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  • A suplementação alimentar com enzimas como a fitase, betaglu­canases e pentosanases pode proporcionar resultados positivos em suínos adultos. A fitase, originária da produção microbiana, melhora o apro­veitamento do fósforo fítico da dieta, presente principalmente nos grãos de cereais e seus subprodutos, mas também nas sementes de oleaginosas e seus subprodutos.

    A betaglucanase e pentosanases melhoram a digestibilidade dos carboidratos não amido presentes nos grãos de cereais, principalmente no centeio e na cevada. A utilização da betaglucanase proporciona pequena melhora na utilização da cevada pelos suínos. Maiores benefícios podem ser esperados com a suplementação de pentosanases em dietas que conte­nham centeio e algunas cultivares de triticale.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 193

    Ano: 1998

  • Fig_pag95.jpg

    Conversão alimentar é um índice fornecido pela relação entre o consumo de alimento e o ganho de peso dos suínos. É indicadora da eficiência alimentar da dieta, mas analisada isoladamente pode levar a conclusões erró­neas sobre determinado alimento, dieta ou manejo alimentar.

    A conversão alimentar é uma das variáveis indicadoras do desempe­nho dos suínos e deve ser analisada conjuntamente com o ganho de peso e o consumo de ração para a tomada de decisões sobre nutrição de suínos. É dada pela fórmula:

    Conversão alimentar = consumo de alimento ganho de peso

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 194

    Ano: 1998

  • Conversão alimentar do rebanho é a quantidade (kg) de ração utiliza­da para produzir 1 kg de suíno terminado. É dada pela fórmula:

    Car = Conali / Peso total

    Em que:

    Car = conversão alimentar do rebanho.

    Conali = consumo de alimentos no período = estoque inicial de alimentos + compras - estoque final.

    Peso total = pesanies + pterm + plei + prepr + pesanido - plecom - ptleitoc - ptmrepos - precom.

    Em que:

    Pesanies = peso dos animais no estoque final - peso dos
    animais no estoque inicial.

    Pterm = peso dos animais vendidos como terminados.

    Plei = peso dos leitões vendidos.

    Prepr = peso dos animais vendidos como reprodutores.

    Pesanido = peso dos animais consumidos ou doados.

    Plecom = peso dos leitões comprados.

    Ptleitoc = peso das leitoas para reposição compradas.

    Ptmrepos = peso dos machos para reposição comprados.

    Precom = peso dos reprodutores comprados.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 195

    Ano: 1998

  • Por ter baixo teor de proteína e alto teor de energia, o milho é utiliza­do como fonte de energia na alimentação dos suínos. Por isso, outros ali­mentos com baixo teor de proteína poderão substituir o milho na dieta. Entre eles estão os cereais de inverno e seus subprodutos: sorgo, triticale, trigo, triguilho, cevada, centeio; raízes e tubérculos: mandioca, batata-doce, be­terraba forrageira e seus subprodutos; subprodutos do arroz; subprodutos da industrialização de frutas, etc.

    Esses produtos, porém, não podem substituir o milho de igual para igual, pois a maioria possui nível de energia inferior ao do milho bem como teor de proteína e composição em aminoácidos diferentes dos do milho. Por isso, quando utilizados, alguns devem ser acompanhados de outros ingredi­entes com alto teor de energia, como gorduras, óleos e sementes de oleagi­nosas. Além disso, a formulação deve ser feita com base também na composição de aminoácidos de todos os ingredientes. Com a substituição do milho, ocorre então uma alteração na proporção de praticamente todos os ingredientes da dieta.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 197

    Ano: 1998

  • O sulfato de cobre é incluído nas rações de suínos em crescimento e terminação como promotor de crescimento. A quantidade recomendada é de 125 ppm (partes por milhão) de cobre. O sulfato de cobre penta-hidratado tem uma concentração de 25,4% de cobre, significando que se deve usar uma concentração de 50 g de sulfato de cobre por 100 kg de ração. Sua inclusão nas rações pode aumentar a incidência de lesões gástricas, sendo aconselhável fazer avaliações periódicas das lesões em nível de frigorífico.

    O uso de sulfato de cobre na terminação resulta em maior incidência de gordura mole na carcaça.

    Para ser incluído nas rações, é necessário que esse produto seja finamente moído. Sua característica é a forma cristalina, de coloração azul intensa.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 200

    Ano: 1998

  • Podem ocorrer intoxicações por excesso de sal. Os animais jovens são mais sensíveis que os adultos. Existem duas formas de intoxicação:

    • Hiperaguda, provocada pela ingestão de altas doses de sal e pela privação de água.
    • Aguda, provocada por ingestão de quantidades menores de sal durante determinado período, e insuficiente ingestão de água.

    Os primeiros sintomas de intoxicação podem ser observados de 12 a 24 horas após a ingestão de sal comum. Os sintomas mais frequen­tes são: falta de apetite, tristeza, apatia, os animais não gritam, não reagem a nada, andam sem rumo. Os animais afetados, repentinamente param quietos, co­meçam a salivar intensamente e, em seguida, a musculatura abdominal e os membros entram em contração contínua. Esses ataques epilépticos se repetem a intervalos regulares de cinco a sete minutos. A morte ocorre nas primeiras 36 a 48 horas após a ingestão da ração e insuficiente ingestão de água. Não existe um tratamento curativo espe­cífico. Os animais com ata­ques epileptiformes devem ser abatidos o mais depressa possível, pois as possibilidades de cura são muito variáveis. Aos animais sem sintomas clíni­cos deve-se fornecer água limpa e fresca, inicialmente em pequenas quan­tidades.

    A profilaxia da intoxicação está baseada no fornecimento de água limpa e fresca, à vontade, a todos os animais, durante o dia inteiro.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 201

    Ano: 1998

  • Não. O milho triturado com sabugo contém em média 7,8% de prote­ína. O caldo de cana não contém proteína. Portanto, para que se torne um alimento equilibrado para os suínos em qualquer fase, é necessário adicio­nar também uma fonte de proteína como farelo de soja, soja integral, grão de guandu ou concentrado comercial, além de suplementos de vitaminas e minerais.

    O milho com sabugo apresenta alto teor de fibra e baixo teor de ener­gia, sendo mais indicado para a ração de matrizes em gestação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 205

    Ano: 1998

  • O grão do guandu, por apresentar teor de proteína entre 20% e 25%, dependendo da variedade, é uma fonte proteica que substitui o farelo de soja ou o concentrado, podendo ser utilizado na alimentação de suínos em crescimento e terminação. Cozido seco e triturado, pode ser incluído em até 20% na dieta para suínos em crescimento e terminação. O guandu cru, porém, só pode ser incluído em até 10% na dieta para suínos em terminação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 206

    Ano: 1998

  • A composição nutricional da forragem de guandu encontra-se na tabela a seguir:

    Parâmetro (%) Estágio de desenvolvimento
    Vegetativo Com vagens
    Matéria seca 90,00 90,00
    Proteína bruta 22,30 11,05
    Proteína digestível 17,20 7,87
    Extrato etéreo 4,50 2,69
    Extrato etéreo digestível 2,56 1,29
    Extrato não nitrogenado 23,40 46,89
    Extrato não nitrogenado digestível 17,55 31,76
    Fibra bruta 31,70 25,19
    Fibra digestível 16,16 12,84
    Matéria mineral 8,10 4,18
    Nutrientes digestíveis totais 56,67 55,37
    Cálcio 0,80 0,90
    Fósforo total 0,33 0,17
    Energia digestível calculada (kcal/kg)(1) 2.267,00 2.215,00

    (1) Calculados de acordo com os valores de combustão de 4 cal/g para proteína e carboidratos e 9 cal/g para extrato etéreo.

    Os valores de composição nutricional variam de acordo com a idade da planta. Com relação à forma de utilização, é semelhante ao uso do feno de soja.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 208

    Ano: 1998

  • Por ser uma fonte proteica, o grão de feijão-guandu pode substituir parte da soja tostada, do farelo de soja, do concentrado ou de qualquer outra fonte proteica da dieta de suínos em crescimento e terminação. Po­rém, para substituir 1 kg de farelo de soja, são necessários 2,5 kg de grão de guandu, aproximadamente, e 2,16 kg para 1 kg de soja tostada. Dessa for­ma, deve ser feita alteração também na proporção dos outros ingredientes, para que a dieta fique adequadamente balanceada.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 209

    Ano: 1998

  • O feijão, devido aos fatores antinutricionais que apresenta, somente pode ser utilizado na alimentação de suínos após o processamento com calor e água, da seguinte forma: cozido por 30 minutos, ou encharcado por duas horas em água (trocando-se a água uma ou duas vezes ou em água corrente) e após secado por 35 minutos em tostador ou em forno. Dessa forma, pode ser utilizado em até 20% da dieta.

    Depois do processamento, o feijão pode ser utilizado em mistura com outros alimentos como o milho, sorgo, raspa de mandioca (integral ou resi­dual), farelo de trigo, farelo de soja e outros, além de um núcleo de vitami­nas e minerais.

    A formulação, sempre que possível, deve ser feita com base em valo­res obtidos em análises de laboratório para os alimentos em uso.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 210

    Ano: 1998

  • Não. É difícil balancear uma ração utilizando restos de cozinha. Nor­malmente, é necessário utilizar também um concentrado proteico, em quan­tidades variáveis, dependendo da composição dos restos de restaurante e da fase de vida dos suínos.

    O alto conteúdo de água que geralmente está presente nos restos de cozinha após o cozimento também limita sua utilização, principalmente para leitões até os 50 kg de peso vivo. Por isso, deve-se adicionar o mínimo possível de água no cozimento e, quando possível, submeter a processo de secagem após cozimento.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 212

    Ano: 1998

  • O inhame (Discorea sp.) é uma raiz produzida em regiões tropicais ou semitropicais. Apresenta teor de água de 60% a 80%, baixo teor de proteína (1% a 2%), sendo desconhecido seu teor de energia. Sua fração de carbohidrato é composta basicamente por amido.

    A raiz crua do inhame não é bem aceita pelos suínos por apresentar fatores antinutricionais como alcaloides, tanino e saponinas. Por isso, deve-se cozinhá-las em água antes do fornecimento. Dessa forma, o inhame pode ser utilizado como a batata-doce, para suínos em crescimento e termina­ção.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 218

    Ano: 1998

  • Os suínos têm necessidades definidas de vários nutrientes: carboidratos ou gorduras como fonte de energia, proteína/aminoácidos, vitaminas e mi­nerais. Os três alimentos citados na pergunta podem suprir parte considerável da energia da dieta e pequena parte das proteínas, vitaminas e minerais, não constituindo, assim, alimento completo para suínos. Para que se torne completo, é necessário adicionar uma fonte de proteína (farelo de soja, grão de soja integral, farelo de canola, grão de guandu cozido) e as fontes de vitaminas e minerais necessárias (premix, fosfato, calcário calcítico, sal) ou núcleo (de vitaminas e minerais). Outra opção é utilizar um concentrado comercial, que pode suprir a proteína, vitaminas e minerais.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 228

    Ano: 1998

  • A raspa integral de mandioca pode substituir totalmente o milho ou outra fonte de energia para suínos em crescimento e terminação devendo-se, nesse caso, dar especial atenção ao nível de metionina e de energia da dieta. Para manter os níveis adequados de energia, deve ser feita suple­mentação com gordura, quando se utiliza raspa de mandioca em proporções elevadas. O emprego da raspa de mandioca na formulação com farelo de soja, premix, fosfato bicálcico, calcário calcítico e sal, ou com farelo de soja e núcleo é mais adequado do que o uso de concentrado comercial. Isso ocorre porque, substituindo-se o milho por raspa de mandioca, é necessário aumentar a proporção de concentrado para manter o suprimento de proteína e de aminoácidos em nível adequado, pois a raspa de mandioca possui menos proteína do que o milho. Nesse caso, está-se aumentando excessivamente o fornecimento de minerais e vitaminas contidos no con­centrado, cujo excesso será desperdiçado. Empregando-se o farelo de soja e o núcleo ou o premix e os outros ingredientes, seus níveis podem ser mantidos na proporção adequada, pois são incluídos de forma indepen­dente.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 221

    Ano: 1998

  • A raiz da mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um alimento rico em carboidratos altamente digestíveis e muito pobre em proteína. Por isso, é utilizada como fonte de energia para suínos. As variedades normalmente utilizadas para alimentação humana e animal são as variedades mansas, com baixos níveis de princípios tóxicos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 219

    Ano: 1998

  • O teor de princípios tóxicos na parte aérea da mandioca (ramas e folhas) é bem mais alto do que nas raízes, sendo perigoso fornecê-la fresca aos suínos. Por isso, é necessário reduzir seu teor de toxidez, picando ramas e folhas e secando-as ao sol por dois ou três dias, até que o teor de umidade caia para mais ou menos 12%. Depois de seco, esse material deve ser mo­ído, obtendo-se a farinha da parte aérea da mandioca, que pode ser adicio­nada à ração.

