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Exibindo 679 resultados.
  • Já foram descritas mais de 30 espécies de nematoides associa­das ao feijão-caupi. No entanto, apenas algumas são consideradas de importância econômica, porque podem causar perdas de produção: os nematoides-das-galhas (Meloidogyne spp.), o nematoide-das-lesões-radiculares (Pratylenchus spp.) e o nematoide-reniforme (Rotylenchulus reniformis). Desses, os nematoides-das-galhas são os mais importantes para a cultura do feijão-caupi no Brasil.

    Capítulo: Nematoides

    Número da Pergunta: 348

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os nematoides-das-galhas causam sintomas de deficiência mineral, crescimento reduzido, amarelecimento e queda de folhas, além de queda acentuada de produção. Os sintomas mais carac­terísticos, no entanto, ocorrem nas raízes, na forma de engrossamento das raízes (galhas), resultado da hiperplasia (aumento do número) e hipertrofia (aumento do tamanho) de células e tecidos, como consequência de substâncias nocivas injetadas pelo nematoide nos tecidos da planta.

    Capítulo: Nematoides

    Número da Pergunta: 349

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Não. Existem nematoides que são disseminados por sementes infestadas, como ocorre em arroz e gramíneas forrageiras, mas os que parasitam o feijão-caupi não são disseminados por sementes.

    Capítulo: Nematoides

    Número da Pergunta: 352

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • A crotalária escolhida deve ser semeada em toda a área a ser cultivada com o feijão-caupi. Quando atingir a fase de floração, deverá ser cortada, e toda a parte aérea deverá ser incorporada ao solo. A recomendação geral é o plantio em linhas, espaçadas em 0,50 m entre si, utilizando-se de 30 a 35 sementes por metro linear.

    Capítulo: Nematoides

    Número da Pergunta: 357

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Várias plantas já foram identificadas como antagônicas aos nematoides. As mais utilizadas são: as crotalárias (Crotalaria spectabilis, Cjuncea, C. retusa, C. paulina, Cochroleuca, entre outras), o cravo-de-defunto (Tagetes spp.), a mucuna-preta (Mucuna pruriens), várias espécies de braquiária (Brachiaria spp.), o milheto (Penisetum glaucum) e o feijão-guandu (Cajanus cajan).

    As espécies de crotalária têm se mostrado muito eficientes no controle de várias espécies de nematoides, inclusive os mais nocivos ao feijão-caupi. A escolha dessas plantas depende da espécie de nematoide presente na área de cultivo.

    Capítulo: Nematoides

    Número da Pergunta: 356

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim, pois os nematoides necessitam de umidade no solo para sobreviver. O revolvimento do solo, quando feito nos períodos quentes e secos do ano, pode reduzir drasticamente as populações de nematoides no solo, pela dessecação de ovos e juvenis presentes e, também, porque a eclosão é inibida. Desse modo, o número de nematoides que alcançam as raízes das plantas fica pequeno ou nulo.

    Capítulo: Nematoides

    Número da Pergunta: 358

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • As pragas mais importantes e que apresentam ocorrência nas diferentes regiões produtoras do Brasil são: lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), paquinha (Neocurtilla hexadactyla), lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), vaquinhas (Diabrotica speciosa e Cerotoma arcuata), mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B), cigarrinha-verde (Emposca sp.), larva-minadora (Liriomyza sp.), tripes (Thrips palmi e outras espécies), lagartas-das-vagens (Maruca sp. e Etiella zinckenella), percevejos (Crinocerus sanctus, Nezara viridula e Piezodorus guildinii), manhoso (Chalcodermus bimaculatus) e caruncho (Callosobruchus maculatus).

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 364

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Não. Geralmente, os insetos atacam a planta no momento em que seu estádio fenológico está produzindo o alimento ideal para eles. Assim, as pragas do feijão-caupi podem ser distribuídas de acordo com a fenologia, conforme apresentado a seguir:

    • Germinação (até 5 dias): paquinha-vaquinha (larva-arame).
    • Fase vegetativa (entre 6 e 35 dias): paquinha, lagarta-elasmo, lagarta-rosca, larva-arame, lagartas-desfolhadoras, cigarrinhas, pulgão, mosca-branca, minador-das-folhas e tripes.
    • Fase reprodutiva (entre 36 e 55 dias): tripes, vaquinhas, pulgão, lagartas-desfolhadoras, lagarta-das-vagens, mosca-branca, minador-das-folhas, percevejos e manhoso.
    • Colheita (entre 55 e 80 dias): percevejo, manhoso e pragas dos grãos armazenados.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 365

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • A incorporação de matéria orgânica ao solo melhora as con­dições físicas, químicas e biológicas do solo, favorecendo um melhor desenvolvimento das plantas e, consequentemente, possibilitando melhores condições para que elas suportem o ataque de patógenos. Além disso, durante a decomposição da matéria orgânica, são forma­dos compostos que podem atuar diretamente sobre os nematoides. Outro benefício, bastante importante, é o aumento de microbiota, composta sobretudo por fungos, actinomicetos e bactérias, que podem atuar como inimigos naturais dos nematoides, auxiliando no seu controle.

    Capítulo: Nematoides

    Número da Pergunta: 361

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. São as chamadas pragas subterrâneas. Elas atacam as sementes após a semeadura, e as raízes e o colo da planta (parte inferior do caule das plantinhas próxima ao solo) assim que emergem.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 366

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Até o momento, não existe inseticida registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle de paquinha em feijão-caupi. Diante disso, recomenda-se o aumento da população de plantas por hectare. Em áreas onde há histórico de incidência da praga e a semeadura é mecanizada, devem ser distribuídas dez sementes por metro linear de fileira. Em pequenos plantios, onde a semeadura é feita em covas, devem ser colocadas quatro sementes por cova.

