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É aquela que atenda às condições de cada propriedade, respeitando a legislação ambiental. Depois de fermentados em esterqueiras ou em equipamentos chamados reatores anaeróbicos e aeróbicos, os dejetos podem ser aproveitados na lavoura como fertilizantes. Podem também ser aproveitados in natura para produzir algas e outros organismos que servem de alimento para peixes. Após a separação das fases líquida e sólida em decantadores ou em sistemas de peneira, a parte líquida pode ser usada para irrigar lavouras ou na limpeza das baias, e a parte sólida pode ser empregada como alimento de outros animais (peixes) ou como adubo, depois de fermentada. É preciso tomar muito cuidado no manejo de cada alternativa, pois o uso excessivo desse material, ao longo dos anos, pode prejudicar o solo e contaminar os mananciais.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 430
Ano: 1998
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A utilização de dejetos de suínos na alimentação de peixes é comum em vários países. O policultivo de peixes é o principal sistema de criação que usa dejetos de suínos, sendo a carpa comum, a tilápia nilótica e as carpas chinesas (prateada, capim e cabeça-grande) as principais espécies utilizadas. Um método bastante empregado é o aproveitamento de dejetos frescos de suínos criados em pocilgas construídas sobre os viveiros, chamadas de modelo vertical, ou às margens do viveiro, com canalização, conhecidas como modelo horizontal, ou através de aspersão dos dejetos sobre a superfície alagada do viveiro. Utilizam-se de 30 a 60 suínos, pesando entre 25 kg e 100 kg, por hectare de água, com densidade de estocagem de 3.000 peixes/ha a 6.000 peixes/ha. Quando a distribuição do esterco é feita por aspersão ou outra forma indireta, calcula-se a quantidade diária de esterco com base na mesma quantidade de suínos (30 por ha a 60 por ha), ou com base na matéria seca do esterco, variando de 18 kg/matéria seca/ha/dia a 35 kg/matéria seca/ha/dia. A fertilização do viveiro deve ser monitorada com análises periódicas sobre a qualidade da água bem como da pesagem e medição dos peixes a fim de otimizar a quantidade de esterco a ser utilizado.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 431
Ano: 1998
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O curtimento do esterco é feito pela compostagem ou amontoamento em esterqueiras, por um período de três meses, durante o qual ocorrem a fermentação e a eliminação de agentes patogênicos.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 433
Ano: 1998
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Um período de 90 dias, em média, é considerado tempo razoável para a fermentação anaeróbica satisfatória dos dejetos.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 435
Ano: 1998
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Os resíduos produzidos pelo suíno são constituídos pelas fezes e urina. Os dejetos líquidos da criação, (ou liquame) porém, incluem também a água de limpeza agregada a esses dejetos. A quantidade total de resíduos líquidos produzidos varia de acordo com o desenvolvimento do animal. Um dos componentes que influi na quantidade de dejetos líquidos é a produção de urina que, por sua vez, depende diretamente da ingestão de água.
A produção de liquame deve ser assumida como sendo diretamente proporcional ao peso vivo do animal. A produção diária de resíduo líquido varia de um fator K vezes seu peso vivo, sendo K= 3,6% em caso de suínos, conforme a tabela a seguir.
Categoria Esterco Esterco + urina Dejeto líquido kg/dia kg/dia kg/dia 25 kg a 100 kg 2,30 4,90 7,00 Matrizes (reposição, cobrição e gestação) 3,60 11,00 16,00 Matrizes com leitões 6,40 18,00 27,00 Reprodutor 3,00 6,00 9,00 Leitões 0,35 0,95 1,40 Média 2,35 5,80 8,60 O volume total de dejetos líquidos produzidos pode variavelmente em função do manejo adotado, do tipo de bebedouro e do sistema de higienização, da frequência e do volume de água utilizada, bem como do número e categoria de animais.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 437
Ano: 1998
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O processo consiste em separar as partículas maiores da fração líquida dos dejetos, resultando em dois produtos: a fração líquida mais fluída, mas que conserva a mesma concentração em nutrientes fertilizantes solúveis que os dejetos brutos, e a fração sólida ou resíduo da decantação ou da peneira, com umidade alta e que se mantém agregada, podendo evoluir para um composto.