    Deve-se levar em conta, também, que o teor de nutrientes, principal­mente de fibra e proteína, é muito variável nesse produto, dependendo da idade da planta e da época da colheita. Por isso, é importante providenciar análises de laboratório de nutrição a fim de verificar os teores, principal­mente de proteína e de fibra.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 225

    Ano: 1998

  • A farinha da parte aérea da mandioca pode ser adicionada à ração em até 25% da dieta de suínos em crescimento e terminação, e em até 30% da dieta de matrizes em gestação. Essas dietas, porém, devem ser suplementadas com óleo a fim de manter níveis adequados de energia e com metionina que auxilia na detoxificação dos resíduos tóxicos que per­manecem nessa farinha.

    Para matrizes em gestação, pode-se aumentar a quantidade de ração fornecida em vez de suplementar a dieta com óleo. Assim, uma dieta de gestação com 20% de farinha da parte aérea da mandioca, sem adição de óleo, tem 3.087 kcal de energia digestível. Com 30% de farinha da parte aérea, o nível de energia cai para 2.971 kcal de energia digestível por quilo da dieta. Por isso, em vez de fornecer 2 kg de ração/matriz/dia, deve-se fornecer 2,160 kg e 2,250 kg (8,0% e 12,5% a mais), respectivamente, das ra­ções com 20% e com 30% de farinha da parte aérea. Nesse caso, os níveis de proteína, cálcio e fósforo devem ser reduzidos na mesma proporção em cada dieta, respectivamente.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 226

    Ano: 1998

  • A raspa residual de mandioca é obtida a partir da extração do amido em nível de indústria ou por peneiragem na fabricação da farinha de mesa. Apresenta alto teor de fibra (em média 12%) e de matéria mineral (6,63%), sendo baixo, por isso, seu teor de energia.

    Não deve ser utilizada para suínos em crescimento, pois reduz seu desempenho mesmo em níveis baixos de inclusão. Para suínos em termi­nação, pode ser incluída em até 30% da dieta, desde que se suplemente com gordura para manter nível adequado de energia.

    Quanto à formulação das rações, as recomendações são as mesmas indicadas para a raspa integral.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 224

    Ano: 1998

  • O soro de leite integral é um ali­mento de alto valor nutricional para suínos e, também, muito palatável, sendo consumido voluntariamente em grandes quantidades pelos suínos. Seu conteúdo de água é alto (93% a 96%) e sua proteína tem alto valor nutricional com relação à composição de aminoácidos. O soro também é rico em vitaminas do complexo B e em minerais como cálcio e fósforo. É mais indicado para animais em cresci­mento e terminação e para matrizes em gestação, embora possa ser utiliza­do também para leitões na fase de creche.

    O soro de leite em pó é um excelente alimento tanto para leitões lactentes como para leitões desmamados, por causa de seu alto conteúdo de lactose e do alto valor nutricional de sua proteína.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 233

    Ano: 1998

  • A composição da semente de milheto (Penisetum americanum, Schum) é a seguinte: 3.250 kcal de energia digestível, 12,20% de proteína bruta, 6,4% de fibra bruta, 0,05% de cálcio, 0,28% de fósforo, 0,40% de lisina, 0,35% de metionina + cistina e 0,1 5% de triptofano.

    Seu conteúdo de energia, devido ao alto teor de fibra, é inferior ao conteúdo de energia do milho. Isso limita sua utilização na alimentação de suínos. No entanto, quando se utilizam ingredientes com alto nível de ener­gia como a soja integral tostada ou extrusada, óleo bruto de soja ou gordura animal para equilibrar o nível de energia da dieta, a semente de milheto pode ser utilizada sem limite na ração dos suínos em qualquer fase. Porém, quando não é utilizado nenhum ingrediente de alta energia para equilibrar o nível de energia da dieta, a utilização da semente de milheto reduz o desempenho dos suínos, sendo essa redução tanto maior quanto maior for o nível de utilização do milheto.

    No caso de matrizes em gestação, não é necessário suplementar com ingredientes de alta energia, mas deve-se aumentar a quantidade de ração diária a fim de garantir o consumo mínimo de energia de que necessitam.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 231

    Ano: 1998

  • Sim. Vários tipos de silagem têm grande aceitação pelos suínos por apresentarem ótima palatabilidade. As mais utilizadas são a silagem do grão de milho, do grão de triticale e de mandioca. É também possível produzir silagem de outros produtos que apresentem alto conteúdo de carboidratos fermentáveis, como de bananas maduras.

    Quanto às silagens de forrageiras, as melhores são as de milho (pé inteiro), leguminosas (alfafa, comichão, entre outras), ou consorciação de gramíneas e leguminosas (milho, aveia ou azevém, mais uma leguminosa). Quando a silagem for somente de leguminosas, deve-se adicionar uma fon­te de carboidratos, como o melaço, para facilitar a fermentação.

    As silagens podem ser fornecidas para os leitões a partir dos 20 kg de peso vivo até o abate, para as matrizes em gestação e para os machos inteiros. Deve-se evitar o fornecimento para os leitões lactentes e na fase de creche e para as matrizes em lactação.

    As silagens de forrageiras devem ser fornecidas principalmente para os animais acima de 60 kg de peso vivo até o abate, para matrizes em gestação e machos inteiros, devido a seu baixo conteúdo de energia.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 236

    Ano: 1998

  • As pastagens destinadas aos suínos devem ser constituídas de forrageiras tenras e macias. A constituição do aparelho digestivo do suíno não lhe permite aproveitar bem as forragens grosseiras e fibrosas com alto teor de celulose e lignina.

    Os capins grosseiros ou que em seu período vegetativo tardio se tor­nam fibrosos e endurecidos, não devem ser empregados nas pastagens para suínos. Incluem-se, nesse caso, o capim-gordura (Melinis minutiflora), o jaraguá (Hyparhenia rufa), o capim-guiné (Panicum maximum) e o capim-elefante (Penisetum purpureum).

    Para a formação de pastagens é necessário considerar as leguminosas e gramíneas. As leguminosas, por sua riqueza em proteína e minerais, são indicadas como as melhores pastagens para suínos, como por exemplo a alfafa. Nas regiões onde essa leguminosa não oferece facilidades de pastoreio, o suinocultor pode cultivá-la para corte, adicionando-a à ração tanto na forma verde quanto fenada. Nessas regiões, as gramíneas são as forrageiras indicadas para pastoreio por serem fáceis de formar e melhor resistirem ao pisoteio. As pastagens de gramas ou gramíneas de porte redu­zido devem ser preferidas por vários motivos:

    • Cobrem o terreno formando um tapete de proteção contra a erosão, aspecto importante em terrenos declivosos.
    • Conservam as folhas tenras e macias durante todo o período vegetativo.
    • Seu sistema radicular garante maior resistência ao pisoteio.

    Na formação de pastos gramados para suínos, deve-se adotar o crité­rio geral de só utilizá-los depois de bem formados.

    As gramíneas mais aconselháveis são grama-de-burro, capim-bermudas, quiquio (Pennisetum clandestinum), grama-forquilha (Paspalum notatum) e capim-rhodes (Chloris gayana).

    Outras pastagens desenvolvidas recentemente, como as do gênero cynodon, devem ser melhor avaliadas.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 239

    Ano: 1998

  • Existem essencialmente três formas de arraçoar suínos com alfafa:

    • Alfafa-fresca recém-cortada.
    • Silagem de alfafa.
    • Feno de alfafa moído e misturado à ração.

    A composição nutricional varia em função do teor de matéria seca e de fibra bruta, que depende do estágio vegetativo em que é feito o corte para silagem, feno ou arraçoamento.

    Composição nutricional de feno de alfafa e de alfafa fresca

    Parâmetro Alfafa fresca Feno de alfafa
    Teor de Proteína
    antes da florada depois da florada >19% PB 17% a 19% 15% a 17%
    Matéria seca (%) 17,6 19,3 90,2 90,6 90,7
    Digestibilidade da matéria orgânica (%) 75 63 64 54 50
    Fibra bruta (%) 3,1 4,6 21,9 23,8 25,7
    Proteína bruta (%) 4,6 4,3 20,7 17,8 16,1
    Proteína digestível (%) 3,7 3,0 13,8 9,0 8,1
    Energia metabolizável (kcal/kg) 437 399 12.938 1.577 1.434
    Lisina (%) 0,2 0,23 1,01 0,87 0,79
    Metionina + cistina (%) 0,09 0,09 0,48 0,45 0,40
    Cálcio (%) 0,33 0,36 1,80 1,83 1,40
    Fósforo (%) 0,05 0,06 0,26 0,29 0,25
    Sódio (%) 0,01 0,01 0,07 0,17 0,07

    A forma fresca deve ser fornecida em complementação à ração. O feno de alfafa, por ter maior teor de fibra bruta, é mais indicado para suínos adultos. Mas, por ter baixo teor de energia metabolizável, sua adição à ração de lactação deve ser baixa, conforme tabela a seguir.

    Fase Nível máximo de adição (%)
    Pré-inicial 0
    Inicial 0
    Crescimento 10
    Terminação 10
    Reposição 20
    Gestação até 80 dias 50
    Gestação de 80 a 113 dias 10
    Lactação 5

    A silagem de alfafa é indicada para matrizes em gestação e lactação. A presença do ácido láctico, produzido no processo fermentativo da silagem, é benéfica para a digestão e absorção de nutrientes no intestino da matriz. Várias pesquisas indicam que o uso da alfafa no período reprodutivo das fêmeas aumenta o número de leitões nascidos vivos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 241

    Ano: 1998

  • O valor nutricional da cama-de-frango é muito variável e depende de vários fatores, entre os quais estão:

    • O tipo e a quantidade de material usado para cama-de-frango.
    • O tempo de uso da cama-de-frango (lotes de frangos de corte ou de poedeiras que usou a mesma cama).
    • A categoria de ave criada: para cada categoria de ave, há um tipo específico de ração, com concentração diferenciada de nutrientes, que gera resíduos (cama) também diferenciados.
    • O tipo e o manejo dos comedouros usados na produção avícola: comedouros tubulares mal regulados geram perdas muito grandes que enri­quecem o valor nutritivo da cama-de-frango.
    • O processamento da cama-de-frango: a utilização de algum sistema de peneiramento a fim de separar o material seco fibroso para sua reutilização nos aviários, resulta em resíduo fino de maior valor nutricional.

    Em função da grande variabilidade da cama-de-frango, é indispensá­vel submeter esse material à análise laboratorial a fim de determinar a con­centração de nutrientes como os teores de PB, FB, Ca e P. Um ponto impor­tante é que grande parte (ao redor de 60%) da PB, pode estar sob a forma de ácido úrico, cujo aproveitamento pelo suíno é muito reduzido.

    Na tabela abaixo, estão expressos alguns valores da concentração em nutrientes resultantes de análises de cama-de-frango realizadas pela Embrapa Suínos e Aves.

    Componentes Análise
    Matéria seca (%) 57,3
    Energia: digestível (kcal/kg) 2.011
    metabolizável (kcal/kg) 1.728
    Proteína bruta (%) 14,3
    Extrato etéreo (%) 0,4
    Fibra bruta (%) 16,7
    Matéria mineral (%) 13,7
    Cálcio (%) 1,7
    Fósforo total (%) M
    Cobre (mg/kg) 94,4
    Ferro (mg/kg) 1.202,7
    Manganês (mg/kg) 239,7
    Zinco (mg/kg) 220,4

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 254

    Ano: 1998

  • Não. Do ponto de vista sanitário, seu uso é desaconselhável.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 256

    Ano: 1998

  • Na tabela a seguir encontram-se as recomendações de altura ideal de três tipos de bebedouros em função do tipo usado e do peso vivo do suíno.

    Altura recomendada para a instalação de bebedouros

    Peso dos suínos (kg) Altura do piso (cm)
    Tipo de bebedouros
    Taça Chupeta Nível
    Até 5 12 18 .
    5-15 20 26 12
    15-30 25 35 12
    30-65 30 45 25
    65-100 40 55 25
    acima de 100 45 65 -

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 263

    Ano: 1998

  • A quantidade mínima diária de água é aquela exigida pelo organismo do animal a fim de equilibrar perdas, produzir leite e formar novos tecidos durante o crescimento e a gestação. Para cada 4 kg de ganho de peso em tecido magro, aproximadamente 3 kg são formados pela deposição de água no organismo.

    A exigência em água nos suínos depende de fatores como temperatu­ra, umidade relativa do ar, idade, peso vivo, estágio ou ciclo reprodutivo, quantidade de ração consumida, teor de matéria seca da dieta, composição da ração (proteína, aminoácidos, sódio e potássio) e sua palatabilidade. A ingestão de água é condicionada pelas exigências do organismo que são, por sua vez, influenciadas pela qualidade e temperatura da água, fluxo de água e tipo de bebedouros, modelo da instalação e estado de saúde dos animais.

