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  • A composição da semente de milheto (Penisetum americanum, Schum) é a seguinte: 3.250 kcal de energia digestível, 12,20% de proteína bruta, 6,4% de fibra bruta, 0,05% de cálcio, 0,28% de fósforo, 0,40% de lisina, 0,35% de metionina + cistina e 0,1 5% de triptofano.

    Seu conteúdo de energia, devido ao alto teor de fibra, é inferior ao conteúdo de energia do milho. Isso limita sua utilização na alimentação de suínos. No entanto, quando se utilizam ingredientes com alto nível de ener­gia como a soja integral tostada ou extrusada, óleo bruto de soja ou gordura animal para equilibrar o nível de energia da dieta, a semente de milheto pode ser utilizada sem limite na ração dos suínos em qualquer fase. Porém, quando não é utilizado nenhum ingrediente de alta energia para equilibrar o nível de energia da dieta, a utilização da semente de milheto reduz o desempenho dos suínos, sendo essa redução tanto maior quanto maior for o nível de utilização do milheto.

    No caso de matrizes em gestação, não é necessário suplementar com ingredientes de alta energia, mas deve-se aumentar a quantidade de ração diária a fim de garantir o consumo mínimo de energia de que necessitam.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 231

    Ano: 1998

  • Sim. Vários tipos de silagem têm grande aceitação pelos suínos por apresentarem ótima palatabilidade. As mais utilizadas são a silagem do grão de milho, do grão de triticale e de mandioca. É também possível produzir silagem de outros produtos que apresentem alto conteúdo de carboidratos fermentáveis, como de bananas maduras.

    Quanto às silagens de forrageiras, as melhores são as de milho (pé inteiro), leguminosas (alfafa, comichão, entre outras), ou consorciação de gramíneas e leguminosas (milho, aveia ou azevém, mais uma leguminosa). Quando a silagem for somente de leguminosas, deve-se adicionar uma fon­te de carboidratos, como o melaço, para facilitar a fermentação.

    As silagens podem ser fornecidas para os leitões a partir dos 20 kg de peso vivo até o abate, para as matrizes em gestação e para os machos inteiros. Deve-se evitar o fornecimento para os leitões lactentes e na fase de creche e para as matrizes em lactação.

    As silagens de forrageiras devem ser fornecidas principalmente para os animais acima de 60 kg de peso vivo até o abate, para matrizes em gestação e machos inteiros, devido a seu baixo conteúdo de energia.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 236

    Ano: 1998

  • As pastagens destinadas aos suínos devem ser constituídas de forrageiras tenras e macias. A constituição do aparelho digestivo do suíno não lhe permite aproveitar bem as forragens grosseiras e fibrosas com alto teor de celulose e lignina.

    Os capins grosseiros ou que em seu período vegetativo tardio se tor­nam fibrosos e endurecidos, não devem ser empregados nas pastagens para suínos. Incluem-se, nesse caso, o capim-gordura (Melinis minutiflora), o jaraguá (Hyparhenia rufa), o capim-guiné (Panicum maximum) e o capim-elefante (Penisetum purpureum).

    Para a formação de pastagens é necessário considerar as leguminosas e gramíneas. As leguminosas, por sua riqueza em proteína e minerais, são indicadas como as melhores pastagens para suínos, como por exemplo a alfafa. Nas regiões onde essa leguminosa não oferece facilidades de pastoreio, o suinocultor pode cultivá-la para corte, adicionando-a à ração tanto na forma verde quanto fenada. Nessas regiões, as gramíneas são as forrageiras indicadas para pastoreio por serem fáceis de formar e melhor resistirem ao pisoteio. As pastagens de gramas ou gramíneas de porte redu­zido devem ser preferidas por vários motivos:

    • Cobrem o terreno formando um tapete de proteção contra a erosão, aspecto importante em terrenos declivosos.
    • Conservam as folhas tenras e macias durante todo o período vegetativo.
    • Seu sistema radicular garante maior resistência ao pisoteio.

    Na formação de pastos gramados para suínos, deve-se adotar o crité­rio geral de só utilizá-los depois de bem formados.

