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Já foram descritas mais de 30 espécies de nematoides associadas ao feijão-caupi. No entanto, apenas algumas são consideradas de importância econômica, porque podem causar perdas de produção: os nematoides-das-galhas (Meloidogyne spp.), o nematoide-das-lesões-radiculares (Pratylenchus spp.) e o nematoide-reniforme (Rotylenchulus reniformis). Desses, os nematoides-das-galhas são os mais importantes para a cultura do feijão-caupi no Brasil.
Capítulo: Nematoides
Número da Pergunta: 348
Ano: 2017
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Os nematoides-das-galhas causam sintomas de deficiência mineral, crescimento reduzido, amarelecimento e queda de folhas, além de queda acentuada de produção. Os sintomas mais característicos, no entanto, ocorrem nas raízes, na forma de engrossamento das raízes (galhas), resultado da hiperplasia (aumento do número) e hipertrofia (aumento do tamanho) de células e tecidos, como consequência de substâncias nocivas injetadas pelo nematoide nos tecidos da planta.
Capítulo: Nematoides
Número da Pergunta: 349
Ano: 2017
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Não. Existem nematoides que são disseminados por sementes infestadas, como ocorre em arroz e gramíneas forrageiras, mas os que parasitam o feijão-caupi não são disseminados por sementes.
Capítulo: Nematoides
Número da Pergunta: 352
Ano: 2017
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A crotalária escolhida deve ser semeada em toda a área a ser cultivada com o feijão-caupi. Quando atingir a fase de floração, deverá ser cortada, e toda a parte aérea deverá ser incorporada ao solo. A recomendação geral é o plantio em linhas, espaçadas em 0,50 m entre si, utilizando-se de 30 a 35 sementes por metro linear.
Capítulo: Nematoides
Número da Pergunta: 357
Ano: 2017
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Várias plantas já foram identificadas como antagônicas aos nematoides. As mais utilizadas são: as crotalárias (Crotalaria spectabilis, C. juncea, C. retusa, C. paulina, C. ochroleuca, entre outras), o cravo-de-defunto (Tagetes spp.), a mucuna-preta (Mucuna pruriens), várias espécies de braquiária (Brachiaria spp.), o milheto (Penisetum glaucum) e o feijão-guandu (Cajanus cajan).
As espécies de crotalária têm se mostrado muito eficientes no controle de várias espécies de nematoides, inclusive os mais nocivos ao feijão-caupi. A escolha dessas plantas depende da espécie de nematoide presente na área de cultivo.
Capítulo: Nematoides
Número da Pergunta: 356
Ano: 2017
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Sim, pois os nematoides necessitam de umidade no solo para sobreviver. O revolvimento do solo, quando feito nos períodos quentes e secos do ano, pode reduzir drasticamente as populações de nematoides no solo, pela dessecação de ovos e juvenis presentes e, também, porque a eclosão é inibida. Desse modo, o número de nematoides que alcançam as raízes das plantas fica pequeno ou nulo.
Capítulo: Nematoides
Número da Pergunta: 358
Ano: 2017
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As pragas mais importantes e que apresentam ocorrência nas diferentes regiões produtoras do Brasil são: lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), paquinha (Neocurtilla hexadactyla), lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), vaquinhas (Diabrotica speciosa e Cerotoma arcuata), mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B), cigarrinha-verde (Emposca sp.), larva-minadora (Liriomyza sp.), tripes (Thrips palmi e outras espécies), lagartas-das-vagens (Maruca sp. e Etiella zinckenella), percevejos (Crinocerus sanctus, Nezara viridula e Piezodorus guildinii), manhoso (Chalcodermus bimaculatus) e caruncho (Callosobruchus maculatus).
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 364
Ano: 2017
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Não. Geralmente, os insetos atacam a planta no momento em que seu estádio fenológico está produzindo o alimento ideal para eles. Assim, as pragas do feijão-caupi podem ser distribuídas de acordo com a fenologia, conforme apresentado a seguir:
- Germinação (até 5 dias): paquinha-vaquinha (larva-arame).
- Fase vegetativa (entre 6 e 35 dias): paquinha, lagarta-elasmo, lagarta-rosca, larva-arame, lagartas-desfolhadoras, cigarrinhas, pulgão, mosca-branca, minador-das-folhas e tripes.
- Fase reprodutiva (entre 36 e 55 dias): tripes, vaquinhas, pulgão, lagartas-desfolhadoras, lagarta-das-vagens, mosca-branca, minador-das-folhas, percevejos e manhoso.