    Além do adensamento de plantio, o controle da paquinha pode ser feito com armadilhas. A paquinha é bastante atraída por focos luminosos; portanto, recomenda-se a instalação de armadilhas luminosas para capturá-la. A instalação dessas armadilhas ajuda a diminuir a população dessa praga.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 369

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. O ataque é bastante favorecido quando ocorrem veranicos, principalmente em solos arenosos. As plantas são sensíveis ao ataque até o 30º dia após a emergência (DAE). Em cultivos irrigados e na ausência de veranicos, é menos provável que a população desse inseto alcance nível que cause dano econômico.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 373

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • O principal sinal do ataque da lagarta-rosca é o seccionamento do caule na base das plantas. Como o ataque ocorre sempre à noite, pois o inseto tem hábito noturno, é ao amanhecer que o produtor vai perceber que as plantas foram afetadas, pois elas se mostram completamente tombadas, estando, porém, ainda verdes e túrgidas (hidratadas). O dano é tão rápido que as plantas sequer chegam a murchar, diferentemente dos sintomas apresentados por plantas atacadas por outras pragas de solo. Outro sinal típico do ataque é a presença da lagarta no interior do solo, sob as plantinhas. Ao se revolver o solo na região, aparecerá a lagarta, que, ao ser tocada, enrola-se, assumindo o formato de uma rosca; daí o nome da praga.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 375

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Não existe, até o momento, inseticida registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle da lagarta-rosca em feijão-caupi. Daí o motivo por que é recomendado o aumento da população de plantas por hectare. A mariposa da lagarta-rosca é bastante atraída por focos luminosos; portanto, em locais onde é possível usar armadilhas luminosas para capturá-las, a população dessa praga diminui.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 376

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • São pragas que se alimentam das partes da planta que ficam acima do solo, sobre o colo. Elas atacam os ramos, as folhas e os órgãos reprodutivos (flores, vagens e grãos), o que resulta em graves danos à produtividade de grãos do feijão-caupi.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 377

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Considerando todas as áreas cultivadas com a cultura, pode-se dizer que essa praga aparece com pouca frequência no feijão-caupi e é considerada praga secundária. Todavia, quando ocorrem condições excepcionalmente favoráveis, seu ataque pode ser devastador. Em casos extremos de surto dessa praga e ausência de medidas de controle, pode ocorrer desfolha total.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 381

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • As principais pragas sugadoras do feijão-caupi são: cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri), pulgões (Aphis craccivora, Aphis gossypii e Aphis fabae), percevejos (Crinocerus sanctus, Piezodorus guildinii e Nezara viridula) e mosca-branca (Bemisia tabacii). Essas pragas são importantes porque, além dos danos diretos que elas causam, são, em sua grande maioria, vetores de doenças, sobretudo viroses, um grupo de doença de grande relevância para a cultura pelos prejuízos que causam.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 384

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. As pragas sugadoras são aquelas que se alimentam por meio de finos estiletes, que compõem seu aparelho bucal, os quais são inseridos nas partes das plantas de feijão-caupi (ramos, folhas, flores, vagens e sementes), de onde retiram seu alimento. Essas pragas causam danos importantes porque, ao sugarem o conteúdo celular das plantas atacadas, elas simultaneamente injetam toxinas. Além disso, muitas das espécies sugadoras que atacam o feijão-caupi são transmissoras de vírus, cuja interação resulta em danos significativos à produtividade de grãos.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 383

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Em condições de campo, o ataque de cigarrinhas é facilmente percebido pelo aparecimento de plantas enfezadas (porte anão), folíolos enrolados (com bordas viradas para baixo). Ademais, as plantas exibem coloração verde-amarelada. As cigarrinhas são insetos bastante pequenos, de coloração verde-clara. O inseto adulto mede aproximadamente 3 mm e aloja-se frequentemente na face inferior das folhas, onde se alimenta. Uma característica marcante desse inseto é a forma peculiar de caminhar sobre as folhas: ele se move sempre de lado.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 385

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Como os pulgões alimentam-se sugando as partes afetadas e também injetam toxinas nas plantas, eles provocam um típico encarquilhamento das folhas, isto é, suas bordas voltam-se para baixo e há uma ligeira deformação dos brotos. Além disso, vivem em colônias, que são facilmente identificadas. Como se alimentam exclusivamente de seiva, esses insetos eliminam grande quantidade de um líquido adocicado, do qual se alimentam as formigas, as quais, em contrapartida, os protegem dos inimigos naturais. Além disso, essa substância adocicada serve também de substrato para o crescimento, sobre as folhas, de um mofo preto, denominado fumagina. O conjunto desses sinais permite facilmente identificar no campo o ataque dos pulgões.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 386

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os pulgões que atacam o feijão-caupi são importantes vetores (transmissores) de viroses, doenças das mais sérias para o feijão-caupi, as quais, dependendo das condições, podem afetar diretamente a produtividade de grãos. O vírus do feijão-caupi transmitido por pulgão (Cowpea aphid borne mosaic virus – CABMV) e o vírus do mosaico do pepino (Cucumber mosaic virus – CMV) são dois dos principais vírus que os pulgões transmitem, e, a depender das condições do meio ambiente, podem reduzir em até 60% os rendimentos da cultura.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 387

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Verifica-se que um campo está sendo atacado pela mosca-branca quando, sob as folhas das plantas afetadas, nota-se a pre­sença de pequenos insetos brancos, que voam quando as folhas são tocadas. Quando a infestação é grande, é possível vê-los também na face superior e, naquelas que ficam embaixo, percebe-se a presença da fumagina. Esses insetos são bastante pequenos: medem, em média, 1,5 mm de comprimento. Apresentam dois pares de asas brancas, com cabeça e abdômen amarelados.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 388

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Produtos à base de azadiractina e Beauveria bassiana já estão disponíveis no comércio e registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle dessa praga.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 390

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. São as chamadas pragas dos órgãos reprodutivos. Incluem-se nesse grupo os sugadores, os raspadores e os cortadores de flores, vagens e grãos, além dos raspadores de folhas, flores e vagens.

