Manejo de ordenha


Para garantir a qualidade do leite e a saúde do úbere das vacas é fundamental um bom manejo de ordenha. Inicialmente é preciso fazer o teste da caneca de fundo escuro e, em seguida, higienizar os tetos. Após a ordenha completa, recomenda-se a desinfecção dos tetos para
prevenir a contaminação do leite e reduzir a incidência de mastite.

Práticas recomendadas para a ordenha manual e mecânica


A obtenção de leite de alta qualidade depende de um manejo de ordenha minucioso, que engloba a preparação das vacas e dos utensílios, a ordenha propriamente dita e os cuidados pós-ordenha. Antes de iniciar a ordenha, o ordenhador deve lavar as mãos com água limpa e sabão e secar de preferência com papel toalha. É essencial que use roupas adequadas e limpas, além de boné e botas de borracha. O ambiente da ordenha deve ser tranquilo, livre de estresse para os animais e todos os utensílios que entram em contato com o leite (baldes, latões, canecas, frascos de desinfetante, coadores) precisam estar rigorosamente limpos, desinfetados e secos.
Duas fotos lado a lado de ordenha mecânica e ordenha manual.

Tanto para a ordenha manual quanto mecânica recomenda-se a realização da “linha de ordenha”, que consiste na divisão do rebanho em quatro grupos: primeiro as vacas jovens e sadias; seguido pelas vacas mais velhas e sadias; depois pelas vacas com mastite e, por último, as vacas com mastite e em tratamento.
 
Fique atento: 

As vacas do terceiro grupo, diagnosticadas com mastite subclínica, podem ser ordenhadas, mas devem ser monitoradas diariamente para identificar qualquer progressão para a forma clínica, permitindo o início imediato do tratamento. Nesse caso, a vaca será transferida para o quarto grupo. Para as vacas do quarto grupo, com mastite clínica e em tratamento, devem ser ordenhadas manualmente e o leite separado para descarte. 

As vacas também necessitam de preparo, os tetos devem estar limpos e secos antes da ordenha e os primeiros jatos de leite devem ser descartados, que são os mais contaminados. Na ordenha, seja manual ou mecânica, é importante observar o aspecto do leite e realizar a ordenha completa, esvaziando todo o leite do úbere. Após a ordenha, a desinfecção dos tetos é fundamental para eliminar as bactérias e prevenir a mastite.

Por fim, a refrigeração do leite em temperatura igual a 4 °C, em até 3 horas após o  término da ordenha, é essencial para garantir a qualidade do produto. A multiplicação de bactérias é praticamente inibida, preservando as características físico-químicas e sensoriais do leite. A escolha do tipo de tanque (individual ou comunitário) e a forma de transferência do leite para ele (manual ou por bombas) dependem do sistema de produção e da quantidade de leite produzida. A combinação de um correto manejo de ordenha com a refrigeração imediata e adequada, garante a obtenção de um leite de alta qualidade.

Cuidados especiais na ordenha mecânica


Se na ordenha mecânica os cuidados essenciais estão relacionados com a ordenhadeira (especialmente limpeza e bom funcionamento), na ordenha manual, o foco é o ordenhador. Ele precisa estar bem treinado para lidar calmamente com as vacas e cuidar da higiene dos tetos, dos utensílios e do local de ordenha. Também deve ser observador para identificar alguma alteração de comportamento, que pode ser indicativo de alguma enfermidade.
Ordenhador realiza a colocação das teteiras nos tetos da vaca para ordenha mecânica.
Ordenhador realiza ordenha manual de vaca.

Cuidados especiais na ordenha manual


Se na ordenha mecânica os cuidados essenciais estão relacionados com a ordenhadeira (especialmente limpeza e bom funcionamento), na ordenha manual, o foco é o ordenhador. Ele precisa estar bem treinado para lidar calmamente com as vacas e cuidar da higiene dos tetos, dos utensílios e do local de ordenha. Também deve ser observador para identificar alguma alteração de comportamento, que pode ser indicativo de alguma enfermidade.

Vídeos


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Mastite ambiental

Já Ouviu Falar? é uma série de vídeos curtos apresentada por especialistas da Embrapa Gado de Leite com o objetivo de compartilhar boas práticas e soluções eficazes para otimizar a produção leiteira. Neste episódio, abordamos a mastite ambiental, doença que causa muitos prejuízos aos bovinos e consequentemente à produção de leite no Brasil.

Rotina de ordenha para qualidade e segurança no leite

Confira o vídeo com a analista Letícia Caldas Mendonça e aprenda sobre a importância de uma boa rotina de ordenha das vacas e os principais pontos de atenção na rotina de ordenha.

Indicadores de desempenho da ordenha mecânica

Confira o vídeo Indicadores de desempenho da ordenha mecânica, com o pesquisador Cláudio Antonio Versiani Paiva, que compartilhou informações sobre a importância dos indicadores de desempenho na rotina de ordem mecânica e a eficiência dessa ferramenta.

Podcasts


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Rotina de ordenha para qualidade e segurança no leite

Confira este episódio com a analista Letícia Mendonça e aprenda sobre a importância de uma boa rotina de ordenha das vacas e os principais pontos de atenção na rotina de ordenha.

Indicadores de desempenho da ordenha mecânica

Confira este episódio com o analista Cláudio Versiani, que compartilhou informações sobre a importância dos indicadores de desempenho na rotina de ordenha mecânica e a eficiência dessa ferramenta.

Publicações


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Procedimentos para a coleta de amostras de leite para contagem de células somáticas, contagem bacteriana total e detecção de resíduos de antibióticos

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A Instrução Normativa 62/2011 do MAPA regula a qualidade do leite cru no Brasil, exigindo a coleta mensal de amostras para análise de CCS, CTB e resíduos de antibióticos em laboratórios da RBQL. As amostras devem seguir padrões internacionais para garantir comparabilidade entre resultados, sendo essenciais para monitorar a saúde da glândula mamária, avaliar a matéria-prima pela indústria e assegurar a qualidade do leite durante a fiscalização.

Pecuária leiteira na Amazônia

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O leite constitui o produto central da vida de milhares de famílias no bioma Amazônia e, em função do ambiente, sua cadeia produtiva precisou ser adaptada e reinventada. Esta publicação reúne informações necessárias para atuação na cadeia produtiva de leite da região. 

Preparar a solução desinfetante para tetos

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As soluções desinfetantes para os tetos são essenciais para melhorar e manter a qualidade do leite. Devem ser adquiridas de empresas confiáveis, registradas no MAPA e utilizadas conforme as recomendações do fabricante.

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Calendário anual

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Este curso tem o objetivo de capacitar veterinários na realização de diagnóstico de brucelose e tuberculose segundo normas do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) e coletar material para diagnóstico de raiva e encefalopatia espongiforme bovina (EEB) segundo Programa Nacional de Controle de Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e Programa Nacional de Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB).

✅ Realização: Em breve
Público-alvo: restrito a profissionais formados em medicina veterinária com registro ativo no respectivo conselho de classe (CRMV)

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O curso aborda a vida do carrapato, as recomendações para um controle estratégico, como proceder para realizar o teste de sensibilidade a carrapaticidas, além de ensinar os dez passos para obter sucesso no controle do parasita. 

Organizadora: Embrapa Gado de Leite

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