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    Caracteriza-se por manter os animais em piquetes nas fases de reprodução, maternidade e creche, cercados com fios e/ou telas de ara­me eletrificados (através de eletrificadores de corrente alternada). As fases de crescimento e terminação (25 kg a 100 kg de peso vivo) ocorrem em confinamento.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 22

    Ano: 1998

  • Sim, desde que em piquetes cercados, tomando-se os devidos cuida­dos para a preservação do solo e proporcionando alimentação adequada, em cochos, pois a pastagem não supre as exigências nutricionais dos animais.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 26

    Ano: 1998

  • A cabana tipo galpão, desenvolvi­da pela Embrapa Suínos e Aves, é feita com chapas de zinco galvanizadas, ferro cantoneira, canos galvanizados e fer­ro de construção.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 29

    Ano: 1998

  • No esquema a seguir, apresentam-se as dimensões da cabana indivi­dual de maternidade usada no Siscal da Embrapa Suínos e Aves.

    Fig_pag29a.jpg

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 30

    Ano: 1998

  • É o mesmo que o Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre – Siscal.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 23

    Ano: 1998

  • Existem diferentes tipos de cabanas (tipo galpão, chalé ou iglu), sendo a do tipo iglu a mais utilizada. A Embrapa Suínos e Aves desenvolveu, para esse fim, uma cabana tipo galpão, leve, fácil de movimentar e com boa área interna. Para a cabana de maternidade, inclusive, acrescentou-se um sistema de proteção contra o esmagamento de leitões.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 28

    Ano: 1998

  • Para matrizes em gestação e lactação e para reprodutores, utilizam-se 800 m2 por animal. Para leitões na creche, utilizam-se 70 m2 por animal.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 46

    Ano: 1998

  • O tempo de ocupação dos piquetes deve ser o que permita a manu­tenção constante da cobertura vegetal do solo e sua recuperação rápida.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 47

    Ano: 1998

  • O sistema de manejo contínuo (SMC) é aquele em que suínos de dife­rentes idades são mantidos na mesma instalação ocorrendo, inclusive, transferências de novos lotes para as baias sem que sejam feitas limpeza e desinfecção prévias. Nessas condições, os animais mais velhos acumulam e transferem uma flora microbiana para os mais novos perpetuando, assim, os agentes infecciosos nas instalações e tornando difícil a manutenção de um nível de infecção abaixo do limiar crítico.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 53

    Ano: 1998

  • Economia de tempo – As tarefas são realizadas de forma organizada e conjunta para o manejo das matrizes e leitões, como por exemplo: acom­panhamento de partos, desmame e transferência, cobrição, marcação, corte de dentes, castração e aplicação de medicamentos e vacinas.
  • Liberação dos fins de semana – Redução, ao mínimo indispen­sável, das atividades na granja, nesse período.
  • Facilitação na homogeneização das leitegadas, por peso e tamanho, nos dois primeiros dias de vida dos leitões.
  • A divisão das instalações em maternidade e recria possibilita me­lhor limpeza e desinfecção interrompendo, assim, a pressão de infecção.
  • Melhor possibilidade de criar ambientes com temperatura mais adequada para cada categoria animal.

Capítulo: Manejo

Número da Pergunta: 56

Ano: 1998

  • O sistema all in all out (todos dentro todos fora) consiste na formação de um grupo de animais da mesma idade, manejado em períodos regulares de uma instalação para outra, de modo a permitir a limpeza e o vazio sani­tário da instalação desocupada, antes de sua reocupação.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 55

    Ano: 1998

  • O produtor que adota o sistema de produção de ciclo completo, isto é, todas a fases da criação presentes na propriedade, deve atingir os seguintes índices de produtividade:

    Parâmetro Índices
    Número de partos por porca/ano > 2,3
    Leitões nascidos vivos por parto > 10,5
    Taxa de leitões natimortos < 6,0%
    Taxa de mortalidade do nascimento ao desmame <10,0%
    Número de leitões desmamados por parto > 9,5
    Número de leitões desmamados por matriz/ano > 21,8
    Taxa de abortos < 1,0%
    Taxa de repetições de cio < 10%
    Taxa de partos > 90,0%
    Consumo de ração por matriz 1.080 kg/ano ou 90 kg/mês
    Número de suínos terminados por parto > 9,0
    Animais entregues ao abate por matriz alojada incluindo leitoa coberta 170% por mês
    Taxa de mortalidade na creche < 3,0%
    Taxa de mortalidade na terminação < 1,5%
    Número de animais terminados por matriz/ano > 20,8

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 57

    Ano: 1998

  • Divide-se o plantel de fêmeas em seis lotes, fazendo-se a cobertura de cada grupo no menor intervalo possível dentro do mês correspondente (ver tabela). Isto permitirá que as parições se concentrem em torno de al­guns dias, no mês de parição e, consequentemente, também o desmame de cada grupo num dia ou em dias próximos de cada mês possibilitando, assim, a venda dos produtos de cada grupo uma vez por mês ou lenta­mente ao longo do mês.

    Na tabela a seguir é apresentado o esquema de organização mensal num rebanho com 36 fêmeas dividido em seis grupos. Desmame com 28 a 35 dias. (Des/Cob = Desmame/Cobertura).

    Mês Grupos
    A B C D E F
    Janeiro Cobertura
    Fevereiro Cobertura
    Março Cobertura
    Abril Cobertura
    Maio Parição Cobertura
    Junho Des/Cob Parição Cobertura
    Julho Des/Cob Parição
    Agosto Des/Cob Parição
    Setembro Des/Cob Parição
    Outubro Parição Des/Cob Parição
    Novembro Parição Des/Cob
    Dezembro Des/Cob Parição
    aneiro Des/Cob Parição
    Fevereiro Des/Cob Parição
    Março Parição Parição
    Abril Parição Des/Cob
    Maio Parição Des/Cob
    Junho Parição

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 58

    Ano: 1998

  • Aleitamento – Fase que vai do nascimento ao desmame (21, 28 ou 35 dias).

    Recria ou creche – Fase que vai do desmame aos 70 dias.

    Crescimento e terminação – Fase que vai da creche até mais ou menos 150 dias.

    Reprodução – Esta fase inclui a pré-gestação, cobrição, gestação e lactação.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 60

    Ano: 1998

  • Como as granjas de suínos diferem entre si, principalmente quanto ao ambiente proporcionado aos animais, não é possível especificar a forma de fazer a limpeza e desinfecção.

    Nessas condições, é mais seguro o técnico responsável pela granja elaborar um programa de limpeza e desinfecção que se adeque à granja. Esse programa deve incluir as atividades diárias adotadas em cada fase de criação.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 64

    Ano: 1998

    • Limpar e enxugar o leitão com pano limpo e seco.
    • Amarrar o cordão umbilical de 3 cm a 4 cm abaixo da barriga do leitão, com barbante mantido em álcool iodado.
    • Mergulhar o umbigo no álcool iodado antes de cortá-lo.
    • Cortar os dentes do leitão evitando machucar a gengiva.
    • Cortar o terço final da cauda.
    • Colocar o leitão em lugar aquecido (escamoteador), com temperatura controlada a 30 °C.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 71

    Ano: 1998

  • A transferência cruzada de leitões consiste na transferência de leitões segundo seu peso, isto é, os leitões mais leves ficam com uma fêmea e os leitões mais pesados com outra fêmea. Dessa forma, procura-se fazer com que os leitões tenham um desenvolvimento mais homogêneo. É realizada em granjas, preferencialmente nas primeiras 24 horas após o parto, entre fêmeas que deram cria no mesmo dia. Esse método é realizado em granjas que induzem o parto.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 78

    Ano: 1998

  • Quanto maior o peso ao nascer, maior será o ganho diário do leitão na fase de aleitamento. A mortalidade também é reduzida em recém-nascidos de peso elevado. Por isso, o ideal seria que todos os leitões tivessem, ao nascer, pelo menos 1,2 kg.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 74

    Ano: 1998

  • Quando apresentarem peso abaixo de 700 g, pois o índice de mortali­dade de leitões durante o período de lactação, bem como seu desenvolvi­mento, estão intimamente relacionados com o peso e o vigor dos leitões ao nascerem.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 80

    Ano: 1998

  • Como substituto do leite da matriz, pode-se utilizar leite de vaca, de ovelha ou de cabra, conforme a tabela a seguir.