- Colheita (entre 55 e 80 dias): percevejo, manhoso e pragas dos grãos armazenados.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 365
Ano: 2017
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A incorporação de matéria orgânica ao solo melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo, favorecendo um melhor desenvolvimento das plantas e, consequentemente, possibilitando melhores condições para que elas suportem o ataque de patógenos. Além disso, durante a decomposição da matéria orgânica, são formados compostos que podem atuar diretamente sobre os nematoides. Outro benefício, bastante importante, é o aumento de microbiota, composta sobretudo por fungos, actinomicetos e bactérias, que podem atuar como inimigos naturais dos nematoides, auxiliando no seu controle.
Capítulo: Nematoides
Número da Pergunta: 361
Ano: 2017
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Sim. São as chamadas pragas subterrâneas. Elas atacam as sementes após a semeadura, e as raízes e o colo da planta (parte inferior do caule das plantinhas próxima ao solo) assim que emergem.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 366
Ano: 2017
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Até o momento, não existe inseticida registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle de paquinha em feijão-caupi. Diante disso, recomenda-se o aumento da população de plantas por hectare. Em áreas onde há histórico de incidência da praga e a semeadura é mecanizada, devem ser distribuídas dez sementes por metro linear de fileira. Em pequenos plantios, onde a semeadura é feita em covas, devem ser colocadas quatro sementes por cova.
Além do adensamento de plantio, o controle da paquinha pode ser feito com armadilhas. A paquinha é bastante atraída por focos luminosos; portanto, recomenda-se a instalação de armadilhas luminosas para capturá-la. A instalação dessas armadilhas ajuda a diminuir a população dessa praga.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 369
Ano: 2017
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Sim. O ataque é bastante favorecido quando ocorrem veranicos, principalmente em solos arenosos. As plantas são sensíveis ao ataque até o 30º dia após a emergência (DAE). Em cultivos irrigados e na ausência de veranicos, é menos provável que a população desse inseto alcance nível que cause dano econômico.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 373
Ano: 2017
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O principal sinal do ataque da lagarta-rosca é o seccionamento do caule na base das plantas. Como o ataque ocorre sempre à noite, pois o inseto tem hábito noturno, é ao amanhecer que o produtor vai perceber que as plantas foram afetadas, pois elas se mostram completamente tombadas, estando, porém, ainda verdes e túrgidas (hidratadas). O dano é tão rápido que as plantas sequer chegam a murchar, diferentemente dos sintomas apresentados por plantas atacadas por outras pragas de solo. Outro sinal típico do ataque é a presença da lagarta no interior do solo, sob as plantinhas. Ao se revolver o solo na região, aparecerá a lagarta, que, ao ser tocada, enrola-se, assumindo o formato de uma rosca; daí o nome da praga.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 375
Ano: 2017
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Não existe, até o momento, inseticida registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle da lagarta-rosca em feijão-caupi. Daí o motivo por que é recomendado o aumento da população de plantas por hectare. A mariposa da lagarta-rosca é bastante atraída por focos luminosos; portanto, em locais onde é possível usar armadilhas luminosas para capturá-las, a população dessa praga diminui.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 376
Ano: 2017
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São pragas que se alimentam das partes da planta que ficam acima do solo, sobre o colo. Elas atacam os ramos, as folhas e os órgãos reprodutivos (flores, vagens e grãos), o que resulta em graves danos à produtividade de grãos do feijão-caupi.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 377
Ano: 2017
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Considerando todas as áreas cultivadas com a cultura, pode-se dizer que essa praga aparece com pouca frequência no feijão-caupi e é considerada praga secundária. Todavia, quando ocorrem condições excepcionalmente favoráveis, seu ataque pode ser devastador. Em casos extremos de surto dessa praga e ausência de medidas de controle, pode ocorrer desfolha total.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 381
Ano: 2017
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As principais pragas sugadoras do feijão-caupi são: cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri), pulgões (Aphis craccivora, Aphis gossypii e Aphis fabae), percevejos (Crinocerus sanctus, Piezodorus guildinii e Nezara viridula) e mosca-branca (Bemisia tabacii). Essas pragas são importantes porque, além dos danos diretos que elas causam, são, em sua grande maioria, vetores de doenças, sobretudo viroses, um grupo de doença de grande relevância para a cultura pelos prejuízos que causam.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 384