    Na tabela a seguir, encontram-se as exigências em água estimadas para duas temperaturas ambientes. Dependendo da categoria de suíno con­siderada, a faixa de conforto térmico pode não estar contemplada.

    Estimativa de exigência em água em duas temperaturas distintas para as diversas categorias de suínos

    Categoria / Peso vivo Exigência em água: litros/dia/suíno
    Temperatura ambiente
    22 °C 35 °C
    Leitão: 5 kg 0,7 1,0
    10 kg 1,0 1,4
    20 kg 2,0 3,5
    Suíno: 25 kg a 50 kg 4,0 a 7,0 10,0 a 15,0
    50 kg a 100 kg 5,0 a 10,0 12,0 a 18,0
    Matrizes desmamadas e em início de gestação 8,0 a 12,0 15,0 a 20,0
    Matrizes no final da gestação e cachaços 10,0 a 15,0 20,0 a 25,0
    Matrizes em lactação 15 + 1,5 x NL 25 + l,8xNL
    Média do plantel em ciclo completo 8,0 a 10,0 12,0 a 16,0

    NL: Número de leitões

    É importante que todas as categorias de suíno tenham livre acesso à água potável com temperatura adequada.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 264

    Ano: 1998

  • O reservatório deve ser dimensionado para estocar água por um perí­odo de cinco dias, com base na seguinte equação:

    CR = (0,48 STA + F + M) x 0,075

    Em que: CR = capacidade do reservatório, em m3;

    STA = número de suínos terminados por ano;

    F = número de fêmeas do rebanho;

    M = número de machos do rebanho.

    Por exemplo, para um sistema de produção de 24 matrizes com um macho e estimando-se 504 suínos terminados por ano, teremos:

    CR = (0,48 x STA + F + M ) x 0,075

    CR = (0,48 x 504 + 24 + 1) x 0,075

    CR = 20,02 m3

    Ou seja, deve-se projetar o reservatório com capacidade para 20 m3 de água.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 265

    Ano: 1998

  • A maneira mais adequada de utilizar a forragem de soja (Glycine max) é na forma de feno moído. Independentemente do estágio de crescimento da planta, o nível de energia do feno da forragem de soja é baixo. No entan­to, esse nível e o de outros nutrientes e sua digestibilidade diminuem com o envelhecimento da planta.

    Dessa forma, o feno da forragem de soja é mais adequado para a alimentação de matrizes gestantes, que apresentam capacidade de consu­mo bem superior às suas necessidades e maior capacidade de aproveita­mento da fibra do que os suínos em crescimento e terminação. Assim, o feno da forragem de soja pode ser utilizado na ração das matrizes ges­tantes, mas a quantidade de ração fornecida deve ser aumentada, de forma a manter um suprimento adequado de energia.

    Quando se fornece feno de forragem de soja aos suínos em cresci­mento e terminação, é também necessário suplementar a dieta com ingre­dientes de alta energia, como soja integral tostada ou extrusada, óleo bruto de soja ou gordura animal, a fim de manter o nível mínimo de energia ne­cessário e evitar queda de desempenho.

    A forragem verde de soja também pode ser utilizada para matrizes em gestação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 232

    Ano: 1998

  • O soro de leite integral pode ser fornecido aos suínos nas diferentes fases, misturado à ração, nas quantidades indicadas nas tabelas abaixo e de acordo com o peso vivo do suíno.

    Proporções diárias de ração (kg) e soro de leite integral (litros) para suínos em crescimento e terminação

    Peso vivo suíno (kg) 100% ração 80% ração/20% soro 70% ração/30% soro
    ração soro ração soro
    25-35(1) 1,50 1,20 4 1,05 7
    35-45(1) 1,90 1,50 6 1,35 8
    45-55(1) 2,20 1,75 7 1,55 10
    55-65(2) 2,60 2,10 8 1,80 12
    65-75(2) 2,90 2,30 9 2,05 13
    75-85(2) 3,20 2,55 10 2,25 14
    85-95(2) 3,50 2,80 11 2,45 15

    (1) Número de dias de fornecimento: 15

    (2) Número de dias de fornecimento: 12

    Até 55 kg de peso vivo, a ração fornecida com soro deve conter no mínimo 15% de proteína, 0,82% de lisina, 0,70% de cálcio e 0,60% de fós­foro total. Dos 55 kg de peso vivo até o abate, a ração deve conter 13% de proteína, 0,60% de lisina, 0,60% de cálcio e 0,50% de fósforo total.

    O premix de vitaminas e microminerais deve ser aumentado na mesma proporção da substituição da ração por soro. Por exemplo, se o soro substitui 30% da dieta, o premix deve ser aumentado em 30%.

    Proporções diárias de ração (kg) e soro de leite integral (litros) para matrizes em gestação

    Dias de gestação 100% ração 75% ração/25% soro 50% ração/50% soro
    ração soro ração soro
    1-90 2,00 1,50 7 1,00 14
    91-105 2,50 1,90 9 1,25 18
    106 2,50 2,00 7 1,50 14
    107 2,50 2,10 6 1,75 11
    108 2,50 2,20 4 2,00 7
    109 2,50 2,30 3 2,25 4
    110-114 2,50 2,40 2 2,40 2

    A ração fornecida com soro até o 105° dia de gestação deve conter 12% de proteína, 0,43% de lisina, 1,0% de cálcio e 0,80% de fósforo total. Do 106° dia até o parto, deve ser fornecida ração com 13% de proteína, 0,47% de lisina, 0,75% de cálcio e 0,60% de fósforo.

    O premix de vitaminas e microminerais deve ser aumentado na mes­ma proporção da substituição da ração por soro de leite, como indicado para animais em crescimento e terminação.

    Outra forma de fornecimento é dar ambos, ração e soro, à vontade, em comedouros separados.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 234

    Ano: 1998

  • Normalmente o soro de leite vem com alto conteúdo de sal, não sen­do recomendado adicionar mais sal nem ao soro nem à ração fornecida com o soro.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 235

    Ano: 1998

  • Sim. A viabilidade do uso de alimentos alternativos na produção de suínos depende dos fatores característicos do alimento (valor nutricional para as diferentes espécies de animais e ciclo de produção) e do valor de venda (maior que o custo de produção do alimento em nível de proprieda­de). As características fisiológicas dos animais determinam em parte o grau de aproveitamento dos nutrientes do alimento. O valor nutricional também é influenciado pelas características da planta (estágio de maturidade, vari­edades e época de corte) e pela fertilidade do solo.

    A alfafa, embora seja um ingrediente de excelente qualidade, enquanto volumoso, tem limitações em dietas para suínos por seu baixo teor de ener­gia digestível e alto teor de fibra, quando comparada aos grãos que substi­tui. Ao contrário dos ruminantes, o suíno é monogástrico, não tendo seu aparelho digestivo concentração suficiente de bactérias para digerir a celu­lose e a lignina e usar a energia desses componentes fibrosos. Embora bai­xa, a capacidade de digestão do suíno aumenta com a idade. Dessa forma, a alfafa é preferencialmente recomendada para matrizes em gestação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 240

    Ano: 1998

  • A algaroba destaca-se, na região Semiárida, como fonte alternativa na alimentação de suínos, por sua produtividade e pelo valor nutritivo da vagem. A farinha de vagem de algaroba possui valores de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) de 2.300 kcal e 2.180 kcal por quilo de matéria seca. Valores de 3.100kcal/kg e 2.430 kcal/kg no alimento para ED e EM, respectiva­mente, também já foram determinados. A variabilidade nos resultados está relacionada principalmente ao teor de fibra bruta (FB) no alimento.

    Os teores médios de proteína bruta e FB correspondem a 8,5% e 17% respectivamente, no alimento com 90% de matéria seca.

    A inclusão de até 30% de farelo de vagem de algaroba em dietas isoprotéicas (de mesmo nível proteico) e isoenergéticas (de mesmo nível energético) para leitões a partir de 16,5 kg resultou em desempenho seme­lhante a dietas com milho.

    Para suínos em crescimento, terminação, fêmeas de reposição e ma­trizes em gestação, inúmeras pesquisas demonstraram que níveis de até 30% nas dietas não alteram o desempenho em comparação a uma dieta-padrão de milho e farelo de soja. Nessas pesquisas, as dietas sempre foram mantidas isoenergéticas e isoproteicas. A adição de farelo de vagem de algaroba nas dietas produz redução linear no custo das rações para suínos, sendo viável econômica e tecnicamente, nas condições do Semiárido nor­destino.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 245

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de cevada: com casca e sem casca. A diferença na concentração de energia metabolizável é grande e deve ser levada em consideração no balanceamento da ração. Existe, igualmente, grande di­ferença na digestibilidade da matéria orgânica, como mostra a tabela a seguir.

    Concentração nutricional da cevada com e sem casca

    Parâmetro Cevada
    Com casca Sem casca
    Matéria seca (%) 87,0 87,0
    Digestibilidade da matéria orgânica (%) 82 92
    Fibra bruta (%) 5,9 2,2
    Proteína bruta (%) 10,4 11,8
    Energia metabolizável (kcal/kg) 2.930 3.250
    Lisina (%) 0,36 0,39
    Metionina+Cistina (%) 0,36 0,47
    Cálcio (%) 0,08 0,08
    Fósforo (%) 0,34 0,34

    Inclusão da cevada na dieta de suínos de acordo com as diversas fases

    Fase Limite de inclusão da cevada (%)
    Com casca Sem casca
    Pré-inicial _ 18,0
    Inicial 10,0 18,0
    Crescimento Livre Livre
    Terminação Livre Livre
    Reposição Livre Livre
    Gestação Livre Livre
    Lactação Livre Livre

    A inclusão em rações balanceadas só deve ser feita depois de moído o grão de cevada. A moagem é necessária para possibilitar a digestão dos nutrientes presentes nos grãos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 246

    Ano: 1998

  • O aguapé (Eichoornia crassipes) cresce nas regiões entre a latitude 32°N e 32°S, em lagoas de tratamento final dos refluxos orgânicos, produ­zindo grande volume de matéria verde.

    De acordo com as análises feitas no laboratório de nutrição animal da Embrapa Suínos e Aves, a farinha-de-feno de aguapé obtida pela secagem e moagem da planta apresenta a seguinte composição nutricional média: 89,5% de matéria seca, 16,1% de proteína bruta, 19,9% de fibra bruta, 16,41% de cinza, 1,31% de cálcio e 0,61% de fósforo. Esse produto ainda pode apresentar alto conteúdo de ferro, sódio e potássio, dependendo do local onde é cultivado e da quantidade de solo que permanece na raiz por oca­sião da colheita.

    Em função do alto conteúdo de cinzas e de fibra bruta, a farinha de feno de aguapé apresenta baixo conteúdo de energia. De acordo com de­terminações feitas na Embrapa Suínos e Aves, a farinha de feno de aguapé contém 1.122 kcal de energia digestível e 1.067 kcal de energia metabolizável por quilo.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 251

    Ano: 1998

  • A farinha de feno de aguapé não tem apresentado bons resultados na alimentação de suínos, em função de seu baixo conteúdo de energia e bai­xa palatabilidade. Quando a planta é colhida na primavera até a metade do verão, seu valor nutritivo é melhor, por ser menor o conteúdo de cinza e de frações indigestíveis de fibra do que nos demais períodos do ano.

    Dessa forma, a farinha-de-feno de aguapé pode ser utilizada em até 5% da dieta de suínos em crescimento e terminação, desde que a planta seja colhida na primavera ou, no máximo, até a metade do verão.

    O aguapé in natura não deve ser usado por ter baixa concentração de nutrientes.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 252

    Ano: 1998

  • Tradicionalmente a água é fornecida aos suínos em bebedouros de diversos tipos e modelos, dependendo da fase de desenvolvimento do animal. No arraçoamento de machos castrados, a partir de 60 kg de peso vivo, em sistema de alimentação restrita, é possível fornecer água no pró­prio comedouro. Usando-se comedouros especiais, retira-se a água no mo­mento de fornecer a ração. Consumida a dieta, o comedouro é imediata­mente reabastecido com água, que fica o dia todo à disposição do animal. O mesmo método é utilizado para matrizes em gestação mantidas lado a lado, em celas individuais. Neste último caso, o sistema justifica-se pela economia que oferece ao dispensar bebedouros individuais. Esse método, entretanto, exige a troca frequente da água para manter sua qualidade.O uso de água corrente não é recomendável, pelo desperdício que acarreta. Se esta prática, porém, for adotada a fim de oferecer água fresca nos perío­dos de temperatura elevada, é imprescindível que não seja canalizada para as esterqueiras, para evitar a diluição excessiva do adubo/esterco e o con­sequente aumento no custo de sua distribuição. O excesso de água corrente pode ser melhor aproveitado canalizando-o para açudes com peixes.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 260

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de bebedouros de pressão: no primeiro grupo, in­cluem-se os bebedouros tipo chupeta e taça, e no outro grupo, os bebedouros tipo calha, bebedouro de nível, de concreto e tipo boia. No bebedouro tipo taça, usado para leitões na maternidade, a pressão de acionamento da lingueta não deve exceder 0,5 kg/cm2, ao passo que nos bebedouros tipo chupeta, para leitões na creche, a pressão máxima de acionamento da palheta não deve exceder a 1,0 kg/cm2.