    Componentes
    e volume
    Tipo de leite
    Vaca Cabra Ovelha
    Volume 1/4 litro 1/4 litro 1/4 litro
    Nata 1 colher das de sopa - -
    Ácido cítrico(1) 0,1 g - 0,2 g 0,1 g - 0,2 g 0,1 g - 0,2 g
    Tetraciclina 50 mg 50 mg 50 mg

    (1) O ácido cítrico pode ser substituído por suco de limão, na dosagem de uma colher das de chá até uma das de sopa.


    A nata é adicionada ao leite de vaca devido a seu baixo percentual de gordura em comparação ao leite da matriz, o que não ocorre com o leite de cabra e de ovelha. O antibiótico é adicionado como profilático contra infecções e para proporcionar melhor desenvolvimento aos leitões.

    Outra possibilidade é preparar o substituto do leite da matriz, adi­cionando ao leite de vaca 50 mL de nata, uma clara de ovo, suco de limão e 15 mg de tetraciclina por litro de leite.

    Atualmente, é possível encontrar no mercado alguns produtos prontos para substituir o leite da matriz ou para suplementar a alimentação de leitões mais fracos, bem como produtos à base de leite para serem reconsti­tuídos (adicionando água).

    A dosagem do substituto do leite depende da idade do leitão e varia de 20 mL (duas colheres das de sopa) a 50 mL, numa frequência de 20 a 22 vezes ao dia para leitões recém-nascidos. A dosagem pode ser aumen­tada com a idade dos animais. Após uma semana, aumenta-se o intervalo de fornecimento do substituto do leite e coloca-se à disposição dos leitões uma ração inicial. Dependendo do desenvolvimento dos leitões e do consumo de ração inicial, pode-se substituir o alimento artificial pela ração quando os leitões atingirem a idade de três semanas.

    É importante que, por ocasião da amamentação, o substituto do leite da matriz esteja a uma temperatura entre 37 °C e 40 °C.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 82

    Ano: 1998

  • Sim. Como fonte de energia, com a finalidade de fortificar leitões fracos, recomenda-se aplicar de 3 ml a 5 mL de solução de glicose a 5% por via intraperitoneal ou subcutânea, no primeiro dia de vida, dose que poderá ser repetida quando se fizer a aplicação de ferro.

    Em granjas onde o sistema de fornecimento de água permitir, pode-se adicionar glicose à água dada aos leitões.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 84

    Ano: 1998

  • A alimentação à vontade proporciona um ganho de peso diário (do nascimento ao abate) superior a 50 g/dia a 60 g/dia ao ganho proporcionado pela alimentação restrita. Esse ganho pode desaparecer se a conversão alimen­tar for reduzida em cerca de 0,15 unidade, mantendo as demais condições constantes. Se a restrição alimentar não conseguir melhora superior a 0,15 unidade na conversão alimentar, é possível que haja perdas com o uso desse sistema de alimentação se o suíno para abate for vendido por quilograma de peso vivo.

    Há de se considerar, porém, que os animais com restrição alimentar, apesar de retardarem o momento de abate, melhoram a carcaça, deposi­tando menos gordura. Assim, a diminuição do ganho na terminação precisa levar em conta os preços do alimento, do suíno vivo e do prêmio em preço por melhor carcaça.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 88

    Ano: 1998

  • A separação de castrados e fêmeas e a adoção de arraçoamento dife­renciado, aliadas ao peso menor de abate para castrados, garantem ao pro­dutor o aumento de 1% a 2% na proporção de carne magra na carcaça, na média do plantel.

    Nessa sistemática, as leitoas são alimentadas à vontade e os castra­dos com ingestão ao redor de 5% menor no começo da terminação e ao redor de 10% menor na fase final da terminação.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 91

    Ano: 1998

  • Varia de rebanho para rebanho e de raça para raça, mas a duração média pode ser considerada de 114 dias (três meses, três semanas e três dias).

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 94

    Ano: 1998

  • Não. Na gestação, deve-se aumentar o consumo de água da fêmea para aumentar a frequência de micções, o que diminui a probabilidade de infecções urinárias.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 96

    Ano: 1998

  • No período anterior à cobrição, o nível nutricional deve ser elevado em especial para as fêmeas desmamadas e que apresentaram alta perda de peso durante a lactação. Nesse caso, é necessário que a ração seja a mes­ma da lactação, fornecida à vontade até um consumo máximo de 5 kg/dia.

    Durante o cio, a matriz deve receber 2 kg/dia de ração de gestação.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 99

    Ano: 1998

  • A alimentação na gestação não deve ser maximizada e sim controla­da e de acordo com o estado corporal das matrizes.

    A alimentação durante a gestação tem função estratégica. Além de influenciar o desenrolar do parto, o tamanho e o peso da leitegada, afeta também a produtividade no período de lactação. Matrizes nutridas com pouca energia ou deficiência de nutrientes essenciais durante a gestação, produ­zem leitegadas com peso desuniforme e com maior proporção de leitões fracos. As desvantagens do fornecimento excessivo de energia nessa fase são morte embrionária, dificuldade no parto e redução de apetite e da ingestão de ração. Isso vai se refletir na perda de peso na lactação, na incapacidade fisiológica para altas produções de leite e no retardamento do cio pós-desmame.

    Matrizes superalimentadas durante a gestação perdem mais peso durante a lactação subsequente quando comparadas com matrizes alimen­tadas de forma restrita, com o objetivo de apenas ganhar peso moderado durante a gestação.

    Como regra geral, o estado corporal das matrizes, após a cobrição, deve ser o parâmetro para decidir qual a quantidade de ração a ser fornecida. As matrizes em bom estado devem receber 2,0 kg/dia, matrizes finas de­vem receber 2,5 kg/dia, matrizes magras 2,7 kg/dia e matrizes gordas de­vem receber somente 1,8 kg/dia.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 98

    Ano: 1998

  • O tratamento hormonal no parto pode ser usado para:

    • Induzir e sincronizar o parto.
    • Corrigir a insuficiência de contrações uterinas durante o parto.

    A indução e a sincronização do parto são utilizadas com o objetivo de facilitar o trabalho nas grandes criações suinícolas, concentrando a ocor­rência das parições no horário normal de trabalho. Essa prática permite melhorar a assistência ao parto, reduzindo a perda de leitões nas primeiras horas de vida. Além disso, permite equalizar o tamanho das leitegadas, fa­cilitar a desinfecção e o vazio sanitário da maternidade, sincronizando os desmames.

    O intervalo médio entre a injeção do hormônio (prostaglandina) e o início da parição varia de 24 a 28 horas, mas somente 50% a 60% das matri­zes parem durante as oito a dez horas diárias de trabalho, e cerca de 20% das matrizes podem iniciar o parto antes de serem transcorridas 22 horas após a injeção. Portanto, se o objetivo da indução de parto é permitir aos funcionários a supervisão dos nascimentos para melhorar a sobrevivência, muitas matrizes vão escapar a essa supervisão.

    Para realizar esse tratamento, deve-se levar em conta a duração média da gestação no rebanho (por exemplo, 115 dias); conhecido esse período, dois dias antes da data prevista para o parto (dia 113) faz-se o tratamento, que consiste na aplicação de 1 mL de cloprostenol, (fármaco análogo à prostaglandina), intramuscular (IM), no início da manhã (7h30) do 113° dia de gestação. Tem sido recomendada, igualmente, a aplicação do hormônio ocitocina, (10 Ul), IM, entre 20 e 24 horas após a injeção de prostaglandina a fim de aumentar a proporção de matrizes parindo no inter­valo de 20 horas a 28 horas após a injeção de prostaglandina.