A separação de partículas do dejeto líquido maiores que 0,01 mm pode ser feita por três processos: decantação, peneiramento e centrifugação.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 441
Ano: 1998
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Compostagem é o processo de decomposição aeróbica da matéria orgânica. Para isso, amontoam-se os diferentes componentes em pilhas de 2 m de largura e 1,5 m de altura, no máximo, e comprimento de 3 m ou mais, procedendo-se da seguinte maneira:
- Uma camada de 15 cm de restos orgânicos ou palha.
- Uma camada de 1 cm a 2 cm de terra argilosa.
- Uma camada fina de calcário e fósforo (até 2% do conteúdo sólido).
- Uma camada de 5 cm de esterco puro ou 10 cm de esterco de cama.
- Uma camada de 10 cm de palha.
- (Essas camadas são repetidas até se atingir a altura de 1,5 m).
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 442
Ano: 1998
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O mau cheiro decorre principalmente da produção de gás sulfídrico, característico de material orgânico em putrefação, acumulado nas calhas das instalações, estocado em reservatórios mal dimensionados e distribuído em larga escala na lavoura.
A solução é fazer o adequado manejo das instalações, evitando a estagnação dos resíduos nas calhas internas e, em seguida, submetê-los a o processos de tratamento dimensionados e compatíveis com a realidade de cada produtor.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 443
Ano: 1998
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O biodigestor deu certo. Deixou, porém, de ser utilizado por causa da introdução da eletrificação rural ou por não haver linha de crédito para sua implantação ou por existirem outras opções para o manejo de dejetos. Existem, entretanto, fatores específicos que dificultam sua utilização, como elevada vazão de afluentes que impede a retenção hidráulica por um mínimo de tempo indispensável à obtenção de reações eficientes, dificuldades operacionais na alimentação do reator decorrentes da grande oscilação das vazões de entrada, baixos teores de sólidos em suspensão volátil no afluente e elevada quantidade de antibióticos, zinco e cobre na ração que atuam como bactericidas e estrangulam as reações, principalmente metanogênicas, características desse reator.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 439
Ano: 1998
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Há resultados mostrando bom desempenho de bovinos de corte alimentados com a fase sólida dos dejetos de suínos. Esses resultados positivos decorrem da capacidade de digestão microbiana dos ruminantes que os habilita a aproveitar alimentos considerados de baixa qualidade nutricional para os monogástricos.
Todavia, não foram realizados estudos sobre a qualidade da carne e das vísceras desses animais do ponto de vista da saúde pública, da qualidade nutricional e palatabilidade, o que desautoriza recomendar o emprego desses dejetos na alimentação de bovinos.
Mesmo que a questão da qualidade da carne seja contornada, haverá sempre resistência ao consumo de carne desses animais por parte do público, nacional ou estrangeiro, que poderá determinar, por si só, o banimento dessa prática. A alimentação de vacas leiteiras com esses dejetos constitui problema mais sério. Com efeito, sabe-se que a secreção do leite funciona também como veículo excretor de nutrientes, de elementos e metabólitos da dieta havendo, assim, poucas possibilidades de que o leite desses animais possa atender aos padrões de qualidade requeridos para consumo humano.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 440
Ano: 1998
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A estocagem de dejetos líquidos na propriedade deve ser feita em local de nível inferior ao do local de produção de suínos, a fim de facilitar sua entrada na esterqueira, por gravidade, evitando maiores custos com instalação e funcionamento de bombas de recalque.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 444
Ano: 1998
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O sistema de armazenamento dos dejetos deve obedecer ao código florestal que, a partir de 1986, considera como objeto de preservação a vegetação que impede a erosão, em faixas ao longo dos cursos d’água que variam, dependendo da largura do rio, de um mínimo de 30 m para águas correntes (Lei Nº 7.803, de 18 de julho de 1989) a 50 m para lagoas e lagos (Resolução Conama Nº 04, de 18 de setembro de 1985). A localização correta é a que respeita a legislação em vigor e evita ao produtor o ónus excessivo com transporte de grandes volumes para áreas mais elevadas onde normalmente estão as lavouras. Por isso, recomenda-se a implantação de novas granjas próximas às lavouras receptoras.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 445
Ano: 1998
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A água da chuva e a multiplicação das moscas são os dois motivos que levam os produtores a cobrir as esterqueiras. Entretanto, em nenhum dos casos é preciso cobri-las.
