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  • Em criações tecnificadas não há necessidade de aplicar vitaminas nos leitões, pois sendo bem alimentadas, as fêmeas suprem as necessidades dos leitões até iniciarem a ingestão de ração.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 171

    Ano: 1998

  • O termo ração caseira pode ser entendido de duas formas: ração feita em casa, ou seja, na propriedade, e outra designando a ração com­posta de sobras diversas de alimentos e resíduos de culturas.

    A ração para suínos feita em casa deve ser feita com base numa fór­mula de ração calculada para que as necessidades dos animais em nutrien­tes sejam atendidas, como a de minerais, que variam com a idade e a cate­goria de suínos. Além de serem exigidos em quantidades específicas, os nutrientes devem ser fornecidos em proporções adequadas. As rações feitas com base nessas informações são conhecidas como rações balanceadas. Essas fórmulas podem ser obtidas em programas de formulação de ração, por consulta aos profissionais que prestam assistência técnica na área ou seguindo-se rigorosamente as fórmulas recomendadas em sacos de con­centrados ou de outros ingredientes para rações.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 162

    Ano: 1998

  • Concentrado é um alimento de alta densidade (grande quantidade) em alguns nutrientes. Ao se misturar o concentrado a um ou mais ingredien­tes, essa densidade é diluída resultando daí a ração final. Em geral, os concentrados para suínos contêm uma ou mais fontes proteicas principais minerais e as vitaminas e aditivos – como promotores do cresci­mento. Esses concentrados são então misturados ao milho, milho mais farelo de trigo ou outro ingrediente, dependendo da recomendação do rótulo do concentrado, dando como produto final a ração.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 175

    Ano: 1998

  • Sabendo que é preciso conhecer a composição nutricional dos ingre­dientes antes de formular uma ração e que uma fórmula combina as con­centrações em nutrientes dos diversos alimentos com base no preço de cada ingrediente e nas exigências nutricionais dos animais, conclui-se que o sorgo pode substituir o milho, dependendo de sua composição em nutrientes e de seu preço. Na prática, os suínos apresentam bom desem­penho com dietas à base de sorgo em substituição total ao milho, desde que o sorgo tenha baixo teor de tanino, que reduz a digestibilidade da maioria dos nutrientes da dieta. Recomenda-se, por isso, o uso de cultivares de sorgo com baixo teor de tanino.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 179

    Ano: 1998

  • Sim. Na maioria das vezes são diferentes, como mostra a tabela abaixo, com dados médios obtidos em análises na Embrapa Suínos e Aves. Pode ocorrer, porém, que uma partida de sorgo, em função de sua composição e da digestibilidade de seus nutrientes, apresente valor energético similar ou superior ao do milho. É interessante verificar, na tabela abaixo, que o sorgo com alto tanino, um componente antinutricional, apresenta menos valor de energia metabolizável. Isso se deve ao fato de que o tanino prejudica a digestibilidade dos nutrientes presentes na dieta, inclusive a energia.

    Parâmetro Milho Sorgo baixo tanino Sorgo alto tanino
    Matéria seca (%) 87,45 86,63 85,16
    Energia metabolizável (kcal/kg) 3.390 3.290 3.080

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 180

    Ano: 1998

  • Como na substituição do milho pelo sorgo, depende da composição em nutrientes das partidas de milho e de trigo. Em geral, pode-se dizer que o trigo de boa qualidade pode substituir totalmente o milho numa fórmula balanceada, sem prejuízo para o desempenho dos animais.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 181

    Ano: 1998

  • Todos os suínos necessitam, além de outros nutrientes, de minerais e vitaminas para o desempenho de suas funções de produção, como ganho de peso e produção de leite. Cálcio, fósforo e sódio são considerados macrominerais por serem requeridos pelos suínos em quantidades maiores do que outros minerais. Os microminerais, requeridos em pequenas quanti­dades, são: cobre, ferro, manganês, zinco, iodo, selênio e cobalto, este últi­mo fornecido pela suplementação de vitamina B12. Além dos microminerais, existem outros microingredientes na ração, como as vitaminas e os aditivos, por exemplo, promotores de crescimento. Premix é a pré-mistura de um ou mais microingredientes com um veículo (caulin, farelo de soja, fubá), com o objetivo de aumentar seu volume e facilitar sua dispersão homogênea na mistura dos componentes da ração. Pode-se ter, assim, um premix de selênio, apenas, um premix mineral com todos os microminerais, um premix vitamínico com todas as vitaminas ou um premix mineral-vitamínico com todos os microminerais e vitaminas.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 186

    Ano: 1998

  • Nem todos os produtores de suínos têm condições de preparar uma ração de boa qualidade na propriedade. Produtores que fazem a mistura com pás ou com as mãos não têm condições de produzir uma ração homogênea e de qualidade, de ma­neira que a ração final de todos os sacos tenha a mesma composição em nutrien­tes. Nessas condições, os produtores de­vem comprar rações prontas por serem economicamente mais eficientes do que a ração mal misturada. Os equipamentos mínimos para preparar rações de razoável qualidade na proprieda­de são um misturador vertical e uma balança de plataforma. De posse desses equipamentos e com alguma orientação técnica, pode-se comprar todos os ingredientes, ou apenas o milho e concentrado, e fazer a mistura de rações na propriedade. Na maioria das vezes é mais econômico comprar o milho, farelo de soja, núcleo ou premixes e demais ingredientes do que comprar o concentrado. Mas há ocasiões em que se torna mais econômico comprar o concentrado. Uma boa administração da propriedade e o controle permanente dos custos de produção e de oportunidades permitem saber quando e em que situações é mais vantajoso comprar concentrados.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 188

    Ano: 1998

  • A granulometria do milho incluído no balanceamento de rações para suínos é de fundamental importância para o perfeito aproveitamento dos nutrientes da ração.

    O grau de moagem do milho determina alterações nos valores de ener­gia digestível e de energia metabolizável em função da maior ou menor exposição dos nutrientes aos processos digestivos (tabela abaixo).

    Coeficientes de digestibilidade da matéria seca (CDMS), da proteína bruta (CDPB), valores de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) para diferentes granulometrias do milho moído.

    Parâmetro Diâmetro dos furos da peneira (mm)
    2,5 mm 4,5 mm 10,0 mm
    CDMS (%) 90,0 89,3 88,1
    CDPB (%) 84,5 82,8 79,7
    ED (kcal/kg) 3.534 3.458 3.371
    EM (kcal/kg) 3.491 3.392 3.322

    A digestibilidade das dietas e o desempenho dos suínos melhoram com a diminuição do diâmetro geométrico médio (DGM) das partículas de milho. Os melhores resultados são produzidos quando o DGM situa-se entre 500 µm e 650 µm.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 189

    Ano: 1998

  • Fig_pag95.jpg

    Conversão alimentar é um índice fornecido pela relação entre o consumo de alimento e o ganho de peso dos suínos. É indicadora da eficiência alimentar da dieta, mas analisada isoladamente pode levar a conclusões erró­neas sobre determinado alimento, dieta ou manejo alimentar.

    A conversão alimentar é uma das variáveis indicadoras do desempe­nho dos suínos e deve ser analisada conjuntamente com o ganho de peso e o consumo de ração para a tomada de decisões sobre nutrição de suínos. É dada pela fórmula:

    Conversão alimentar = consumo de alimento ganho de peso

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 194

    Ano: 1998

  • Sim. O Ministério da Agricultura e do Abastecimento estabeleceu pa­drões oficiais de matérias-primas destinadas à alimentação animal, entre as quais estão incluídos o milho e o farelo de soja.

    O milho para consumo animal deve estar isento de sementes tóxicas e de resíduos de pesticidas, devendo enquadrar-se nos tipos 1, 2 ou 3, assim definidos:

    Parâmetro Restrição Umidade Tipos
    1 2 3
    Umidade máximo % 14,5 14,5 14,5
    Matérias estranhas, impurezas e quebrados máximo % 1,5 2,0 3,0
    Avariados - total máximo % 11,0 18,0 24,0
    Ardidos e brotados máximo % 3,0 6,0 10,0

    Para o farelo de soja, extraído por solvente, existem três tipos definidos:

    Parâmetro Restrição Umidade Tipos
    44 46 48
    Umidade máximo % 12,00 12,00 12,00
    Proteína bruta mínimo % 44,00 46,00 48,00
    Solubilidade em KOH 0,2% mínimo % 80,00 80,00 80,00
    Atividade ureática mínimo % 0,05 0,05 0,05
    Atividade ureática máximo % 0,30 0,30 0,30
    Matéria mineral máximo % 7,00 6,50 6,00

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 190

    Ano: 1998

  • Os microrganismos probióticos competem com os microrganismos nocivos pelos locais de fixação na parede intestinal e pela utili­zação de nutrientes. Produzem, também, ampla variedade de substâncias (bacteriocins) que inibem o desenvolvimento das espécies patogênicas. A ação dos probióticos é mais eficiente em leitões jovens.

    Determinados alimentos como o soro de leite em pó, com altos níveis de lactose, estimulam o desenvolvimento dos Lactobacillus, pois a lactose é altamente utilizada como alimento por esses microrganismos. Também a glicose, presente no açúcar e em outros subprodutos da cana-de-açúcar, é intensivamente utilizada como nutriente pela Escherichia coli. Os ácidos orgânicos também criam condições desfavoráveis ao desenvolvimento dos microrganismos potencialmente patogênicos e estimulam o desenvolvimento dos microrganismos probióticos, através da acidificação do conteú­do gastrointestinal.

    Portanto, ao se fornecer microrganismos probióticos na dieta de lei­tões, deve-se também fornecer uma fonte de nutrientes adequada, como a lactose ou produtos que a contenham.

    Estão sendo desenvolvidos probióticos químicos, que são carboi­dratos sintéticos e lectinas bacterianas, os quais competem com os microrganismos patogênicos pelos locais de fixação na parede intestinal.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 192

    Ano: 1998

  • A suplementação alimentar com enzimas como a fitase, betaglu­canases e pentosanases pode proporcionar resultados positivos em suínos adultos. A fitase, originária da produção microbiana, melhora o apro­veitamento do fósforo fítico da dieta, presente principalmente nos grãos de cereais e seus subprodutos, mas também nas sementes de oleaginosas e seus subprodutos.

    A betaglucanase e pentosanases melhoram a digestibilidade dos carboidratos não amido presentes nos grãos de cereais, principalmente no centeio e na cevada. A utilização da betaglucanase proporciona pequena melhora na utilização da cevada pelos suínos. Maiores benefícios podem ser esperados com a suplementação de pentosanases em dietas que conte­nham centeio e algunas cultivares de triticale.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 193

    Ano: 1998

  • Conversão alimentar do rebanho é a quantidade (kg) de ração utiliza­da para produzir 1 kg de suíno terminado. É dada pela fórmula:

    Car = Conali / Peso total

    Em que:

    Car = conversão alimentar do rebanho.

    Conali = consumo de alimentos no período = estoque inicial de alimentos + compras - estoque final.

    Peso total = pesanies + pterm + plei + prepr + pesanido - plecom - ptleitoc - ptmrepos - precom.

    Em que:

    Pesanies = peso dos animais no estoque final - peso dos
    animais no estoque inicial.

    Pterm = peso dos animais vendidos como terminados.

    Plei = peso dos leitões vendidos.

    Prepr = peso dos animais vendidos como reprodutores.

    Pesanido = peso dos animais consumidos ou doados.

    Plecom = peso dos leitões comprados.

    Ptleitoc = peso das leitoas para reposição compradas.

    Ptmrepos = peso dos machos para reposição comprados.

    Precom = peso dos reprodutores comprados.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 195

    Ano: 1998

  • As análises químicas das rações podem ser feitas em laboratórios de nutrição. É importante analisar não só as rações mas também os alimentos (ingredientes) utilizados. Nas rações, a análise indica se o processo de mis­tura (e de fabricação da ração em geral) está adequado. Nos ingredientes, detecta variações que ocorrem entre uma partida e outra, principalmente em se tratando de subprodutos da indústria ou da agricultura, que costumam apresentar grande variabilidade. Dessa maneira, os dados da análise dos ingredientes permitem formular rações com base em valores mais precisos de composição dos alimentos do que os de tabela, garantindo assim o forne­cimento de ração mais adequada às exigências dos animais.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 196

    Ano: 1998

  • Por ter baixo teor de proteína e alto teor de energia, o milho é utiliza­do como fonte de energia na alimentação dos suínos. Por isso, outros ali­mentos com baixo teor de proteína poderão substituir o milho na dieta. Entre eles estão os cereais de inverno e seus subprodutos: sorgo, triticale, trigo, triguilho, cevada, centeio; raízes e tubérculos: mandioca, batata-doce, be­terraba forrageira e seus subprodutos; subprodutos do arroz; subprodutos da industrialização de frutas, etc.

    Esses produtos, porém, não podem substituir o milho de igual para igual, pois a maioria possui nível de energia inferior ao do milho bem como teor de proteína e composição em aminoácidos diferentes dos do milho. Por isso, quando utilizados, alguns devem ser acompanhados de outros ingredi­entes com alto teor de energia, como gorduras, óleos e sementes de oleagi­nosas. Além disso, a formulação deve ser feita com base também na composição de aminoácidos de todos os ingredientes. Com a substituição do milho, ocorre então uma alteração na proporção de praticamente todos os ingredientes da dieta.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 197

    Ano: 1998

  • Os ácidos orgânicos, quando adicionados à ração, reduzem o pH da dieta e assim o pH do trato gastrointestinal. Dessa forma, eles corrigem os aumentos de pH resultantes da redução da excreção ácida gástrica, ao desmame, e dos efeitos ligadores de ácido dos ingredientes alimentares. Assim, os ácidos orgânicos ajudam a criar um ambiente intestinal favorável ao desenvolvimento dos microrganismos probióticos do intestino e inibem o desenvolvimento dos microrganismos patogênicos. Foi particu­larmente observada a inibição do desenvolvimento da Escherichia coli patogênica com o uso de 2% de ácido cítrico na dieta. Outro efeito dos ácidos orgânicos é o estímulo à atividade das enzimas digestivas pela redução do pH.

    Entre os ácidos orgânicos mais utilizados estão o ácido cítrico e o ácido fumárico, na proporção de até 3% da dieta. Também são utilizados em menor escala o ácido propiônico, o ácido fórmico e o ácido fosfórico. Os ácidos orgânicos também podem ser fornecidos aos leitões, na água.

    Os subprodutos do leite, particularmente o soro, também auxiliam na acidificação do trato gastrointestinal. Isso ocorre porque a lactose desses produtos é fermentada, produzindo ácido láctico, que ajuda a acidificar o meio gastrointestinal.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 199

    Ano: 1998

  • Podem ocorrer intoxicações por excesso de sal. Os animais jovens são mais sensíveis que os adultos. Existem duas formas de intoxicação:

    • Hiperaguda, provocada pela ingestão de altas doses de sal e pela privação de água.
    • Aguda, provocada por ingestão de quantidades menores de sal durante determinado período, e insuficiente ingestão de água.

    Os primeiros sintomas de intoxicação podem ser observados de 12 a 24 horas após a ingestão de sal comum. Os sintomas mais frequen­tes são: falta de apetite, tristeza, apatia, os animais não gritam, não reagem a nada, andam sem rumo. Os animais afetados, repentinamente param quietos, co­meçam a salivar intensamente e, em seguida, a musculatura abdominal e os membros entram em contração contínua. Esses ataques epilépticos se repetem a intervalos regulares de cinco a sete minutos. A morte ocorre nas primeiras 36 a 48 horas após a ingestão da ração e insuficiente ingestão de água. Não existe um tratamento curativo espe­cífico. Os animais com ata­ques epileptiformes devem ser abatidos o mais depressa possível, pois as possibilidades de cura são muito variáveis. Aos animais sem sintomas clíni­cos deve-se fornecer água limpa e fresca, inicialmente em pequenas quan­tidades.

    A profilaxia da intoxicação está baseada no fornecimento de água limpa e fresca, à vontade, a todos os animais, durante o dia inteiro.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 201

    Ano: 1998

  • Os componentes do sal comum são o sódio e o cloro. Sua inclusão na dieta para suínos é indispensável para o desempenho adequado dos animais. As exigências nutricionais são expressas em termos de sódio total na dieta, para a qual o sal deve contribuir em proporções adequadas. Exis­tem ingredientes de origem animal e marinha com altas concentrações de sódio. Por isso, ao serem incluídos na dieta, sua concentração em sódio e cloro deve ser considerada.

    A exigência de sódio nos suínos é relativamente constante e se ex­pressa em termos de concentração na dieta, situando-se em torno de 0,2% para todas as fases. As matrizes em lactação têm exigência maior porque eliminam sal pelo leite.

    O sal não substitui qualquer outro ingrediente da dieta para suínos.

    O premix micromineral-vitamínico não tem relação com o sal comum. Por isso o uso de um não dispensa o uso do outro.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 202

    Ano: 1998

  • Ossos de bovinos, sobras de abatedouros de aves, assim como outros subprodutos de origem animal (restos de carne, de ossos, de sangue, de fígado), só podem ser utilizados na alimentação de suínos ou de outras es­pécies se passarem por um processo de esterilização e redução de partícu­las. Dessa forma, eliminam-se os microrganismos patogênicos, como as salmonellas, que provocam diarreia, e outros germes causadores de doen­ças transmissíveis de uma espécie para outra, como tuberculose, aftosa e outras.