    Com relação à insuficiência de contrações uterinas, deve-se conside­rar que, na espécie suína, o parto geralmente ocorre sem maiores compli­cações. Em parto demorado, em que não se diagnosticou nenhum obstáculo à expulsão dos leitões bem como em fêmeas que apresentem baixa intensi­dade de contrações uterinas, com intervalo muito longo de nascimento en­tre leitões (40 a 60 minutos), recomenda-se a aplicação de ocitocina, IM, na dose de 10 Ul. Em dias quentes ou quando a matriz estiver muito cansada, deve-se dar um banho no animal de dez a quinze minutos antes de aplicar a ocitocina. Minutos após a aplicação, colocam-se os leitões nascidos para mamar. A ocitocina não deve ser aplicada antes do toque vaginal e do nas­cimento do primeiro leitão, pois pode estar ocorrendo, por exemplo, estreitamento da via fetal óssea ou mole (observado com mais frequência em fêmeas de primeira cria), contra o qual o medicamento não tem efeito, podendo ser prejudicial.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 100

    Ano: 1998

  • Fig_pag57.jpg

    O parto deve ser acompanhado do início ao fim.

    Com relação aos leitões, realizar as práti­cas rotineiras: cortar dentes, cortar e desinfetar o cordão umbilical, colocá-los no escamoteador e auxiliá-los a fazer a primeira mamada o mais cedo possível.

    Com relação à matriz, deve-se mantê-la em ambiente tranquilo, sem ruídos.

    Havendo necessidade de intervenção no parto, seguir os seguintes passos:

    • Limpar e aparar as unhas.
    • Lavar as mãos e o braço com água e sabão.
    • Higienizar o posterior e principal­ mente a vulva da matriz.
    • Lubrificar a mão e o braço com óleo vegetal ou banha.
    • Introduzir a mão e dedos em forma de concha tomando cuidado para evitar lesões.
    • Tracionar o leitão moderadamente, pela cabeça ou membros posteriores (não usar ganchos).

    O parto estará concluído quando a fêmea liberar as placentas em igual número ao dos leitões nascidos.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 102

    Ano: 1998

  • Retirar as fezes e a parte úmida da cama dos leitões. A lavagem da cela com água e sua posterior desinfecção são recomendadas, principal­mente em casos de diarreia dos leitões. A solução desinfetante deve ser de baixa toxicidade e não irritante, e aplicada com pulverizador. Depois que o ambiente estiver seco, coloca-se a cama nova antes de soltar os leitões que devem estar em caixa com fonte de calor ou no escamoteador, para não serem molhados.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 103

    Ano: 1998

  • Fig_pag58b.jpg

    Nas criações modernas, evita-se, em geral, o uso de cama para a matriz, colocando-se apenas uma cama de maravalha ou similar no escamoteador (caixa) para os leitões.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 104

    Ano: 1998

  • Pela aplicação de oxitocina. Minutos após a aplicação, o colostro começa a sair e deve ser recolhido numa vasilha limpa.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 106

    Ano: 1998

  • Existem dois tipos de leite da matriz do ponto de vista da composição nutricional: o colostro que o leitão ingere nos primeiros dias de vida e o leite normal que a matriz produz até o desmame.

    A tabela abaixo apresenta a rápida alteração na concentração proteica do colostro.

    Alteração na composição do colostro em função do tempo (em %)

    Tempo Proteína Gordura Lactose
    Nascimento 18,9 7,2 2,5
    3 horas 17,9 7,3 2,7
    6 horas 15,2 7,8 2,9
    12 horas 9,2 7,2 3,4
    24 horas 7,3 8,7 3,9

    A tabela seguinte compara a composição do colostro e do leite nor­mal quanto a nutrientes, digestibilidade e valor de energia.

    O leite da matriz tem a seguinte concentração média em minerais: cálcio: 0,2%; fósforo: 0,15%; magnésio: 0,015%; sódio: 0,035%; ferro: 0,8 ppm; cobre: 1 ppm; e zinco: 15 ppm.

    Composição do leite normal e do colostro de matriz

    Componentes Leite Colostro
    Matéria seca (%) 20,4 22,3
    Proteína bruta (%) 5,8 11,2
    Proteína digestível (%) 5,6 11,0
    Energia metabolizável (kcal/kg) 1.200 1.220
    Gordura bruta (%) 42,6 26,1
    Extrativos não nitrogenados (%) 24,7 20,7

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 109

    Ano: 1998

  • Cio ou estro é a manifestação externa de uma série de eventos no trato genital da fêmea, regulados por hormônios, que tornam a fêmea apta para a procriação durante determinados períodos de sua vida. Durante esse período, a fêmea apresenta o reflexo de tolerância ao cachaço, permitindo sua monta. No período intermediário do cio, a fêmea também apresenta reflexo de tolerância ao homem, ficando imobilizada quando realiza-se o teste da pressão lombar.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 111

    Ano: 1998

  • A duração do cio pode variar de 48 a 108 horas e está relacionada ao intervalo desmame/cio. Fêmeas com intervalo desmame/cio de três a quatro dias apresentam maior duração do cio (em média 71 horas), diferen­temente daquelas com maior intervalo desmame/cio, em que a duração média do cio é de 56 a 63 horas.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 112

    Ano: 1998

  • Se não houver acasalamento (cobertura), o cio repete-se de forma cíclica a cada 21 dias na maioria das fêmeas, podendo variar de 17 a 25 dias.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 113

    Ano: 1998

  • Na fêmea suína, o primeiro cio já foi observado a partir de 127 dias até 250 dias de idade. No entanto, a idade média do aparecimento do cio fica em torno dos 200 dias. A ocorrência de cios precoces e tardios é devida a fatores ambientais.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 114

    Ano: 1998

  • A fêmea apresenta alterações no comportamento e modificações no organismo, em períodos diferenciados:

    Pró-estro

    Alterações no comportamento, de dois a quatro dias, em média, antes do início do cio:

    • Vulva inchada e avermelhada, mais visível nas leitoas e em animais das raças brancas.
    • Secreção vulvar com consistência de muco aquoso.
    • Nervosismo, redução do apetite.
    • Salta sobre as companheiras, mas não aceita o salto das outras.
    • Procura o macho, mas não permite a cobertura. 

    Estro ou cio

    • Imobilidade, membros posteriores afastados, cabeça baixa, movimento de elevação das orelhas.
    • Aceitação do salto e da cópula.
    • Tolerância à pressão do criador sobre o lombo e os flancos.

    Pós-estro

    Volta à normalização: a fêmea recupera o apetite e as atividades nor­mais, mas não tolera a monta do macho ou a pressão lombar.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 116

    Ano: 1998

  • Para determinar o momento da realização da primeira cobertura deve-se conhecer o material genético com que se está trabalhando. A leitoa não deve ser coberta no primeiro cio nem antes dos 110 kg, devendo ter uma espessura de toucinho de no mínimo 16 mm a 18 mm.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 117

    Ano: 1998

    • Estímulo às fêmeas a entrar em cio.
    • Reconhecimento das fêmeas em cio.
    • Desencadeamento do reflexo de tolerância.
    • Realização da cobertura.
    • Fornecimento, com frequência regular, de quantidade suficiente de esperma que possa assegurar bom índice de concepção.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 124

    Ano: 1998

  • Deve-se fazer duas cobrições, com intervalo de 12 a 24 horas. Em granjas de terminados, a segunda cobertura pode ser feita por outro cachaço, se houver mais de um na granja.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 123

    Ano: 1998

    • Fazer um exame andrológico (avaliar a capacidade reprodutiva do cachaço).
    • Na primeira cobertura, conduzir à baia do cachaço uma fêmea, não de primeiro cio, com tamanho semelhante ao do macho.
    • Evitar o excesso de montas frustradas devido à inquietação das fêmeas, bem como problemas que possam influenciar negati­vamente o animal na reprodução.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 126

    Ano: 1998

  • Fig_pag67.jpg

    A IA é de realização simples e prática, mas exige treinamento ade­quado. Para a realização da IA são utilizados catéteres ou pipetas que po­dem ser descartáveis ou reutilizáveis. No Brasil, são mais utilizadas as pipetas reutilizáveis de borracha, do tipo Melrose, que simulam o pênis do cachaço, e que têm grande durabilidade. As pipetas de IA vêm esterilizadas do laboratório, junto com o sêmen, acondicionadas em sacos de plástico ou envolvidas em papel de embrulho.