    Na tabela a seguir, estão apresentados os tipos de bebedouro reco­mendados para cada fase de vida dos suínos, visando a garantia do consu­mo adequado e menor desperdício.

    Fase produtiva Tipo de bebedouro
    Chupeta Taça Calha Nível Boia
    Leitão em aleitamento N S N N N
    Leitão na fase inicial S S N N S
    Suínos de 25 kg a 100 kg S S N S S
    Reprodutores, cachaços S S N N N
    Matrizes gestação individual N N S N N
    Matrizes gestação coletiva S S N N S
    Matrizes em lactação S S N N S

    S = recomendado; N = não recomendado

    Matrizes em gestação individual são as mantidas lado a lado, em ce­las individuais.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 261

    Ano: 1998

  • O secador de leito fixo é muito versátil, podendo secar não apenas grãos como milho, soja, trigo, feijão e outros, mas também raspa de mandi­oca, erva-mate, feijão em rama, milho em espiga, feno para rações e, inclu­sive, fazer a tostagem de soja.

    Capítulo: Secagem e Armazenagem

    Número da Pergunta: 272

    Ano: 1998

  • Fig_pag142.jpg

    Os desperdícios podem ter origem ou no sistema de distribuição de água ou no manejo da limpeza.

    Os erros mais comuns no sistema de distribuição estão no dimen­sionamento, na seleção e posicionamento dos equipamentos. O mo­delo,a quantidade e o posicionamento dos bebedouros (altura e ângulo) devem ser adequados para cada categoria de suíno. A altura e o ângulo de posicionamento dos bebedouros dependem do tipo utilizado e do tamanho dos animais.

    Os bebedouros tipo chupeta devem apresentar um ângulo de 50 graus e estar 15 cm a 20 cm mais elevados que a altura do lombo do animal. Para os suínos em crescimento e terminação, esses bebedouros devem ter dispositi­vo de ajuste da altura.

    Os bebedouros tipo taça devem ter altura adequada que evite a con­taminação da água pelas fezes. Para leitões lactentes, a altura reco­menda­da é de 5 cm e, na creche, a altura ideal é de 15 cm. Para matrizes em lactação, a altura ideal é de 45 cm.

    O desperdício de água via sistema de limpeza é muito comum pois, em geral, as mangueiras de lavagem permitem vazões extremamente altas. O importante é que a vazão seja baixa e a pressão alta para maior eficiên­cia na operação de limpeza. A demanda de água para limpeza varia de 2 a 6 litros ao dia, por animal em terminação e por matriz.

    Nos sistemas de limpeza, é preferível usar aparelhos lava-jato que trabalham com pressão de 80 a 140 Bar e fornecem vazão de 15 a 18 litros por minuto (720 a 1.080 litros/hora). Os aparelhos modernos são reguláveis na pressão e na limpeza de material sensível (comedouros automáticos ), devendo ser usada pressão de 20 Bar, de que resulta um gasto de 6 litros/ minuto. O tipo de bico para a aspersão também varia conforme o volume de sujeira a ser removido. O jato cônico é recomendado para remover sujeira grossa e o jato tipo leque, com ângulo de aspersão de 15 a 25 graus, é usado para remover sujeira média. Os bicos que proporcionam jato tipo leque, com ângulo de 40 graus, são usados para objetos sensíveis e lavagem de animais, enquanto o jato tipo leque, de 50 a 65 graus, deve ser usado para aplicação de detergentes e desinfetantes.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 267

    Ano: 1998

  • A câmara de secagem do secador é constituída de placas pré-fabricadas de cimento de 5 cm de espessura com 3,0 m de comprimento, 2,0 m de largura e 0,5 m de profundidade. Sua capacidade estática de se­cagem é de 2.400 kg (40 sacos) de milho por vez.

    Capítulo: Secagem e Armazenagem

    Número da Pergunta: 273

    Ano: 1998

  • Existem vacinas contra uma série de doenças como peste suína clássica, salmonelose (paratifo), rinite atrófica progressiva, erisipela (ruiva), parvovirose, colibacilose, pleuropneumonia, febre aftosa, pneumonia enzoótica, leptospirose, doença de Aujeszky, meningite estreptocócica, enterotoxemia e doença de Glässer.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 277

    Ano: 1998

  • Sim. A Embrapa Suínos e Aves dispõe de listagem com a descrição completa das análises realizadas e respectivos custos bem como de um Centro de Diagnóstico em Saúde Animal – Cedisa, que realiza vários tipos de exames.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 278

    Ano: 1998

  • Usa-se o ácido cítrico para proporcionar uma redução do pH estoma­cal, impedindo assim a proliferação exagerada de E. Coli no intestino. Recomenda-se a adição de 2% de ácido cítrico na ração de creche nos primeiros quatorze dias após o desmame.

    Em experimento realizado na Embrapa Suínos e Aves, observou-se que uma dieta com 16% de proteína bruta, suplementada com L-lisina-HCI e a adição de 2% de ácido cítrico, teve efeito benéfico sobre a ocorrência de diarreia pós-desmame provocada por E. coli, tendo sido o desmame rea­lizado aos 35 dias de idade dos leitões.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 282

    Ano: 1998

  • São muitos os tipos de vermes que atacam os suínos em nosso meio, destacado-se entre eles:

    • Ascaris lumbricoides (lombrigas) – O mais conhecido verme dos suínos.
    • Oesophagostomum dentatum – Pequeno verme que provoca nódu­los e úlceras nos intestinos, dificultando a absorção dos nutrientes.
    • Metastrongylus apri – Pequeno verme que se localiza nos pulmões, sugando o sangue e causando irritação.
    • Taenia solium (solitária) – Causa a doença chamada cisticercose, de grande interesse para a saúde humana.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 283

    Ano: 1998

  • Essa parasitose é controlada com aplicação de produtos sarnicidas e com a quarentena dos animais de reposição introduzidos na criação.

    O sarnicida pode ser aplicado por via injetável, por via oral (ração), por aplicação sobre a pele com produtos pour on (ao longo do dorso) ou pulverizando todos os animais, exceto os leitões que são tratados, às vezes, por imersão. Antes da aplicação do acaricida, as instalações devem ser completamente limpas com detergente.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 293

    Ano: 1998

  • A perda de pelos (cerdas) em suínos pode estar relacionada à defici­ência de vitaminas, a doenças infecciosas, intoxicações, doenças da pele, fricção local ou aplicação contínua de produtos químicos irritantes. Trans­tornos da hipófise ou das gônadas também podem levar à perda de pelos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 294

    Ano: 1998

  • Fig_pag154.jpg

    É uma doença causada pelas larvas de Taenia solium e Taenia saginata, que se localizam nos músculos dos suínos, bovinos e outros animais e até dos humanos. O homem é hospedeiro definitivo da Taenia solium e, em geral, alberga no intestino um único parasito adulto. Esse parasito libera segmentos do corpo chamados proglotes que, quando estão totalmente de­senvolvidos, contêm cerca de 40.000 ovos e são chamados de proglotes grávidos. No caso da Taenia solium, os proglotes são expelidos com as fe­zes, ao passo que os proglotes da Taenia saginata têm movimentos próprios e podem sair espontaneamente. O suíno se infecta ingerindo fezes humanas contendo os proglotes ou bebendo água contaminada com fezes humanas contendo os ovos liberados dos proglotes. Uma vez no intestino do animal, as larvas são liberadas migrando para os tecidos musculares, onde se fixam formando a conhecida “pipoca”. O homem é infectado pela cisticercose ao ingerir água, verduras e frutas contaminadas por fezes humanas contendo ovos da Taenia.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 284

    Ano: 1998

  • Embora o cozimento da carne suína e o seu congelamento por uma se­mana possam destruir as formas larvais do parasito, recomenda-se não consu­mir a carne com “pipoca” pela possibilidade de o parasito ainda estar vivo.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 285

    Ano: 1998

  • O combate é feito com aplicação de vermífugos de acordo com as recomendações do fabricante.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 286

    Ano: 1998

  • Porque o parasitismo dos leitões está intimamente relacionado com a infecção parasitária da matriz e com as condições de manejo e de higiene da maternidade, isto é, se a matriz tiver parasitos e não for desverminada, os leitões também serão infectados pelos parasitos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 288

    Ano: 1998

  • Em criações com boas condições de higiene, não há necessidade de aplicar anti-helmínticos nos leitões até os dois ou três meses de idade, des­de que as fêmeas tenham sido desverminadas antes do parto.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 289

    Ano: 1998

  • Deve-se desverminar a matriz durante a gestação alguns dias (cinco a sete) antes do parto e antes de transferi-la para a maternidade.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 290

    Ano: 1998

  • A síndrome de metrite, mastite e agalaxia consiste na supressão total da lactação (agalaxia) ou parcial (hipogalaxia) que ocorre em fêmeas, entre doze e 72 horas após o parto. A sigla MMA (metrite, mastite, agalaxia) não é a mais adequada, pois a relação entre as infecções da glândula mamária e o útero ainda não está suficientemente esclarecida. Os sintomas têm início entre 12 e 72 horas após o parto, caracterizando-se por parada total ou parcial do aleitamento. Com maior ou menor frequência, observa-se anorexia (perda de apetite) e febre (acima de 39,8 °C), na matriz.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 307

    Ano: 1998

  • Esses sintomas são provavelmente de uma doença crônica infecciosa e muito contagiosa chamada pneumonia enzoótica ou pneumonia micoplásmica. A fonte de infecção mais importante é a matriz, que transmi­te a doença à leitegada. Misturados a outros no desmame, os leitões infectados também transmitem a doença. Existem, porém, outras doenças com sintomas semelhantes como a pneumonia causada por larvas de vermes.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 314

    Ano: 1998

  • Exceto em caso de surtos de doenças infecto-contagiosas, como a doença de Aujesky, leptospirose e a peste suína clássica, entre outras, a maioria das perdas de leitões após o nascimento, cerca de 70%, ocorre na primeira semana de vida. As causas são inúmeras, sendo a maioria de natu­reza não infecciosa, como o esmagamento e a inanição, ou seja, quando os leitões não se alimentam por falta de leite na matriz ou por exposição ao frio ou sangramento do umbigo. Os leitões mais fracos são os mais atingidos e representam cerca de 65% do total de perdas nesta fase. Leitegadas maio­res tendem a apresentar maior taxa de mortalidade de leitões que nascem com baixo peso (leitões com 700 g de peso, ao nascer).

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 299

    Ano: 1998

  • Porque o leite da matriz é deficiente em ferro. O leitão criado em confinatnento não consegue obter ferro de outra fonte como a terra, por exemplo, provocando essa deficiência o surgimento da anemia ferropriva. Leitões anêmicos desenvolvem-se mal devido ao péssimo aproveitamento dos alimentos, apresentando uma predisposição maior a infecções secundárias.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 300

    Ano: 1998

  • Considera-se correta e suficiente uma aplicação subcutânea ou intramuscular única de 200 mg de ferro dextrano entre o terceiro e o sétimo dia de vida do leitão. Alguns produtores obtêm bons resultados aplicando-o nas primeiras 24 horas de vida dos leitões.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 301

    Ano: 1998

  • Porque nesta fase é que os leitões são mais susceptíveis aos germes causadores de diarreia e também é onde se concentram vários fatores de risco que tornam o leitão mais vulnerável a essas enfermidades.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 295

    Ano: 1998

  • A apresentação de determinados hábitos que, até certo ponto, podem ser considerados como uma alteração psíquica decorrente de deficiência nutricional, de intranquilidade ou desconforto, entre outras coisas, constitui o que se chama de comportamento anormal.