    Resíduos de carne, sobras de abatedouros e ossos frescos devem ser cozidos sob pressão em autoclave, à temperatura de 100°C por 30 minutos, no mínimo e, em seguida, prensados e moídos. Esses produtos podem ser utilizados na formulação de rações como fonte de proteína, de cálcio e de fósforo. Sua composição, porém, é extremamente variável de acordo com o material incluído.

    Os ossos podem também ser queimados em fornos apropriados, obtendo-se como resultado a farinha de ossos calcinada. A farinha de ossos autoclavada é produzida pelo cozimento dos ossos sob pressão em autoclave, e posterior secagem e moagem. Ambas podem ser utilizadas como fonte de cálcio e de fósforo nas formulações. A composição aproxi­mada é a seguin­te:

    • Farinha de ossos autoclavada: 12,8% de proteína, 11,3% de gordura, 29,8% de cálcio e 12,49% de fósforo total.
    • Farinha de ossos calcinada: 34% de cálcio e 17% de fósforo.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 203

    Ano: 1998

  • A composição nutricional da forragem de guandu encontra-se na tabela a seguir:

    Parâmetro (%) Estágio de desenvolvimento
    Vegetativo Com vagens
    Matéria seca 90,00 90,00
    Proteína bruta 22,30 11,05
    Proteína digestível 17,20 7,87
    Extrato etéreo 4,50 2,69
    Extrato etéreo digestível 2,56 1,29
    Extrato não nitrogenado 23,40 46,89
    Extrato não nitrogenado digestível 17,55 31,76
    Fibra bruta 31,70 25,19
    Fibra digestível 16,16 12,84
    Matéria mineral 8,10 4,18
    Nutrientes digestíveis totais 56,67 55,37
    Cálcio 0,80 0,90
    Fósforo total 0,33 0,17
    Energia digestível calculada (kcal/kg)(1) 2.267,00 2.215,00

    (1) Calculados de acordo com os valores de combustão de 4 cal/g para proteína e carboidratos e 9 cal/g para extrato etéreo.

    Os valores de composição nutricional variam de acordo com a idade da planta. Com relação à forma de utilização, é semelhante ao uso do feno de soja.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 208

    Ano: 1998

  • Em razão dos fatores antinutricionais que apresenta e que podem pre­judicar o desenvolvimento dos suínos, é necessário submetê-lo a algum tipo de processamento. O mais adequado é o cozimento (fervura) em água du­rante 40 minutos e posterior secagem ao sol. Fornecido cru, em níveis aci­ma de 10% da dieta, provoca redução no consumo de alimento, piora a conversão alimentar e reduz o crescimento.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 207

    Ano: 1998

  • O maior problema do uso de restos de co­zinha na alimentação de suínos é que podem se tornar um veículo de transmissão de várias do­enças como a peste suína clássica, a salmonelose, a tuberculose e a erisipela. Submetidos, porém, à esterilização por cozimento, a 100 °C, durante 30 minutos, podem ser utilizados. Após o cozimento, é preciso tomar cuidado a fim de evitar a recontaminação.

    Os suínos, como qualquer outra espécie, apresentam requerimentos bem definidos de nutrientes – energia, proteínas, aminoácidos, minerais e vitaminas. Restos de cozinha apresentam composição muito variável e nem sempre atendem a esses requerimentos sem outra suplementação.

    Por esse motivo, é necessário coletar amostras periodicamente e enviá-las a um laboratório de nutrição para determinação dos teores de proteína bruta, gordura, cálcio e fósforo. Independentemente da realização de análi­ses, é necessário suplementar com cálcio, fósforo, microminerais e vitami­nas, usando um núcleo ou um premix comercial, fosfato bicálcico e calcário calcítico. Normalmente, é também necessário adicionar um concentrado proteico cuja composição e nível de proteína dependem da composição dos restos de cozinha.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 211

    Ano: 1998

  • Do ponto de vista da composição nutricional não há diferença. Ambas possuem teor de água entre 90% a 95%, sendo a concentração em outros nutrientes muito reduzida.

    A inclusão em dietas balanceadas para suínos em terminação deve ser restrita, por causa da limitada capacidade ingestiva do suíno. Seu forne­cimento é contraindicado para leitões e suínos que recebem ração de cres­cimento. A inclusão desses dois produtos na dieta de matrizes em lactação resulta em diluição nutricional, insuficiente ingestão de energia e conse­quente redução na produção de leite e maior perda de peso pela matriz.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 215

    Ano: 1998

  • O inhame (Discorea sp.) é uma raiz produzida em regiões tropicais ou semitropicais. Apresenta teor de água de 60% a 80%, baixo teor de proteína (1% a 2%), sendo desconhecido seu teor de energia. Sua fração de carbohidrato é composta basicamente por amido.

    A raiz crua do inhame não é bem aceita pelos suínos por apresentar fatores antinutricionais como alcaloides, tanino e saponinas. Por isso, deve-se cozinhá-las em água antes do fornecimento. Dessa forma, o inhame pode ser utilizado como a batata-doce, para suínos em crescimento e termina­ção.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 218

    Ano: 1998

  • A raiz da mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um alimento rico em carboidratos altamente digestíveis e muito pobre em proteína. Por isso, é utilizada como fonte de energia para suínos. As variedades normalmente utilizadas para alimentação humana e animal são as variedades mansas, com baixos níveis de princípios tóxicos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 219

    Ano: 1998

  • A raspa integral é obtida picando-se a mandioca em pedaços peque­nos (de 1 cm x 5 cm) e secando-os ao sol ou em estufa de ar forçado. Após a secagem, pode ser feita a moagem para obter-se a farinha integral.

    A secagem pode ser feita em terreiros de cimento ou em bandejas inclinadas em ângulos de 25 a 30 graus. O teor final de umidade não deve ser superior a 14%. Dessa forma, a raspa de mandioca pode ser armazena­da por longos períodos, acondicionada em sacos. O tempo médio de seca­gem é de 10 a 20 horas em bandejas e, em terreiro, duas vezes maior.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 220

    Ano: 1998

  • A raspa integral de mandioca pode substituir totalmente o milho ou outra fonte de energia para suínos em crescimento e terminação devendo-se, nesse caso, dar especial atenção ao nível de metionina e de energia da dieta. Para manter os níveis adequados de energia, deve ser feita suple­mentação com gordura, quando se utiliza raspa de mandioca em proporções elevadas. O emprego da raspa de mandioca na formulação com farelo de soja, premix, fosfato bicálcico, calcário calcítico e sal, ou com farelo de soja e núcleo é mais adequado do que o uso de concentrado comercial. Isso ocorre porque, substituindo-se o milho por raspa de mandioca, é necessário aumentar a proporção de concentrado para manter o suprimento de proteína e de aminoácidos em nível adequado, pois a raspa de mandioca possui menos proteína do que o milho. Nesse caso, está-se aumentando excessivamente o fornecimento de minerais e vitaminas contidos no con­centrado, cujo excesso será desperdiçado. Empregando-se o farelo de soja e o núcleo ou o premix e os outros ingredientes, seus níveis podem ser mantidos na proporção adequada, pois são incluídos de forma indepen­dente.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 221

    Ano: 1998

  • Pode, com algumas restrições. Deve ser fornecida picada, à vontade, para suínos em crescimento e terminação e em quantidade controlada para matrizes em gestação. Não deve ser fornecida aos leitões em fase inicial e às matrizes em lactação.

    O concentrado, contendo de 26% a 30% de proteína bruta, deve ser fornecido em quantidade controlada, de acordo com a tabela abaixo. For­necido à vontade, pode ocorrer consumo em excesso de concentrado com desperdício de parte dos nutrientes. Assim também, se o nível de proteína bruta ou o nível de lisina no concentrado forem superiores ao recomendado no quadro abaixo, o animal não consegue ingerir energia suficiente para suprir suas necessidades.

    O fornecimento do concentrado e da mandioca pode ser feito no mes­mo comedouro ou em comedouros separados. Se for feito no mesmo comedouro, não devem ficar sobras de um dia para o outro.

    Fornecimento de concentrado com mandioca fresca ou com silagem de mandioca

    Peso vivo suínos (kg) Proteína no concentrado (%) Lisina no concentrado (%) Quantidade fornecida por dia
    Concentrado (g) Mandioca (kg)
    25-55 30 1,43 1.100 Á vontade
    26(1) 1,43 1.100 À vontade
    55-95 30 1,43 1.500 Á vontade
    26(1) 1,43 1.500 À vontade
    Gestação 38 1,37 700 4,5
    29 1,37 700 4,5

    (1) Suplementado com 0,10% de metionina a 98%.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 222

    Ano: 1998

  • O teor de princípios tóxicos na parte aérea da mandioca (ramas e folhas) é bem mais alto do que nas raízes, sendo perigoso fornecê-la fresca aos suínos. Por isso, é necessário reduzir seu teor de toxidez, picando ramas e folhas e secando-as ao sol por dois ou três dias, até que o teor de umidade caia para mais ou menos 12%. Depois de seco, esse material deve ser mo­ído, obtendo-se a farinha da parte aérea da mandioca, que pode ser adicio­nada à ração.

    Deve-se levar em conta, também, que o teor de nutrientes, principal­mente de fibra e proteína, é muito variável nesse produto, dependendo da idade da planta e da época da colheita. Por isso, é importante providenciar análises de laboratório de nutrição a fim de verificar os teores, principal­mente de proteína e de fibra.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 225

    Ano: 1998

  • A algaroba destaca-se, na região Semiárida, como fonte alternativa na alimentação de suínos, por sua produtividade e pelo valor nutritivo da vagem. A farinha de vagem de algaroba possui valores de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) de 2.300 kcal e 2.180 kcal por quilo de matéria seca. Valores de 3.100kcal/kg e 2.430 kcal/kg no alimento para ED e EM, respectiva­mente, também já foram determinados. A variabilidade nos resultados está relacionada principalmente ao teor de fibra bruta (FB) no alimento.

    Os teores médios de proteína bruta e FB correspondem a 8,5% e 17% respectivamente, no alimento com 90% de matéria seca.

    A inclusão de até 30% de farelo de vagem de algaroba em dietas isoprotéicas (de mesmo nível proteico) e isoenergéticas (de mesmo nível energético) para leitões a partir de 16,5 kg resultou em desempenho seme­lhante a dietas com milho.

    Para suínos em crescimento, terminação, fêmeas de reposição e ma­trizes em gestação, inúmeras pesquisas demonstraram que níveis de até 30% nas dietas não alteram o desempenho em comparação a uma dieta-padrão de milho e farelo de soja. Nessas pesquisas, as dietas sempre foram mantidas isoenergéticas e isoproteicas. A adição de farelo de vagem de algaroba nas dietas produz redução linear no custo das rações para suínos, sendo viável econômica e tecnicamente, nas condições do Semiárido nor­destino.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 245

    Ano: 1998

  • Do ponto de vista da composição nutricional, o feno-de-rami contém até 20% de material inerte e não aproveitável pelo suíno, o que limita seu uso nas dietas por ser muito baixo seu valor nutritivo. Em climas tropicais, a alternativa mais viável para o uso de feno-de-rami na dieta de suínos é a inclusão de gordura ou óleo a fim de suprir a deficiência energética do rami. O alto conteúdo de cinzas desse alimento, porém, inviabiliza o uso de gorduras ou óleos pela excessiva formação de compostos não absorvíveis (formação de Ca-K), em nível intestinal. A inclusão do feno-de-rami nas dietas para leitões deve ser evitada.

    Nas dietas para suínos em crescimento e terminação, a inclusão de até 20% de feno-de-rami pode oferecer possibilidade de equilíbrio nutri­cional desde que associada a ingredientes adequados.

    Para fêmeas em gestação, o nível de inclusão nas dietas pode chegar a 45%, pois a essa categoria de animal podem ser fornecidas dietas com nível de energia mais baixo. Nesse caso, o consumo aumenta devendo ser calculados os demais nutrientes para consumo total diário.

    Para fêmeas em lactação, a inclusão na dieta não é aconselhável porque essa categoria necessita da máxima densidade energética e nutricional possível na ração a fim de atender as exigências nutricionais para produção de leite.

    A utilização do rami sob forma de pastagem é uma possibilidade para fêmeas em gestação, desde que o manejo da pastagem seja feito de modo adequado, impedindo que os animais destruam a plantação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 249

    Ano: 1998

  • O grão de girassol integral tem alta concentração energética e pode substituir os cereais e as fontes de proteína na dieta em proporção aproxi­mada de quatro partes de cereal para uma de fonte proteica e suplementação de lisina. Para o aproveitamento ótimo do girassol recomenda-se que sua inclusão em dietas iniciais não ultrapasse os 15%. Para crescimento e ter­minação, deve ser limitada a 10%, não devendo ultrapassar os 25% nas dietas de gestação e lactação.

    A semente de girassol tem em média 38% de óleo, 17% de proteína bruta e 15% de fibra bruta, mas é pobre em lisina. As dietas que incluem a semente triturada devem ser combinadas com ingredientes que sejam boa fonte de lisina ou ser suplementadas com lisina sintética.

    A semente de girassol não apresenta fatores antinutricionais em níveis que prejudiquem o desempenho, porém o alto nível de fibra limita sua inclu­são em rações para leitões na fase inicial (dos 6 kg aos 20 kg de peso). Na fase de crescimento e terminação, níveis crescentes de girassol integral propor­cionam carcaças com toucinho mole e músculos com a característica PSE (carne pálida, mole e exsudativa) devido ao alto teor de óleo (ácido linoleico) presente no grão. A adição de mais de 10% de semente à dieta de termina­ção diminui a consistência e a firmeza propor­cionando carcaças menos aceitáveis para procedimentos normais de processamento e reduzindo o tempo de prateleira dos cortes de carne.

    A inclusão de 25%, no máximo, de grão de girassol no terço final da gestação é desejável se o objetivo é aumentar a densidade energética da ração e, ao mesmo tempo, o teor de fibra.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 250

    Ano: 1998

  • O aguapé (Eichoornia crassipes) cresce nas regiões entre a latitude 32°N e 32°S, em lagoas de tratamento final dos refluxos orgânicos, produ­zindo grande volume de matéria verde.

    De acordo com as análises feitas no laboratório de nutrição animal da Embrapa Suínos e Aves, a farinha-de-feno de aguapé obtida pela secagem e moagem da planta apresenta a seguinte composição nutricional média: 89,5% de matéria seca, 16,1% de proteína bruta, 19,9% de fibra bruta, 16,41% de cinza, 1,31% de cálcio e 0,61% de fósforo. Esse produto ainda pode apresentar alto conteúdo de ferro, sódio e potássio, dependendo do local onde é cultivado e da quantidade de solo que permanece na raiz por oca­sião da colheita.

    Em função do alto conteúdo de cinzas e de fibra bruta, a farinha de feno de aguapé apresenta baixo conteúdo de energia. De acordo com de­terminações feitas na Embrapa Suínos e Aves, a farinha de feno de aguapé contém 1.122 kcal de energia digestível e 1.067 kcal de energia metabolizável por quilo.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 251

    Ano: 1998

  • A maneira mais adequada de utilizar a forragem de soja (Glycine max) é na forma de feno moído. Independentemente do estágio de crescimento da planta, o nível de energia do feno da forragem de soja é baixo. No entan­to, esse nível e o de outros nutrientes e sua digestibilidade diminuem com o envelhecimento da planta.

    Dessa forma, o feno da forragem de soja é mais adequado para a alimentação de matrizes gestantes, que apresentam capacidade de consu­mo bem superior às suas necessidades e maior capacidade de aproveita­mento da fibra do que os suínos em crescimento e terminação. Assim, o feno da forragem de soja pode ser utilizado na ração das matrizes ges­tantes, mas a quantidade de ração fornecida deve ser aumentada, de forma a manter um suprimento adequado de energia.

    Quando se fornece feno de forragem de soja aos suínos em cresci­mento e terminação, é também necessário suplementar a dieta com ingre­dientes de alta energia, como soja integral tostada ou extrusada, óleo bruto de soja ou gordura animal, a fim de manter o nível mínimo de energia ne­cessário e evitar queda de desempenho.

    A forragem verde de soja também pode ser utilizada para matrizes em gestação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 232

    Ano: 1998

  • Não é possível balancear uma ração para suínos utilizando apenas esses ingredientes. É necessário utilizar também um alimento proteico.

    Para suínos em crescimento e terminação, o ingrediente proteico pode ser um concentrado. O milho pode fazer parte desse concentrado, forneci­do em quantidades controladas, ao passo que a garapa de cana-de-açúcar, a mandioca e o inhame podem ser fornecidos à vontade.

    Para matrizes em gestação, também pode ser fornecido um concen­trado. O nível de proteína pode ser menor do que o indicado na tabela abaixo, o que aumentaria a participação do milho, mas a quantidade de concentrado fornecida deve ser maior, a fim de manter um suprimento mínimo adequado de proteína e de aminoácidos. A quantidade de caldo de cana ou de mandioca deve ser de 6,0 litros/dia e 4,5 kg para cada 700 g de concentrado (38% de proteína). O inhame pode ser utilizado na mesma proporção que a mandioca.