    Para a IA são recomendadas as seguintes atividades:

    • Fazer a limpeza a seco da vulva com papel higiênico, preferencialmente estéril.
    • Cortar a ponta do adaptador do frasco de sêmen (bisnaga).
    • Retirar a pipeta do plástico ou papel.
    • Umedecer a ponta da pipeta com algumas gotas de sêmen.
    • Abrir os lábios vulvares com o dedo indicador e polegar da mão esquerda e com a direita introduzir a pipeta de IA na vulva na direção dorso-cranial (levemente dirigida para cima e para a frente), com leves movimentos de rotação para a esquerda, até ser fixada pela cérvix.
    • Adaptar o frasco à pipeta e introduzir o sêmen, fazendo leve pressão sobre o frasco durante um período mínimo de quatro minutos.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 136

    Ano: 1998

  • As vantagens do uso da inseminação artificial são:

    • Aproveitamento intensivo dos reprodutores melhorados.
    • Menor número de reprodutores por plantel e menor custo de aquisição e manutenção dos cachaços.
    • Aproveitamento racional de reprodutores, evitando seu uso em ex­cesso e facilitando o manejo das fêmeas em grupos.
    • Reconhecimento de machos subférteis ou inférteis.
    • Controle mais preciso das características a serem melhoradas no rebanho.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 135

    Ano: 1998

  • O maior entrave à expansão dessa técnica é a impossibilidade de preservar o sêmen por longos períodos sem prejuízo da capacidade de fer­tilização. Criações distantes das centrais produtoras de sêmen, número in­suficiente de centrais produtoras de sêmen, exigência de pessoal treinado (criador) e de inseminadores aptos para realizar o diagnóstico do cio também contribuem para esse quadro.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 137

    Ano: 1998

  • É a idade. Apesar de alguns machos apresentarem boas condições de reprodução aos seis meses de idade, o ideal é utilizá-los a partir dos sete.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 140

    Ano: 1998

  • Leitoas de reposição que não apresentarem cio até os sete meses de idade; fêmeas que não apresentarem cio até 30 dias após o desmame; fê­meas que retornarem ao cio duas vezes consecutivas; fêmeas com dois partos consecutivos com menos de sete leitões nascidos vivos; fêmeas que apresentarem problemas graves de aprumo antes da cobrição.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 143

    Ano: 1998

  • Uma das formas é oferecer a ração em grandes bandejas ou chapas com superfície ampla, no chão da baia, colocando a ração em pequenas quantidades várias vezes ao dia, na primeira semana após o desmame. Após este período pode-se passar ao comedouro automático.

    O fornecimento de rações peletizadas ou líquidas também estimula o consumo. O maior benefício fica por conta das rações líquidas, que melho­ram o desempenho através do aumento do consumo, principalmente nos leitões que desmamam com menor peso.

    Outro ponto importante é atender as recomendações relativas ao nú­mero e tipo de bebedouro na baia para essa fase, pois consumo de alimento e consumo de água estão intimamente relacionados.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 145

    Ano: 1998

  • Normalmente, recomenda-se o fornecimento de ração pré-inicial aos leitões a partir do sétimo dia, em comedouros na maternidade, até quatorze dias após o desmame.

    Para leitões em mau estado nutricional ou muito fracos ao desmame, pode-se estender o fornecimento até 21 dias após o desmame.

    Para leitões desmamados com 42 dias de idade ou mais, a troca de ração pré-inicial por inicial pode ser feita uma semana após o desmame, mas nunca ao mesmo tempo que o desmame.

    A troca de ração pode ser feita de forma gradual, misturando-se pro­porções cada vez maiores de ração inicial com a pré-inicial, de forma que em três ou quatro dias a troca esteja completa.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 146

    Ano: 1998

  • Ao provocar a distensão do es­tômago, a fibra produz um efeito de saciedade cujos reflexos sobre o com­portamento tornam os animais mais calmos, evitando o aparecimento do hábito de mascar.

    A fibra evita, também, a coprostase ou constipação, isto é, a dificulda­de em defecar, pois aumenta o teor de água nas fezes e o número de defecações ao dia. Esse efeito é especialmente benéfico antes e logo após o parto, porque auxilia na prevenção de natimortos, reduz a duração do par­to, facilitando as contrações, e reduz a incidência da síndrome da metrite, mastite e agalaxia.

    O uso continuado de fibra na ração aumenta a capacidade ingestiva da matriz, preparando o estômago para a fase de lactação, na qual a ali­mentação é feita à vontade e a ingestão deve ser máxima porque a deman­da por nutrientes é muito alta.

    Durante a gestação, as exigências nutricionais são mais baixas, per­mitindo diluir nutricionalmente as rações com fibra, o que as torna muito mais econômicas.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 151

    Ano: 1998

    • Gostar da atividade suinícola.
    • Aceitar e seguir as recomendações técnicas sobre a criação.
    • Ser dedicado para atingir metas preestabelecidas.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 3

    Ano: 1998

  • Granjas idôneas, livres de problemas sanitários e que trabalhem es­pecificamente com material genético de alta qualidade.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 4

    Ano: 1998

  • É possível a criação de suínos em todas as regiões do Brasil, desde que respeitada a faixa de conforto do animal por fase, isto é, adaptando-se as construções às condições de conforto térmico, evitando-se alterações climáticas desfavoráveis e alterando-se outras a fim de se obter o conforto desejado.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 5

    Ano: 1998

  • A criação em prédio único é aconselhável para 60 matrizes em pro­dução, no máximo. Número maior de matrizes inviabiliza a produção em prédio único, por dificultar o manejo e ocupar área muito grande.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 7

    Ano: 1998

  • O proprietário. A figura, a seguir, apresenta a relação entre o proprietário e as atividades desenvolvidas no sistema de produção de suínos. O comportamento do proprietário explica em grande parte, os bons e maus resultados do desempenho de um sistema de produção de suínos.

    Fig_pag18.jpg

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 8

    Ano: 1998

  • O sucesso de um sistema de produção de suínos é medido pelo lucro, que é determinado pela maneira como o sistema é conduzido, tanto nos aspectos financeiros como de produção. Por isso, é indispensável manter registros para se estabelecer o perfil técnico e econômico da produção.

    A única forma de se conhecer a lucratividade de uma criação é pela análise crítica dos registros de produção, que permitem identificar proble­mas de desenvolvimento, apontar pontos fracos no sistema de produção, acompanhar o estado de saúde do rebanho, identificar os principais custos e fornecer informações para diagnóstico.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 11

    Ano: 1998

  • Para o cálculo do peso médio do leitão ao nascer (PLN), divide-se o peso total de todos os leitões ao nascer pelo número de leitões que foram pesados.


    PLN = soma do peso dos leitões nascidos vivos
    número total de leitões vivos pesados

    O número médio de leitões desmamados por leitegada parida (LDL) é calculado dividindo-se o número de leitões desmamados de um grupo de matrizes ou de um período de tempo pelo número de leitegadas paridas para produzir esses leitões.


    LDL = número de leitões desmamados
    número de leitegadas nascidas

    A porcentagem de leitões desmamados (% LD) expressa o número de leitões nascidos vivos e que foram desmamados, e a porcentagem de lei­tões mortos entre o parto e o desmame.


    %LD = número de leitões desmamados x 100
    número de leitões nascidos vivos

    O peso médio ao desmame (PMD) é obtido dividindo-se o peso dos leitões desmamados pelo número de leitões.


    PMD = peso total dos leitões desmamados
    número de leitões desmamados

    O ganho de peso médio diário (GPMD) é o ganho/dia de peso por suíno durante um período de tempo definido.