    O ato ou hábito de morder a cauda, orelha ou flanco, o ato, entre os leitões, de sugar o umbigo ou a vulva, o ato de morder a vulva, de beber urina, lamber partes da instalação, de “sugar” a baia, o ranger de dentes e a coprofagia (hábito de comer excrementos) são considerados “vícios” ou comportamento anormal.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 302

    Ano: 1998

  • A rinite atrófica progressiva (RAP) é uma doença contagiosa do trato respiratório superior, caracterizada por atrofia das conchas nasais. A doen­ça pode afetar o desenvolvimento produtivo, ocasionando perdas econômicas. Essa doença está disseminada em todas as principais áreas de produ­ção de suínos do País. A rinite atrófica progressiva é caracterizada clinica­mente por espirros, formação de placas escuras nos cantos internos dos olhos, corrimento nasal seroso de muco purulento e encurtamento ou des­vio lateral do focinho.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 317

    Ano: 1998

  • Em geral, os principais sinais clínicos relacionados com o aparelho urinário são o corrimento vulvar (mucoide, muco hemorrágico ou purulen­to) geralmente observado no final da micção, a presença de corrimento vulvar ressequido nos lábios vulvares ou na região da cauda. Os animais têm dificuldade para levantar-se, apresentam alterações no estado geral como inapetência, emagrecimento progressivo e anemia.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 315

    Ano: 1998

  • Considerando-se que a RAP é uma doença multifatorial, alguns itens de manejo e ambiente devem ser considerados:

    • Quando possível, adquirir animais de fontes reconhecidamente livres de RAP. O ideal é que a reposição dos reprodutores seja feita com animais do mesmo rebanho.
    • Dentro do possível, manter o nível de reposição anual de matrizes abaixo de 30%. Dessa forma, pode-se tirar proveito do fato conhecido de que a imunidade aumenta com a idade.
    • Prestar assistência aos partos e dispensar os cuidados rotineiros aos recém-nascidos (especialmente relevante é a orientação à primeira mamada, para garantir adequada ingestão de colostro).
    • Conservar os diversos ambientes da criação, especialmente a ma­ternidade e a creche, secos, ventilados e aquecidos.
    • Fornecer aos animais ração balanceada.
    • Evitar a superlotação e a mistura de lotes heterogéneos.
    • Evitar o contato dos suínos com outros animais domésticos e silvestres.
    • Seguir rigidamente as recomendações de limpeza e desinfecção.
    • Adotar o sistema “todos dentro todos fora” para todas as fases de criação.

    Dependendo do laboratório produtor de vacinas, os programas de vacinação recomendados variam de duas aplicações apenas nas matrizes (aos 70 e 90 dias de gestação) a programas mais complexos (nos quais, além das fêmeas, são vacinados também os leitões, em geral aos dez e 30 dias de vida).

    Antes, porém, de implantar um programa de vacinação em determi­nado rebanho, deve-se determinar a importância da doença para esse reba­nho.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 318

    Ano: 1998

  • É uma doença crônica infecciosa, muito contagiosa. Caracteriza-se clinicamente por tosse seca, facilmente observada quando os animais são forçados a se movimentar. Em alguns casos, aparece corrimento nasal mucoso, posteriormente observam-se animais com pouco desenvolvimento, pelos arrepiados e sem brilho, sendo comum a desuniformidade de peso entre os leitões. O quadro clínico do rebanho é influenciado pela presença de outras infecções respiratórias e pelas condições ambientais e de manejo. Essa do­ença é causada pelo Mycoplasma hyopneumonia, geralmente ocorrendo complicações secundárias causadas por Pasteurella multocida tipo A.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 319

    Ano: 1998

  • Sim. Existem no mercado brasileiro vacinas contra a doença cujo uso constitui medida adicional de controle.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 321

    Ano: 1998

  • Doença infecto-contagiosa que provoca lesões graves no pulmão e na pleura. As formas superaguda e aguda caracterizam-se por um quadro de pleuropneumonia exsudativa, fibrino-hemorrágica e necrótica não purulenta, ao passo que a forma crônica caracteriza-se por aderência da pleura e pericárdio e focos de necrose pulmonar encapsulada. É causada por um cobacilo gram-negativo, o Haemophyius (Actinobacillus) pleuropneumoniae.

    Variáveis ambientais e de manejo, principalmente a superlotação, o frio, a presença de gases tóxicos e a mistura de animais atuam como fatores predisponentes e influenciam a severidade da doença no rebanho.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 322

    Ano: 1998

  • A cada seis meses.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 326

    Ano: 1998

  • Sim. É uma doença de origem bacteriana que causa graves transtor­nos reprodutivos como abortos e endometrites em fêmeas. No macho, pro­voca orquites, perda da libido e infertilidade. As matrizes infectadas pelo macho durante a cobertura sofrem aborto, em média aos 35 dias de gesta­ção. Nesse caso, o único sinal de brucelose no rebanho é o grande número de matrizes retornando ao cio entre cinco e oito semanas após a cobertura.

    Leitoas não gestantes podem desenvolver endometrite quando infectadas, muitas vezes não ocorrendo sintomas, apenas irregularidade no ciclo estral. Mais tarde, por ocasião da cobertura, podem apresentar baixa concepção. Os machos podem permanecer infectados por vários anos e os que apresentam infecção nos órgãos genitais são disseminadores da doença.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 324

    Ano: 1998

  • Os principais sintomas observados nas diferentes faixas etárias são:

    • Leitões de um a quatro dias – Hipertermia, inapetência, depressão, pelos eriçados, salivação espumosa e morte de até 90% dos leitões, no pe­ríodo de um a cinco dias.
    • Leitões de cinco a dez dias – Os mesmos sintomas do grupo anterior acompanhados de incoordenação do quarto posterior, tremores musculares, decúbito lateral, convulsões crônicas e morte.
    • Leitões de 11 a 30 dias – Os mesmos sintomas, sendo dominantes os tremores musculares, os movimentos de pedalagem, excitação, decú­bito e ranger de dentes.
    • Recria, terminação e reposição – Os sintomas nervosos graves tornam-se menos frequentes quanto maior for a idade do animal dentro do período. Observa-se hipertermia, anorexia durante dois ou três dias, abatimento, constipação e eventualmente sintomas respiratórios.
    • Cachaços – Hipertermia, anorexia, depressão, sintomas respi­ratórios, raramente infertilidade, sintomas nervosos.
    • Matrizes em lactação – Hipertermia, constipação, anorexia, agalaxia e transtornos puerperais. Eventualmente apresenta sintomas nervosos: descoordenação leve ou mesmo paraplégica do trem superior.
    • Matrizes em gestação – Hipertermia, anorexia, movimentos de falsa mastigação, salivação intensa, problemas reprodutivos caracterizados por reabsorção fetal, retomo ao cio, mumificação, abortos, natimortos, malformações, nascimento de leitões fracos e infertilidade. Nos suínos, a presença de prurido é muito rara (diferente do que ocorre nos ruminantes, nos quais a doença é chamada de “peste de coçar”.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 328

    Ano: 1998

  • É uma doença infecciosa causada por uma bactéria denominada Haemophylus parasuis.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 330

    Ano: 1998

  • Os suínos geralmente adoecem de forma súbita, apresentando falta de apetite, febre (40 °C  a 41 °C) e apatia. Dependendo da localização das le­sões, pode ocorrer tosse, dispneia, cianose, dor, artrite ou sintomas nervosos com tremores, descoordenação e decúbito lateral.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 331

    Ano: 1998

  • É uma doença transmissível, caracterizada principalmente por trans­tornos reprodutivos como abortos, natimortos, fetos mumificados e nasci­mento de leitões fracos, que não sobrevivem. Apresentam lesões macroscópicas básicas nos rins, de cor branco- acinzentada, de 1 mm a 3 mm de diâmetro. A lesão mais característica são focos no fígado, consistindo de necrose de hepatócitos e infiltração de células inflamatórias.

    O controle inclui medidas higiênicas, de manejo, combate a roedo­res, vacinação e tratamento medicamentoso.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 332

    Ano: 1998

  • A profilaxia da leptospirose pode ser efetuada de duas formas:

    • Uso de práticas adequadas de manejo.
    • Uso de medicação estratégica preventiva e de vacinas.

    No primeiro item, enquadram-se os esforços para prevenir a infec­ção, reduzindo as possibilidades de exposição dos animais. As ações reco­mendadas são: controle de roedores, evitar a contaminação das fontes de água por animais portadores, isolar e tratar os animais infectados.

    A vacinação oferece proteção eficiente quando aliada a outras medi­das preventivas, especialmente em granjas onde as condições ambientais favoreçam a infecção com leptospiras (muita umidade, criações extensivas e presença de animais silvestres ou roedores que podem infectar os suínos). Entretanto, a proteção induzida pela vacinação nunca é de 100% e, prova­velmente, não dure mais que três meses. A imunidade natural à infecção per­manece por período maior. Sua duração precisa, porém, é desconhecida.

    A vacina contra a leptospirose é aplicada em fêmeas antes da cober­tura, em leitões após o desmame e em machos adultos (nos últimos, a cada seis meses).

    A vacinação contra leptospirose representa um dilema. A doença é relativamente rara em granjas que seguem um programa de biosseguridade e não existe trabalho científico que defina se a vacina é realmente eficien­te. Os títulos de anticorpos resultantes da vacinação não são altos, o que leva a sugerir que a vacinação deve ser repetida a cada seis meses.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 333

    Ano: 1998

  • Em contato constante com a água, o tecido córneo do casco pode amolecer, predispondo-o a problemas de casco. A umidade originada pelas fezes e urina tem o mesmo efeito.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 336

    Ano: 1998

  • Uma doença que atinge leitões é a chamada mioclonia congênita ou “doença da tremedeira”, caracterizada por diferentes graus de tremores musculares em leitões recém-nascidos, que variam de leves e localizados em massas musculares a tremores generalizados. Leitões com tremores ge­neralizados têm dificuldade de se manter em pé, de se deslocar e de segu­rar a teta da matriz para mamar. Como consequência, podem morrer, tanto acidentalmente, esmagados pela mãe, quanto por inanição ou hipoglicemia, em decorrência da dificuldade para mamar.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 339

    Ano: 1998

  • É doença de origem metabólica que ocorre nos primeiros sete dias de vida do leitão. Caracteriza-se por falha na gliconeogênese e por taxas subnormais de glicose no sangue. O índice de mortalidade varia de 30 a 40%, podendo alcançar 100% em leitegadas individuais. Ocorre principalmente nos meses frios do ano, em criações que não fornecem condições adequadas de manejo e ambiente.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 340

    Ano: 1998

  • O tratamento dos suínos afetados deve ser feito logo que o produtor constate os primeiros sintomas. Deve ser usado medicamento contra febre e antibiótico recomendado por veterinário. Se a doença estiver afetando vários animais, recomenda-se um tratamento coletivo com antibiótico adi­cionado à ração ou à água, por um período de cinco a sete dias.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 347

    Ano: 1998

  • É uma doença infecciosa, causada por bactérias do gênero Salmonella, que atinge principalmente suínos jovens. Na fase aguda, pode ocorrer mor­te súbita ou sintomas como temperatura corporal elevada (de 40,5 °C  a 41,5 °C), queda de apetite, dificuldade de locomoção, enfraque­cimento e tendência a se amontoar e ocasionalmente diarreia. A maioria dos animais morre en­tre um e quatro dias após o aparecimento dos sintomas. A recuperação é rara. A fase crônica tem início com aumento da temperatura corporal, se­guida de queda de apetite e diarreia, fezes líquidas, mal cheirosas, amarelo-esverdeadas e sanguinolentas. Na maioria das vezes, a infecção é provocada pela ingestão de alimentos contaminados.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 351

    Ano: 1998

  • Algumas doenças que causam infecção no sangue (septissemia) po­dem provocar morte súbita em leitões e em suínos na fase de crescimento e terminação. Às vezes, a colibacilose neonatal também provoca morte de leitões com até três dias de idade em menos de seis horas. A doença do edema também pode provocar morte rápida de leitões na fase de creche. Em suínos em fase de crescimento e terminação, uma causa de morte súbita é a torção do mesentério. Nesses casos, é sempre importante contactar o veterinário para diagnóstico.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 348

    Ano: 1998

  • É praticamente impossível erradicar a erisipela suína por causa da capacidade de sobrevivência da bactéria no ambiente e do elevado núme­ro de animais que podem ser infectados, além de estar presente em suínos sadios. O tratamento dos animais doentes com penicilinas, durante três a cinco dias, tem sido eficiente. Paralelamente, devem ser adotadas medidas higiênicas e de desinfecção das instalações.

    Nos casos de problemas persistentes, o controle pode ser feito pela vacinação de leitões de seis a dez semanas, podendo ser repetida um mês depois. Leitoas e matrizes devem ser vacinadas antes da cobertura. Os ma­chos adultos são vacinados a cada seis meses. Leitões de matrizes já vaci­nadas devem receber a vacina aos 90 dias de idade.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 356

    Ano: 1998

  • Vários animais mancando pode ser o primeiro sinal de febre aftosa. Temperatura elevada e aparecimento de aftas esbranquiçadas de aproxi­madamente 1 cm de diâmetro no dorso da língua e no focinho, que podem romper-se formando úlceras. As vesículas também podem aparecer nas tetas, entre os cascos e na coroa do casco. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 358

    Ano: 1998

  • Os fungos de maior importância econômica na produção animal e respectivas micotoxinas estão descritos na tabela abaixo:

    Principais micotoxinas, fungos que as produzem e alimentos em que mais se desenvolvem

    Fungo Micotoxina Alimento
    A. flavus; A. parasiticus Aflatoxina (B1, B2, G1, G2, M1, M2) Grãos de oleaginosas, milho, trigo, arroz, cevada, aveia, centeio, leite, farinha de sangue
    A. ochraceus (alutanus) Penicillium veridicatum Ochratoxina Milho, trigo, cevada
    Penicillium citrinum Citrinina Milho, trigo, cevada, aveia, centeio
    Claviceps purpurea Ergotamina Centeio, trigo, cevada
    Fusarium graminearum (Giberella zeae)F. sporotrichoidesF. trincinctum Tricotecenos (Desoxinivalenol, T2) Milho, trigo, cevada, aveia, centeio
    Fusarium graminearum (Ciberella zeae) F. trincinctumF. moniliforme Zearalenona Milho, trigo
    Fusarium moniliformeF. proliferatumF. nygamai Fumonisinas (BI, B2, B3, B4, Al, A2) Milho, subprodutos e resíduos de milho

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 361

    Ano: 1998

  • Teores de umidade superiores a 13% nos grãos permitem o cresci­mento e a multiplicação dos fungos, que se aceleram com o aumento do teor de umidade. A temperatura ótima para crescimento dos fungos está entre 25 °C e 30 °C. Abaixo dos 5 °C não há crescimento da maioria dos fungos. A temperatura máxima está entre 40 e 45 °C para o cresci­mento de alguns tipos de fungos e até 55 °C para outros.