    As gramíneas mais aconselháveis são grama-de-burro, capim-bermudas, quiquio (Pennisetum clandestinum), grama-forquilha (Paspalum notatum) e capim-rhodes (Chloris gayana).

    Outras pastagens desenvolvidas recentemente, como as do gênero cynodon, devem ser melhor avaliadas.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 239

    Ano: 1998

  • Existem essencialmente três formas de arraçoar suínos com alfafa:

    • Alfafa-fresca recém-cortada.
    • Silagem de alfafa.
    • Feno de alfafa moído e misturado à ração.

    A composição nutricional varia em função do teor de matéria seca e de fibra bruta, que depende do estágio vegetativo em que é feito o corte para silagem, feno ou arraçoamento.

    Composição nutricional de feno de alfafa e de alfafa fresca

    Parâmetro Alfafa fresca Feno de alfafa
    Teor de Proteína
    antes da florada depois da florada >19% PB 17% a 19% 15% a 17%
    Matéria seca (%) 17,6 19,3 90,2 90,6 90,7
    Digestibilidade da matéria orgânica (%) 75 63 64 54 50
    Fibra bruta (%) 3,1 4,6 21,9 23,8 25,7
    Proteína bruta (%) 4,6 4,3 20,7 17,8 16,1
    Proteína digestível (%) 3,7 3,0 13,8 9,0 8,1
    Energia metabolizável (kcal/kg) 437 399 12.938 1.577 1.434
    Lisina (%) 0,2 0,23 1,01 0,87 0,79
    Metionina + cistina (%) 0,09 0,09 0,48 0,45 0,40
    Cálcio (%) 0,33 0,36 1,80 1,83 1,40
    Fósforo (%) 0,05 0,06 0,26 0,29 0,25
    Sódio (%) 0,01 0,01 0,07 0,17 0,07

    A forma fresca deve ser fornecida em complementação à ração. O feno de alfafa, por ter maior teor de fibra bruta, é mais indicado para suínos adultos. Mas, por ter baixo teor de energia metabolizável, sua adição à ração de lactação deve ser baixa, conforme tabela a seguir.

    Fase Nível máximo de adição (%)
    Pré-inicial 0
    Inicial 0
    Crescimento 10
    Terminação 10
    Reposição 20
    Gestação até 80 dias 50
    Gestação de 80 a 113 dias 10
    Lactação 5

    A silagem de alfafa é indicada para matrizes em gestação e lactação. A presença do ácido láctico, produzido no processo fermentativo da silagem, é benéfica para a digestão e absorção de nutrientes no intestino da matriz. Várias pesquisas indicam que o uso da alfafa no período reprodutivo das fêmeas aumenta o número de leitões nascidos vivos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 241

    Ano: 1998

  • O valor nutricional da cama-de-frango é muito variável e depende de vários fatores, entre os quais estão:

    • O tipo e a quantidade de material usado para cama-de-frango.
    • O tempo de uso da cama-de-frango (lotes de frangos de corte ou de poedeiras que usou a mesma cama).
    • A categoria de ave criada: para cada categoria de ave, há um tipo específico de ração, com concentração diferenciada de nutrientes, que gera resíduos (cama) também diferenciados.
    • O tipo e o manejo dos comedouros usados na produção avícola: comedouros tubulares mal regulados geram perdas muito grandes que enri­quecem o valor nutritivo da cama-de-frango.
    • O processamento da cama-de-frango: a utilização de algum sistema de peneiramento a fim de separar o material seco fibroso para sua reutilização nos aviários, resulta em resíduo fino de maior valor nutricional.

    Em função da grande variabilidade da cama-de-frango, é indispensá­vel submeter esse material à análise laboratorial a fim de determinar a con­centração de nutrientes como os teores de PB, FB, Ca e P. Um ponto impor­tante é que grande parte (ao redor de 60%) da PB, pode estar sob a forma de ácido úrico, cujo aproveitamento pelo suíno é muito reduzido.

    Na tabela abaixo, estão expressos alguns valores da concentração em nutrientes resultantes de análises de cama-de-frango realizadas pela Embrapa Suínos e Aves.