O excesso de água da chuva que penetra na esterqueira ocorre, sobretudo, pelas laterais, ou porque as paredes são muito baixas ou não receberam revestimento ou pela ausência de canaleta de desvio da enxurrada. A falta de revestimento das paredes não apenas facilita a infiltração da água do lençol freático como também a contaminação deste último pelos dejetos. A consequência dessas falhas na construção da esterqueira é a diluição excessiva do esterco.
Coberturas de esterqueira, com telhados simples de telha francesa ou de amianto, têm vida útil muito curta, de três a cinco anos, em consequência da ação dos gases produzidos na fermentação do esterco, que corroem toda a estrutura metálica (pregos, braçadeiras, parafusos). Telhados de folha de zinco ficam totalmente destruídos dois anos após a construção. Lajes de concreto, pelo contrário, bem construídas, sem deixar a estrutura metálica exposta, têm vida útil prolongada. Entretanto, apenas a água da chuva que cai diretamente sobre a esterqueira não é motivo suficiente para justificar a construção de telhado, pois a água se evapora com o tempo. A multiplicação de moscas também não justifica a construção de telhado, pois as larvas não se multiplicam na água que cobre o esterco, mas no esterco úmido acumulado nas calhas, onde podem fazer galerias que permitem a aeração, o que é impossível em esterco imerso em água.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 447
Ano: 1998
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Dando destino adequado aos dejetos, aos restos de parição, cadáveres e sobras de ração. Todo esse material serve de alimento para as larvas de moscas se não for adequadamente tratado. O esterco deve ser mantido sob uma lâmina d’água tanto nas canaletas quanto na esterqueira. O esterco misturado a maravalha deve ser coberto com lona de plástico ou colocado em câmara de fermentação por 30 dias, no mínimo. Os restos de parição e cadáveres devem ser lançados em fossas ou enterrados. Restos de ração mofada devem ser cobertos com lona de plástico até que se lhes dê destinação final.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 448
Ano: 1998
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Esse artifício é usado como repelente em locais onde não se pode usar controle químico e onde não proliferam moscas pelo mau manejo dos resíduos, com resultados satisfatórios. Embora não tenha sido comprovada cientificamente, a observação desta prática confirma a repetência das moscas. Esse fato pode estar ligado à faixa de luz refletida pelo conjunto formado pela bolsa de plástico e pela água.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 449
Ano: 1998
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Porque possuem uma substância ativa que atua como repelente desses insetos.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 450
Ano: 1998
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O plantio dessa árvore próximo às casas ajuda a afastar as moscas. Entretanto, o uso das folhas dentro de casa é menos eficiente pois, ao secarem, perdem o efeito repelente (o princípio ativo que exerce esse efeito é volátil). Pode-se, porém, colocar galhos em vasos como parte da decoração garantindo, assim, um ambiente livre desses insetos por algumas horas.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 451
Ano: 1998
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O mais eficiente é conhecido como controle mecânico, que consiste em evitar que os insetos se reproduzam, sendo feito pelo manejo correto dos dejetos e dos resíduos orgânicos. Apenas essa operação já garante 90% do controle. O restante pode ser feito por controle biológico com inimigos naturais como pássaros, sapos, vespas e outros. Usa-se o controle químico em locais onde não se admite a entrada desse inseto.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 453
Ano: 1998
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São as causadas por agentes eliminados pelas fezes e por outros fluídos corporais como diarreias provocadas pelas bactérias Salmonella, Escherichia coli e o cólera humano. As feridas purulentas causadas por Staphylococcus e Clostridium são outro exemplo. As moscas transmitem também protozoários como a Giardia e os coccídeos. Podem transmitir, igualmente, o agente da tuberculose e diversas viroses, sendo inclusive veiculadoras dos ovos do berne.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 454
Ano: 1998
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De um lado, as fêmeas de borrachudo alimentam-se do sangue dos animais; de outro, os dejetos deixados ao lado das instalações ou que vazam das esterqueiras, ao serem carreados pelas chuvas para os riachos, servem de alimento às larvas de borrachudo.