    GPMD = peso final total = peso inicial total
    número de suínos no final x número total de dias no período

    Para se calcular o número de partos por matriz/ano (PMA) e o número de leitões desmamados (LDMA) por matriz/ano, divide-se o número total de partos registrados pelo tamanho médio do plantel de matrizes.


    PMA = número total de partos/ano
    tamanho médio do plantel de matrizes

    LDMA = total de leitões desmamados/ano
    tamanho médio do plantel de matrizes

    Para o cálculo do número de suínos terminados por matriz/ano (TMA), divide-se o número de suínos produzidos pelo tamanho médio do plantel de matrizes.

    TMA = número de suínos terminados
    tamanho médio do plantel de matrizes

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 14

    Ano: 1998

  • Dias não produtivos (DNP) são, de maneira genérica, os dias em que uma fêmea não está produzindo na granja. Tradicionalmente, são os dias em que as fêmeas não estão em gestação ou em lactação. Do ponto de vista econômico, são dias prejudiciais ao produtor, pois nesse período, os animais estão ingerindo ração, ocupando espaço produtivo na granja, utilizando mão de obra e produtos veterinários sem oferecer, em troca, nenhum retorno produtivo. Por isso, o controle rigoroso dos DNPs da granja é de fundamental importância para que o produtor maximize seus lucros.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 15

    Ano: 1998

  • Conhecendo-se o número de partos por fêmea/ano e o número médio de dias de gestação e de lactação, pode-se calcular o número de DNP a partir da aplicação da seguinte fórmula:

    DNP = 365 - [Partos por fêmea por ano x (dias em Gestação + dias em Lactação)]

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 16

    Ano: 1998

  • Tanto a mudança do padrão demográfico do país, com cerca de 70% da população vivendo nas cidades, quanto a mudança de hábitos de consu­mo levaram os frigoríficos a abater suínos para atender essa nova demanda. O consumidor urbano prefere carne de suíno com pouca gordura, o que somente é possível com animais de alto padrão genético, com carcaças melhoradas e adequadamente alimentados.

    Normalmente, os suínos criados extensivamente não têm esse perfil: apresentam grande quantidade de gordura e seu potencial de produção é bem inferior ao dos animais criados em sistema intensivo.

    A criação extensiva é uma atividade de subsistência, restrita a peque­na parcela de consumidores, principalmente do interior e que moram próxi­mos dos locais de criação.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 19

    Ano: 1998

  • No esquema seguinte, apresentam-se as dimensões da cabana coletiva de gestação, para até seis fêmeas, usada no Siscal, na Embrapa Suínos e Aves.

    Fig_pag29b.jpg

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 31

    Ano: 1998

  • Nos piquetes, devem-se plantar gramíneas resistentes ao pisoteio, de baixa exigência em insumos, de ciclo longo (perenes), de alta agressividade, estoloníferas (forrageiras com ramificações rasteiras, que desenvolvem raízes a partir de seus nós) e que se propaguem por mudas ou sementes. Sugerem-se gramíneas como: Pensacola (Paspalum saurae), Missioneira (Axonopus x araujoi), Hermatria (Hermathria altissima), Estrela Africana (Cynodon nlemfuensis), Bermuda (Cynodon dactylon), Quicuio (Pennisetum clandestinum) e Coast Cross (Cynodon dactylon cv. coast cross). No inver­no, principalmente nas áreas com pouca cobertura vegetal, deve-se reali­zar semeadura superficial de forrageiras como a aveia, o azevém e a viça (ervilhaca). O consórcio de gramíneas adaptadas regionalmente pode ser uma alternativa.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 33

    Ano: 1998

  • As cabanas de creche têm as mesmas especificações das cabanas de gestação e abrigam duas leitegadas, ou aproximadamente 20 leitões.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 32

    Ano: 1998

  • Essas áreas devem ser cercadas com fios eletrificados para o replantio das forrageiras, e assim mantidas até que as forrageiras estejam completamente formadas.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 34

    Ano: 1998

  • Não. O ganho de peso dos animais em sistema ao ar livre é igual ao de outros sistemas, desde que as condições sejam adequadas a seu desen­volvimento e que se lhes forneçam rações balanceadas de acordo com suas exigências nutricionais.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 35

    Ano: 1998

  • Sim. Nesse sistema, os animais podem in­gerir uma certa quantidade de forragem, cuja fun­ção, entretanto, não é servir de alimento, pois não possui todos os nutrientes exigidos pelo animal, e sim preservar o solo. A alimentação, nesse siste­ma, é idêntica à que é fornecida no sistema de confinamento.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 36

    Ano: 1998

  • Fig_pag32a.jpg

    Sim. O cachaço permanece durante toda sua vida produtiva em pi­quete próprio, com cabana, sombreador (se não houver sombra natural: ár­vores, por exemplo), comedouro e bebedouro. Normalmente, o piquete do cachaço fica próximo ao das fêmeas, para que estas sejam estimuladas, olfativa e visualmente, a entrarem em cio e a cobertura ocorra o mais rápi­do possível.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 38

    Ano: 1998

  • Nesse sistema, existem algumas características próprias de manejo, essenciais para seu bom desempenho.

    Manejo da cama

    A cama (palha seca, maravalha, serragem, etc.) deve ter uns 10 cm de espessura para assegurar um ambiente agradável aos leitões e à matriz. No período frio, essa espessura deve ser aumentada. A cama deve ser prepara­da na cabana três dias antes do parto, a fim de induzir a fêmea a escolher a cabana como local de parto e aí construir seu ninho. Deve-se repor a cama quando estiver úmida ou quando se troca a cabana de lugar, e deve ser refeita quando a camada for muito fina, para se atingir os 10 cm de espessura.

    Manejo dos leitões

    As práticas de uniformização do tamanho e do peso das leitegadas, de identificação dos leitões (mossagem), do corte ou esmagamento da cau­da, do corte dos dentes e da aplicação de anti-helmíntico são feitas, normal­mente, no dia do parto ou no segundo dia após o parto.

    Em geral, no Siscal, não tem sido adotada a prevenção da anemia ferropriva (anemia provocada por deficiência de ferro) dos leitões lactentes. Em experimento realizado na Embrapa Suínos e Aves, em que os leitões tiveram acesso a terra com altos níveis de ferro oxidado, verificou-se que não há necessidade de aplicar um antianêmico no terceiro dia de vida dos leitões. A castração pode ser realizada entre o 5° e o 15° dia de vida do leitão.

    Manejo das fêmeas

    Durante a gestação, as fêmeas são mantidas em piquetes coletivos com capacidade de alojamento para seis a oito fêmeas. De cinco a dez dias antes do parto, são transferidas para os piquetes de maternidade, para que se adaptem às cabanas e construam seus ninhos.

    Todo deslocamento de animais deve ser o mais tranquilo possível, uti­lizando-se tábuas de manejo, nas horas mais frescas do dia.

    Recria

    Após o desmame, os leitões são transferidos para um piquete de recria ou creche, onde recebem ração inicial até os 60 ou 70 dias (25 kg a 30 kg), quando então passam para as fases de crescimento e terminação, em confinamento.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 40

    Ano: 1998

  • Em geral, o desmame é feito entre os 25 e 35 dias de idade. Para a separação dos leitões, conduz-se a matriz com sua respectiva leitegada para um brete, de onde a fêmea passa para o piquete de gestação e os leitões para o piquete de creche.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 41

    Ano: 1998

  • Fig_pag34.jpg

    A melhor forma é isolá-las com fios eletrificados que passam por três sarrafos fincados ao redor do tronco e conectados à cerca elétrica por uma extensão. Nas árvores maiores, que já não crescem mais, pode-se enrolar fios de ara­me farpado em volta do tronco, até uma altura de 60 cm.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 42

    Ano: 1998

  • É recomendável dispor de um aparelho de reserva. Ou então conser­tar o existente ou comprar um novo.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 43

    Ano: 1998

  • Sim. Por exemplo, o Landrace e o Large White que apresentam boa produção e produtividade. Porém, como esse sistema é orientado sobretudo à produção de animais para abate, é importante o aproveitamento da heterose ou vigor híbrido pela utilização de reprodutores híbridos também chamados mestiços, oriundos de cruzamentos entre diferentes raças.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 44

    Ano: 1998

  • Ainda não foram desenvolvidas raças de suínos específicas para o Siscal. Como esse sistema visa o máximo de produtividade sem agredir o meio ambiente e com menos investimentos em construções, é necessário utilizar animais de alto padrão genético. Para tanto, deve-se usar machos que contribuam para incorporar aos animais destinados ao abate bom de­sempenho produtivo, isto é, alto ganho de peso diário, baixa conversão alimentar e boas características de carcaça, ou seja, baixa quantidade de gordura e alto rendimento de carne. As fêmeas devem possuir, além das características do macho, a capacidade de gerar grande quantidade de leitões.