    Componentes Análise
    Matéria seca (%) 57,3
    Energia: digestível (kcal/kg) 2.011
    metabolizável (kcal/kg) 1.728
    Proteína bruta (%) 14,3
    Extrato etéreo (%) 0,4
    Fibra bruta (%) 16,7
    Matéria mineral (%) 13,7
    Cálcio (%) 1,7
    Fósforo total (%) M
    Cobre (mg/kg) 94,4
    Ferro (mg/kg) 1.202,7
    Manganês (mg/kg) 239,7
    Zinco (mg/kg) 220,4

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 254

    Ano: 1998

  • Não. Do ponto de vista sanitário, seu uso é desaconselhável.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 256

    Ano: 1998

  • Na tabela a seguir encontram-se as recomendações de altura ideal de três tipos de bebedouros em função do tipo usado e do peso vivo do suíno.

    Altura recomendada para a instalação de bebedouros

    Peso dos suínos (kg) Altura do piso (cm)
    Tipo de bebedouros
    Taça Chupeta Nível
    Até 5 12 18 .
    5-15 20 26 12
    15-30 25 35 12
    30-65 30 45 25
    65-100 40 55 25
    acima de 100 45 65 -

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 263

    Ano: 1998

  • A quantidade mínima diária de água é aquela exigida pelo organismo do animal a fim de equilibrar perdas, produzir leite e formar novos tecidos durante o crescimento e a gestação. Para cada 4 kg de ganho de peso em tecido magro, aproximadamente 3 kg são formados pela deposição de água no organismo.

    A exigência em água nos suínos depende de fatores como temperatu­ra, umidade relativa do ar, idade, peso vivo, estágio ou ciclo reprodutivo, quantidade de ração consumida, teor de matéria seca da dieta, composição da ração (proteína, aminoácidos, sódio e potássio) e sua palatabilidade. A ingestão de água é condicionada pelas exigências do organismo que são, por sua vez, influenciadas pela qualidade e temperatura da água, fluxo de água e tipo de bebedouros, modelo da instalação e estado de saúde dos animais.

    Na tabela a seguir, encontram-se as exigências em água estimadas para duas temperaturas ambientes. Dependendo da categoria de suíno con­siderada, a faixa de conforto térmico pode não estar contemplada.

    Estimativa de exigência em água em duas temperaturas distintas para as diversas categorias de suínos

    Categoria / Peso vivo Exigência em água: litros/dia/suíno
    Temperatura ambiente
    22 °C 35 °C
    Leitão: 5 kg 0,7 1,0
    10 kg 1,0 1,4
    20 kg 2,0 3,5
    Suíno: 25 kg a 50 kg 4,0 a 7,0 10,0 a 15,0
    50 kg a 100 kg 5,0 a 10,0 12,0 a 18,0
    Matrizes desmamadas e em início de gestação 8,0 a 12,0 15,0 a 20,0
    Matrizes no final da gestação e cachaços 10,0 a 15,0 20,0 a 25,0
    Matrizes em lactação 15 + 1,5 x NL 25 + l,8xNL
    Média do plantel em ciclo completo 8,0 a 10,0 12,0 a 16,0

    NL: Número de leitões

    É importante que todas as categorias de suíno tenham livre acesso à água potável com temperatura adequada.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 264

    Ano: 1998

  • O reservatório deve ser dimensionado para estocar água por um perí­odo de cinco dias, com base na seguinte equação:

    CR = (0,48 STA + F + M) x 0,075

    Em que: CR = capacidade do reservatório, em m3;

    STA = número de suínos terminados por ano;

    F = número de fêmeas do rebanho;

    M = número de machos do rebanho.

    Por exemplo, para um sistema de produção de 24 matrizes com um macho e estimando-se 504 suínos terminados por ano, teremos:

    CR = (0,48 x STA + F + M ) x 0,075

    CR = (0,48 x 504 + 24 + 1) x 0,075

    CR = 20,02 m3

    Ou seja, deve-se projetar o reservatório com capacidade para 20 m3 de água.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 265

    Ano: 1998

  • A maneira mais adequada de utilizar a forragem de soja (Glycine max) é na forma de feno moído. Independentemente do estágio de crescimento da planta, o nível de energia do feno da forragem de soja é baixo. No entan­to, esse nível e o de outros nutrientes e sua digestibilidade diminuem com o envelhecimento da planta.