Ano: 2017
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Sim. As pragas sugadoras são aquelas que se alimentam por meio de finos estiletes, que compõem seu aparelho bucal, os quais são inseridos nas partes das plantas de feijão-caupi (ramos, folhas, flores, vagens e sementes), de onde retiram seu alimento. Essas pragas causam danos importantes porque, ao sugarem o conteúdo celular das plantas atacadas, elas simultaneamente injetam toxinas. Além disso, muitas das espécies sugadoras que atacam o feijão-caupi são transmissoras de vírus, cuja interação resulta em danos significativos à produtividade de grãos.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 383
Ano: 2017
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Em condições de campo, o ataque de cigarrinhas é facilmente percebido pelo aparecimento de plantas enfezadas (porte anão), folíolos enrolados (com bordas viradas para baixo). Ademais, as plantas exibem coloração verde-amarelada. As cigarrinhas são insetos bastante pequenos, de coloração verde-clara. O inseto adulto mede aproximadamente 3 mm e aloja-se frequentemente na face inferior das folhas, onde se alimenta. Uma característica marcante desse inseto é a forma peculiar de caminhar sobre as folhas: ele se move sempre de lado.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 385
Ano: 2017
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Como os pulgões alimentam-se sugando as partes afetadas e também injetam toxinas nas plantas, eles provocam um típico encarquilhamento das folhas, isto é, suas bordas voltam-se para baixo e há uma ligeira deformação dos brotos. Além disso, vivem em colônias, que são facilmente identificadas. Como se alimentam exclusivamente de seiva, esses insetos eliminam grande quantidade de um líquido adocicado, do qual se alimentam as formigas, as quais, em contrapartida, os protegem dos inimigos naturais. Além disso, essa substância adocicada serve também de substrato para o crescimento, sobre as folhas, de um mofo preto, denominado fumagina. O conjunto desses sinais permite facilmente identificar no campo o ataque dos pulgões.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 386
Ano: 2017
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Os pulgões que atacam o feijão-caupi são importantes vetores (transmissores) de viroses, doenças das mais sérias para o feijão-caupi, as quais, dependendo das condições, podem afetar diretamente a produtividade de grãos. O vírus do feijão-caupi transmitido por pulgão (Cowpea aphid borne mosaic virus – CABMV) e o vírus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus – CMV) são dois dos principais vírus que os pulgões transmitem, e, a depender das condições do meio ambiente, podem reduzir em até 60% os rendimentos da cultura.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 387
Ano: 2017
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Verifica-se que um campo está sendo atacado pela mosca-branca quando, sob as folhas das plantas afetadas, nota-se a presença de pequenos insetos brancos, que voam quando as folhas são tocadas. Quando a infestação é grande, é possível vê-los também na face superior e, naquelas que ficam embaixo, percebe-se a presença da fumagina. Esses insetos são bastante pequenos: medem, em média, 1,5 mm de comprimento. Apresentam dois pares de asas brancas, com cabeça e abdômen amarelados.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 388
Ano: 2017
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Sim. Produtos à base de azadiractina e Beauveria bassiana já estão disponíveis no comércio e registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle dessa praga.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 390
Ano: 2017
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Sim. São as chamadas pragas dos órgãos reprodutivos. Incluem-se nesse grupo os sugadores, os raspadores e os cortadores de flores, vagens e grãos, além dos raspadores de folhas, flores e vagens.
Os principais representantes do grupo dos sugadores são o percevejo-vermelho-do-feijão-caupi (Crinocerus sanctus), o percevejo-pequeno-da-soja (Piezodorus guildinii) e o percevejo-verde-da-soja (Nezara viridula). Do grupo dos raspadores constam os tripes (Frankliniella schultzei) e os cortadores, com destaque para as lagartas (Etiella zinckenella e Maruca testulales) e o manhoso (Chalcodermus bimaculatus).
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 392
Ano: 2017
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A identificação do ataque dessa praga se faz observando-se as características próprias do inseto sobre as plantas. Seu corpo tem partes amarelo-alaranjadas, entremeadas por áreas avermelhadas e pretas, apresentam aproximadamente 25 mm de comprimento e possuem pernas posteriores (traseiras) com fêmur volumoso, avermelhado e com grande número de pequenos espinhos escuros.