    Os principais representantes do grupo dos sugadores são o percevejo-vermelho-do-feijão-caupi (Crinocerus sanctus), o perce­vejo-pequeno-da-soja (Piezodorus guildinii) e o percevejo-verde-da-soja (Nezara viridula). Do grupo dos raspadores constam os tripes (Frankliniella schultzei) e os cortadores, com destaque para as lagartas (Etiella zinckenella e Maruca testulales) e o manhoso (Chalcodermus bimaculatus).

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 392

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • A identificação do ataque dessa praga se faz observando-se as características próprias do inseto sobre as plantas. Seu corpo tem partes amarelo-alaranjadas, entremeadas por áreas avermelhadas e pretas, apresentam aproximadamente 25 mm de comprimento e possuem pernas posteriores (traseiras) com fêmur volumoso, avermelhado e com grande número de pequenos espinhos escuros.

    Esses insetos são importantes porque, além de representarem cerca de 70% da população de percevejos que afetam a cultura, eles alimentam-se sugando as flores, as vagens e também os grãos no interior das vagens, causando danos diretos, como o abortamento de flores e vagens. Se o ataque ocorrer em vagens já desenvolvidas, os danos poderão se dar diretamente nos grãos, que sofrerão processo de chochamento. Associado a esse dano, sobrevém outro, do tipo indireto, resultante do ataque de fungos e leveduras nos grãos em formação, que são inoculados por meio do aparelho bucal (estilete) do percevejo.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 393

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • O reconhecimento dessa praga no campo se dá observando-se diretamente o percevejo, que permanece sobre a folhagem ou vagens do feijão-caupi. Quando adultos, apresentam coloração verde, de onde vem o seu nome vulgar, mostrando também manchas vermelhas nos últimos segmentos das antenas.

    Esses insetos podem também ser identificados pelas carac­terísticas dos ovos e das ninfas (forma imatura do percevejo). Os percevejos adultos põem os ovos na face inferior das folhas, em massas de ovos de formato hexagonal, contendo cerca de cem ovos, de coloração inicialmente amarela e, próximo à eclosão, rosada. Essa praga também pode ser percebida pela presença de ninfas formando colônias sobre as plantas.

    Sendo praga sugadora, o percevejo-verde suga os grãos em formação no interior das vagens e injetam simultaneamente suas toxinas. Ao concluir a alimentação, deixa pequenos orifícios, resul­tantes da introdução do seu aparelho bucal (estilete), por onde penetram diversos microrganismos (fungos, leveduras, bactérias), que determinam o chochamento dos grãos, em detrimento da quali­dade e da produtividade da cultura.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 394

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Tripes são insetos bastante pequenos: medem de 0,5 mm a 1,3 mm de comprimento. Apresentam uma característica pecu­liar, que é a forma de alimentação, do tipo raspador-sugador. Primeiramente raspam, com o aparelho bucal, a superfície dos órgãos-alvo, causando-lhes leve ferimento, de onde é liberada a seiva, que é imediatamente sugada pelo inseto.

    Seu reconhecimento no campo pode ser feito observando-se, com o auxílio de uma lupa, a conformação do inseto sobre as plantas, especialmente as flores. A principal característica que distingue essa praga das demais é seu diminuto tamanho e a presença de dois pares de asas franjadas. No feijão-caupi, os tripes estão preferencialmente presentes nas inflorescências, o que resulta em significativo abortamento de flores quando a população da praga está elevada no campo. Nessas situações, é comum o ataque dessa praga também às folhas e aos ramos do feijão-caupi. Todavia, o ataque às flores é o que causa maiores prejuízos à cultura.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 396

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Existem duas lagartas que atacam preferencialmente o pedúnculo floral, as flores e as vagens em formação. Uma delas é a broca-da-vagem (Etiella zinckenella). Quando nova, ela apre­senta corpo de coloração verde-clara e cabeça verde-escura. Quando a lagarta atinge o máximo desenvolvimento, medindo aproximadamente 20 mm de comprimento, apresenta coloração rosada. O adulto dessa lagarta é uma mariposa de aproximadamente 20 mm de envergadura, com asas de coloração cinzenta e franjas brancas nos bordos. Ela põe os ovos nas flores e nas vagens do feijão-caupi e, quando eclodem, as lagartinhas abrem um orifício, penetram nas vagens e alimentam-se dos grãos verdes. No local deixado pelo orifício aberto pela lagarta, são observadas fezes, que causam sua obstrução. Quando o ataque é intenso, os danos à produtividade de grãos são significativos.

    A outra lagarta é a Maruca sp. Sua forma adulta é também a de uma mariposa, com aproximadamente 20 mm de envergadura e coloração marrom-clara, apresentando, nas asas, áreas transparentes, por causa da ausência de escamas.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 397

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • A presença do inseto na planta é muito difícil de ser percebida, pois, ao perceber qualquer movimento na plantação, o inseto joga-se no chão e finge-se de morto, daí a origem do seu nome popular, manhoso. A melhor forma de perceber a presença do inseto no campo é pelos sintomas de ataque nas vagens, que apresentam orifícios, que podem ser de alimentação ou de postura. Os orifícios de postura são feitos pelas fêmeas através da inserção do seu aparelho bucal na vagem, até atingir o grão; em seguida, com o ovipositor, introduz o ovo no orifício e cobre-o com uma secreção que o protege dos inimigos naturais e inseticidas. Esses orifícios formam, posteriormente, uma cicatriz saliente, característica da postura do manhoso. Os orifícios de alimentação permanecem abertos.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 398

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • O controle das pragas dos grãos armazenados em feijão-caupi não pode ser feito utilizando-se agroquímicos, já que não há registros desses produtos para esse fim nessa cultura. No entanto, têm sido feitos trabalhos com óleos essenciais para biofumigação, com o objetivo de controlar essas pragas, principalmente o C. maculatus. Embora não esteja disponível comercialmente, o óleo essencial de mastruz ou de erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides), e também do cipó-de-alho (Mansoa alliacea), na concentração de 0,02 mL/L ou 20 mL/m3, controlam 100% desse inseto por biofumigação.