    Nos sistemas existentes na região Sul, observa-se o uso de machos da raça Duroc ou sintéticos (híbridos), cruzando com fêmeas mestiças F-1, isto é, filhas de macho Large White com fêmea Landrace.

    Capítulo: Sistema de Produção

    Número da Pergunta: 45

    Ano: 1998

  • O uso do SMC de produção na maternidade implica na ocorrência ininterrupta de partos e na presença simultânea de matrizes com leitões recém-nascidos e com leitões mais velhos. A partir do momento em que a concentração de agentes patogênicos ultrapassar o limiar de infecção, po­derão ocorrer patologias como diarreias, pneumonias ou artrites e a taxa de mortalidade e de refugos tende a aumentar progressivamente.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 54

    Ano: 1998

  • O quadro a seguir mostra as principais etapas de um programa de limpeza e desinfecção:

    Etapa Atividade
    Limpeza seca

    Iniciar, no máximo, três horas após a saída dos animais

    Retirar da instalação os equipamentos desmontáveis (ex.: comedouros, lâmpadas suplementares de calor)

    As sobras de ração dos comedouros podem ser fornecidas para animais na terminação

    Remover a maravalha e o esterco solto ou incrustado no piso

    Remover a sujeira das partes superiores das paredes e do teto

    Limpar as caixas de pedilúvio

    Limpeza úmida

    Molhar superfícies com 1 litro a 1,5 litro por m2 de uma solução de detergente

    Deixar impregnar por um período de, no mínimo, três horas

    Molhar novamente com 0,3 litro de água/m2 e depois limpar com água, vassoura ou escova até que a estrutura da superfície esteja visível; de preferência usar água a uma temperatura de 40 °C

    Retirar a água estagnada sobre o piso, nos comedouros e/ou nos bebedouros

    Deixar secar durante a noite

    Lavar os equipamentos retirados da instalação e deixá-los secar

    Desinfecção

    Preparar a solução de desinfetante, considerando uma aplicação de 0,4 litro da solução por m2

    Aplicar a solução sobre divisórias, piso, comedouros e implementos, de preferência a uma temperatura de 40 °C

    Doze horas após a aplicação do desinfetante, montar os equipamentos desmontados

    Em alguns casos, recomenda-se fazer nova desinfecção quatro a cinco horas após a primeira

    Fumigação

    Calcular a área da sala, utilizar 10 g de permanganato de potássio e 20 mL de formol por m3

    Fechar as janelas, colocar os balde(s) em lugar(es) estratégicos, derramar o formol sobre o permanganato de potássio

    Abandonar rapidamente a sala e fechar a porta

    Manter a sala fechada por 24 a 48 horas

    Melhor efeito obtém-se molhando paredes, pisos e equipamento antes da fumigação

    Vazio sanitário

    Instalação permanece vazia por um período de quatro a oito dias

    Desinfecção

    Segunda desinfecção: duas horas antes de introduzir os animais

    Preparar a solução de desinfetante, considerando uma aplicação de 0,4 litro/m2

    Realizar a desinfecção

    Não utilizar soda cáustica nem desinfetantes ou concentrações irritantes para animais

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 69

    Ano: 1998

  • Retirar as fezes com pá, uma vez por dia, empurrando-as para a canaleta coletora, que deve ser raspada, no mínimo, duas vezes por sema­na. Nas instalações que tiveram cama sobre o piso, trocar a parte úmida. Uma limpeza com água, seguida de desinfecção, deve ser feita após a saí­da do lote, fazendo-se, em seguida, o vazio sanitário.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 65

    Ano: 1998

  • Quem trabalha na criação de suínos deve preocupar-se princi­palmente com as doenças que atacam os animais, como a brucelose, leptospirose e a tuberculose. Por isso, é importante que as matrizes e os cachaços sejam livres dessas doenças. Deve-se monitorar essas doenças solicitando a um veterinário fazer exames sorológicos para brucelose e leptospirose e para a tuberculinização nos reprodutores machos e fêmeas. Entretanto, mesmo que o rebanho esteja totalmente isento dessas doenças, é sempre importante fazer uso de luvas de plástico para auxiliar o parto das fêmeas. Para as outras práticas de manejo, como castração e vaci­nações, recomenda-se lavar e desinfetar as mãos, com solução iodada, antes e após sua realiza­ção. Nas atividades diárias de limpeza das instalações, deve-se usar sem­pre botas e macacão.

    Capítulo: Manejo

    Número da Pergunta: 70

    Ano: 1998

  • No dia do parto, não se fornece ração às matrizes. Durante três dias após o parto, porém, devem receber 3 kg diários de ração de lactação. A partir do quarto dia após o parto, devem ser alimentadas pelo menos três vezes ao dia devendo, cada matriz com oito leitões ou mais, receber ração à vontade e consumir no mínimo 5,5 kg/dia. As matrizes com menos de oito leitões devem receber 2,5 kg de ração mais 400 g por leitão. Nos períodos quentes, deve-se fornecer ração molhada para estimular o consumo. Neste período, também é muito importante o fornecimento de ração à noite (pode ser seca), pois nas horas mais frescas o consumo é maior.

    A partir de 111 dias de gestação e até três dias após o parto, cada matriz deve receber 10 g de sal amargo por dia, misturado à ração diária. Esse procedimento é importante para prevenir constipação.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 155

    Ano: 1998

  • Após a transferência para a maternidade, as fêmeas gestantes devem receber 3 kg de ração de lactação até o dia do parto. No dia do parto, não deve ser fornecida ração mas somente água fresca e limpa à vontade.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 154

    Ano: 1998

  • No preparo das rações, os seguintes cuidados devem ser seguidos:

    • Usar fórmulas específicas para cada fase da criação – pré-inicial, inicial, crescimento, terminação, gestação e lactação – elaboradas por técnicos especializados ou que sejam indicadas nos rótulos dos sacos de concentrado e núcleos.
    • Ler com atenção os rótulos dos produtos e seguir rigorosamente suas recomendações.
    • Pesar cada ingrediente que entra na composição da ração conforme a quantidade indicada na fórmula. O uso de balanças é indispensável, pois garante o melhor controle no preparo das rações.
    • Misturar previamente o núcleo contendo minerais e vitaminas, antibióticos e outros aditivos com cerca de 20 kg de milho moído, ou outro grão moído, antes de adicioná-lo aos outros ingredientes da mistura.
    • Usar misturadores sempre que possível. A mistura manual de ração não proporciona um produto uniforme e certamente trará perdas econômicas.
    • Para facilitar a distribuição dos ingredientes no misturador, coloca-se primeiro o milho moído que, geralmente, é o ingrediente de maior quantidade da fórmula. Em seguida, o segundo ingrediente em quantidade e assim sucessivamente. O núcleo já diluído e pré-misturado com milho moí­do, ou outro grão moído, deve ser o último componente a ser colocado no misturador. Antes disso, porém, retira-se cerca de 50 kg do produto mistura­do de uma batida de 250 kg a 1.000 kg. Coloca-se então o núcleo diluído em milho no misturador. Finalmente, recoloca-se também os 50 kg.
    • Tempo de mistura em misturador vertical deve ser de doze a quinze minutos após carregá-lo com todos os ingredientes. Misturas realizadas abaixo ou acima dessa faixa de tempo não são de boa qualidade, pois partidas diferentes da mesma batida apresentam diferentes quantidades de nutrientes, o que acarretará desuniformidade nos lotes e perdas econômicas para o produtor.
    • A cada três minutos, aconselha-se abrir a boca de descarga do misturador de maneira que o material retido na boca seja misturado com o restante.
    • Limpar sempre o misturador após o uso.
    • Manter tulhas e silos sempre limpos e livres de restos de grãos que podem favorecer o crescimento de mofo e proliferação de ratos.
    • Evitar que os sacos de núcleos e premixes sejam expostos à luz, umidade e calor.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 159