    Fornecimento de concentrado com mandioca fresca ou com silagem de mandioca

    Peso vivo suínos (kg) Proteína no concentrado (%) Lisina no concentrado (%) Quantidade fornecida por dia
    Concentrado (g) Mandioca (kg)
    25-55 30 1,43 1.100 Á vontade
    26(1) 1,43 1.100 À vontade
    55-95 30 1,43 1.500 Á vontade
    26(1) 1,43 1.500 À vontade
    Gestação 38 1,37 700 4,5
    29 1,37 700 4,5

    (1) Suplementado com 0,10% de metionina a 98%.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 227

    Ano: 1998

  • O soro de leite integral é um ali­mento de alto valor nutricional para suínos e, também, muito palatável, sendo consumido voluntariamente em grandes quantidades pelos suínos. Seu conteúdo de água é alto (93% a 96%) e sua proteína tem alto valor nutricional com relação à composição de aminoácidos. O soro também é rico em vitaminas do complexo B e em minerais como cálcio e fósforo. É mais indicado para animais em cresci­mento e terminação e para matrizes em gestação, embora possa ser utiliza­do também para leitões na fase de creche.

    O soro de leite em pó é um excelente alimento tanto para leitões lactentes como para leitões desmamados, por causa de seu alto conteúdo de lactose e do alto valor nutricional de sua proteína.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 233

    Ano: 1998

  • Normalmente o soro de leite vem com alto conteúdo de sal, não sen­do recomendado adicionar mais sal nem ao soro nem à ração fornecida com o soro.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 235

    Ano: 1998

  • Sim. Vários tipos de silagem têm grande aceitação pelos suínos por apresentarem ótima palatabilidade. As mais utilizadas são a silagem do grão de milho, do grão de triticale e de mandioca. É também possível produzir silagem de outros produtos que apresentem alto conteúdo de carboidratos fermentáveis, como de bananas maduras.

    Quanto às silagens de forrageiras, as melhores são as de milho (pé inteiro), leguminosas (alfafa, comichão, entre outras), ou consorciação de gramíneas e leguminosas (milho, aveia ou azevém, mais uma leguminosa). Quando a silagem for somente de leguminosas, deve-se adicionar uma fon­te de carboidratos, como o melaço, para facilitar a fermentação.

    As silagens podem ser fornecidas para os leitões a partir dos 20 kg de peso vivo até o abate, para as matrizes em gestação e para os machos inteiros. Deve-se evitar o fornecimento para os leitões lactentes e na fase de creche e para as matrizes em lactação.

    As silagens de forrageiras devem ser fornecidas principalmente para os animais acima de 60 kg de peso vivo até o abate, para matrizes em gestação e machos inteiros, devido a seu baixo conteúdo de energia.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 236

    Ano: 1998

  • Existem essencialmente três formas de arraçoar suínos com alfafa:

    • Alfafa-fresca recém-cortada.
    • Silagem de alfafa.
    • Feno de alfafa moído e misturado à ração.

    A composição nutricional varia em função do teor de matéria seca e de fibra bruta, que depende do estágio vegetativo em que é feito o corte para silagem, feno ou arraçoamento.

    Composição nutricional de feno de alfafa e de alfafa fresca

    Parâmetro Alfafa fresca Feno de alfafa
    Teor de Proteína
    antes da florada depois da florada >19% PB 17% a 19% 15% a 17%
    Matéria seca (%) 17,6 19,3 90,2 90,6 90,7
    Digestibilidade da matéria orgânica (%) 75 63 64 54 50
    Fibra bruta (%) 3,1 4,6 21,9 23,8 25,7
    Proteína bruta (%) 4,6 4,3 20,7 17,8 16,1
    Proteína digestível (%) 3,7 3,0 13,8 9,0 8,1
    Energia metabolizável (kcal/kg) 437 399 12.938 1.577 1.434
    Lisina (%) 0,2 0,23 1,01 0,87 0,79
    Metionina + cistina (%) 0,09 0,09 0,48 0,45 0,40
    Cálcio (%) 0,33 0,36 1,80 1,83 1,40
    Fósforo (%) 0,05 0,06 0,26 0,29 0,25
    Sódio (%) 0,01 0,01 0,07 0,17 0,07

    A forma fresca deve ser fornecida em complementação à ração. O feno de alfafa, por ter maior teor de fibra bruta, é mais indicado para suínos adultos. Mas, por ter baixo teor de energia metabolizável, sua adição à ração de lactação deve ser baixa, conforme tabela a seguir.

    Fase Nível máximo de adição (%)
    Pré-inicial 0
    Inicial 0
    Crescimento 10
    Terminação 10
    Reposição 20
    Gestação até 80 dias 50
    Gestação de 80 a 113 dias 10
    Lactação 5

    A silagem de alfafa é indicada para matrizes em gestação e lactação. A presença do ácido láctico, produzido no processo fermentativo da silagem, é benéfica para a digestão e absorção de nutrientes no intestino da matriz. Várias pesquisas indicam que o uso da alfafa no período reprodutivo das fêmeas aumenta o número de leitões nascidos vivos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 241

    Ano: 1998

  • O grão de adlay integral triturado é desaconselhável para adição nas rações de leitões.

    Para suínos em crescimento a partir de 25 kg e em terminação, o nível de substituição do milho pode ser de 30%, não podendo ser direta, isto é, peso a peso, porque a concentração em nutrientes é diferente para cada cereal. É sempre necessário manter o nível nutricional adequado nas rações.

    De maneira geral, para cada 12% de adlay adicionado à ração é preciso acrescentar 1% de gordura para substituir 12% do milho e 1% de farelo de soja na dieta.

    Para suínos adultos, em especial fêmeas em gestação e reprodutores, a inclusão de adlay não tem limite, desde que mantido o equilíbrio nutricional das dietas. Essas categorias recebem ração controlada e portanto não há dificuldade em incluir nas dietas ingredientes com menor concentração energética. A inclusão depende do custo relativo dos ingredientes. Para matrizes em lactação, sua inclusão deve ser limitada a 20%, por sua baixa concentração em energia.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 242

    Ano: 1998

  • Não. A inclusão de capim-cameron nas dietas para suínos não é reco­mendável em função do alto teor de fibra que essa forrageira apre­senta. Nenhuma categoria de suínos aproveita de forma adequada e suficiente este capim.

    A digestibilidade dos nutrientes dessa forrageira é muito reduzida para suínos e sua densidade nutricional, útil e recomendada para rumi­nantes, é muito baixa para as exigências nutricionais dos suínos.

    A inclusão dessa forrageira em dietas balanceadas para suínos é total­mente inapropriada tanto técnica como economicamente.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 243

    Ano: 1998

  • A farinha de feno de aguapé não tem apresentado bons resultados na alimentação de suínos, em função de seu baixo conteúdo de energia e bai­xa palatabilidade. Quando a planta é colhida na primavera até a metade do verão, seu valor nutritivo é melhor, por ser menor o conteúdo de cinza e de frações indigestíveis de fibra do que nos demais períodos do ano.

    Dessa forma, a farinha-de-feno de aguapé pode ser utilizada em até 5% da dieta de suínos em crescimento e terminação, desde que a planta seja colhida na primavera ou, no máximo, até a metade do verão.

    O aguapé in natura não deve ser usado por ter baixa concentração de nutrientes.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 252

    Ano: 1998

  • O valor nutricional da cama-de-frango é muito variável e depende de vários fatores, entre os quais estão:

    • O tipo e a quantidade de material usado para cama-de-frango.
    • O tempo de uso da cama-de-frango (lotes de frangos de corte ou de poedeiras que usou a mesma cama).
    • A categoria de ave criada: para cada categoria de ave, há um tipo específico de ração, com concentração diferenciada de nutrientes, que gera resíduos (cama) também diferenciados.
    • O tipo e o manejo dos comedouros usados na produção avícola: comedouros tubulares mal regulados geram perdas muito grandes que enri­quecem o valor nutritivo da cama-de-frango.
    • O processamento da cama-de-frango: a utilização de algum sistema de peneiramento a fim de separar o material seco fibroso para sua reutilização nos aviários, resulta em resíduo fino de maior valor nutricional.

    Em função da grande variabilidade da cama-de-frango, é indispensá­vel submeter esse material à análise laboratorial a fim de determinar a con­centração de nutrientes como os teores de PB, FB, Ca e P. Um ponto impor­tante é que grande parte (ao redor de 60%) da PB, pode estar sob a forma de ácido úrico, cujo aproveitamento pelo suíno é muito reduzido.

    Na tabela abaixo, estão expressos alguns valores da concentração em nutrientes resultantes de análises de cama-de-frango realizadas pela Embrapa Suínos e Aves.

    Componentes Análise
    Matéria seca (%) 57,3
    Energia: digestível (kcal/kg) 2.011
    metabolizável (kcal/kg) 1.728
    Proteína bruta (%) 14,3
    Extrato etéreo (%) 0,4
    Fibra bruta (%) 16,7
    Matéria mineral (%) 13,7
    Cálcio (%) 1,7
    Fósforo total (%) M
    Cobre (mg/kg) 94,4
    Ferro (mg/kg) 1.202,7
    Manganês (mg/kg) 239,7
    Zinco (mg/kg) 220,4

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 254

    Ano: 1998

  • Tradicionalmente a água é fornecida aos suínos em bebedouros de diversos tipos e modelos, dependendo da fase de desenvolvimento do animal. No arraçoamento de machos castrados, a partir de 60 kg de peso vivo, em sistema de alimentação restrita, é possível fornecer água no pró­prio comedouro. Usando-se comedouros especiais, retira-se a água no mo­mento de fornecer a ração. Consumida a dieta, o comedouro é imediata­mente reabastecido com água, que fica o dia todo à disposição do animal. O mesmo método é utilizado para matrizes em gestação mantidas lado a lado, em celas individuais. Neste último caso, o sistema justifica-se pela economia que oferece ao dispensar bebedouros individuais. Esse método, entretanto, exige a troca frequente da água para manter sua qualidade.O uso de água corrente não é recomendável, pelo desperdício que acarreta. Se esta prática, porém, for adotada a fim de oferecer água fresca nos perío­dos de temperatura elevada, é imprescindível que não seja canalizada para as esterqueiras, para evitar a diluição excessiva do adubo/esterco e o con­sequente aumento no custo de sua distribuição. O excesso de água corrente pode ser melhor aproveitado canalizando-o para açudes com peixes.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 260

    Ano: 1998

  • As recomendações a seguir se aplicam a situações de manejo em que é feita a manutenção e revisão periódica da capacidade de vazão. Para evitar entupimentos nos filtros internos dos bebedouros, é necessário que haja também um sistema de filtros na saída dos depósitos de água.

    Nas maternidades com sistema de celas parideiras individuais, cada leitegada tem à disposição um bebedouro adequado para essa fase, inde­pendentemente de as leitegadas serem criadas em conjunto ou isoladamente.

    Número recomendável de bebedouros por baia em função do tama­nho dos grupos formados

    Número de leitões/grupo Número de bebedouros/grupo
    Menos de dez suínos 1
    De onze a 16 suínos 2
    De 17 a 21 suínos 3

    No crescimento e terminação à base de alimentação líquida, recomenda-se um bebedouro para cada doze suínos, independente do tamanho dos grupos.

    Nas baias com mais de um bebedouro, recomenda-se que a distância entre eles não seja muito grande, conforme mostrado abaixo, a fim de evitar que um ou outro seja pouco usado em consequência do comportamento gregário característico dos animais:

    Distância entre bebedouros nas diferentes fases do suíno

    Fase do suíno Distância entre bebedouros (cm)
    Leitões recém-desmamados 0,30
    25 kg a 50 kg 0,46
    50 kg a 100 kg 0,91
    Cachaços e matrizes 0,91

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 262

    Ano: 1998

  • O açúcar mascavo, assim como o açúcar branco podem ser incluídos na ração de desmame para leitões. Até os 42 dias de idade, porém, os níveis de inclusão não devem ultrapassar os 3% da dieta, para não provocar diarreia. Após esse período, os níveis podem ser aumentados gradativamente até chegar a 15% da dieta.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 257

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de bebedouros de pressão: no primeiro grupo, in­cluem-se os bebedouros tipo chupeta e taça, e no outro grupo, os bebedouros tipo calha, bebedouro de nível, de concreto e tipo boia. No bebedouro tipo taça, usado para leitões na maternidade, a pressão de acionamento da lingueta não deve exceder 0,5 kg/cm2, ao passo que nos bebedouros tipo chupeta, para leitões na creche, a pressão máxima de acionamento da palheta não deve exceder a 1,0 kg/cm2.

    Na tabela a seguir, estão apresentados os tipos de bebedouro reco­mendados para cada fase de vida dos suínos, visando a garantia do consu­mo adequado e menor desperdício.

    Fase produtiva Tipo de bebedouro
    Chupeta Taça Calha Nível Boia
    Leitão em aleitamento N S N N N
    Leitão na fase inicial S S N N S
    Suínos de 25 kg a 100 kg S S N S S
    Reprodutores, cachaços S S N N N
    Matrizes gestação individual N N S N N
    Matrizes gestação coletiva S S N N S
    Matrizes em lactação S S N N S

    S = recomendado; N = não recomendado

    Matrizes em gestação individual são as mantidas lado a lado, em ce­las individuais.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 261

    Ano: 1998

  • Na tabela a seguir encontram-se as recomendações de altura ideal de três tipos de bebedouros em função do tipo usado e do peso vivo do suíno.

    Altura recomendada para a instalação de bebedouros

    Peso dos suínos (kg) Altura do piso (cm)
    Tipo de bebedouros
    Taça Chupeta Nível
    Até 5 12 18 .
    5-15 20 26 12
    15-30 25 35 12
    30-65 30 45 25
    65-100 40 55 25
    acima de 100 45 65 -

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 263

    Ano: 1998

  • A quantidade mínima diária de água é aquela exigida pelo organismo do animal a fim de equilibrar perdas, produzir leite e formar novos tecidos durante o crescimento e a gestação. Para cada 4 kg de ganho de peso em tecido magro, aproximadamente 3 kg são formados pela deposição de água no organismo.

    A exigência em água nos suínos depende de fatores como temperatu­ra, umidade relativa do ar, idade, peso vivo, estágio ou ciclo reprodutivo, quantidade de ração consumida, teor de matéria seca da dieta, composição da ração (proteína, aminoácidos, sódio e potássio) e sua palatabilidade. A ingestão de água é condicionada pelas exigências do organismo que são, por sua vez, influenciadas pela qualidade e temperatura da água, fluxo de água e tipo de bebedouros, modelo da instalação e estado de saúde dos animais.

    Na tabela a seguir, encontram-se as exigências em água estimadas para duas temperaturas ambientes. Dependendo da categoria de suíno con­siderada, a faixa de conforto térmico pode não estar contemplada.

    Estimativa de exigência em água em duas temperaturas distintas para as diversas categorias de suínos

    Categoria / Peso vivo Exigência em água: litros/dia/suíno
    Temperatura ambiente
    22 °C 35 °C
    Leitão: 5 kg 0,7 1,0
    10 kg 1,0 1,4
    20 kg 2,0 3,5
    Suíno: 25 kg a 50 kg 4,0 a 7,0 10,0 a 15,0
    50 kg a 100 kg 5,0 a 10,0 12,0 a 18,0
    Matrizes desmamadas e em início de gestação 8,0 a 12,0 15,0 a 20,0
    Matrizes no final da gestação e cachaços 10,0 a 15,0 20,0 a 25,0
    Matrizes em lactação 15 + 1,5 x NL 25 + l,8xNL
    Média do plantel em ciclo completo 8,0 a 10,0 12,0 a 16,0

    NL: Número de leitões

    É importante que todas as categorias de suíno tenham livre acesso à água potável com temperatura adequada.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 264

    Ano: 1998

  • O tempo de secagem depende da umidade inicial do produto. Milho com umidade inicial de aproximadamente 22% BU (base úmida), demora em torno de 3,5 horas, a uma temperatura de secagem entre 60 °C a 80 °C, para reduzir a umidade a 13% BU (umidade considerada ótima para a armazenagem do produto). É importante que o produtor disponha de um medidor de umidade para certificar-se de que os grãos, após a secagem, atingiram a umidade de 13% BU.

    Capítulo: Secagem e Armazenagem

    Número da Pergunta: 270

    Ano: 1998

  • O secador de leito fixo é muito versátil, podendo secar não apenas grãos como milho, soja, trigo, feijão e outros, mas também raspa de mandi­oca, erva-mate, feijão em rama, milho em espiga, feno para rações e, inclu­sive, fazer a tostagem de soja.

    Capítulo: Secagem e Armazenagem

    Número da Pergunta: 272

    Ano: 1998

  • A câmara de secagem do secador é constituída de placas pré-fabricadas de cimento de 5 cm de espessura com 3,0 m de comprimento, 2,0 m de largura e 0,5 m de profundidade. Sua capacidade estática de se­cagem é de 2.400 kg (40 sacos) de milho por vez.

    Capítulo: Secagem e Armazenagem

    Número da Pergunta: 273

    Ano: 1998

  • Recomenda-se uma camada de grãos de 10 cm de espessura, no má­ximo. O secador possui capacidade para tostar em torno de oito sacos de soja seca (13% BU) por vez. O tempo de tostagem é de 50 a 60 minutos, a uma temperatura do ar de secagem de 110 °C.