    Capítulo: Pragas

    Número da Pergunta: 400

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Feijão-caupi safrinha é o feijão que é cultivado na segunda safra, sem irrigação (sequeiro). A denominação "safrinha", no diminutivo, está associada ao fato de essa safra ocorrer no início dos plantios de segunda safra, que eram pouco significativos em comparação com o cultivo de primeira safra. Contudo, ao longo do tempo, a segunda safra tornou-se bastante expressiva no Brasil, o que não impediu que a denominação "safrinha", já consagrada, continuasse a ser utilizada.

    Na região do Cerrado brasileiro, não se pratica cultivo signi­ficativo de feijão-caupi na primeira safra, sendo mais recomendado o seu cultivo na segunda safra. Normalmente, na segunda safra, o plantio coincide com o final do período chuvoso, sendo, portanto, uma época de plantio que oferece certos riscos por conta das adversidades climáticas. Contudo, para o feijão-caupi, essa é a época ideal, por permitir que a colheita se faça em período com baixa probabilidade de ocorrência de chuvas.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 401

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os seguintes fatores devem ser considerados:

    • Época de semeadura – A época de semeadura é o fator mais importante a ser considerado no planejamento da safrinha, uma vez que o sucesso da lavoura depende do bom aproveitamento do período de chuvas e da coincidência da colheita com o período seco. Dessa forma, o planejamento começa na cultura anterior. A colheita da cultura da safra principal deve ser feita o mais cedo possível, para garantir que a semeadura do feijão-caupi seja feita na época mais indicada, considerando as necessidades hídricas e de temperatura.
    • Escolha da variedade – A escolha da variedade é primordial para garantir sucesso à lavoura. É fundamental utilizar cultivares recomendadas para a região e que apresentem boa adaptabilidade e estabilidade de produção, resistência/tolerância às principais doenças, porte das plantas adequado ao sistema de cultivo, ciclo de maturação adequado à época de plantio e tipo de grão que tenha mercado na região.
    • Qualidade das sementes – A utilização de sementes de boa qualidade, de preferência certificadas, é um importante passo para obter boa produtividade na lavoura de feijão-caupi safrinha. Sementes de baixa qualidade podem resultar em baixo estande e, consequentemente, dificuldade para controlar as plantas daninhas, resultando em baixa produtividade e redução do lucro.
    • Tratos culturais – A correta aplicação dos tratos culturais garante o bom desenvolvimento das plantas, proporcionando, assim, bons rendimentos. É importante realizar os tratos culturais no momento certo e adequadamente. A adubação deve estar de acordo com a fertilidade do solo, com o espaçamento entre plantas e a população de plantas adequada, e com o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas no momento certo, para evitar custos desnecessários e prejuízos decorrentes do atraso na realização das operações de controle.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 405

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • O cultivo de feijão-caupi na safrinha apresenta inúmeras vantagens, com destaque para: a) aproveitamento residual de fertilizantes aplicados na cultura da soja; b) semeadura e desenvolvimento das plantas em período chuvoso; c) colheita na estação seca (maio-junho); d) melhor qualidade de grãos; e e) colheita mecanizada.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 404

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. O porte da variedade depende do tamanho da área a ser cultivada. Em grandes áreas, deve-se dar preferência a variedades de porte ereto e semiereto, pois facilitam a colheita mecânica. Já as variedades de porte semiprostrado e prostrado são mais indi­cadas para áreas menores e quando a colheita das vagens é feita manualmente.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 407

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Recomenda-se a consorciação com o capim-elefante cv. Anão, que apresenta porte baixo, alta proporção de folhas e menor agressividade do que as cultivares de porte alto, além de proporcionar menor sombreamento.

    A consorciação pode atender a três finalidades:

    • Produção de silagem mista, em que a inclusão do feijão-caupi teria a finalidade de melhorar a qualidade da silagem, considerando-se seus altos teores de proteína bruta e nutri­entes, além da maior digestibilidade.
    • Cultivo intercalado do feijão-caupi como fonte biológica de nitrogênio, em decorrência de sua elevada capacidade de fixação do nitrogênio atmosférico, estimada em 40 kg/ha de N a 120 kg/ha de N por ciclo de cultivo. Nesse caso, os grãos são colhidos ao final do ciclo, e a resteva é depositada nas entrelinhas da gramínea, ou, então, é incorporada ao solo. O nitrogênio contido nas raízes e o acumulado pelos nódulos das bactérias serão disponibilizados para a gramínea durante o processo de decomposição das raízes.
    • Pastoreio da gramínea e da resteva do feijão-caupi após a colheita dos grãos, utilizando-se preferencialmente lotação rotativa.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 442

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. É possível obter um feno de excelente qualidade cor­tando as plantas no início da floração, aos 40 a 50 dias após a germinação, picando-se e secando-se ao sol até menos que 15% de umidade. O feno de feijão-caupi pode participar em até 30% da dieta de ruminantes (bovinos, ovinos, caprinos e bubalinos) sem limitar o consumo e a digestibilidade. Durante a fenação, deve-se tomar cuidado para evitar a perda de folhas, o que pode resultar em redução do valor nutritivo do feno.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 439

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Na Etiópia, o fornecimento de 1,5 kg feno de feijão-caupi – o equivalente a 30% do feno fornecido aos animais – resultou num incremento de 250 g por animal por dia, em novilhos mestiços. Bovinos mestiços Charolês x Brahman apresentaram ganhos de 1,2 kg por animal por dia quando pastejaram capim-pangola e feijão-caupi.