    Dessa forma, o feno da forragem de soja é mais adequado para a alimentação de matrizes gestantes, que apresentam capacidade de consu­mo bem superior às suas necessidades e maior capacidade de aproveita­mento da fibra do que os suínos em crescimento e terminação. Assim, o feno da forragem de soja pode ser utilizado na ração das matrizes ges­tantes, mas a quantidade de ração fornecida deve ser aumentada, de forma a manter um suprimento adequado de energia.

    Quando se fornece feno de forragem de soja aos suínos em cresci­mento e terminação, é também necessário suplementar a dieta com ingre­dientes de alta energia, como soja integral tostada ou extrusada, óleo bruto de soja ou gordura animal, a fim de manter o nível mínimo de energia ne­cessário e evitar queda de desempenho.

    A forragem verde de soja também pode ser utilizada para matrizes em gestação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 232

    Ano: 1998

  • O soro de leite integral pode ser fornecido aos suínos nas diferentes fases, misturado à ração, nas quantidades indicadas nas tabelas abaixo e de acordo com o peso vivo do suíno.

    Proporções diárias de ração (kg) e soro de leite integral (litros) para suínos em crescimento e terminação

    Peso vivo suíno (kg) 100% ração 80% ração/20% soro 70% ração/30% soro
    ração soro ração soro
    25-35(1) 1,50 1,20 4 1,05 7
    35-45(1) 1,90 1,50 6 1,35 8
    45-55(1) 2,20 1,75 7 1,55 10
    55-65(2) 2,60 2,10 8 1,80 12
    65-75(2) 2,90 2,30 9 2,05 13
    75-85(2) 3,20 2,55 10 2,25 14
    85-95(2) 3,50 2,80 11 2,45 15

    (1) Número de dias de fornecimento: 15

    (2) Número de dias de fornecimento: 12

    Até 55 kg de peso vivo, a ração fornecida com soro deve conter no mínimo 15% de proteína, 0,82% de lisina, 0,70% de cálcio e 0,60% de fós­foro total. Dos 55 kg de peso vivo até o abate, a ração deve conter 13% de proteína, 0,60% de lisina, 0,60% de cálcio e 0,50% de fósforo total.

    O premix de vitaminas e microminerais deve ser aumentado na mesma proporção da substituição da ração por soro. Por exemplo, se o soro substitui 30% da dieta, o premix deve ser aumentado em 30%.

    Proporções diárias de ração (kg) e soro de leite integral (litros) para matrizes em gestação

    Dias de gestação 100% ração 75% ração/25% soro 50% ração/50% soro
    ração soro ração soro
    1-90 2,00 1,50 7 1,00 14
    91-105 2,50 1,90 9 1,25 18
    106 2,50 2,00 7 1,50 14
    107 2,50 2,10 6 1,75 11
    108 2,50 2,20 4 2,00 7
    109 2,50 2,30 3 2,25 4
    110-114 2,50 2,40 2 2,40 2

    A ração fornecida com soro até o 105° dia de gestação deve conter 12% de proteína, 0,43% de lisina, 1,0% de cálcio e 0,80% de fósforo total. Do 106° dia até o parto, deve ser fornecida ração com 13% de proteína, 0,47% de lisina, 0,75% de cálcio e 0,60% de fósforo.

    O premix de vitaminas e microminerais deve ser aumentado na mes­ma proporção da substituição da ração por soro de leite, como indicado para animais em crescimento e terminação.

    Outra forma de fornecimento é dar ambos, ração e soro, à vontade, em comedouros separados.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 234

    Ano: 1998

  • Normalmente o soro de leite vem com alto conteúdo de sal, não sen­do recomendado adicionar mais sal nem ao soro nem à ração fornecida com o soro.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 235

    Ano: 1998

  • Sim. A viabilidade do uso de alimentos alternativos na produção de suínos depende dos fatores característicos do alimento (valor nutricional para as diferentes espécies de animais e ciclo de produção) e do valor de venda (maior que o custo de produção do alimento em nível de proprieda­de). As características fisiológicas dos animais determinam em parte o grau de aproveitamento dos nutrientes do alimento. O valor nutricional também é influenciado pelas características da planta (estágio de maturidade, vari­edades e época de corte) e pela fertilidade do solo.