    Capítulo: Secagem e Armazenagem

    Número da Pergunta: 274

    Ano: 1998

  • As características desejáveis de uma vacina são: custo baixo, admi­nistração fácil, forma de apresentação compatível com as condições de manejo no campo, inocuidade e eficiência na proteção dos animais vacinados.

    Além disso, a vacina deve prevenir ou reduzir a reaplicação do agen­te infeccioso, a persistência e a possível reativação da infecção, prevenir o desenvolvimento ou reduzir a severidade da doença após a infecção, pre­venir ou reduzir as perdas econômicas, prevenir a difusão do agente entre os animais não vacinados, proteger os fetos contra a infecção, proteger a leitegada com anticorpos colostrais durante as primeiras semanas de vida. A imunidade deve, preferentemente, durar por toda a vida econômica do animal ou, pelo menos, por seis meses.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 275

    Ano: 1998

  • O produtor de suínos deve procurar um médico veterinário familia­rizado com as doenças prevalecentes na região, para o estabelecimento de um programa de vacinação adequa­do a cada caso. A indicação de ven­dedores de produtos não é a mais aconselhável por ser, geralmente, ori­entada por motivos comerciais, podendo influenciar negativamente os índi­ces técnicos e econômicos da granja.

    Granjas de suínos isoladas de outros rebanhos e com trânsito mínimo de visitantes, de veículos e outros animais, com instalações de quarentena e que adotam programas de limpeza e desinfecção eficientes, teoricamente não necessitam de programas de vacinação muito abrangentes. Para cria­ções abertas, constantemente expostas a fontes de contaminação externas como visitantes, caminhões de ração que servem a várias granjas e reprodutores oriundos de diferentes fornecedores, recomenda-se um pro­grama de vacinação mais amplo.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 276

    Ano: 1998

  • Esquema de vacinação para rebanhos suínos (como ocorrem varia­ções entre fabricantes, aconselha-se observar as recomendações da bula do fabricante).

    Doença Leitoas Matrizes Cachaços Leitões
    Peste suína clássica Durante o período de quarentena ou 30 a 45 dias antes da 1ª cobrição 97 dias de gestação na 3ª, 5ª, 7ª, 9ª, 11ª gestações Vacinar uma vez ao ano 14 dias de idade (filhos de porcas não vacinadas); 60 dias de idade (filhos de porcas vacinadas)
    Rinite atrófica 1ª dose entre 60 a 70 dias de gestação; 2ª dose entre 90 a 100 dias de gestação Entre 90 a 100 dias de gestação 1ª dose entre 180 a 190 dias de idade, após uma dose a cada seis me­ses 1ª dose no 7º ou 14º dias de vida; 2ª dose no 28º ou 35º dias de vida
    Leptospirose 1ª dose 42 dias antes da 1ª cobertura; 2ª dose 21 dias antes da 1ª cobertura 1 dose dez a quinze dias após o parto 1 dose a cada seis meses 1ª dose aos 21 dias de idade; 2ª dose aos 42 dias de idade
    Parvovirose 1ª dose aos 170-180 dias de idade; 2ª dose aos 190-200 dias de idade Dez a quinze dias após o 1º, 2º, 3º, 5º, 7º e 9º parto 1ª dose cinco a seis semanas antes do 1º serviço; 2ª dose quinze a 20 dias após a 1ª vacinação. A partir daí, anualmente
    Pneumonia enzoótica 1ª dose aos 60 ou 67 dias de gestação; 2ª dose aos 90 ou 97 dias de gestação Aos 90 ou 97 dias de gestação Por ocasião da seleção, duas doses com 21 dias de intervalo. A partir daí, anualmente 1ª dose aos sete ou catorze dias de idade; 2ª dose aos 21 ou 35 dias de idade
    Erisipela 1ª dose aos 70 dias de gestação; 2ª dose aos 90 dias de gestação 1ª dose aos 80 dias de gestação; 2ª dose aos 100 dias de gestação Na época da seleção, aplicar duas doses com intervalo de 21 dias. A partir daí, anualmente 1ª dose aos 21 dias de idade; 2ª dose aos 42 dias de idade
    Pleuropneumonia 1ª dose aos 70 dias de gestação; 2ª dose aos 90 dias de gestação 1ª dose aos 70 dias de gestação; 2ª dose aos 90 dias de gestação Duas doses com intervalos de três semanas, na época da seleção. Depois, semestralmente 1ª dose aos 28 dias de idade; 2ª dose aos 50 dias de idade
    Doença de Aujeszky 1ª dose um mês antes da 1ª cobertura; 2ª dose entre 90 e 100 dias de gestação; Revacinar cada seis meses entre 90 e 100 dias de gestação 1ª dose entre 60 e 70 dias de gestação; 2ª dose entre 90 e 100 dias de gestação; Revacinar cada seis meses entre 90 e 100 dias de gestação Duas doses com intervalo de três a quatro semanas; Revacinar a cada seis meses Filhos de porcas não vacinadas: 1ª dose aos cinco dias de idade; 2ª dose aos quinze ou 20 dias de idade;
    Filhos de porcas vacinadas: Vacinar entre 60 e 70 dias de idade
    Colibacilose 1ª dose entre 60 e 70 dias de gestação; 2ª dose entre 90 e 100 dias de gestação Entre 90 e 100 dias de gestação Não são vacinados Não são vacinados

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 280

    Ano: 1998

  • Sim. A Embrapa Suínos e Aves dispõe de listagem com a descrição completa das análises realizadas e respectivos custos bem como de um Centro de Diagnóstico em Saúde Animal – Cedisa, que realiza vários tipos de exames.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 278

    Ano: 1998

  • O esquema de vacinação de suínos é o mesmo em todo o País. No entanto, existem doenças de controle oficial, como é o caso da Peste Suína Clássica, cujo esquema de prevenção e erradicação é diferente para diferentes regiões do País. Inclusive as vacinas a serem utilizadas podem variar de uma região para outra e mesmo entre rebanhos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 281

    Ano: 1998

  • Fig_pag154.jpg

    É uma doença causada pelas larvas de Taenia solium e Taenia saginata, que se localizam nos músculos dos suínos, bovinos e outros animais e até dos humanos. O homem é hospedeiro definitivo da Taenia solium e, em geral, alberga no intestino um único parasito adulto. Esse parasito libera segmentos do corpo chamados proglotes que, quando estão totalmente de­senvolvidos, contêm cerca de 40.000 ovos e são chamados de proglotes grávidos. No caso da Taenia solium, os proglotes são expelidos com as fe­zes, ao passo que os proglotes da Taenia saginata têm movimentos próprios e podem sair espontaneamente. O suíno se infecta ingerindo fezes humanas contendo os proglotes ou bebendo água contaminada com fezes humanas contendo os ovos liberados dos proglotes. Uma vez no intestino do animal, as larvas são liberadas migrando para os tecidos musculares, onde se fixam formando a conhecida “pipoca”. O homem é infectado pela cisticercose ao ingerir água, verduras e frutas contaminadas por fezes humanas contendo ovos da Taenia.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 284

    Ano: 1998

  • Embora o cozimento da carne suína e o seu congelamento por uma se­mana possam destruir as formas larvais do parasito, recomenda-se não consu­mir a carne com “pipoca” pela possibilidade de o parasito ainda estar vivo.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 285

    Ano: 1998

  • Apesar de existirem evidências de ocorrer infecções através da placenta, pode-se dizer que, na maioria das vezes, o leitão nasce sem parasitos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 287

    Ano: 1998

  • Deve-se desverminar a matriz durante a gestação alguns dias (cinco a sete) antes do parto e antes de transferi-la para a maternidade.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 290

    Ano: 1998

  • Constatando-se parasitismo, recomenda-se a aplicação de antipa­rasitário. O número de aplicações depende do parecer do técnico responsável pela granja, podendo-se efetuar até quatro aplicações por ano, a fim de evitar a disseminação dos parasitos por todo o rebanho.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 291

    Ano: 1998

  • Os parasitos de importância econômica na criação de suínos são moscas, pulgas, carrapatos, mosquitos, piolhos e ácaros (sarna). Os mais sérios são os agentes da sarna sarcóptica e o piolho-do-suíno, considerados os principais parasitos externos dos suínos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 292

    Ano: 1998

  • Essa parasitose é controlada com aplicação de produtos sarnicidas e com a quarentena dos animais de reposição introduzidos na criação.

    O sarnicida pode ser aplicado por via injetável, por via oral (ração), por aplicação sobre a pele com produtos pour on (ao longo do dorso) ou pulverizando todos os animais, exceto os leitões que são tratados, às vezes, por imersão. Antes da aplicação do acaricida, as instalações devem ser completamente limpas com detergente.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 293

    Ano: 1998

  • A perda de pelos (cerdas) em suínos pode estar relacionada à defici­ência de vitaminas, a doenças infecciosas, intoxicações, doenças da pele, fricção local ou aplicação contínua de produtos químicos irritantes. Trans­tornos da hipófise ou das gônadas também podem levar à perda de pelos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 294

    Ano: 1998

  • Porque nesta fase é que os leitões são mais susceptíveis aos germes causadores de diarreia e também é onde se concentram vários fatores de risco que tornam o leitão mais vulnerável a essas enfermidades.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 295

    Ano: 1998

  • A síndrome de diarreia pós-desmame (SDPD) é uma doença que cau­sa a eliminação de fezes fluidas com perda de grande quantidade de água, levando o leitão à desidratação e, às vezes, à morte. É causada, principalmente por germes denominados Escherichia coli e rotavirus.

    A SDPD é considerada doença multifatorial em que os agentes infec­ciosos exercem seu poder patogênico predominantemente em rebanhos em condições de risco. As medidas de controle devem, então, incluir também a identificação e a correção dos fatores de risco nos rebanhos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 297

    Ano: 1998

  • Exceto em caso de surtos de doenças infecto-contagiosas, como a doença de Aujesky, leptospirose e a peste suína clássica, entre outras, a maioria das perdas de leitões após o nascimento, cerca de 70%, ocorre na primeira semana de vida. As causas são inúmeras, sendo a maioria de natu­reza não infecciosa, como o esmagamento e a inanição, ou seja, quando os leitões não se alimentam por falta de leite na matriz ou por exposição ao frio ou sangramento do umbigo. Os leitões mais fracos são os mais atingidos e representam cerca de 65% do total de perdas nesta fase. Leitegadas maio­res tendem a apresentar maior taxa de mortalidade de leitões que nascem com baixo peso (leitões com 700 g de peso, ao nascer).

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 299

    Ano: 1998

  • As causas estão relacionadas a estímulos estressantes produzidos pelo meio ambiente ou por técnicas de manejo inadequadas que tornam o suíno incapaz de adaptar-se, isto é, de apresentar reações compor­tamentais normais. Nessas situações, os suínos podem apresentar vários tipos de comportamento anormal como vícios de sucção e canibalismo.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 303

    Ano: 1998

  • O canibalismo pode ser evitado adotando-se técnicas adequadas de criação, isto é, que preencham as exi­gências ambientais, nutricionais e de manejo dos animais, nas diferentes fai­xas etárias.

    Em granjas onde ocorre caniba­lismo, é indispensável um exame minucioso para identificar e eliminar a causa. Para evitar o agravamento da situação, deve-se adotar os seguintes procedimentos:

    • Retirar da baia os suínos com comportamento anormal (em geral o animal mais vigoroso é o que pratica o canibalismo).
    • Retirar da baia os animais machucados e tratá-los.
    • Colocar correntes ou pneus velhos dependurados na baia ou jogar palha ou talos fibrosos no chão para entreter os suínos.
    • Disponibilizar espaço de acordo com a idade dos animais.
    • Fornecer água limpa e fresca e ração à vontade.
    • Verificar se a água e a ração estão fluindo no bebedouro e comedouro.
    • Procurar a causa do comportamento anor­mal por meio de exame minucioso da granja.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 306

    Ano: 1998

  • Considera-se correta e suficiente uma aplicação subcutânea ou intramuscular única de 200 mg de ferro dextrano entre o terceiro e o sétimo dia de vida do leitão. Alguns produtores obtêm bons resultados aplicando-o nas primeiras 24 horas de vida dos leitões.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 301

    Ano: 1998

  • É o ato ou hábito de morder a cauda, orelha, flanco, umbigo ou vulva, com aparecimento de sangue.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 305

    Ano: 1998

  • A síndrome de metrite, mastite e agalaxia consiste na supressão total da lactação (agalaxia) ou parcial (hipogalaxia) que ocorre em fêmeas, entre doze e 72 horas após o parto. A sigla MMA (metrite, mastite, agalaxia) não é a mais adequada, pois a relação entre as infecções da glândula mamária e o útero ainda não está suficientemente esclarecida. Os sintomas têm início entre 12 e 72 horas após o parto, caracterizando-se por parada total ou parcial do aleitamento. Com maior ou menor frequência, observa-se anorexia (perda de apetite) e febre (acima de 39,8 °C), na matriz.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 307

    Ano: 1998

  • Os casos agudos devem ser tratados de imediato, com antibióticos por via parenteral. Anti-inflamatórios, antitérmicos e oxitocina podem ser usados, se necessário. O uso tópico de pomadas revulsivas é recomendado.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 309

    Ano: 1998

  • Não, as matrizes não abortam com facilidade. As baixas percenta­gens de abortos esporádicos geralmente estão relacionadas a etiologias que não incluem agentes infecciosos. É considerado normal que até 1% das gestações terminem em aborto.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 310

    Ano: 1998

  • São várias as causas que levam as matrizes a mancar subitamente. Em geral, são lesões nos cascos. Quando a lesão atinge as partes do casco com os nervos sensitivos, a pressão do peso do animal sobre o casco lesado provoca dor e consequentemente o animal começa a mancar. Além de le­sões graves nos cascos, artrites ou lesões nos músculos podem levar as matrizes a mancar subitamente.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 311

    Ano: 1998

  • Esses sintomas são provavelmente de uma doença crônica infecciosa e muito contagiosa chamada pneumonia enzoótica ou pneumonia micoplásmica. A fonte de infecção mais importante é a matriz, que transmi­te a doença à leitegada. Misturados a outros no desmame, os leitões infectados também transmitem a doença. Existem, porém, outras doenças com sintomas semelhantes como a pneumonia causada por larvas de vermes.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 314

    Ano: 1998

  • A rinite atrófica progressiva (RAP) é uma doença contagiosa do trato respiratório superior, caracterizada por atrofia das conchas nasais. A doen­ça pode afetar o desenvolvimento produtivo, ocasionando perdas econômicas. Essa doença está disseminada em todas as principais áreas de produ­ção de suínos do País. A rinite atrófica progressiva é caracterizada clinica­mente por espirros, formação de placas escuras nos cantos internos dos olhos, corrimento nasal seroso de muco purulento e encurtamento ou des­vio lateral do focinho.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 317

    Ano: 1998

  • Considerando-se que a RAP é uma doença multifatorial, alguns itens de manejo e ambiente devem ser considerados:

    • Quando possível, adquirir animais de fontes reconhecidamente livres de RAP. O ideal é que a reposição dos reprodutores seja feita com animais do mesmo rebanho.
    • Dentro do possível, manter o nível de reposição anual de matrizes abaixo de 30%. Dessa forma, pode-se tirar proveito do fato conhecido de que a imunidade aumenta com a idade.
    • Prestar assistência aos partos e dispensar os cuidados rotineiros aos recém-nascidos (especialmente relevante é a orientação à primeira mamada, para garantir adequada ingestão de colostro).
    • Conservar os diversos ambientes da criação, especialmente a ma­ternidade e a creche, secos, ventilados e aquecidos.
    • Fornecer aos animais ração balanceada.
    • Evitar a superlotação e a mistura de lotes heterogéneos.
    • Evitar o contato dos suínos com outros animais domésticos e silvestres.
    • Seguir rigidamente as recomendações de limpeza e desinfecção.
    • Adotar o sistema “todos dentro todos fora” para todas as fases de criação.

    Dependendo do laboratório produtor de vacinas, os programas de vacinação recomendados variam de duas aplicações apenas nas matrizes (aos 70 e 90 dias de gestação) a programas mais complexos (nos quais, além das fêmeas, são vacinados também os leitões, em geral aos dez e 30 dias de vida).

    Antes, porém, de implantar um programa de vacinação em determi­nado rebanho, deve-se determinar a importância da doença para esse reba­nho.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 318

    Ano: 1998

  • Antes de adotar qualquer medida de controle, é importante conhe­cer o nível de difusão da doença no rebanho por meio do exame de grupos de animais no matadouro a fim de racionalizar a decisão quanto às medidas a serem tomadas e evitar tratamentos antieconômicos. As seguintes alternati­vas podem ser consideradas:

    • Convivência com a doença, mas reduzindo seu efeito sobre a produtividade. Essa alternativa torna-se viável com a adoção de medidas de manejo, de correção do meio ambiente e terapêuticas como o manejo “todos dentro todos fora”, boa ventilação, aumento da idade média das matrizes, higiene adequada, desinfecção das instalações e redução da lotação de animais por baia.
    • O tratamento terapêutico envolve o uso de drogas na ração ou na água, considerando o autobenefício para cada caso. Entre os principais princípios ativos usados, podem ser citados os macrolídeos, quindonas e tetraciclinas. O período de tratamento varia conforme a dose e o produto, mas deve ser sempre superior a cinco dias.
    • Se o nível da doença no rebanho é baixo, o tratamento quimioterápico muitas vezes é antieconômico, devendo-se atuar, então, apenas no manejo e no meio ambiente.
    • A erradicação da doença só é possível pela eliminação total do rebanho, seguida de repopulação com animais não infectados.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 320

    Ano: 1998

  • Sim. Existem no mercado brasileiro vacinas contra a doença cujo uso constitui medida adicional de controle.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 321

    Ano: 1998

  • Sim. É uma doença de origem bacteriana que causa graves transtor­nos reprodutivos como abortos e endometrites em fêmeas. No macho, pro­voca orquites, perda da libido e infertilidade. As matrizes infectadas pelo macho durante a cobertura sofrem aborto, em média aos 35 dias de gesta­ção. Nesse caso, o único sinal de brucelose no rebanho é o grande número de matrizes retornando ao cio entre cinco e oito semanas após a cobertura.