Capítulo: Manejo de Dejetos
Número da Pergunta: 458
Ano: 1998
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Os ingredientes para a fabricação de sabão a frio são: 4 kg de banha ou de sebo, 1 kg de fubá, 1 kg de soda cáustica, 200 g de breu e 15 litros de água. Derreter a gordura, acrescentar o fubá em forma de mingau e o breu moído. Mexer bem. Acrescentar a água, bater até formar consistência firme (aproximadamente 40 minutos). Deixar em repouso. Cortar no dia seguinte.
Os ingredientes para a fabricação de sabão a quente são: 5 kg de sebo, 1 kg de soda e 20 litros de água. Misturar a soda com parte da água e deixar esquentar. Misturar o sebo. Acrescentar o restante da água e ferver até dar o ponto. Pode-se acrescentar um pouco de desinfetante industrial (tipo pinho) para dar cheiro mais agradável. Deixar esfriar e cortar no dia seguinte.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 478
Ano: 1998
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O abate não é feito com choque elétrico. Usa-se o choque elétrico apenas para insensibilizar o animal, que é sangrado, em seguida. Esses dois processos são utilizados pela maioria dos frigoríficos.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 479
Ano: 1998
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Existem pequenas diferenças, não significativas para o processamento da carne, desde que os machos sejam castrados ainda jovens e as fêmeas não estejam com gestação adiantada (2/3 em diante) ou não sejam de parto recente. A legislação brasileira não permite o abate de suínos machos inteiros.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 462
Ano: 1998
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Higienização de tudo que estiver envolvido no processo, ou seja, das instalações (pisos, mesas), dos equipamentos (facas, ganchos, termómetro, baldes e serras) e do manipulador (mãos, cabelos, unhas, uniforme).
O suíno deve passar por um período de jejum de pelo menos seis horas, recebendo somente água e não sofrer estresse.
- Atordoamento e sangria – Antes da insensibilização ou atordoamento (feita através de eletrochoque), um banho de água fria ajuda na vasoconstrição periférica (saída do sangue dos músculos para as veias e artérias), que deixa a carne com melhor qualidade. O banho também ajuda na condutibilidade do eletrochoque. O tempo entre a insensibilização e a sangria deve ser o menor possível (inferior a três minutos). A sangria deve ser feita nos grandes vasos do pescoço.
- Escaldamento de depilação – A depilação é feita com escaldagem de água a 65 °C. A toalete final é feita com flambagem (lança-chamas).
- Evisceração (retirada das vísceras) – O tempo máximo entre a sangria e a evisceração não deve passar de 30 minutos.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 460
Ano: 1998
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Nos Serviços de Extensão Rural, nas universidades rurais, no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e na Embrapa Informação Tecnológica.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 463
Ano: 1998
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Canhão de embutir (ou adaptador para máquina de moer carne), funil, tripas adequadas, barbante, colheres, panelas, injetor de temperos e termómetro.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 470
Ano: 1998
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Aquelas produtoras de suíno tipo carne ou seus cruzamentos.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 471
Ano: 1998
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Existem dois tipos de defumação: a quente (75 °C) e a fria (30 °C a 50 °C). A defumação confere ao produto cheiro e sabor característicos, além de maior tempo de prateleira.
As peças devem ser penduradas no defumador, mantendo-se uma certa distância entre elas, bem como da parede, a fim de garantir a circulação da fumaça e do calor.
O tempo, a temperatura e o tipo de lenha são fundamentais para a boa defumação. Cada produto exige um determinado tempo de defumação.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 465
Ano: 1998
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Os defumadores mais utilizados são os do tipo armário, tipo tonel com fogo externo, tipo tubo de concreto e o tipo estufa
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 467
Ano: 1998
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A carne suína participa com 22% do total de proteínas animais consumidas no Brasil, a carne bovina, com 40%, as aves, com 37% e os ovinos/caprinos, com 1%.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 473
Ano: 1998
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Seguramente mais de 100. Os mais conhecidos no Brasil são: bacon, costelinha, lombo defumado, linguiça (blumenau, colonial, churrasco, calabresa, toscana), salame (italiano e milano), copa, morcela, torresmo e pernil (tender e parma).