    A alfafa, embora seja um ingrediente de excelente qualidade, enquanto volumoso, tem limitações em dietas para suínos por seu baixo teor de ener­gia digestível e alto teor de fibra, quando comparada aos grãos que substi­tui. Ao contrário dos ruminantes, o suíno é monogástrico, não tendo seu aparelho digestivo concentração suficiente de bactérias para digerir a celu­lose e a lignina e usar a energia desses componentes fibrosos. Embora bai­xa, a capacidade de digestão do suíno aumenta com a idade. Dessa forma, a alfafa é preferencialmente recomendada para matrizes em gestação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 240

    Ano: 1998

  • A algaroba destaca-se, na região Semiárida, como fonte alternativa na alimentação de suínos, por sua produtividade e pelo valor nutritivo da vagem. A farinha de vagem de algaroba possui valores de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) de 2.300 kcal e 2.180 kcal por quilo de matéria seca. Valores de 3.100kcal/kg e 2.430 kcal/kg no alimento para ED e EM, respectiva­mente, também já foram determinados. A variabilidade nos resultados está relacionada principalmente ao teor de fibra bruta (FB) no alimento.

    Os teores médios de proteína bruta e FB correspondem a 8,5% e 17% respectivamente, no alimento com 90% de matéria seca.

    A inclusão de até 30% de farelo de vagem de algaroba em dietas isoprotéicas (de mesmo nível proteico) e isoenergéticas (de mesmo nível energético) para leitões a partir de 16,5 kg resultou em desempenho seme­lhante a dietas com milho.

    Para suínos em crescimento, terminação, fêmeas de reposição e ma­trizes em gestação, inúmeras pesquisas demonstraram que níveis de até 30% nas dietas não alteram o desempenho em comparação a uma dieta-padrão de milho e farelo de soja. Nessas pesquisas, as dietas sempre foram mantidas isoenergéticas e isoproteicas. A adição de farelo de vagem de algaroba nas dietas produz redução linear no custo das rações para suínos, sendo viável econômica e tecnicamente, nas condições do Semiárido nor­destino.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 245

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de cevada: com casca e sem casca. A diferença na concentração de energia metabolizável é grande e deve ser levada em consideração no balanceamento da ração. Existe, igualmente, grande di­ferença na digestibilidade da matéria orgânica, como mostra a tabela a seguir.

    Concentração nutricional da cevada com e sem casca

    Parâmetro Cevada
    Com casca Sem casca
    Matéria seca (%) 87,0 87,0
    Digestibilidade da matéria orgânica (%) 82 92
    Fibra bruta (%) 5,9 2,2
    Proteína bruta (%) 10,4 11,8
    Energia metabolizável (kcal/kg) 2.930 3.250
    Lisina (%) 0,36 0,39
    Metionina+Cistina (%) 0,36 0,47
    Cálcio (%) 0,08 0,08
    Fósforo (%) 0,34 0,34

    Inclusão da cevada na dieta de suínos de acordo com as diversas fases

    Fase Limite de inclusão da cevada (%)
    Com casca Sem casca
    Pré-inicial _ 18,0
    Inicial 10,0 18,0
    Crescimento Livre Livre
    Terminação Livre Livre
    Reposição Livre Livre
    Gestação Livre Livre
    Lactação Livre Livre

    A inclusão em rações balanceadas só deve ser feita depois de moído o grão de cevada. A moagem é necessária para possibilitar a digestão dos nutrientes presentes nos grãos.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 246

    Ano: 1998

  • O aguapé (Eichoornia crassipes) cresce nas regiões entre a latitude 32°N e 32°S, em lagoas de tratamento final dos refluxos orgânicos, produ­zindo grande volume de matéria verde.

    De acordo com as análises feitas no laboratório de nutrição animal da Embrapa Suínos e Aves, a farinha-de-feno de aguapé obtida pela secagem e moagem da planta apresenta a seguinte composição nutricional média: 89,5% de matéria seca, 16,1% de proteína bruta, 19,9% de fibra bruta, 16,41% de cinza, 1,31% de cálcio e 0,61% de fósforo. Esse produto ainda pode apresentar alto conteúdo de ferro, sódio e potássio, dependendo do local onde é cultivado e da quantidade de solo que permanece na raiz por oca­sião da colheita.

