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  • Sim, e isso se deve a um conjunto de fatores que envolvem, além da ação direta da braquiária e sua palhada, os benefícios causados por seu cultivo na estrutura física do solo, aumentando a porosidade, a taxa de infiltração de água e a estabilidade dos agregados do solo. Como ação direta, destaca-se a capacidade de proteger o solo do impacto direto das gotas, evitando o selamento da camada superficial do solo, permitindo maior infiltração e reduzindo o escorrimento superficial. A redução da velocidade da enxurrada, provocada pela deposição da palha na superfície do solo, também favorece a infiltração de água. Além disso, a proteção dessa palhada impede a ação direta dos raios solares no aumento da temperatura do solo, e, consequentemente, há redução da evaporação. Com isso, o solo se mantém úmido por mais tempo. Com maior disponibilidade de água, as culturas subsequentes podem se beneficiar, tornando-se menos susceptíveis a estresses hídricos causados por períodos de veranico.

    Capítulo: Atributos da Braquiária como Condicionador de Solos sob Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 438

    Ano: 2015

  • Nem sempre. Em virtude do tempo de exploração da braquiária e do manejo extensivo sem a reposição de nutrientes, a pastagem se degrada e, com isso, o potencial das raízes de explorar grandes volumes de solo também é reduzido. Além disso, a não adubação após cada período de pastejo dificulta a produção de massa, reduzindo o potencial da planta em produzir novos perfilhos e folhas, culminando com baixa produção de pasto. Nessas condições, a pastagem degradada pouco pode contribuir nas características químicas, físicas e biológicas do solo. Para auxiliar o produtor na tomada de decisão sobre como está seu pasto de braquiária, ele deve analisar sua área para avaliar o estado de degradação dessa pastagem. Caminhando pela área, é possível verificar se há presença de plantas daninhas, a quantidade de plantas por metro quadrado e como está a produção de folhas e perfilhos. No escritório, o produtor deve verificar há quanto tempo essa forrageira não recebe algum trato cultural como adubação, por exemplo. Além disso, recomenda-se que seja feita uma análise do solo para constatar a fertilidade naquele momento. Se, em algum dessas avaliações, o produtor observar que existem problemas, deve-se eliminar a braquiária degradada e a área deve ser trabalhada, eliminando os problemas que por ventura possam existir. A alternativa é adotar sistemas de ILP ou ILPF, com uso de consórcios de culturas graníferas com espécies forrageiras para a implantação de uma nova pastagem.

    Capítulo: Atributos da Braquiária como Condicionador de Solos sob Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 441

    Ano: 2015

  • No sistema de plantio direto (SPD), o nitrogênio (N) é o elemento que tem a dinâmica mais afetada, pois, com a decomposição mais lenta da palhada, deixada sobre a superfície do solo, processos como a imobilização, mineralização e lixiviação são alterados. Mais especificamente no cultivo consorciado em SPD, de gramíneas graníferas com plantas de braquiária, isso pode significar comprometimento da quantidade de nitrogênio necessária para o adequado desenvolvimento das espécies graníferas, não apenas pelo fenômeno da imobilização de nitrogênio por parte dos microrganismos do solo, mas também pela competição entre as espécies pelo elemento, que é o mais exigido pela cultura do milho, bem como pelas braquiárias. Esse efeito é menos significativo para culturas leguminosas, que suprem suas necessidades desse nutriente por meio da fixação biológica de nitrogênio. Como alternativa para esse problema, recomenda-se a aplicação antecipada de nitrogênio, que pode ser realizada em pré-semeadura da cultura comercial, na própria braquiária, favorecendo a produção de palha dessa cultura e beneficiando também a cultura subsequente, à medida que o nitrogênio mineralizado da palhada e o nitrogênio do fertilizante, temporariamente imobilizado nos resíduos, ficam disponíveis para próxima cultura. Isso porque o nitrogênio é um dos nutrientes mais requeridos pela braquiária; assim a fertilização com nitrogênio reflete diretamente na produção de fitomassa. As doses de nitrogênio para suprir a demanda variam de acordo com o ambiente e a rotação de culturas, sendo maiores quando a rotação é realizada com gramíneas. Dessa forma, a aplicação de nitrogênio nas doses preconizadas pelos boletins podem não atender as necessidades das culturas. Contudo, estudos dessa natureza são incipientes, ficando o manejo de nitrogênio nessas culturas, quando consorciadas com forrageiras perenes, sem embasamento científico suficiente para promover alterações do que é preconizado pelos boletins para cultivos solteiros. Cabe ao produtor, conhecendo sua rotação de culturas, seu solo e sua capacidade de produção, fazer o uso racional do fertilizante nitrogenado, um dos mais impactantes nos custos de produção das lavouras comerciais.