    Ano: 1998

  • O balanceamento de uma ração consiste na combinação dos diver­sos ingredientes e suplementos de maneira a fornecer aos animais as quan­tidades e proporções de todos os nutrientes requeridos para o desenvolvi­mento de cada fase.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 177

    Ano: 1998

  • Sim. Na maioria das vezes são diferentes, como mostra a tabela abaixo, com dados médios obtidos em análises na Embrapa Suínos e Aves. Pode ocorrer, porém, que uma partida de sorgo, em função de sua composição e da digestibilidade de seus nutrientes, apresente valor energético similar ou superior ao do milho. É interessante verificar, na tabela abaixo, que o sorgo com alto tanino, um componente antinutricional, apresenta menos valor de energia metabolizável. Isso se deve ao fato de que o tanino prejudica a digestibilidade dos nutrientes presentes na dieta, inclusive a energia.

    Parâmetro Milho Sorgo baixo tanino Sorgo alto tanino
    Matéria seca (%) 87,45 86,63 85,16
    Energia metabolizável (kcal/kg) 3.390 3.290 3.080

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 180

    Ano: 1998

  • Como os animais apresentam, em cada faixa etária, necessidades mínimas em nutrientes, que devem ser fornecidos em proporções específicas, é preciso dispor de uma fórmula para calcu­lar essas necessidades da qual resulte o que se chama de ração balanceada. Para esse cálculo, são necessários:

    • Uma tabela com as exigências nutricionais das diferentes faixas etárias.
    • A composição em nutrientes dos alimentos que entrarão em cada fórmula.
    • O preço dos alimentos à disposição.

    A composição em nutrientes dos alimentos é obtida pela análise quí­mica em laboratórios especializados, em tabelas de composição de alimen­tos ou na literatura.

    De posse dessas informações, desenvolve-se a fórmula com o uso de programas específicos de computador ou de calculadora. O recurso à cal­culadora não é aconselhável por ser demorado e de resultados imprecisos. Não dispondo de instrumentos para formular a ração, o produtor deve procurar um profissional da área ou seguir rigorosamente as formulações existentes na literatura ou as fórmulas recomendadas em sacos de concen­trados e de outros ingredientes para rações, produzidas por firmas idôneas. Em hipótese alguma, o produtor deve preparar a ração sem recorrer a fór­mulas elaboradas com base no grupo de alimentos de que dispõe.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 163

    Ano: 1998

  • A soja crua e a tostada apresentam a mesma composição química, ou seja, para 91% de matéria seca encontram-se cerca de 35% de proteína bruta, 18% de óleo, 7% de fibra bruta, 0,21% de cálcio e 0,57% de fósforo, entre outros nutrientes.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 167

    Ano: 1998

  • As farinhas de carne e de ossos, de peixe, de subprodutos de abate­douros, os farelos de amendoim, de canola, glúten de milho, entre outros. É preciso considerar, porém, que não existem substitutos completos, sendo necessário combiná-los de modo a atender às exigências nutricionais dos suínos, em suas diferentes fases produtivas.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 168

    Ano: 1998

  • Cada espécie animal (suína, equina, bovina) apresenta exigências específicas em nutrientes, que variam dentro de cada espécie em função do estado fisiológico dos animais. Assim, o suíno jovem lactente, o suíno des­mamado, o suíno em crescimento, o suíno em terminação, a matriz em gestação, a matriz em lactação e o cachaço têm exigências diferen­ciadas de cada nutriente para desempenhar adequadamente as funções básicas de manutenção e produção. Como as diferentes categorias de suínos têm exigências próprias de nutrientes, se forem trocadas as rações de duas categorias haverá sobra de alguns nutrientes para uma e deficiên­cias nutricionais para a outra. Esse exemplo é válido também para espécies diferentes. Por­tanto, não se recomenda utilizar rações formuladas para uma espécie animal na produção de outra espécie animal. Eventualmente, as sobras de uma ração podem servir a outros animais. Essa, porém, não é a maneira mais econômica de se aproveitar os nutrientes dessa ração, porque tanto o ex­cesso quanto a deficiência de nutrientes podem acarretar queda de produti­vidade.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 172

    Ano: 1998

  • Devem ser fornecidas as vitaminas A, D, E, K, biotina, colina, folacina, niacina, ácido pantotênico, riboflavina (vitamina B2), tiamina (vitamina B1), vitamina B6 e vitamina B12.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 170

    Ano: 1998

  • Devem ser fornecidos os seguintes minerais: cálcio, fósforo, sódio, cobre, ferro, manganês, zinco, iodo e selênio. Outros minerais como o potássio, magnésio, cloro e enxofre estão presentes em abundância nas dietas. O cobalto é fornecido pela suplementação de vitamina B12.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 169

    Ano: 1998

  • Sim. Análises completas do farelo de soja já foram realizadas no mun­do inteiro. Existem, atualmente, ao redor de 30 tabelas de composição de alimentos de circulação mundial.

    As análises completas incluem a determinação da matéria seca, da proteína bruta e do aminograma completo, além de outras. O teor de lisina total na matéria seca (% Cab = LisMS) é dado pela equação:

    %LisMS=0,0603 x % PB (proteína bruta)

    Obtém-se o percentual de lisina expressa na matéria natural (% LisMN) multiplicando o valor obtido pelo teor de matéria seca em % e dividindo-se o resultado por 100, conforme demonstrado na equação:

    % LisMN = (% LisMS x % Ms do alimento)/100

    Seguindo o mesmo raciocínio, também podem ser determinadas:

    Treonina = 0,0382 x PB

    Triptofano = 0,0128 x PB

    Metionina = 0,0145 x PB

    Cistina = 0,0137 x PB

    Dessa forma, é possível estimar, de modo simples e barato, o teor dos aminoácidos sem determinar o aminograma do farelo de soja.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 173

    Ano: 1998

  • Podem ocorrer intoxicações por excesso de sal. Os animais jovens são mais sensíveis que os adultos. Existem duas formas de intoxicação:

    • Hiperaguda, provocada pela ingestão de altas doses de sal e pela privação de água.
    • Aguda, provocada por ingestão de quantidades menores de sal durante determinado período, e insuficiente ingestão de água.

    Os primeiros sintomas de intoxicação podem ser observados de 12 a 24 horas após a ingestão de sal comum. Os sintomas mais frequen­tes são: falta de apetite, tristeza, apatia, os animais não gritam, não reagem a nada, andam sem rumo. Os animais afetados, repentinamente param quietos, co­meçam a salivar intensamente e, em seguida, a musculatura abdominal e os membros entram em contração contínua. Esses ataques epilépticos se repetem a intervalos regulares de cinco a sete minutos. A morte ocorre nas primeiras 36 a 48 horas após a ingestão da ração e insuficiente ingestão de água. Não existe um tratamento curativo espe­cífico. Os animais com ata­ques epileptiformes devem ser abatidos o mais depressa possível, pois as possibilidades de cura são muito variáveis. Aos animais sem sintomas clíni­cos deve-se fornecer água limpa e fresca, inicialmente em pequenas quan­tidades.