    Leitoas não gestantes podem desenvolver endometrite quando infectadas, muitas vezes não ocorrendo sintomas, apenas irregularidade no ciclo estral. Mais tarde, por ocasião da cobertura, podem apresentar baixa concepção. Os machos podem permanecer infectados por vários anos e os que apresentam infecção nos órgãos genitais são disseminadores da doença.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 324

    Ano: 1998

  • A profilaxia da leptospirose pode ser efetuada de duas formas:

    • Uso de práticas adequadas de manejo.
    • Uso de medicação estratégica preventiva e de vacinas.

    No primeiro item, enquadram-se os esforços para prevenir a infec­ção, reduzindo as possibilidades de exposição dos animais. As ações reco­mendadas são: controle de roedores, evitar a contaminação das fontes de água por animais portadores, isolar e tratar os animais infectados.

    A vacinação oferece proteção eficiente quando aliada a outras medi­das preventivas, especialmente em granjas onde as condições ambientais favoreçam a infecção com leptospiras (muita umidade, criações extensivas e presença de animais silvestres ou roedores que podem infectar os suínos). Entretanto, a proteção induzida pela vacinação nunca é de 100% e, prova­velmente, não dure mais que três meses. A imunidade natural à infecção per­manece por período maior. Sua duração precisa, porém, é desconhecida.

    A vacina contra a leptospirose é aplicada em fêmeas antes da cober­tura, em leitões após o desmame e em machos adultos (nos últimos, a cada seis meses).

    A vacinação contra leptospirose representa um dilema. A doença é relativamente rara em granjas que seguem um programa de biosseguridade e não existe trabalho científico que defina se a vacina é realmente eficien­te. Os títulos de anticorpos resultantes da vacinação não são altos, o que leva a sugerir que a vacinação deve ser repetida a cada seis meses.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 333

    Ano: 1998

  • A cada seis meses.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 326

    Ano: 1998

  • Em caso de ocorrência, as autoridades do Ministério da Agricultura e do Abastecimento devem ser obrigatoriamente avisadas. É proibida a comercialização de animais oriundos de granjas infectadas, mas podem ser abatidos e sua carne consumida. Animais e sêmen importados ou desti­nados a feiras e exposições devem ter sua origem em planteis livres da doença e certificados pelo MAA.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 329

    Ano: 1998

  • Não se recomenda tratar a tuberculose em suínos, pois o tratamento é pouco eficiente e muito caro.

    A recomendação é fazer o teste de tuberculinização nos reprodutores e eliminar os que apresentam reação positiva.

    Como prevenção, o produtor deve ter cuidado na compra dos repro­dutores, adquirindo animais somente de granjas idôneas, que possuam controle da doença, exigindo atestado negativo para a tuberculose. Além disso, evitar o acesso de outros animais às criações de suínos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 343

    Ano: 1998

  • Com a modernização e a intensificação da produção de suínos, em que se aloja grande número de animais em pequenas áreas, houve aumento na ocorrência de doenças respiratórias em consequência, basicamente, do aumento dos micróbios patogênicos, principalmente em granjas que não utilizam o sistema de produção em lotes e não fazem vazio sanitário entre cada lote para descontaminar as instalações. Além disso, a doença é favorecida por fatores de risco existentes na maioria das criações como superlotação, problemas de ventilação, variações de temperatura muito amplas, falta de higiene e manejo inadequado dos animais. Sem a correção desses fatores, não é possível controlar as doenças respiratórias dos suínos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 344

    Ano: 1998

  • Essa doença é causada por uma bactéria que provoca inflama­ção com formação de pus nas meninges. Por isso, a denominação correta é meningite e não encefalite, como é conhecida entre produtores.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 345

    Ano: 1998

  • Os principais sintomas observados nas diferentes faixas etárias são:

    • Leitões de um a quatro dias – Hipertermia, inapetência, depressão, pelos eriçados, salivação espumosa e morte de até 90% dos leitões, no pe­ríodo de um a cinco dias.
    • Leitões de cinco a dez dias – Os mesmos sintomas do grupo anterior acompanhados de incoordenação do quarto posterior, tremores musculares, decúbito lateral, convulsões crônicas e morte.
    • Leitões de 11 a 30 dias – Os mesmos sintomas, sendo dominantes os tremores musculares, os movimentos de pedalagem, excitação, decú­bito e ranger de dentes.
    • Recria, terminação e reposição – Os sintomas nervosos graves tornam-se menos frequentes quanto maior for a idade do animal dentro do período. Observa-se hipertermia, anorexia durante dois ou três dias, abatimento, constipação e eventualmente sintomas respiratórios.
    • Cachaços – Hipertermia, anorexia, depressão, sintomas respi­ratórios, raramente infertilidade, sintomas nervosos.
    • Matrizes em lactação – Hipertermia, constipação, anorexia, agalaxia e transtornos puerperais. Eventualmente apresenta sintomas nervosos: descoordenação leve ou mesmo paraplégica do trem superior.
    • Matrizes em gestação – Hipertermia, anorexia, movimentos de falsa mastigação, salivação intensa, problemas reprodutivos caracterizados por reabsorção fetal, retomo ao cio, mumificação, abortos, natimortos, malformações, nascimento de leitões fracos e infertilidade. Nos suínos, a presença de prurido é muito rara (diferente do que ocorre nos ruminantes, nos quais a doença é chamada de “peste de coçar”.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 328

    Ano: 1998

  • Os suínos geralmente adoecem de forma súbita, apresentando falta de apetite, febre (40 °C  a 41 °C) e apatia. Dependendo da localização das le­sões, pode ocorrer tosse, dispneia, cianose, dor, artrite ou sintomas nervosos com tremores, descoordenação e decúbito lateral.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 331

    Ano: 1998

  • Uma doença que atinge leitões é a chamada mioclonia congênita ou “doença da tremedeira”, caracterizada por diferentes graus de tremores musculares em leitões recém-nascidos, que variam de leves e localizados em massas musculares a tremores generalizados. Leitões com tremores ge­neralizados têm dificuldade de se manter em pé, de se deslocar e de segu­rar a teta da matriz para mamar. Como consequência, podem morrer, tanto acidentalmente, esmagados pela mãe, quanto por inanição ou hipoglicemia, em decorrência da dificuldade para mamar.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 339

    Ano: 1998

  • As causas predisponentes ou desencadeantes podem ser divididas em três grupos:

    • Causas diretamente ligadas à matriz: síndrome MMA, hipogalaxia, mastite, morte da matriz, nervosismo da matriz (não aceitação dos leitões, lesões na glândula mamária e defeitos nas tetas).
    • Causas ligadas aos leitões: incapacidade de alimentar-se devido a defeitos congênitos ou mioclonia congênita, incapacidade de deslocar-se com facilidade ou estimular a glândula mamária da matriz, síndrome dos membros abertos, lesões, artrites, fraqueza.
    • Causas relacionadas ao meio ambiente, ao manejo e ao criador: falta ou uso incorreto da fonte de suplementação de calor, erros no manejo da alimentação durante a gestação (quando o leitão nasce fraco); não acompanhamento do parto, manejo incorreto da matriz e do leitão durante o parto, celas parideiras com barras laterais que dificultam as mamadas normais e falta de higiene.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 341

    Ano: 1998

    • Gostar da atividade suinícola.
    • Aceitar e seguir as recomendações técnicas sobre a criação.
    • Ser dedicado para atingir metas preestabelecidas.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 3

    Ano: 1998

  • Existem várias instituições que oferecem tais cursos: univer­sidades, Ematers e institutos. A Embrapa Suínos e Aves proporciona, todo ano, cursos, palestras e seminá­rios, nas diferentes áreas da produção de suínos.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 6

    Ano: 1998

  • No Sul do Brasil, a classificação é feita com base no número de fême­as criadeiras (matrizes) por produtor. A Embrapa Suínos e Aves usa a seguin­te classificação:

    Pequeno– Produtor com número de matrizes inferior a 21.

    Médio– Produtor com número de matrizes entre 21 e 100.

    Grande– Produtor com mais de 100 matrizes.

    Em outras regiões do Brasil, a classificação por número de matrizes pode ser diferente.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 10

    Ano: 1998

  • O sucesso de um sistema de produção de suínos é medido pelo lucro, que é determinado pela maneira como o sistema é conduzido, tanto nos aspectos financeiros como de produção. Por isso, é indispensável manter registros para se estabelecer o perfil técnico e econômico da produção.

    A única forma de se conhecer a lucratividade de uma criação é pela análise crítica dos registros de produção, que permitem identificar proble­mas de desenvolvimento, apontar pontos fracos no sistema de produção, acompanhar o estado de saúde do rebanho, identificar os principais custos e fornecer informações para diagnóstico.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 11

    Ano: 1998

  • A taxa de concepção (TC) é definida como a porcentagem de fêmeas de um mesmo grupo que se apresentam em gestação dentro de 40 dias após a cobrição. Mede-se pela fórmula:


    TC(%) = número de fêmeas em gestação dentro de 40 dias após a cobrição x 100
    número de fêmeas cobertas dentro do mesmo lote

    A TC fornece uma indicação precoce de um problema reprodutivo. Para isso, deve-se detectar fêmeas retornando ao cio ou vazias. Fêmea que falha na concepção não produzirá leitões, o que significa menos leitões na granja. O custo para alimentar a fêmea vazia é o mesmo que o da matriz gestante.

    A taxa de parição ou parto (TP) reflete o fracasso ou sucesso da cobrição, concepção e gestação. A TP é a porcentagem de fêmeas que parem em relação ao número total de fêmeas cobertas. É dada pela fórmula:


    TP (%) = número de fêmeas do lote que parem x 100
    número total de fêmeas cobertas neste grupo

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 12

    Ano: 1998

  • Qualquer leitão que nasce e não se movimenta é contado como nas­cido morto ou natimorto. A mortalidade é medida pelo número de natimortos por leitegada (NNL). O número de leitões mumificados (NLM) pode ser aí incluído, ou então em registro separado. Um número elevado de natimortos ou mumificados pode representar erros de manejo.


    NNL = total de leitões nascidos mortos x 100
    número de leitegadas paridas

    NLM = total de leitões mumificados x 100
    número de leitegadas paridas

    A taxa de mortalidade do nascimento ao desmame (MND) expressa no número de leitões mortos no período entre o parto e o desmame. Nesse caso, considera-se leitão nascido vivo aquele que nasceu e se afastou do posterior (traseiro) da matriz. Essa taxa fornece informações sobre o manejo e a sanidade animal durante aquele período.


    MND = número de leitões mortos x 100
    número de leitões nascidos vivos

    As taxas de mortalidade na creche (MC) e na fase de crescimento/ terminação (MCT) expressam a mortalidade dos animais nessas fases e só devem ser calculadas após o término de cada fase.


    MC = número de mortos na creche x 100
    número total de animais no lote

    MCT = número de mortos no crescimento/terminação x 100
    número total de animais no lote

    A taxa de mortalidade de matrizes (TMM) é calculada com base no número de matrizes que morrem anualmente em relação ao tamanho mé­dio do plantel de matrizes. O número médio de matrizes no rebanho baseia-se no levantamento mensal.


    TMM = número de matrizes que morrem por ano x 100
    tamanho médio do plantel de matrizes

    As leitoas são incluídas na contagem do plantel de matrizes a partir do momento em que são selecionadas para a reprodução (ou adquiridas) e as fêmeas contemporâneas de descarte, isto é, aquelas que formavam o grupo mas não foram selecionadas, são transferidas para o plantel de abate.

    Sem dúvida que, na análise dos parâmetros relativos à mortalidade numa granja, também é importante verificar a(s) causa(s) da mortalidade, pois o diagnóstico das doenças que ocorrem numa criação de suínos é o primeiro passo para a tomada de decisões relativas ao controle. Deve-se ressaltar que muitas doenças, principalmente as multifatoriais, não apresen­tam sintomas clínicos evidentes, sendo seus efeitos percebidos apenas por desvios no desempenho dos animais.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 13

    Ano: 1998

  • A sigla SPF (Specific Pathogen Free = livre de patógeno específico) identifica o animal removido assepticamente de sua mãe no momento do nascimento e criado isoladamente, sem contato direto com leitões conven­cionais. Assume-se que os fetos, no período final de gestação, estão isentos de organismos infecciosos. Embora alguns microrganismos possam atra­vessar a placenta, o conceito aplica-se à maioria dos fetos viáveis e à mai­oria dos agentes infecciosos. Obtendo-se leitões por este método, rompe-se a cadeia de transmissão de patógenos de suíno para suíno.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 350

    Ano: 1998

  • Vários animais mancando pode ser o primeiro sinal de febre aftosa. Temperatura elevada e aparecimento de aftas esbranquiçadas de aproxi­madamente 1 cm de diâmetro no dorso da língua e no focinho, que podem romper-se formando úlceras. As vesículas também podem aparecer nas tetas, entre os cascos e na coroa do casco. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 358

    Ano: 1998

  • Micotoxinas são metabólitos secundários, produzidos por certos fun­gos em crescimento, que podem contaminar grãos e sementes durante o amadurecimento da planta, na colheita, no armazenamento, no proces­samento e até mesmo no transporte.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 360

    Ano: 1998

  • Aflatoxinas são toxinas produzidas por fungos do gênero Aspergillus. A mais importante é a aflatoxina B1, por ser mais toxigênica e abundante. A ingestão de alimentos contaminados por essa toxina, causa a doença chamada aflatoxicose.

    A aflatoxicose pode ocorrer em todos os animais, especialmente pa­tos e perus jovens, suínos em crescimento e terminação, fêmeas em gesta­ção e animais lactantes.

    Seus efeitos tóxicos levam à inibição mitótica, imunodepressão, carcinogênese e defeitos congênitos. O órgão mais afetado é o fígado, que sofre alterações na absorção de lipídeos, apresentando-se pálido, amarelo, friável, com aspecto gorduroso e com pequenas áreas hemor­rágicas. A aflatoxina também interfere na absorção de proteínas, vita­minas e minerais em virtude do comprometimento de diversos sistemas enzimáticos. Os ani­mais apresentam também imunodepressão humoral e celular, resultando em baixa resposta imunológica a vacinações e aumento da susceptibilida­de a doenças infecciosas.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 363

    Ano: 1998

  • Os principais sintomas da intoxicação por aflatoxinas são perda do apetite, icterícia (mucosas amarelas), redução do crescimento e, nos casos mais graves, hemorragias subcutâneas e morte. Devido a seu efeito imunodepressivo, geralmente também aumenta a ocorrência de outras do­enças no rebanho.