    Capítulo: Atributos da Braquiária como Condicionador de Solos sob Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 443

    Ano: 2015

  • O cultivo consorciado de milho com braquiária no sistema de ILP e ILPF já é bem conhecido e proporciona exploração do solo por raízes de diferentes diâmetros e exigências de fertilidade e umidade, crescendo em profundidade, durante o ano todo e deixando mais poroso o solo. Além disso, é uma forma de introduzir as forrageiras no sistema de produção sem deixar de produzir grãos, ou seja, utiliza-se a janela de plantio para duas culturas, sendo uma delas graníferas e de maior retorno econômico. É uma forma mais eficiente de uso da terra. A consorciação com culturas de menor porte pode ser realizada, com acompanhamento rigoroso no campo, mas, quando a colheita da cultura é realizada rente ao solo, como é o caso da soja, a recuperação da braquiária é lenta.

    Capítulo: Atributos da Braquiária como Condicionador de Solos sob Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 445

    Ano: 2015

  • Basta regular a altura de entrada e da saída dos animais na pastagem. Existe uma altura ideal para cada espécie. Esse manejo garante que, após cada ciclo de pastejo, as folhas remanescentes sejam responsáveis pela produção de fotoassimilados, proporcionando a produção de novas folhas e perfilhos a partir das gemas que estão posicionadas na base da planta, garantindo a perenidade da pastagem por mais tempo. Para saber a altura correta, existem algumas estratégias. A Embrapa Gado de Corte desenvolveu uma régua de manejo de pastagens em que é possível encontrar o ponto ideal de entrada e de saída da pastagem. Nos piquetes sob pastejo contínuo, a régua de manejo indica o momento de aumentar ou reduzir a lotação do pasto. Quando o capim atinge a altura máxima, é hora de aumentar o número de animais no piquete. Quando chega à altura mínima, deve-se retirar os animais do pasto e deixá-lo em descanso. A taxa de lotação mais adequada será aquela que mantiver a pastagem numa altura intermediária entre a máxima e a mínima e que permitir o consumo de toda a forragem entre a altura de entrada e a altura de saída num determinado período de tempo. O produtor também pode utilizar uma régua graduada em centímetros e posicioná-la próximo de uma planta, determinando a altura entre a superfície do solo e a última folha expandida na parte superior da planta.

    Capítulo: Atributos da Braquiária como Condicionador de Solos sob Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 448

    Ano: 2015

  • Sim. A quantidade de cobertura sobre o solo aliado a uma baixa velocidade de decomposição diminui a incidência de plantas daninhas, por exemplo. Existem evidências de que essa redução da quantidade e diversidade de plantas daninhas na área reduz a necessidade de uso de herbicidas para o controle dessas invasoras. Numa área convencional, há necessidade de aplicação de herbi­cidas específicos para o controle de plantas de folhas largas e estreitas. Já, com cobertura de braquiária, a diminuição da presença e diversidade das plantas faz com que o produtor utilize somente um único produto, reduzindo os custos e aumentando os benefícios ambientais. O mesmo pode acontecer com algumas doenças que se originam do solo, como a Fusarium. A braquiária, por não ser uma espécie hospedeira, diminui a pressão da doença para a cultura que vier na sequência, reduzindo o uso de fungicidas para controle da fusariose em feijoeiro, por exemplo.

    Capítulo: Atributos da Braquiária como Condicionador de Solos sob Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 450

    Ano: 2015

  • Não. As culturas graníferas devem ser cultivadas como cultivo solteiro, havendo necessidade de ajustar a população de plantas da forrageira para evitar competição com a cultura de grãos. No entanto, a braquiária também produz mais em solos de boa fertilidade ou bem adubados, formando um pasto de melhor qualidade após a colheita dos grãos.

    Capítulo: Atributos da Braquiária como Condicionador de Solos sob Integração Lavoura-Pecuária e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 451

    Ano: 2015

  • Considerando que a eficiência econômica é a busca contínua por melhores retornos econômicos, tendo como condicionantes a relação entre os custos de produção, o preço de venda do produto e a tecnologia empregada no processo produtivo, pode-se identificar, por meio de análises econômico-financeiras, os fatores críticos para que sejam obtidos os resultados esperados. Nesse sentido, análises econômico-financeiras realizadas em diversos sistemas integrados de produção, além de seu acompanhamento ao longo do tempo, têm demonstrado ser a disponibilidade e a qualificação da mão de obra, especialmente durante o período de implementação dos sistemas, fator determinante para seu sucesso.

    O nível de entendimento, por parte do produtor, de todas as etapas envolvidas na produção, bem como a sua capacitação na adoção dessas tecnologias também contribuem de forma decisiva para tal. Projetos de sistemas integrados já demonstraram ter alta sensibilidade às taxas de juros dos financiamentos e empréstimos tomados para sua implementação, e isso ressalta a importância de um planejamento minucioso do sistema, antes de colocar as atividades de campo em prática. Além disso, a falta de maquinário específico para determinadas atividades assim como a falta de infraestrutura necessária para a realização de atividades simultâneas podem comprometer a eficiência do sistema. Por fim, as relações de troca de insumos e produtos também têm influência na eficiência econômica, uma vez que determinam os resultados econômicos obtidos pelos produtores rurais.

    Capítulo: Análise Econômico-Financeira da Estratégia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

    Número da Pergunta: 452

    Ano: 2015