    Em animais que tiveram acesso apenas ao capim-pangola, o ganho de peso foi de 0,62 kg por animal por dia. Em Petrolina, PE, ganhos de peso de 0,2 kg por animal por dia foram obtidos em bovinos azebuados mantidos em pastagem de caatinga, suplementados com restos de cultura de feijão-caupi e palhada de milho. O feijão-caupi contribuiu em ganhos médios de peso superiores em 37% aos ganhos fornecidos pelo farelo de algodão em bovinos mantidos em confinamento, recebendo cana-de-açúcar, capim-colonião e mandioca.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 444

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os grãos do feijão-caupi possuem excelente teor proteico, o que torna o feijão-caupi indicado para uso em dietas animais. Porém, ele apresenta elevados teores de fibra e carboidratos, considerados nutrientes limitantes em rações para peixes. A fibra tende a absorver água e a expandir-se, o que dificulta a formação do pellet durante o processo de extrusão de rações e compromete a gelatinização dos carboidratos, reduzindo sua digestibilidade. Também influenciam a digestão e o aproveitamento dos alimentos, pois possuem moléculas (celulose e hemicelulose) que não são digeridas no trato gastrointestinal dos peixes e aceleram o trânsito dos alimentos no intestino, reduzem a absorção de nutrientes e pioram a conversão alimentar das rações. Os carboidratos são utilizados como poupadores de proteína em dietas, pois fornecem parte da energia metabólica que os peixes necessitam para crescer. No entanto, o excesso de carboidrato em rações pode causar acúmulo de gordura visceral e no fígado. Por isso, são recomendáveis teores de até 6% de fibra bruta e 25% de carboidratos em dietas para peixes onívoros.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 448

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Recomenda-se incluir até 25% de grãos de feijão-caupi na dieta de juvenis de tambaqui, peixes com peso em torno de 10 g. No entanto, ainda são necessários estudos para o estabelecimento de recomendações para outras espécies ou fases de crescimento.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 452

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim, entretanto, o sucesso depende das condições ambientais e da manipulação de grande quantidade de grãos.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 460

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Estudos têm mostrado que, se as leiras forem constituídas por uma única fileira de plantas, a secagem será rápida. Por sua vez, à medida que aumenta o número de fileiras que compõem a leira, aumenta o tempo para secagem. Esse fato está relacionado às temperaturas mais amenas que ocorrem nas vagens das fileiras dos lados internos de leiras formadas de três ou mais fileiras de plantas.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 461

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. A energia solar é utilizada como fonte de calor para secar os grãos.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 462

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. O feijão-caupi "respira" durante o armazenamento, e as substâncias nutritivas vão sendo consumidas por esse processo metabólico, reduzindo, assim, o valor nutritivo do alimento.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 472

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Quanto maior o período de armazenamento, mais tempo o feijão-caupi levará para cozinhar.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 473

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • No início da armazenagem, a temperatura dos grãos normal­mente é igual à do ambiente; porém, com o passar do tempo, a tendência é que ocorra um aumento natural dessa temperatura na massa de grãos, devendo, portanto, ser reduzida, para evitar aumento da respiração das sementes e sua rápida deterioração.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 474

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Quando o produto se destina à semeadura, sementes fora do tamanho (pequenas), embora não sejam danosas, exercem grande influência sobre o fluxo de sementes nas semeadoras e causam transtornos na germinação e na emergência das plântulas no campo. Quando a produção se destina à venda de grãos, um produto de melhor padrão é mais fácil de ser vendido e obtém melhores preços.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 478

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • O armazenamento pode ser feito a granel ou em sacaria, dependendo do que estiver disponível ao armazenador. Consi­derando-se que o feijão-caupi, no Brasil, tem um período curto de armazenamento, é preferível fazê-lo em sacaria, quando em pequenas quantidades. No Nordeste, é mais comum o armaze­namento de pequenas quantidades, normalmente até uma tonelada, em pequenos cilindros metálicos, tambores, garrafas, entre outros, os quais ficam abrigados das intempéries, geralmente num cômodo da própria residência.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 479

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Existem métodos de controle que se baseiam na mistura de produtos que dificultam a ação dos carunchos, como óleos vegetais, gordura animal, folhas de eucalipto, terra de formigueiro e pimenta-do-reino.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 480

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Desde que não haja a penetração de ar, os grãos podem ficar armazenados por aproximadamente 6 meses.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 484

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os grãos devem ser comercializados com umidade que varia, geralmente, de 13,0% a 15,0%. Para encontrar o peso com a umidade corrigida (Pcu), leva-se em consideração o peso de campo (Pc), a umidade dos grãos no momento da colheita (umidade atual ou Uc) e a umidade de referência para a comercialização (U = 13% a 15%, dependendo do interesse), usando a seguinte equação:

    Pcu = Pc × [(100 - Uc) ÷ (100 - U)].

    Exemplo: 1.000 kg de grãos colhidos com 18% de umidade equivaleriam a quantos quilos de feijão-caupi com 13% de umidade?

    PC = 1.000 × [(100 - 18) ÷ (100 - 13)] = 942,5 kg de feijão-caupi a 13% de umidade.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 485

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. No Brasil são cultivados dois cultigrupos de feijão-caupi, o Unguiculata que compreende a quase totalidade das variedades locais e melhoradas que são destinadas, principalmente, para consumo de grãos seco ou verde, podendo ser consumido na forma de vagem em variedades mais macias e menos fibrosa. O segundo cultigrupo é o Sesquipedalis, comumente conhecido como feijão-de-metro e destinado para produção e consumo de vagem verde.