Saliente-se que tudo do suíno é aproveitado, de tripas a orelhas, sangue, vísceras, etc, seja para a fabricação de subprodutos, seja na indústria de medicamentos, cosméticos e pincéis.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 475
Ano: 1998
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Não. Um dos fatores responsáveis pelo aumento do colesterol, nos seres humanos, é o consumo de gorduras de origem animal. A carne de suínos possui níveis de colesterol iguais ou menores do que as carnes de frango, bovinos e camarões, e do que os ovos de galinha.
Capítulo: Tecnologia de Carnes
Número da Pergunta: 476
Ano: 1998
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A produção de leitões para entrega a terminadores deve levar em conta as vantagens e desvantagens:
Vantagens
- Exige menor capacidade de armazenagem de grãos.
- Garante melhor preço de mercado.
- Ao abrigo de contrato de parceria, garante a venda dos leitões.
Desvantagens
- O sistema é mais exigente em mão de obra qualificada.
- Atrelamento à empresa integradora que coordena o processo de transferência dos animais ao terminador.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 484
Ano: 1998
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Para iniciar a criação de suínos, é preciso analisar as seguintes variáveis: mão de obra necessária:
Tipo de criação N° de matrizes/pessoa Ciclo completo 40/1 Criação de leitões 60/1 Condomínios 60/1 Criação de reprodutores 40/1 Criação ao ar livre (Siscal) 70/1 - Área disponível e topografia para sistema ao ar livre.
- Capacidade de produção de insumos ou facilidade de aquisição.
- Capacidade de armazenagem de milho.
- Facilidade de acesso à assistência técnica.
- Proximidade do comprador.
- Cuidados no aspecto sanitário dos animais que vão formar o plantel.
- Montante de investimento por matriz depende do sistema de produção a ser adotado, do tipo e do material a ser utilizado nas instalações. Existem referências de valores que variam de R$ 700,00 a R$2.500,00, por matriz.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 486
Ano: 1998
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Segundo estudos efetuados pela Embrapa Suínos e Aves, o número mínimo de matrizes que viabiliza a obtenção de custo mínimo situa-se acima de 16 matrizes.
É importante enfatizar que para otimizar o uso dos equipamentos, instalações e mão de obra é recomendado o manejo reprodutivo por lotes. Para que esse manejo possa ser efetuado é necessário ter-se um número mínimo de 21 matrizes.
Inúmeros produtores rurais não dispõem de recursos para viabilizar uma produção de suínos com esse número mínimo de matrizes. Para esses produtores, a solução é a produção associativa.
O sistema de condomínio é uma forma de produção associativa. Esta forma de produção foi iniciada em Santa Catarina, em meados dos anos 80, e até hoje é difundida nos Estados do Sul. Ela permite aos pequenos produtores de suínos, que apresentam baixa produtividade trabalhando isoladamente, atingir índices acima da média, trabalhando de forma associativa.
A implantação e o funcionamento da produção associativa passam pelas seguintes etapas:
- Formação da sociedade por um grupo de produtores da mesma região.
- Aquisição conjunta de pequena área de terra, dos reprodutores e dos equipamentos.
- Construção das instalações para maternidade, creche e abrigo para os reprodutores.
- Rateamento das despesas de implantação e de manutenção entre os membros do condomínio.
- Tomada de decisões em assembleia dos condôminos.
- Implantação do sistema de coleta de dados técnicos e econômicos que auxiliem na administração do condomínio.
- Contratação de mão de obra específica para gerenciar a produção de leitões.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 485
Ano: 1998
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A produção de leitões requer criadores especializados, pois o segredo do negócio está no número de leitões produzidos por fêmea/ano. Considerando que a fêmea consome em torno de 1.000 kg de ração por ano, incluindo a ração do cachaço, e que os custos da alimentação representam 70% dos custos de produção, o custo total de produção de uma fêmea ao longo de um ano equivale a aproximadamente 1.400 kg de ração, sem contar os custos de reposição de fêmeas e machos. Pode-se, então, calcular o custo por leitão produzido:
- Para uma produtividade de quatorze leitões por fêmea/ano, o custo de produção de um leitão é de 100 kg de ração da fêmea.