Esses insetos são importantes porque, além de representarem cerca de 70% da população de percevejos que afetam a cultura, eles alimentam-se sugando as flores, as vagens e também os grãos no interior das vagens, causando danos diretos, como o abortamento de flores e vagens. Se o ataque ocorrer em vagens já desenvolvidas, os danos poderão se dar diretamente nos grãos, que sofrerão processo de chochamento. Associado a esse dano, sobrevém outro, do tipo indireto, resultante do ataque de fungos e leveduras nos grãos em formação, que são inoculados por meio do aparelho bucal (estilete) do percevejo.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 393
Ano: 2017
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O reconhecimento dessa praga no campo se dá observando-se diretamente o percevejo, que permanece sobre a folhagem ou vagens do feijão-caupi. Quando adultos, apresentam coloração verde, de onde vem o seu nome vulgar, mostrando também manchas vermelhas nos últimos segmentos das antenas.
Esses insetos podem também ser identificados pelas características dos ovos e das ninfas (forma imatura do percevejo). Os percevejos adultos põem os ovos na face inferior das folhas, em massas de ovos de formato hexagonal, contendo cerca de cem ovos, de coloração inicialmente amarela e, próximo à eclosão, rosada. Essa praga também pode ser percebida pela presença de ninfas formando colônias sobre as plantas.
Sendo praga sugadora, o percevejo-verde suga os grãos em formação no interior das vagens e injetam simultaneamente suas toxinas. Ao concluir a alimentação, deixa pequenos orifícios, resultantes da introdução do seu aparelho bucal (estilete), por onde penetram diversos microrganismos (fungos, leveduras, bactérias), que determinam o chochamento dos grãos, em detrimento da qualidade e da produtividade da cultura.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 394
Ano: 2017
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Tripes são insetos bastante pequenos: medem de 0,5 mm a 1,3 mm de comprimento. Apresentam uma característica peculiar, que é a forma de alimentação, do tipo raspador-sugador. Primeiramente raspam, com o aparelho bucal, a superfície dos órgãos-alvo, causando-lhes leve ferimento, de onde é liberada a seiva, que é imediatamente sugada pelo inseto.
Seu reconhecimento no campo pode ser feito observando-se, com o auxílio de uma lupa, a conformação do inseto sobre as plantas, especialmente as flores. A principal característica que distingue essa praga das demais é seu diminuto tamanho e a presença de dois pares de asas franjadas. No feijão-caupi, os tripes estão preferencialmente presentes nas inflorescências, o que resulta em significativo abortamento de flores quando a população da praga está elevada no campo. Nessas situações, é comum o ataque dessa praga também às folhas e aos ramos do feijão-caupi. Todavia, o ataque às flores é o que causa maiores prejuízos à cultura.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 396
Ano: 2017
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Sim. Existem duas lagartas que atacam preferencialmente o pedúnculo floral, as flores e as vagens em formação. Uma delas é a broca-da-vagem (Etiella zinckenella). Quando nova, ela apresenta corpo de coloração verde-clara e cabeça verde-escura. Quando a lagarta atinge o máximo desenvolvimento, medindo aproximadamente 20 mm de comprimento, apresenta coloração rosada. O adulto dessa lagarta é uma mariposa de aproximadamente 20 mm de envergadura, com asas de coloração cinzenta e franjas brancas nos bordos. Ela põe os ovos nas flores e nas vagens do feijão-caupi e, quando eclodem, as lagartinhas abrem um orifício, penetram nas vagens e alimentam-se dos grãos verdes. No local deixado pelo orifício aberto pela lagarta, são observadas fezes, que causam sua obstrução. Quando o ataque é intenso, os danos à produtividade de grãos são significativos.
A outra lagarta é a Maruca sp. Sua forma adulta é também a de uma mariposa, com aproximadamente 20 mm de envergadura e coloração marrom-clara, apresentando, nas asas, áreas transparentes, por causa da ausência de escamas.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 397
Ano: 2017
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A presença do inseto na planta é muito difícil de ser percebida, pois, ao perceber qualquer movimento na plantação, o inseto joga-se no chão e finge-se de morto, daí a origem do seu nome popular, manhoso. A melhor forma de perceber a presença do inseto no campo é pelos sintomas de ataque nas vagens, que apresentam orifícios, que podem ser de alimentação ou de postura. Os orifícios de postura são feitos pelas fêmeas através da inserção do seu aparelho bucal na vagem, até atingir o grão; em seguida, com o ovipositor, introduz o ovo no orifício e cobre-o com uma secreção que o protege dos inimigos naturais e inseticidas. Esses orifícios formam, posteriormente, uma cicatriz saliente, característica da postura do manhoso. Os orifícios de alimentação permanecem abertos.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 398
Ano: 2017
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O controle das pragas dos grãos armazenados em feijão-caupi não pode ser feito utilizando-se agroquímicos, já que não há registros desses produtos para esse fim nessa cultura. No entanto, têm sido feitos trabalhos com óleos essenciais para biofumigação, com o objetivo de controlar essas pragas, principalmente o C. maculatus. Embora não esteja disponível comercialmente, o óleo essencial de mastruz ou de erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides), e também do cipó-de-alho (Mansoa alliacea), na concentração de 0,02 mL/L ou 20 mL/m3, controlam 100% desse inseto por biofumigação.