    Algumas doenças podem ser confundidas com essa intoxicação, como a leptospirose, a peste suína e a intoxicação por metais pesados, que devem ser levadas em conta no diagnóstico. Os sintomas clínicos de aflatoxicose no suíno variam em função da quantidade da toxina ingerida, conforme segue:

    • A ingestão de níveis menores que 100 ppb (partes por bilhão) não leva à apresentação de sinais clínicos, mas o abate revela presença de resíduos da toxina no fígado do animal.
    • A ingestão de 200 ppb a 400 ppb resulta em disfunção hepática e imunodepressão.
    • A ingestão de 400 ppb a 800 ppb leva à redução do crescimento, diminuição do consumo de alimento, icterícia, hipoproteinemia e pelo arrepiado.
    • Níveis de 1.200 ppb a 2.000 ppb induzem a icterícia, hemorragias subcutâneas, coagulopatia, depressão, anorexia e algumas mortes.
    • Mais de 2.000 ppb resultam em insuficiência hepática, hemorragias e morte em três a dez dias.
    • Fêmeas que ingerem de 500 ppb a 750 ppb durante a lactação apre­sentam aflatoxina no leite, comprometendo assim o desenvolvimento dos leitões lactentes.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 364

    Ano: 1998

  • A raça Sorocaba foi desenvolvida pelo Prof. Godinho, em São Paulo. Os animais apresentam boa rusticidade e devem ser criados em semiconfinamento ou extensivamente, em piquetes.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 371

    Ano: 1998

  • Reprodutores suínos, machos e fêmeas, usados na produção de suínos para abate, não precisam necessariamente ser registrados. O registro de machos e fêmeas de raças puras e mestiços deve ser feito pelos criadores de reprodutores, registrados na Associação Brasileira de Criadores de Suí­nos, nas respectivas associações de criadores, e por solicitação dos com­pradores de reprodutores. A venda de animais registrados, para fins de re­produção, garante sua origem e genealogia e isenta os criadores de reprodutores de recolherem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 372

    Ano: 1998

    • Duroc – Apresenta pelagem vermelho-cereja, bom comprimento e profundidade corporal, orelhas de tamanho médio e caídas, e focinho semirretilíneo. Apresenta boa taxa de crescimento e rendimento de carne.
    • Landrace – Apresenta pelagem branca, orelhas compridas e caídas, excelente comprimento corporal e rendimento de carne, ótima capacidade materna, produzindo e criando leitegadas com mais de dez ou onze leitões, boa taxa de crescimento, conversão alimentar e rendimento de carne.
    • Large White – Também apresenta pelagem branca, porém orelhas mais curtas e eretas. É a mais prolífica das três raças, com boa taxa de cresci­ mento diário, conversão alimentar e rendimento de carne.
    • Hampshire – Apresenta pelagem preta, com uma faixa de cor branca em torno da paleta, orelhas eretas e curtas, e focinho subcôncavo. Apresenta excelente quantidade de carne na região do lombo, baixa espessura de toucinho e carne de boa qualidade.
    • Pietrain – Apresenta a menor deposição de gordura e o maior rendimento de carne na carcaça entre todas as raças. Porém é muito sensível ao estresse, e sua carne não é de boa qualidade industrial.
    • Wessex – Apresenta pelagem semelhante à Hampshire, porém as orelhas são compridas e caídas, e o focinho é retilíneo. Apresenta exce­lente prolificidade, habilidade materna e capacidade de produção de leitões, mas sua capacidade de produzir gordura é alta. Cria-se muito bem em condições de campo.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 375

    Ano: 1998

  • Suínos para abate devem apresentar excelente rendimento de carne e baixa quantidade de gordura na carcaça. Rendimentos de 50% de carne são normalmente aceitáveis. Quanto maior o rendimento de carne, porém, melhor o aproveitamento industrial da carcaça, menor a sobra de gordura (banha) e, nos abatedouros onde há tipificação de carcaças, quanto maior o rendimento de carne maior é a bonificação recebida pelo produtor. Para obter carcaças com mais de 50% de carne, o criador deve usar animais melhorados geneticamente e utilizar rações que beneficiem a produção de carne. Dificilmente esse rendimento será alcançado com animais de raças nacionais, que não deixam de ser úteis nas criações de fazendas onde não há preocupações com a quantidade de gordura na carcaça.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 378

    Ano: 1998

  • É o resultado do cruzamento de machos Landrace com fêmeas Piau ou de machos Piau com fêmeas Landrace.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 382

    Ano: 1998

  • Suínos com 80 kg de peso vivo apre­sentam melhor conversão alimentar do que suínos criados até 100 kg ou mais de peso vivo. Devem ser vendidos para o abate quando a relação entre o valor em R$ do quilograma do suíno vivo for igual ou infe­rior a cinco vezes o preço do kg de milho. Quando a relação entre o valor do kg de suíno vivo e o preço do kg de milho for maior do que seis vezes, devem-se vender os animais com 100 kg de peso vivo, e com até 120 kg quando a relação for igual ou superior a 7,7 vezes. Outro fator importante a ser obser­vado é o rendimento de carne nas carcaças, que pode trazer uma bonificação adicional para o criador, sempre que for superior a 50% ou 52%, dependendo do abatedouro.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 389

    Ano: 1998

  • Algumas doenças que causam infecção no sangue (septissemia) po­dem provocar morte súbita em leitões e em suínos na fase de crescimento e terminação. Às vezes, a colibacilose neonatal também provoca morte de leitões com até três dias de idade em menos de seis horas. A doença do edema também pode provocar morte rápida de leitões na fase de creche. Em suínos em fase de crescimento e terminação, uma causa de morte súbita é a torção do mesentério. Nesses casos, é sempre importante contactar o veterinário para diagnóstico.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 348

    Ano: 1998

  • É uma doença infecciosa, causada por bactérias do gênero Salmonella, que atinge principalmente suínos jovens. Na fase aguda, pode ocorrer mor­te súbita ou sintomas como temperatura corporal elevada (de 40,5 °C  a 41,5 °C), queda de apetite, dificuldade de locomoção, enfraque­cimento e tendência a se amontoar e ocasionalmente diarreia. A maioria dos animais morre en­tre um e quatro dias após o aparecimento dos sintomas. A recuperação é rara. A fase crônica tem início com aumento da temperatura corporal, se­guida de queda de apetite e diarreia, fezes líquidas, mal cheirosas, amarelo-esverdeadas e sanguinolentas. Na maioria das vezes, a infecção é provocada pela ingestão de alimentos contaminados.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 351

    Ano: 1998

  • A prevenção contra a febre aftosa (FA) baseia-se em dois pontos:

    • Evitar a introdução da doença; e
    • Usar vacinas.

    Em países livres de FA, é proibida a introdução de animais ou de produtos de origem animal de países afetados pela doença e são adotadas medidas especiais para minimizar o risco de sua entrada. Se ocorre um surto num país até então não afetado, a doença é erradicada através do abate dos animais afetados e expostos, da eliminação das carcaças pelo enterramento ou incineração e pela descontaminação das instalações.

    Atualmente existem no mercado de produtos veterinários uma série de vacinas de dupla emulsão, com recomendação de uso para suínos. An­tes de usar o imunógeno, deve-se atentar para a dose da bula, pois existem diferenças nas recomendações entre laboratórios. Pode ser também acionado o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que conta com um estoque estratégico de vacina de dupla emulsão no Centro Pan-americano de Febre Aftosa, no Rio de Janeiro. Elas têm sido usadas em focos de aftosa e no controle perifocal. No caso de ser necessário o uso da vacinação profilática em rebanhos suí­nos sujeitos a altos riscos de infecção, deve ser buscada orientação dos veterinários dos serviços oficiais de defesa sanitária. De maneira geral, a vacinação contra a FA só tem sido recomen­dada em casos de ocorrência de focos de infecção nas proximidades da granja de suínos.

    O desenvolvimento da imunidade ocorre a partir do sétimo dia após a aplicação da vacina e os níveis imunitários permanecem estáveis por qua­tro meses.

    O programa de vacinação profilático (raramente adotado) inclui a vacinação dos leitões destinados ao abate somente uma única vez, aos dois meses de idade, e dos reprodutores a cada quatro meses. A vacinação das fêmeas no final do período de gestação deve ser evitada, pois a vacina pode atuar negativamente sobre a resistência dos leitões.

    Um programa de vacinação emergencial ou estratégico (perifocal) prevê a vacinação de todos os leitões com idade superior a 21 dias e da totalidade dos reprodutores do plantel.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 359

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de peste suína: a peste suína africana e a clássica. A primeira foi erradicada. A segunda ainda ocorre, mas para sua erradi­cação existe um programa coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, já tendo sido erradicada no Sul do país. Em outras regiões produtoras de suínos, o programa de erradicação está em andamento, não tendo sido implantado ainda nas regiões de pouca produção.

    Os principais sintomas da peste suína clássica são febre, falta de ape­tite, andar cambaleante, manchas avermelhadas na pele, pneumonia, diarreia e tendência a se amontoar nos cantos das baias. A taxa de mortalidade geralmente é alta.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 349

    Ano: 1998

  • É uma doença infecciosa, causada por Escherichia coli, que afeta su­ínos jovens, causando infecção intestinal. A Escherichia coli está envolvida nos seguintes quadros patológicos: diarreia neonatal, diarreia pós-desmame, disenteria (diarreia sanguinolenta) e doença do edema.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 353

    Ano: 1998

  • A presença de micotoxina no alimento não está diretamente associa­da à presença de fungos, pois pode haver presença de fungos sem que haja produção de toxinas e estas podem permanecer no alimento mesmo após o desaparecimento do fungo.

    Alimentos contaminados por fungos podem ser avaliados pelo exame visual dos grãos ou com o uso de raio ultravioleta (black light). Este último método é válido somente para grãos contaminados com fungos do gênero Aspergillus. Esses métodos são muito utilizados em locais de compra e re­cebimento de grãos graças a sua rapidez. Contudo, é impreciso e não é quantitativo.

    Para o diagnóstico de micotoxinas, os métodos mais utilizados são: Elisa (ensaio imunoenzimático), cromatografia de camada delgada (TLC) e cromatografia líquida de alto desempenho (HPLC). O Elisa é muito utiliza­do, pois é de fácil manejo, rápido e seu custo não é alto. Já o teste de cromatografia é uma técnica sofisticada e requer equipamentos caros, o que dificulta sua utilização.

    O HPLC é usado como método-padrão para a confirmação das análi­ses realizadas por TLC e Elisa. É importante salientar que a maior dificuldade na determinação das micotoxinas de um lote de alimento ou ração está na amostragem porque o lote é normalmente grande e a contaminação não é homogênea. Portanto, os resultados dependem de uma boa amostragem.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 367

    Ano: 1998

  • Sem dúvida, o melhor método para controlar a contaminação de ali­mentos por micotoxinas é prevenir o desenvolvimento de fungos. A conta­minação de grãos por fungos é um problema sério e de difícil con­trole, ocor­rendo em condições inadequadas de armazenagem, colheita ou durante o período de pré-colheita e transporte.

    Condições ótimas para a produção de micotoxinas por alguns fungos

    Grupo Fungo Temperatura Umidade relativa do ar Teor de umidade do alimento
    Fungos de Campo: invadem grãos e semen­tes durante os estágios fi­nais de amadurecimento da planta; o dano é cau­sado antes da colheita Alternaria Cladosporium Fusarium Helminthosporium Variável 90% Variável, ocorrem geralmente em épocas de alta umidade
    Fungos Intermediários: invadem sementes e grãos antes da colheita e continuam a crescer e a causar danos durante o armazenamento Penicillium Fusarium Oscilações entre temperaturas altas de 20 °C a 25 °C; e temperaturas baixas de 8 °C a 10 °C 85% a 90% 22% a 23%
    Fungos de Armazena­mento: desenvolvem e causam danos somente em con­dições favoráveis de armazenamento Arpergillus 27 °C a 30 °C 85% 17,5% a 18,5% para grãos de milho, trigo, arroz e sorgo. 8% a 9% para sementes de amendoim, girassol e algodão

    É importante saber que alguns fungos são capazes de produzir peque­nas quantidades de micotoxinas quando expostos a temperaturas e umidades menores ou maiores que as descritas acima.

    Para prevenir as infestações de fungos no campo devem ser tomadas as seguintes medidas: fazer controle de insetos e fungos, plantar em espaçamento recomendado, manter a cultura limpa de ervas daninhas, fa­zer rotação de culturas, destruir e enterrar restos de culturas, se possível irrigar a cultura para evitar o estresse provocado pela seca, plantar e princi­palmente colher em época adequada e evitar danos mecânicos à cultura.

    Na prevenção de contaminação por fungos durante a colheita e trans­porte, as principais medidas a serem tomadas são: colher no ponto ótimo de maturação, evitar danos mecânicos durante a colheita, não deixar o produto exposto à noite no campo, não colher em dias chuvosos, proteger contra a chuva durante o transporte, secar o produto imediatamente após a colhei­ta, escolher a melhor técnica para cada produto e não ensacar ou armaze­nar antes que o produto esteja devidamente seco.

    Durante a estocagem, armazenar os grãos em locais secos e limpos, que não permitam a entrada de água, fazer controle de insetos e roedores, monitorar a umidade e a temperatura periodicamente. Para evitar o crescimento fúngico no armazenamento, diversas substâncias têm sido uti­lizadas. Os antifúngicos mais usados são ácidos orgânicos como propiônico, acético, sórbico e benzoico.

    A utilização de ácidos orgânicos é recomendada para armazena­mento por mais de 20 dias e para grãos com umidade superior a 14%. Esses ácidos não produzem efeito algum sobre as micotoxinas presentes nos grãos.

    Capítulo: Sanidade

    Número da Pergunta: 369

    Ano: 1998

  • Suínos Duroc, com mais de três anos de idade, podem atingir peso vivo superior a 300 kg. O mesmo pode acontecer com machos das raças Landrace e Large White.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 370

    Ano: 1998

  • Uma das recomendações é pintar a face externa do telhado de bran­co (depois de bem lavado). Para isso, usa-se um tubo (100 ml) de fixador para cada saco (20 kg) de cal hidratada misturado em 20 litros de água. Dar a primeira demão, com bomba ou pincel-brocha, e a segunda, oito horas no mínimo, após a primeira.

    Outra recomendação é isolar o telhado com forro (plástico, madeira e outros), formando uma camada de ar ventilada que expele o calor vindo do telhado. Telhados feitos com material isolante mais pesado é outra alternativa.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 407

    Ano: 1998

  • O tamanho da baia depende do tipo de animal e do tipo de contenção que se quer fazer. Para celas parideiras, sugere-se uma área mínima de 4,32 m2 compreendendo o espaço para a matriz, com 0,60 m de largura por 2,40 m de comprimento, e o espaço para os leitões, com 0,60 m de largura de cada lado do espaço da matriz, por 2,40 m de comprimento. Para a baia convencional, sugere-se formatação retangular de 6 m2, incluindo bebe­douros, comedouros e protetor contra o esmagamento de leitões. A altura do protetor contra esmagamento deve ser de 0,20 m.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 408

    Ano: 1998

  • É o abrigo fechado para a proteção de leitões contra o esfriamento ambiental e deve estar instalado junto à baia de maternidade.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 409

    Ano: 1998

  • Podem ser utilizadas várias fontes de calor. Entre elas destaca-se, por seu custo e facilidade de aquisição, a lâmpada comum incandescente de 100 W controlada por termostato, e que apresenta boa eficiência.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 410

    Ano: 1998

  • Fig_pag201.JPG

    Os pisos devem ser construídos de forma a reduzir a abrasividade ou aspereza e facilitar a limpeza, além de duradouros e resis­tentes ao impacto animal. Sugere-se a implantação de um contrapiso de concreto magro (cimento, areia e brita) com espessura de 5 cm sobre uma camada de 3 cm de pedra britada número 1 ou 2 em solo compactado, e um piso (cimento e areia média peneirada) com espessura de 3 cm e acabamento desempenado.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 414

    Ano: 1998

  • Na maternidade, deve-se prever dois ambientes distintos, um para as matrizes e outro para os leitões, pois a faixa de conforto da matriz é diferente daquela dos leitões, tornando-se obrigatório o uso de escamoteador. Acon­selha-se o uso de forro isolante térmico junto à cobertura, a fim de melhorar o conforto dos animais. As fêmeas podem ser manejadas em baias conven­cionais ou em celas parideiras.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 417

    Ano: 1998

  • É um comedouro circular de grande capacidade de armazenagem de ração, ideal para baias de crescimento e terminação com grande número de animais.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 423

    Ano: 1998

  • A classificação dependerá do objetivo que se quer atingir com os reprodutores. Machos de raças puras ou mestiços, adqui­ridos para aumentar o rendimento de carne nos animais de abate, devem apresentar grande musculosidade, excelente conforma­ção de pernil, baixa espessura de toucinho, excelente conversão alimentar e grande li­bido; machos utilizados para reduzir a idade de abate de suas proles devem ter alta taxa de crescimento diário e, para atender à exigência da indústria de abate, baixa es­pessura de toucinho; machos de raças pu­ras, para produção de fêmeas F-1, devem ter excelente conformação, alta taxa de cres­cimento diário e aparelho mamário com o mínimo de sete pares de tetas perfeitas, (isto serve para os machos também, pois é importante para a transmissão de genes para suas filhas). Fêmeas para a produção de leitões devem ter boa taxa de crescimento, excelente aparelho mamário com o mínimo de seis a sete pares de tetas perfeitas, boa conformação e aprumo, e ser originárias de linhas selecionadas para aumento da prolificidade.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 394

    Ano: 1998

  • Machos da raça Duroc podem ser utilizados para produzir suínos para o abate, em cruzamento com fêmeas F-1, Large White-Landrace, ou para a produção de fêmeas F-1 Duroc-Landrace, indicadas para cruza­mento com machos Large White.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 395

    Ano: 1998

  • Suíno híbrido é o mesmo que mestiço ou cruzado. O termo é utilizado para denominar animais resultantes do cruzamento de raças ou linhas genéticas diferentes. Animais F-1 são os da primeira geração de cruzamento. Suínos mestiços LWLD, produzidos por machos Large White (LW) e fêmeas Landrace (LD), são exemplos de suínos F-1. Os animais têm 50% dos genes da raça do pai e 50% dos da mãe.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 399

    Ano: 1998

  • O objetivo a ser alcançado com matrizes suínas para a reprodução é a maior produção possível de leitões por tempo de permanência no plantel, ou o maior número possível de leitões produzidos por matriz/ano. Por essa razão, recomenda-se adquirir fêmeas F-1, ou seja, fêmeas resultantes do cruzamento de machos e fêmeas de raças diferentes. Entre as fêmeas F-1 mais indicadas para a reprodução encontram-se as Large White-Landrace, Landrace-Large White, Duroc-Landrace e Wessex-Landrace.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 390

    Ano: 1998

  • As fêmeas a serem adquiridas devem ter bom desenvolvimento, com peso mínimo de 90 kg aos 150 dias de idade, aparelho mamário com o mínimo de seis pares de tetas perfeitas ou, de preferência, sete pares de tetas perfeitas, ausência de defeitos, aprumos corretos, boa profundidade e comprimento corporal, e serem originárias de linhas genéticas de boa prolificidade. Não devem apresentar doenças que possam comprometer a sanidade da granja onde serão utilizadas.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 391

    Ano: 1998

  • Ao se cruzar um macho Duroc (100% Duroc) com uma fêmea Landrace (100% Landrace), os leitões produzidos serão mestiços e terão 50% dos genes da raça Duroc e 50% dos genes da raça Landrace. O cruzamento dessas leitoas mestiças com machos 100% Large White resultará em leitões “tripla-cruza” (three-cross), que terão 50% dos genes de Large White, 25% de Duroc e 25% de Landrace. Ao cruzar as leitoas tripla-cruza nova­mente com um macho 100% Duroc, não aparentado, os leitões produzidos terão 50% + 12,5% = 62,5% de genes da raça Duroc, 25% de genes da raça Large White e 12,5% de genes da raça Landrace. Isso significa que, a cada geração, o reprodutor macho transmite 50% de uma amostra de seus genes para seus descendentes, ocorrendo o mesmo com a fêmea matriz.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 400

    Ano: 1998

  • O cruzamento de reprodutores de raças diferentes objetiva explorar as vantagens da heterose ou vigor híbrido. A heterose define o desempenho superior dos animais mestiços em relação à media de desempenho das ra­ças que lhe deram origem. As características reprodutivas, como o número de leitões nascidos e desmamados por leitegada e o peso das leitegadas ao nascer e ao desmame, são as que apresentam os maiores ganhos genéticos da heterose (5% a 8%). A seguir, com vantagens de heterose de 2% a 5%, estão a taxa de crescimento diário e a conversão alimentar. As características de carcaça, como a espessura de toucinho e o rendimento de carne, pratica­mente não apresentam heterose, sendo o desempenho dos animais mestiços semelhante à média do desempenho das raças paterna e materna. Portanto, o uso de fêmeas mestiças F-1 pode trazer benefícios razoáveis quando se pretende aumentar a produção de leitões por matriz/ano, ao passo que o cruzamento simples de duas raças pode reduzir a idade de abate e melhorar a conversão alimentar. Para se explorar simultaneamente as características reprodutivas e de taxa de crescimento provenientes da heterose, recomenda-se cruzar fêmeas F-1 com machos de uma terceira raça como, por exemplo, fêmeas F-1 Large White-Landrace com machos Duroc, ou fêmeas F-1 Duroc-Landrace com machos Large White.