- Para uma produtividade de 16 leitões por fêmea/ano, o custo de pro dução de um leitão é de 87,5 kg de ração da fêmea.
- Para uma produtividade de 18 leitões por fêmea/ano, o custo de pro dução de um leitão cai para 78 kg de ração da fêmea, e para 70, 64, 58 e 54 kg de ração da fêmea, para produtividades de 20, 22, 24 e 26 leitões por fêmea/ano, respectivamente.
Portanto, ao se pretender produzir leitões, deve-se buscar alta produtividade por matriz/ano.
Não sendo viável essa opção, a alternativa é ser terminador, comprando os leitões de outros criadores. Nesse caso, é fundamental assegurar boa sanidade, dispor de rações de qualidade e de mão de obra especializada, que proporcionem excelentes índices de conversão alimentar e de rendimento de carne na carcaça.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 487
Ano: 1998
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O retorno do capital investido na atividade suinícola depende do mercado no qual o produtor está inserido, além de fatores como:
- Nível tecnológico.
- Preço praticado pelo mercado durante o período de venda dos suínos e de compra dos insumos.
A atividade suinícola, mesmo com elevados índices de produtividade, necessita de tempo superior a seis anos para recuperar o capital investido. Infelizmente, a suinocultura tem convivido com crises constantes e longas. A atividade, em determinados momentos, apresenta altos retornos econômicos e, em outros períodos, prejuízos, especialmente para produtores de baixa tecnologia.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 488
Ano: 1998
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É um programa de computador para o acompanhamento técnico-econômico das propriedades suinícolas. Busca a obtenção e o processamento de informações gerais (estoques de animais e alimentos, compra de animais e alimentos, coberturas, partos, desmames, perdas e transferências de animais) do setor suinícola, pela coleta de informações nas propriedades e apuração das informações obtidas, oferecendo resultados, com o objetivo de minimizar os custos e aumentar a lucratividade da atividade.
O Atepros, além de ser usado pelos produtores individualmente, foi desenvolvido principalmente para extensionistas e técnicos de empresas que de alguma forma prestam assistência aos produtores.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 490
Ano: 1998
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O Prosuino (Versão 3.0) é um programa de formulação de rações, simples e versátil, baseado em conhecimentos técnico-científicos desenvolvidos pelos pesquisadores da área de nutrição de suínos, da Embrapa Suínos e Aves.
Este programa busca atender a todos os suinocultores que necessitam de ferramenta simples e eficaz para baratear o custo da alimentação de seus animais.
Dessa forma, o uso do Prosuíno Versão 3.0 viabiliza a produção de suínos a custo de produção menor pela minimização do custo da ração e pelo uso de alimentos mais baratos, no período, e disponíveis, sem diminuir a produtividade do plantel.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 492
Ano: 1998
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Atualmente, na região Sul, grande parte dos suínos é produzida dentro do sistema de integração. Os produtores têm adotado esse sistema em razão, principalmente, das constantes crises com as quais a atividade tem convivido. Buscam junto à empresa integradora mais segurança e garantia de mercado para seus animais.
Os criadores não integrados podem enfrentar dificuldades principalmente em épocas de excesso de oferta de animais quando as empresas com produtores integrados podem recusar animais de não integrados.
Assim, ambas as modalidades têm vantagens e desvantagens. A viabilidade de cada uma depende do mercado ao qual estão vinculadas.
As vantagens e desvantagens do sistema de integração são as seguintes:
Vantagens
- Garantia da comercialização dos suínos prontos para abate.
- Assistência técnica.
- Facilidades na obtenção de material genético de melhor qualidade.
- Facilidades na compra de insumos.
Desvantagens
- Atrelamento à empresa integradora, sem flexibilidade para a venda de animais, impedindo a busca de melhores preços.