    Capítulo: Pós-Colheita e Industrialização

    Número da Pergunta: 486

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • As principais formas de consumo são: o tradicional grão de feijão cozido, farinhas de cotilédones, concentrados e isolados proteicos, produtos extrusados (farinha instantânea e produtos expandidos), produtos panificados (biscoitos e pães) e alimentos infantis misturados com farinhas de cereais, visando à complementação proteica.

    Capítulo: Pós-Colheita e Industrialização

    Número da Pergunta: 488

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • A alta acidez (pH ≤ 4,6) proporciona um habitat inóspito à bactéria de Clostridium botulinum, e seus esporos também não germinarão nessa condição. Mas o feijão-caupi cozido possui um pH final maior que 4,6 e atividade de água superior a 0,93, o que, em condições anaeróbicas (embalagens herméticas), cujos produtos são comercializados em gôndolas de supermercados à temperatura ambiente, proporciona condições propícias para que os esporos de C. botulinum germinem, se estiverem presentes dentro da embalagem. Os esporos desse microrganismo são utilizados como referência por serem uma estrutura física de alta resistência térmica, exigindo um tratamento térmico mais severo para serem destruídos, além de serem altamente patogênicos, por produzirem a toxina botulínica letal, se começarem a germinar.

    Assim, com base em estudos estatísticos, probabilísticos, microbiológicos e de engenharia, a severidade do tratamento térmico deverá ser dimensionada para garantir no mínimo 12 reduções decimais de esporos de C. botulinum para que o produto final seja considerado comercialmente estéril. Uma redução decimal representa a destruição de 90% da população inicial; duas reduções representam a redução de 99%; três reduções, 99,9%; e assim sucessivamente, até a 12ª redução decimal. Exemplificando, se uma embalagem contiver, antes do processamento, cem esporos, depois de duas reduções decimais, haverá a probabilidade de existir ainda 1 esporo viável; após três reduções decimais, 0,1 esporo viável. Mas, como não existe 0,1 esporo, considera-se que, se houver dez embalagens com a mesma contaminação inicial, depois de três reduções, haverá a probabilidade de, em algumas das embalagens, haver 1 esporo viável. Portanto, quanto menor a contaminação inicial da matéria-prima, menor será a probabilidade de haver esporos viáveis no produto final.

    Nesse ponto, deve ser salientada a importância das boas práticas de fabricação (BPF), para que todos os procedimentos preconizados e recomendados para o preparo da matéria-prima e de processamento térmico sejam aplicados (controle, monitoramento e registro de dados do processo) sob a supervisão de um responsável técnico habilitado e capacitado.

    Capítulo: Pós-Colheita e Industrialização

    Número da Pergunta: 490

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Cultivar a mesma variedade em anos consecutivos não é uma boa decisão. O ideal é acompanhar a recomendação de novas variedades e substituir as variedades antigas, observando a região indicada de recomendação. Com o passar dos anos, as variedades em uso podem perder a competitividade e deixar de ser a melhor opção, em virtude, por exemplo, da quebra de resistência a doenças por patógenos. Dessa forma, uma variedade anteriormente resistente a uma determinada doença pode se tornar suscetível a ela, resultando em queda de produtividade. Como o processo de melhoramento é contínuo, novas variedades com vantagens em comparação com variedades em uso são recomendadas periodicamente. Portanto, é importante que o produtor fique atento ao mercado de variedades para utilizar sempre as mais competitivas.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 410

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Para aproveitar a regulagem da semeadeira, pode-se usar o mesmo espaçamento da cultura anterior. Em Mato Grosso, por exemplo, a cultura principal utilizada na safra é a soja. Normalmente, o espaçamento da soja é de 0,45 m a 0,50 m entre linhas. As máquinas de plantio utilizadas para o plantio da soja foram reguladas para esse espaçamento e, para aproveitar o maquinário sem alterar a regulagem, o feijão-caupi tem sido semeado com o mesmo espa­çamento utilizado na soja. Há, aliás, trabalhos de pesquisa de seleção de novas variedades de feijão-caupi cujo espaçamento recomendado está entre 0,45 m e 0,50 m.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 413

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. O atraso da colheita pode ser muito prejudicial, trazendo sérios reflexos na produtividade e na qualidade dos grãos. A redução da quantidade de grãos se deve à possibilidade de deiscência de vagens, natural ou causada pelas operações de colheita, principalmente em regiões quentes e secas. Também pode ocorrer na massa média dos grãos. Ademais, a qualidade dos grãos colhidos pode ser muito afetada pelo atraso da colheita, por causa do maior tempo de exposição ao ataque de insetos e da possibilidade de ocorrência de doenças. Além disso, podem ocorrer mudanças na coloração dos grãos, resultando em baixo valor do produto no mercado. Portanto, é fundamental que a colheita seja feita no momento adequado e da forma mais rápida possível.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 421

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Embora a principal finalidade do cultivo do feijão-caupi seja a produção de grãos para a alimentação humana, as plantas dessa leguminosa possuem boas características como fornecedoras de forragem para ruminantes (bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos), pois apresentam razoável produção de biomassa, elevados teores de proteína bruta, elevada digestibilidade e palatibilidade, além de baixo risco de toxidez.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 422

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • O restolho da cultura do feijão-caupi é composto por aproxi­madamente 45% a 60% de caule e 35% a 50% de folhas, podendo ainda conter, em menor escala, raízes e restos de vagens com grãos. Quanto maior for a proporção de folhas, mais nutritivo será o restolho. Considerando que o restolho da cultura do feijão-caupi possui elevado teor de fibra e baixo teor proteico, sua proporção na dieta de ruminantes deve considerar as exigências nutricionais dos animais.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 428