    As flutuações de temperatura no interior dos silos que armazenam matérias-primas, provocam a formação de bolsões de umidade, criando também condições favoráveis ao desenvolvimento dos fungos.

    Outro aspecto é a presença de grãos quebrados, de insetos e roedores o que danificam os grãos, deixando exposta a parte amilácea, facilitando assim a contaminação por fungos. Silos contaminados com fungos, com teias de aranha e resíduos de poeira, se não forem limpos e desinfetados antes de serem utilizados, contaminarão o material ali armazenado.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 362

    Ano: 1998

  • Aflatoxinas são toxinas produzidas por fungos do gênero Aspergillus. A mais importante é a aflatoxina B1, por ser mais toxigênica e abundante. A ingestão de alimentos contaminados por essa toxina, causa a doença chamada aflatoxicose.

    A aflatoxicose pode ocorrer em todos os animais, especialmente pa­tos e perus jovens, suínos em crescimento e terminação, fêmeas em gesta­ção e animais lactantes.

    Seus efeitos tóxicos levam à inibição mitótica, imunodepressão, carcinogênese e defeitos congênitos. O órgão mais afetado é o fígado, que sofre alterações na absorção de lipídeos, apresentando-se pálido, amarelo, friável, com aspecto gorduroso e com pequenas áreas hemor­rágicas. A aflatoxina também interfere na absorção de proteínas, vita­minas e minerais em virtude do comprometimento de diversos sistemas enzimáticos. Os ani­mais apresentam também imunodepressão humoral e celular, resultando em baixa resposta imunológica a vacinações e aumento da susceptibilida­de a doenças infecciosas.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 363

    Ano: 1998

  • Os principais sintomas da intoxicação por aflatoxinas são perda do apetite, icterícia (mucosas amarelas), redução do crescimento e, nos casos mais graves, hemorragias subcutâneas e morte. Devido a seu efeito imunodepressivo, geralmente também aumenta a ocorrência de outras do­enças no rebanho.

    Algumas doenças podem ser confundidas com essa intoxicação, como a leptospirose, a peste suína e a intoxicação por metais pesados, que devem ser levadas em conta no diagnóstico. Os sintomas clínicos de aflatoxicose no suíno variam em função da quantidade da toxina ingerida, conforme segue:

    • A ingestão de níveis menores que 100 ppb (partes por bilhão) não leva à apresentação de sinais clínicos, mas o abate revela presença de resíduos da toxina no fígado do animal.
    • A ingestão de 200 ppb a 400 ppb resulta em disfunção hepática e imunodepressão.
    • A ingestão de 400 ppb a 800 ppb leva à redução do crescimento, diminuição do consumo de alimento, icterícia, hipoproteinemia e pelo arrepiado.
    • Níveis de 1.200 ppb a 2.000 ppb induzem a icterícia, hemorragias subcutâneas, coagulopatia, depressão, anorexia e algumas mortes.
    • Mais de 2.000 ppb resultam em insuficiência hepática, hemorragias e morte em três a dez dias.
    • Fêmeas que ingerem de 500 ppb a 750 ppb durante a lactação apre­sentam aflatoxina no leite, comprometendo assim o desenvolvimento dos leitões lactentes.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 364

    Ano: 1998

  • De todas as micotoxinas produzidas pelos fungos sobre os alimentos, a Zearalenona é a que mais afeta o sistema reprodutivo, por apresentar atividade estrogênica. A Zearalenona é produzida por várias espécies de Fusarium que invadem os grãos ainda no campo antes da colheita do produto.

    O suíno é a espécie mais sensível à Zearalenona. Embora essa toxina tenha efeito em animais de todas as idades, as fêmeas com três a quatro meses de idade são as mais atingidas. Quando ingerida pelos suínos, a Zearalenona provoca principalmente problemas reprodutivos como morte embrionária e fetal, mumificação, abortos e redução da fertilidade de ma­chos e fêmeas.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 365

    Ano: 1998

  • Os sintomas de intoxicação de suínos por ingestão de alimentos con­taminados por zearalenona variam em função da quantidade de toxina ingerida. Níveis de 1 ppm a 30 ppm (partes por milhão) são suficientes para provocar sintomas de intoxicação. Os principais são: as fêmeas apresentam vulva inchada, dando impressão de que estão no cio. Suínos jovens, tanto machos como fêmeas, mostram mais saliência dos mamilos. Em fêmeas em idade reprodutiva, pode ocorrer retorno ao cio, falsa gestação e anestro. Fêmeas intoxicadas durante a gestação podem abortar ou parir leitões mor­tos, mumificados ou vivos, mas com os membros abertos e com edema de vulva. Em cachaços, ocorrem sinais de feminilização, podendo reduzir a o fertilidade e a libido.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 366

    Ano: 1998

  • A raça Sorocaba foi desenvolvida pelo Prof. Godinho, em São Paulo. Os animais apresentam boa rusticidade e devem ser criados em semiconfinamento ou extensivamente, em piquetes.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 371

    Ano: 1998

  • Reprodutores suínos, machos e fêmeas, usados na produção de suínos para abate, não precisam necessariamente ser registrados. O registro de machos e fêmeas de raças puras e mestiços deve ser feito pelos criadores de reprodutores, registrados na Associação Brasileira de Criadores de Suí­nos, nas respectivas associações de criadores, e por solicitação dos com­pradores de reprodutores. A venda de animais registrados, para fins de re­produção, garante sua origem e genealogia e isenta os criadores de reprodutores de recolherem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 372

    Ano: 1998

    • Duroc – Apresenta pelagem vermelho-cereja, bom comprimento e profundidade corporal, orelhas de tamanho médio e caídas, e focinho semirretilíneo. Apresenta boa taxa de crescimento e rendimento de carne.
    • Landrace – Apresenta pelagem branca, orelhas compridas e caídas, excelente comprimento corporal e rendimento de carne, ótima capacidade materna, produzindo e criando leitegadas com mais de dez ou onze leitões, boa taxa de crescimento, conversão alimentar e rendimento de carne.
    • Large White – Também apresenta pelagem branca, porém orelhas mais curtas e eretas. É a mais prolífica das três raças, com boa taxa de cresci­ mento diário, conversão alimentar e rendimento de carne.
    • Hampshire – Apresenta pelagem preta, com uma faixa de cor branca em torno da paleta, orelhas eretas e curtas, e focinho subcôncavo. Apresenta excelente quantidade de carne na região do lombo, baixa espessura de toucinho e carne de boa qualidade.
    • Pietrain – Apresenta a menor deposição de gordura e o maior rendimento de carne na carcaça entre todas as raças. Porém é muito sensível ao estresse, e sua carne não é de boa qualidade industrial.
    • Wessex – Apresenta pelagem semelhante à Hampshire, porém as orelhas são compridas e caídas, e o focinho é retilíneo. Apresenta exce­lente prolificidade, habilidade materna e capacidade de produção de leitões, mas sua capacidade de produzir gordura é alta. Cria-se muito bem em condições de campo.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 375

    Ano: 1998

  • As características das raças nacionais são as seguintes:

    • Piau – Pelagem cor-de-areia, com manchas pretas e marrons, orelhas de tamanho médio e focinho semirretilíneo. Produz sete a oito leitões por barrigada e atinge 90 kg de peso vivo com sete meses de idade. A carcaça apresenta grande deposição de gordura, com mais de 4 cm.
    • Caruncho – Mesma pelagem da raça Piau, porém mais curta e com focinho côncavo.
    • Mouro ou Estrela Pelagem preta ou acinzentada. Produz até dez leitões por leitegada. Pesa 90 kg com menos de seis meses de idade.
    • Nilo, Pirapitinga e Canastra – Apresentam pelagem preta e menor comprimento corporal em relação às demais raças nacionais.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 376

    Ano: 1998

  • Reprodutores de raças puras e mestiços de boa qualidade genética podem ser adquiridos nas granjas registradas nas associações de criadores de suínos e em granjas de empresas de melhoramento genético de suínos.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 379

    Ano: 1998

  • É o resultado do cruzamento de machos Landrace com fêmeas Piau ou de machos Piau com fêmeas Landrace.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 382

    Ano: 1998

  • Os suínos (Sus scrofa) originaram-se do javali europeu (Sus scrofa ferus) e do javali asiático (Sus indicus), sendo utilizados como animais domésticos há mais de 5.000 anos.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 386

    Ano: 1998

  • O objetivo a ser alcançado com matrizes suínas para a reprodução é a maior produção possível de leitões por tempo de permanência no plantel, ou o maior número possível de leitões produzidos por matriz/ano. Por essa razão, recomenda-se adquirir fêmeas F-1, ou seja, fêmeas resultantes do cruzamento de machos e fêmeas de raças diferentes. Entre as fêmeas F-1 mais indicadas para a reprodução encontram-se as Large White-Landrace, Landrace-Large White, Duroc-Landrace e Wessex-Landrace.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 390

    Ano: 1998

  • Recomenda-se esse cruzamento quando se pretende melhorar o de­sempenho de criações simples e rústicas e cujas condições de criação se­jam melhores do que as utilizadas apenas para Pirapitinga.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 398

    Ano: 1998

  • Suínos com 80 kg de peso vivo apre­sentam melhor conversão alimentar do que suínos criados até 100 kg ou mais de peso vivo. Devem ser vendidos para o abate quando a relação entre o valor em R$ do quilograma do suíno vivo for igual ou infe­rior a cinco vezes o preço do kg de milho. Quando a relação entre o valor do kg de suíno vivo e o preço do kg de milho for maior do que seis vezes, devem-se vender os animais com 100 kg de peso vivo, e com até 120 kg quando a relação for igual ou superior a 7,7 vezes. Outro fator importante a ser obser­vado é o rendimento de carne nas carcaças, que pode trazer uma bonificação adicional para o criador, sempre que for superior a 50% ou 52%, dependendo do abatedouro.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 389

    Ano: 1998

  • Ao se cruzar um macho Duroc (100% Duroc) com uma fêmea Landrace (100% Landrace), os leitões produzidos serão mestiços e terão 50% dos genes da raça Duroc e 50% dos genes da raça Landrace. O cruzamento dessas leitoas mestiças com machos 100% Large White resultará em leitões “tripla-cruza” (three-cross), que terão 50% dos genes de Large White, 25% de Duroc e 25% de Landrace. Ao cruzar as leitoas tripla-cruza nova­mente com um macho 100% Duroc, não aparentado, os leitões produzidos terão 50% + 12,5% = 62,5% de genes da raça Duroc, 25% de genes da raça Large White e 12,5% de genes da raça Landrace. Isso significa que, a cada geração, o reprodutor macho transmite 50% de uma amostra de seus genes para seus descendentes, ocorrendo o mesmo com a fêmea matriz.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 400

    Ano: 1998

  • O cruzamento de reprodutores de raças diferentes objetiva explorar as vantagens da heterose ou vigor híbrido. A heterose define o desempenho superior dos animais mestiços em relação à media de desempenho das ra­ças que lhe deram origem. As características reprodutivas, como o número de leitões nascidos e desmamados por leitegada e o peso das leitegadas ao nascer e ao desmame, são as que apresentam os maiores ganhos genéticos da heterose (5% a 8%). A seguir, com vantagens de heterose de 2% a 5%, estão a taxa de crescimento diário e a conversão alimentar. As características de carcaça, como a espessura de toucinho e o rendimento de carne, pratica­mente não apresentam heterose, sendo o desempenho dos animais mestiços semelhante à média do desempenho das raças paterna e materna. Portanto, o uso de fêmeas mestiças F-1 pode trazer benefícios razoáveis quando se pretende aumentar a produção de leitões por matriz/ano, ao passo que o cruzamento simples de duas raças pode reduzir a idade de abate e melhorar a conversão alimentar. Para se explorar simultaneamente as características reprodutivas e de taxa de crescimento provenientes da heterose, recomenda-se cruzar fêmeas F-1 com machos de uma terceira raça como, por exemplo, fêmeas F-1 Large White-Landrace com machos Duroc, ou fêmeas F-1 Duroc-Landrace com machos Large White.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 401