Capítulo: Pragas
Número da Pergunta: 400
Ano: 2017
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Feijão-caupi safrinha é o feijão que é cultivado na segunda safra, sem irrigação (sequeiro). A denominação "safrinha", no diminutivo, está associada ao fato de essa safra ocorrer no início dos plantios de segunda safra, que eram pouco significativos em comparação com o cultivo de primeira safra. Contudo, ao longo do tempo, a segunda safra tornou-se bastante expressiva no Brasil, o que não impediu que a denominação "safrinha", já consagrada, continuasse a ser utilizada.
Na região do Cerrado brasileiro, não se pratica cultivo significativo de feijão-caupi na primeira safra, sendo mais recomendado o seu cultivo na segunda safra. Normalmente, na segunda safra, o plantio coincide com o final do período chuvoso, sendo, portanto, uma época de plantio que oferece certos riscos por conta das adversidades climáticas. Contudo, para o feijão-caupi, essa é a época ideal, por permitir que a colheita se faça em período com baixa probabilidade de ocorrência de chuvas.
Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha
Número da Pergunta: 401
Ano: 2017
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Os seguintes fatores devem ser considerados:
- Época de semeadura – A época de semeadura é o fator mais importante a ser considerado no planejamento da safrinha, uma vez que o sucesso da lavoura depende do bom aproveitamento do período de chuvas e da coincidência da colheita com o período seco. Dessa forma, o planejamento começa na cultura anterior. A colheita da cultura da safra principal deve ser feita o mais cedo possível, para garantir que a semeadura do feijão-caupi seja feita na época mais indicada, considerando as necessidades hídricas e de temperatura.
- Escolha da variedade – A escolha da variedade é primordial para garantir sucesso à lavoura. É fundamental utilizar cultivares recomendadas para a região e que apresentem boa adaptabilidade e estabilidade de produção, resistência/tolerância às principais doenças, porte das plantas adequado ao sistema de cultivo, ciclo de maturação adequado à época de plantio e tipo de grão que tenha mercado na região.
- Qualidade das sementes – A utilização de sementes de boa qualidade, de preferência certificadas, é um importante passo para obter boa produtividade na lavoura de feijão-caupi safrinha. Sementes de baixa qualidade podem resultar em baixo estande e, consequentemente, dificuldade para controlar as plantas daninhas, resultando em baixa produtividade e redução do lucro.
- Tratos culturais – A correta aplicação dos tratos culturais garante o bom desenvolvimento das plantas, proporcionando, assim, bons rendimentos. É importante realizar os tratos culturais no momento certo e adequadamente. A adubação deve estar de acordo com a fertilidade do solo, com o espaçamento entre plantas e a população de plantas adequada, e com o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas no momento certo, para evitar custos desnecessários e prejuízos decorrentes do atraso na realização das operações de controle.
Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha
Número da Pergunta: 405
Ano: 2017
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O cultivo de feijão-caupi na safrinha apresenta inúmeras vantagens, com destaque para: a) aproveitamento residual de fertilizantes aplicados na cultura da soja; b) semeadura e desenvolvimento das plantas em período chuvoso; c) colheita na estação seca (maio-junho); d) melhor qualidade de grãos; e e) colheita mecanizada.
Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha
Número da Pergunta: 404
Ano: 2017
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Sim. O porte da variedade depende do tamanho da área a ser cultivada. Em grandes áreas, deve-se dar preferência a variedades de porte ereto e semiereto, pois facilitam a colheita mecânica. Já as variedades de porte semiprostrado e prostrado são mais indicadas para áreas menores e quando a colheita das vagens é feita manualmente.
Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha
Número da Pergunta: 407
Ano: 2017
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Sim. Recomenda-se a consorciação com o capim-elefante cv. Anão, que apresenta porte baixo, alta proporção de folhas e menor agressividade do que as cultivares de porte alto, além de proporcionar menor sombreamento.