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Não, pois não se verifica nenhuma diferença na produção desses animais quando alimentados com grãos de feijão-caupi cru (não tostado) ou tostado.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 430

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • O valor energético dos grãos de feijão-caupi chega a superar o de outros alimentos concentrados. O valor energético dos alimentos para ruminantes pode ser estabelecido pela unidade NDT (ou seja, nutrientes digestíveis totais), que consiste na relação entre a composição dos nutrientes digestíveis, carboidratos, proteína e lipídeos do alimento, e o respectivo equivalente calórico. Estima-se que o NDT do feijão-caupi é de 84%, superando, consideravelmente, o mínimo de 60% indicado para os alimentos concentrados.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 431

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim, contudo os fatores antinutricionais e o elevado teor de fibras da forragem do feijão-caupi limitam sua utilização na dieta da maioria dos monogástricos. Há indicativos de que a farinha da folha do feijão-caupi pode participar em até 30% da proteína da dieta de suínos em crescimento, sem comprometer o desempenho produtivo. Ressalte-se que a farinha é obtida depois da secagem da rama verde, por 2 dias, seguida de trituração.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 432

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Para frangos de corte e poedeiras, os grãos de feijão-caupi podem ser incluídos em até 20% das rações, substituindo parte do farelo de soja e do farelo de trigo. É recomendado tostar os grãos para reduzir os inibidores enzimáticos, visando a um melhor aproveitamento da proteína da dieta.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 434

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Como o feijão-caupi safrinha é semeado em sucessão à cultura de primeira safra, o solo já foi descompactado e corrigido. Nessa situação, sempre que possível, deve-se optar pelo sistema plantio direto, que, além de ser um prática de manejo e conservação do solo, permite maior rapidez nas operações, garantindo maior aproveitamento da janela de plantio.

    Já em áreas de primeiro ano de cultivo, é recomendada a correção e o preparo do solo antes da semeadura de feijão-caupi.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 412

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Utilizando as variedades recomendadas, vêm sendo obtidas produtividades acima de 30 sacas de feijão-caupi por hectare na safrinha, no Estado de Mato Grosso. Contudo, dados experimentais indicam a possibilidade de obtenção de produtividades acima de 50 sacas por hectare.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 420

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • A densidade de plantio pode variar conforme as condições de solo, o clima, a variedade utilizada e os tratos culturais. Para cada condição há um número ideal de plantas por unidade de área para se alcançar a mais alta produção. De um modo geral, alta produtividade de grãos tem sido observada utilizando-se densidade de semeadura em torno de 120 mil a 200 mil plantas por hectare para variedades de porte semiprostrado. Para variedades de porte semiereto a ereto, têm sido observadas boas produtividades utili­zando-se de 160 mil a 240 mil plantas por hectare.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 414

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Não. Entretanto deve-se fazer um monitoramento da fertilidade do solo após a colheita do feijão-caupi e seguir as orientações técnicas para as adubações corretivas e de plantio para a cultura subsequente, caso necessário.

    Capítulo: Feijão-Caupi Safrinha

    Número da Pergunta: 418

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • A lavoura do feijão-caupi pode ser utilizada para pastejo direto, corte e fornecimento no cocho, feno e silagem mista com gramíneas (até 30% da rama da leguminosa). Os grãos e os subprodutos do seu processamento, como a "bandinha" e as vagens secas, também podem ser aproveitados na alimentação de ruminantes.

    A palhada de feijão-caupi pode ser fornecida como suplemento volumoso, juntamente com a mistura múltipla ou sal proteinado, prin­cipalmente na época seca do ano. No caso de pastejo direto, esse deve ser feito de 8 a 12 semanas após a emergência, preferencial­mente depois da floração, quando há maior relação folha/caule.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 423

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Não, pois a maioria das leguminosas utilizadas em banco de proteína são perenes ou semiperenes, enquanto o feijão-caupi é uma cultura de ciclo curto (entre 60 e 70 dias), ou seja, é uma planta que entra em senescência rapidamente.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 425

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os grãos de feijão-caupi possuem em média 25% de pro­teína bruta, 84% de nutrientes digestíveis totais (NDT) e 1,5% de extrato etéreo (lipídeos). Esses valores podem ser utilizados para balanceamento de rações. Tome-se, como exemplo de composição de grãos do feijão-caupi, a cultivar BRS Milênio, que apresenta em média 6% de umidade, 2,6% a 4,8% de cinzas, 19,5% a 26,1% de proteína bruta, 1,2% a 3,5% de lipídeos, 19,4% de fibra bruta, 51,4% de carboidratos e 3.234 kcal de energia bruta por quilo de matéria seca.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 436

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. O feijão-caupi deve ser cortado na floração e, em seguida, picado para ensilagem. No entanto, não se recomenda a ensilagem apenas de ramas de feijão-caupi, em virtude do seu elevado teor de umidade, o que vai resultar em silagem de baixa qualidade. Pode-se obter uma excelente silagem quando se utilizam as ramas de feijão-caupi com a forragem de milho ou sorgo. O cultivo consorciado do feijão-caupi com o milho, na proporção de 30% de feijão-caupi e 70% de milho, aumenta a produção de forragem e melhora a digestibilidade e os teores de proteína bruta (de 7% para 12%) da silagem.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 438

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. O tratamento térmico é bastante adotado para a redução dos fatores antinutricionais em alimentos, assim como para o armazenamento por períodos de até 6 meses. Os teores de tanino podem ser reduzidos em até 50% após o cozimento e o armazenamento de grãos de feijão-caupi. O aquecimento entre 70 °C a 100 °C inativa os inibidores das enzimas proteolíticas e oxida o fitato, disponibilizando em até 75% o fósforo.