    Ano: 1998

  • Fig_pag198.jpg

    As edificações devem ser projetadas de forma a aproveitar ao máxi­mo os recursos naturais como ventilação. O local deve ser aberto, drenado, bem ventilado, plano, ensolarado, afastado de morro e outros obstáculos e com exposição Norte.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 403

    Ano: 1998

  • Fig_pag198b.jpg

    Em regiões onde há ocorrência de frio, as edifica­ções devem ser planejadas para o conforto térmico do verão, mas com dispositivos que protejam os animais con­tra o esfriamento ambiental, no inverno. Recomenda-se aber­tura lateral que corresponda a uma área de 25% a 40% da superfície lateral do prédio. Telhados leves, mas isolantes, de cor clara, para reduzir a incidência de calor, ventilados (com lanternim ou tubo de alívio), para permitir a saída de ar quente e de gases. Pisos com textura regular e média (nem áspera e nem lisa). É importante propiciar um volume total interno de ar na construção (recinto + ático) de 25 m3 por matriz instalada, 3 m3 por animal na terminação, 1 m3 na creche e 17 m3 por animal adulto visando manter as condições de conforto e higie­ne e facilitar a renovação de ar. As paredes devem ser de cor clara para evitar o ganho de calor nas instalações. A inclinação do telhado e a projeção das abas devem ser projetadas para reduzir os efeitos da insolação e da chuva. Os prédios devem ter orientação Leste-Oeste, no sentido do movi­mento do Sol, a fim de reduzir o ganho de calor solar na construção.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 404

    Ano: 1998

  • Preferencialmente não. Tanto árvores como morros são obstáculos para a ventilação natural. O emprego de árvores para fazer sombra no telhado ou arredores da construção deve ser cuidadosamente estudado para não prejudicar o regime de ventilação natural.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 405

    Ano: 1998

  • Existem quatro modelos de edificação muito utilizados pelos criado­res do Sul do Brasil:

    • Modelo unilateral fechado – Tradicionalmente utilizado pelos pequenos produtores, com uma lateral aberta e a outra (geralmente a do lado Sul) fechada, dispondo de janelas, de janelões ou tampões.
    • Modelo bilateral fechado – Fechado nas duas laterais: utilizado por médios e grandes produtores, especialmente na fase de maternidade e creche.
    • Modelo aberto – As laterais são abertas: muito comum em todos os níveis de criação.
    • Modelo misto – Reúne num só prédio secções abertas e secções fechadas unilateral ou bilateralmente. Modelo de concepção mais recente, característico dos sistemas integrados de produção, utilizado por alguns frigoríficos, cooperativas e empresas diversas.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 406

    Ano: 1998

  • O termostato é um instrumento que permite corrigir as deficiências de manejo da fonte de calor, funciona de forma independente da presença do criador mantendo o ambiente sempre estável, com economia de energia de 30% a 50% em relação ao sistema sem termostato.

    Diversos escamoteadores são ligados à mesma rede de controle do termostato que, por meio de um sensor, desliga ou liga automaticamente a lâmpada, mantendo temperatura de conforto dentro do escamoteador.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 411

    Ano: 1998

  • Sim. Existem várias formas de proteger os animais contra o esfriamento ambiental, entre elas o aquecimento com pisos térmicos, a colocação de lâmpadas e o uso de abafador (sistemas de cortinas e tampões), em regiões muito frias. Outra forma é melhorar o isolamento (forro, cortinas) do prédio e controlar a ventilação de forma que o calor produzido pelos animais não saia para fora.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 413

    Ano: 1998

  • A altura do pé direito varia de acordo com as características dos ma­teriais usados nas edificações e com o número de animais. Para edificações abertas, mal isoladas e estreitas (de 5 m a 7 m), sugere-se pé direito de 2,5 m, no mínimo, de 2,8 m em edificações mediamente largas (de 7 m a 10 m) e de 3 m em edificações de maior largura.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 418

    Ano: 1998

  • O bebedouro em nível é um sistema simples composto de uma caixa d’água (reservatório) com boia flutuante, tubulação de alimentação do sistema e do bebedouro. O bebedouro propriamente dito é um pedaço de cano de ferro, com ponta em forma de bisel, fixado em ângulo na parede da baia. O funcionamento, semelhante ao ato de mamar, consiste em fazer sucção na ponta do cano para extrair a água. A boia regula a entrada de água no reservatório e mantém o nível de água o mais próximo possível da ponta do bebedouro.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 420

    Ano: 1998

  • Os equipamentos mínimos necessários para a criação são: vassoura, pás, baldes, mangueiras, carrinho de mão, seringa, agulha, mossador (apa­relho para identificar o animal), tesoura, alicate para o corte de dentes, bisturi, caixa de manejo, misturador de ração, triturador, silo, cremador, comedouros, balanças, bebedouros.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 419

    Ano: 1998

  • O número de comedouros por baia depende do modelo utilizado, da formatação da baia, do número de animais por baia, da fase animal e do sistema de alimentação.

    Recomenda-se um comedouro simples por baia, com tantas bocas quantos forem os animais no grupo ou um comedouro automático com uma boca para cada três animais, para grupos de até doze animais. Para grupos maiores, um comedouro (também com uma boca para três animais) para cada doze animais do grupo.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 421

    Ano: 1998

  • De fácil confecção, podendo ser feito pelo próprio produtor, tem baixo custo, reduz perdas de ração, tem durabilidade razoável e permite estocar maior quantidade de ração.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 425

    Ano: 1998

  • A digestão ou estabilização anaeróbica é o processo de decomposi­ção da matéria orgânica bruta, pela ação bacteriana, sem a presença de oxigênio livre na massa líquida, de maneira que os organismos vivos nela existentes utilizam-se do oxigênio combinado, disponível nas moléculas da matéria orgânica. O propósito da fermentação anaeróbica é a degradação e a estabilização da matéria orgânica, a redução de seu potencial poluidor e do potencial de contaminação de microrganismos entéricos de impor­tância para a saúde pública.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 428

    Ano: 1998

  • A utilização de dejetos de suínos na alimentação de peixes é comum em vários países. O policultivo de peixes é o princi­pal sistema de criação que usa dejetos de suínos, sendo a carpa comum, a tilápia nilótica e as car­pas chinesas (prateada, capim e cabeça-grande) as principais espécies utilizadas. Um método bastante empregado é o aproveitamento de dejetos frescos de suínos criados em pocilgas construídas sobre os viveiros, chamadas de modelo vertical, ou às margens do viveiro, com canalização, conhecidas como modelo horizontal, ou através de aspersão dos dejetos sobre a superfície alagada do viveiro. Utilizam-se de 30 a 60 suínos, pesan­do entre 25 kg e 100 kg, por hectare de água, com densidade de estocagem de 3.000 peixes/ha a 6.000 peixes/ha. Quando a distribuição do esterco é feita por asper­são ou outra forma indireta, calcula-se a quantidade diária de esterco com base na mesma quantidade de suínos (30 por ha a 60 por ha), ou com base na matéria seca do esterco, variando de 18 kg/matéria seca/ha/dia a 35 kg/matéria seca/ha/dia. A fer­tilização do viveiro deve ser monitorada com análises periódicas sobre a qualidade da água bem como da pesagem e medição dos peixes a fim de otimizar a quantidade de esterco a ser utilizado.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 431

    Ano: 1998

  • A fermentação é um processo essencial à estabilização dos dejetos e à sua transformação em fertilizante adequado para aplicação no solo e ab­sorção pelas plantas, sem colocar em risco o meio ambiente e a saúde pú­blica. A estabilização dos dejetos é também necessária para reduzir o mau cheiro, diminuir e controlar a incidência de moscas e evitar a poluição das águas.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 434

    Ano: 1998

  • Um período de 90 dias, em média, é considerado tempo razoável para a fermentação anaeróbica satisfatória dos dejetos.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 435

    Ano: 1998

  • Fig_pag212.jpg

    O biodigestor é um tipo de equipamento com dois compartimentos interligados. O esterco de suíno é misturado com água (sem desinfetantes) e colocado num dos compartimentos onde fica por um período certo para que as bactérias anaeróbicas fermentem o material e liberem o biogás. Esse material, chamado de biofertilizante, passa para o segundo compartimento de onde pode ser removido. Como resultado, tem-se além do biofertilizante também o biogás, uma mistura de gás metano com gás carbónico.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 436

    Ano: 1998

  • Para o cálculo da quantidade produzida por uma criação, em metros cúbicos, utilizam-se os dados de produção de dejetos líquidos diários da tabela abaixo.

    Categoria Esterco Esterco + urina Dejeto líquido
    kg/dia kg/dia kg/dia
    25 kg a 100 kg 2,30 4,90 7,00
    Matrizes (reposição, cobrição e gestação) 3,60 11,00 16,00
    Matrizes com leitões 6,40 18,00 27,00
    Reprodutor 3,00 6,00 9,00
    Leitões 0,35 0,95 1,40
    Média 2,35 5,80 8,60

    O número de suínos presentes é calculado com base nos índices pro­dutivos da criação que, no presente exemplo são: 22 suínos terminados/ matriz/ano, 2,2 partos/matriz/ano (a duração do período de lactação sendo de 28 dias) e dez leitões terminados/parto.

    É ainda necessário calcular o cronograma de produção, utilizando as seguintes fórmulas:

    Número de partos por semana = número total de matrizes x Número de partos/matriz/ano) / 52 semanas.

    Maternidade = partos por semana x período de ocupação (5 a 6 semanas) x volume diário de dejetos.

    Creche = partos por semana x período de ocupação (5 a 6 semanas) x Número de leitões desmamados/parto x volume diário de dejetos.

    Crescimento e Terminação = partos por semana x período de ocupa­ção (12 a 14 semanas) x Número de leitões terminados/parto x volume diá­rio de dejetos.

    Gestação = total de matrizes - matrizes na maternidade x o volume diário de dejetos na gestação.

    Reprodutor = total de reprodutores x volume diário de dejetos.

    Tomando como exemplo para cálculo uma granja com 48 matrizes, tem-se:

    Número de partos por semana = (48 x 2,2) / 52

    =

    2,0
    Maternidade = 2 x 5 x 27 = 270 litros/dia
    Creche = 2 x 6 x 10 x 1,40 = 168 litros/dia
    Crescimento/Terminação = 2 x 10 x 12 x 7,0 = 1.680 litros/dia
    Gestação = (48 - 10) x 16 = 608 litros/dia
    Reprodutores = 2 x 9 = 18 litros/dia
    Total de dejetos = 2.744 litros/dia

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 438

    Ano: 1998

  • O biodigestor deu certo. Deixou, porém, de ser utilizado por causa da introdução da eletrificação rural ou por não haver linha de crédito para sua implantação ou por existirem outras opções para o manejo de dejetos. Existem, entretanto, fatores específicos que dificultam sua utilização, como elevada vazão de afluentes que impede a retenção hidráulica por um míni­mo de tempo indispensável à obtenção de reações eficientes, dificuldades operacionais na alimentação do reator decorrentes da grande oscilação das vazões de entrada, baixos teores de sólidos em suspensão volátil no afluente e elevada quantidade de antibióticos, zinco e cobre na ração que atuam como bactericidas e estrangulam as reações, principal­mente metanogênicas, características desse reator.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 439

    Ano: 1998

  • A estocagem de dejetos líquidos na propriedade deve ser feita em local de nível inferior ao do local de produção de suínos, a fim de facilitar sua entrada na esterqueira, por gravidade, evitando maiores custos com instalação e funcionamento de bombas de recalque.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 444

    Ano: 1998

  • Porque possuem uma substância ativa que atua como repelente desses insetos.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 450

    Ano: 1998

  • O sistema de armazenamento dos dejetos deve obedecer ao código florestal que, a partir de 1986, considera como objeto de preservação a vegetação que impede a erosão, em faixas ao longo dos cursos d’água que variam, dependendo da largura do rio, de um mínimo de 30 m para águas correntes (Lei Nº 7.803, de 18 de julho de 1989) a 50 m para lagoas e lagos (Resolução Conama Nº 04, de 18 de setembro de 1985). A localização correta é a que respeita a legislação em vigor e evita ao produtor o ónus exces­sivo com transporte de grandes volumes para áreas mais elevadas onde normalmente estão as lavouras. Por isso, recomenda-se a implantação de novas granjas próximas às lavouras receptoras.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 445

    Ano: 1998

  • O plantio dessa árvore próximo às casas ajuda a afastar as moscas. Entretanto, o uso das folhas dentro de casa é menos eficiente pois, ao seca­rem, perdem o efeito repelente (o princípio ativo que exerce esse efeito é volátil). Pode-se, porém, colocar galhos em vasos como parte da decoração garantindo, assim, um ambiente livre desses insetos por algumas horas.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 451