    Capítulo: Melhoramento Genético Animal

    Número da Pergunta: 401

    Ano: 1998

  • Fig_pag198.jpg

    As edificações devem ser projetadas de forma a aproveitar ao máxi­mo os recursos naturais como ventilação. O local deve ser aberto, drenado, bem ventilado, plano, ensolarado, afastado de morro e outros obstáculos e com exposição Norte.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 403

    Ano: 1998

  • Fig_pag198b.jpg

    Em regiões onde há ocorrência de frio, as edifica­ções devem ser planejadas para o conforto térmico do verão, mas com dispositivos que protejam os animais con­tra o esfriamento ambiental, no inverno. Recomenda-se aber­tura lateral que corresponda a uma área de 25% a 40% da superfície lateral do prédio. Telhados leves, mas isolantes, de cor clara, para reduzir a incidência de calor, ventilados (com lanternim ou tubo de alívio), para permitir a saída de ar quente e de gases. Pisos com textura regular e média (nem áspera e nem lisa). É importante propiciar um volume total interno de ar na construção (recinto + ático) de 25 m3 por matriz instalada, 3 m3 por animal na terminação, 1 m3 na creche e 17 m3 por animal adulto visando manter as condições de conforto e higie­ne e facilitar a renovação de ar. As paredes devem ser de cor clara para evitar o ganho de calor nas instalações. A inclinação do telhado e a projeção das abas devem ser projetadas para reduzir os efeitos da insolação e da chuva. Os prédios devem ter orientação Leste-Oeste, no sentido do movi­mento do Sol, a fim de reduzir o ganho de calor solar na construção.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 404

    Ano: 1998

  • Preferencialmente não. Tanto árvores como morros são obstáculos para a ventilação natural. O emprego de árvores para fazer sombra no telhado ou arredores da construção deve ser cuidadosamente estudado para não prejudicar o regime de ventilação natural.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 405

    Ano: 1998

  • Existem quatro modelos de edificação muito utilizados pelos criado­res do Sul do Brasil:

    • Modelo unilateral fechado – Tradicionalmente utilizado pelos pequenos produtores, com uma lateral aberta e a outra (geralmente a do lado Sul) fechada, dispondo de janelas, de janelões ou tampões.
    • Modelo bilateral fechado – Fechado nas duas laterais: utilizado por médios e grandes produtores, especialmente na fase de maternidade e creche.
    • Modelo aberto – As laterais são abertas: muito comum em todos os níveis de criação.
    • Modelo misto – Reúne num só prédio secções abertas e secções fechadas unilateral ou bilateralmente. Modelo de concepção mais recente, característico dos sistemas integrados de produção, utilizado por alguns frigoríficos, cooperativas e empresas diversas.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 406

    Ano: 1998

  • O escamoteador pode ser de madeira, alvenaria ou outro material. Deve ter uma tampa móvel para facilitar o manejo e uma porta de entrada e saída dos leitões de 25 cm x 25 cm. Suas dimensões são de 90 cm de compri­mento, 70 cm de largura e 90 cm de altura, devendo ser colocado na parte da frente da cela parideira.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 412

    Ano: 1998

  • Sim. Existem várias formas de proteger os animais contra o esfriamento ambiental, entre elas o aquecimento com pisos térmicos, a colocação de lâmpadas e o uso de abafador (sistemas de cortinas e tampões), em regiões muito frias. Outra forma é melhorar o isolamento (forro, cortinas) do prédio e controlar a ventilação de forma que o calor produzido pelos animais não saia para fora.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 413

    Ano: 1998

  • É construído com um tonel de 200 litros, um pneu de caminhão e ferros de construção soldados. A figura a seguir apresenta detalhes do comedouro.

    Fig_pag205.jpg

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 424

    Ano: 1998

  • De fácil confecção, podendo ser feito pelo próprio produtor, tem baixo custo, reduz perdas de ração, tem durabilidade razoável e permite estocar maior quantidade de ração.

    Capítulo: Instalações/ Equipamentos

    Número da Pergunta: 425

    Ano: 1998

  • A composição está relacionada ao manejo do esterco e da criação, principalmente ao desperdício de água e ração.

    As características químicas dos resíduos de suínos são evidenciadas através de uma série de trabalhos já realizados, mostrando-se extremamen­te variáveis e de difícil comparação, pois nem sempre são relatadas as con­dições locais do empreendimento como clima, tipo de alimentação, método de amostragem e principalmente quantificação da água utilizada, respon­sável pelas diferentes diluições do dejeto.

    Estudos desenvolvidos na Embrapa Suínos e Aves indicam os seguintes valores para os dejetos:

    Variável Mínimo (mg/L) Máximo (mg/L) Média (mg/L)
    Demanda química oxigênio (DQO) 11.530,2 38.448,0 25.542,9
    Sólidos totais 12.697,0 49.432,0 22.399,0
    Sólidos voláteis 8.429,0 39.024,0 16.388,8
    Sólidos fixos 4.268,0 10.408,0 6.010,2
    Sólidos sedimentares 220,0 850,0 428,9
    Nitrogênio total 1.660,0 3.710,0 2.374,3
    Fósforo total 320,0 1.180,0 577,8
    Potássio total 260,0 1.140,0 535,7

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 426

    Ano: 1998

  • Consiste na decomposição da matéria orgânica dos dejetos pelas bactérias, o que pode ocorrer com ou sem a presença de oxigênio.

    Na presença de oxigênio, o processo é chamado aeróbico e ocorre quando a decomposição é feita por compostagem e em lagoa aerada.

    Sem a presença de oxigênio, o processo é chamado anaeróbico e ocorre quando a decomposição é feita em esterqueiras, biodigestores e em lagoas.

    A decomposição aeróbica é mais eficiente no controle de patógenos (causadores de doença) e de sementes de invasoras, ao passo que a decomposição anaeróbica preserva o valor fertilizante dos dejetos.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 427

    Ano: 1998

  • É o aproveitamento do esterco tanto na lavoura quanto na alimen­tação de animais de forma a não deixá-lo desperdiçado, muitas vezes causando poluição.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 429

    Ano: 1998

  • A aplicação dos dejetos depende da situação econômica do produtor, da topografia da propriedade e das diversas formas de manejo dos resíduos. No manejo por separação das fases líquida e sólida, os resíduos podem ser usados de duas maneiras:

    • Alimentação de ruminantes com a parte sólida do peneiramento.
    • Emprego do lodo dos decantadores como biofertilizante.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 432

    Ano: 1998

  • A fermentação é um processo essencial à estabilização dos dejetos e à sua transformação em fertilizante adequado para aplicação no solo e ab­sorção pelas plantas, sem colocar em risco o meio ambiente e a saúde pú­blica. A estabilização dos dejetos é também necessária para reduzir o mau cheiro, diminuir e controlar a incidência de moscas e evitar a poluição das águas.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 434

    Ano: 1998

  • Fig_pag212.jpg

    O biodigestor é um tipo de equipamento com dois compartimentos interligados. O esterco de suíno é misturado com água (sem desinfetantes) e colocado num dos compartimentos onde fica por um período certo para que as bactérias anaeróbicas fermentem o material e liberem o biogás. Esse material, chamado de biofertilizante, passa para o segundo compartimento de onde pode ser removido. Como resultado, tem-se além do biofertilizante também o biogás, uma mistura de gás metano com gás carbónico.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 436

    Ano: 1998

  • A entrada excessiva de água nos dejetos pode ser reduzida adotando-se, com mais frequência, a limpeza a seco, isto é, removendo a sujeira seca sem deixar que se acumule. Esse programa deve ser reavaliado pelo técnico responsável a cada três meses.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 446

    Ano: 1998

  • Nenhum repelente é eficaz quando se permite a reprodução excessi­va das moscas. Em situações de controle da reprodução desses insetos, pode-se usar as seguintes plantas:

    Nome comum Nome científico Ação
    Erva-de-santa-maria Chenocociun abrosioides Fam. Chenopodiaceae Repelente
    Cinamomo Melia azedarachi Fam. Meliaceae Inseticida
    Citronela Repelente
    Sincício Repelente

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 455

    Ano: 1998

  • Fig_pag219.jpg

    A mosca adulta põe os ovos no esterco, em restos de parição e em qualquer resíduo orgânico que sirva de alimento aos filhotes ou larvas. Doze horas depois, os ovos eclodem, isto é, nascem as larvas, que se alimentam dos dejetos e mudam de pele. Esse ciclo se repete três vezes e demora de cinco a seis dias. Depois da última muda de pele e de se alimentar bem, a larva busca um local mais seco no próprio esterco ou vai para o solo, onde se encolhe, sua pele seca e muda para a cor castanho, formando o casulo (pupário) e transformando-se em pupa. Após cinco a seis dias, a pupa se transforma em mosca adulta, macho ou fêmea. Ao sair do casulo, a mosca deixa o esterco ou o solo, seca as asas e o esqueleto externo que protege seu corpo como uma couraça e voa em busca de alimento. Cinco dias após o nascimento, as moscas já se acasalam e iniciam a postura dos ovos, reiniciando o ciclo de vida.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 452

    Ano: 1998

  • A principal técnica baseia-se no correto manejo e utilização dos dejetos dos animais e dos resíduos da criação e é conhecida como controle mecânico. Considerando que um suíno adulto produz cerca de 2,5 kg esterco/dia e que uma larva de mosca precisa apenas de 1 g de esterco/dia, compreende-se por que o esterco amontoado nas canaletas, em instalações sem canaleta, acumulado ao lado das instalações, nos montes de lixo, etc, acabam se transformando na causa da excessiva proliferação de moscas nas granjas de criação de suínos.

    A técnica de controle através do manejo de dejetos pode ser assim resumida:

    • Deixar uma lâmina de água nas canaletas suficiente para cobrir o esterco removido das baias.
    • Se a canaleta for rasa ou em declive, não permitindo a retenção da água, remover todo o esterco para a esterqueira duas vezes por semana, no mínimo.
    • A cama das maternidades e o resíduo do separador de fases (peneira de separação) devem ser levados para a câmara de fermentação ou, na falta desta, devem ser amontoados e cobertos com lona de plástico.
    • Animais mortos, restos de parição e outros resíduos devem ser enter­rados ou colocados em fossa construída para essa finalidade.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 456

    Ano: 1998

  • Impedindo que o esterco de suínos, os vazamentos de esterqueiras, os dejetos humanos ou resíduos de cozinha cheguem aos riachos onde servem de alimento para as larvas dos borrachudos.

    Capítulo: Manejo de Dejetos

    Número da Pergunta: 457

    Ano: 1998

  • Também chamados de salitre, sais de cura ou conservantes, esses pro­dutos devem ser usados com muito critério, pois em doses superiores a 200 ppm (partes por milhão) têm efeitos cancerígenos, conforme legislação em vigor.

    De acordo com o artigo 373, do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Abastecimento, os nitritos de sódio ou de potássio só podem ser empregados, isoladamente ou combinadamente, nas seguintes proporções máximas:

    • 240 g para cada 100 litros de salmoura.
    • 60 g para cada 100 kg de carne, na cura a seco, misturadas ao sal (cloreto de sódio).
    • 15 g para cada 100 kg de carne picada ou triturada, misturadas ao sal.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 461

    Ano: 1998

  • Sim, desde que se tenha um defumador e se esteja familiarizado com o processo completo da defumação.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 466

    Ano: 1998

  • A lenha ou serragem escolhida não deve ser resinosa (pinho, pinus). Devem ser duras, bem secas, densas e sem casca. Ex.: eucalipto.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 468

    Ano: 1998

  • Deve-se utilizar suíno tipo carne, com peso entre 90 kg e 110 kg, livre de doenças, descansado, com temperatura corporal entre 38,5°C e 40,5°C e jejum de pelo menos seis horas.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 459

    Ano: 1998

  • A figura a seguir apresenta o mapa do suíno, identificando as principais partes da carcaça.

    Fig_pag226.jpg
    1 - Alcatra 7 - Lombo 13 - Suã
    2 - Coxão de fora 8 - Carrê (bisteca) 14-Pés
    3 - Coxão de dentro 9 - Sobrepaleta (copa) 15 - Rabo
    4 - Patinho 10 - Paleta 16 - Cara com orelhas
    5 - Tatu 11 - Costela 17 - Papada
    6 - Filezinho 12 - Barriga

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 464

    Ano: 1998

  • Antes da instalação, procurar os seguintes órgãos:

    • Executor da inspeção sanitária de produtos de origem animal, que pode ser federal, estadual ou municipal.
    • Prefeitura: expede alvará de construção.
    • Órgão do meio ambiente: para tratamento de efluentes.
    • Secretaria de Saúde: expedição do alvará sanitário.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 469

    Ano: 1998

  • Em casas agropecuárias, atacados em geral, representantes comerciais e em empresas especializadas na fabricação de embalagens e triparia.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 472

    Ano: 1998

  • O baixo consumo está relacionado ao hábito alimentar e ao poder aquisitivo, considerados os mais sérios entraves ao consumo de carne suína. Segundo a Embrapa, haverá concorrência contínua entre os setores bovino, avícola e suinícola. Os fatores críticos na conquista do mercado são: preço, qualidade e facilidade de preparo do alimento.

    No Brasil, o consumo médio por pessoa, no período de 1970 a 1995, atingiu 8 kg. Entretanto, em alguns estados do Sul e Sudeste, ultrapassa 20 kg/ano.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 474

    Ano: 1998

  • O abatedouro deve estar o mais próximo possível dos fornecedores da matéria-prima principal, uma vez que o transporte é um dos fatores que mais pesa no custo de produção. O ideal é que os produtores se localizem num raio de 50 km de distância do abatedouro.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 477

    Ano: 1998

  • Suíno criado com cuidados na alimentação, manejo e sanidade, vindo de cruzamentos industriais, pode fornecer bacon de boa qualidade. Um suíno de 90 kg a 100 kg vivo fornece de 6 kg a 7 kg de bacon.