    Capítulo: Alimentação Animal

    Número da Pergunta: 454

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Recomenda-se fazer a secagem ao sol em terreiros ou em lonas, esparramando os grãos em camadas de cerca de 10 cm, que devem ser revolvidas a cada 30 minutos, para evitar o superaquecimento. À medida que a umidade dos grãos diminui, pode-se aumentar a altura da camada de grãos.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 459

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Quando o volume de produção for muito grande, princi­palmente em lavouras onde a colheita é semimecanizada ou processada com colhedora automotriz adaptada. Em climas úmidos, recomenda-se fazer a secagem até mesmo de lotes de sementes com 14% de umidade, reduzindo-a para 13%, a fim de garantir maior longevidade às sementes.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 465

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. A alteração maior ocorre na cor do tegumento (escure­cimento), mas o sabor também fica alterado.

    Capítulo: Secagem e Armazenamento

    Número da Pergunta: 471

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os feijões, em geral, quando armazenados por longos períodos, principalmente em condições não apropriadas (alta temperatura e umidade relativa, ou com elevadas oscilações desses parâmetros durante o período de armazenamento), tornam-se endurecidos e resistentes ao cozimento por causa de dois tipos de endurecimento dos grãos: harshell e hard-to-cook.

    O termo hardshell refere-se às sementes maduras e secas, que apresentam dificuldade em absorver água, mesmo quando imersas em água por períodos relativamente longos; é caracterizado pela impermeabilidade do tegumento à água. O hard-to-cook está associado ao não amolecimento do cotilédone durante a cocção, ou à condição em que os grãos requerem um tempo prolongado de cozimento para que apresentem textura macia aceitável ao paladar. Às vezes, mesmo depois de cozimento prolongado, os grãos cozidos continuam com textura dura.

    O endurecimento dos grãos de feijão tem sido atribuído à ação de polifenóis, por meio de sua polimerização no tegumento, que, por isso, pode alterar a cor dos grãos (harshell), ou pela lignificação dos cotilédones – ambos influencimam a capacidade de absorção de água dos grãos (hard-to-cook), dificultando o cozimento.

    Capítulo: Pós-Colheita e Industrialização

    Número da Pergunta: 491

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • O tegumento (botanicamente denominado de testa) tem a função de proteger contra danos físicos (absorção de água, impactos, abrasão, insetos, etc.) e microbiológicos, e, genericamente, representa 7,7% do peso seco dos grãos. Os cotilédones representam em média 90,5% do peso seco do grão, enquanto o embrião representa a menor massa, em geral menor que 2%. Esses valores são genéricos, podendo variar entre cultivares, condições de solo (fertilidade) e de clima (chuva, temperatura, umidade relativa do ar e radiação solar).

    Capítulo: Pós-Colheita e Industrialização

    Número da Pergunta: 493

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Sim. Os grãos são considerados boa fonte de tiamina (vitamina B1) e ácido fólico (vitamina B9). Possuem também: ácido ascórbico (vitamina C), riboflavina (vitamina B2), niacina (vitamina B3), ácido pantotênico (vitamina B5), piridoxina (vitamina B6), colina (vitamina B), carotenoides (vitamina A), tocoferóis (vitamina E) e isoprenoides (vitamina K). Vale ressaltar que parte dessas vitaminas pode ser lixiviada durante a hidratação, que é o caso das vitaminas hidrossolúveis, e, em geral, são degradadas durante o processamento térmico, cuja intensidade está relacionada com a severidade do processo.

    Capítulo: Pós-Colheita e Industrialização

    Número da Pergunta: 495

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os processamentos térmicos diminuem os teores de rafinose, estaquiose, ácido fítico, taninos (compostos fenólicos) e vitaminas. Entretanto, a intensidade da diminuição está relacionada com a severidade do processo aplicado. Por exemplo, cozinhar além do tempo necessário afetará as características sensoriais (sabor, aroma e consistência) e degradará compostos sensíveis à temperatura de cozimento (principalmente vitaminas). Em geral, a aplicação de temperaturas elevadas (121 °C ou superiores) e curto tempo de cozimento degradam relativamente menos os compostos termos­sensíveis do que temperaturas menores (100 °C a 114 °C) e longos tempos. Por exemplo, esquecer de desligar a panela de pressão depois de se ter atingido o tempo ideal de cozimento provocará o sobrecozimento (cozimento além do ideal), ou utilizar uma panela de pressão com a válvula de peso inferior ao ideal (descalibrado), ou panelas de pressão com vazamento, que, por não alcançarem a temperatura ideal de cozimento, demandarão um adicional de tempo de cozimento. Visualmente, um grão cozido em condições de alta temperatura e curto tempo pode ser igual ou muito semelhante ao grão cozido em baixa temperatura e longo tempo, mas, em termos nutricionais, geralmente a qualidade do produto final da segunda condição será inferior.

    Capítulo: Pós-Colheita e Industrialização

    Número da Pergunta: 496

    Ano: 2017

    Encontrado na página: Perguntas e Respostas Estrutura

  • Os principais carboidratos encontrados são: amido (representa de 36% a 62% dos carboidratos), fibra alimentar (12% a 34% dos carboidratos, sendo cerca de 80% detectados como fibra insolúvel) e oligossacarídeos (contêm de dois a dez monômeros, sendo denominados de galactossacarídeos, como a rafinose e a estaquiose, que são responsáveis pela flatulência, mas possuem também ação prebiótica, por promoverem o desenvolvimento da flora intestinal) presentes na concentração aproximada de 4% nos grãos.

    Capítulo: Pós-Colheita e Industrialização

    Número da Pergunta: 499

    Ano: 2017

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