- Obrigatoriedade de uso dos insumos da integradora, mesmo que mais caros que outras marcas disponíveis no mercado.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 494
Ano: 1998
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É o produtor que possui as matrizes e entrega os leitões, após o desmame, para o terminador. A venda dos leitões deve ocorrer, no máximo, aos 70 dias. O peso mínimo dos leitões deve ser de 19 kg e o máximo de 25 kg, ou uma média de 24 kg. No dia da coleta, cada animal é pesado. Os que estiverem abaixo dos índices preestabelecidos, são considerados refugo e recusados pelo terminador. O tamanho do lote e a forma de pagamento dependem da integradora. Algumas integrações trabalham com lotes de 24 leitões, no mínimo, e pagamento feito na seguinte base: leitões com até 22 kg de peso têm preço de 1,50 vezes o preço do suíno vivo, e com peso acima de 22 kg têm preço 30% inferior ao do suíno tipo carne.
É importante salientar que a percentagem de acréscimo descrita acima é variável em função das condições de mercado.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 497
Ano: 1998
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É o produtor que faz apenas a terminação, ou seja, recebe os leitões, engorda e entrega para abate.
Em geral, os leitões são recebidos com 19 kg e 70 dias de idade, sendo que a média é de 24 kg. Os animais são engordados até atingirem a média de 96 kg, quando são enviados para abate.
O pagamento dos terminadores de leitões depende da empresa integradora. Em geral, existem dois tipos de terminadores:
- Terminador em Regime de Parceria – Esse tipo de produtor depende exclusivamente da agroindústria (parceiro). Recebe os leitões e todos os insumos necessários para sua criação (ração, medicamentos e assistência téc nica) e tem como responsabilidade prover esses animais de instalações e acompanhamento diário (arraçoamento, limpeza, etc).
O pagamento por esse trabalho depende dos coeficientes tecnológicos obtidos (conversão alimentar e mortalidade). Esse sistema é idêntico ao da criação de frangos.
- Terminador Propriamente Dito – Esse tipo de produtor depende exclusivamente do produtor de leitões de quem compra os leitões com o peso variando de 19 kg a 25 kg. Após um período de aproximadamente 90 dias, ele os vende a um frigorífico que pode ser uma empresa integradora ou não. Esse sistema difere da parceria à medida em que todos os custos do processo pro dutivo são efetuados pelo terminador (compra do leitão, compra de ração, etc).
Esse sistema de produção está sendo adotado por algumas empresas integradoras que, nesse caso, se reservam a exclusividade de efetuar a intermediação entre o terminador e o criador de leitão. A remuneração desse tipo de produtor é idêntica à de um produtor de ciclo completo.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 498
Ano: 1998
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É o produtor que possui as linhagens puras ou as F-1, e faz seleção de F-2 que serão reprodutores a serem utilizados pelos criadores de ciclo completo ou pelos produtores de leitões.
A remuneração desses animais é feita de forma similar à dos criadores de leitões, ou seja, para cada quilo do reprodutor (macho ou fêmea) o produtor de reprodutores ganha o valor pago pelo quilo de suíno vivo para abate, mais uma percentagem sobre esse valor, que varia em função da empresa integradora e da demanda por esses animais.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 499
Ano: 1998
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Um importante item na composição dos custos de produção de suínos é a alimentação (> 60 %). Algumas medidas podem reduzir seu custo:
- Produzir os próprios insumos para alimentação dos animais. Os dois ingredientes de maior peso no custo da ração são o milho e o farelo de soja. Esses dois produtos apresentam instabilidade de preços em virtude das condições climáticas que afetam a produção nacional e internacional.
- Efetuar a compra, de milho principalmente, no período de safra quando os preços são mais baixos. Esse fato decorre da sazonal idade dos preços dos produtos agrícolas, que se deprimem nos períodos de safra e se elevam nos períodos de entressafra.
- Utilizar alimentos alternativos, que apresentam preços inferiores ao dos ingredientes convencionais.
A recomendação geral é utilizar tecnologias que melhorem a produtividade da criação visando reduzir a mortalidade, aumentar o número de terminados/fêmea/ano e melhorar a conversão alimentar. É importante a adoção de programas de genética, de vacinação preventiva, de limpeza e desinfecção, de uso de rações de boa qualidade e de técnicas gerenciais e instalações adequadas.
A Embrapa Suínos e Aves dispõe de tecnologias que podem promover essas melhorias a baixo custo.
Capítulo: Economia
Número da Pergunta: 500
Ano: 1998