    A profilaxia da intoxicação está baseada no fornecimento de água limpa e fresca, à vontade, a todos os animais, durante o dia inteiro.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 201

    Ano: 1998

  • De maneira geral, pode-se definir o núcleo como o produto resultante da mistura de todos os minerais (macro e microminerais) e vitaminas, po­dendo conter, na maioria das vezes, aditivos como antibió­ticos, palatabilizantes, antioxidantes e mesmo alguns aminoácidos como a lisina, que também é nutriente.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 187

    Ano: 1998

  • A granulometria do milho incluído no balanceamento de rações para suínos é de fundamental importância para o perfeito aproveitamento dos nutrientes da ração.

    O grau de moagem do milho determina alterações nos valores de ener­gia digestível e de energia metabolizável em função da maior ou menor exposição dos nutrientes aos processos digestivos (tabela abaixo).

    Coeficientes de digestibilidade da matéria seca (CDMS), da proteína bruta (CDPB), valores de energia digestível (ED) e metabolizável (EM) para diferentes granulometrias do milho moído.

    Parâmetro Diâmetro dos furos da peneira (mm)
    2,5 mm 4,5 mm 10,0 mm
    CDMS (%) 90,0 89,3 88,1
    CDPB (%) 84,5 82,8 79,7
    ED (kcal/kg) 3.534 3.458 3.371
    EM (kcal/kg) 3.491 3.392 3.322

    A digestibilidade das dietas e o desempenho dos suínos melhoram com a diminuição do diâmetro geométrico médio (DGM) das partículas de milho. Os melhores resultados são produzidos quando o DGM situa-se entre 500 µm e 650 µm.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 189

    Ano: 1998

  • Ossos de bovinos, sobras de abatedouros de aves, assim como outros subprodutos de origem animal (restos de carne, de ossos, de sangue, de fígado), só podem ser utilizados na alimentação de suínos ou de outras es­pécies se passarem por um processo de esterilização e redução de partícu­las. Dessa forma, eliminam-se os microrganismos patogênicos, como as salmonellas, que provocam diarreia, e outros germes causadores de doen­ças transmissíveis de uma espécie para outra, como tuberculose, aftosa e outras.

    Resíduos de carne, sobras de abatedouros e ossos frescos devem ser cozidos sob pressão em autoclave, à temperatura de 100°C por 30 minutos, no mínimo e, em seguida, prensados e moídos. Esses produtos podem ser utilizados na formulação de rações como fonte de proteína, de cálcio e de fósforo. Sua composição, porém, é extremamente variável de acordo com o material incluído.

    Os ossos podem também ser queimados em fornos apropriados, obtendo-se como resultado a farinha de ossos calcinada. A farinha de ossos autoclavada é produzida pelo cozimento dos ossos sob pressão em autoclave, e posterior secagem e moagem. Ambas podem ser utilizadas como fonte de cálcio e de fósforo nas formulações. A composição aproxi­mada é a seguin­te:

    • Farinha de ossos autoclavada: 12,8% de proteína, 11,3% de gordura, 29,8% de cálcio e 12,49% de fósforo total.
    • Farinha de ossos calcinada: 34% de cálcio e 17% de fósforo.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 203

    Ano: 1998

  • Nem todos os produtores de suínos têm condições de preparar uma ração de boa qualidade na propriedade. Produtores que fazem a mistura com pás ou com as mãos não têm condições de produzir uma ração homogênea e de qualidade, de ma­neira que a ração final de todos os sacos tenha a mesma composição em nutrien­tes. Nessas condições, os produtores de­vem comprar rações prontas por serem economicamente mais eficientes do que a ração mal misturada. Os equipamentos mínimos para preparar rações de razoável qualidade na proprieda­de são um misturador vertical e uma balança de plataforma. De posse desses equipamentos e com alguma orientação técnica, pode-se comprar todos os ingredientes, ou apenas o milho e concentrado, e fazer a mistura de rações na propriedade. Na maioria das vezes é mais econômico comprar o milho, farelo de soja, núcleo ou premixes e demais ingredientes do que comprar o concentrado. Mas há ocasiões em que se torna mais econômico comprar o concentrado. Uma boa administração da propriedade e o controle permanente dos custos de produção e de oportunidades permitem saber quando e em que situações é mais vantajoso comprar concentrados.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 188

    Ano: 1998

  • Os probióticos são organismos e substâncias que contribuem para o balanço (equilíbrio) microbiano intestinal. Algumas das bactérias potencialmente nocivas que normalmente podem ser encontradas no trato digestivo dos suínos são as Salmonellas, Escherichia coli e Clostridium perfringens, que podem produzir tanto doenças específicas nos hospedeiros como reduzir o desempenho dos animais por competirem pelos nutrientes essenciais em nível intestinal. Para sobre­viver, essas bactérias precisam fixar-se à superfície da parede intestinal (co­lonizar o intestino) por meio de receptores específicos.

    Ao contrário, as bactérias Lactobacillus e as produtoras de vitaminas do complexo B são benéficas ao hospedeiro, sendo consideradas probióticas. O desempenho dos suínos pode ser melhorado estimulando a multiplicação dessas bactérias no intestino do animal.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 191

    Ano: 1998

  • Conversão alimentar do rebanho é a quantidade (kg) de ração utiliza­da para produzir 1 kg de suíno terminado. É dada pela fórmula:

    Car = Conali / Peso total

    Em que:

    Car = conversão alimentar do rebanho.

    Conali = consumo de alimentos no período = estoque inicial de alimentos + compras - estoque final.

    Peso total = pesanies + pterm + plei + prepr + pesanido - plecom - ptleitoc - ptmrepos - precom.

    Em que:

    Pesanies = peso dos animais no estoque final - peso dos
    animais no estoque inicial.

    Pterm = peso dos animais vendidos como terminados.

    Plei = peso dos leitões vendidos.

    Prepr = peso dos animais vendidos como reprodutores.

    Pesanido = peso dos animais consumidos ou doados.

    Plecom = peso dos leitões comprados.

    Ptleitoc = peso das leitoas para reposição compradas.

    Ptmrepos = peso dos machos para reposição comprados.

    Precom = peso dos reprodutores comprados.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 195

    Ano: 1998

  • A suplementação alimentar com enzimas como a fitase, betaglu­canases e pentosanases pode proporcionar resultados positivos em suínos adultos. A fitase, originária da produção microbiana, melhora o apro­veitamento do fósforo fítico da dieta, presente principalmente nos grãos de cereais e seus subprodutos, mas também nas sementes de oleaginosas e seus subprodutos.

    A betaglucanase e pentosanases melhoram a digestibilidade dos carboidratos não amido presentes nos grãos de cereais, principalmente no centeio e na cevada. A utilização da betaglucanase proporciona pequena melhora na utilização da cevada pelos suínos. Maiores benefícios podem ser esperados com a suplementação de pentosanases em dietas que conte­nham centeio e algunas cultivares de triticale.

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 193

    Ano: 1998

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    Conversão alimentar é um índice fornecido pela relação entre o consumo de alimento e o ganho de peso dos suínos. É indicadora da eficiência alimentar da dieta, mas analisada isoladamente pode levar a conclusões erró­neas sobre determinado alimento, dieta ou manejo alimentar.

    A conversão alimentar é uma das variáveis indicadoras do desempe­nho dos suínos e deve ser analisada conjuntamente com o ganho de peso e o consumo de ração para a tomada de decisões sobre nutrição de suínos. É dada pela fórmula:

    Conversão alimentar = consumo de alimento ganho de peso

    Capítulo: Nutrição e Alimentação

    Número da Pergunta: 194

    Ano: 1998

  • Não. O milho triturado com sabugo contém em média 7,8% de prote­ína. O caldo de cana não contém proteína. Portanto, para que se torne um alimento equilibrado para os suínos em qualquer fase, é necessário adicio­nar também uma fonte de proteína como farelo de soja, soja integral, grão de guandu ou concentrado comercial, além de suplementos de vitaminas e minerais.

    O milho com sabugo apresenta alto teor de fibra e baixo teor de ener­gia, sendo mais indicado para a ração de matrizes em gestação.

    Capítulo: Alimentos Alternativos

    Número da Pergunta: 205

    Ano: 1998