    Ano: 1998

  • O mais eficiente é conhecido como controle mecânico, que consiste em evitar que os insetos se reproduzam, sendo feito pelo manejo correto dos dejetos e dos resíduos orgânicos. Apenas essa operação já garante 90% do controle. O restante pode ser feito por controle biológico com inimigos naturais como pássaros, sapos, vespas e outros. Usa-se o controle químico em locais onde não se admite a entrada desse inseto.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 453

    Ano: 1998

  • São as causadas por agentes eliminados pelas fezes e por outros fluí­dos corporais como diarreias provocadas pelas bactérias Salmonella, Escherichia coli e o cólera humano. As feridas purulentas causadas por Staphylococcus e Clostridium são outro exemplo. As moscas transmitem também protozoários como a Giardia e os coccídeos. Podem transmitir, igualmente, o agente da tuberculose e diversas viroses, sendo inclusive veiculadoras dos ovos do berne.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 454

    Ano: 1998

  • De um lado, as fêmeas de borrachudo alimentam-se do sangue dos animais; de outro, os dejetos deixados ao lado das instalações ou que va­zam das esterqueiras, ao serem carreados pelas chuvas para os riachos, servem de alimento às larvas de borrachudo.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 458

    Ano: 1998

  • Nos Serviços de Extensão Rural, nas universidades rurais, no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e na Embrapa Informação Tecnológica.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 463

    Ano: 1998

  • Antes da instalação, procurar os seguintes órgãos:

    • Executor da inspeção sanitária de produtos de origem animal, que pode ser federal, estadual ou municipal.
    • Prefeitura: expede alvará de construção.
    • Órgão do meio ambiente: para tratamento de efluentes.
    • Secretaria de Saúde: expedição do alvará sanitário.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 469

    Ano: 1998

  • Em casas agropecuárias, atacados em geral, representantes comerciais e em empresas especializadas na fabricação de embalagens e triparia.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 472

    Ano: 1998

  • Seguramente mais de 100. Os mais conhecidos no Brasil são: bacon, costelinha, lombo defumado, linguiça (blumenau, colonial, churrasco, calabresa, toscana), salame (italiano e milano), copa, morcela, torresmo e pernil (tender e parma).

    Saliente-se que tudo do suíno é aproveitado, de tripas a orelhas, sangue, vísceras, etc, seja para a fabricação de subprodutos, seja na indústria de medicamentos, cosméticos e pincéis.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 475

    Ano: 1998

  • A carne suína participa com 22% do total de proteínas animais consumidas no Brasil, a carne bovina, com 40%, as aves, com 37% e os ovinos/caprinos, com 1%.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 473

    Ano: 1998

  • Fig_pag229.JPG

    Os ingredientes para a fabricação de sabão a frio são: 4 kg de banha ou de sebo, 1 kg de fubá, 1 kg de soda cáustica, 200 g de breu e 15 litros de água. Derreter a gordura, acrescentar o fubá em forma de mingau e o breu moído. Mexer bem. Acrescentar a água, bater até for­mar consistência firme (aproximadamente 40 minutos). Deixar em repouso. Cortar no dia seguinte.

    Os ingredientes para a fabricação de sabão a quente são: 5 kg de sebo, 1 kg de soda e 20 litros de água. Misturar a soda com parte da água e deixar esquentar. Misturar o sebo. Acrescentar o restante da água e ferver até dar o ponto. Pode-se acrescentar um pouco de desinfetante industrial (tipo pinho) para dar cheiro mais agradável. Deixar esfriar e cortar no dia seguinte.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 478

    Ano: 1998

  • O abate não é feito com choque elétrico. Usa-se o choque elétrico apenas para insensibilizar o animal, que é sangrado, em seguida. Esses dois processos são utilizados pela maioria dos frigoríficos.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 479

    Ano: 1998

  • Suíno criado com cuidados na alimentação, manejo e sanidade, vindo de cruzamentos industriais, pode fornecer bacon de boa qualidade. Um suíno de 90 kg a 100 kg vivo fornece de 6 kg a 7 kg de bacon.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 480

    Ano: 1998

  • Apontar causas para as crises da suinocultura não é tão simples, pois são inúmeros os fatores que contribuem para sua ocorrência. A seguir, são enumeradas as principais:

    • Falta de organização dos produtores, que leva a desequilíbrios na oferta de animais, ao passo que os compradores, embora pouco nume­rosos, são bem organizados.
    • Falta de crédito aos produtores a juros compatíveis com a renta­bilidade da atividade.
    • Falta de política agrícola adequada ao setor.
    • Baixa capacidade de investimento dos produtores devida aos frequen­tes períodos de crise.
    • Ausência de garantia de preços mínimos para suínos e falta de estoques reguladores.
    • Dificuldade no uso de tecnologias que permitam elevar os índices de produtividade e a eficiência da atividade.
    • Reduzida participação no mercado internacional para escoar excedentes.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 481

    Ano: 1998

  • Em geral, as agroindústrias e cooperativas não financiam investi­mentos em instalações. Quanto aos animais, existem programas de troca-troca, ou seja, o produtor recebe animais (reprodutores) melhorados geneticamente e entrega suínos para abate. O peso dos reprodutores recebidos é multiplicado por um fator de correção que varia entre 1,5 e 2,5. Exemplificando: se o pro­dutor recebe um animal com 100 kg e o fator é definido em 1,5 dentro do período estabelecido, ele deve entregar à agroindústria o equivalente a 150 kg de suíno para abate. Além dessa forma de financiamento, existem outros programas desenvolvidos por algumas secretarias estaduais e municipais de agricultura.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 482

    Ano: 1998

  • A produção de leitões para entrega a terminadores deve levar em conta as vantagens e desvantagens:

    Vantagens

    • Exige menor capacidade de armazenagem de grãos.
    • Garante melhor preço de mercado.
    • Ao abrigo de contrato de parceria, garante a venda dos leitões.

    Desvantagens

    • O sistema é mais exigente em mão de obra qualificada.
    • Atrelamento à empresa integradora que coordena o processo de transferência dos animais ao terminador.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 484

    Ano: 1998

  • Para iniciar a criação de suínos, é preciso analisar as seguintes variáveis: mão de obra necessária:

    Tipo de criação N° de matrizes/pessoa
    Ciclo completo 40/1
    Criação de leitões 60/1
    Condomínios 60/1
    Criação de reprodutores 40/1
    Criação ao ar livre (Siscal) 70/1
    • Área disponível e topografia para sistema ao ar livre.
    • Capacidade de produção de insumos ou facilidade de aquisição.
    • Capacidade de armazenagem de milho.
    • Facilidade de acesso à assistência técnica.
    • Proximidade do comprador.
    • Cuidados no aspecto sanitário dos animais que vão formar o plantel.
    • Montante de investimento por matriz depende do sistema de produção a ser adotado, do tipo e do material a ser utilizado nas instalações. Existem referências de valores que variam de R$ 700,00 a R$2.500,00, por matriz.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 486

    Ano: 1998

  • É um programa de computador para o acompanhamento técnico-eco­nômico das propriedades suinícolas. Busca a obtenção e o processamento de informações gerais (estoques de animais e alimentos, compra de animais e alimentos, coberturas, partos, desmames, perdas e transferências de animais) do setor suinícola, pela coleta de informações nas propriedades e apuração das informações obtidas, oferecendo resultados, com o objetivo de minimizar os custos e aumentar a lucratividade da atividade.

    O Atepros, além de ser usado pelos produtores individualmente, foi desenvolvido principalmente para extensionistas e técnicos de empresas que de alguma forma prestam assistência aos produtores.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 490

    Ano: 1998

  • Normalmente, o suíno é comercializado com peso entre 90 kg e 110 kg, atingido entre o quinto e o sexto mês de vida do animal, quando então é transferido para o frigorífico para abate. A carca­ça pode ser transformada em cortes ou indus­trializada e depois comercializada no mercado interno, ou exportada.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 495

    Ano: 1998

  • É o produtor que faz apenas a terminação, ou seja, recebe os leitões, engorda e entrega para abate.

    Em geral, os leitões são recebidos com 19 kg e 70 dias de idade, sendo que a média é de 24 kg. Os animais são engordados até atingirem a média de 96 kg, quando são enviados para abate.

    O pagamento dos terminadores de leitões depende da empresa integradora. Em geral, existem dois tipos de terminadores:

    • Terminador em Regime de Parceria – Esse tipo de produtor depende exclusivamente da agroindústria (parceiro). Recebe os leitões e todos os insumos necessários para sua criação (ração, medicamentos e assistência téc­ nica) e tem como responsabilidade prover esses animais de instalações e acom­panhamento diário (arraçoamento, limpeza, etc).

    O pagamento por esse trabalho depende dos coeficientes tecnoló­gicos obtidos (conversão alimentar e mortalidade). Esse sistema é idêntico ao da criação de frangos.

    • Terminador Propriamente Dito – Esse tipo de produtor depende exclusivamente do produtor de leitões de quem compra os leitões com o peso variando de 19 kg a 25 kg. Após um período de aproximadamente 90 dias, ele os vende a um frigorífico que pode ser uma empresa integradora ou não. Esse sistema difere da parceria à medida em que todos os custos do processo pro­ dutivo são efetuados pelo terminador (compra do leitão, compra de ração, etc).

    Esse sistema de produção está sendo adotado por algumas empresas integradoras que, nesse caso, se reservam a exclusividade de efetuar a intermediação entre o terminador e o criador de leitão. A remuneração desse tipo de produtor é idêntica à de um produtor de ciclo completo.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 498

    Ano: 1998

  • É o produtor que possui as linhagens puras ou as F-1, e faz seleção de F-2 que serão reprodutores a serem utilizados pelos criadores de ciclo com­pleto ou pelos produtores de leitões.

    A remuneração desses animais é feita de forma similar à dos criadores de leitões, ou seja, para cada quilo do reprodutor (macho ou fêmea) o produ­tor de reprodutores ganha o valor pago pelo quilo de suíno vivo para abate, mais uma percentagem sobre esse valor, que varia em função da empresa integradora e da demanda por esses animais.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 499

    Ano: 1998

  • Atualmente, na região Sul, grande parte dos suínos é produzida dentro do sistema de integração. Os produtores têm adotado esse sistema em razão, principalmente, das constantes crises com as quais a atividade tem convi­vido. Buscam junto à empresa integradora mais segurança e garantia de mercado para seus animais.

    Os criadores não integrados podem enfrentar dificuldades principal­mente em épocas de excesso de oferta de animais quando as empresas com produtores integrados podem recusar animais de não integrados.

    Assim, ambas as modalidades têm vantagens e desvantagens. A via­bilidade de cada uma depende do mercado ao qual estão vinculadas.

    As vantagens e desvantagens do sistema de integração são as seguintes:

    Vantagens

    • Garantia da comercialização dos suínos prontos para abate.
    • Assistência técnica.
    • Facilidades na obtenção de material genético de melhor qualidade.
    • Facilidades na compra de insumos.

    Desvantagens

    • Atrelamento à empresa integradora, sem flexibilidade para a venda de animais, impedindo a busca de melhores preços.
    • Obrigatoriedade de uso dos insumos da integradora, mesmo que mais caros que outras marcas disponíveis no mercado.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 494

    Ano: 1998

  • É um programa de computador que permite calcular o custo de produ­ção de suínos considerando vários níveis tecnológicos baseados no número (13 a 25) de terminados/fêmea/ano.

    Neste software, podem ser alterados os coeficientes de produti­vidade, consumo de alimentos, medicamentos, bem como o uso de outros insumos. Isso possibilita estimar os custos, variando todos os itens que o compõem. Quaisquer que sejam os resultados, entretanto, são sempre baseados na mes­ma metodologia.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 491

    Ano: 1998

  • Um importante item na composição dos custos de produção de suínos é a alimentação (> 60 %). Algumas medidas podem reduzir seu custo:

    • Produzir os próprios insumos para alimentação dos animais. Os dois ingredientes de maior peso no custo da ração são o milho e o farelo de soja. Esses dois produtos apresentam instabilidade de preços em virtude das condições climáticas que afetam a produção nacional e internacional.
    • Efetuar a compra, de milho principalmente, no período de safra quando os preços são mais baixos. Esse fato decorre da sazonal idade dos preços dos produtos agrícolas, que se deprimem nos períodos de safra e se elevam nos períodos de entressafra.
    • Utilizar alimentos alternativos, que apresentam preços inferiores ao dos ingredientes convencionais.

    A recomendação geral é utilizar tecnologias que melhorem a produ­tivi­dade da criação visando reduzir a mortalidade, aumentar o número de termi­nados/fêmea/ano e melhorar a conversão alimentar. É importante a adoção de programas de genética, de vacinação preventiva, de limpeza e desinfec­ção, de uso de rações de boa qualidade e de técnicas gerenciais e instalações adequadas.

    A Embrapa Suínos e Aves dispõe de tecnologias que podem promo­ver essas melhorias a baixo custo.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 500

    Ano: 1998