possui as matrizes e entrega os leitões, após o desma­me, para o terminador. A venda dos leitões deve ocorrer, no máximo, aos 70 dias. O peso mínimo dos leitões deve ser de 19 kg e o máximo de 25 kg, ou uma média de 24 kg. No dia da coleta, cada animal é pesado. Os que estive­rem abaixo dos índices preestabelecidos, são considerados refugo e recusa­dos pelo terminador. O tamanho do lote e a forma de pagamento dependem da integradora. Algumas integrações trabalham com lotes de 24 leitões, no mínimo, e pagamento feito na seguinte base: leitões com até 22 kg de peso têm preço de 1,50 vezes o preço do suíno vivo, e com peso acima de 22 kg têm preço 30% inferior ao do suíno tipo carne.

    É importante salientar que a percentagem de acréscimo descrita acima é variável em função das condições de mercado.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 497

    Ano: 1998

  • É o produtor que faz apenas a terminação, ou seja, recebe os leitões, engorda e entrega para abate.

    Em geral, os leitões são recebidos com 19 kg e 70 dias de idade, sendo que a média é de 24 kg. Os animais são engordados até atingirem a média de 96 kg, quando são enviados para abate.

    O pagamento dos terminadores de leitões depende da empresa integradora. Em geral, existem dois tipos de terminadores:

    • Terminador em Regime de Parceria – Esse tipo de produtor depende exclusivamente da agroindústria (parceiro). Recebe os leitões e todos os insumos necessários para sua criação (ração, medicamentos e assistência téc­ nica) e tem como responsabilidade prover esses animais de instalações e acom­panhamento diário (arraçoamento, limpeza, etc).

    O pagamento por esse trabalho depende dos coeficientes tecnoló­gicos obtidos (conversão alimentar e mortalidade). Esse sistema é idêntico ao da criação de frangos.

    • Terminador Propriamente Dito – Esse tipo de produtor depende exclusivamente do produtor de leitões de quem compra os leitões com o peso variando de 19 kg a 25 kg. Após um período de aproximadamente 90 dias, ele os vende a um frigorífico que pode ser uma empresa integradora ou não. Esse sistema difere da parceria à medida em que todos os custos do processo pro­ dutivo são efetuados pelo terminador (compra do leitão, compra de ração, etc).

    Esse sistema de produção está sendo adotado por algumas empresas integradoras que, nesse caso, se reservam a exclusividade de efetuar a intermediação entre o terminador e o criador de leitão. A remuneração desse tipo de produtor é idêntica à de um produtor de ciclo completo.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 498

    Ano: 1998

  • É o produtor que possui as linhagens puras ou as F-1, e faz seleção de F-2 que serão reprodutores a serem utilizados pelos criadores de ciclo com­pleto ou pelos produtores de leitões.

    A remuneração desses animais é feita de forma similar à dos criadores de leitões, ou seja, para cada quilo do reprodutor (macho ou fêmea) o produ­tor de reprodutores ganha o valor pago pelo quilo de suíno vivo para abate, mais uma percentagem sobre esse valor, que varia em função da empresa integradora e da demanda por esses animais.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 499

    Ano: 1998

  • Um importante item na composição dos custos de produção de suínos é a alimentação (> 60 %). Algumas medidas podem reduzir seu custo:

    • Produzir os próprios insumos para alimentação dos animais. Os dois ingredientes de maior peso no custo da ração são o milho e o farelo de soja. Esses dois produtos apresentam instabilidade de preços em virtude das condições climáticas que afetam a produção nacional e internacional.
    • Efetuar a compra, de milho principalmente, no período de safra quando os preços são mais baixos. Esse fato decorre da sazonal idade dos preços dos produtos agrícolas, que se deprimem nos períodos de safra e se elevam nos períodos de entressafra.
    • Utilizar alimentos alternativos, que apresentam preços inferiores ao dos ingredientes convencionais.

    A recomendação geral é utilizar tecnologias que melhorem a produ­tivi­dade da criação visando reduzir a mortalidade, aumentar o número de termi­nados/fêmea/ano e melhorar a conversão alimentar. É importante a adoção de programas de genética, de vacinação preventiva, de limpeza e desinfec­ção, de uso de rações de boa qualidade e de técnicas gerenciais e instalações adequadas.

    A Embrapa Suínos e Aves dispõe de tecnologias que podem promo­ver essas melhorias a baixo custo.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 500

    Ano: 1998