A consorciação pode atender a três finalidades:
- Produção de silagem mista, em que a inclusão do feijão-caupi teria a finalidade de melhorar a qualidade da silagem, considerando-se seus altos teores de proteína bruta e nutrientes, além da maior digestibilidade.
- Cultivo intercalado do feijão-caupi como fonte biológica de nitrogênio, em decorrência de sua elevada capacidade de fixação do nitrogênio atmosférico, estimada em 40 kg/ha de N a 120 kg/ha de N por ciclo de cultivo. Nesse caso, os grãos são colhidos ao final do ciclo, e a resteva é depositada nas entrelinhas da gramínea, ou, então, é incorporada ao solo. O nitrogênio contido nas raízes e o acumulado pelos nódulos das bactérias serão disponibilizados para a gramínea durante o processo de decomposição das raízes.
- Pastoreio da gramínea e da resteva do feijão-caupi após a colheita dos grãos, utilizando-se preferencialmente lotação rotativa.
Capítulo: Alimentação Animal
Número da Pergunta: 442
Ano: 2017
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Sim. É possível obter um feno de excelente qualidade cortando as plantas no início da floração, aos 40 a 50 dias após a germinação, picando-se e secando-se ao sol até menos que 15% de umidade. O feno de feijão-caupi pode participar em até 30% da dieta de ruminantes (bovinos, ovinos, caprinos e bubalinos) sem limitar o consumo e a digestibilidade. Durante a fenação, deve-se tomar cuidado para evitar a perda de folhas, o que pode resultar em redução do valor nutritivo do feno.
Capítulo: Alimentação Animal
Número da Pergunta: 439
Ano: 2017
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Sim. Na Etiópia, o fornecimento de 1,5 kg feno de feijão-caupi – o equivalente a 30% do feno fornecido aos animais – resultou num incremento de 250 g por animal por dia, em novilhos mestiços. Bovinos mestiços Charolês x Brahman apresentaram ganhos de 1,2 kg por animal por dia quando pastejaram capim-pangola e feijão-caupi.
Em animais que tiveram acesso apenas ao capim-pangola, o ganho de peso foi de 0,62 kg por animal por dia. Em Petrolina, PE, ganhos de peso de 0,2 kg por animal por dia foram obtidos em bovinos azebuados mantidos em pastagem de caatinga, suplementados com restos de cultura de feijão-caupi e palhada de milho. O feijão-caupi contribuiu em ganhos médios de peso superiores em 37% aos ganhos fornecidos pelo farelo de algodão em bovinos mantidos em confinamento, recebendo cana-de-açúcar, capim-colonião e mandioca.
Capítulo: Alimentação Animal
Número da Pergunta: 444
Ano: 2017
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Os grãos do feijão-caupi possuem excelente teor proteico, o que torna o feijão-caupi indicado para uso em dietas animais. Porém, ele apresenta elevados teores de fibra e carboidratos, considerados nutrientes limitantes em rações para peixes. A fibra tende a absorver água e a expandir-se, o que dificulta a formação do pellet durante o processo de extrusão de rações e compromete a gelatinização dos carboidratos, reduzindo sua digestibilidade. Também influenciam a digestão e o aproveitamento dos alimentos, pois possuem moléculas (celulose e hemicelulose) que não são digeridas no trato gastrointestinal dos peixes e aceleram o trânsito dos alimentos no intestino, reduzem a absorção de nutrientes e pioram a conversão alimentar das rações. Os carboidratos são utilizados como poupadores de proteína em dietas, pois fornecem parte da energia metabólica que os peixes necessitam para crescer. No entanto, o excesso de carboidrato em rações pode causar acúmulo de gordura visceral e no fígado. Por isso, são recomendáveis teores de até 6% de fibra bruta e 25% de carboidratos em dietas para peixes onívoros.
Capítulo: Alimentação Animal
Número da Pergunta: 448
Ano: 2017
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Sim. Recomenda-se incluir até 25% de grãos de feijão-caupi na dieta de juvenis de tambaqui, peixes com peso em torno de 10 g. No entanto, ainda são necessários estudos para o estabelecimento de recomendações para outras espécies ou fases de crescimento.
Capítulo: Alimentação Animal
Número da Pergunta: 452
Ano: 2017
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Sim, entretanto, o sucesso depende das condições ambientais e da manipulação de grande quantidade de grãos.
Capítulo: Secagem e Armazenamento
Número da Pergunta: 460
Ano: 2017
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