    Capítulo: Tecnologia de Carnes

    Número da Pergunta: 480

    Ano: 1998

  • Apontar causas para as crises da suinocultura não é tão simples, pois são inúmeros os fatores que contribuem para sua ocorrência. A seguir, são enumeradas as principais:

    • Falta de organização dos produtores, que leva a desequilíbrios na oferta de animais, ao passo que os compradores, embora pouco nume­rosos, são bem organizados.
    • Falta de crédito aos produtores a juros compatíveis com a renta­bilidade da atividade.
    • Falta de política agrícola adequada ao setor.
    • Baixa capacidade de investimento dos produtores devida aos frequen­tes períodos de crise.
    • Ausência de garantia de preços mínimos para suínos e falta de estoques reguladores.
    • Dificuldade no uso de tecnologias que permitam elevar os índices de produtividade e a eficiência da atividade.
    • Reduzida participação no mercado internacional para escoar excedentes.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 481

    Ano: 1998

  • Em geral, as agroindústrias e cooperativas não financiam investi­mentos em instalações. Quanto aos animais, existem programas de troca-troca, ou seja, o produtor recebe animais (reprodutores) melhorados geneticamente e entrega suínos para abate. O peso dos reprodutores recebidos é multiplicado por um fator de correção que varia entre 1,5 e 2,5. Exemplificando: se o pro­dutor recebe um animal com 100 kg e o fator é definido em 1,5 dentro do período estabelecido, ele deve entregar à agroindústria o equivalente a 150 kg de suíno para abate. Além dessa forma de financiamento, existem outros programas desenvolvidos por algumas secretarias estaduais e municipais de agricultura.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 482

    Ano: 1998

  • O resultado econômico da atividade suinícola tem apresentado dife­renças não só de épocas, mas também por tipo de produtor. Todavia, não se pode afirmar, sem risco de errar, que uma opção seja melhor que a outra. Ambas dependem da situação do mercado, em especial do preço dos insumos. A opção pelo ciclo completo depende da avaliação da situação tecnológica do produtor, além da avaliação de mercado. Se a opção for pela terminação, é preciso analisar o contrato, pois a maioria dos terminadores tem contrato de parceria com agroindústrias ou cooperativas. Outra variável a ser levada em conta é a disponibilidade de capital para investimento, tendo em vista o mai­or custo das instalações para o ciclo completo.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 483

    Ano: 1998

  • Os princípios administrativos e econômicos que regem as atividades das indústrias e do comércio e a eco­nomia como um todo são os mesmos que orientam a atividade agropecuária.

    Todavia, existem diferenças básicas na forma de utilização dos fatores e bens de capital para a produção.

    Como todo empreendimento produtivo, a propriedade suinícola é uma unidade de produção operando num mercado. A utilização do capital (pró­prio e empréstimos financeiros), do trabalho (familiar e assalariado) deve en­tão gerar um resultado econômico para remunerar o capital empregado e aportar um lucro, sob a forma de necessidades familiares ou de salários.

    Se o capital aplicado na atividade for fixo, seu retorno acontecerá após vários ciclos produtivos, ou seja, pela série de produtos que seu uso possibili­ta obter.

    O capital circulante (variável) deve ter seu retorno ou compensação total pelo ciclo produtivo em que esteve presente, ou seja, pelo produto que gerou.

    Considerando o emprego do capital e do trabalho, pode-se dizer que a criação de suínos tem de fato o que se chama de “categorias” dos fatores de produção que se diferenciam entre elas pela permanência (durabilidade) e pela natureza dos serviços produzidos:

    • Fatores fixos – Constituem os fatores de produção (edificações, pes­soal permanente, instalações, reprodutores, etc) que determinam uma certa capacidade de produção.

    Como exemplo de custo fixo, pode-se citar as instalações e equipamentos existentes, pois seus custos são suportados pela unidade produtiva qual­quer que seja o volume de produção realizado.

    Dessa maneira, um dado lote de suínos para abate é gerado por um número efetivo de matrizes e deve produzir, a cada lote, um certo volume de carne; a boa gestão repousa, portanto, na abordagem dos objetivos aqui defi­nidos pelo pleno emprego dos meios de produção de forma que os encargos fixos globais sejam minimizados por unidade produzida.

    • Fatores variáveis – São aqueles que variam de acordo com o nível de produção da empresa agrícola (rações, combustíveis, energia elétrica etc), isto é, são os bens de produção que são consumidos integralmente a cada ciclo de produção e exprimem movimento, transformação ou giro.

    Para o cálculo do custo, deve-se considerar as seguintes variáveis: custo de produção de suínos para abate de treze a 18 terminados/fêmea/ano - SC maio/96 (R$/kg de suíno de 95,53 kg)

    Variáveis de Custo/Número de terminados 13 14 15 16 17 18
    1. Custos Fixos
    1.1. Depreciação das instalações 0,085 0,082 0,078 0,076 0,073 0,072
    1.2. Depreciação equip. e certas 0,018 0,017 0,016 0,015 0,014 0,013
    1.3. Juros s/cap.médio/inst. e equip. 0,011 0,010 0,010 0,009 0,009 0,009
    1.4. luros sobre reprodutores 0,001 0,001 0,001 0,001 0,001 0,001
    1.5. Juros s/animais em estoque 0,001 0,001 0,001 0,001 0,001 0,001
    Custo Fixo Médio 0,116 0,111 0,106 0,102 0,098 0,096
    2. Custos Variáveis
    2.1. Alimentação 0,762 0,749 0,737 0,727 0,718 0,710
    2.2. Mão de obra 0,140 0,130 0,122 0,114 0,107 0,101
    2.3. Gastos veterinários 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010
    2.4. Gastos com transporte 0,092 0,091 0,090 0,089 0,088 0,087
    2.5. Despesas de energ. e comb. 0,014 0,013 0,013 0,012 0,012 0,012
    2.6. Despesas man. e conservação 0,022 0,021 0,020 0,019 0,019 0,018
    2.7. Despesas financeiras 0,003 0,002 0,002 0,002 0,002 0,002
    2.8. Funrural 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014 0,014
    2.9. Eventuais 0,052 0,051 0,050 0,049 0,048 0,047
    Custo Variável Médio 1,109 1,081 1,058 1,036 1,018 1,001
    Custo Total Médio 1,225 1,192 1,164 1,138 1,116 1,097

    Para maiores informações, ver metodologia do cálculo, Documento N° 18, de 1994. A Embrapa Suínos e Aves dispõe de dois softwares para esse fim: Atepros - Acompanhamento Técnico-econômico das Propriedades Suinícolas e Suicalc - Cálculo de Custo de Produção de Suínos para Abate.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 489

    Ano: 1998

  • É um programa de computador que permite calcular o custo de produ­ção de suínos considerando vários níveis tecnológicos baseados no número (13 a 25) de terminados/fêmea/ano.

    Neste software, podem ser alterados os coeficientes de produti­vidade, consumo de alimentos, medicamentos, bem como o uso de outros insumos. Isso possibilita estimar os custos, variando todos os itens que o compõem. Quaisquer que sejam os resultados, entretanto, são sempre baseados na mes­ma metodologia.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 491

    Ano: 1998

  • Na implantação de uma unidade produtiva em sistema ao ar livre, o custo das instalações e equipamentos são relativamente baixos, por volta de R$ 700/fêmea alojada (criação com 28 matrizes).

    No sistema confinado, o custo das instalações e equipamentos é mais alto, por volta de R$ 1.200,00/fêmea alojada (criação com 24 ma­trizes).

    O custo de produção de suíno ao ar livre, embora seja menor do que o confinado, em relação aos gastos com instalações e medicamentos, é maior com alimentação. No cálculo de ambos os custos (ar livre ou confinado), os itens de custos são os mesmos, mas no sistema de criação ao ar livre, um volume de área própria para lavoura é sacrificado, sendo assim importante acrescentar ao custo de produção, o custo de oportuni­dade dessa área que será indisponibilizada para plantio.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 493

    Ano: 1998

  • Normalmente, o suíno é comercializado com peso entre 90 kg e 110 kg, atingido entre o quinto e o sexto mês de vida do animal, quando então é transferido para o frigorífico para abate. A carca­ça pode ser transformada em cortes ou indus­trializada e depois comercializada no mercado interno, ou exportada.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 495

    Ano: 1998

  • É o produtor que possui as matrizes, faz a cobertura, cria os leitões e entrega o suíno já pronto para abate.

    Capítulo: Economia

    Número da Pergunta: 496

    Ano: 1998

  • Suínos | Gestão da água | Bebedouros | Tipos

    Os tipos de bebedouros podem variar a partir das seguintes características: modelo, tamanho, tipo de material, pressão e volume de água disponibilizado. Os bebedouros mais comuns encontrados em granjas de suínos podem ser divididos em:

  • Publicação

    Gestão da água na suinocultura

    Gestão da água na suinocultura

    Esta cartilha é o resultado de um estudo da gestão da água e do manejo de dejetos em propriedades produtoras de suínos em Santa Catarina. A publicação traz informações e dicas sobre o que fazer para utilizar de modo sustentável a água.

    Baixe aqui

    Publicado: 09/02/2024

    Encontrado na página: Gestão da água

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    Publicado: 09/02/2024

  • O uso de cisternas para produção animal

    Nesta edição do Prosa Rural, o programa de rádio da Embrapa, a conversa é sobre a captação e o armazenamento da água de chuva. Calhas são instaladas nos telhados e coberturas de estruturas previamente preparadas. A água é canalizada para cisternas, passando por filtros. Também é importante considerar a qualidade da água!

    Encontrado na página: Armazenamento

  • Custos de produção de frangos de corte e suínos para produtores integrados

    O objetivo desse curso feito a distância oferecido pelo portal e-Campo da Embrapa é é capacitar produtores e produtoras de frango de corte e de suínos integrados, bem como agentes da assistência técnica e extensão rural sobre custos de produção e outros indicadores de desempenho econômico e financeiro, utilizando ferramentas de apoio como o aplicativo Custo Fácil.

    Organizadora: Embrapa

    Duração: Até 60 dias

    Carga horária: 40 horas

    Encontrado na página: Início

  • Publicação

    Valor nutricional do farelo estabilizado parcialmente desengordurado de arroz e sua digestibilidade para suínos

    Valor nutricional do farelo estabilizado parcialmente desengordurado de arroz e sua digestibilidade para suínos

    Esta pesquisa avaliou a energia digestível e metabolizável do farelo de arroz na dieta de suínos em diferentes idades, avaliando o seu potencial como um novo ingrediente

    Baixe aqui

    Publicado: 18/04/2024

    Encontrado na página: Início

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    Publicado: 18/04/2024

  • Publicação

    Efeito da alimentação à vontade ou controlada nas fases de crescimento e terminação de suínos

    Efeito da alimentação à vontade ou controlada nas fases de crescimento e terminação de suínos

    Esta pesquisa comparou o efeito da alimentação dos suínos com fornecimento de ração controlada em comedouros do tipo “à vontade”.

    Baixe aqui

    Publicado: 18/04/2024

    Encontrado na página: Início

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    Publicado: 18/04/2024

  • Suínos | Capa | Título Publicações

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  • Site Qualidade da carne suína - Do campo à mesa

    Qualidade da carne suína

    Qualidade da carne suína

    Do campo até a sua mesa, conheça todo o processo que envolve a produção de carne suína com qualidade.

    Acesse o site

    Publicado: 19/04/2024

    Encontrado na página: Início

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    Publicado: 19/04/2024

  • Encontrado na página: Início

  • Suínos | Capa | Título Webstories

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  • Suínos | Sanidade | Doenças | Abre

    A seguir estão listadas as principais doenças que podem afetar os suínos. Mas, lembre-se: apesar de serem explicados os sintomas mais comuns, somente um médico veterinário pode fazer o diagnóstico da doença e indicar o tratamento adequado!

    Encontrado na página: Início

  • Suínos | Gestão da água | Abre

    Os usos mais comuns da água na criação de suínos são para "matar a sede" dos animais e umedecer a ração, além de fazer nebulização e o programa de limpeza e desinfeção das granjas.

    Esses usos podem sofrer a influência de diversos fatores, entre eles:

    • Idade dos animais
    • Estado sanitário
    • Fase fisiológica de produção
    • Peso-vivo do suíno
    • Condições ambientais no interior e exterior dos edifícios de alojamento
    • Práticas de higiene e limpeza
    • Equipamentos utilizados na granja

    Encontrado na página: Gestão da água

  • Encontrado na página: Gestão da água

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  • Vídeos

    Uma lista com todos os vídeos disponíveis no site.

    Publicações

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    Áudios

    Uma lista com todos os áudios disponíveis no site.

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  • Suínos | Gestão ambiental | Dejetos | Benefícios | Foto


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  • Suínos | Gestão da água | Importância e cuidados | Exemplo 2

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  • Suínos | Gestão da água | Captação | Fontes superficiais

    Quando a captação for de fontes superficiais, alguns cuidados básicos devem ser observados, como:

    • Proteger as áreas úmidas, banhados e nascentes, isolando esses locais e recuperando a vegetação nativa
    • Impedir o acesso de animais às nascentes e fontes
    • Proteger e recuperar as margens dos córregos, arroios ou rios que passam pela propriedade, de acordo com o Código Florestal
    • Proteger contra erosão e degradação ambiental em todas as áreas da propriedade, com o objetivo de facilitar a reposição dos mananciais de água

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  • Suínos | Gestão da água | Captação | Água da chuva

    A outra forma de captação de água é o armazenamento de chuva.

    Essa técnica é milenar e já foi utilizada por muitas civilizações ao longo do tempo, em todos os continentes do mundo.

    A água da chuva pode ser coletada diretamente do local onde será utilizada, dispensando a utilização de transporte ou adutoras, reduzindo os custos para a sua utilização ou muitas vezes sendo a única fonte disponível deste recurso.

    Encontrado na página: Mais conteúdos

  • Suínos | Gestão da água | Armazenamento | Cisternas

    A captação de água da chuva é realizada nos telhados das edificações da propriedade através de calhas e encanamentos condutores e armazenada em cisternas ou outro tipo de reservatório. Quanto maior o volume de água armazenada, mais autonomia terá a propriedade.

    É importante também o produtor manter um segundo reservatório, o qual tem como funções garantir a disponibilidade e a qualidade da água tratada para a dessedentação dos animais.

    Encontrado na página: Armazenamento

  • Suínos | Gestão da água | Tratamento | Análises

    Análises

    É indispensável realizar análises da qualidade da água periodicamente, no mínimo uma vez por ano. Dependendo da saúde, hábito alimentar e desempenho zootécnico dos animais, estas análises podem ser feitas num espaço de tempo menor.

    Encontrado na página: Tratamento

  • Suínos | Gestão da água | Tratamento | Tratamento

    Tratamento

    Dependendo da fonte de água, quando ela apresenta problemas constantes de turbidez, por exemplo, recomenda-se que seja feito um processo de filtragem. Assim, o tratamento químico posterior não será comprometido.

    Encontrado na página: Tratamento

  • Suínos | Gestão da água | Bebedouros | Convencional

    Convencional

    De modo similar ao bite ball, a chupeta convencional é ativada no momento em que o animal, através da sua língua ou focinho, pressiona a válvula localizada na parte interna do bebedouro.

    Encontrado na página: Tratamento

  • Site Cereais de inverno

    Cereais de inverno

    Cereais de inverno

    Os cereais de inverno (trigo, cevada, triticale, aveia e centeio), qualificam-se pelo seu valor nutricional como substitutos do milho na suinocultura e também na avicultura.
    Confira tudo sobre o uso de cereais de inverno em um site especial da Embrapa.

    Acesse o site

    Publicado: 13/05/2024

    Encontrado na página: Dietas alternativas

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    Publicado: 13/05/2024

  • Suínos | Alimentação | Tipos de alimentos | Médio a alto teor de fibra

    Energéticos com médio a alto teor de fibra

    Esses alimentos têm energia metabolizável acima de 2.600 kcal/kg e teor de fibra bruta acima de 6%. São exemplos: farelo de arroz integral, farelo de amendoim, aveia integral moída, farelo de castanha de caju, cevada em grão com casca, polpa de citrus, farelo de coco, torta de dendê, grão de guandu cozido, raspa de mandioca (de onde foi extraído o amido) e milho em espiga com palha.

    Encontrado na página: Tipos de alimentos

  • Suínos | Alimentação | Tipos de alimentos | Também fornecedores de proteína

    Energéticos também fornecedores de proteína

    São aqueles que, geralmente, têm energia metabolizável acima de 3.000 kcal/kg de alimento. Pela quantidade com que podem ser incluídos nas dietas, são também importantes fornecedores de proteína. Os exemplos são quirera de arroz, cevada em grão, soro de leite seco, grão de milho moído, sorgo baixo tanino, trigo integral, trigo mourisco, triguilho e triticale, entre outros.

    Encontrado na página: Tipos de alimentos

  • Suínos | Alimentação | Tipos de alimentos | Médio teor de proteína

    Fibrosos com baixa concentração de energia e médio teor de proteína

    Possuem teor de proteína bruta maior que 17%, de fibra acima de 10% e concentração de energia metabolizável menor que 2.400 kcal/kg. São exemplos: feno moído de alfafa, farelo de algodão, farelo de babaçu, farelo de canola e farelo de girassol.

    Encontrado na página: Tipos de alimentos

  • Suínos | Alimentação | Tipos de alimentos | Proteicos com alto teor de minerais

    Proteicos com alto teor de minerais

    A inclusão desses ingredientes em rações para suínos é limitada pela alta concentração de minerais que apresentam. São exemplos: as farinhas de carne e ossos com diferentes níveis de proteína bruta e a farinha de peixe.

    Encontrado na página: Tipos de alimentos

  • Suínos | Produção | Manejo dos cachaços | Dica #3

    Idade

    O cachaço deve ter 5 meses de idade, período necessário para que ele mostre o seu potencial genético.

    Encontrado na página: Tipos de alimentos

  • Suínos | Doenças | Outras | Coccidiose suína

    Coccidiose suína

    Afeta principalmente os leitões e é causada por um protozoário. Os principais sintomas são diarreia amarela e pastosa nos primeiros dias de vida do suíno, perda de peso e apatia. A melhor forma de tratar, controlar e preveni-la é através de medicamentos específicos. Recomenda-se que, ao nascer, os leitões sejam acompanhados por um médico veterinário.

    Encontrado na página: Tipos de alimentos