    Em função do alto conteúdo de cinzas e de fibra bruta, a farinha de feno de aguapé apresenta baixo conteúdo de energia. De acordo com de­terminações feitas na Embrapa Suínos e Aves, a farinha de feno de aguapé contém 1.122 kcal de energia digestível e 1.067 kcal de energia metabolizável por quilo.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 251

    Ano: 1998

  • A farinha de feno de aguapé não tem apresentado bons resultados na alimentação de suínos, em função de seu baixo conteúdo de energia e bai­xa palatabilidade. Quando a planta é colhida na primavera até a metade do verão, seu valor nutritivo é melhor, por ser menor o conteúdo de cinza e de frações indigestíveis de fibra do que nos demais períodos do ano.

    Dessa forma, a farinha-de-feno de aguapé pode ser utilizada em até 5% da dieta de suínos em crescimento e terminação, desde que a planta seja colhida na primavera ou, no máximo, até a metade do verão.

    O aguapé in natura não deve ser usado por ter baixa concentração de nutrientes.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 252

    Ano: 1998

  • Tradicionalmente a água é fornecida aos suínos em bebedouros de diversos tipos e modelos, dependendo da fase de desenvolvimento do animal. No arraçoamento de machos castrados, a partir de 60 kg de peso vivo, em sistema de alimentação restrita, é possível fornecer água no pró­prio comedouro. Usando-se comedouros especiais, retira-se a água no mo­mento de fornecer a ração. Consumida a dieta, o comedouro é imediata­mente reabastecido com água, que fica o dia todo à disposição do animal. O mesmo método é utilizado para matrizes em gestação mantidas lado a lado, em celas individuais. Neste último caso, o sistema justifica-se pela economia que oferece ao dispensar bebedouros individuais. Esse método, entretanto, exige a troca frequente da água para manter sua qualidade.O uso de água corrente não é recomendável, pelo desperdício que acarreta. Se esta prática, porém, for adotada a fim de oferecer água fresca nos perío­dos de temperatura elevada, é imprescindível que não seja canalizada para as esterqueiras, para evitar a diluição excessiva do adubo/esterco e o con­sequente aumento no custo de sua distribuição. O excesso de água corrente pode ser melhor aproveitado canalizando-o para açudes com peixes.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 260

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de bebedouros de pressão: no primeiro grupo, in­cluem-se os bebedouros tipo chupeta e taça, e no outro grupo, os bebedouros tipo calha, bebedouro de nível, de concreto e tipo boia. No bebedouro tipo taça, usado para leitões na maternidade, a pressão de acionamento da lingueta não deve exceder 0,5 kg/cm2, ao passo que nos bebedouros tipo chupeta, para leitões na creche, a pressão máxima de acionamento da palheta não deve exceder a 1,0 kg/cm2.

    Na tabela a seguir, estão apresentados os tipos de bebedouro reco­mendados para cada fase de vida dos suínos, visando a garantia do consu­mo adequado e menor desperdício.

    Fase produtiva Tipo de bebedouro
    Chupeta Taça Calha Nível Boia
    Leitão em aleitamento N S N N N
    Leitão na fase inicial S S N N S
    Suínos de 25 kg a 100 kg S S N S S
    Reprodutores, cachaços S S N N N
    Matrizes gestação individual N N S N N
    Matrizes gestação coletiva S S N N S
    Matrizes em lactação S S N N S

    S = recomendado; N = não recomendado

    Matrizes em gestação individual são as mantidas lado a lado, em ce­las individuais.

    Capítulo: Água

    Número da Pergunta: 261

    Ano: 1998

  • O secador de leito fixo é muito versátil, podendo secar não apenas grãos como milho, soja, trigo, feijão e outros, mas também raspa de mandi­oca, erva-mate, feijão em rama, milho em espiga, feno para rações e, inclu­sive, fazer a tostagem de soja.

    Capítulo: Secagem e Armazenagem

    Número da Pergunta: 272

    Ano: 1998